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FABRÍCIO DE SOUZA GUIMARÃES
CULTIVARES DE SOJA [Glycine max (L.) Merrill] PARA CULTIVO DE
VERÃO NA REGIÃO DE LAVRAS-MG
Orientador
PROF. PEDRO MILANEZ DE REZENDE
LAVRAS
MINAS GERAIS – BRASIL
FABRÍCIO DE SOUZA GUIMARÃES
1
Dissertação apresentada à Universidade
Federal de Lavras, como parte das
exigências do Programa de Pós
Graduação em Agronomia, área de
concentração em Fitotecnia, par
a
obtenção do título de “Mestre”.
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Ficha Catalográfica Preparada pela Divisão de Processos Técnicos da
Biblioteca Central da UFLA
Guimarães, Fabrício de Souza
Cultivares de soja [Glycine max (L.) Merrill] para cultivo de verão na região de
Lavras-MG / Fabrício de Souza Guimarães. -- Lavras
: UFLA, 2006.
44 p. : il.
Orientador:
Pedro Milanez de Rezende.
Dissertação (Mestrado) – UFLA.
Bibliografia.
1. Soja – Cultivo. 2. Variedades. I. Universidade Federal de Lavras. II. Título.
CDD-633.34
2
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CULTIVARES DE SOJA [Glycine max (L.) Merrill] PARA CULTIVO DE
VERÃO NA REGIÃO DE LAVRAS-MG
APROVADA em 25 de julho de 2006
3
Prof. ÉLBERIS PEREIRA BOTREL (UFLA)
Pesquisador MOISÉS DE SOUSA REIS (EPAMIG)
PROF. PEDRO MILANEZ DE REZENDE
UFLA
(Orientador)
LAVRAS
MINAS GERAIS – BRASIL
Dissertação apresentada à Universidade
Federal de Lavras, como parte das
exigências do Programa de Pós
Graduação em Agronomia, área de
concentração em Fitotecnia, par
a
obtenção do título de “Mestre”.
"Uma longa viagem começa com um único passo".
( Lao-Tsé )
DEDICATÓRIA
A Deus pela dádiva da vida, sabedoria, vontade e coragem.
A meus pais pelo amor, carinho e apoio.
A Vivian, pelo amor e incentivo.
Aos irmãos pela amizade.
4
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela força e coragem durante toda esta longa caminhada.
A meus pais, José Mário e Marilúcia, pelo carinho, amor, apoio e
incentivos durante toda a vida.
Ao professor Pedro Milanez, aquele que quando deveria ser
simplesmente professor, foi mestre; que quando deveria ser mestre, foi amigo; e
com sua amizade me compreendeu e me incentivou a seguir em frente.
Em especial ao professor Élberis e a todos os professores do
Departamento de Agricultura da UFLA pela amizade e ensinamentos.
Ao Eudes, pela amizade e contribuição neste trabalho.
Aos meus irmãos, Adriano e Thiago, pelo apoio e amizade.
Aos amigos Xande, Giu, Dudu, Dé, Cati, Elias, Eduardo, Lourenço e
do Brete pelos momentos de descontração, amizade e companheirismo.
Ao pessoal da República Sistema Antigo, Eurico, Zé Maria, Hans,
Tinan, Pit e Lulu, pela amizade.
Aos tios Natan e Luís Carlos e às tias Nereida e Rosali pelo apoio e
orações.
Aos meus primos, Babi, Carlo, Bruno, Stéfano e Juninho, pela amizade e
apoio.
A todos que contribuíram de alguma forma para a conclusão deste
trabalho.
5
BIOGRAFIA
Fabrício de Souza Guimarães, filho de José Mário Patto Guimarães e
Marilúcia de Souza Guimarães, é natural de Lavras, Minas Gerais, e nasceu em
7 de outubro de 1975.
Ingressou na Universidade Federal de Lavras – UFLA no segundo
semestre de 1996, onde, em julho de 2003, colou grau e obteve o título de
Engenheiro Agrônomo.
No segundo semestre de 2003, iniciou o curso de Pós-graduação Lato
Sensu em Gestão e Manejo Ambiental em Sistemas Agrícolas por esta mesma
Universidade, concluindo seus estudos com a defesa da monografia intitulada
“Compostagem, uma importante técnica para o meio ambiente”, obtendo, assim,
o título de “Especialista” em Gestão e Manejo Ambiental em Sistemas
Agrícolas.
Iniciou o curso de Mestrado em Fitotecnia, na UFLA, em março de
2004, concentrando seus estudos na área de Grandes Culturas, concluindo, com
essa dissertação, os requisitos para a obtenção do grau de “Mestre” em
Fitotecnia.
6
SUMÁRIO
RESUMO............................................................................................ i
ABSTRACT........................................................................................ ii
1.INTRODUÇÃO............................................................................... 01
2.REFERENCIAL TEORICO............................................................ 03
2.1. Rendimento de grãos.................................................................... 03
2.2. Altura da planta e inserção do primeiro legume ......................... 07
2.3. Acamamento................................................................................ 10
3. MATERIAL E MÉTODOS............................................................ 14
3.1. Área experimental........................................................................ 14
3.2. Tratamentos e delineamento experimental.................................. 15
3.3 Condução do experimento............................................................ 17
3.4. Analise Estatística........................................................................ 18
3.5 Características avaliadas............................................................... 20
3.5.1. Rendimento de Grãos............................................................... 21
3.5.2. Altura da planta........................................................................ 21
3.5.3. Altura de inserção do primeiro legume.................................... 21
3.5.4. Grau de Acamamento............................................................... 22
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................... 23
4.1. Considerações gerais................................................................... 23
4.2. Rendimento de grãos..................................................................... 24
4.3. Altura da planta............................................................................
28
4.4. Altura de inserção do primeiro legume........................................ 31
4.5. Acamamento................................................................................ 33
5.CONCLUSÕES............................................................................... 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................ 36
7
LISTAS DE TABELAS
TABELA 1. Características químicas das amostras do solo da área
experimental coletadas nos dois anos. Ufla, Lavras/MG, 2003/04 e
2004/05...............................................................................................
14
TABELA 2 – Resumo da análise de variância (QM) para
produtividade, altura de planta e inserção do primeiro legume,
obtidos no ensaio de avaliação de cultivares, anos agrícolas 2003/04
e 2004/05, Ufla, Lavras – MG............................................................
22
TABELA 3 – Valores médios (erros-padrões entre parêntesis) de
produtividade das diferentes cultivares em função do ano estudado,
obtidas no ensaio de avaliação de cultivares, anos agrícolas 2003/04
e 2004/05, UFLA, Lavras –MG.........................................................
27
TABELA 4 – Valores médios (erros-padrões entre parênteses) da
altura das diferentes cultivares em função do ano estudado, obtidos
no ensaio de cultivares, ano agrícola 2003/04 e 2004/05, UFLA.
Lavras-MG..........................................................................................
30
TABELA 5 – Valores médios (erros-padrões entre parênteses) da
altura de inserção do primeiro legume das diferentes cultivares em
função do ano estudado, obtidos no ensaio de cultivares, ano
agrícola 2003/04 e 2004/05, UFLA, Lavras-MG...............................
32
TABELA 6 – Valores médios de nota de acamamento e totais de
ordenação (Postos) das diferentes cultivares em função do ano
estudado, obtidos no ensaio de cultivares, ano agrícola 2003/04 e
2004/05, UFLA, Lavras-MG.............................................................
34
8
LISTA DE FGURAS
FIGURA 1: Precipitação pluvial média nos anos 2003/2004 e
2004/2005 em Lavras, MG.................................................................
13
FIGURA 2: Temperatura média em Lavras-MG, nos anos
2003/2004 e 2004/2005.....................................................................
14
9
GUIMARÃES, Fabrício de Souza. Cultivares de soja [Glycine max (L.)
Merrill] para cultivo de verão na região de Lavras-MG. Lavras: UFLA,
2006. 44p.(Dissertação - Mestrado em Fitotecnia).
*
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi avaliar cultivares de soja [Glycine max (L.)
Merrill] quanto ao rendimento de grãos e a outras características agronômicas
em dois anos agrícolas, em cultivo de verão (2003/2004 e 2004/2005), buscando
fornecer subsídios para uma escolha adequada de cultivares para a região de
Lavras-MG. Utilizou-se o delineamento experimental de blocos casualizados
com três repetições, cujos tratamentos foram dispostos em um esquema fatorial
2 x 40, compreendendo 2 anos agrícolas (2003/04 e 2004/05) e 40 cultivares de
soja (Aventis 7002, BR-9 Savana, BRS 136, BRS Carla, BRS GO (204)
Goiânia, BRS GO Luziania, BRS Milena, Carrera, Confiança, Conquista, DM
339, DM Nobre, DM Vitória, DM 118, Doko, Embrapa 48, Emgopa 313,
Emgopa 314, Emgopa 315, Emgopa 316, Garantia, IAC 19, IAC 21, Monarca,
Monsoy 8329, Monsoy 108, Monsoy 109, Monsoy 8400, Monsoy 8411,
Paiaguás, Performa, Preta, Renascença, Sambaíba, Santa Rosa, Splendor,
SITTE 02, Suprema, UFV 16 e Vencedora). A região de Lavras/MG é propícia
para o desenvolvimento da cultura de soja, visto que os cultivares apresentaram
características agronômicas desejáveis durante os dois anos de experimento, com
produtividade média de 2870 kg.ha
-1
. Os cultivares que se destacaram na média
dos dois anos de cultivo foram Vencedora (4515 kg.ha
-1
), Conquista (4209
kg.ha
-1
) e Monarca (4121 kg.ha
-1
), com rendimentos superiores à média
nacional, tendo também apresentado condições satisfatórias para a colheita
mecânica.
