Download PDF
ads:
1
Marcelo Henrique Costa
ESTUDO DO TIPO TRANSVERSAL DA
CONDIÇÃO DENTAL
E PERIODONTAL EM INDIVÍDUOS RESIDENTES
EM ANÁPOLIS/GO
Taubaté – SP
2005
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
2
Marcelo Henrique Costa
ESTUDO DO TIPO TRANSVERSAL DA
CONDIÇÃO DENTAL
E PERIODONTAL EM INDIVÍDUOS
RESIDENTES EM ANÁPOLIS-GO
Dissertação apresentada para obtenção do
Título de Mestre pelo Programa de Pós-
graduação do Departamento de
Odontologia da Universidade de Taubaté.
Subárea de Concentração: Periodontia
Orientador: Prof. Dr. José Roberto Cortelli
Taubaté
2005
ads:
3
Costa, Marcelo Henrique
Estudo do tipo transversal da condição dental e periodontal em
indivíduos residentes em Anápolis/GO/ MarceloHenrique Costa. --
Taubaté: UNITAU, 2005. 68 f.: il.
Orientador: Prof. Dr. José Roberto Cortelli
Dissertação (Mestrado) - Universidade de Taubaté, Departamento
de Odontologia, 2005.
1. Prevalência 2. Perda de dente 3. Periodontites 4. tabagismo 5.
Grupos etários 6. Sexo - Dissertação. I. Universidade de Taubaté.
Departamento de Odontologia. II. Título
4
MARCELO HENRIQUE COSTA
ESTUDO DO TIPO TRANSVERSAL DA CONDIÇÃO DENTAL E PERIODONTAL
EM INDIVÍDUOS RESIDENTES EM ANÁPOLIS/GO
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ - TAUBATÉ, SP.
Data: _______________________________
Resultado: __________________________
.
COMISSÃO JULGADORA
Prof. Dr. José Roberto Cortelli Instituição UNITAU
Assinatura _________________________________
Prof. Dr. Fernando de Oliveira Costa Instituição UFMG
Assinatura _________________________________
Profa. Dra. Débora Pallos Instituição UNITAU
Assinatura _________________________________
5
Dedico este trabalho a minha esposa Hilcey
Carmen Rodrigues Costa e meus filhos Thais
Rodrigues Costa e Bruno Rodrigues Costa
pelo apoio dado e pelos momentos que
deixamos de conviver em função deste ideal.
6
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar a “Deus”, pois sem ele nada disso seria possível.
Aos meus pais Hamilton Costa e Luzia Salles Costa, o princípio de tudo.
Ao Orientador Prof. Dr. José Roberto Cortelli, pela amizade, dedicação e conhecimento
desprendidos, o que possibilitou a realização deste trabalho.
As Cirurgiãs-Dentistas Rosemone, Cláudia Karclin e Wagna Silva Vitor, que muito
auxiliaram na condução de nossa pesquisa. Sem elas, com certeza a realização deste
trabalho seria bem mais trabalhoso .
Ao amigo e eterno professor Marcus Vinícius Moreira Castro pelo apoio e várias noites
de trabalho, o que tornou meu caminhar pela Ciência mais leve.
Aos colegas de Mestrado e em especial aos colegas Periodontistas: Amilton, Juliano,
Mário, Paulo Marçal e Paulo César Tavares..
Ao Professor Alexandre Lustosa Pereira, amigo, companheiro, supriu minha ausência
nas aulas junto à UNIP – Goiânia com muita eficiência e dedicação.
7
COSTA, M. H. Estudo do tipo transversal da condição dental e periodontal em
indivíduos residentes em Anápolis-GO. 2005. 67f. Dissertação (Mestrado
Periodontia) – Departamento de Odontologia, Universidade de Taubaté, Taubaté.
Resumo
O objetivo deste estudo transversal foi avaliar clinicamente, no ano de 2005, numa
amostra de conveniência da cidade de Anápolis - GO, a ausência dental e a condição
periodontal. No presente estudo foram examinados 250 indivíduos de 15 a 69 anos de
idade (32,90±11,15), de ambos os gêneros, alocados na Associação Brasileira de
Odontologia-GO. Foram realizados exames CPOD em todos os dentes presentes e nos
dentes do índice modificado de Ramfjord (1974) avaliou-se os Índices de Placa (IP) e
Gengival (IG) além de Profundidade de Sondagem (PS) e Nível Clínico de Inserção
(NCI) pelo mesmo examinador treinado e calibrado. PS e NCI, foram avaliados por
ANOVA e t Student. IP e IG por WILCOXON e ANOVA. Os resultados mostraram
que 20 (8%) dos indivíduos apresentaram todos os dentes em boca, 52 (20,8%) ausência
de 1 a 3 dentes, 89 (35,6%) ausência de 4 a 5 dentes e 89 (35,6%) ausência 12345675893
Cento e quinze indivíduos (46,0%) apresentaram até 2mm de PIC, 124 (49,6%) e 11
(4,4%) indivíduos apresentaram, respectivamente, PIC de 2,1mm a 3,99mm e 193
PS, NCI, IP e IG não apresentaram diferenças estatisticamente significativas em função
do gênero. Indivíduos fumantes apresentaram maior PIC (p=0,0424) que não fumantes.
Quanto ao fator idade, PS (p=0,0129), NIC (p=0,0001), IP (p=0,0258) e IG (p=0,0107)
foram piores nos indivíduos acima de 32 anos de idade. Em função da ausência dental
por indivíduo apenas o parâmetro PS (p=0,1252) apresentou-se igual nos dois grupos.
Um número maior de dentes ausentes foi associado ao fator idade (p=0,0021).
Concluímos que o número de dentes ausentes e a condição periodontal estiveram
próximas a de outras regiões do país, e, em geral, uma pior condição periodontal foi
observada quando se considerou o fator idade e ausência dental. O hábito de fumar
esteve associado a perda de inserção clínica na população estudada.
Palavras-chave: prevalência, perda de dente, periodontites, tabagismo, grupos etários,
sexo.
8
COSTA, M. H. Cross-seccional study: Dental and periodontal conditions in
Anápolis-GO cohort. 2005. 67f. Dissertação (Mestrado em Odontologia)
Departamento de Odontologia, Universidade de Taubaté, Taubaté.
Abstract
The aim of the present cross-seccional study, performed in 2005, was to determine the
prevalence of missing teeth and periodontal status in a convenience sample of subjects
living in Anápolis-GO. We included in this survey 250 subjects, both gender, between
15-69 years of age (mean age 32.90±11.15) recruited from Associação Brasileira de
Odontologia/Anápolis-GO. Clinical data in all subjects enrolled in this study using
DMFT index in all present teeth and also, Plaque Index (PII), Gingival Index (GI)
Periodontal Probing Depth (PPD) and Clinical Attachment Loss (CAL) according
modified Ramfjord index (1974), were examined by the same operator previously
trained and calibrated. PPD and CAL were statistically evaluated by ANOVA and t
Student tests in addition PII and GI by WILCOXON and ANOVA tests. Twenty
subjects no showed missing teeth, 52 (20.8%) showed from 1 to 3 missing teeth, 89
(35.6%) from 4 to 5 missing teeth and 89 (35.6%) 6 or more than it missing teeth. When
CAL was take in consideration 150 (46.0%) subjects showed 2mm, 124 (49.6%) from
2.1mm to 3.99mm and finally 11 (4.4%) at least 4mm. PPD, CAL, PII and GI were
similar when we consider gender. On the other hand, smoking was related to CAL
(p=0.0424).When age factor was related to periodontal profile we observed that PPD
(p=0.0129), CAL (p=0.0001), PII (p=0.0258) e GI (p=0.0107) were worst in subjects
more than 32 years old. According missing teeth, only PPD (p=0.1252) was similar in
both groups. And, the age factor were also related to number of missing teeth. After
considered our results we concluded that the number of missing teeth and the
periodontal profile were in accordance to others studies in Brazil, the worst periodontal
profile was observed related to age factor and missing teeth. Smoking habits was also
related to CAL.
Key words: prevalence, tooth loss, periodontitis, smoking, age groups, sex
9
SUMÁRIO
Resumo
Abstract
Lista de Figuras
Lista de Tabelas
1 Introdução
2 Revisão da Literatura
2.1 Prevalência de doença periodontal
2.2 Fatores de risco
2.2.1 Tabagismo
2.2.2 Idade, Gênero e Perda Dental
3 Proposição
4 Material e Método
4.1 Tipo de Estudo
4.2 Considerações Éticas
4.3 Generalidades
4.4 Treinamento e Calibração
4.5 Cálculo Amostral
4.6 Sujeitos da Pesquisa
4.7 Critérios de Inclusão e Exclusão
4.8 Anamnese e Obtenção dos Índices
4.9 Procedimentos Estatísticos
5 Resultados
6 Discussão
7 Conclusões
Referências
Apêndice
Anexo
5
6
8
9
10
12
12
18
18
22
25
26
26
26
26
27
27
28
28
28
29
31
41
49
50
56
66
10
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Distribuição dos valores de p para a comparação entre os
valores médios de PS, NCI, IP e IG em função do gênero
35
Figura 2 - Distribuição dos valores de p para a comparação entre os
valores médios de PS, NCI, IP e IG em função do hábito de
fumar
36
Figura 3 - Distribuição dos valores de p
para a comparação entre os
valores médios de PS, NCI, IP e IG em função da faixa
etária
37
Figura 4 - Distribuição dos valores de p
para a comparação entre os
valores médios de PS, NCI, IP e IG em função do número de
dentes ausentes
38
Figura 5 - Distribuição dos valores médios de dentes ausentes em
função do gênero dos indivíduos
39
Figura 6 - Distribuição dos valores médios de dentes ausentes em
função do hábito de fumar dos indivíduos
39
Figura 7 - Distribuição dos valores médios de dentes ausentes
em em
função da faixa etária dos indivíduos
40
Figura 8 - Distribuição dos valores de p para a comparação
entre o
número de dentes ausentes
em função do gênero, hábito de
fumar e faixa etária dos indivíduos
40
11
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Distribuição categorizada de número dentes ausentes na população
estudada de acordo com o gênero
31
Tabela 2 - Distribuição da perda de inserção clínica (PIC) na população
estudada de acordo com o gênero
32
Tabela 3 - Distribuição da população estudada dividida por gênero e
tabagismo em relação à perda média de perda de inserção clínica
(PIC) de até 2 mm.
32
Tabela 4 - Distribuição da população estudada dividida por gênero e
tabagismo em relação à média de perda de inserção clínica (PIC)
de 2,1 a 3,99 mm
32
Tabela 5 - Distribuição da população estudada dividida por gênero e
tabagismo relação à média de perda de inserção clínica (PIC) 133
mm
33
Tabela 6 - Distribuição da população estudada em função do Gênero e
Hábito de Fumar
34
Tabela 7 - Distribuição da população estudada em função do Gênero e Faixa
Etária
34
Tabela 8 - Distribuição dos valores médios de PS, NCI, IP e IG em função do
gênero
35
Tabela 9 - Distribuição dos valores médios de PS, NCI, IP e IG em função do
Hábito de Fumar
36
Tabela 10 - Distribuição dos valores médios de PS, NCI, IP e IG em função da
faixa etária
37
Tabela 11 - Distribuição dos valores médios de PS, NCI, IP e IG em função do
número de dentes ausentes
38
12
1 Introdução
O periodonto (peri = em redor de, odontos = dente) compreende os tecidos de
revestimento constituído pelo tecido gengival designado de periodonto de proteção, e,
compreende também os tecidos conjuntivos de suporte formado pelo ligamento
periodontal, cemento e osso alveolar que por sustentarem o dente em seu alvéolo são em
conjunto designados periodonto de proteção (LINDHE; KARRING; ARAUJO, 1999).
As doenças periodontais são classificadas em gengivite e periodontite, sendo a
gengivite um processo reversível onde seu tratamento consiste, primariamente, na
eliminação ou redução do seu fator etiológico primário, o biofilme dental. Por outro
lado, as periodontites representam patologias mais expressivas, além da inflamação dos
tecidos de proteção, levam à perda dos tecidos de sustentação o que pode ocorrer de
forma contínua se não tratadas adequadamente.
Tradicionalmente, o diagnóstico das patologias periodontais é atualmente
realizado por meio de exames clínicos e radiográficos, embora outras ferramentas de
diagnóstico possam ser incorporadas aos exames convencionais, resultando assim numa
melhora no entendimento da resposta tecidual observada na periodontite.
A atual classificação das doenças periodontais (ARMITAGE, 1999) confirma a
gengivite associada a placa, como uma entidade clinicamente diagnosticada quando de
uma alteração no padrão de cor gengival de rósea-pálida para avermelhada,
sangramento provocado por uma simples agressão ou espontâneo, alteração na forma e
contorno gengivais e presença de edema dentre outras características. a periodontite,
se caracteriza pelo implemento de uma migração apical do epitélio juncional, perda de
inserção das fibras conjuntivas supra-ósseas, perda de suporte ósseo alveolar além de
aumento da mobilidade dental nos casos mais avançados.
A caracterização de saúde-doença numa população é baseada em estudos
epidemiológicos, logo as condições periodontais de um determinado grupo de
indivíduos só pode ser determinado a partir do conhecimento epidemiológico. Por
definição epidemiologia é o estudo dos determinantes do processo saúde-doença em
grupos populacionais ou ainda o estudo da distribuição e dos determinantes de
condições relacionadas à saúde ou eventos em populações específicas (MEDRONHO,
2003; COCHRANE GLOSSARY, 2001). Logo, o conhecimento epidemiológico de
determinada doença pode contribuir para uma melhora no entendimento e solidificação
das decisões terapêuticas em casos individuais e/ou populacionais.
13
Os estudos epidemiológicos podem ser classificados principalmente em
ecológicos; estudo caso-controle ou retrospectivo; estudo de coorte ou de seguimento,
incidência, longitudinal ou prospectivo; estudos de intervenção como os ensaios clínicos
randomizado, quase randomizado, cruzado ou paralelo e ainda estudos de prevalência,
seccional ou transversal.
Especificamente, o estudo do tipo transversal é definido como uma observação
direta de um número planejado de indivíduos em uma única etapa. A população deste
tipo de estudo pode ser definida por diferentes critérios como: idade e área geográfica, o
que por sua vez pode estabelecer grupos específicos de escolares, indivíduos que
habitam um determinado bairro, município, região, ou país. A população alvo pode ser
ainda descrita em função de outras características entre elas sócio-econômica, étnica,
hábitos, etc (MEDRONHO, 2003).
