Sartorato et al., 2004; Silva, 2004; Gonçalves-Vidigal et al., 2004; Ishikawa et al.,
2005), sendo as raças 64, 65, 73, 81, 87, 89 as de maior freqüência no país. No
Estado de Minas Gerais prevalecem as raças 65, 73, 81 e 89 (Silva, 2004).
Cultivares como Carioca, Pérola e Rudá, plantadas no Estado, são suscetíveis à
maioria das raças (Lanza et al., 1997).
A raça 65, anteriormente identificada como Epsilon (grupo Alfa), vem se
destacando como uma das mais freqüentes e de ampla distribuição geográfica,
como mostram vários trabalhos há mais de três décadas (Rava et al., 1994; Balardin
et al, 1997; Somavilla & Prestes, 1999; Carbonell et al., 1999; Talamini et al.,
2002; Sartorato, 2002 ; Alzate-Marin & Sartorato, 2004; Sartorato et al, 2004;
Silva, 2004, Ishikawa et al., 2005).
Comparando as raças brasileiras mais freqüentes com as de outros países,
como, por exemplo, Nicarágua, México e EUA, é possível verificar uma grande
diferença entre as freqüências das raças identificadas. No Brasil, há um predomínio
de raças mais simples. Nos países citados, são freqüentemente encontradas raças
mais complexas, como, por exemplo, 264, 320, 1608, 1545. Estas diferenças entre
as populações dos patógenos nas diversas regiões afetadas pelo
C. lindemuthianum
provavelmente refletem as diferenças nos germoplasmas utilizados e também nas
práticas agrícolas de cada região (González et al., 1998).
Apesar de o atual sistema de determinação de raças ter facilitado muito a
troca de informações, além da identificação de fontes de resistência de cultivares de
diferentes regiões e da dinâmica populacional do patógeno, este ainda não é o
sistema ideal, pois algumas cultivares possuem os mesmos alelos de resistência,
como pode ser observado na Tabela 1 (Young et al., 1997; Nietsche et al., 2000).
Assim, as cultivares diferenciadoras dificilmente representam todos os genes do
hospedeiro, dificultando a classificação precisa das raças (Alzate-Marin et al.,
2001a) e podendo levar a problemas de variação dentro das raças.
A associação de diferentes alelos de resistência em uma mesma variedade
tem sido proposta como uma estratégia para desenvolver resistência ampla e
durável à doença. Porém, o uso desta estratégia, principalmente pelos programas de
melhoramento convencionais, tem sido difícil devido à necessidade de inoculações