*
Comitê orientador: Pedro Milanez de Rezende – UFLA (orientador), Evaristo Mauro
de Castro – UFLA, Messias José Bastos de Andrade – UFLA e Luiz Antônio Bastos de
Andrade – UFLA.
i
ABSTRACT
GUIMARÃES, Fabrício de Souza.
Soybean Cultivars summer culture in
Lavras - MG region. Lavras: UFLA, 2006. 44p. (Dissertation – Máster
Program in Agronomy/ Fitotecnic).
*
The purpose of this study was to evaluate soybean materials [Glycine
max (L.) Merrill] for grains yield and others agronomic traits in two agricultural
years during the summer in the years (2003/04 e 2004/05) expecting to give
subsidies for the right choise of the cultivars for the Lavras-MG region. The
experiment was evaluated in a complet block design with three replications in a
factorial squeme 2 x 40; 2 agricultural years (2003/04 e 2004/05) and 40
soybeans cultivars (Aventis 7002, BR-9 Savana, BRS 136, BRS Carla, BRS GO
(204) Goiânia, BRS GO Luziania, BRS Milena, Carrera, Confiança, Conquista,
DM 339, DM Nobre, DM Vitória, DM 118, Doko, Embrapa 48, Emgopa 313,
Emgopa 314, Emgopa 315, Emgopa 316, Garantia, IAC 19, IAC 21, Monarca,
Monsoy 8329, Monsoy 108, Monsoy 109, Monsoy 8400, Monsoy 8411,
Paiaguás, Performa, Preta, Renascença, Sambaíba, Santa Rosa, Splendor, STTE
02, Suprema, UFV 16 and Vencedora). Lavras-MG region is good for soybean
culture development, because the cultivars showed desirable agronomical
characteristics during the two years experiment, the average yield was 2870
kg.ha
-1
. The best cultivars for general standard during the two years were
Vencedora (4515 kg.ha
-1
), Conquista (4209 kg.ha
-1
) and Monarca (4121 kg.ha
-1
)
that also showed good conditions for the mechanical harvest.
*
Guidance Committee: Pedro Milanez de Rezende – UFLA (Major Professor), Evaristo
Mauro de Castro – UFLA, Messias José Bastos de Andrade – UFLA and Luiz Antônio
Bastos de Andrade – UFLA.
ii
1.INTRODUÇÃO
A soja [Glycine max (L.) Merrill] é originária da Ásia, mais
precisamente da China, atualmente é uma cultura de grande importância
socioeconômica para o Brasil e em uma das principais culturas da agricultura
mundial e brasileira devido às suas várias formas de utilização, tanto na
alimentação humana e animal como matéria-prima para abastecer diversos
complexos agroindustriais.
Nos últimos vinte anos foi surpreendente o desenvolvimento do
complexo soja em todo o planeta, tendo a produção global, da ordem de 62
milhões de toneladas no início da década de 1980, atingindo o valor estimado de
221 milhões de toneladas na safra 2005/2006. Esse aumento de produção foi
devido à elevada expansão da demanda nos principais países consumidores do
grão de soja e seus derivados. O consumo, no mesmo período, saltou de 68
milhões para 192 milhões de toneladas. Acredita-se que no território brasileiro
existam, atualmente, cerca de 120 milhões de hectares cultiváveis, dos quais
somente 50 milhões de hectares são atualmente explorados. Conforme relatos da
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (2003), para os próximos dez anos
prevê-se um crescimento da produção mundial, sustentado principalmente pelo
aumento da produção desta cultura no continente sul-americano, em especial no
Brasil e na Argentina.
O Brasil é a grande promessa de fornecimento do esperado incremento
da demanda mundial de soja, cujo crescimento médio, nos últimos 40 anos, tem
sido da ordem de cinco milhões de ton/ano.
Não é possível pensar no Brasil sem a soja, sem os mais de 10 bilhões de
dólares que agrega anualmente à sua balança comercial, assim como os outros
50 bilhões de dólares que gera em benefícios indiretos representados,
1
principalmente, por 4,5 milhões de empregos derivados da sua extensa cadeia
produtiva que inclui, antes da porteira, as indústrias de defensivos, de
fertilizantes, de máquinas e de implementos e, depois da porteira, as empresas de
transporte, armazenagem, processamento e exportação, levando em consideração
o grande negócio que é o processo produtivo da oleaginosa apenas dentro da
porteira e que 240.000 produtores brasileiros trabalham e vivem do cultivo da
soja.
Recentemente, a soja vem crescendo também como fonte alternativa de
combustível. O biodiesel de soja já vem sendo testado por instituições de
pesquisa, como a Embrapa, e também em diferentes cidades brasileiras.
Em
função do seu potencial produtivo, a soja ocupa posição de destaque na
economia brasileira, justificando a necessidade de pesquisas no sentido de
otimizar o seu cultivo e reduzir os riscos de prejuízos.
Minas Gerais é o sétimo produtor brasileiro de soja, produzindo 1,45
milhão de toneladas. No sul de Minas Gerais, a cultura predominante é a
cafeeira, devido ao clima propício e à altitude. Das atividades pecuárias, a
principal é a leiteira, seguida da pecuária de corte, que nos últimos anos tem
demonstrado expressivo crescimento no Estado. Com o aumento da área de soja
nos três últimos anos, e com a grave crise cafeeira, produtores chegaram a
substituir lavouras de café por soja e milho. A produção de soja na região não
atende plenamente as fábricas de ração, sendo necessária a realização de
compras em outras regiões para atender a demanda, mostrando, assim, que há
uma oportunidade de mercado a ser explorado na região.
Apesar de todo o progresso que a pesquisa tem alcançado com cultivares
com maior potencial de rendimento, o desenvolvimento e o rendimento da
cultura podem ser limitados por estresses ambientais durante seu ciclo. Entre os
fatores ambientais que exercem efeitos sobre o desenvolvimento da cultura da
2
soja, os mais importantes são a umidade, a temperatura e o fotoperíodo, que
variam com as diferentes épocas do ano.
O potencial de rendimento da soja é determinado geneticamente; no
entanto, o efeito dos fatores ambientais pode interferir na sua expressão,
limitando o seu desenvolvimento em algum momento durante o ciclo da cultura.
Devido à escassez de trabalhos para a região de Lavras, e buscando o
fornecimento de subsídios para uma escolha adequada de cultivares, o objetivo
desse trabalho foi avaliar cultivares de soja [Glycine max (L.) Merrill] quanto ao
rendimento de grãos e outras características agronômicas, em dois anos
agrícolas, em cultivo de verão (2003/2004 e 2004/2005).
2.REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Rendimento de grãos
A produtividade de uma cultura é definida pela interação entre o
genótipo da planta, o ambiente de produção e o manejo. Altos rendimentos só
são obtidos quando as condições ambientais são favoráveis em todos os estádios
de crescimento da soja. Visando obtenção de altos rendimentos, é necessário
conhecer práticas culturais compatíveis com a produção econômica, aplicadas
para maximizar a taxa de acúmulo de matéria seca no grão. As principais
práticas de manejo que devem ser consideradas são a semeadura na época
recomendada para a região de produção; a escolha dos cultivares mais adaptados
a essa região; o uso de espaçamentos e densidades adequados a esses cultivares;
o monitoramento e controle das plantas daninhas, pragas e doenças e a redução
ao mínimo das possíveis perdas de colheita (Ritchie et al., 1994).
Sabe-se que os fatores climáticos que condicionam o ambiente são
determinantes no grau de adaptação dos indivíduos. Medeiros et al. (1991)
relatam que as causas dos baixos níveis de rendimentos de grãos podem ser
3
atribuídas ao fator de aptidão climática e edáfica da região e ao nível de
tecnologia aplicada. De acordo com Câmara (1998b), durante o seu ciclo, a
planta permanece exposta a muitos fatores externos, que podem favorecer ou
prejudicar a produção final.
Quanto à água, o seu excesso ou carência no solo pode influenciar o
crescimento e o desenvolvimento das plantas de soja (Barni, 1978). Segundo
Marcos Filho (1986), as regiões aptas à cultura da soja são as que apresentam
boa distribuição de precipitações pluviais (500-700mm) durante o ciclo. O
desenvolvimento da soja está condicionado pelos fatores ambientais, sendo a
água o principal fator que altera sua produtividade no tempo e no espaço (FAO,
1995).
Uma região não é apta para a cultura da soja quando a temperatura do
mês mais quente for inferior a 20ºC (Berlato & Westphalen, 1971). A
temperatura influencia no rendimento, no porte da planta, na altura de inserção
do primeiro legume e em outras características da planta de soja (Bergamaschi et
al., 1977). Temperaturas baixas podem provocar atrasos nas diferentes fases,
enquanto o aumento excessivo pode provocar florescimento precoce, distúrbios
na frutificação e acelerar a maturação dos grãos, ocasionando reduções na
produção (Marcos Filho, 1986). O fator que afeta a planta de soja desde a
germinação das sementes até o florescimento é a temperatura (Rodrigues et al.,
1999).
A melhor época de semeadura varia em função do cultivar, da região de
cultivo e das condições ambientais do ano agrícola, afetando de modo acentuado
a arquitetura e o comportamento da planta, podendo causar variação drástica no
rendimento, bem como no porte das plantas. As perdas na colheita mecânica
podem chegar a níveis muito elevados quando a soja é semeada em época
inadequada, devido ao porte baixo das plantas (Embrapa, 1996).