Ao se avaliar a disponibilidade de estudos epidemiológicos referentes às
condições periodontais no Brasil, verifica-se apenas alguns estudos isolados do tipo
descritivo e outros poucos do tipo analítico, muitas vezes realizados por iniciativa
individual para suprir necessidades restritas em nível local. Raros são aqueles estudos
que avaliaram amostras representativas da população nacional. Ao considerarmos a
região centro-oeste do país, continuamos não excetuando a regra geral brasileira
havendo claramente a necessidade de esclarecer o processo saúde-doença da população.
Diante do exposto, o presente estudo transversal buscou estabelecer em uma
amostra de conveniência da população residente na cidade de Anápolis - Goiás, algumas
de suas características dentais e periodontais.
14
2 Revisão da Literatura
2.1 Prevalência de doença periodontal
Medeiros (1989), realizou um estudo sobre o binômio saúde-doença
periodontal avaliando necessidades de tratamento periodontal, percepção da
comunidade acerca da assistência odontológica e seus hábitos em relação à saúde bucal
implementada. Foram examinados 600 indivíduos na faixa etária de 15 a 19 anos de
idade, sendo 300 do gênero masculino e 300 do feminino, de diversos grupos étnicos,
moradores da regiäo metropolitana do Rio de Janeiro. A determinaçäo do estado de
saúde-doença periodontal e da necessidade de tratamento periodontal foi efetuada pelo
Índice de Necessidade de Tratamento Periodontal das Comunidades (INTPC / CPITN).
Os resultados revelaram prevalência de 85% da doença periodontal na populaçäo
pesquisada. Em termos de gravidade, houve prevalência de gengivite leve e moderada
(39%), seguido por gengivite avançada (38%), periodontite crônica de leve a moderada
(19%), e periodontite agressiva (3%).
Flores–de-Jacoby et al. (1991), avaliaram as condições periodontais na cidade
do Rio de Janeiro de 1854 indivíduos de 15 a 67 anos de idade por meio do Índice de
Necessidade de Tratamento Periodontal das Comunidades (INTPC / CPITN). Ao se
avaliar a distribuição dos escores por sextantes verificou-se que os códigos 3 e 4
essencialmente não diferiram dos observados em outras regiões do Brasil. A prevalência
do doença periodontal avançada (cód 4) entre indivíduos de 15 a 19 anos atingiu 3% e
aumentou para mais de 50% nos indivíduos com mais de 50 anos de idade. Bolsas
periodontais maiores do que 6mm de profundidade foram altamente prevalentes quando
comparadas com dados Europeus. Neste estudo não foi observada uma maior predileção
da doença pelo fator gênero.
Em um estudo do tipo transversal, 1633 indivíduos de 18 a 35 anos de idade
foram periodontalmente examinadas por Campos Jr e colaboradores no ano de 1994 na
cidade de Bauru, SP. Avaliou-se neste estudo as condições periodontais e as
necessidades de tratamento, identificando os indivíduos de alta susceptibilidade à
doença periodontal. Foi utilizado o INTPC / CPITN e os resultados mostraram relação
positiva entre os valores deste índice e o fator idade. Todavia, esta relação positiva não
foi homogênea ocorrendo apenas em alguns indivíduos. Logo, observou-se uma
concentração individual de destruição periodontal.
15
Mendonça (1996), avaliou a progressäo da doença periodontal não tratada em
um estudo longitudinal examinando indivíduos adultos-jovens por meio de mensuraçöes
do vel clínico de inserçäo. Dois exames foram realizados em 30 indivíduos,
equilibradamente divididos por gênero, de 21 a 45 anos de idade, e com auxílio de
sonda tipo Florida® num intervalo de seis meses. De um total de 4.220 sítios
periodontais incluídos no estudo, aproximadamente 90% permaneceram estáveis, e o
restante mostrou perda de inserção clínica. Na análise sítio-específica o gênero feminino
mostrou maior percentual de sítios periodontais com perda de inserção clínica. Em
relação ao fator idade, os indivíduos de 21 a 35 anos mostraram ligeiramente mais sítios
com perda de inserção clínica que o grupo de 36 a 45 anos.
Abegg (1997), estudando trabalhadores em Porto Alegre, de 24 a 44 anos de
idade, observou, a partir de exame completo, sangramento à sondagem em 74% dos
casos. Esse percentual de sangramento apresentou uma correlação positiva com o nível
socioeconômico-cultural dos indivíduos. O nível de placa bacteriana foi moderado
(escore entre 1 e 2) para a maioria dos indivíduos (64%) e também esteve associado
com a categoria socioeconômica. Não houve diferença estatística significativa (p=0,65)
entre gênero e sangramento gengival.
Rosell, Pompeu e Valsecki Jr. (1999), avaliaram por meio do Registro
Periodontal Simplificado (RPS / PSR) a prevalência, gravidade e necessidades básicas
de tratamento da doença periodontal em gestantes que freqüentavam a Clínica de
Prevençäo da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP. Foram examinadas 41
gestantes de 16 a 37 anos de idade. O RPS / PSR, realizado com auxílio de sonda
milimetrada tipo OMS / WHO (Trinity - 621), mostrou em 100% das gestantes alguma
alteração gengival. Envolvimento de furca, recessão gengival ou mobilidade, bem como
a ausência dentária tenderam a aumentar com a idade. Os autores concluíram que 24
(61%) das gestantes necessitavam de raspagem e alisamento radicular e/ou eliminação
de margens de restauraçöes consideradas iatrogênicas.
Outro estudo do tipo transversal foi delineado para estimar a prevalência de
cárie dentária e doença periodontal em 156 trabalhadores da cidade de Bauru-SP,
valendo-se da utilização do índice INTPC / CPITN. Quanto à doença periodontal,
verificou-se que 17% dos indivíduos examinados apresentavam cálculo dental, 60%
bolsas periodontais de 4-5mm de profundidade e, finalmente 23% dos examinados
exibiam bolsas periodontais 13233et al.,1999).
16
Menezes (1999), avaliou os dados utilizados no levantamento de cárie dentária
e INPTC / CPITN da cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Foram analisados
125 indivíduos de 15 a 65 anos de idade. Observou-se que, o índice CPOD (cariados,
perdidos e obturados / dente) entre as faixas etárias variou de 7% nos indivíduos mais
jovens até 20% na população acima de 50 anos de idade. Ao se avaliar a presença de
biofilme dental constatou-se que este estava presente de 87% a 100% da população
examinada.
Dourado (2000), verificou a condiçäo periodontal em acadêmicos do curso de
Odontologia da Universidade Federal da Bahia. A amostra foi constituída por 269
indivíduos de 18 a 31 anos de idade (21,83) cursando do primeiro ao décimo semestre
letivo, representativos da populaçäo total de 616 acadêmicos regularmente matriculados
durante o referido período. Os resultados mostraram alta prevalência e baixa gravidade
de doença periodontal na população estudada.
Oppermann, Silva e Bassani (2000), examinaram 401 indivíduos adultos, por
meio de exame completo de perda de inserção clínica, numa população gaúcha não
tratada. Os autores observaram, para a faixa etária de 40 a 59 anos, 82,3% dos
participantes com periodontite, porém apenas 8,9% em grau avançado. Entretanto, a
partir dos 60 anos, 66,6% dos indivíduos apresentaram periodontite, sendo 26,7% o
percentual de indivíduos com doença avançada. Os autores assim concluíram que, a
prevalência e gravidade da periodontite estavam diretamente proporcionais à idade até
os 59 anos. Entretanto, a partir dos 60 anos, existiu uma relação na prevalência de
doença periodontal, que pode ser associada à diminuição de dentes presentes na
cavidade bucal.
Um estudo de prevalência conduzido por Cangussu, Coelho e Fernandez
(2001) observou as condiçöes de saúde bucal em residentes de Itatiba/SP na faixa etária
de 35-44 anos e 65 anos de idade. Os dados foram obtidos a partir dos exames clínico
para avaliação de cárie dental, doença periodontal, uso e necessidade de próteses
segundo os critérios preconizados pela OMS / WHO. Os resultados mostraram que a
proporçäo de indivíduos sadios em relaçäo à condição periodontal foi praticamente nula.
Fernandes (2002), estudou as condições de saúde bucal em um grupo de
adolescentes grávidas e näo grávidas, com características sociais e econômicas
semelhantes e de mesma faixa etária. Participaram do estudo 60 adolescentes, de 12 a
18 anos de idade, moradoras da periferia de Belo Horizonte-MG. A pesquisa baseou-se
nos princípios e conceitos da epistemologia qualitativa com tratamento estatístico de
17
alguns dados sobre condiçäo de saúde bucal, obtidos por meio de exame clínico,
visando a complementaridade das informaçöes. Para as alteraçöes periodontais,
verificou-se que o sangramento gengival foi a condição periodontal mais prevalente,
diagnosticada em 90% do total das adolescentes. O cálculo dental foi diagnosticado em
50% das mesmas.
Andrade e Rapp (2002) avaliaram por meio de RPS / PSR a prevalência de
doença periodontal em 500 crianças de 3 a 6 anos de idade no estado da Bahia. O
código 2 mostrou-se estatisticamente mais prevalente (83,4%) que o código 0 (15,8%).
Não foram observadas crianças apresentando códigos 3, 4 ou ainda o código 1.
Silva et al. (2002), verificaram a prevalência de cárie e doença periodontal em
idosos de Piracicaba - SP. A amostra de 61 indivíduos foi avaliada, por dois
examinadores calibrados, de acordo com critérios da OMS / WHO. O índice CPOD
médio foi de 29,5. A condiçäo periodontal mais prevalente foi a do cálculo dental. A
amostra estudada apresentou perda de inserçäo clínica conjuntiva entre 0 e 3 mm.
Gjermo et al. (2002) ao avaliar as condições periodontais da América Central e
do Sul, numa revisão do tipo meta-análise, observaram que poucos estudos, na maioria
destes países, haviam sido publicados tornando praticamente impossível avaliar dados
representativos das condições periodontais nestas populações.
Araujo (2002), avaliaram as condições de saúde bucal e necessidades de
tratamento de cárie dentária, doença periodontal e prótese, dos indivíduos que
procuraram atendimento no Curso de Odontologia da Universidade Federal do Pará.
Foram examinados 120 indivíduos, durante o ano de 2002. Os parâmetros utilizados
foram o Índice de Condição Dentária e Necessidade de Tratamento (ICDNT), INTPC /
CPITN e uso e necessidade de prótese dentária, recomendados pela OMS / WHO. Em
relação a condição periodontal, foi detectada uma alta prevalência da doença,
evidenciado pela presença de lculo e bolsa periodontal de 4 a 5 mm, levando a uma
necessidade de tratamento periodontal concentrada em raspagem, profilaxia e educação
de higiene bucal.
Craig et al. (2003), avaliaram diferenças na prevalência, gravidade e fatores de
risco associadas à doença periodontal destrutiva em diferentes populações. A amostra
alocada consistiu-se de 53 Asiáticos, 69 Africanos e 62 Hispano-Americanos. Medidas
clínicas de profundidade de sondagem, nível clínico de inserção, eritema gengival,
sangramento à sondagem, supuração e biofilme dental foram estabelecidas. Doença
progressiva foi definida pela ocorrência de perda de inserção clínica de 2mm após 2
18
meses do início do estudo. As variáveis demográficas examinadas incluíram situação
ocupacional, relato de um dentista particular, anos morando nos Estados Unidos e
história de tabagismo. O modelo estatístico indicou que a perda de inserção clínica, o
eritema gengival, a supuração, o fato de ser um fumante atual e pertencer ao grupo
ocupacional “não-qualificado” conferiram alto risco (mais de 1 sítio periodontal com no
mínimo 2 mm de perda de inserção clínica). Os resultados desse estudo mostraram que
variáveis associadas com a etnia/raça, como situação ocupacional, são responsáveis pela
disparidade observada na progressão da doença periodontal destrutiva nessas
populações.
Heitz-Mayfield et al. (2003), avaliaram o início e a progressão da doença
periodontal numa investigação longitudinal de 26 anos que incluiu 565 homens da
classe média norueguesa, com idades entre 16 a 60 anos. Essa investigação demonstrou
que a incidência de destruição periodontal aumentou com a idade, a maior taxa ocorreu
entre 50 e 60 anos de idade, e a recessão gengival foi a lesão predominante antes dos 40
anos, enquanto a formação de bolsas periodontais representou o principal achado clínico
entre 50 e 60 anos de idade.
Do et al. (2003), descreveram os padrões de perda de inserção periodontal
entre adultos vietnamitas de meia-idade. Uma técnica de amostragem de múltiplos
estágios, estratificada, aleatória foi empregada em duas províncias selecionadas ao
acaso. O protocolo clínico utilizou dois tios periodontais por dente para toda a
cavidade bucal, excluindo os terceiros molares. Um total de 575 indivíduos, de 35 44
anos de idade, foram entrevistados e examinados periodontalmente. Perda de inserção
clínica maior do que 4 mm foi observada mais em sítios vestibulares de molares
superiores, seguidos de sítios mesiais dos incisivos inferiores.
Ragghianti (2003), avaliou uma amostra de 380 individuos da Faculdade de
Odontologia de Bauru-USP. Foram avaliadas nesta população medidas de profundidade
de sondagem, nível clínico de inserção, índice de sangramento a sondagem e índice de
placa de quatro superfícies dentárias em todos os dentes presentes. Os dados obtidos
foram analisados para detectar diferenças relativas a faixa etária, gênero e hábito de
fumar, além de avaliar diferenças entre arcos, sextantes e superfícies dentárias.
Estatisticamente verificou-se que na maxila, os sextantes posteriores e superfícies
proximais apresentaram maior susceptibilidade para doença periodontal. Com o avanço
da idade, houve um agravamento das condiçöes periodontais e um maior número de
indivíduos com perdas avançadas e comprometimento das superfícies livres,
19
caracterizado pela recessäo gengival. A prevalência e a porcentagem de tios
sangrantes e com biofilme dental foram altas, havendo correlaçöes positivas com as
perdas periodontais e entre os índices.
Pinto (2003) avaliou a condição periodontal de 480 indivíduos idosos
funcionalmente independentes de Recife-PE. O índice RPS / PSR revelou presença de
gengivite e periodontite leve. A população estudada exibiu também associação entre
ausência dental no sextante 2 em relação a faixa etária. Todavia, não foi observada
relação entre doença periodontal e outras variáveis como idade, gênero e raça. O grupo
investigado apresentou necessidade de atendimento periodontal.
