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• Pronaf Agroecologia – Incentivará projetos seja para a produção agroecológica ou para a transição para uma agricultura
sustentável. O governo estimulará o adequado manejo dos recursos naturais, agregando renda e qualidade de vida aos
agricultores familiares.
• Pronaf Pecuária Familiar – Crédito para aquisição de animais destinados à pecuária de corte (bovinos, caprinos e
ovinos), outra importante fonte de renda para a agricultura familiar.
• Pronaf Turismo Rural - Os agricultores familiares terão mais recursos para desenvolverem projetos de turismo rural em
suas propriedades, como pousadas, restaurantes e cafés coloniais, por exemplo.
• Pronaf Máquinas e Equipamentos – Crédito para os agricultores familiares modernizarem suas propriedades,
melhorando a produção e produtividade.
• Pronaf Agregar – visa incentivar os projetos de agregação de valor aos produtos da agricultura familiar a partir da
criação de pequenas agroindústrias para beneficiamento da produção. Os agricultores familiares que se dedicarem à
industrialização de sua produção poderão obter crédito de investimento também para ampliação e modernização das
suas atividades. Até então, as linhas de crédito se restringiam à implantação das unidades agroindustriais. Os projetos
agora terão assistência técnica garantida. O produtor receberá instruções sobre organização da cadeia produtiva, como
por exemplo processos de embalagem, rotulagem de produtos e logística de distribuição
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Categorização utilizada pelo plano Safra para a Agricultura Familiar 2003-2004 , maiores detalhes – www.pronaf.gov.br
Quadro Institucional
1-Secretaria da Agricultura Familiar – SAF, busca consolidar o conjunto das políticas para a agricultura familiar, visando
contribuir: para a melhoria da qualidade de vida das populações rurais e urbanas; a produção e oferta de alimentos sadios; a busca
da segurança alimentar; a proteção e conservação dos recursos naturais renováveis; a inclusão social das famílias rurais menos
favorecidas. O principal programa das diversas linhas de ação e atividades desenvolvidas pela SAF/MDA, é o Programa Nacional
de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf. Além disso, a SAF coordena (decreto nº 4.739 de 16 de junho de 2003) a
implementação da Política e do Programa Nacional de ATER através de programas de Assistência Técnica e Extensão Rural
DATER, executados de forma descentralizadas por entidades governamentais e não governamentais. A nova Política Nacional de
Assistência e Extensão Rural tem como maior desafio se converter de organismo voltado à assistência aos agricultores, em
unidade que planeja, juntamente com os atores locais, o processo de desenvolvimento territorial, estabelecendo um crescente
comprometimento político com a agricultura familiar. Visto que predomina ainda a presença do extensionista rural voltado
exclusivamente ao planejamento das unidades de produção agropecuária integrado ao sistema produtivista.
“A extensão é uma das organizações mais capilarizadas pelo interior do País e sem ela esta peça decisiva na montagem, o
pronaf não teria vindo a luz”( Abramovay, 2003;75) .
2- Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural - O CMDRS é formado por representações/instituições de agricultores
familiares e por instituições que atuam no município. Pelo menos 50% de seus membros devem ser agricultores familiares. O
Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural tem por finalidade analisar e aprovar o Plano Municipal de Desenvolvimento
Rural - PMDR, sugerir mudanças nas políticas municipais, estaduais e federais, promover articulações para implementação do
Plano, e auxiliar no acompanhamento e fiscalização da boa aplicação dos recursos públicos. O Conselho é um fórum permanente
de debate dos interesses dos agricultores familiares. No caso do Pronaf Infra-estrutura e Serviços, serão beneficiados os
municípios que forem selecionados, a cada ano, de acordo com critérios técnicos estabelecidos pelo Conselho Nacional e que
tiverem o Plano Municipal de Desenvolvimento Rural - PMDRS, aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural
Sustentável - CMDRS. A partir de uma conjuntura territorial de desenvolvimento os Conselhos não devem se confinar ao
universo restrito dos agricultores, procurando contemplar possibilidades de geração de renda existentes no território indo além
daqueles contidos no crescimento da agropecuária
3- Secretaria de Desenvolvimento Territorial – SDT, busca adotar uma nova unidade de referência, atribuindo outro enfoque
para as políticas publicas, além do reconhecimento definitivo dos agricultores familiares como participantes do processo de
construção das políticas públicas no meio rural. O território é assim entendido como “um espaço físico geograficamente definido,
geralmente continuo, compreendendo cidades e campo, caracterizado por critérios multidimensionais, tais como, ambiente,
economia, a sociedade, a cultura, a política e as instituições, e uma população, com grupos sociais relativamente distintos, que se
relacionam interna e externamente, por meio de processos específicos, onde se pode distinguir um ou mais elementos que
indicam identidade e coesão social, cultural e territorial” (MDA/SDT, 2003 apud Nead – Serie textos para discussão 4. 2003, p.
43). Tendo ainda em conta o fortalecimento institucional dos atores sociais locais na gestão participativa do desenvolvimento
sustentável, além de avançar em direção a novos conceitos nas relações entre Estado e Sociedade. E tem por objetivo “contribuir
efetivamente para o desenvolvimento harmônico de regiões que predominem agricultores familiares e beneficiários da reforma e
do reordenamento agrário, colaborando para ampliação das capacidades humanas, institucionais e da autogestão dos
territórios”(MDA/SDT, 2003).
“ O enfoque territorial e uma visão essencialmente integradora de espaços, atores sociais, agentes, mercados e políticas publicas
de intervenção, e tem na equidade, no respeito a diversidade, na solidariedade, na justiça social, no sentimento de pertencimento
cultural e na inclusão social, metas fundamentais a serem atingidas e conquistadas ( MDA/SDT. 2003)