Pesquisas realizadas no Brasil demonstram que a variável que produz
4
maior impacto sobre a produção da cultura da soja é a época de semeadura
(Rocha et al., 1984). De modo geral, plantios anteriores ou posteriores à melhor
época reduzem o rendimento de grãos (Board & Hall, 1984, Parker et al., 1981).
O período mais recomendável para semeadura dessa cultura se estende de
outubro a dezembro (Nakagawa et al., 1983; Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária, 1996).
Existe grande variabilidade entre os cultivares com relação à
sensibilidade à época de semeadura e a mudanças na região de cultivo. Por isso,
são importantes os ensaios regionais de avaliação de cultivares de soja,
realizados em diferentes épocas em uma mesma região (Peixoto et al., 2000).
Para a obtenção de maiores rendimentos por área é indispensável, entre
as técnicas de cultivo, a utilização de sementes com boa qualidade, que
permitem o abastecimento de uma população de plantas adequada no campo
(Fraga, 1980 e Sediyama, 1972). De nada adianta adotar as melhores tecnologias
sem contar com sementes vigorosas e isentas de doenças (Yorinori, 1988).
Populações menores, aproximadamente 165.000 plantas.ha
-1
, arranjadas
em espaçamento de 60 cm e 10 plantas.m
-1
(Bueno, 1975), apresentaram maiores
rendimentos, sem prejuízo na produtividade e com menor gasto com sementes
em relação à densidade mais alta. Resultados semelhantes foram obtidos por
Gaudêncio et al. (1990) e Rangel & Teixeira (1999), segundo os quais a redução
da população de 650 para 280 mil plantas.ha
-1
e 435 para 233 mil plantas.ha
-1
,
em plantio direto, não reduziu a produtividade da cultura. A população de
plantas é o fator que menos afeta a produtividade, desde que as plantas estejam
distribuídas uniformemente na área (Endres, 1996). Variações de 20 a 25% para
mais ou para menos não alteram significativamente o rendimento de grãos para a
maioria dos casos, desde que as plantas sejam distribuídas uniformemente
(Embrapa, 2000).
5
Essa é uma tendência atual na cultura da soja, em que as densidades
menores, em torno de 10 a 15 plantas m
-1
, vêm sendo utilizadas com sucesso,
pois além de não reduzirem significativamente a produtividade, proporcionam
redução nos custos de produção pelos menores gastos com sementes. Segundo
Peixoto (1998), as plantas de soja compensam a redução da densidade por
aumentarem a produção individual de legumes, o que contribui para maior
tolerância a essa variação.
O arranjo populacional definido pela combinação da densidade de
plantas na linha de semeadura com o espaçamento entrelinhas influencia
algumas características agronômicas da planta de soja (Urben Filho & Souza,
1993), bem como pode modificar a produção de grãos (Lam-Sanchez & Veloso,
1974). A melhor população de plantas depende da região, da época de
semeadura e do cultivar (Embrapa, 2000; Gaudêncio et al., 1990; Martins, 1999;
Val et al., 1971). Recomenda-se semear a soja em fileiras ou linhas espaçadas de
40 a 60 cm. Espaçamentos mais estreitos que 40 cm resultam em fechamento
mais rápido da cultura, contribuindo para o controle das plantas daninhas, mas
não permitem o cultivo mecânico nas entrelinhas (Embrapa, 2000).
Para uma população fixa, a produção por planta decresce quando se
aumenta a densidade de plantas na linha e se aumenta o espaçamento entre
linhas. Isto ocorre em razão da maior competição entre plantas dentro de uma
mesma fileira, resultando em uma tendência a menor produção por unidade de
área (Câmara, 1998a; Peluzio et al., 2000).
A cultura da soja é muito sensível ao comprimento do dia, ou melhor, à
extensão do período de ausência de luz, para a indução floral. Portanto, o efeito
típico do fotoperíodo na soja, quando se leva um cultivar para regiões com
menor latitude ou se retarda sua semeadura, é a redução do período
compreendido entre a emergência das plântulas e o início do florescimento e,
conseqüentemente, do ciclo da cultura. Nessa circunstância ocorrem, também,
6
reduções do porte das plantas, da altura de inserção de primeiras vagens, da área
foliar e da produtividade (Green et al., 1965; Sediyama et al., 1972). O
fotoperíodo, na mesma época do ano, varia com a latitude e exerce grande efeito
na variabilidade de desenvolvimento e crescimento da planta de soja (Motta et
al., 1975). De acordo com Pacova (1977), os cultivares precoces necessitam de
um menor número de horas de escuridão para florescerem.
Dentre os fatores que atuam diretamente na cultura, o fotoperíodo pode
ser limitante com respeito à introdução de novos materiais em diferentes
latitudes e, conforme Dutra (1986), muitas cultivares possuem uma faixa de
época de plantio muito restrita em virtude da resposta ao fotoperíodo. Como esse
fator também varia com a latitude, a introdução de cultivares em determinadas
regiões deve levar em consideração o grau de sensibilidade desses cultivares. Tal
sensibilidade é característica variável entre cultivares, ou seja, cada uma possui
seu fotoperíodo crítico, acima do qual o florescimento é atrasado (Embrapa,
2003).
Segundo Costa (1996), um ideótipo desejável de planta de soja, para
proporcionar rendimentos elevados, deve reunir: estatura de planta igual ou
superior a 0,65 m; inserção dos primeiros legumes superior a 0,10 m; resistência
a doenças, insetos, pragas, nematóides, acamamento e deiscência; boa qualidade
fisiológica da semente; adaptação às condições locais de ambiente e sistema
agrícola; alta capacidade de extração de fósforo; além de tolerância a
deficiências e excessos hídricos.
2.2. Altura da planta e inserção do primeiro legume
A altura da planta de soja é considerada um parâmetro importante pela
sua relação com a produção, controle de plantas daninhas, acamamento e
eficiência na colheita mecânica. Plantios tardios, bem como os precoces,
7
normalmente originam plantas com porte mais baixo do que na época
considerada ideal de plantio (Abel, 1968; Saccol, 1975). O crescimento em
altura depende da elongação do caule, que ocorre em função do número e do
comprimento dos internódios (Shanmugasumdarum et al., 1979).
Como conseqüência, a altura de inserção dos primeiros legumes tende
também a reduzir.
Outros fatores também provocam mudanças significativas nessa
característica, dentre os quais podemos citar a época de plantio, a umidade, a
temperatura e a fertilidade. Dos fatores ambientais, o fotoperíodo exerce maior
influência, pois os cultivares de hábito determinado completam o seu
crescimento no florescimento, que é variável em função do fotoperíodo (Lawn &
Byth, 1973). Mesmo os cultivares insensíveis ao fotoperíodo para o
florescimento têm sua altura influenciada pelo mesmo (Criswell e Hume, 1972;
Guthrie, 1972; Polson, 1972).
A população é fator determinante para o arranjo das plantas no ambiente
de produção e influencia o crescimento da soja. Dessa forma, a melhor
população de plantas deve possibilitar, além do alto rendimento, altura de planta
e de inserção da primeira vagem adequada à colheita mecanizada e plantas que
não acamem (Gaudêncio et al., 1990).
Bergamaschi et al. (1977) afirmaram que semeaduras mais tardias
realizadas em regiões mais quentes permitem que a planta de soja atinja porte
razoável, com menor redução no seu potencial de produção. Assim, visando o
rendimento da cultura, os cultivares de ciclo longo são mais vantajosos para
semeaduras tardias em locais quentes pois, nessas condições, os precoces,
mesmo contando com boa disponibilidade térmica e hídrica, têm seu porte e
altura de inserção das primeiras vagens consideravelmente reduzidos,
aumentando as perdas de colheita.
8
Vários autores verificaram redução na altura das plantas de soja, devido
à menor duração do período vegetativo, relacionada a atrasos na semeadura
(Bhering, 1989; Câmara, 1991; Marcos Filho, 1986; Sediyama et al., 1972;
Tragnago & Bonetti, 1984).
De modo geral, os plantios tardios e precoces resultam em plantas com
menor altura, quando comparados com os plantios feitos na época recomendada
para a cultura. Bueno et al. (1975) observaram que o retardamento do plantio
resultou redução na altura da planta, não afetando a altura da primeira vagem.
Para estes mesmos autores, a altura da primeira vagem nem sempre varia em
conformidade com a altura da planta. Também, nos plantios tardios e precoces,
há tendência de a altura da primeira vagem ser reduzida, o que,
conseqüentemente, poderá resultar em perdas na colheita (Sediyama, 1979). Isto
é observado mais freqüentemente nos cultivares tardios. Lam Sanchez e Yuyama
(1979) verificaram que a altura da planta era reduzida à medida que se atrasava o
plantio e a altura da primeira vagem aumentava como conseqüência da
distribuição desuniforme das chuvas. Garcia (1979) não encontrou efeito da
época de plantio sobre a altura da planta, enquanto Nunes (1984) verificou que o
atraso aumentou a altura da planta. Esses resultados divergentes reforçam o fato
de que outros fatores, tais como população de plantas, espaçamento entre e
dentro da fileira, suprimento de umidade, temperatura, fertilidade do solo e
outras condições gerais, influenciam na altura da planta (Cartter & Hartwig,
1967).
Sanches & Yuyama (1979), estudando o comportamento de dois
cultivares de soja em oito épocas de semeadura, verificaram que o atraso no
plantio causou diminuição no ciclo da planta (vegetativo ou reprodutivo), sendo
isto uma conseqüência do fotoperíodo. Com a redução do ciclo houve
diminuição na altura da planta, no número de vagens por planta, no número de
grãos por vagem e, consequentemente, redução na produção.