As diferenças na severidade da doença podem ser explicadas principalmente
por: variações no mecanismo de defesa imunológica, variações na composição dos
microrganismos presentes no biofilme, e maior suscetibilidade genética. As doenças
periodontais, atualmente, são consideradas como “doenças infecciosas multifatoriais,
com fortes evidências de transmissibilidade e com implicações sistêmicas
significativas”, e a sua classificação em forma crônica e agressiva está na dependência
de uma série de fatores inter-relacionados (GRISI, GRISI, MOTTA, 2004).
Susin et al. (2004), avaliaram a perda de inserção clínica em adultos brasileiros
associando esta condição a fatores demográficos, comportamentais e de exposição numa
amostra representativa de 853 indivíduos de 30 a 103 anos de idade. Foram avaliados 6
sítios por dente e os resultados mostraram que 79% e 52% dos indivíduos apresentavam
perda de inserção clínica 135313585756759364483453333683
de idade apresentavam chance 3 vezes maior de apresentar perda de inserção clínica
moderada quando comparada com controles de 30 a 39 anos de idade. Houve uma
associação entre ser fumante e com maior chance de apresentar perda de inserção
clínica moderada (risco relativo=2,1) ou avançada (risco relativo=3,4) quando
comparado a não fumantes. Os autores concluíram que a população alvo apresentou alta
ocorrência de perda de inserção clínica.
Pallos, et al. (2005) avaliaram a prevalência e gravidade de doença periodontal
e INTPC / CPITN em 183 indivíduos moradores no município de Itamonte-MG. Os
resultados mostraram que 45% dos indivíduos de 0 a 5 anos de idade apresentaram
sangramento à sondagem, cálculo dental foi observado em 34% dos indivíduos de 6 à
12 anos de idade. Bolsas periodontais de 4 à 5mm de profundidade foi verificada em
15% dos indivíduos de 13 à 18 anos de idade. De 34 à 44 anos de idade foram
observadas bolsas periodontais acima de 6mm em 17% da população nesta faixa etária.
20
Estes dados mostraram a necessidade de implementação de programas preventivos e de
tratamento na população em geral desta comunidade.
2.2 Fatores de risco
Estudos epidemiológicos indicam que relativamente poucos indivíduos em
cada grupo etário sofrem de destruição periodontal avançada e que somente sítios
específicos são afetados nesses indivíduos (JENKINS; KINANE, 1989; PAPAPANOU,
1988).
A periodontite em seus estágios mais avançados, é considerada uma das
maiores responsáveis pela perda do órgão dental (MACHION et al., 2000). De maneira
genérica, usa-se o termo “doença periodontal” tanto para gengivites quanto para
periodontites. A gengivite é a condição inflamatória dos tecidos moles que circundam
os dentes e é uma resposta imune direta ao biofilme acumulado nos mesmos. Ela é
modificada por vários fatores tais como, tabagismo, medicamentos e mudanças
hormonais que ocorrem na puberdade e gestação. A periodontite segue-se à gengivite e
é influenciada pela resposta imunológica e inflamatória individual. Envolve a destruição
das estruturas de suporte dos dentes incluindo ligamento periodontal, tecidos moles e
duros (BECK; ARBES JR, 2004; KINANE, 2001).
De acordo com Albandar (2002) a doença periodontal tem caráter universal, e
se destaca como um dos principais problemas de saúde pública na área odontológica,
principalmente nos países em desenvolvimento. A periodontite, em contraste com a
gengivite, é encontrada em somente uma parcela da população.
2.2.1 Tabagismo
O serviço de saúde público americano em 1975 (United States Public Health
Service) divulgou dados da primeira pesquisa nacional de exame de nutrição e saúde -
NHANES I no qual investigou a associação entre condições periodontais e o uso de
diferentes formas de utilização do tabaco, quantidade de consumo e duração do hábito,
entre outros aspectos. Concluiu-se neste estudo que os fumantes habituais apresentaram
maior chance de perda de inserção clínica quando comparados à indivíduos não
fumantes independente dos fatores idade, gênero e raça.
Greer Jr. e Poulson (1983) avaliaram a prevalência e freqüência de alterações
21
em tecido duro e mole da cavidade bucal em 1.119 estudantes de 9 a 12 anos de idade
associadas ao uso de tabaco em suas diferentes formas. Foram identificados 117
usuários de tabaco e quatro tipos de lesões, a saber: a - lesões eritroplásicas da mucosa
bucal; b - inflamação gengival e lesão periodontal; c - combinação das lesões da mucosa
bucal e periodontal; d - erosão cervical dos dentes.
Além da condição periodontal, hábito de fumar também influencia a resposta
terapêutica periodontal, assim, a redução na profundidade de bolsas periodontais, após
procedimentos de raspagem e alisamento radicular em fumantes mostra-se
significativamente menor quando comparadas à não fumantes (MILLER, 1987).
Robertson et al. (1990), avaliaram os efeitos do uso de tabaco em relação as
condições bucais e periodontais de 1094 profissionais de basquete americano. Ao se
avaliar os dados obtidos concluiu-se que o uso do tabaco não esteve necessariamente
associado às formas mais graves de doença periodontal. A higiene bucal deficiente e
presença de gengivites nestes usuários se associaram a lesões da cavidade bucal.
Contudo, os locais adjacentes às lesões da mucosa apresentavam maior recessão
gengival e perda de inserção clínica do que nas regiões não adjacentes à estas lesões.
Bergström e Preber (1994), em seu estudo mostraram que o hábito de fumar
esteve associado a maior taxa de reabsorção óssea alveolar, perda de inserção clínica e
formação de bolsa periodontal. Doença periodontal de progressão rápida, avançada e
generalizada bem como deficiência na cicatrização após terapia periodontal também foi
um achado associado ao hábito de fumar que pareceu ainda exercer um efeito
mascarador dos sinais de inflamação gengival.
Grossi et al. (1994), realizaram uma investigação epidemiológica para
identificar fatores de risco associados à doença periodontal, em 1426 indivíduos, de 25 a
74 anos de idade. O estudo também teve por objetivo identificar indivíduos mais
susceptíveis ou de risco para a destruição periodontal. Os fatores associados com a
perda de inserção clínica incluíram idade, hábito de fumar, biofilme subgengival
(Tannerella forsythias e Porphyromonas gingivalis) e diabete melito.
Holm (1994), mostrou uma maior tendência de perda dental associada à idade.
Além disso, o fumo duplicou o risco de perda dental aumentando em quatro vezes o
risco de edentulismo. Nos resultados, 273 indivíduos foram acompanhados por dez
anos, durante o qual 93 perderam um total de 260 dentes. Uma combinação de alta
contagem de biofilme e fumo foi, junto com a idade, o mais forte prognóstico para esta
ocorrência.
22
Haber (1994), mostrou que o hábito de fumar representa um fator de risco para
muitas doenças, incluindo as periodontites. Avaliações de estudos epidemiológicos
confirmam que este hábito leva a uma maior gravidade da doença associado a maior
perda óssea inter-proximal. Adicionalmente, a prevalência e gravidade das periodontites
mostram-se diminuídas em ex-fumantes, quando comparada à fumantes regulares. Este
autor avaliou ainda que o conhecimento da história pregressa do hábito de fumar
representa uma ferramenta valiosa na determinação do risco futuro de desenvolvimento
de periodontites.
A relação entre o hábito de fumar e destruição periodontal foi avaliada por
Linden e Mullally (1994). Estes autores examinando 82 indivíduos (21 fumantes) de 20
a 33 anos de idade que fumavam cerca de 15,4 (±7,3) cigarros por dia apresentaram
significativamente mais bolsas periodontais 1333 23!3 "3#53836ão-fumantes
(5,8 ± 7,9). Somente dois (10%) dos fumantes e um (2%) dos não-fumantes
apresentaram bolsas profundas (132"9383$675837538%6$75675383
sítios periodontais (21,8 ± 24,9) com perda de inserção clínica periodontal avançada (13
6mm). Após a exclusão de outras variáveis os autores concluíram que o fumo
representou o maior fator de risco para a condição periodontal observada.
Poore et al. (1995), examinaram 26 indivíduos, 18 fumantes e 8 não-fumantes,
com o propósito de verificar o efeito do fumo na inflamação gengival, avaliados clínica
e bioquimicamente pelo fluido gengival, níveis de prostaglandina E
2
, Interleucina 1-&353
Interleucina 1-'93 (88583 âmetros foram observados pelo índice de placa e por
mensurações de profundidade de sondagem. Tanto a inflamação gengival como a
concentração de fluido gengival e prostaglandina E
2
foram significantivamente elevados
nos fumantes comparado aos não-fumantes. Embora os parâmetros do fluido gengival
não apresentassem alterações significativas, mais de 80% dos indivíduos fumantes
apresentaram reações inflamatórias na mucosa alveolar, variando de simples eritema à
ulceração.
Bouclin, Landry e Noreau (1997), demonstraram que o uso de um regime de
higiene bucal adequado para o controle do biofilme dental pode diminuir ou prevenir a
progressão da doença periodontal. Assim, a associação entre controle inadequado do
biofilme dental associado ao bito de fumar aumenta o risco para o desenvolvimento
das diferentes forma de periodontite. Nos fumantes pode ocorrer ainda uma maior
deposição de cálculo dental, índice elevados de pigmentação e espessamento das
glândulas da mucosa do palato, caracterizando um quadro de estomatite nicotínica.
23
Burgan (1997) em um estudo de revisão mostrou que o tabaco está associado a
diferentes aspectos de condição bucal. Alguns estudos associaram o hábito de fumar
com vários indicadores de periodontites, resposta a terapias realizadas entre outras. E,
em função disto este autor sugere a criação de uma categoria diferente quando se
associa hábito de fumar com a etiologia das periodontites.
Trombelli e Scabbia (1997), avaliaram a resposta cicatricial em defeitos de
recessão gengival tratadas com procedimentos de regeneração tecidual guiada (PRG /
RTG) em fumantes. Foram examinados 22 indivíduos sistemicamente saudáveis onde
os defeitos de recessão gengival vestibular, classe I ou II de Miller foram tratados com
auxílio de membranas periodontais. Os autores concluíram que o resultado do
tratamento dos defeitos de recessão gengival com RTG mostrou-se limitado em
decorrencia do hábito de fumar.
Palmer et al.
(1999), avaliaram se a antibiótico terapia com metronidazol
poderia favorecer em indivíduos fumantes a resposta clínica quando da realização de
raspagem e alisamento radicular. Foi realizado um experimento clínico aleatório com 28
fumantes e 56 não-fumantes estratificados de acordo com a gravidade da doença
periodontal divididos em 3 grupos, a saber, apenas raspagem e alisamento radicular,
raspagem e alisamento radicular associada a metronidazol por 7 dias e raspagem e
alisamento radicular associada a aplicação subgengival de gel de metronidazol a 25%.
Profundidade de sondagem e nível clínico de inserção foram registrados em dois
tempos, um inicial e outro após 6 meses. Os autores concluíram que os fumantes
apresentaram pior resposta à todas as modalidades terapêuticas realizadas.
Um estudo para avaliar o hábito de fumar e padrões de perda óssea na
periodontite de início precoce foi realizado por Mullally, Breen e Linden (1999) que
examinaram um total de 71 indivíduos (21 homens e 50 mulheres) com menos de 35
anos de idade. Os autores concluíram que existiu uma associação entre o hábito de
fumar e destruição óssea avançada.
Amarasena et al. (2002), realizaram um estudo do tipo transversal com 2277
indivíduos do gênero masculino da zona rural do Sri Lanka, com o objetivo de avaliar a
condição periodontal de usuários de folha mascada e fumantes comparados aos
indivíduos não fumantes. Os índices periodontais foram significativamente maiores em
mascadores de tabaco e fumantes que em não fumantes. Não houve nenhuma diferença
estatisticamente significativa entre ser mascador de fumo ou fumante.
24
2.2.2 Idade, Gênero e Perda Dental
Estudos em periodontia têm associado uma maior gravidade de doença com o
aumento da idade. Albandar (2002) mostrou maior perda de inserção clínica e
reabsorção óssea nos indivíduos adultos quando comparados aos jovens. Este autor
observou ainda que o aumento da idade estava associado ao aumento nos valores de
perda de inserção clínica. Estes achados foram confirmados por Locker, Slade e Murray
(1998) considerando o fato de que o com o aumento da idade aumenta
proporcionalmente a chance de perda de inserção clínica pois, aumenta a exposição de
diferentes fatores ao longo do tempo.
Em 1990, Brown, Oliver e Löe, haviam observado em seus estudos um
acentuado aumento da perda de inserção clínica de 4mm a 6mm com o aumento da
idade de 13,8% em indivíduos de 25 a 34 anos para 53,6% em indivíduos de 55 a 64
anos. Quando o critério de perda de inserção clínica foi de no mínimo 7mm os
indivíduos de 35 a 44 anos apresentaram 3,8% de dentes/sítios acometidos ocorrendo
um aumento para 9,3% nos indivíduos de 55 a 64 anos de idade.
Grossi et al. (1994), afirmaram que a associação de diferentes fatores, entre
eles a idade, presença de biofilme dental, ausência de terapia periodontal de suporte,
estão diretamente relacionadas a um risco aumentado de perda dental.
Locker, Slade e Murray (1998), consideraram que, enquanto níveis moderados
de perda de inserção clínica podem ser observados em alta porcentagem em indivíduos
de meia idade e senis, a perda óssea severa esta presente em apenas uma minoria destes
indivíduos.
Machion et al. (2000), no curso de graduação da Faculdade de Odontologia de
Piracicaba (FOP-UNICAMP) examinaram periodontalmente 100 indivíduos
categorizando profundidade de sondagem de 3mm, 5mm 7mm e 10mm. Os autores
verificaram que as maiores profundidades de sondagem estavam presentes nos
indivíduos do nero masculino e acima de 31 anos de idade. Ragghianti (2003), relatou
associação positiva entre o fator idade e aumento de profundidade de sondagem além de
aumento no número de sítios periodontais com perda de inserção clínica.
Cortelli et al. (2002), avaliaram a prevalência de Periodontite Agressiva
Localizada, Periodontite Agressiva Generalizada e Periodontite Incipiente em uma
populaçäo de 15 a 25 anos de idade (19,4 ± 3,44) da regiäo do Vale do Paraíba SP.
25
Seiscentos indivíduos, 244 do gênero masculino e 356 do gênero feminino, foram
incluídos neste estudo. Os autores observaram correlação positiva entre gênero feminino
e doença periodontal.
Estudo de Castro (2003), confirmou a associação da doença periodontal
avançada com a idade, o gênero masculino, o hábito de fumar e o grau de escolaridade.
A média final dos parâmetros clínicos de profundidade de sondagem e nível clínico de
inserção foram de 3,44 e 4,01 respectivamente entre os casos, e de 1,96 e 0,95
respectivamente nos controles.
Araujo (2003) observou que o número de dentes ausentes influenciou os dados
referentes à doença periodontal sobretudo quando esta foi caracterizada de acordo com
os valores de profundidade de sondagem ou da perda de inserção clínica. Foi observado
ainda, associação positiva entre doença periodontal, idade, gênero, tabagismo, nível
educacional e diabete melito.
Segundo, Ferreira e Costa (2004) examinaram 104 indivíduos acima de 13
anos de idade em uma comunidade negra de Contagem-MG, sendo 63 do gênero
feminino e 41 do gênero masculino. Observou-se que, do total dos dentados, o
sangramento à sondagem foi detectado em 97,9%, a profundidade de sondagem > 4mm
em 43,3%, a perda de inserção clínica > 4mm em 63,5% e em 81,2% presença de
cálculo dental. De 46 a 60 anos, identificou-se uma perda de inserção clínica de 8,3mm
(±4,27), e também profundidade de sondagem de 4,6mm 3,5). A doença acometeu
9,6% dos participantes em sua forma grave (PS > 7mm), não havendo um diferencial
pelo fator raça. Faixa etária, escolaridade e uso de tabaco foram indicadores de risco
relacionados com a doença periodontal.
Lo et al. (2004) avaliando indivíduos senis, acima de 65 anos de idade,
residentes em Hong Kong-China observaram que, 20% desta população apresentou-se
desdentada. Em relação à população dentada, 2% tinham sangramento à sondagem, e
37% apresentaram bolsas periodontais rasas e 20% bolsa periodontais consideradas
profundas.
Pion (2005) ao analisar 588 moradores de Guarulhos - SP, observou em média
5,7 ± 5,9 dentes ausentes. Para a profundidade de sondagem o valor médio observado
foi 2,2 ± 0,8 mm. Neste estudo, o fator idade exibiu correlação com ausência dental e
quantidade de cigarros consumidos durante a vida, enquanto o aumento na média de
26
profundidade de sondagem apresentou correlação tanto com o aumento da idade como
com o aumento do número de dentes ausentes.
Reis et al. (2005), por meio de um estudo transversal utilizando a metodologia
do Projeto SB-2000, Brasil do Ministério da Saúde, avaliaram as condições de saúde
bucal de idosos institucionalizados na cidade de Goiânia-GO. Foram examinados 289
indivíduos com faixa etária variando entre 60 e 103 anos. De acordo com o Índice
Periodontal Comunitário (CPI), apenas 3 (3,37%) dos idosos apresentavam todos os
sextantes sadios. A condição mais freqüente foi a presença de cálculo dental, observado
em 55% dos indivíduos. Quanto ao índice de perda de inserção clínica, houve
predomínio de valores de 0 a 3mm, observadas em 37% dos indivíduos. Alterações de
tecido mole foram encontradas em 13 % dos indivíduos.
27
3 Proposição
O objetivo do presente estudo do tipo transversal foi avaliar, no ano de 2005, e,
numa amostra de conveniência da população de Anápolis - Goiás a ausência dental e a
condição periodontal deste grupo de indivíduos determinadas clinicamente por
diferentes parâmetros.
28
4 Material e Método
4.1 Tipo de Estudo
O presente estudo foi delineado como um estudo do tipo transversal.
4.2 Considerações Éticas
Este estudo, após a elaboração do projeto de pesquisa, foi aprovado
inicialmente pela Comissão de Pesquisa do Departamento de Odontologia da UNITAU
e em seguida, submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNITAU,
sob protocolo de número 418/04 conforme anexo A.
4.3 Generalidades
Este estudo examinou uma amostra de conveniência da cidade de Anápolis-
Goiás, objetivando estabelecer a ausência dental e características periodontais desta
população, por meio de diferentes índices. Para assegurar a qualidade dos dados obtidos
o operador foi inicialmente treinado e posteriormente calibrado (item 4.4) tendo como
referencia outro examinador designado como “padrão-ouro”. A cidade de Anápolis
fundada em 1887, está a uma altitude de 1017m e sua área total corresponde a 1078,2
km
2
. Este município está a 57 Km de Goiânia, 160 de Brasília e 72 de Pirenópolis,
numa posição estratégica para implantação de indústrias, visto a proximidade das
capitais Federal e Goiana. Sua população, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística de 2004, está estimada em 307.977 habitantes. Sua principal
atividade econômica é a indústria de transformação e comércio de mercadorias. Pratica-
se no município a pecuária extensiva, com criação de gado de corte e leiteiro. A
agricultura, que foi a grande fonte de riqueza no passado, hoje é praticada em caráter
de subsistência com cultivo de arroz, milho, feijão, café e mandioca, mas em função de
sua localização privilegiada para o comércio do Centro-Oeste, ainda é o principal centro
de comercialização de grãos do Estado. O Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA),
instalado em 9 de setembro de 1976, em uma área de 880 hectares, está localizado na
meso região do centro Goiano, junto com o entorno de Brasília e Distrito Federal,
representando um total aproximado de 4.500.000 habitantes, distribuídos por 84
29
municípios circunvizinhos. Trata-se da região mais desenvolvida do Centro-Oeste e
com um dos mais expressivos potenciais de crescimento sócio-econômico apresentado
nas últimas décadas, em todo o Brasil (IBGE 2005; CITY BRAZIL, 2005).
4.4 Treinamento e Calibração
O operador (MHC) foi inicialmente treinado na Faculdade de Odontologia da
Universidade de Gurupi TO (UNIRG) realizando procedimentos de sondagem
periodontal, índices de placa e gengival e CPOD. Este treinamento, do tipo
supervisionado, foi realizado quando da elaboração do delineamento do estudo. Para a
calibração do operador foi realizado o cálculo do Erro Padrão da Medida (EPM) intra-
examinador. Para tanto, foram selecionados 12 indivíduos utilizando-se cinco dentes e
seis faces por dente (mesio-vestibular, médio-vestibular, disto-vestibular, mesio-lingual,
médio-lingual e disto-lingual) examinando as medidas de Profundidade de Sondagem e
Nível Clínico de Inserção. Após aproximadamente 60 minutos os mesmos sítios foram
re-examninados. A fórmula abaixo descreve a equação de cálculo do EPM:
EPM= )34$"
2
N
2
Onde, a raiz quadrada da somatória da diferença ao quadrado entre as duas
medidas obtidas é dividida pelo (N), também ao quadrado, resultan
do no valor do EPM.
Para os valores de Profundidade de Sondagem foi obtido EPM de 0,92 e para
as mensurações do Nível Clínico de Inserção 0,89. Considerando que se aceita valores
de EPM maiores que 0,80 para obtenções de dados reproduzíveis (ARAUJO et al.,
2003), o examinador foi considerado calibrado e iniciou-se a obtenção dos dados
clínicos. Tanto para o treinamento quanto para a calibração do examinador, foram
examinados indivíduos voluntários que atenderam os critérios de inclusão e exclusão
semelhante ao estudo proposto, todavia, estes não fizeram parte da amostra do estudo.
4.5 Cálculo Amostral
Após o cálculo da potência, usando o programa PS Power and Sample size
calculations, version 2.1.30, a população estudada foi fixada em 250 indivíduos. Estes
cálculos foram ba8548353&3*3,05, N = 250, diferença das médias aritméticas entre
30
as populações de até 2,0mm, desvio padrão igual a 1,0mm, e proporção de 1 indivíduo
saudável (sem perda de inserção clínica) para cada 1 indivíduo com doença (com perda
de inserção clínica).
4.6 Sujeitos da Pesquisa
Participaram do presente estudo 250 indivíduos, de ambos os gêneros, de 15 a
69 anos de idade, alocados da Clínica Odontológica da Associação Brasileira de
Odontologia (ABO) Seccional de Anápolis-Goiás que buscavam tratamento clínico
geral no ano de 2005.
4.7 Critérios de Inclusão e Exclusão
O indivíduo foi considerado apto a participar do presente estudo quando
apresentou as seguintes características: idade superior a 15 anos; inscrição para
tratamento na clínica odontológica da ABO - Anápolis; disponibilidade para o exame no
dia e horário agendado.
O indivíduo foi excluído por apresentar problemas renais ou se estivesse sob
tratamento de diálise, fazendo uso de medicamentos anticoagulantes, exceto aspirina, se
hemofílico ou ainda se tivesse sido informado(a) por profissionais de saúde que não
deveria se submeter a exame e/ou tratamento odontológico.
4.8 Anamnese e Obtenção dos Índices
O modelo da ficha de anamnese e prontuários clínicos estão expressos nos
anexos B e C, respectivamente. Os dados de anamnese foram obtidos com o propósito
de avaliar as condições gerais de saúde da população, obviamente apenas algumas
respostas foram consideradas quando da elaboração deste estudo, sendo as demais
disponibilizadas para a Secretaria de Saúde do Município. Os dados clínicos foram
obtidos com a utilização dos índices CPOD (cariados, perdidos e obturados / dente),
Índice de Placa e Gengival e mensurações de Profundidade de Sondagem e Nível
Clínico de Inserção.
Índice CPOD: Utilizado para determinar o número de dentes ausentes. Cabe
aqui ressaltar que, o dado completo do índice CPOD foi realizado para caracterizar as
31
condições dentais da população do estudo, servindo como subsídio para a Secretaria de
Saúde do Município avaliar as estratégias de tratamento preventivo e curativo da
população em questão. Para o presente estudo, nos valemos apenas da consideração
referente ao componente P (perdido) para análise dos dados.
Os dados da condição periodontal foram avaliados com e exame de 12 dentes
por indivíduo (ARAUJO et al., 2004) assim classificados: dentes primários (16, 14, 11,
22, 24, 26, 36, 34, 32, 41, 44, 46) e quando de sua ausência avaliou-se os dentes
considerados secundários (17, 15, 12, 21, 25, 27, 37, 35, 31, 42, 45, 47) seguindo os
critérios de substituição de acordo com Ramfjord (1974). As condições gengivais
foram avaliadas pelos dois índices abaixo descritos:
Índice de Placa (IP): após avaliação de CPOD, indicou-se a presença ou
ausência de placa dental de forma dicotômica nos sítios V, MV e L (AINAMO;
AINAMO, 1985).
Índice Gengival (IG): após a sondagem clínica periodontal, avaliou-se a
presença ou ausência de sangramento de forma dicotômica nos sítios DV, V, MV, DL,
L, e ML (AINAMO; BAY, 1975).
Para avaliar as condições periodontais foram obtidas medidas de profundidade
de sondagem e avaliou-se também o nível clínico de inserção, assim descritos:
Profundidade de Sondagem (PS): medida com sonda periodontal milimetrada
do tipo Willians, marca Hu-Friedy®, da margem gengival ao provável fundo do
sulco/bolsa periodontal, avaliando-se os sítios MV, V, DV, ML, L e DL, (AMERICAN
ACADEMY OF PERIODONTOLOGY, 2001).
Nível Clínico de Inserção (NCI): avaliado pela distância da junção cemento-
esmalte ao provável fundo do sulco/bolsa periodontal (sonda tipo Willians, marca Hu-
Friedy®) nos mesmos sítios quando da avaliação de PS (AMERICAN ACADEMY OF
PERIODONTOLOGY, 2001).
4.9 Procedimentos Estatísticos
Após tabulação dos dados clínicos PS, NCI, IP e IG dos 250 indivíduos
incluídos no presente estudo em planilhas Excell (Microsoft®), os mesmos foram
submetidos a tratamento estatístico específico com auxílio do software Bio Estat 5.0 for
Windows.
32
Os dados foram tratados partindo dos valores médios de cada parâmetro para
cada indivíduo sempre adotando 95% de significância estatística. De acordo com cada
agrupamento gerado em função do gênero, hábito de fumar e idade, a normalidade dos
dados foi testada e aplicado o teste estatístico de acordo com essa característica de
distribuição amostral.
Os dados de PS e NCI, por se tratarem de valores númericos, foram analisados
pelos testes Análise de Variância (ANOVA) e t Student. Para IP e IG, como são
variáveis qualitativas e dicotômicas, foram avaliadas pelo teste Wilcoxon e ANOVA.
Durante toda a análise, e sempre que possível, os dados quando dispostos em
distribuição não normal (não paramétrico) foram convertidos utilizando-se do recurso
Log
10
.
33
5 Resultados
Foram incluídos no presente estudo 250 indivíduos de 15 a 69 anos de idade
(32,90 ± 11,15) de ambos os gêneros. A tabela 1 mostra a distribuição categorizada (de
0 a mais de 6 dentes ausentes) distribuídos por gênero nos 250 indivíduos examinados.
Tabela 1 Distribuição categorizada do número de dentes ausentes na população
estudada de acordo com o gênero
Dentes ausentes Masculino
Feminino Total
0 09
(3)
11
(3)
20
(3)
1-3 24
(1)
28
(2)
52
(2)
4-5 17
(2)
72
(1)
89
(1)
12 29
(1)
60
(1)
89
(1)
Total 79 171 250
Diferença estatisticamente significativa p < 0,05. Relação de significância (1) > (2) >
(3)
Após a análise dos dados clínicos, levando-se em consideração os valores
médios individuais de Índice de Placa (IP) e Índice Gengival (IG), médias de
Profundidade de Sondagem (PS) e presença de a1 mm de perda de inserção clínica,
verificamos que a população estudada estava representada por 74 (29,6%) indivíduos
considerados periodontalmente saudáveis ou com gengivite.
A partir de então dividimos a população pela média de perda de inserção
clínica (PIC) com valores de até 2 mm, de 2,1 a 3,99 e maior ou igual a 4mm. Assim, os
250 indivíduos foram caracterizados como saudáveis/gengivite/periodontite leve
(SGPL); periodontite moderada (PM) e periodontite avançada (PA). A tabela 2 mostra a
distribuição destes dados por gênero.
34
Tabela 2 Distribuição da perda de inserção clínica (PIC) na população estudada de
acordo com o gênero
SGPL
PIC +32mm
PM
PIC 2,1 – 3,99mm
PA
PIC 133
Total
Masculino 31
(a)
43
(a)
5
(b)
79
Feminino 84
(a)
81
(a)
6
(b)
171
Total 115
(a)
124
(a)
11
(b)
250
SGPL: Indivíduos saudáveis, com gengivite e/ou periodontite leve; PM: Periodontite
moderada; PA: Periodontite avançada.
Diferença estatisticamente significativa p < 0,05.