9
O cultivo de soja em condições de dias curtos diminui o tempo para o
início do florescimento, principalmente em cultivares considerados de ciclo
tardio (Bergamaschi et al.,1977; Berlato, 1981; Lazarini, 1995; Rolim et al.,
1982;), que crescem menos, refletindo em menor altura da planta (Board &
Settimi, 1986; Lazarini, 1995; Tragnago & Bonetti, 1984), aliada a uma menor
altura de inserção das primeiras vagens (Barni et al., 1978 e Vernetti, 1983),
afetando negativamente a produtividade e aumentando as perdas de produção na
cultura.
A altura de inserção da primeira vagem pode ser característica do
próprio cultivar. Entretanto, quando o plantio é realizado em época inadequada,
a altura da planta é reduzida, havendo tendência do desenvolvimento de vagens
próximas ao solo. Os fatores ambientais ou práticas culturais que afetam a altura
da planta também podem influenciar consideravelmente a altura de inserção da
primeira vagem (Sediyama et al., 1972). O cultivar escolhido para cultivo em
um determinado local deve apresentar altura de inserção da primeira vagem de
pelo menos 10 a 12 cm. No entanto, para a maioria das condições das lavouras
de soja, a altura mais satisfatória está em torno de 15 cm, embora com o uso de
colhedeiras mais aperfeiçoadas possa ser efetuada uma boa colheita, com plantas
apresentando inserção de vagens próximas a 10 cm (Sediyama et al., 1989).
As perdas na colheita mecânica podem chegar a níveis muito elevados
quando a soja é semeada em época inadequada, devido ao porte baixo das
plantas (Embrapa, 1996).
2.3. Acamamento
O acamamento de plantas é mais uma característica agronômica inerente
à colheita mecanizada. Porém, muitas vezes essa característica pode ser indício
de má adaptação ao local de cultivo. As plantas muito altas e de caule fino
10
tendem ao acamamento com relativa facilidade, podendo ocasionar perdas de
grãos durante a operação de colheita. Por outro lado, os cultivares de caule
excessivamente grosso, embora sejam muitas vezes de boa produtividade,
dificultam a colheita mecanizada. Em sua maioria, os cultivares de soja
utilizados para produção de grãos são relativamente resistentes ao acamamento.
Contudo, a resistência ao acamamento é grandemente influenciada pelo tipo de
solo e pelas condições de desenvolvimento da soja. Em geral, as plantas de soja
apresentam maior acamamento em solos férteis e argilosos, com umidade
abundante, do que em solos leves ou arenosos (Sediyama et al., 1989).
A época de semeadura provoca alterações nos componentes da produção
e nas características agronômicas da soja, como altura de planta, altura de
inserção da primeira vagem, número de ramificações, diâmetro do caule e
acamamento (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, 1996).
Segundo Hartwig (1973), os cultivares de hábito de crescimento
determinado parecem ser desejáveis como meio de reduzir a altura e o
acamamento das plantas quando cultivados durante um ciclo relativamente
longo. Geralmente, quando cultivares de ciclo longo são semeados no início da
época de cultivo em condições favoráveis de umidade e em solo fértil, as plantas
têm um acentuado desenvolvimento vegetativo, implicando em graus de
acamamento comprometedores (Saccol, 1975).
De acordo com Nakagawa et al., (1983), o acamamento pode refletir na
produtividade da soja, pois dificulta a colheita e favorece o surgimento de
doenças no campo, danificando os grãos.
Segundo Gaudêncio et al. (1990), a população é fator determinante para
o arranjo das plantas de soja, uma vez que esta influencia o crescimento das
plantas. O excesso de plantas, mesmo nos casos em que não se observa redução
no rendimento, modifica a arquitetura e o aproveitamento de luz, deixando-as
mais sujeitas ao acamamento, podendo ocasionar perdas na colheita.
11
O uso de populações de plantas muito acima do recomendado, além de
não proporcionar acréscimos no rendimento de grãos, pode acarretar riscos de
perdas por acamamento e aumento do custo de produção. Por outro lado,
densidades muito baixas resultam em plantas de baixo porte, menor competição
da soja com as plantas daninhas e maiores perdas na colheita (Câmara, 1998a).
A uniformidade de espaçamento entre plantas das linhas permite o uso
mais eficiente da água, nutrientes e luz e, segundo Moore (1991), aparentemente
a soja responde a essa uniformidade, mesmo sem alteração na população de
plantas. O autor constatou um pequeno aumento no acamamento nos tratamentos
cujas plantas não se encontravam uniformemente espaçadas, o que atribuiu ao
aumento da altura das plantas nesses tratamentos. De acordo com Tourino
(2002),
o aumento da uniformidade de espaçamento entre as plantas
dentro das linhas reduziu-lhes o acamamento.
O acúmulo de plantas em alguns pontos pode provocar o
desenvolvimento de plantas mais altas, menos ramificadas, com menor produção
individual, diâmetro de haste reduzido e, portanto, mais propensas ao
acamamento. Por outro lado, espaços vazios deixados na linha, além de facilitar
o desenvolvimento de plantas daninhas, levam ao estabelecimento de plantas de
soja com porte reduzido. O estande produzido dessa forma pode acarretar
redução na produtividade, além das dificuldades por ocasião da colheita
mecanizada (Endres, 1996).
A redução do espaçamento entre linhas, o aumento da densidade nas
linhas e, principalmente, o aumento da competição intra-específica têm sido
considerados responsáveis pelo aumento da altura das plantas e do índice de
acamamento (Marchiori, 1998; Martins, 1999).
Com o objetivo de avaliar o efeito do acamamento na produtividade da
soja, Melfi (1996) submeteu o cultivar IAC-8, em três estádios de
desenvolvimento da cultura (R2, R4 e R6), a cinco níveis de acamamento (0
0
12
22,5
0
; 45
0
67,5
0
e 90
0
em relação a vertical). Com base nos resultados obtidos, o
autor concluiu que o aumento do nível de acamamento reduz a produtividade e,
quanto mais cedo ocorre, pior é a qualidade fisiológica das sementes de soja.
13
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Área experimental
O experimento foi instalado no campo experimental da Universidade
Federal de Lavras (Lavras-MG), situada à latitude de 21
o
14’S, longitude
45
o
00W e altitude de 918 m, num solo Latossolo Vermelho Distroférrico típico
(LVdf), conduzido nos anos agrícolas 2003/04 e 2004/2005. O clima do
município de Lavras possui duas estações definidas, seca de abril a setembro e
chuvosa de outubro a março, é do tipo Cwb, conforme a classificação climática
de Köeppen (Antunes, 1986), sendo que a temperatura média anual está em
torno de 19,3ºC, tendo, no mês mais quente e no mês mais frio, temperaturas
médias de 22,1ºC e 15,8ºC, respectivamente. A precipitação anual normal é de
1.530 mm, a evaporação total do ano igual a 1.034,3mm e a umidade relativa
média anual de 76% (Brasil, 1992).
A pluviosidade, as temperaturas médias diárias e a análise de solo
durante os dois anos do experimento registrados em Lavras podem ser
visualizados nas Figuras 1 e 2 e Tabela 1, respectivamente.
Precipitação média e temperatura no ano 2003/04
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
01
07
13
19
25
01
07
13
19
25
31
06
12
18
24
30
05
11
17
23
29
06
12
18
24
30
Nov Dez Jan Fev Mar
PRECIPITAÇÃO (mm)
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
TEMPERATURA MEDI
A
C)
T.MED
PREC.
FIGURA 1:Precipitação pluvial média e temperatura no ano 2003/2004, Lavras, MG.
FONTE: Estação Climatológica de Lavras, MG – UFLA.
14
Precipitação média e temperatura no ano 2004/05
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
01
06
11
16
21
26
01
06
11
16
21
26
31
05
10
15
20
25
30
04
09
14
19
24
01
06
11
16
21
26
31
Nov Dez Jan Fev Mar
PRECIPITAÇÃO (mm)
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
TEMPERATURA MÉDI
A
(º C)
rie2
rie1
FIGURA 2: Precipitação pluvial média e temperatura no ano 2004/2005, Lavras-MG.
FONTE: Estação Climatológica de Lavras, MG – UFLA.
TABELA 1. Características químicas das amostras do solo da área experimental
coletadas nos dois anos. Ufla, Lavras/MG, 2003/04 e 2004/05.
pH mg/dm
3
cmol
c
dm
3
Ano H
2
O ------------------- -------------------------------------------------------- M.O%
P
(2)
K Al
+++
Ca
++
Mg
++
H+Al SB t T V
2003/04 6,0 16,4 74 0,0 2,2 1,2 2,4 3,6 3,6 6,5 55,3 2,7
2004/05 5,9 13,8 74 0,0 3,3 0,8 2,9 4,3 4,3 7,2 59,7 2,7
Análises realizadas no Instituto de Química “John Wheelock” do Departamento de
Ciência do Solo da Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais.
3.2. Tratamentos e delineamento experimental
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com
três repetições, cujos tratamentos foram dispostos em uma estrutura fatorial 2 x
40, compreendendo 2 anos agrícolas (2003/04 e 2004/05) e 40 cultivares de soja,
cujas descrições dos mesmos encontram-se no quadro abaixo.
15
Quadro1. Relação dos cultivares utilizadas no ensaio experimental, Lavras –
MG.
Cultivar Maturação Alt.
planta
Habito
crescimento
Cor
flor
Cor
hilo
Cor
pubescência
Av-7002 Semi
tardio
100 cm Determ. Branca Preto Marrom
BR9 Savana Tardio 84 cm Determ. Roxa Marrom Cinza
BRS 136 Médio 88 cm Determ. Branca Marrom Marrom
BRS Carla Médio 73 cm Determ. Branca Marrom Marrom
BRS 204
Goiânia
Semi
precoce
74 cm Determ. Roxa Marrom Marrom
BRS
Luziânia
Médio 78 cm Determ. Roxa Marrom Marrom
BRS Milena Médio 81 cm Determ. Roxa Marrom Marrom
Carrera Semi
precoce
90 cm Determ. Roxa Preto Marrom
Confiança Semi
precoce
85 cm Determ. Branca Marrom Marrom
Conquista Médio 90 cm Determ. Roxa Preto Marrom
DM 339 Tardio 105 cm Determ. Roxa Preto Cinza
DM Nobre Tardio 110 cm Determ. Branca Marrom Cinza
DM Vitória Tardio 125 cm Determ. Branca Marrom Marrom
DM 118 Semi
precoce
95 cm Determ. Roxa Marrom Cinza
Doko Tardio 93 cm Determ. Branca Preto Marrom
Embrapa 48 Semi
precoce
90 cm Determ. Branca Marrom Cinza
Emgopa
313
Tardio 91 cm Determ. Branca Marrom Marrom
Emgopa
314
Tardio 88 cm Determ. Roxa Branca Marrom
Emgopa
315
Médio 76 cm Determ. Branca Marrom Cinza
Emgopa
316
Precoce 87 cm Indeterm. Branca Marrom Cinza
16
Cultivar Maturação Alt.
planta
Hábito
crescimento
Cor
flor
Cor
hilo
Cor
pubescência
Garantia Tardio 95 cm Determ. Branca Preto Marrom
IAC-19 Médio 100 cm Determ. Branca Marrom Marrom
IAC-21 Semi
tardio
95 cm Determ. Roxa Preto Marrom
Monarca Semi
tardio
100 cm Determ. Roxa Marrom Cinza
Monsoy
8329
Médio 90 cm Determ. Roxa Preto Marrom
Monsoy
108
Tardio 115 cm Determ. Roxa Preto Marrom
Monsoy
109
Médio 105 cm Determ. Branca Marrom Marrom
Monsoy
8400
Médio 90 cm Determ. Roxa Preto Marrom
Monsoy
8411
Médio 90 cm Determ. Branca Marrom Cinza
Paiaguás Semi
tardio
100 cm Determ. Branca Marrom Cinza
Performa Semi
tardio
90 cm Determ. Roxa Marrom Marrom
Preta Médio 100 cm Determ. Roxa Preto Cinza
Renascença Médio 85 cm Determ. Branca Preto Marrom
Sambaíba Tardio 74 cm Determ. Branca Marrom Marrom
Santa Rosa Médio 85 cm Determ. Branca Marrom Marrom
Splendor Médio 95 cm Determ. Roxa Marrom Cinza
Sitte 02 Tardio 85 cm Determ. Roxa Marrom Marrom
Suprema Semi
tardio
105 cm Determ. Branca Marrom Cinza
UFV-16 Médio 95 cm Determ. Roxa Marrom Marrom
Vencedora Semi
precoce
90 cm Determ. Roxa Preto Marrom
3.3. Condução do experimento
Nos dois anos do experimento, não foi necessária a aplicação de
calcário. O preparo do solo foi realizado dias antes da semeadura e constituiu-se
de uma aração, seguida de duas gradagens e a abertura de sulcos de semeadura,
realizada por tração mecânica. Da mesma maneira como ocorreu para a calagem,
a adubação utilizada seguiu as recomendações de Ribeiro et al. (1999),
utilizando, para os dois anos, a mesma quantidade de fertilizante, 120 kg.ha
-1
de
17
P
2
O
5
e 60 kg.ha
-1
de K
2
O, distribuídos e incorporados manualmente aos sulcos
de semeadura.
A semeadura foi realizada no dia 11 de novembro, nos anos de 2003/04
e 2004/05, com sementes inoculadas com Bradyrhizobium japonicum,
utilizando-se o inoculante turfoso “Nitral” na proporção de 250g de inoculante
por 50 kg de semente (600.000 bact./semente). O desbaste também foi realizado
deixando-se 16 plantas por metro linear. As parcelas experimentais foram
constituídas por quatro fileiras de 5 m de comprimento, espaçadas por 0,5 m,
utilizando-se como área útil as duas fileiras centrais, com eliminação de 0,50m
em cada extremidade das mesmas a título de bordadura.
Os tratos culturais exigidos pela cultura foram realizados, quando
necessários, uniformemente em todas as parcelas experimentais.
Utilizou-se a capina manual em todas as parcelas para os dois anos do
experimento. Nos dois anos foi necessário aplicar 0,5 l do fungicida Ópera
(Epoxiconazole + Pyraclostrobin), do grupo químico Strobilurinas e Triazol, no
estádio R1, uniformemente em todas as parcelas.
Foi efetuada a colheita manual, no mês de março, quando todas as
plantas se encontravam no estádio R8, na sua maturidade plena ou maturidade a
campo, quando 95% das vagens tinham atingido a cor da vagem madura, com
haste principal, ramificações secas e desfolhadas, com umidade em torno de 13 a
15%.
3.4. Análise de estatística
Para a análise de variância, as características avaliadas foram
rendimento de grãos, altura de planta e inserção do primeiro legume, com o
auxílio do programa computacional SISVAR, desenvolvido por Ferreira (2000).
O modelo estatístico desta estrutura fatorial 2 x 40 em blocos
casualizados é:
18
()
()
ijk i j k
ijk
ij
YACACB
µ
ε
=+ + + + + , em que:
ijk
Y é o valor da variável resposta no i-ésimo ano da j-ésima cultivar no k-ésimo
bloco;
µ
é uma constante associada a cada observação;
i
A é o efeito do i-ésimo ano, com i = 1, 2;
j
C é o efeito da j-ésima cultivar, com j = 1, 2, ..., 40;
()
ij
AC é o efeito da interação do i-ésimo ano com a j-ésima cultivar;
k
B
é o efeito do k-ésimo bloco, com k = 1, 2, 3;
()
ijk
ε
é o erro associado com valor da variável resposta no i-ésimo ano da j-
ésima cultivar no k-ésimo bloco, com distribuição normal e variância
homogênea
2
σ
.
Para que se proceda a análise de variância é necessário que se verifique,
dentre algumas pressuposições, a de normalidade dos resíduos. Nas tabelas de
análise de variância estão apresentadas as probabilidades (Pr<W) associadas à
estatística do teste de Shapiro-Wilks (W). Se esta probabilidade (Pr<W) for
menor que o valor nominal de significância (alfa=5%) previamente adotado,
então devemos rejeitar a hipótese nula que preconiza a normalidade dos
resíduos. Caso contrário, não haverá evidências significativas neste nível (5%)
para rejeitar a hipótese de normalidade residual.
Quando diferenças significativas foram detectadas, as medidas foram
agrupadas pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
A característica acamamento é avaliada por meio de notas, em uma
escala de 1 a 5, em que a resposta medida é de caráter qualitativo, ainda que
muitas vezes, assuma valores quantitativos, mas representa na realidade uma
resposta de natureza categórica. Quando uma resposta recebe subjetivamente
19
uma avaliação quantitativa, na realidade os graus impostos definem uma
resposta qualitativa, pois a diferença da nota de acamamento 1 para 2 não traduz
necessariamente a mesma magnitude da diferença entre as notas de acamamento
4 e 5. Esta falta de coerência com a distância matemática entre os níveis
caracteriza a resposta como qualitativa.
Os testes não-paramétricos, que são descomprometidos com a
distribuição da resposta estudada, analisam as posições relativas dos resultados
quando observados em conjunto. Uma ordenação do resultado mais baixo ao
mais alto é feita, e esta ordenação, identificados os tratamentos, vai ser utilizada
na análise.
Quando existe mais de um tratamento, mas todos podem ser
referenciados ou aplicados em uma mesma parcela experimental, temos a
caracterização de blocos. Neste caso, Friedman sugeriu um procedimento que
corresponde a uma situação em blocos ao acaso, mas sob a ótica não
paramétrica.
No teste de Friedman a hipótese testada (H
0
) é a de que cada ordenação
das variáveis dentro de um bloco é igualmente provável, isto é, os tratamentos
têm efeitos idênticos. A estatística do teste é comparada com uma distribuição
de chi-quadrado.
3.5. Características avaliadas
O comportamento dos cultivares foi avaliado por meio de amostragens
para determinação de altura da planta, altura de inserção do primeiro legume,
grau de acamamento e rendimento de grãos (kg.ha
-1
).
20
3.5.1. Rendimento de grãos
A produtividade de grãos foi obtida do produto colhido manualmente na
área útil das parcelas com umidade corrigida para 13% como segue:
(100 – UI) x MI
MC= --------------------------
100 - UC
Em que: MI – massa inicial;
MC – massa corrigida;
UI – Umidade inicial;
UC – Umidade corrigida;
Os resultados de produtividade são apresentados em kg.ha
-1
.
3.5.2. Altura de planta
A altura de planta foi medida nos dois anos por ocasião da colheita, em
dez plantas ao acaso, em cada parcela dentro da área útil, considerando a
distância entre o colo da planta e o ponto de inserção da folha mais alta da planta
amostrada. As medidas foram tomadas em cm.
3.5.3. Altura de inserção do primeiro legume
A altura de inserção do primeiro legume foi medida nos dois anos, por
ocasião da colheita, em dez plantas ao acaso em cada parcela dentro da área útil,
considerando a distância entre o colo da planta e o ponto de inserção do primeiro
legume da planta amostrada, e também foi tomada em cm.
21
3.5.4. Grau de Acamamento
O grau de acamamento foi avaliado utilizando-se a escala proposta por
Bernard et al. (1965), em que: 1 - todas as plantas eretas; 2 - algumas plantas
inclinadas ou ligeiramente acamadas; 3 - todas as plantas moderadamente
inclinadas ou 25 a 50% das plantas acamadas; 4 - todas as plantas
consideravelmente inclinadas ou 50 a 80% das plantas acamadas; e 5 - todas as
plantas acamadas.
22
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Considerações gerais
De acordo com a Tabela 2, verifica-se que as características avaliadas
rendimento de grãos, altura de planta e altura do primeiro legume foram
alteradas significativamente em função dos tratamentos testados (ano, cultivares
e interações ano x cultivares).
TABELA 2 – Resumo da análise de variância (QM) para produtividade, altura
de planta e inserção do primeiro legume, obtido no ensaio de avaliação de
cultivares de soja, anos agrícolas 2003/04 e 2004/05, UFLA, Lavras, Minas
Gerais, 2006.
Quadrados médios
Fonte de
variação
GL
Produtividade Altura Planta Altura 1
o
Leg.
Bloco 2 1.003.650,86 ns 165,14 ns 13,23 ns
Ano (A) 1 134.682.187,26 ** 12.492,05 ** 1.287,14 **
Cultivar (C) 39 2.012.248,11 ** 896,15 ** 51,60 **
A x C 39 805.358,92 ** 141,33 ** 38,65 **
Erro 158 348.615,78 78,40 12,04
CV (%) 20,57 9,34 18,05
Pr<W 0,0785 0,4032 0,0521
Os resultados evidenciaram que os efeitos de ano e cultivar são
significativos e dependentes. A interação ano x cultivar significativa nos mostra
que tanto a altura da planta como a altura de inserção do primeiro legume e
produtividade apresentaram um comportamento diferenciado nos anos de 2004 e
23
2005 (P<0,01). Isto é equivalente a afirmar que os fatores ano e cultivar não são
independentes. Como esta interação tenha sido significativa, o melhor
procedimento a tomar é estudar o comportamento de um fator na presença de
cada nível do outro fator, que se constituiu no desdobramento.
O resultado significativo do teste F na análise de variância indica que as
médias dos tratamentos são diferentes. A literatura é bastante rica em testes de
comparações múltiplas propostos para apontar diferenças entre médias dos
tratamentos. Contudo, a validade prática destes testes para situações com grande
número de tratamentos é questionável. Para esses casos, os testes usuais de
comparação das médias duas a duas não são os mais indicados porque não
permitem uma separação adequada de grupos de médias e, conseqüentemente,
dificultam a interpretação dos resultados. O teste proposto por Scott e Knott tem
por objetivo agrupar as médias de tratamentos em grupos bem distintos, através
da minimização da variação dentro de grupos. Usa-se o método de análise de
conglomerados no lugar da técnica de comparação múltipla. Por meio desse
procedimento, formam-se grupos de médias mais definidos e a interpretação dos
resultados pode ser realizada com mais objetividade e clareza.
4.2. Rendimento de grãos
Observa-se, para o ano de 2003/04, uma variação de 1105 a 4270 kg.ha
-
1
, obtida com os cultivares BRS Carla e Vencedora, respectivamente. Na média
geral anual, esses valores foram de 2121 kg.ha
-1
para 2003/04 e 3619 kg.ha
-1
para o ano de 2004/05.
Analisando separadamente os cultivares dentro de cada ano, podemos
verificar que no ano de 2003/04 os cultivares que mais se destacaram foram
Vencedora (4270 kg.ha
-1
) e Conquista (3725 kg.ha
-1
), que proporcionaram um
aumento significativo, de 286 e 237%, em relação ao de menor rendimento, BRS
24
Carla, já relatado anteriormente. No caso do ano de 2004/05, os cultivares que
mais se destacaram foram Monarca (5459 kg.ha
-1
), Sambaíba (4785 kg.ha
-1
),
Vencedora (4759 kg.ha
-1
), Conquista (4693 kg.ha
-1
), Emgopa 314 (4445 kg.ha
-1
)
e BR-9 Savana (4405 kg.ha
-1
). Comparando, desta vez, os cultivares em relação
aos anos, verificou-se que a maioria deles apresentou maiores rendimentos de
grãos em 2004/05, exceto BRS 136, BRS GO Goiânia, Confiança, Doko,
Embrapa 48, Emgopa 315, Emgopa 316 e Vencedora, que não apresentaram
comportamento diferenciado nos dois anos de cultivo.
Na média dos dois anos, o destaque é observado para os cultivares
Vencedora (4515 kg.ha
-1
), Conquista (4209 kg.ha
-1
) e Monarca (4121 kg.ha
-1
),
que apresentaram rendimentos superiores ao obtido na média nacional, que foi
de 2.820 kg.ha
-1
para o ano de 2004/05. É importante ressaltar que entre os
cultivares citados acima, apenas o Vencedora apresentou mesmo comportamento
independentemente do ano, mantendo, assim, maior estabilidade, característica é
procurada nos cultivares.
O rendimento de grãos é muito influenciado por vários fatores
ambientais, como umidade, temperatura e fotoperíodo, que variam com as
diferentes épocas do ano. Altos rendimentos podem ser obtidos quando as
condições relatadas anteriormente estão em todos os estádios de
desenvolvimento.
De acordo com Evans (1993), o potencial de rendimento de grãos pode
ser definido como a produção de uma cultivar no ambiente ao qual está
adaptada, sem limitações edafoclimáticas e nutricionais, livre da ação de pragas
e doenças e com os demais estresses efetivamente controlados. Dentro desse
contexto, a ação de algumas doenças como a ferrugem, mesmo com o controle
sendo realizado, pode levar a uma diminuição nas produtividades observadas em
caso de uma maior severidade da doença, fato que ocorreu no ano de 2003/04.
25
No caso de 2004/05 esse ataque foi menos intenso, dando mais chance para um
maior desenvolvimento das plantas.
Os cultivares que apresentaram melhores rendimentos no presente
estudo coincidem com os mais utilizados pelos agricultores no estado de Minas
Gerais, o que demonstra a capacidade de adaptação desses genótipos às mais
variadas condições ambientais.
26
TABELA 3 - Valores médios (erros-padrões entre parêntesis) de produtividade
dos diferentes cultivares em função do ano estudado, obtidos no ensaio de
avaliação de cultivares, anos agrícolas 2003/04 e 2004/05, UFLA, Lavras –MG.
Ano Agrícola
Cultivares
2003/04 2004/05
1
Médias (erro-padrão)
Aventis 7002 1880 (341) B c 2833 (341) A c 2357 (241) d
BR-9 Savana 2476 (341) B b 4405 (341) A a 3441 (241) b
BRS 136 2494 (341) A b 3153 (341) A c 2824 (241) c
BRS Carla 1105 (341) B c 4057 (341) A b 2581 (241) d
BRS GO (204) Goiania 2045 (341) A c 1781 (341) A d 1913 (241) d
BRS GO Luziania 1770 (341) B c 3811 (341) A b 2791 (241) c
BRS Milena 1796 (341) B c 3821 (341) A b 2809 (241) c
Carrera 1809 (341) B c 2969 (341) A c 2389 (241) d
Confiança 1733 (341) A c 2650 (341) A c 2192 (241) d
Conquista 3725 (341) B a 4693 (341) A a 4209 (241) a
DM 339 2601 (341) A b 3434 (341) A c 3018 (241) c
DM Nobre 1335 (341) B c 3848 (341) A b 2591 (241) d
DM Vitória 2326 (341) B b 4272 (341) A b 3299 (241) b
DM 118 2461 (341) B b 3449 (341) A c 2955 (241) c
DOKO 2054 (341) A c 1938 (341) A d 1996 (241) d
Embrapa 48 2133 (341) A c 2730 (341) A c 2431 (241) d
Emgopa 313 2351 (341) B b 3702 (341) A b 3026 (241) c
Emgopa 314 2769 (341) B b 4445 (341) A a 3607 (241) b
Emgopa 315 2419 (341) A b 3285 (341) A c 2852 (241) c
Emgopa 316 2167 (341) A c 2779 (341) A c 2473 (241) d
Garantia 2200 (341) B c 4142 (341) A b 3171 (241) b
IAC 19 2014 (341) B c 4316 (341) A b 3165 (241) b
IAC 21 2286 (341) B b 3856 (341) A b 3071 (241) c
Monarca 2782 (341) B b 5459 (341) A a 4121 (241) a
Monsoy 8329 1925 (341) B c 3476 (341) A c 2701 (241) c
Monsoy 108 1269 (341) B c 3819 (341) A b 2544 (241) d
Monsoy 109 2497 (341) B b 4076 (341) A b 3286 (241) b
Monsoy 8400 1715 (341) B c 3555 (341) A c 2635 (241) c
Monsoy 8411 1691 (341) B c 3181 (341) A c 2436 (241) d
Paiaguás 2356 (341) B b 3891 (341) A b 3124 (241) b
Performa 2041 (341) B c 3865 (341) A b 2953 (241) c
Preta 2064 (341) B c 3997 (341) A b 3031 (241) c
Renascença 1510 (341) B c 2923 (341) A c 2217 (241) d
Sambaíba 2498 (341) B b 4785 (341) A a 3642 (241) b
Santa Rosa 1531 (341) B c 3549 (341) A c 2540 (241) d
Splendor 1348 (341) B c 3290 (341) A c 2319 (241) d
STTE 02 1703 (341) B c 3847 (341) A b 2775 (241) c
Suprema 1902 (341) B c 2857 (341) A c 2379 (241) d
UFV 16 1780 (341) B c 3061 (341) A c 2420 (241) d
Vencedora 4270 (341) A a 4759 (341) A a 4515 (241) a
2
Médias (erro-padrão) 2121 (53,90) B 3619 (53,90) A
1 – Médias seguidas de mesma letra minúscula, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Scott-
Knott com um nível nominal de significância de 5%.
2 – Médias seguidas de mesma letra maiúscula, na linha, não diferem entre si pelo teste F com um
nível nominal de significância de 5%.
27
4.3. Altura da planta
No presente trabalho, essa característica apresentou variações de 64 a
140 cm para o ano agrícola 2003/04 e de 64 a 112 cm para o agrícola 2004/05,
consideradas satisfatórias para a colheita mecânica.
Podemos observar, para o ano de 2003/04, que o cultivar DM Vitória foi
o que apresentou maior altura de plantas pelo teste de Scott-Konott com um
nível de significância de 5%. Este cultivar foi seguido de um segundo grupo,
estatisticamente diferente, formado pelos cultivares BRS Milena, Emgopa 314,
Emgopa 313, Monsoy 8329, DM Nobre, Paiaguás, Garantia, Monsoy 109, DM
339, Sambaíba, Monsoy 108, Monarca e Monsoy 8411. O cultivar que
apresentou a menor altura de plantas foi o Embrapa 48. Ainda na Tabela 4,
podemos observar as alturas médias de plantas das diferentes cultivares para o
ano de 2004/05. Para este ano, as maiores alturas médias de plantas foram dos
cultivares DM Vitória, Emgopa 314, DM Nobre, Monsoy 108, Garantia e
Suprema. As menores alturas médias de plantas foram dos cultivares BRS 136,
BRS GO (204) Goiânia, BRS GO Luziania, Embrapa 48 e SITTE 02.
Em média houve um aumento significativo de 16% (15 cm) centímetros
na altura da planta do ano de 2003/04 para o ano de 2004/05.
A altura de planta é característica fundamental na determinação do
cultivar a ser introduzido em uma região, uma vez que se relaciona com o
rendimento de grãos, o controle de plantas daninhas e as perdas durante a
colheita mecanizada. As variações na altura de plantas podem ser influenciadas
por época de semeadura, espaçamento de plantas entre e dentro das fileiras,
suprimento de umidade, temperatura, fertilidade do solo e outras condições
gerais do meio ambiente. Dependendo da resposta fotoperiódica do cultivar, a
planta pode ter altura reduzida, sendo consideradas adequadas à mecanização da
28
colheita plantas com altura entre 60 e 120 cm, conforme relatam Cartter &
Hartwig (1967).
Em relação aos dados referentes à média dos dois anos agrícolas, pode-
se observar que o cultivar DM Vitória, à semelhança do que ocorreu nos anos
agrícolas avaliados separadamente, foi também o responsável pela maior altura
observada.
Na Tabela 4 estão apresentadas as alturas médias dos diferentes
cultivares em função dos anos estudados.
29
TABELA 4 – Valores médios (erros-padrões entre parêntesis) da altura dos
diferentes cultivares em função do ano estudado, obtidos no ensaio de cultivares,
ano agrícola 2003/04 e 2004/05, UFLA. Lavras-MG.
Ano Agrícola
Cultivares
2003/04 2004/05
1
Médias (erro-padrão)
Aventis 7002 96,00 (5,11) A c 93,00 (5,11) A b 94,50 (3,61) d
BR-9 Savana 103,33 (5,11) A c 90,26 (5,11) A b 96,80 (3,61) d
BRS 136 94,00 (5,11) A c 71,46 (5,11) B d 82,73 (3,61) e
BRS Carla 91,66 (5,11) A c 90,13 (5,11) A b 90,90 (3,61) d
BRS GO (204) Goiania 99,66 (5,11) A c 65,46 (5,11) B d 82,57 (3,61) e
BRS GO Luziania 97,00 (5,11) A c 74,53 (5,11) B d 85,77 (3,61) e
BRS Milena 124,66 (5,11) A b 94,06 (5,11) B b 109,36 (3,61) c
Carrera 94,33 (5,11) A c 82,66 (5,11) A c 88,50 (3,61) d
Confiança 93,66 (5,11) A c 81,53 (5,11) A c 87,60 (3,61) d
Conquista 79,10 (5,11) A d 79,13 (5,11) A c 79,12 (3,61) e
DM 339 114,33 (5,11) A b 95,80 (5,11) B b 105,07 (3,61) c
DM Nobre 119,00 (5,11) A b 108,20 (5,11) A a 113,60 (3,61) b
DM Vitória 140,33 (5,11) A a 112,93 (5,11) B a 126,63 (3,61) a
DM 118 101,00 (5,11) A c 78,33 (5,11) B c 89,66 (3,61) d
DOKO 96,66 (5,11) A c 88,60 (5,11) A b 92,63 (3,61) d
Embrapa 48 64,66 (5,11) A e 64,53 (5,11) A d 64,60 (3,61) f
Emgopa 313 122,00 (5,11) A b 96,93 (5,11) B b 109,46 (3,61) c
Emgopa 314 122,66 (5,11) A b 110,46 (5,11) A a 116,56 (3,61) b
Emgopa 315 97,00 (5,11) A c 83,13 (5,11) A c 90,07 (3,61) d
Emgopa 316 96,00 (5,11) A c 91,33 (5,11) A b 93,67 (3,61) d
Garantia 115,33 (5,11) A b 101,93 (5,11) A a 108,63 (3,61) c
IAC 19 102,00 (5,11) A c 82,73 (5,11) B c 92,37 (3,61) d
IAC 21 100,66 (5,11) A c 82,26 (5,11) B c 91,47 (3,61) d
Monarca 107,33 (5,11) A b 93,73 (5,11) A b 100,53 (3,61) c
Monsoy 8329 119,00 (5,11) A b 84,73 (5,11) B c 101,86 (3,61) c
Monsoy 108 110,00 (5,11) A b 102,53 (5,11) A a 106,26 (3,61) c
Monsoy 109 114,66 (5,11) A b 93,00 (5,11) B b 103,83 (3,61) c
Monsoy 8400 101,33 (5,11) A c 86,33 (5,11) B c 93,83 (3,61) d
Monsoy 8411 107,00 (5,11) A b 87,06 (5,11) B c 97,03 (3,61) d
Paiaguás 117,33 (5,11) A b 92,46 (5,11) B b 104,90 (3,61) c
Performa 86,00 (5,11) A d 84,53 (5,11) A c 85,27 (3,61) e
Preta 83,33 (5,11) A d 77,06 (5,11) A c 80,20 (3,61) e
Renascença 86,00 (5,11) A d 77,00 (5,11) A c 81,50 (3,61) e
Sambaíba 112,00 (5,11) A b 95,26 (5,11) B b 103,63 (3,61) c
Santa Rosa 102,00 (5,11) A c 79,66 (5,11) B c 90,83 (3,61) d
Splendor 99,66 (5,11) A c 92,00 (5,11) A b 95,83 (3,61) d
SITTE 02 83,66 (5,11) A d 68,53 (5,11) B d 76,10 (3,61) e
Suprema 102,66 (5,11) A c 101,16 (5,11) A a 101,91 (3,61) c
UFV 16 102,66 (5,11) A c 82,60 (5,11) B c 92,63 (3,61) d
Vencedora 79,50 (5,11) A d 84,93 (5,11) A c 82,22 (3,61) e
2
Médias (erro-padrão) 101,98 (0,81) A 87,55 (0,81) B
1 – Médias seguidas de mesma letra minúscula, na coluna, não diferem entre si pelo teste
de Scott-Knott com um nível nominal de significância de 5%.
2 – Médias seguidas de mesma letra maiúscula, na linha, não diferem entre si pelo teste
F com um nível nominal de significância de 5%.
30
4.4. Altura de inserção do primeiro legume
Na Tabela 5 estão apresentadas as alturas médias de inserção do
primeiro legume dos diferentes cultivares em função dos anos estudados. Essa
característica apresentou uma variação de 12 a 33 cm no ano agrícola 2003/04 e
de 9,53 a 22 cm no ano 2004/05, sendo as plantas consideradas satisfatórias para
a colheita mecânica. Podemos observar que somente no ano 2003/04 ocorreram
diferenças para essa característica, sendo que os cultivares DM Nobre, DOKO,
Garantia, Monsoy 108 e DM 339 foram os que apresentaram maiores alturas de
inserção de primeiro legume. Por outro lado, os cultivares que apresentaram as
menores alturas de inserção de primeiro legume foram Embrapa 48, Renascença,
Conquista, IAC-19, Monarca, Performa, Santa Rosa e UFV16. Na Tabela 5,
verifica-se que, para o ano de 2004/05, não ocorreram diferenças significativas
na altura média de inserção de primeiro legume entre os diferentes cultivares
estudados. Na média geral, a altura de inserção de primeiro legume foi de 21,55
centímetros no ano de 2003/04, reduzindo significativamente, para 16,91
centímetros, no ano de 2004/05.
Segundo Marcos Filho (1986), o cultivar escolhido para o cultivo em
uma determinada localidade deve apresentar uma altura de inserção do primeiro
legume de pelo menos 10 a 12 cm; entretanto, para a maioria das condições das
lavouras de soja, a altura mais satisfatória está em torno de 15 cm, embora
colhedoras mais modernas possam efetuar boa colheita com plantas
apresentando inserção de legume a 10cm. De acordo com Sediyama (1972),
fatores ambientais como umidade, luz e fotoperíodo podem afetar a altura de
inserção do primeiro legume.
31
TABELA 5 – Valores médios (erros-padrões entre parêntesis) da altura de
inserção do primeiro legume dos diferentes cultivares em função do ano
estudado, obtidos no ensaio de cultivares, ano agrícola 2003/04 e 2004/05,
UFLA, Lavras-MG.
Ano Agrícola
Cultivares
2003/04 2004/05
1
Médias (erro-padrão)
Aventis 7002 22,00 (2,00) A c 16,13 (2,00) B a 19,07 (1,42) c
BR-9 Savana 25,33 (2,00) A b 17,53 (2,00) B a 21,53 (1,42) b
BRS 136 22,67 (2,00) A c 15,73 (2,00) B a 19,20 (1,42) c
BRS Carla 20,00 (2,00) A c 22,27 (2,00) A a 21,13 (1,42) b
BRS GO (204) Goiania 25,00 (2,00) A b 15,33 (2,00) B a 20,17 (1,42) c
BRS GO Luziania 25,00 (2,00) A b 17,20 (2,00) B a 21,10 (1,42) b
BRS Milena 21,00 (2,00) A c 17,07 (2,00) A a 19,03 (1,42) c
Carrera 20,00 (2,00) A c 18,20 (2,00) A a 19,10 (1,42) c
Confiança 19,67 (2,00) A c 18,80 (2,00) A a 19,23 (1,42) c
Conquista 14,90 (2,00) A d 16,53 (2,00) A a 15,72 (1,42) d
DM 339 29,33 (2,00) A a 19,67 (2,00) B a 24,50 (1,42) a
DM Nobre 32,67 (2,00) A a 17,20 (2,00) B a 24,93 (1,42) a
DM Vitória 26,33 (2,00) A b 13,87 (2,00) B a 20,10 (1,42) c
DM 118 21,67 (2,00) A c 9,53 (2,00) B a 15,60 (1,42) d
DOKO 32,00 (2,00) A a 18,20 (2,00) B a 25,10 (1,42) a
Embrapa 48 12,33 (2,00) A d 17,33 (2,00) A a 14,83 (1,42) d
Emgopa 313 17,67 (2,00) A d 14,00 (2,00) A a 15,83 (1,42) d
Emgopa 314 22,33 (2,00) A c 16,53 (2,00) B a 19,43 (1,42) c
Emgopa 315 22,67 (2,00) A c 19,00 (2,00) A a 20,83 (1,42) b
Emgopa 316 19,00 (2,00) A c 18,33 (2,00) A a 18,67 (1,42) c
Garantia 32,00 (2,00) A a 17,87 (2,00) B a 24,93 (1,42) a
IAC 19 15,67 (2,00) A d 16,27 (2,00) A a 15,97 (1,42) d
IAC 21 21,33 (2,00) A c 16,47 (2,00) A a 18,90 (1,42) c
Monarca 16,67 (2,00) A d 14,33 (2,00) A a 15,50 (1,42) d
Monsoy 8329 23,00 (2,00) A c 14,07 (2,00) B a 18,53 (1,42) c
Monsoy 108 29,33 (2,00) A a 18,20 (2,00) B a 23,77 (1,42) a
Monsoy 109 18,00 (2,00) A d 18,67 (2,00) A a 18,33 (1,42) c
Monsoy 8400 19,33 (2,00) A c 15,00 (2,00) A a 17,17 (1,42) d
Monsoy 8411 21,33 (2,00) A c 18,47 (2,00) A a 19,90 (1,42) c
Paiaguás 28,00 (2,00) A b 19,60 (2,00) B a 23,80 (1,42) a
Performa 16,67 (2,00) A d 13,67 (2,00) A a 15,17 (1,42) d
Preta 21,33 (2,00) A c 17,47 (2,00) A a 19,40 (1,42) c
Renascença 12,67 (2,00) A d 14,53 (2,00) A a 13,60 (1,42) d
Sambaíba 20,67 (2,00) A c 19,20 (2,00) A a 19,93 (1,42) c
Santa Rosa 17,33 (2,00) A d 19,13 (2,00) A a 18,23 (1,42) c
Splendor 20,67 (2,00) A c 15,67 (2,00) A a 18,27 (1,42) c
STTE 02 18,67 (2,00) A c 17,53 (2,00) A a 18,10 (1,42) c
Suprema 21,00 (2,00) A c 15,13 (2,00) B a 18,07 (1,42) c
UFV 16 17,00 (2,00) A d 15,60 (2,00) A a 16,30 (1,42) d
Vencedora 19,57 (2,00) A c 21,00 (2,00) A a 20,28 (1,42) c
2
Médias (erro-padrão) 21,55 (0,32) A 16,91 (0,32) B
1 – Médias seguidas de mesma letra minúscula, na coluna, não diferem entre si pelo teste
de Scott-Knott com um nível nominal de significância de 5%.
2 – Médias seguidas de mesma letra maiúscula, na linha, não diferem entre si pelo teste
F com um nível nominal de significância de 5%.
32
4.5. Acamamento
Essa característica assume importante papel na seleção de cultivares,
visto que poderá provocar perdas no processo de colheita mecanizada,
juntamente com altura de planta e inserção do primeiro legume. Verificaram-se
notas compreendidas entre 1 e 4 para o ano de 2003/04, e os cultivares que
obtiveram o maior índice de acamamento foram Splendor e DM Nobre. No ano
de 2004/05 as notas variaram de 1 a 2, não havendo diferença significativa entre
os cultivares.
O acamamento é uma característica muito influenciada pelo tipo de solo
e pelas condições de desenvolvimento da planta. Em geral, as plantas de soja
sofrem maior acamamento em solos férteis e pesados, com umidade abundante,
do que em solos leves e arenosos. Outro ponto a ser considerado refere-se à
altura de planta; normalmente, plantas mais altas poderão proporcionar um
maior índice de acamamento devido ao fato de apresentarem caules mais finos,
ficando mais sujeitas à ação dos ventos.
Na Tabela 6 estão apresentadas as médias das notas de acamamento e
seus postos, de acordo com o teste de Friedman, nos diferentes cultivares em
função dos anos estudados.
33
TABELA 6 – Valores médios de nota de acamamento e totais de ordenação
(Postos) dos diferentes cultivares em função do ano estudado, obtidos no ensaio
de cultivares, ano agrícola 2003/04 e 2004/05, UFLA, Lavras-MG.
Ano Agrícola
2003/04 2004/05
Cultivares
Nota média
1
Postos Nota média
1
Postos
Aventis 7002 1 32,0 fg 1 48,0 a
BR-9 Savana 2 43,0 efg 1 67,5 a
BRS 136 1 31,5 fg 1 48,0 a
BRS Carla 2 44,5 efg 1 67,5 a
BRS GO (204) Goiania 3 81,5 abcd 1 67,5 a
BRS GO Luziania 1 31,5 fg 1 67,5 a
BRS Milena 2 67,5 cde 1 48,0 a
Carrera 1 19,0 g 1 48,0 a
Confiança 2 44,5 efg 1 48,0 a
Conquista 1 19,0 g 1 48,0 a
DM 339 3 79,0 abcd 2 107,0 a
DM Nobre 4 107,5 a 2 107,0 a
DM Vitória 3 81,5 abcd 2 90,5 a
DM 118 1 32,0 fg 1 48,0 a
DOKO 3 93,0 abc 1 48,0 a
Embrapa 48 1 19,0 g 1 48,0 a
Emgopa 313 3 81,5 abcd 1 67,5 a
Emgopa 314 3 88,5 abc 2 113,5 a
Emgopa 315 2 67,0 cde 1 48,0 a
Emgopa 316 2 55,5 def 1 48,0 a
Garantia 2 69,0 bcde 1 48,0 a
IAC 19 2 67,0 cde 1 48,0 a
IAC 21 3 81,5 abcd 1 48,0 a
Monarca 2 67,0 cde 1 48,0 a
Monsoy 8329 3 100,5 ab 1 48,0 a
Monsoy 108 2 44,5 efg 2 87,5 a
Monsoy 109 1 32,0 fg 1 48,0 a
Monsoy 8400 3 100,5 ab 2 87,5 a
Monsoy 8411 3 100,5 ab 1 68,0 a
Paiaguás 3 93,0 abc 2 107,0 a
Performa 3 88,0 abc 1 48,0 a
Preta 2 43,0 efg 1 48,0 a
Renascença 1 19,0 g 1 67,5 a
Sambaíba 3 100,5 ab 1 48,0 a
Santa Rosa 2 42,5 efg 1 67,5 a
Splendor 4 109,0 a 1 48,0 a
STTE 02 2 67,0 cde 1 48,0 a
Suprema 1 19,0 g 1 48,0 a
UFV 16 3 79,0 abcd 1 67,5 a
Vencedora 1 19,0 g 1 48,0 a
Calculado 81,694* 38,566 ns
Chi-quadrado
Tabelado (78 gl) 54,570 54,570
1 – Médias seguidas de mesma letra minúscula, na coluna, não diferem entre si pelo teste
de Friedman com um nível nominal de significância de 5%.
34
5. CONCLUSÕES
A região de Lavras/MG é propícia para o desenvolvimento da cultura de
soja, visto que os cultivares apresentaram características agronômicas desejáveis
durante os dois anos de experimento, com produtividade média de 2870 kg.ha
-1
.
Os cultivares que mais se destacaram na média geral dos anos utilizados
foram Vencedora (4515 kg.ha
-1
), Conquista (4209 kg.ha
-1
) e Monarca (4121
kg.ha
-1
), que também apresentaram condições satisfatórias para a colheita
mecânica.
35
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44
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