Relação de significância (a) > (b)
As tabelas 3, 4 e 5 mostram a distribuição da população dividida por gênero e
tabagismo em função da média de perda de inserção clínica de até 2mm (Tabela 3), de
2,1mm até 3,99 (Tabela 4) e 133,5-3"
Tabela 3 Distribuição da população estudada dividida por gênero e tabagismo em
relação à média de perda de inserção clínica (PIC) de até 2 mm
PIC +3.3 Fumante Não fumante Total
Masculino 05 26 31
Feminino 07 77 84
Total 12 103 115
Tabela 4 Distribuição da população estudada dividida por gênero e tabagismo em
relação à média de perda de inserção clínica (PIC) de 2,1 a 3,99 mm
PIC +3. - 3,99mm Fumante Não fumante Total
Masculino 10 33 43
Feminino 8 73 81
Total 18 106 124
35
Tabela 5 Distribuição da população estudada dividida por gênero e tabagismo relação
à média de perda de inserção clínica (PIC) 133
PIC 13 Fumante Não fumante Total
Masculino 3 2 5
Feminino 1 5 6
Total 4 7 11
A distribuição da população estudada em função do gênero e hábito de fumar
encontra-se expressa na tabela 6 e a distribuição em função da idade e gênero na tabela
7.
Os valores médios de Profundidade de Sondagem (PS), Nível Clínico de
Inserção (NCI), Índice de placa (IP) e Índice Gengival (IG) foram agrupados e
estatisticamente analisados em função do gênero (Tabela 8), hábito de fumar (Tabela 9)
e faixa etária (Tabela 10).
A avaliação dos parâmetros clínicos PS, NCI, IP e IG não apresentaram
diferença estatisticamente significativa em função do gênero dos indivíduos (Figura 1).
Quando se avaliou os valores médios de PS, NCI, IP e IG em função do hábito
de fumar, foi observada diferença estatisticamente significativa entre os grupos para o
NCI, onde os indivíduos fumantes apresentaram maiores valores de perda de inserção
clínica. Os demais parâmetros não sofreram influência do hábito de fumar (Figura 2).
Quando se testou a influência do fator idade sobre os parâmetros clínicos
analisados, observou-se diferença estatisticamente significativa em todos os parâmetros,
com valores médios significativamente maiores para os indivíduos com idade superior a
32 anos (Figura 3).
36
Tabela 6 – Distribuição da população estudada em função do gênero e hábito de fumar
Fumantes
(Média idade ± DP)
Não fumantes
(Média idade ± DP)
Total
(Média idade ± DP)
Masculino (n) 14
(33,91 ± 10,82)
64
(31,98 ± 11,06)
78
(32,97 ± 12,31)
Feminino (n) 20
(34,29 ± 10,14)
152
(32,3 ± 10,65)
172
(32,80 ± 10,63)
Total 34
(34,67 ± 11,67)
216
(32,62 ± 11,07)
250
(32,90 ± 11,15)
DP – Desvio padrão; n – Número de indivíduos
Tabela 7 – Distribuição da população estudada em função do gênero e faixa etária
+3/.368
(Média idade ± DP)
> 32 anos
(Média idade ± DP)
Total
(Média idade ± DP)
Masculino (n) 43
(25,12 ± 4,98)
35
(41,78 ± 6,80)
78
(32,97 ± 12,31)
Feminino (n) 91
(24,79 ± 5,20)
81
(42,21 ± 7,93)
172
(32,80 ± 10,63)
Total 134
(24,46 ± 5,11)
116
(42,65 ± 7,77)
250
(32,90 ± 11,15)
DP – Desvio padrão; n – Número de indivíduos
37
Tabela 8 – Distribuição dos valores médios de PS, NCI, IP e IG em função do gênero
PS
Média ± DP
NCI
Média ± DP
IP
Média ± DP
IG
Média ± DP
Masculino 2,29 ± 0,59 2,46 ± 0,97 0,80 ± 0,22 0,53 ± 0,28
Feminino 2,25 ± 0,48 2,23 ± 0,78 0,75± 0,25 0,57 ± 0,31
Total 2,26 ± 0,51 2,30 ± 0,85 0,76 ± 0,24 0,56 ± 0,30
PS = profundidade de sondagem, NCI = nível clínico de inserção, IP = índice de placa,
IG = índice de sangramento gengival, DP – Desvio padrão
Parâmetro Clínico p valor
Profundidade de Sondagem 0,9126
Nível Clínico de Inserção 0,0743
Índice de placa 0,6875
Índice Gengival 0,9137
Figura 1 Distribuição dos valores de p para a comparação entre os valores médios de
PS, NCI, IP e IG em função do gênero
38
Tabela 9 – Distribuição dos valores médios de PS, NCI, IP e IG em função do hábito de
fumar
PS
Média ± DP
NCI
Média ± DP
IP
Média ± DP
IG
Média ± DP
Fumante 2,45 ± 0,67 2,59* ± 1,02 0,86 ± 0,18 0,64 ± 0,27
Não fumante
2,24 ± 0,48 2,26* ± 0,82 0,75 ± 0,25 0,55± 0,30
Total 2,26 ± 0,51 2,30 ± 0,85 0,76 ± 0,24 0,56 ± 0,30
PS = profundidade de sondagem, IG= índice de sangramento gengival, NCI =nível
clínico de inserção, IP = índice de placa, DP Desvio padrão; * - Diferença
estatisticamente significativa, p < 0,05
Parâmetro Clínico p valor
Profundidade de Sondagem 0,0820
Nível Clínico de Inserção
0,0424*
Índice de placa 0,0525
Índice Gengival 0,5941
Figura 2 Distribuição dos valores de p para a comparação entre os valores médios de
PS, NCI, IP e IG em função do hábito de fumar
39
Tabela 10 Distribuição dos valores médios de PS, NCI, IP e IG em função da faixa
etária
PS
Média ± DP
NCI
Média ± DP
IP
Média ± DP
IG
Média ± DP
+3/.368 2,17* ± 0,48 1,92* ± 0,65 0,72* ± 0,26 0,51* ± 0,26
> 32 anos 2,37* ± 0,53 2,75* ± 0,85 0,82* ± 0,21 0,62* ± 0,33
Total 2,26 ± 0,51 2,30 ± 0,85 0,76 ± 0,24 0,56 ± 0,30
PS = profundidade de sondagem, IG = índice de sangramento gengival, NCI =nível
clínico de inserção, IP = índice de placa, DP Desvio padrão; * - Diferença
estatisticamente significativa, p < 0,05
Parâmetro Clínico p valor
Profundidade de Sondagem
0,0129*
Nível Clínico de Inserção
0,0001*
Índice de placa
0,0258*
Índice Gengival
0,0107*
Figura 3 Distribuição dos valores de p para a comparação entre os valores médios de
PS, NCI, IP e IG em função da faixa etária
Realizou-se também uma avaliação dos parâmetros clínicos PS, NCI, IP e IG em
função do número de dentes ausentes por indivíduo (Tabela 11). Maiores valores
médios (p < 0,05) de NCI, IP e IG foram observados no grupo de indivíduos com mais
de 5 dentes ausentes. Não foi observada diferença estatisticamente significativa para os
valores médios de PS (Figura 4).
40
Tabela 11 Distribuição dos valores médios de PS, NCI, IP e IG em função do número
de dentes ausentes
PS
Média ± DP
NCI
Média ± DP
IP
Média ± DP
IG
Média ± DP
+334567583
ausentes
2,10 ± 0,49 1,95* ± 0,73 0,69* ± 0,25 0,50* ± 0,30
> 5 dentes
ausentes
2,33 ± 0,55 2,72* ± 0,91 0,82* ± 0,23 0,61* ± 0,28
Total 2,26 ± 0,51 2,30 ± 0,85 0,76 ± 0,24 0,56 ± 0,30
PS = profundidade de sondagem, IG= índice de sangramento gengival, NCI =nível
clinico de inserção, IP = índice de placa, DP – Desvio padrão; * - Diferença
estatisticamente significativa, p < 0,05
Parâmetro Clínico p valor
Profundidade de Sondagem 0,1252
Nível Clínico de Inserção
0,0001*
Índice de placa
0,0115*
Índice Gengival
0,0431*
Figura 4 Distribuição dos valores de p para a comparação entre os valores médios de
PS, NCI, IP e IG em função do número de dentes ausentes
Quando se avaliou o número de dentes ausentes em função do gênero (Figura 5),
hábito de fumar (Figura 6) e faixa etária (Figura 7), apenas o fator faixa etária dos
indivíduos apresentou influência (p < 0,05) no número de dentes ausentes, onde os
indivíduos com maior faixa etária apresentaram mais dentes ausentes (Figura 5).
41
4.84
5.4
0
2
4
6
8
10
MASCULINO FEMININO
Figura 5 – Distribuição dos valores médios de dentes ausentes em função do gênero dos
indivíduos
5.52
5.18
0
2
4
6
8
10
FUMANTE NÃO FUMANTE
Figura 6 – Distribuição dos valores médios de dentes ausentes em função do hábito de
fumar dos indivíduos
42
3.72
6.96
0
2
4
6
8
10
1 32 ANOS > 32 ANOS
Figura 7 – Distribuição dos valores médios de dentes ausentes em função da faixa etária
dos indivíduos. * - Diferença estatisticamente significativa, p < 0,05
Parâmetro Clínico P valor
Gênero 0,2450
Hábito de fumar 0,5972
Faixa etária
0,0021*
Figura 8 Distribuição dos valores de p para a comparação entre o número de dentes
ausentes em função do gênero, hábito de fumar e faixa etária dos indivíduos
*
43
6 Discussão
A realização de estudos epidemiológicos do tipo transversal possibilita em
uma única medida, e ao mesmo tempo, avaliar as condições de saúde de uma
determinada população permitindo que o conhecimento então advindo deste tipo de
estudo ilustre as necessidades da população alvo. Assim, o objetivo do presente estudo
foi avaliar as condições dentais e periodontais de indivíduos entre 15 e 69 anos de idade,
de ambos os gêneros residentes na cidade de Anápolis-Go.
de se destacar que neste estudo o controle de qualidade em relação à
obtenção dos dados clínicos tornou-se importante, pois, permitiu uma estimativa da
condição periodontal e da ausência dental da população de Anápolis e,
secundariamente, uma possível comparação com dados de outros municípios do estado
de Goiás facilitando assim a adoção de medidas adequadas pelos órgãos de saúde local.
Além disso, para minimizar vieses principalmente de informação, memória e seleção o
examinador foi submetido a um treinamento, tendo como base um examinador padrão
(gold standard), tanto para anotação dos dados de anamnese quanto para mensuração e
tabulação dos dados clínicos. Por sua vez, a calibração intra-examinador foi realizada
previamente ao início do estudo valendo-se do cálculo do Erro Padrão da Medida
realizados em 12 indivíduos.
Para a validação de um estudo epidemiológico a necessidade de se incluir
um número suficiente de indivíduos oferecendo assim uma evidência confiável para
associações estatísticas. O número adequado de participantes em um estudo deve ser
calculado previamente a realização da pesquisa pois isto garante a validade dos
resultados. Para atender a este princípio epidemiológico o pesquisador deve se basear
em valores pré-estabelecidos de potência e significância estatística (ARAUJO et al.,
2004). Assim, no presente estudo o número de 250 indivíduos examinados foi
estabelecido respeitando estes critérios.
Por se tratar aqui de um estudo do tipo transversal adotou-se incluir todos os
indivíduos que procurassem tratamento odontológico na clínica da Associação
Brasileira de Odontologia Seccional de Anápolis-GO. Desta forma os dados obtidos
podem ser considerados apropriados para validação interna desta população, pois se
estes indivíduos fossem alocados a partir de uma clínica de tratamento periodontal
poderíamos superestimar o dado prevalente de doença.
44
Os parâmetros clínicos mais amplamente utilizados para se mensurar as
periodontites são perda de inserção clínica (CRAIG et al. 2003; Do et al. 2003; SUSIN
et al. 2004), profundidade de sondagem (MACHION et al. 2000; HEITZ-MAYFIELD
et al. 2003) e sangramento a sondagem (ABEGG, 1997; RAGGHIANTI, 2003).
Embora relacionado com a ocorrência de reação inflamatória, o sangramento a
sondagem apenas exibe associação com a atividade da doença periodontal quando
presente em reavaliações subseqüentes. Dentre os desfechos clínicos adotados como
descritores do processo saúde-doença periodontal a perda de inserção clínica tem sido
considerada o padrão-ouro apesar de não necessariamente representar o estágio final da
doença. Por isso muitas vezes a perda dentária é adotada como o desfecho que
representa o estágio final da doença. Todavia, a própria perda dentária sofre influencia
de certos fatores como o viés de memória, associado a determinação da sua causa, e a
velocidade de progressão da patologia periodontal.
Além dos parâmetros clínicos, os exames radiográficos que avaliam a
presença de osso alveolar remanescente e a quantidade de raiz ainda inserida no tecido
ósseo também tem sido utilizados na caracterização periodontal. E, segundo Araújo
(2003) a altura da crista óssea alveolar se mostrou um parâmetro periodontal confiável e
menos influenciado pela ausência dental. Atualmente, ainda se faz uso de uma sonda
periodontal, usualmente manual, para medição de perda de inserção clínica e
profundidade de sondagem, mesmo este protocolo tendo sido descrito mais de 45
anos por Breivik et al. (1994). A partir do resultado de inúmeros estudos, vários
critérios foram utilizados de forma isolada ou em combinação, com o objetivo de se
classificar e diferenciar gengivite de periodontite (AMERICAN ACADEMY OF
PERIODONTOLOGY, 2005). Entretanto, a ausência de um consenso sobre quais e
como melhor fazer uso dos índices periodontais persiste até os dias de hoje o que
dificulta as pesquisas clínicas e epidemiológicas.
No presente estudo assumimos classificar nossa população de acordo com o
critério perda de inserção clínica. Assim, caracterizamos nossa população de diferentes
formas associando ou não fatores de risco como tabagismo, gênero e idade além de
considerarmos também o número de dentes ausentes. Sabemos que a utilização de
critérios isolados poderia nos levar a subestimar ou superestimar os dados observados
por isso dentro de uma plausibilidade biológica, outros parâmetros foram considerados
para se estabelecer um diagnóstico mais próximo do real. Isso pelo fato de que diferente
de outras formas de doenças infecciosas, a doença periodontal permite a caracterização
45
direta dos tecidos periodontais. Deste modo, adicionou-se às condições gengivais os
índices de placa e gengival, e, às condições periodontais os valores de profundidade de
sondagem.
Estudos clínicos em periodontia nas últimas décadas têm mostrado uma maior
compreensão dos fatores etiológicos da doença, bem como de sua patogenia e das
respostas frente a instituição de diferentes terapias. Segundo Beck, Arbes Jr. (2004) e
Kinane (2001), gengivite é uma inflamação do tecido gengival onde o epitélio juncional
permanece aderido ao elemento dentário em seu nível original. A gengivite tem como
aspecto clínico de doença: gengiva avermelhada e edematosa, sangramento espontâneo
ou provocado por leve toque, gengiva brilhante e contorno gengival irregular. Quando
diagnosticada precocemente e tratada corretamente tende a apresentar um caráter
reversível.
Os índices são meios pelos quais pode-se quantificar e/ou qualificar o grau de
gravidade de uma doença em uma determinada população ou grupo de indivíduos. No
presente trabalho, após avaliação dos parâmetros periodontais verificamos que de 250
indivíduos que compuseram nossa população, 115 (46,0%) indivíduos apresentaram
média de até 2 mm de perda de inserção clínica, sendo esse grupo considerado como
periodontalmente saudável, com gengivite ou com periodontite leve (Tabela 2).
A periodontite é definida como “uma doença inflamatória dos tecidos de
suporte dos dentes, causada por microrganismos específicos, resultando numa
destruição progressiva do ligamento periodontal e osso alveolar, com formação de
bolsa, recessão gengival, ou ambas” (KINANE, 2001). A característica clínica que
diferencia a periodontite da gengivite é a presença da perda de inserção clinicamente
detectável. Como citado anteriormente, esta característica freqüentemente é
acompanhada pela formação de bolsa periodontal e mudanças na densidade e altura do
osso alveolar adjacente. Os sinais clínicos de inflamação, como mudança na coloração,
contorno, consistência e sangramento à sondagem podem não ser indicativos da
progressão da perda de inserção clínica. Entretanto, a presença contínua de sangramento
à sondagem, em visitas seqüenciais, tem provado ser um indicador confiável da
presença de inflamação e potencial para uma subseqüente perda de inserção clínica na
área com sangramento. A perda de inserção clínica associada à periodontite tem
demonstrado progredir tanto continuamente quanto em surtos episódicos de atividade de
doença (BECK; ARBES JR, 2004; KINANE 2001). Quanto à gravidade, ela pode ser
leve quando apresenta de 1 a 2 mm de perda de inserção clínica confirmada por
46
avaliações longitudinais; moderada quando esta perda atinge de 3 a 4 mm de perda de
inserção e avançada quando supera os 5 mm de perda de inserção clínica (ARMITAGE,
1999).
Neste trabalho foi observado na amostra de 250 indivíduos que 124 (49,6%)
apresentavam perda de inserção de 2,1 a 3,99 mm, o qual consideramos como
portadores de periodontite moderada e por fim, 11 (4,4 %) dos indivíduos que foram
diagnosticados com periodontite avançada (Tabela 2). Levando-se em consideração que
a comparação dos nossos achados possa ter sido prejudicada primeiro por um número
ainda reduzido de estudos prevalentes no Brasil, e segundo pelas mencionadas
diferenças metodológicas incluindo população alvo, critérios que definem o que é saúde
e doença, número de indivíduos alocados, etc. consideramos, mesmo com estas
limitações, que nossa população apresentou um perfil periodontal semelhante ao de
outros estudos conduzidos no país.
Dados epidemiológicos fornecem informações a cerca de fatores que
influenciam o início, progressão e a extensão de doenças periodontais e as
características prevalentes das populações avaliadas. Este estudo transversal é de
importância e praticamente de caráter inédito para determinar a prevalência da doença
periodontal na cidade de Anápolis-GO, permitindo estabelecer a partir dos nossos dados
procedimentos preventivos, terapêuticos e ações de saúde pública de modo geral,
visando ainda promover a saúde da população como um todo.
Após a realização do exame clínico e subsequente diagnóstico todos os
participantes do estudo foram encaminhados para atendimento nas clínicas de
especialização da ABO de acordo com suas necessidades.
No presente estudo os diferentes parâmetros clínicos foram associados com
alguns fatores de risco. Ao se observar os parâmetros profundidade de sondagem, nível
clínico de inserção, índice de placa e índice gengival verificou-se que não houve
diferença estatisticamente significativa entre os gêneros.
Campos Júnior (1992), definiu um fator de risco para doença periodontal como
o elemento que desencadeia um processo, aumentando a probabilidade de que a doença
realmente ocorra. Grossi et al. (1994) concluíram que a doença periodontal está
associada a alguns fatores de risco incluindo fumo e doenças sistêmicas, e Genco (1996)
adicionou à esses fatores: idade, exposição a riscos ocupacionais e modificações no
biofilme subgengival.
47
Diversos estudos têm sido conduzidos no sentido de associar o tabagismo
como um importante fator de risco para a doença periodontal, neste contexto no
presente estudo a associação entre tabagismo e condição periodontal foi observada em
relação ao parâmetro nível clínico de inserção, ou seja, indivíduos fumantes
apresentaram maior perda de inserção clínica quando comparados aos não fumantes.
Nossos dados podem ser confirmados por uma série de estudos aqui revisados
(ROBERTSON et al., 1990; BERGSTRÖM; PREBER, 1994; HOLM, 1994; HABER,
1994; BURGAN, 1997; AMARASENA et al. 2002). Todavia, nossos dados não
confirmaram esta associação quando os outros parâmetros clínicos foram
estatisticamente analisados. Podemos aqui ressaltar que na nossa amostra tivemos um
percentual considerado pequeno de fumantes (13,6%) o que sobremaneira dificultou a
validação interna deste dado impedindo uma consideração estatística mais abrangente.
A relação entre tabagismo e as doenças periodontais foi e ainda é bastante
estudada, e ao se observar os resultados percebe-se uma clara associação entre as
diferentes formas de exposição ao fumo e a doença periodontal. Por outro lado, a
associação do tabagismo ocorre muito mais como um fator agravante da doença do que
propriamente como um iniciador do processo. Segundo Kamma, Nakou e Baehni,
(1999) a doença periodontal representa uma complexa entidade multifatorial que
apresenta sua extensão e gravidade resultante do desequilíbrio na interação parasita-
hospedeiro. Sendo o biofilme dental o fator determinante para iniciar o processo de
doença periodontal, é notoriamente imprescindível que essa relação diminua com as
constantes melhoras no grau de higienização bucal de toda a população. O hábito de
fumar está associado muitas vezes a uma precária qualidade na higiene bucal e, o
resultado disso é, conseqüentemente, uma associação de fatores maléficos ao indivíduo.
Ismail et al. (1983), Bergströn, Ellasson e Preber (1991),
Andrews et al.
(1998), concluíram que, independente da qualidade da higiene bucal, o tabagismo
causará seus efeitos deletérios variados no periodonto. Bergström e Preber (1994)
mostraram que o tabagismo tem uma influência fundamental sobre a saúde e a doença
periodontal. Na doença, está associado com uma taxa maior de perda óssea periodontal,
perda de inserção clínica, assim como de formação de bolsa periodontal e perda
dentária. Holm (1994) acrescenta que o tabagismo duplica o risco de perda dentária,
aumenta em quatro vezes o risco de edentulismo e está associada com o aumento da
idade.
48
Os conceitos quanto à prevalência e a gravidade do envolvimento periodontal
a partir das primeiras pesquisas epidemiológicas, têm sofrido mudanças com o decorrer
dos anos. A doença periodontal, que até algum tempo era considerada inevitável para
uma grande parcela da população, a partir das mais recentes pesquisas mostram uma
nova realidade. Por exemplo, a doença periodontal comum no adulto não pode ser
responsabilizada pela maioria das perdas dentárias que ocorrem em determinadas
populações (CAMPOS JUNIOR et al., 1994).
O biofilme dental pode estar associado a diferentes fatores de risco como
hábitos inadequados de higiene bucal e tabagismo além da presença de cárie dental,
doença periodontal, diferentes tipos de trauma e finalmente a fatores iatrogênicos. Em
nosso estudo buscamos associar o número de dentes ausentes especificamente com os
parâmetros periodontais, o hábito de fumar e a faixa etária. Fizemos uso do índice
CPOD, pois assim geramos dados adicionais além dos dentes perdidos (cariados e
obturados) permitindo que a Secretária Municipal de Saúde de Anápolis-GO
estabelecesse medidas preventivas de saúde coletiva, uma vez que, a realização deste
estudo propiciou a coletividade local dados para o planejamento de saúde do município.
Os resultados mostraram que apenas o tabagismo não esteve associado a uma maior
perda dental, por outro lado, encontramos uma associação positiva entre faixa etária e o
número de dentes ausentes. Observamos ainda que ao se avaliar os indivíduos com uma
ausência maior do que 5 dentes verificou-se as piores condições periodontais pela
avaliação dos parâmetros NCI, IP e IG. Este dado pode sugerir que uma das possíveis
causas de perda dental pudesse estar associada a hábitos inadequados de higiene bucal
levando a maior presença de cárie e de doença periodontal. Estes dados também foram
sugeridos trabalhos de Holm (1994), Menezes (1999) e Machion et al. (2000) que
efetivamente mostraram estas associações.
Existe ampla discussão na literatura referente à validade dos exames clínicos
quanto ao estabelecimento do perfil periodontal individual ou populacional. Esta
discussão se torna mais evidente quando se busca estabelecer quantos e quais dentes
devem ser utilizados para caracterizar doença. Além disso, outra questão emergente se
refere ao fato de considerar quantos milímetros, por exemplo, de profundidade de
sondagem ou de perda de inserção clínica define um quadro de periodontite. No
presente estudo as mensurações clínicas foram realizadas utilizando-se 12 dentes, nos 4
quadrantes e, seis faces de avaliação por dente, somando 72 sítios por indivíduo, o que
nos pareceu aceitável para caracterizar a população do estudo. O índice de Ramfjord
49
(Ramfjord, 1974) é um dos métodos parciais mais utilizados para a coleta de dados
periodontais onde os desfechos são verificados em dentes molares, pré-molares e
incisivos.
Adicionalmente, outra vantagem foi que o padrão aqui adotado nos permitiu
obter um equilíbrio dos dados de toda a boca num grande número de indivíduos além da
diminuição no tempo requerido de trabalho. Deve-se relevar o fato de que alguns
autores adotam outro tipo de protocolo clínico em seus estudos, como por exemplo,
Buchmann et al. (2000) sugeriram no Estudo Nacional de Saúde Bucal em adultos
empregados e idosos dos EUA de 1985-86 que os dados obtidos poderiam ter
subestimado a prevalência nacional de periodontite, pois mediu-se apenas dois sítios por
dente (mésio-vestibular e médio-vestibular) em um quadrante superior e outro inferior.
As áreas linguais e de envolvimento de bi e tri furcação, locais de maior risco para o
desenvolvimento de doença, não foram avaliadas no estudo. Aqui no Brasil, estudo
conduzido por Susin, Kingman e Albandar, (2005) avaliaram que protocolos utilizando
dados parciais de boca podem subestimar a prevalência de perda de inserção. Ainda
neste estudo Susin e colaboradores afirmam que viéses podem ser minimizados quando
da utilização de exames de toda boca, todavia, a utilização dos sítios mésio vestibular,
vestibular e disto lingual, examinados nos 4 quadrantes apresenta além de um menor
viés uma maior sensibilidade para estimar a prevalência de perda de inserção clínica.
Particularmente em nosso estudo estes sítios, além de mais outros 3 sítios por dente nos
4 quadrantes foram examinados, minimizando assim uma possível subestimação da
doença. Além disso, Araujo (2003) ao comparar diferentes índices parciais com o
exame completo (6 sítios periodontais/todos dentes presentes) para a caracterização
periodontal observou validade do índice parcial aqui adotado.
Uma abordagem como o Índice de Extensão e Severidade,
em que “extensão”
se refere ao número de dentes em boca com perda de inserção clínica 13 3 3 53
“severidade” que representa uma determinada média de perda de inserção clínica
poderia ser apropriado em algumas condições, apesar do limite de 1mm referente a
perda de inserção clínica necessitar de uma boa consideração epidemiológica pois esta
parece ser uma medida extremamente sensível para o critério clínico (PIC) por não
assegurar confiabilidade intra e inter examinadores (CHACE; LOW, 1993).
Outros protocolos para se avaliar a gengivite e periodontite como, por
exemplo, avaliar apenas as faces mesiais e distais de todos os dentes ou de determinados
dentes, 2 sextantes ou 2 quadrantes opostos também podem ser utilizados.
50
Evidentemente existem vantagens e desvantagens em determinadas mensurações
dependendo do tamanho da amostra de uma pesquisa epidemiológica. Pode-se perder
em precisão dos dados obtidos ou ganhar em tempo. Tudo depende de como se deseja
retratar uma determinada população alvo.
Estudos de prevalência têm associado o fator idade com o risco aumentado de
doença periodontal, ou seja, com o aumento da idade a perda de inserção clínica e óssea
alveolar se torna mais prevalente e extensa (FLORES-DE-JACOBY et al. 1991;
CAMPOS JUNIOR et al., 1994; MENDONÇA, 1996; OPPERMANN; SILVA;
BASSANI, 2000; HEITZ-MAYFIELD et al., 2003; RAGGHIANTI, 2003). Por outro
lado, estudos longitudinais conduzidos em populações não tratadas e grupos
populacionais com regular acesso a cuidados dentais indicam que indivíduos jovens e
adultos apresentam perda óssea alveolar similares.
A forte associação entre idade e destruição periodontal relatada em estudos
transversais se deve principalmente ao efeito da idade como substituta para a extensão
da exposição aos fatores etiológicos. Estudos longitudinais conduzidos em populações e
grupos populacionais não tratados com acesso regular à assistência odontológica
indicam que adultos jovens e idosos perdem o suporte periodontal em taxas muito
semelhantes (ISMAIL et al., 1990; BROWN; BECK; ROZIER, 1994; NDIAYE et al.,
1997). No Estudo Piedmont da Carolina do Norte, que acompanhou uma população de
65 aos 80 anos por 3 anos, os achados do início do estudo foram de que a perda de
inserção clínica foi muito mais extensa entre os idosos do estudo que em grupos mais
jovens.(CLAFFEY; EGELBERG, 1995).
A prevalência e a gravidade de perda de inserção clínica está diretamente
associada ao fator idade como mostram diversos estudos transversais (LOCKER,
SLADE, MURRAY, 1998; BROWN, OLIVER, LÖE, 1990; ALBANDAR, 2002). No
presente estudo confirmamos a hipótese de que o fator idade interferiu na condição
periodontal pois, quando se avaliou o fator idade em relação aos parâmetros
periodontais foi observada piores condições com diferença estatisticamente significativa
nos indivíduos acima de 32 anos de idade.
51
7 Conclusões
Após a avaliação dos resultados podemos concluir que:
1- Consideramos, apesar da escassez de dados e de algumas diferenças
metodológicas, que o mero de dentes ausentes e a condição periodontal estabelecida
por diferentes parâmetros periodontais, estiveram próximas a de outras regiões do país.
2- De forma geral, uma pior condição periodontal foi observada quando se
considerou o fator idade e ausência dental.
3- O hábito de fumar esteve associado a perda de inserção clínica na população
aqui estudada.
52
Referências
ABEGG, C. Hábitos de higiene bucal de adultos porto-alegrenses. Rev Saúde Pública,
v. 31, n. 6, p. 586-593, dez. 1997.
AINAMO, J.; AINAMO, A. Partial indices as indicators of the severity and prevalence
of periodontal disease. Int Dent J, v. 35, n. 4, p. 322-326, Dec. 1985.
AINAMO, J.; BAY, I. Problems and proposals foe recording gingivitis and plaque. Int
Den J. v. 25, n. 4, p. 229-235, Dec. 1975.
ALBANDAR, J. M. Global risk factors and risk indicators for periodontal diseases.
Periodontol 2000, v. 29, p. 177-206, 2002.
AMARASENA, N., et al. Tobacco use and oral hygiene as risk indicators for
periodontitis. Community Dent Oral Epidemiol, v. 30, n. 2, p. 115-120, Apr. 2002.
AMERICAN ACADEMY OF PERIODONTOLOGY. Glossary of periodontal terms,
4. ed. Chicago: AAP, 2001.
AMERICAN ACADEMY OF PERIODONTOLOGY. Position Paper. Epidemiology of
Periodontal Diseases. J Periodontol, v. 76, p. 1406-1419, Aug. 2005
ANDRADE, I. T.; RAPP, G. E. Prevalence assessment of periodontal disease in 3-5
year old children through PSR--population study. J Int Acad Periodontol. v. 4, n. 4, p.
126-131, Oct. 2002.
ANDREWS, T. J. et al. Regulation of Rubisco activation in antisense plants of tobacco
containing reduced levels of Rubisco activase. Plant J, v. 14, n. 1, p. 101-110, Apr.
1998.
ARAUJO, M. V. A. Estudo das condições de saúde bucal e necessidades de
tratamento em individuos do curso de odontologia da Universidade Federal do
Pará. 2002, 105 f. Tese (mestrado em Periodontia) - Faculdade de Odontologia,
Universidade de São Paulo, São Paulo.
ARAUJO, M. W. B. Methodological considerations in the evaluation of periodontal
disease and their impact on the exploration of its link with other diseases. 2003,
Tese (Ph.D). State University of New York, Buffalo.
ARAUJO, M. W. B. et al. Reproducibility of Probing Depth Measurements using a
Constant Force Electronic Probe: Analysis of Inter- and Intra-examiner Variability. J
Periodontol, v. 74, n.12, p. 1734 – 1740, Dec. 2003.
ARAUJO, M. W. B. et al. Misclassification of periodontal disease: comparison of four
diagnosis indices. J Dent Res, Mar. 2004. 83: special issue A. IADR abstracts.
ARMITAGE, G. C. Development of a classification system for periodontal diseases and
conditions. Ann Periodontol, v. 4, n. 1, p. 1-6, Dec. 1999.
53
BECK, J. D.; ARBES, S. J., JR. Epidemiologia das doenças gengivais e periodontais.
In: NEWMAN, M. G.; TAKEY, H. H.; CARRANZA, F.A. Periodontia Clínica. 9. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. cap. 5, p. 66-83.
BERGSTRÖM, J.; ELLASSON, S.; PREBER, H. Cigarette smoking and periodontal
bone loss. J Periodontol, v. 62, n. 4, p. 242-246, Apr. 1991.
BERGSTRÖM, J.; PREBER, H. Tobacco use as a risk factor. J Periodontol, v. 65,
Suppl. 5, p. 545-550, May 1994.
BOUCLIN, R.; LANDRY, R. G.; NOREAU G. The effects of smoking on periodontal
structures: a literature review. J Can Dent Assoc, v. 63, n. 5, p. 356-363, May 1997.
BREIVIK, T. et al. Emotional stress effects on immunity, gingivitis and periodontitis.
Eur J Oral Sci, v. 104, n. 4, p. 327-334, Aug. 1994.
BROWN, L. F.; BECK, J. D.; ROZIER, R. G. Incidence of attachment loss in
community – dwelling older adults. J Periodontol, v. 65, n. 4, p. 316-323, Apr. 1994.
BROWN, L. J.; OLIVER, R. C.; LÖE, H. Evaluating periodontal status of US employed
adults. J Am Dent Ass, v.121, n. 2, p. 226-232, Aug. 1990.
BUCHMANN, R. et al. Actinobacillus actinomycetemcomitans in destructive
periodontal disease. Three-year foloww-up results. J Periodontol, v. 71, p. 444-453, n.
3, Mar. 2000.
BURGAN, S. W. The role of tobacco use in periodontal diseases: structures: A
literature review. General Dentist, v. 45, n. 5, p. 449-460, Oct. 1997.
CAMPOS JUNIOR, A. Identificação de grupos e modelos matemáticos de risco a
doença periodontal. 1992, 175f. Tese (Livre-Docência) - Faculdade de Odontologia -
Universidade de São Paulo, Bauru.
CAMPOS JUNIOR, A. et al. Identificaçäo de grupos de risco à doença periodontal na
populaçäo de Bauru, Säo Paulo. Rev Fac Odontol Bauru, v. 2, n. 1, p. 20-8, jan.-mar.
1994.
CANGUSSU, M. C. T.; COELHO, E. O.; FERNANDEZ, R. A. C. Condiçöes de saúde
bucal em adultos e idosos em Itatiba/SP, Brasil –2000. Rev Odontol Unesp, v. 30, n. 2,
p. 245-56, jul.-dez. 2001.
CASTRO, G. D. Associaçäo entre eventos de vida, ansiedade e depressão e a doença
periodontal. 2003, 118f. Dissertação (mestrado em Periodontia) – Faculdade de
Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
CHACE, R.; LOW, S. B. Survival characteristics of periodontally-involved teeth: a 40-
year study. J Periodontol, v. 64, n. 8, p. 701-705, Aug. 1993.
CITY BRAZIL. Cidades. Disponível em: <http://www.city brazil.com.
br/go/anapolis/> Acesso em: 20 out. 2005.
54
CLAFFEY, N.; EGELBERG, J. Clinical indicators of probing attachment loss
following initial periodontal treatment in advanced periodontal patients. J Clin
Periodontol, v. 22, n. 9, p. 690-696, Sept. 1995.
CRAIG, R. G. et al. Progression of destructive periodontal diseases in three urban
minority populations: role of clinical and demographic factors. J Clin Periodontol, v.
30, n. 12, p. 1075-83, Dec. 2003.
COCHRANE REVIEWERS HANDBOOK GLOSSARY. Version 4.1.2 Updated March
2001 URL. Disponível em: http://www.cochane.dk/cochrane/handbook.htm/ Acesso em
14 nov. 2005.
CORTELLI, J. R. et al. Prevalência de periodontite agressiva em adolescentes e adultos
jovens do Vale do Paraíba. Pesqui odontol Brás, v. 16, n. 2, p. 163-8, abr-jun. 2002.
DO, L. G. et al. Periodontal disease among the middle-aged Vietnamese population. J
Int Acad Periodontol, v. 5, n. 3, p. 77-84, Jul. 2003
DOURADO, V. C. Prevalência da doença periodontal em acadêmicos de odontologia da
Universidade Federal da Bahia com a utilização do periodontal screening and recording
(PSR). 2000, 93 f. Tese (mestrado em Periodontia) – Faculdade de Odontologia,
Universidade Federal da Bahia, Salvador.
FERNANDES, L. F. Análise comparativa das percepçöes em saúde bucal de
adolescentes grávidas e näo grávidas: um ponto de partida para a promoção em
saúde bucal.2002, 198 f. Tese (mestrado em Periodontia) - Faculdade de Odontologia,
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
FLORES-DE-JACOBY, L. et al. Periodontal conditions in Rio de Janeiro City (Brazil)
using the CPITN. Community Dent Oral Epidemiol, v. 19, n. 2, p.127-128, Apr.
1991.
GENCO, R. J. Current view of risk factors for periodontal disease. J Periodontol, v. 67,
n. 10, p. 1041-1049, Oct.1996.
GJERMO, P. et al. Periodontal diseases in Central and South America. Periodontol
2000. v. 29, p. 70-78, 2002.
GREER, RO, Jr.; POULSON, T. C. Oral tissue alterations associated with the use of
smokeless tobacco by teen-agers. Part I. Clinical findings. Oral Surg Oral Med Oral
Pathol, v. 56, n. 3, p. 275-284, Sept. 1983.
GRISI, M. F. M.; GRISI, D. C.; MOTTA, A. C. F. Classificação e diagnóstico das
doenças periodontais. In: BOTINO, M. A. Livro do Ano 2004 – Clínica Odontológica
Brasileira. São Paulo: Artes Médicas, 2004. cap. 9. p. 241-74.
GROSSI, S. G. et al. Assessment of risk for periodontal disease. I. Risk indicator of
attachment loss. J Periodontol, v. 65, n. 3, p. 260-267, Mar. 1994.
55
HABER, J. Cigarette smoking: a major risk factor for periodontitis. Compendium, v.
15, n. 8, p. 1004-1008, Aug. 1994.
HEITZ-MAYFIELD, L. J. et al. Clinical course of chronic periodontitis.II. Incidence,
characteristics and time of occurrence of the initial periodontal lesion. J Periodontol, v.
30, n. 10, p. 902-8, Oct. 2003.
HOLM, G. Smoking as an additional risk for tooth loss. J Periodontol, v. 65, n. 11, p.
996-1001, Nov. 1994.
IBGE. Cidades@. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/default.php >Acesso
em: 20 out. 2005.
ISMAIL, A. I. et al. Epidemiologic patterns of smoking and periodontal disease in the
United States. JADA, v. 106, n. 5, p. 617, May 1983.
ISMAIL, A. I. et al. Natural history of periodontal disease in adults: findings from the
tecumseh periodontal disease study, 1959-87. J Dent Res, v. 69, n. 2, p. 430-435. Feb.
1990.
JENKINS, W. M. M.; KINANE, D. F. The “high risk” group in periodontitis. Br Dent
J, v. 167, n. 5, p. 168-171, Sept. 1989.
KAMMA, J. J.; NAKOU, M.; BAEHNI, P. C. Clinical and microbiological
characteristic of smokers with early onset periodontitis. J Periodontal Res, v. 34, n. 1,
p. 25-33, Jan. 1999.
KINANE, D. F. Causation and pathogenesis of periodontal disease. Periodontol 2000,
v. 25, p. 8-20, 2001.
LINDEN, G. J.; MULLALLY, B. H. Cigarette smoking and periodontal destruction in
young adults. J Periodontol, v. 65, n. 7, p. 718-723, July 1994.
LINDHE, J.; KARRING, T.; ARAÚJO, M. Anatomia do Periodonto. In: LINDHE, J.
Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia Oral. 3. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1999. cap. 1. p. 3.
LO, E. C.; LUO, Y.; DYSON, J. E. Oral health of institutionalised elderly in Hong
Kong. Community Dent Health. v. 21, n. 3, p. 224-226. 2004.
LOCKER, D.; SLADE, G. D.; MURRAY, H. Epidemiology of periodontal disease
among older adults: a review. Periodontol 2000, v. 16, p. 16-33. 1998.
MACHION, E. et al. A influência do gênero e da idade na prevalência de bolsa
periodontais. Pesq Odont Bras, v. 14, n. 1, p. 33-37, jan-mar. 2000.
MEDEIROS, U. V. Necessidade de tratamento periodontal em saúde pública. 1989,
201f. Tese ( grau de Professor Titular) - Faculdade de Odontologia, Universidade do
Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
56
MEDRONHO, R. A. Epidemiologia, parte II. In: BLOCH, K. V.; COUTINHO, E. S. F.
Fundamentos da pesquisa epidemiológica. São Paulo: Atheneu, 2003. cap.7, p.107-
113.
MENDONÇA, D. A. Z. Monitorizaçäo longitudinal da progressäo da doença
periodontal pela avaliação de alteraçöes no nível de inserçäo, através de sonda
computadorizada de força constante. 1996,167 f. Tese (mestrado em Periodontia) -
Faculdade de Odontologia, Universidade de Säo Paulo, Bauru.
MENEZES, A. G. Prevalência de cárie dentária e índice periodontal comunitário
de necessidade de tratamento numa populaçäo de 15 a 65 anos da cidade de
Campo Grande-MS/Brasil.1999. 66f. Tese (mestrado em Periodontia) – Faculdade de
Odontologia, Universidade de Säo Paulo, Säo Paulo.
MILLER, L. G. Choice of beta blockers in hypertensive patients who smoke. Clin
Pharm, v. 6, n. 12, p. 924-925, Dec. 1987.
MULLALLY, B.H.; BREEN, B.; LINDEN, G. J. Smoking and patterns of bone loss in
early-onset periodontitis. J Periodontol, v. 70, n. 4, p. 394-401, Apr. 1999.
NDIAYE, C. F. et al. Periodontal status of HIV-1 and HIV-2 seropositive and HIV
seronegative female commercial sex workers in Senegal. J Periodontol. v. 68, n. 9, p.
827-831, Sept. 1997.
OPPERMANN, R. V.; SILVA, C. M.; BASSANI, D. G; Prevalência e severidade da
periodontite em uma população gaúcha adulta. Pesqui Odontológica Brasileira, v. 14,
p. 100, abr.-jun. 2000.
PALLOS, D. et al. Periodontal disease in a rural community in Minas Gerais, Brazil.
Braz J Oral Sci. v. 4, n. 12, 2005.
PALMER, R. M. et al. Non-surgical periodontal treatment with and without adjunctive
metronidazole in smokers and non-smokers. J Clin Periodontol, v. 26, n. 3, p.158-163,
Mar. 1999.
PAPAPANOU, P. N. Periodontal status in relation to age and tooth type. A cross-
sectional radiographic study. J Clin Periodontol, v. 15, n. 7, p. 469-478, Aug. 1988.
PINTO, U. A. Ocorrência de doença periodontal em idosos, funcionalmente
independentes. 2003, 97f. Tese (mestrado em Periodontia) Faculdade de
Odontologia, Universidade de Pernambuco, Camaragipe.
PION, F. L. B. Condição periodontal de um subgrupo populacional de Guarulhos:
estudo ecológico. 2005, 57f. Dissertação (mestrado em Periodontia). Guarulhos.
POORE, T.K. et al. The effects of smokeless tobacco on clinical parameters of
inflammation and gingival crevicular fluid prostaglandin E
2,
lnterleukin-1α, and
interleukin-1β. J Periodontol, v. 66, n. 3, p. 177-183, Mar.1995.
57
RAGGHIANTI, M. S. Avaliação epidemiológica do perfil comportamental e de
fatores de risco associados à doença periodontal em individuos da Faculdade de
Odontologia de Bauru – USP. 2003, 207 f. Tese (mestrado em Periodontia) -
Faculdade de Odontologia, Universidade de Säo Paulo, Bauru.
RAMFJORD, S. P. Design of studies or clinical trials to evaluate the effectiveness of
agents or procedures for the prevention, or treatment, of loss of the periodontium.
Journal of Periodontal Research. v. 9, suppl. 14, p. 78-93, 1974.
REIS, C. G. B. et al. Condição de saúde bucal de idosos institucionalizados em Goiânia-
GO, Brasil. Rev Bras Epidemiol, v. 8, n. 1, p. 67-73, mar. 2005.
ROBERTSON, P. B. et al. Periodontal effects associated with the use of smokeless
tobacco. J Periodontol, v. 61, n. 7, p. 438-443, July. 1990.
ROSELL, F. L.; POMPEU, A. A. B. M.; VALSECKI JR, A. Registro periodontal
simplificado em gestantes. Rev Saúde Pública, v.33, n.2, p.157-62, mar.-abr. 1999.
SEGUNDO, T. K.; FERREIRA, E. F. E.; COSTA, J. E. A doença periodontal na
comunidade negra dos Arturo's, Contagem, Minas Gerais, Brasil. Cad Saúde Pública,
v. 20, n. 2, p.596-603, mar-abr. 2004.
SILVA, D. D. et al. Condições de saúde bucal em idosos na cidade de Piracicaba. Rev
Assoc Paul Cir Dent, v. 56. n. 3. p. 183-7, maio-jun. 2002.
SUSIN, C.; KINGMAN, A.; ALBANDAR, J. M. Effect of partial recording protocols
on estimates of prevalence of periodontal disease. J Periodontol. v. 76, n. 2, p. 262-
267, 2005.
SUSIN, C. et al. Periodontal attachment loss in an urban population of Brazilian adults:
effect of demographic, behavioral, and environmental risk indicators. J Periodontol. v.
75, n. 7, p. 1033-1041, Jul. 2004.
TOMITA, N. E. et al. Saúde bucal dos trabalhadores de uma indústria alimentícia do
centro-oeste paulista. Rev Fac Odontol Bauru, v.7, n. 1/2, p. 67-71, jan.-jun. 1999.
TROMBELLI, L.; SCABBIA, A. Healing response of gingival recession defects
following guided tissue regeneration procedures in smokers and non-smokers. J Clin
Periodontol, v. 24, n. 8, p. 529-533, Aug. 1997.
UNITED STATES PUBLIC HEALTH SERVICE. The health consequences of
smoking. HEW Pub. n
0
(CDC) 76-8794. Government Printing Office, 1975, p. 1-235.
58
APÊNDICE
APÊNDICE A - Carta de Informação
AUTORIZAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DE EXAME E TRATAMENTO
Eu,___________________________________________R.G.:________
___, (Responsável pelo(a) menor
_______________________________________), abaixo assinado, dou pleno
consentimento aos Professores, Assistentes e Alunos (Equipe Odontológica)
devidamente autorizados, para realizar Diagnósticos e Plano de Tratamento.
Declaro que fui informado, em linguagem acessível sobre o meu estado
de saúde bucal, diagnóstico, métodos terapêuticos aplicáveis e a provável
evolução do meu estado clínico.
Declaro ainda, que recebi todos os esclarecimentos sobre as necessidades
do meu tratamento e quais os critérios de convocação para realização do mesmo.
Tenho pleno conhecimento que o questionário de saúde preenchido, tem
a finalidade de auxiliar a Equipe Odontológica a conhecer minhas condições de
saúde bucal e meu estado geral que podem influir no meu tratamento ou na
medicação a ser receitada. Essas informações, por mim fornecidas, são
confidenciais e resguardadas pelo Segredo Profissional (Art. , II e , IV do
código de ética odontológico).
Estou ciente que serei atendido em uma Instituição de Ensino e que me
submeterei a exames laboratoriais e radiológicos, quando necessário, com a
finalidade de diagnóstico, que tem como principal objetivo o aprendizado para
estudantes e profissionais de Odontologia.
Concordo, também, com a utilização de radiografias, fichas, fotografias,
modelos de gesso, desenhos, questionários de saúde, resultados de exames
clínicos e de laboratório, bem como as demais informações que compõem o meu
prontuário odontológico, como material didático, de pesquisa e para publicação,
desde que resguardada a minha privacidade não devendo ser exposta a minha
condição bucal desnecessariamente. Estes documentos, cujos originais
pertencem à Faculdade, poderão ser solicitados por mim a qualquer tempo onde
arcarei com os custos das cópias.
Declaro, sob as penas da lei, serem verdadeiras todas as informações
prestadas, para a realização do tratamento.
Local......................................................................./.........../200...... .
_____________________________.
Assinatura do Paciente ou
Responsável legal
R.G.:____________________________
59
Testemunhas
__________________________________
__________________________________
Nome:_____________________________
Nome:_____________________________
R.G.:______________________________
R.G.:______________________________
Nota:
- Para individuos menores, é exigida a assinatura de uma pessoa
RESPONSÁVEL MAIOR DE IDADE E DEVIDAMENTE
DOCUMENTADA que comprove ser o Responsável pelo(a) paciente.
- Desconsiderar preenchimento entre parênteses, quando o paciente for
maior de idade.
60
APÊNDICE B - Ficha de Anamnese
FICHA DE ANAMNESE
Número do Prontuário:
Data do exame: ___/___/___
Nome:
Centro:
Gênero: ( ) feminino ( ) masculino
Cor: ( ) Branca ( ) Preta ( ) Pardo ( ) Indígena ( ) Amarelo
Idade (em anos):
Data de nascimento(dd/mm/aaaa): __/__/____
Estado civil: ( ) solteiro(a) ( ) casado(a) ( ) viúvo(a) ( ) separado(a)
( ) divorciado(a) ( ) vive com parceiro(a)
Naturalidade (estado aonde nasceu):_________________________________________
Local de residência: ( ) zona urbana ( ) zona rural
Local de trabalho: ( ) zona urbana ( ) zona rural ( ) não trabalha
Bairro:_________________________________________________________________
_____________________
CEP:__________________________________________________________________
_____________________
Estado:________________________________________________________________
_____________________
Município:_____________________________________________________________
______________________
Profissão:______________________________________________________________
______________________
Educação: ( ) Primeiro grau incompleto ( ) Primeiro grau completo ( ) Segundo grau
incompleto
( ) Segundo grau completo ( ) Superior incompleto ( ) Superior completo ( )
Pós- graduação
Emprego atual: ( ) Trabalhador(a) com carteira assinada ( ) Trabalhador(a) sem carteira
assinada
( ) Trabalhor(a) autônomo ou dona de casa ( ) Estudante ( )
Desempregado
( ) Aposentado(a) ( ) outro ____________________
Renda familiar: ( ) Menos que 1 salário mínimo ( ) 1 a 5 salários mínimos
( ) 5 a 10 salários-mínimos ( ) > 10 salários-mínimos
61
HISTÓRIA ODONTOLÓGICA
Visita regularmente o dentista? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Freqüência ______
Data da última visita ______
Está satisfeito(a) com a saúde bucal em geral? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Está satisfeito com a aparência dos seus
dentes?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Acha que seus dentes estão afetando a sua
saúde de alguma forma?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Tem problemas de alimentação devido a
problemas dentários?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Sofre de sinusite? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Respira pela boca? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Ouve ou sente algum ruído quando mastiga? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Sente dor em alguma parte da boca ou dente
quando mastiga?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Algum dente dói com o frio, calor ou doce? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Quando come fica com alimento preso entre
os dentes?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Tem dentes abalados (moles)? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Algum dente mudou de lugar? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Sente gosto desagradável na boca? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Sente a gengiva irritada, inchada ou dolorida? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Sua gengiva sangra freqüentemente? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Escova os dentes com regularidade? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Quantas vezes por dia? ______
Tipo de escova? ( )Macia ( )Média ( )Dura
Usa fio ou fita dental? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Freqüência: _______
Faz bochecho com anti-séptico? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Já fez ou faz uso de flúor? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Freqüência ______
Já fez tratamento periodontal? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Há quanto tempo? ______
Já fez cirurgia periodontal (“cirurgia de
gengiva”)?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
62
Já fez tratamento endodôntico (canal)
anteriormente?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Já fez tratamento protético anteriormente? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Já se submeteu à cirurgia bucal? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Já fez tratamento de implante dentário? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Sangra de maneira exagerada quando se corta
ou extrai dentes?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
HISTÓRIA MÉDICA
Sofre de alguma doença? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Qual? _______
Há quanto tempo? _______
Está tomando algum medicamento sem
orientação médica?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Nome comercial _______
Há quanto tempo? _______
Quando foi ao médico pela última vez? _______
Alguma alteração em sua saúde de um modo
geral?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Mudança de peso nos últimos meses? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Padeceu de alguma doença grave
anteriormente?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Qual? _______
Há quanto tempo? _______
Já esteve hospitalizado(a)? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
É portador de doença cardiovascular? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Qual? _______
Já teve hepatite? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Qual tipo? ( ) A ( ) B ( ) C
Já teve febre reumática? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Já teve endocardite infecciosa? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Tem dificuldade de respirar quando deitado? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Sua pressão é normal? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Pressão arterial no momento do exame: Sistólica_
__
Diastólica_
__
Fez exame de colesterol alguma vez? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Já fez exame para diabetes alguma vez? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Qual o resultado? (
)Positivo
(
)Negativo
( ) Não sei
Sente sensação de boca seca freqüentemente? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Tem problemas de infecções repetidas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Tem ou teve alergia a algum medicamento,
alimento ou substância?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Qual? _______
Toma(ou) algum medicamento com
prescrição médica?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Qual? _______
Sofre de asma ou bronquite? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
63
Teve alguma doença venérea? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Qual? _______
Há quanto tempo? _______
Já fez exame para o diagnóstico de AIDS? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Fez tratamento de tumor na região da cabeça
ou pescoço?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Quanto tempo?
Já teve pneumonia? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Tem problema de Tireóide? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Qual? _______
Já foi diagnosticado(a) com osteoporose? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Tem ou teve o hábito de fumar? ( ) Atual ( ) Ex- fmante ( ) Nunca fumou
Tipo de fumo? ______
Tempo de fumo (em anos)?
Quantidade de cigarros por dia (em número de
cigarros)?
______
__
Se ex-fumante, há quanto tempo deixou de
fumar (em meses ou anos)
______
__
Se, fuma atualmente, pretende parar? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não
fumo
Toma(ou) medicamento para
depressão?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Quanto tempo? (em meses) ______ ( ) Atual ( ) Prévio
Toma(ou) medicamento para controlar
nervosismo ou ansiedade?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Quanto tempo? (em meses) ______ ( ) Atual ( ) Prévio
Faz uso de bebida alcoólica? ( )Atual
( ) Prévio ( ) Nunca
Qual produto bebe(ia) com mais freqüência? ______
Quantidade por semana? ______
Já fez uso de drogas/entorpecentes? ( )Atual ( ) Prévio ( ) Nunca
Tipo? ______
Tempo de uso? ______
SAÚDE DA MULHER
Toma anticoncepcional? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Está grávida? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
De quantos meses? _______
Já esteve grávida antes? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Quantas vezes? _______
Quantos filhos tem? _______
Já teve filhos de parto prematuro? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Sabe o motivo? _______
Já teve filhos com baixo peso ao
nascer?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Qual o peso? _______
Está na menopausa? _______
64
Já passou da menopausa? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Faz reposição hormonal? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
OBSERVAÇÕES:_________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
65
APÊNDICE C - Exame Dentário
EXAME DENTÁRIO
Número do Prontuário:________________________
ÍNDICE CPOD
(C – CARIADO; P – PERDIDO; O – OBTURADO; D – DENTE HÍGIDO)
18 17 16 15 14 13 12 11 21 22 23 24 25 26 27 28
48 47 46 45 44 43 42 41 31 32 33 34 35 36 37 38
ÍNDICE DE PLACA: (0 = AUSÊNCIA; 1 = PRESENÇA)
DENTE DENTE
PRIMÁRIO SECUNDÁRIO V MV L
16 17
14 15
11 12
22 21
24 25
26 27
36 37
34 35
31 32
42 41
44 45
46 47
66
Número do Prontuário:________________________
EXAME PERIODONTAL:
PS – PROFUNDIDADE DE SONDAGEM
NI – NÍVEL DE INSERÇÃO
IG – ÍNDICE GENGIVAL (0 = AUSÊNCIA; 1 = PRESENÇA)
DENTE DENTE Índice
DV V MV
DL L ML
PRIMÁRIO SECUNDÁRIO
PS
16 17 NI
IG
PS
14 15 NI
IG
PS
11 12 NI
IG
PS
22 21 NI
IG
PS
24 25 NI
IG
PS
26 27 NI
IG
PS
36 37 NI
IG
PS
34 35 NI
IG
PS
31 32 NI
IG
PS
42 41 NI
IG
PS
44 45 NI
IG
PS
46 47 NI
IG
67
OBSERVAÇÕES:_________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________
TRATAMENTO NESCESSÁRIO:
o PERIODONTIA
o DENTÍSTICA RESTAURADORA
o ENDODONTIA
o PATOLOGIA ORAL
o IMPLANTODONTIA
o CIRURGIA BUCO-MAXILO
o PRÓTESE FIXA
o PRÓTESE REMOVÍVEL
o PRÓTESE TOTAL
o ODONTOPEDIATRIA
o ORTODONTIA
68
ANEXO
ANEXO A Cópia da aprovação do protocolo de pesquisa pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade de Taubaté.
69
Autorizo cópia total ou parcial desta obra,
apenas para fins de estudo e pesquisa,
sendo expressamente vedado qualquer tipo
de reprodução para fins comerciais sem
prévia autorização específica do autor.
Marcelo Henrique Costa
Taubaté – SP, outubro de 2005.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo