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AJUSTES PARA VEROSSIMILHANC¸ A PERFILADA
NA DISTRIBUIC¸
˜
AO BIRNBAUM-SAUNDERS
CARLOS ANT
ˆ
ONIO GADELHA DE ARA
´
UJO J
´
UNIOR
Orientadora: Profa. Dra. Audrey Helen Mariz de Aquino Cysneiros
Co-orientador: Prof. Dr. Francisco Cribari-Neto
´
Area de concentra¸ao: Estat´ıstica Matem´atica
Disserta¸ao submetida como requerimento parcial para obten¸ao do
grau de Mestre em Estat´ıstica pela Universidade Federal de Pernambuco
Recife, fevereiro de 2006
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Livros Grátis
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Agradecimentos
Primeiramente a Deus, por ter permitido que eu conquistasse mais esta dif´ıcil
etapa da minha vida.
`
A professora Audrey Cysneiros, pela incr´ıvel paciˆencia, apoio e excelente ori-
enta¸ao na elabora¸ao desta disserta¸ao. Mais ainda, pela dedica¸ao incondi-
cional na trajet´oria final deste trabalho.
Ao professor Francisco Cribari, pela enorme contribui¸ao dada a minha for-
ma¸ao acadˆemica desde a gradua¸ao at´e o presente momento. E pela orienta¸ao
e leitura cuidadosa deste trabalho.
Aos meus pais Carlos e Joselene, que contribu´ıram de forma incondicional para
a minha forma¸ao moral e acadˆemica durante toda minha vida. E tamb´em aos
meus irm˜aos Petterson e arcio, por tudo que os compartilhamos juntos.
Ao meu tio Jos´e Emiliano (in memorian), que sempre esteve muito presente na
minha vida. Tamb´em pela amizade, incentivo e pelas boas horas de discontra¸ao.
A todos os meus companheiros do Mestrado, principalmente aos meus grandes
amigos Renata, Tiago, Milena e Daniela pela amizade compartilhada durante
estes dois anos de luta.
Aos meus grandes amigos Luiz Henrique e Marcela Verˆonica, que sempre
me apoiaram e me incentivaram nos momentos mais dif´ıceis.
A todos os professores e funcion´arios do Departamento de Estat´ıstica, em especial
`a Val´eria e `as professoras Jacira Guiro Marino e Cl´audia Lima.
`
A CAPES, pelo apoio financeiro.
i
Resumo
A presente disserta¸ao desenvolve ajustes para a fun¸ao de verossimilhan¸ca per-
filada na distribui¸ao Birnbaum-Saunders. Consideramos os ajustes da fun¸ao de ve-
rossimilhan¸ca perfilada propostos por Cox e Reid (1987) e Barndorff-Nielsen (1983).
No que diz respeito ao parˆametro de interesse, estas vers˜oes modificadas da fun¸ao de
verossimilhan¸ca foram obtidas para os parˆametros de forma e escala da distribui¸ao.
Obtivemos tamem os estimadores de axima verossimilhan¸ca perfilados modifica-
dos a partir da maximiza¸ao das vers˜oes ajustadas da fun¸ao de verossimilhan¸ca.
Em seguida, realizamos diversas simula¸oes envolvendo os diferentes estimadores.
Adicionalmente, avaliamos numericamente o comportamento dos testes da raz˜ao de
verossimilhan¸cas baseados nas fun¸oes de verossimilhan¸cas perfiladas modificadas
de Cox e Reid e Barndorff-Nielsen em amostras finitas. Tanto os testes quanto
os estimadores baseados nas vers˜oes modificadas da verossimilhan¸ca perfilada que
foram desenvolvidas neste trabalho apresentaram desempenhos superiores `as suas
contrapartidas ao-modificadas. Por fim, realizamos duas aplica¸oes emp´ıricas.
ii
Abstract
This dissertation obtains adjustments to the profile likelihood function of the
Birnbaum-Saunders distribution. We consider the adjustments proposed by Cox and
Reid (1987) and by Barndorff-Nielsen (1983). The modified versions of the likelihood
function were obtained for both the shape and the scale parameter. We obtained
the modified profile maximum likelihood estimators through maximization of the
adjusted likelihood functions. We have performed several simulations envolving the
different estimators. Moreover, we have numerically evaluated the finite-sample per-
formance of likelihood ratio tests based on the mo dified profile likelihood funtions.
The estimators and tests obtained from the adjusted profile likelihood functions dis-
played superior finite-sample behavior. Finally, we present two empirical aplications.
iii
Sum´ario
1 Introdu¸ao 1
1.1 Introdu¸ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Organiza¸ao da disserta¸ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.3 Suporte computacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2 Verossimihan¸ca perfilada 4
2.1 Introdu¸ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.2 Defini¸oes asicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.3 Verossimilhan¸ca perfilada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.4 Ajustes para verossimilhan¸ca perfilada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.4.1 Verossimilhan¸ca perfilada de Barndorff-Nielsen . . . . . . . . . . . 10
2.4.2 Verossimilhan¸ca perfilada de Cox e Reid . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.4.3 Aproxima¸oes para a verossimilhan¸ca de Barndorff-Nielsen 16
3 Distribui¸ao Birnbaum-Saunders 20
3.1 Introdu¸ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.2 Defini¸oes asicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.3 Estima¸ao dos parˆametros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.4 Ajustes para a Birnbaum-Saunders . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4 Resultados num´ericos 32
4.1 Comportamento dos estimadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
4.2 Desempenhos dos testes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
5 Aplica¸oes 52
iv
5.1 Exemplo 1 - Fadiga do alum´ınio 6061-T6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
5.2 Exemplo 2 - Fadiga da chumaceira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
6 Conclus˜oes 55
Apˆendice A - alculo dos ajustes 57
Apˆendice B - Programa de simula¸ao 63
Referˆencias 75
v
Lista de quadros
4.1 Resultados de estima¸ao pontual para α, modelo indexado pelos
parˆametros α = 0,1, 0,5 e β = 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.2 Resultados de estima¸ao pontual para α, modelo indexado pelos
parˆametros α = 1, 2 e β = 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.3 Resultados de estima¸ao pontual para β, modelo indexado pelos
parˆametros β = 1 e α = 0,1, 0,5, 1 e 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4.4 Taxas de rejei¸ao (%) calculadas a partir de 10.000 amostras de
Monte Carlo geradas a partir de uma distribui¸ao Birnbaum-
Saunders com parˆamtros
β
= 1 e
α
= 0,1, 0,5, 1 e 2
. . . . . . . . . . . . .
39
4.5 M´edia e variˆancia de χ
2
1
, LR
p
, LR
CR
e LR
BN
para um modelo
indexado pelos parˆametros β = 1, α = 0,5 e n = 10 . . . . . . . . . . . . . 41
4.6 Quantis de χ
2
1
, LR
p
, LR
CR
e LR
BN
para um modelo indexado
pelos parˆametros β = 1, α = 0,5 e n = 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.7 N´umero de rejei¸oes em 100.000 amostras de Monte Carlo para
um modelo indexado pelos parˆametros β = 1, α = 0,5 e n = 10 . 42
4.8 Poderes dos testes calculados de 10.000 amostras de Monte Carlo
geradas a partir de uma distribui¸ao Birnbaum-Saunders com
parˆametros β = 1 e α = 0,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
4.9 Taxas de rejei¸ao (%) calculadas a partir de 10.000 amostras de
Monte Carlo geradas a partir de uma distribui¸ao Birnbaum-
Saunders com parˆametros β = 1 e α = 0,1, 0,5, 1 e 2 . . . . . . . . . . . . 46
4.10 M´edia e variˆancia de χ
2
1
, LR
p
, LR
CR
e LR
BN
para um modelo
indexado pelos parˆametros β = 1, α = 0,5 e n = 10 . . . . . . . . . . . . . 48
vi
4.11 Quantis de χ
2
1
, LR
p
, LR
CR
e LR
BN
para um modelo indexado
pelos parˆametros β = 1, α = 0,5 e n = 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
4.12 N´umeros de rejei¸oes em 10.0000 amostras de Monte Carlo para
um modelo indexado pelos parˆametros β = 1, α = 0,5 e n = 10 . 48
4.13 Poderes dos testes calculados de 10.000 amostras de Monte Carlo
geradas a partir de uma distribui¸ao Birnbaum-Saunders com pa-
ametros β = 1 e α = 0,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
5.1 N´umero de ciclos at´e a falha da amina do alum´ınio 6061 - T6 . . 53
5.2 Tempo de fadiga em horas das chumaceiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
vii
Lista de figuras
3.1 Gr´aficos das fun¸oes de densidade (a) e de distribui¸ao acumulada
(b) Birnbaum-Saunders para β = 4 e diferentes valores do parˆame-
tro α . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.2 Gr´afico da fun¸ao de taxas de falhas da Birnbaum-Saunders para
β = 4 e diferentes valores do parˆametro α . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
4.1 Gr´afico das discrepˆancias relativas de quantis em rela¸ao a α
(n = 10,α = 0,5 e β = 1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
4.2 Gr´afico das discrepˆancias relativas de n´ıveis descritivos em rela¸ao
a α (n = 10, α = 0,5 e β = 1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
4.3 Gr´afico das discrepˆancias relativas de quantis em rela¸ao a α
(n = 10,α = 0,5 e β = 1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
4.4 Gr´afico das discrepˆancias relativas de n´ıveis descritivos em rela¸ao
a α (n = 10, α = 0,5 e β = 1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
viii
Cap´ıtulo 1
Introdu¸c˜ao
1.1 Introdu¸ao
Birnbaum e Saunders (1969a) propuseram uma distribui¸ao para modelagem do
tempo de falha de materiais e equipamentos. Esta distribui¸ao, que ficou conhecida
como distribui¸ao Birnbaum-Saunders, vem sendo largamente utilizada em engenha-
ria como uma forma eficaz de modelar desgastes estoasticos em geral. Ela tem ainda
assumido um papel de destaque na modelagem do tempo de falha de processos de
fadiga. A distribui¸ao Birnbaum-Saunders ´e definida pelos seus parˆametros de forma
e escala.
´
E comum que inferˆencias para um determinado modelo envolvam apenas alguns,
mas ao todos os parˆametros do modelo. Nestes casos dizemos que os parˆametros
envolvidos ao parˆametros de interesse, enquanto que os demais ao chamados de
parˆametros de perturbao. Para a distribui¸ao Birnbaum-Saunders, por se tratar
de uma distribui¸ao biparam´etrica, podemos considerar dois casos. O primeiro caso
ocorre quando o parˆametro de forma ´e o parˆametro de interesse e o parˆametro de
escala ´e o parˆametro de perturba¸ao. No segundo caso, a situa¸ao ´e inversa, ou seja,
os parˆametros de escala e de forma da distribui¸ao ao considerados como parˆametros
de interesse e de perturba¸ao, respectivamente.
Inferˆencias em um determinado modelo envolvendo parˆametros de perturba¸ao
podem ser feitas atrav´es da fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada. Esta verossimi-
lhan¸ca pode ser obtida substituindo o parˆametro de perturba¸ao por uma estimativa
consistente na verossimilhan¸ca original. A fun¸ao resultante depender´a, portanto,
apenas do parˆametro de interesse. Algumas propriedades asicas das fun¸oes de
1
verossimilhan¸ca ao ao alidas para a verossimilhan¸ca perfilada, dado que esta ao
´e uma verossimilhan¸ca genu´ına. Alguns problemas inferenciais, como, por exem-
plo, ineficiˆencia e inconsistˆencia dos estimadores, podem surgir quando utilizamos a
fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada. Dessa forma, torna-se necess´ario obter ajustes
para a verossimilhan¸ca perfilada com o intuito de minimizar estes problemas.
Na literatura, existem arias modifica¸oes para a fun¸ao de verossimilhan¸ca perfi-
lada propostas por diversos autores, ver Barndorff-Nielsen (1983, 1994), Cox e Reid
(1987, 1992), McCullagh e Tibshirani (1990) e Stern (1997). Estas modifica¸oes
consistem na incorpora¸ao de um termo `a verossimilhan¸ca perfilada anteriormente `a
estima¸ao e em o efeito de diminuir os vieses da fun¸ao escore e da informa¸ao.
A principal contribui¸ao deste trabalho reside na obten¸ao de alguns destes ajus-
tes para a fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada da distribui¸ao Birnbaum-Saunders,
considerando as duas situa¸oes no que diz respeito ao parˆametro de interesse. Rea-
lizamos diversas simula¸oes com o intuito de comparar a efic´acia dos ajustes consi-
derados.
1.2 Organiza¸ao da disserta¸ao
A presente disserta¸ao de mestrado est´a dividida em seis cap´ıtulos. No se-
gundo cap´ıtulo, apresentamos uma revis˜ao de alguns conceitos asicos relacionados
`a inferˆencia estat´ıstica, como por exemplo fun¸ao de verossimilhan¸ca, estima¸ao de
parˆametros e testes de hip´oteses. Al´em disso, apresentamos a defini¸ao de fun¸ao
de verossimilhan¸ca perfilada, suas propriedades e as modifica¸oes propostas por
Barndorff-Nielsen (1983), Cox e Reid (1987) e Severini (1998, 1999).
No terceiro cap´ıtulo, apresentamos uma breve introdu¸ao sobre a distribui¸ao
Birnbaum-Saunders. Em seguida, desenvolvemos ajustes para a fun¸ao de veros-
similhan¸ca perfilada desta distribui¸ao considerando os casos em que temos como
parˆametro de interesse o parˆametro de forma e tamb´em o parˆametro de escala. ao
apresentados testes da raz˜ao de verossimilhan¸cas baseados nos ajustes obtidos. No
quarto cap´ıtulo, com base em simula¸oes de Monte Carlo, avaliamos os comporta-
2
mentos dos testes da raz˜ao verossimilhan¸cas e tamb´em dos estimadores de axima
verossimilhan¸ca baseados nas fun¸oes de verossimilhan¸ca perfilada ajustadas obti-
das no Cap´ıtulo 3. No quinto cap´ıtulo, aplicamos os desenvolvimentos apresentados
neste trabalho a dois conjuntos de dados reais e comparamos os resultados obtidos
no que diz respeito `a estima¸ao dos parˆametros e a testes de hip´oteses. Por fim,
no sexto cap´ıtulo, apresentamos as conclus˜oes finais de todos os resultados obtidos
neste trabalho.
1.3 Suporte computacional
As simula¸oes computacionais realizadas ao longo desta disserta¸ao foram feitas
utilizando a vers˜ao 3.30 da linguagem matricial Ox de programa¸ao para o sis-
tema operacional Windows. A linguagem Ox est´a dispon´ıvel gratuitamente para
uso acadˆemico no endere¸co http://www.doornik.com. Trata-se de uma linguagem
orientada a objetos com sintaxe similar `as sintaxes das linguagens C e C++ de pro-
grama¸ao. Doornik e Ooms (2001) pode ser utilizado como documenta¸ao intro-
dut´oria. Mais detalhes sobre a linguagem Ox podem ser encontrados em Doornik
(2001) e em Cribari-Neto e Zarkos (2003).
As apresenta¸oes gr´aficas foram produzidas atraes do ambiente de programa¸ao
R, tendo sido utilizada a vers˜ao 2.0.1 para a plataforma Windows. R ´e um ambiente
integrado de softwares que possui grandes facilidades para manipula¸ao de dados,
gera¸ao de gr´aficos e modelagem estat´ıstica em geral. A linguagem e seus pacotes
podem ser obtidos gratuitamente no endere¸co http://www.r-project.org. Maiores
detalhes podem ser obtidos em Cribari-Neto e Zarkos (1999) e em Ihaka e Gentleman
(1996).
Por fim, a presente disserta¸ao foi digitada utilizando o sistema tipogr´afico
(Plain) T
E
X desenvolvido por Donald Knuth. Uma implementa¸ao do T
E
X para a
plataforma Windows (MikTeX) encontra-se dispon´ıvel em http://www.miktex.org.
Mais detalhes podem ser obtidos em Knuth (1986).
3
Cap´ıtulo 2
Verossimilhan¸ca perfilada
2.1 Introdu¸ao
Em muitas situa¸oes, desejamos realizar inferˆencias em um determinado mo-
delo envolvendo alguns, mas ao todos os parˆametros. Nesse caso, dizemos que
os parˆametros sobre os quais a inferˆencia ser´a feita ao de interesse e os demais
parˆametros ao de perturba¸ao. Quando o n´umero de parˆametros de perturba¸ao ´e
grande, pode ser mais adequado basear as inferˆencias sobre o parˆametro de interesse
em uma fun¸ao de verossimilhan¸ca marginal ou condicional, que ao verossimilhan-
¸cas genu´ınas. Entretanto, a constru¸ao destas verossimilhan¸cas pode ser feita apenas
quando o modelo tem uma estrutura particular, a saber, em fam´ılias exponenciais e
fam´ılias de grupo.
Uma outra solu¸ao ´e utilizar uma pseudo-verossimilhan¸ca, que ´e uma fun¸ao dos
dados que depende apenas do parˆametro de interesse, como se fosse uma verossi-
milhan¸ca genu´ına. A id´eia comumente utilizada ´e substituir o vetor de parˆametros
de perturba¸ao por uma estimativa consistente deste na verossimilhan¸ca original. A
fun¸ao resultante ´e conhecida como fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada. Esta fun¸ao
ao ´e deduzida de uma fun¸ao densidade e, portanto, ao ´e uma verossimilhan¸ca
genu´ına. Entretanto, possui propriedades interessantes que a fazem parecer com uma
verossimilhan¸ca verdadeira. De fato, a fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada pode ser
tratada como uma fun¸ao de verossimilhan¸ca genu´ına. Por´em, tal procedimento
pode conduzir a alguns problemas, como, por exemplo, inconsistˆencia e ineficiˆencia
dos estimadores. Usar a fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada assemelha-se a tratar o
parˆametro de perturba¸ao como se fosse conhecido.
´
E claro que isto ao ´e razo´avel
4
quando os dados ao fornecem muita informa¸ao sobre o parˆametro de perturba¸ao,
o que usualmente ocorre quando a dimens˜ao do vetor de parˆametros de perturba¸ao ´e
grande. Isto pode prejudicar a qualidade das aproxima¸oes envolvidas nas inferˆencias
que se baseiam em resultados assint´oticos. Portanto, ajustes para a fun¸ao de veros-
similhan¸ca perfilada ao necess´arios para reduzir os problemas provenientes do fato
desta fun¸ao ao ser uma fun¸ao de verossimilhan¸ca genu´ına.
Diversas modifica¸oes para a fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada e para es-
tat´ısticas da raz˜ao de verossimilhan¸cas derivadas de tal fun¸ao tˆem sido propostas.
Como exemplos de trabalhos recentes neste sentido, podemos mencionar Barndorff-
Nielsen (1983, 1994), Cox e Reid (1987,1992), McCullagh e Tibishirani (1990), Stern
(1997), Ferrari e Cribari-Neto (2002), Ferrari et al. (2004) e Cysneiros e Ferrari
(2006). Alguns ajustes para a fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada est˜ao descritos
em Severini (2000, Cap´ıtulo 9); ver tamb´em Pace e Salvan (1997, Cap´ıtulo 11).
Neste cap´ıtulo inicialmente apresentaremos uma revis˜ao de alguns conceitos
asicos relacionados a inferˆencia estat´ıstica, como, por exemplo, fun¸ao de veros-
similhan¸ca, estima¸ao e testes. Em seguida, na Se¸ao 2.3 apresentaremos a defini¸ao
de verossimilhan¸ca perfilada e suas propriedades. Na Se¸ao 2.4 apresentaremos as
vers˜oes modificadas da fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada propostas por Barndorff-
Neilsen (1983) e Cox e Reid (1987) e, tamb´em, aproxima¸oes para a verossimilhan¸ca
perfilada modificada de Barndorff-Nielsen.
2.2 Defini¸oes asicas
Suponha que y ´e o valor observado da vari´avel aleat´oria Y = (Y
1
, . . . , Y
n
)
asso-
ciada a um experimento aleat´orio, o qual ´e representado por um espa¸co de probabili-
dade (Ω, A, P), sendo o conjunto de todos os poss´ıveis resultados do experimento,
A um σalgebra de subconjuntos de e P uma medida de probabilidade definida nos
elementos de A . Suponha que Y seja caracterizada por uma fun¸ao de densidade ou
de probabilidade com forma anal´ıtica f(y; θ) conhecida, mas envolvendo um vetor
θ = (θ
1
, . . . , θ
n
)
de parˆametros desconhecidos. Seja Θ IR
p
o espa¸co param´etrico
5
representando o conjunto de valores poss´ıveis para o vetor θ. A fun¸ao f(y; θ) ´e
denominada fun¸ao do modelo estat´ıstico e define alguma fam´ılia F de distribui¸ao
de probabilidade.
A fun¸ao de verossimilhan¸ca ´e definida como sendo igual a fun¸ao modelo, em-
bora seja interpretada diferentemente como fun¸ao de θ para y conhecido. Assim,
L = L(θ) = L(θ; y), onde θ Θ.
Sejam Y
1
, . . . , Y
n
n vari´aveis aleat´orias independentes com fun¸ao de distribui¸ao
acumulada (f.d.a.) F (y
1
, . . . , y
n
|θ), onde θ Θ ´e desconhecido. A fun¸ao de veros-
similhan¸ca ´e L(θ) = f(y
1
, . . . , y
n
|θ). Note que se Y
1
, . . . , Y
n
ao vari´aveis aleat´orias
independentes, enao
L(θ) =
n
i=1
f(y
i
; θ).
Em muitas situa¸oes ´e mais conveniente trabalhar com o logaritmo da fun¸ao de
verossimilhan¸ca de θ, que ser´a denotado por
(θ) = (θ; y) = log L(θ).
O valor de θ que maximiza L(θ) em Θ, isto ´e, o valor
θ tal que L(
θ)=sup
θ Θ
L(θ),
´e chamado de estimativa de axima verossimilhan¸ca (EMV) de θ. Devido `a mono-
tonicidade da fun¸ao logaritmo, o valor de θ que maximiza a fun¸ao de verossimilhan-
¸ca L(θ; y) tamb´em maximiza (θ; y). Adicionalmente, no caso uniparam´etrico onde Θ
´e um intervalo da reta e (θ) ´e diferenci´avel, o estimador de axima verossimilhan¸ca
´e, na maioria dos casos, raiz da equa¸ao de verossimilhan¸ca
(
θ) = 0. Em exemplos
simples, a solu¸ao desta equa¸ao pode ser obtida explicitamente. Entretanto, em
situa¸oes mais complexas, tal solu¸ao deve ser obtida por procedimentos num´ericos.
A fun¸ao escore u(θ) ´e definida como
u(θ) =
θ
(θ).
Para garantir que o estimador de axima verossimilhan¸ca de θ seja consistente e
possua distribui¸ao limite conhecida, assumimos que a fun¸ao de verossimilhan¸ca
6
satisfaz `as condi¸oes usuais de regularidade (ver Cordeiro, 1992), o que implica que
E
θ
(θ)
= 0.
Em suma, o valor esperado da fun¸ao escore ´e sempre igual a zero. Um outro resul-
tado importante estabelece que quando as condi¸oes de regularidade ao satisfeitas
temos que
E
θ
θ
= E
2
θθ
.
Esta igualdade ´e conhecida como igualdade da informa¸ao.
A quantidade j(θ), denominada matriz de informa¸ao observada, ´e dada por
j = j(θ) =
2
(θ)
θθ
,
e a quantidade i(θ), denominada matriz de informa¸ao esp erada ou matriz de in-
forma¸ao de Fisher, ´e definida por
i = i(θ) = E{j(θ)}.
Assumimos que o vetor θ pode ser decomposto como θ = (τ, φ), onde τ tem di-
mens˜ao k e φ tem dimens˜ao p k. Assim, temos a matriz de informa¸ao observada
particionada
j = j(τ, φ) =
j
ττ
j
τφ
j
φτ
j
φφ
,
onde
j
ττ
=
2
(τ, φ)
ττ
, j
τφ
= j
φτ
=
2
(τ, φ)
τφ
e j
φφ
=
2
(τ, φ)
φ∂φ
.
Procedendo de forma an´aloga, temos para a matriz de informa¸ao esperada a seguinte
parti¸ao:
i = i(τ, φ) =
i
ττ
i
τφ
i
φτ
i
φφ
,
onde
i
ττ
= E
2
(τ, φ)
ττ
, i
τφ
= i
φτ
= E
2
(τ, φ)
τφ
e i
φφ
= E
2
(τ, φ)
φ∂φ
.
7
Em muitas situa¸oes estaremos interessados em testar hip´oteses sobre uma parte
do vetor de parˆametros θ, digamos H
0
: τ = τ
0
contra H
1
: τ = τ
0
. Podemos definir
a estat´ıstica da raz˜ao de verossimilhan¸cas como
LR(τ) = 2{(τ ,
φ) (τ,
φ(τ))},
onde τ ´e a estimativa de axima verossimilhan¸ca de τ e
φ(τ) ´e a estimativa de
axima verossimilhan¸ca de φ considerando τ fixado. A estat´ıstica da raz˜ao de
verossimilhan¸cas tem, sob a hip´otese nula, distribui¸ao assinotica χ
2
k
, onde k ´e a
dimens˜ao do vetor τ .
2.3 Verossimilhan¸ca perfilada
Seja um modelo param´etrico F = {f(y; θ), y A, θ Θ}, Θ IR
p
, sendo θ um
vetor de parˆametros desconhecidos de dimens˜ao p. Adotando a decomposi¸ao (τ, φ)
para o vetor param´etrico θ, suponha que inferˆencias para o modelo F envolvem ape-
nas o parˆametro τ. Os parˆametros τ e φ ao ditos ser de interesse e de perturba¸ao,
respectivamente.
A fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada pode ser obtida substituindo, na fun¸ao de
verossimilhan¸ca original, o vetor de parˆametros de perturba¸ao φ por sua estimativa
de axima verossimilhan¸ca para valores fixados do parˆametro de interesse denotada
por
φ
τ
.
Assim, podemos escrever
θ
τ
= (τ,
φ
τ
), onde
φ
τ
´e a solu¸ao em φ de
(τ)
φ
= 0.
A fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada ´e definida por
L
p
(τ) = L(τ,
φ
τ
).
Seja (τ, φ; y) o logaritmo da fun¸ao de verossimilhan¸ca, que ´e unicamente ma-
ximizado com rela¸ao aos parˆametros dado y. Supondo que a estimativa
φ
τ
´e ´unica,
o logaritmo da fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada para τ ´e definido como
p
(τ) = (τ,
φ
τ
; y) = sup
φ
(τ, φ; y).
8
A express˜ao acima sugere um procedimento de maximiza¸ao em duas etapas. A
primeira etapa consiste em achar o valor ´unico
φ
τ
que maximiza (τ, φ) com respeito
a φ supondo τ constante. A segunda etapa visa encontrar o valor de τ que maximiza
p
(τ) = log L
p
(τ).
Dessa forma, o estimador de axima verossimilhan¸ca p erfilado τ
p
´e obtido no
caso continuamente diferenci´avel como solu¸ao da equa¸ao
p
(τ)
τ
= 0.
A matriz de informa¸ao observada perfilada do parˆametro de interesse τ ´e defi-
nida de forma an´aloga `a matriz de informa¸ao observada j(θ), isto ´e,
j
p
= j
p
(τ) =
2
p
(τ)
ττ
.
A fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada L
p
(τ) ao ´e uma fun¸ao de verossimilhan¸ca
genu´ına. Em particular, algumas propriedades alidas para a fun¸ao de verossimi-
lhan¸ca ao ao satisfeitas para a fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada, tais como as
propriedades que garantem que a esperan¸ca da fun¸ao escore ´e sempre nula e que a
identidade da informa¸ao ao apresenta v´ıcio. Isto ´e, as igualdades
E{u
p
(τ)} = 0 e E
u
p
(τ)u
p
(τ)
+ E
u
p
(τ)
τ
= 0,
onde u
p
(τ) =
p
(τ)/∂τ ´e a fun¸ao escore perfilada associada a L
p
(τ), ao ao sempre
satisfeitas para a fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada.
A estat´ıstica da raz˜ao de verossimilhan¸cas perfiladas usada para testar hip´oteses
sobre τ, com φ desconhecido, ou seja, testar H
0
: τ = τ
0
contra H
1
: τ = τ
0
, ´e
LR
p
= 2 {
p
(τ)
p
(τ)}
= 2
(τ,
φ) (τ,
φ
τ
)
.
Quando as condi¸oes usuais de regularidade ao satisfeitas, a distribui¸ao assinotica
de LR
p
sob a hip´otese nula ´e χ
2
k
, onde o n´umero de graus de liberdade k ´e a dimens˜ao
do vetor τ .
´
E interessante notar que a estat´ıstica da raz˜ao de verossimilhan¸cas LR
9
´e proporcional `a diferen¸ca entre os logaritmos de duas fun¸oes de verossimilhan¸cas
perfiladas maximizadas.
2.4 Ajustes para verossimilhan¸ca perfilada
Por causa de sua irrestrita aplicabilidade, a verossimilhan¸ca perfilada desem-
penha um papel fundamental na inferˆencia estat´ıstica em problemas com parˆametros
de perturba¸ao. Ela ´e uma ferramenta atraente para realizar inferˆencias sobre o
parˆametro de interesse τ devido `as semelhan¸cas existentes com a fun¸ao de veros-
similhan¸ca original. Infelizmente, ela ao usufrui de todas as propriedades de uma
verossimilhan¸ca genu´ına. Usar L
p
(τ) ´e agir como se φ fosse conhecido e igual a
φ
τ
.
Isto pode ao ser razo´avel quando os dados ao conem muita informa¸ao sobre φ,
fato que usualmente acontece quando a dimens˜ao do parˆametro φ ´e grande.
´
E por
esta raz˜ao que se faz necess´ario ajustar a fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada de
alguma forma. Diversas aproxima¸oes para as fun¸oes de verossimilhan¸ca marginal
e condicional podem ser expressas em termos da verossimilhan¸ca perfilada, dando
origem a verossimilhan¸cas perfiladas modificadas. A seguir apresentaremos os ajustes
propostos por Barndorff-Nielsen (1983) e Cox e Reid (1987, 1993) e tamb´em apro-
xima¸oes para verossimilhan¸ca perfilada modificada propostas por Severini (1998,
1999).
2.4.1 Verossimilhan¸ca perfilada modificada de Barndorff-Nielsen
A fun¸ao de verossimilhan¸ca p erfilada modificada introduzida por Barndorff-
Nielsen (1983) pode ser derivada como uma aproxima¸ao para uma verossimilhan¸ca
marginal ou condicional para τ, quando uma destas existir. Isto ´e feito com base
na ormula p
, que ´e uma aproxima¸ao para a fun¸ao de densidade condicional do
estimador de axima verossimilhan¸ca do vetor de parˆametros do modelo dada uma
estat´ıstica ancilar. Seja uma fun¸ao de verossimilhan¸ca L(θ; s) associada a um mode-
lo estat´ıstico hipot´etico com o vetor param´etrico θ e seja s uma estat´ıstica suficiente
10
minimal para θ, onde s ressalta a depedˆencia desta fun¸ao das observoes da vari´avel
modelada. A express˜ao de p
´e dada por
p
(
θ|a; θ) = c(θ, a)|j(θ;
θ, a)|
1/2
L(θ;
θ, a)
L(
θ;
θ, a)
,
onde a ´e uma estat´ıstica ancilar,
θ ´e o estimador de axima verossimilhan¸ca de θ ,
(
θ, a) ´e uma fun¸ao um-a-um de s e j(θ;
θ, a) =
2
log L(θ;
θ, a)/∂θ
2
´e a informa¸ao
observada. Esta aproxima¸ao tem erro relativo de ordem O(n
3/2
) para
θ = θ +
O
p
(n
1/2
). Pode-se mostrar que a constante de proporcionalidade c(θ, a) ´e igual
a (2π)
dimθ/2
(1 + O(n
1
)) (Pace e Salvan, 1997, Cap´ıtulo 11), em que dimθ ´e a
dimens˜ao do vetor param´etrico θ; esta constante ´e muitas vezes tomada como sendo
(2π)
dimθ/2
, obtendo-se assim uma aproxima¸ao para p
(
θ|a; θ) de ordem O(n
1
).
Para derivar a fun¸ao de verossimilhan¸ca proposta por Barndorff-Nielsen (1983,
1994), ´e necess´aria a existˆencia de uma estat´ıstica a
0
tal que, quando τ ´e considerado
fixo, (φ
τ
, a
0
) ´e suficiente minimal e a
0
´e ancilar. Ou seja, a distribui¸ao de a
0
pode
depender de τ mas ao de φ.
Inicialmente consideraremos tal fun¸ao como aproxima¸ao de uma verossimi-
lhan¸ca marginal. Suponha que (τ,
φ, a) ´e uma transforma¸ao um a um da estat´ıstica
suficiente minimal do modelo. Aqui, τ e
φ ao os estimadores de axima verossi-
milhan¸ca de τ e φ, respectivamente, e a ´e uma estat´ıstica ancilar. Assuma tamb´em
que, fixado τ, τ seja ancilar, portanto, sua distribui¸ao ao depende de φ. Observe
que a distribui¸ao condicional de τ dado a pode ser expressa por
p(τ|a; τ) =
p(τ,
φ|a; τ, φ)
p(
φ|τ, a; τ, φ)
. (2.1)
A densidade p(τ,
φ|a; τ, φ) pode ser aproximada pela ormula p
. Assim, temos
p
(τ,
φ|a; τ, φ) = c
1
(τ, φ, a)|j(τ,
φ; τ,
φ, a)|
1/2
L(τ, φ; τ,
φ, a)
L(τ,
φ; τ,
φ, a)
. (2.2)
A densidade condicional de
φ dado (τ, a) pode ser aproximada usando p
para a-
proximar a densidade condicional de
φ
τ
dado (τ, a) no modelo com τ fixado, trans-
formando esta aproxima¸ao em uma aproxima¸ao para a densidade condicional de
φ.
11
Aplicando a ormula p
para o modelo com τ fixado temos
p
(
φ
τ
|τ, a; τ, φ) = c
2
(τ, φ, a)|j
φφ
(τ,
φ
τ
; τ,
φ
τ
, a)|
1/2
L(τ, φ; τ,
φ
τ
, a)
L(τ,
φ
τ
; τ,
φ
τ
, a)
,
em que j
φφ
(τ,
φ
τ
; τ,
φ
τ
, a) =
2
(τ, φ; τ,
φ
τ
, a)/∂φ
2
avaliada em (τ,
φ
τ
). Em segui-
da, realizando uma mudan¸ca de vari´avel na express˜ao acima, obt´em-se
p
(
φ|τ, a; τ, φ) = c
2
(τ, φ, a)|j
φφ
(τ,
φ
τ
; τ,
φ, a)|
1/2
L(τ, φ; τ,
φ, a)
L(τ,
φ
τ
; τ,
φ, a)
φ
τ
φ
. (2.3)
Agora, substituindo as densidades p(τ,
φ|a; τ, φ) e p(
φ|τ, a; τ, φ) por suas express˜oes
aproximadas (2.2) e (2.3) na equa¸ao (2.1), obtemos a fun¸ao de verossimilhan¸ca
perfilada modificada proposta por Barndorff-Nielsen:
L
BN
(τ) =
φ
τ
φ
1
|j
φφ
(τ,
φ
τ
)|
1/2
L
p
(τ),
em que L
p
(τ) ´e a verossimilhan¸ca perfilada de τ, j
φφ
(τ,
φ
τ
) ´e a informa¸ao observada
correspondente a φ quando τ ´e fixado,
φ
τ
/∂
φ ´e a matriz de derivadas parciais de
φ
τ
em rela¸ao a
φ e as barras representam o determinante.
Esta aproxima¸ao da fun¸ao de verossimilhan¸ca marginal possui erro de ordem
O(n
3/2
) quando comparada com a fun¸ao de verossimihan¸ca marginal exata, caso
esta exista. Tomando o logaritmo de L
BN
obt´em-se
BN
(τ) =
p
(τ) log
φ
τ
φ
1
2
log |j
φφ
(τ,
φ
τ
; τ,
φ, a)|.
O ponto de aximo de
BN
(τ) ser´a indicado por τ
BN
e u
BN
(τ) =
BN
(τ)/∂τ
denotar´a a fun¸ao escore correspondente.
O jacobiano
φ
τ
φ
pode ser expresso em termos de uma derivada do espa¸co amostral do logaritmo da
fun¸ao de verossimilhan¸ca. Observe que
φ
τ
satisfaz
(τ,
φ
τ
; τ,
φ, a)
φ
= 0.
12
Diferenciando esta express˜ao com rela¸ao a
φ, produz-se a igualdade
2
(τ,
φ
τ
)
2
φ
φ
τ
φ
+
φ
(τ,
φ
τ
)
φ
= 0.
Logo,
φ
τ
φ
= j
φφ
(τ,
φ
τ
; τ,
φ, a)
1
l
φ;
φ
(τ,
φ
τ
; τ,
φ, a).
Para derivar a verossimilhan¸ca perfilada modificada como uma aproxima¸ao para
uma fun¸ao de verossimilhan¸ca condicional precisamos que, fixado τ , (
φ
τ
, a) seja
suficiente para o modelo. A fun¸ao de verossimilhan¸ca condicional pode ser baseada
em
p(τ|
φ, a; τ, φ) =
p(τ,
φ|a; τ, φ)
p(
φ|a; τ, φ)
.
Uma aproxima¸ao para esta densidade condicional pode ser obtida aproximando
as densidades p(τ,
φ|a; τ, φ) e p(
φ|a; τ, φ) atraes da aproxima¸ao p
. Assim, de forma
an´aloga ao procedimento anterior podemos obter L
BN
(τ).
2.4.2 Verossimilhan¸ca perfilada modificada de Cox e Reid
Cox e Reid (1987) definiram uma vers˜ao modificada da verossimilhan¸ca perfi-
lada explorando as conseq¨uˆencias de ortogonalidade entre os parˆametros de interesse
e de perturba¸ao. Esta vers˜ao modificada ´e uma aproxima¸ao para a fun¸ao den-
sidade condicional das observoes dado o estimador de axima verossimilhan¸ca
do parˆametro de perturba¸ao. Seja θ = (τ, φ) o vetor param´etrico para um modelo
estat´ıstico com fun¸ao de verossimilhan¸ca L(τ, φ). As componentes τ e φ de θ ao or-
togonais se as componentes do vetor escore ao assintoticamente ao-correlacionadas
ou, equivalentemente, se i
τφ
= 0.
A principal conseq¨encia da ortogonalidade dos parˆametros ´e a independˆencia
assinotica dos estimadores de axima verossimilhan¸ca de τ e φ. Dessa forma, a
matriz de covariˆancia de τ pode ser avaliada como se φ fosse conhecido. De fato,
i
ττ
= (i
ττ
i
τφ
(i
φφ
)
1
i
φτ
)
1
= (i
ττ
)
1
se i
τφ
= 0.
13
Uma outra conseq ¨uˆencia importante ´e que
φ
τ
φ = O
p
(n
1
), enquanto que usual-
mente
φ
τ
φ = O
p
(n
1/2
). O logaritmo da fun¸ao de verossimilhan¸ca pode ser
expandido em s´erie de Taylor em torno de (τ,
φ) como
(θ) =(
θ)
1
2
(τ τ)
2
j
ττ
(τ,
φ) + 2(τ τ)(φ
φ)j
τφ
(τ,
φ) + (φ
φ)
2
j
φφ
(τ,
φ)
+ O
p
(n
1/2
).
(2.4)
Se τ e φ ao ortogonais, j(τ, φ) e j(τ,
φ) ao de ordem O
p
(n
1/2
). Portanto,
(τ, φ) = c
1
2
(τ τ)
2
j
ττ
(τ,
φ)
1
2
(φ
φ)
2
j
φφ
(τ,
φ) + O
p
(n
1/2
)
=
1
(τ) +
2
(φ) + O
p
(n
1/2
)
para θ =
θ + O
p
(n
1/2
), onde c ´e uma constante que ao envolve os parˆametros. De
(2.4), sob ortogonalidade dos parˆametros, temos que
(τ,
φ) = (τ, φ)
1
2
(τ τ)
2
j
ττ
(τ,
φ) + (φ
φ)
i
φφ
(τ, φ)(φ
φ)
+ O
p
(n
1/2
).
Portanto, a verossimilhan¸ca condicional dado
φ pode ser aproximada por
log p(y|
φ; τ) = c(y) + (τ, φ)
1
2
log |j
φφ
(τ, φ )| +
1
2
(
φ φ)
(j
φφ
)
1
(
φ φ).
Esta fun¸ao ao ´e independente de φ, pois a suficiˆencia parcial de
φ para φ ´e somente
observada assintoticamente; portanto, uma aproxima¸ao foi utilizada. Uma solu¸ao
natural ´e substituir φ por
φ
τ
. Atraes deste procedimento e dado que
φ
τ
φ =
O
p
(n
1
), a forma quadr´atica (
φ
φ
τ
)
(j
φφ
)
1
(
φ
φ
τ
) tem ordem O
p
(n
1
) e pode
ser desconsiderada.
Assim, o logaritmo da fun¸ao de verossimilhan¸ca proposta por Cox e Reid (1987)
´e dado por
CR
(τ) = (τ,
φ
τ
)
1
2
log |j
φφ
(τ,
φ
τ
)|, (2.5)
em que j
φφ
(τ,
φ
τ
) ´e a informa¸ao observada correspondente a φ quando τ ´e fixado.
Esta ´e uma vers˜ao penalizada do logaritmo da fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada,
onde a penaliza¸ao leva em conta a informa¸ao sobre o parˆametro de perturba¸ao.
14
A fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada modificada proposta por Cox e Reid (1987)
pode ser obtida aplicando a fun¸ao inversa aos dois membros da igualdade (2.5),
assim obtemos:
L
CR
(τ) = |j
φφ
(τ,
φ
τ
)|
1/2
L
p
(τ).
A correspondente fun¸ao escore ´e dada por u
CR
(τ) =
CR
(τ)/∂τ. O valor que
maximiza
CR
(τ) ser´a denotado por τ
CR
.
A obten¸ao da fun¸ao
CR
(τ) requer a ortogonalidade dos parˆametros τ e φ.
Quando esta condi¸ao ao ´e satisfeita precisamos encontrar uma reparametriza¸ao
do tipo (τ, λ(τ, φ)), onde τ e λ sejam ortogonais. Por´em, nem sempre ´e poss´ıvel
encontrar tal reparametriza¸ao, exceto para o caso em que o parˆametro de interesse
´e escalar.
Assim, consideraremos o caso em que τ ´e um escalar e que φ = (φ
1
, . . . , φ
q
) ´e um
vetor de parˆametros. Estamos interessados em encontrar uma parametriza¸ao (τ, λ),
com λ = λ(τ, φ) = (λ
1
(τ, φ), . . . , λ
q
(τ, φ)), tal que τ e λ sejam ortogonais. Denotamos
por
(τ, λ) o logaritmo da fun¸ao de verossimilhan¸ca na nova parametriza¸ao, i.e.,
(τ, λ ) = (τ, φ(τ, λ)).
Diferenciando os dois lados da igualdade acima com respeito a τ, temos
τ
=
τ
+
q
r=1
φ
r
φ
r
τ
.
Diferenciando com respeito a λ
m
, obtemos
2
τλ
m
=
q
h=1
2
τφ
h
φ
h
λ
m
+
q
r=1
q
h=1
2
φ
r
φ
h
φ
h
λ
m
φ
r
τ
+
q
r=1
φ
r
2
φ
r
τλ
m
, (2.6)
para m = 1, . . . , q.
A parametriza¸ao (τ, λ) deve satisfazer
E
2
τλ
m
= 0,
para m = 1, . . . , q. Tomando o valor esperado de ambos os lados de (2.6) ob-
servamos que a contribui¸ao do terceiro termo do lado direito da equa¸ao ´e nula,
15
pois E {/∂φ
r
} = 0 para todo r = 1, . . . , q. Assim, podemos concluir que a
parametriza¸ao (τ, λ) deve satisfazer o seguinte sistema de equa¸oes diferenciais par-
ciais:
q
h=1
φ
h
λ
m
i
τφ
h
+
q
r=1
i
φ
r
φ
h
φ
r
τ
= 0, m = 1 , . . . , q,
isto ´e,
q
r=1
i
φ
r
φ
h
φ
r
τ
= i
τφ
h
, h = 1, . . . , q,
onde
i
τφ
h
= E
2
τφ
h
e i
φ
r
φ
h
= E
2
φ
r
φ
h
.
Se τ = (τ
1
, τ
2
), podemos calcular independentemente φ
r
/∂τ
1
e φ
r
/∂τ
2
atrav´es
destas equa¸oes, por´em ao a garantia de que a condi¸ao de compatibilidade
2
φ
r
/
τ
1
τ
2
=
2
φ
r
/∂τ
2
τ
1
ser´a satisfeita. Assim, fica claro porque, em geral, ao ´e
poss´ıvel obter ortogonalidade entre os parˆametros quando o parˆametro de interesse
ao ´e escalar.
Uma outra desvantagem na utiliza¸ao de
CR
(τ) ´e que esta fun¸ao ao ´e invari-
ante sob reparametriza¸oes do tipo (τ, φ) (ζ, λ), onde ζ = ζ( τ ) e λ = λ(τ, φ),
diferentemente de L
BN
(τ).
2.4.3 Aproxima¸oes para a verossimilhan¸ca de Barndorff-Nielsen
Na Se¸ao 2.4.1 vimos que a fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada modificada pro-
posta por Barndorff-Nielsen depende da quantidade
φ
τ
φ
1
, onde
φ
τ
φ
= j
φφ
(τ,
φ
τ
; τ,
φ, a)
1
φ;
φ
(τ,
φ
τ
; τ,
φ, a).
A quantidade
φ;
φ
(τ,
φ
τ
; τ,
φ, a) ´e uma derivada relativa ao espa¸co amostral,
sendo na maioria das situa¸oes de dif´ıcil (ou at´e mesmo imposs´ıvel) obten¸ao. Para
lidar com esta dificuldade diversas aproxima¸oes para a derivada do espa¸co amostral
16
do logaritmo da fun¸ao de verossimilhan¸ca tˆem sido propostas. Nesta se¸ao apre-
sentaremos duas destas aproxima¸oes: uma baseada nas covariˆancias de derivadas do
logaritmo da fun¸ao de verossimilhan¸ca e a outra baseada em covariˆancias emp´ıricas.
Inicialmente desenvolveremos uma aproxima¸ao para
θ;
θ
(θ; θ
0
, a) com base nas
covariˆancias das derivadas do logaritmo da fun¸ao de verossimilhan¸ca. Para tanto,
definimos
I(θ; θ
0
) = E[
θ
(θ)
θ
(θ
0
)
T
; θ
0
].
Utilizaremos a nota¸ao
θ
(θ) =
θ
(θ;
θ, a) =
(θ;
θ, a)
θ
e
θ;
θ
(θ) =
θ;
θ
(θ;
θ, a) =
θ
(θ;
θ, a)
θ
.
Para θ = θ
0
+ δ/
n,
θ;
θ
0
(θ; θ
0
, a)
θ
0
;
θ
0
(θ
0
; θ
0
, a) = I(θ; θ
0
) I(θ
0
; θ
0
) + O(1)
e, assim,
I(θ; θ
0
) +
θ
0
;
θ
0
(θ
0
; θ
0
, a) I(θ
0
; θ
0
) = I(θ; θ
0
) + j(θ
0
) i(θ
0
)
= I(θ; θ
0
) + i(θ
0
){i(θ
0
)
1
j(θ
0
) D}
= I(θ; θ
0
) + {I(θ; θ
0
) + O(n
1/2
)}
× {i(θ
0
)
1
j(θ
0
) D}
= I(θ; θ
0
)i(θ
0
)
1
j(θ
0
) + O(1),
onde D denota a matriz identidade. Observe que usamos o fato de que
θ;
θ
(θ; θ, a) =
θθ
(θ; θ, a) = j(θ).
Este resultado ´e obtido derivando a igualdade
θ
(
θ;
θ, a) = 0 com rela¸ao a
θ e
avaliando em
θ = θ; assim, tem-se que
θ
(θ; θ, a) +
θ;
θ
(θ; θ, a) = 0.
Tamb´em foram usadas as expans˜oes
i(θ
0
) = I(θ; θ
0
) + O(n
1/2
) e i(θ
0
)
1
j(θ
0
) = D + O(n
1/2
).
17
Dessa forma,
θ;
θ
0
(θ; θ
0
, a) pode ser aproximado por I(θ; θ
0
)i(θ
0
)
1
j(θ
0
).
Assim, fazendo θ
0
=
θ, uma aproxima¸ao para
θ;
θ
(θ) com erro relativo de ordem
O(n
1/2
) ´e dada por
¯
θ;
θ
(θ) = I(θ;
θ)i(
θ)
1
j(
θ).
Como i(
θ)
1
j(
θ) = D + O
p
(n
1/2
), costuma-se utilizar
¯
θ;
θ
(θ) = I(θ;
θ).
Este m´etodo de aproxima¸ao foi usado por Skovgaard (1996) e Severini (1998);
ver tamb´em Barndorff-Nielsen (1995).
Utilizando um argumento an´alogo,
φ;
φ
(τ,
φ
τ
) pode ser aproximado por I
φ
(
θ
τ
;
θ),
onde
I
φ
(θ; θ
0
) = I
φ
(τ, φ; τ
0
, φ
0
) = E
(τ
0
0
)
φ
(τ, φ ) ,
φ
(τ
0
, φ
0
)
.
Assim, podemos aproximar
BN
(τ) por
¯
BN
(τ) =
p
(τ) +
1
2
log |j
φφ
(τ,
φ
τ
)| log |I
φ
(τ,
φ
τ
; τ,
φ)|.
em que
p
(τ) ´e a verossimilhan¸ca perfilada de τ, j
φφ
(τ,
φ
τ
) ´e a informa¸ao observada
correspondente a φ quando τ ´e fixado e as barras representam o determinante. Esta
aproxima¸ao tamb´em tem erro relativo de ordem O(n
1/2
). O correspondente esti-
mador de axima verossimilhan¸ca ser´a denotado por
¯τ
BN
e a fun¸ao escore, por
¯u
BN
(τ) =
¯
BN
(τ)/∂τ.
Supondo que os dados consistem de n observoes independentes, as covariˆancias
usadas em
¯
BN
(τ) podem ser subtitu´ıdas por covariˆancias emp´ıricas sem que a ordem
do erro de aproxima¸ao seja alterada. Este m´etodo de aproxima¸ao ´e baseado em
Severini (1999). Seja
(j)
(θ) o logaritmo da fun¸ao de verossimilhan¸ca baseado na
jesima observao; ent˜ao, (θ) =
(j)
(θ). Dessa maneira, I(θ; θ
0
) pode ser escrito
como
I(θ, θ
0
) = E
n
j=1
(j)
θ
(θ
0
)
(j)
θ
(θ)
e, conseq¨uentemente, aproximado por
˘
I(θ, θ
0
) =
n
j=1
(j)
θ
(θ
0
)
(j)
θ
(θ)
.
18
De maneira an´aloga, temos
˘
I
φ
(θ; θ
0
) =
˘
I
φ
(τ, φ; τ
0
, φ
0
) =
n
j=1
(j)
φ
(τ, φ),
(j)
φ
(τ
0
, φ
0
)
.
Inserindo
˘
I
φ
(τ, φ
τ
; τ,
φ) no lugar de I
φ
(τ, φ
τ
; τ,
φ) na aproxima¸ao
¯
BN
(τ) obte-
mos uma aproxima¸ao para
BN
(τ) baseada em covariˆancias emp´ıricas:
˘
BN
(τ) =
p
(τ) +
1
2
log |j
φφ
(τ,
φ
τ
)| log |
˘
I
φ
(τ,
φ
τ
; τ,
φ)|.
O correspondente estimador de axima verossimilhan¸ca ser´a denotado por
˘τ
BN
, a
fun¸ao escore associada sendo ˘u
BN
(τ) =
˘
BN
(τ)/∂τ. Esta aproxima¸ao ´e acil de
ser obtida numericamente, tornando-se bastante coveniente quando ao encontradas
dificuldades no alculo das esperan¸cas dos produtos de derivadas do logaritmo da
fun¸ao de verossimilhan¸ca.
19
Cap´ıtulo 3
Distribui¸c˜ao Birnbaum-Saunders
3.1 Introdu¸ao
A distribui¸ao Birnbaum-Saunders foi inicialmente proposta por Birnbaum e
Saunders (1969a) para modelar o tempo de falha de um material sujeito a uma
mesma configura¸ao de estresse de forma c´ıclica. A cada ciclo ocorre um aumento
na ruptura do material e a falha ocorre quando o tamanho da ruptura atinge um
valor limiar. Para chegar `a distribui¸ao, uma das suposi¸oes feitas por Birnbaum
e Saunders (1969a) foi que o tamanho da ruptura seguia uma distribui¸ao normal.
Entretanto, Desmond (1985) mostrou que uma variedade de distribui¸oes para o
tamanho da ruptura resulta em uma distribui¸ao Birnbaum-Saunders. Desmond
(1986) observou que outras suposi¸oes feitas por Birnbaum e Saunders (1969a) para
derivar a distribui¸ao tamem poderiam ser relaxadas.
A distribui¸ao Birnbaum-Saunders assumiu um importante papel na modelagem
do tempo de falha em processos de fadiga. Tamem vem sendo largamente utilizada
como um meio eficaz de modelar falhas de desgaste estoastico em geral.
Neste cap´ıtulo apresentaremos, de forma introdut´oria, a distribui¸ao Birnbaum-
Saunders, incluindo a sua fun¸ao densidade, fun¸ao de distribui¸ao acumulada e in-
ferˆencias sobre seus parˆametros. Em seguida, desenvolveremos ajustes para a fun¸ao
de verossimilhan¸ca perfilada para o caso em que temos como parˆametro de interesse
o parˆametro de forma e tamb´em quando o parˆametro de interesse ´e o parˆametro
de escala. Consideraremos os ajustes propostos p or Cox e Reid (1987, 1993) e por
Barndorff-Nielsen (1983). Apresentaremos alguns testes da raz˜ao de verossimilhan¸cas
baseados nos ajustes obtidos. Tamem avaliaremos o comp ortamento em amostras
20
finitas dos diferentes testes em rela¸ao a tamanho e a poder. Alguns trabalhos re-
centes sobre a distribui¸ao Birnbaum-Sauders ao Chang e Tang (1993, 1994), Lu e
Chang (1997), Dupuis e Mills (1998), Ng et al. (2003) e Wu e Wong (2004). Ver
tamb´em Johnson et al. (1995).
3.2 Defini¸oes asicas
Se T ´e uma vari´avel aleat´oria com distribui¸ao Birnbaum-Saunders, denotada
por BS(α, β), ent˜ao sua fun¸ao densidade de probabilidade (f.d.p.) ´e dada por
f(t; α, β) =
1
2
2παβ
β
t
1/2
+
β
t
3/2
exp
1
2α
2
t
β
+
β
t
2

, t, α, β > 0,
(3.1)
em que α ´e o parˆametro de forma e β ´e o parˆametro de escala. A correspondente
fun¸ao de distribui¸ao acumulada ´e
F (t; α, β) = Φ
1
α
t
β
1/2
β
t
1/2
, 0 < t < , α, β > 0, (3.2)
em que Φ denota a fun¸ao de distribui¸ao acumulada da normal padr˜ao.
As Figuras 3.1 (a) e (b) ilustram a fun¸ao de densidade e a fun¸ao de distribui¸ao
acumulada, respectivamente, para diferentes valores do parˆametros de forma con-
siderando o parˆametro de escala fixo (β = 4). Na Figura 3.1 (a), observamos que
a densidade (3.1) ´e assim´etrica `a direita. Entretanto, a medida que o valor de α
decresce, particularmente para valores menores que um, a densidade torna-se mais
sim´etrica. Na Figura 3.1 (b), observamos que para difentes escolhas do parˆametro α
as suas respectivas fun¸oes de distribui¸ao apresentam formas bem diferenciadas.
Mann et al. (1974, p. 155) mostraram que a fun¸ao de densidade Birnbaum-
Saunders ´e unimodal e, embora a taxa de falhas h(t ; α, β) = f(t; α, β)/[1F (t; α, β)]
ao seja uma fun¸ao crescente de t, a taxa de falhas m´edia ´e pr´oxima de uma fun¸ao
ao-decrescente em t. A Figura 3.2 apresenta a taxa de falhas para alguns valores
de α considerando β fixo (β = 4).
21
Figura 3.1 Gr´aficos das fun¸oes de densidade (a) e de distribui¸ao acumulada (b)
Birnbaum-Saunders para β = 4 e diferentes valores do parˆametro α.
0 2 4 6 8 10
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
(a) t
densidade
0 2 4 6 8 10
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0
(b) t
acumulada
α = 0.2
α = 0.5
α = 1.0
α = 1.5
α = 2.0
α = 3.0
Figura 3.2 Gr´afico da fun¸ao de taxas de falhas da Birnbaum-Saunders
para β = 4 e diferentes valores do parˆametro α.
0 2 4 6 8 10
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
t
h(t)
α = 0.4
α = 0.6
α = 0.8
α = 1.0
α = 1.4
α = 1.8
α = 2.2
22
Se T tem distribui¸ao Birnbaum-Saunders com parˆametros α e β, podemos con-
siderar a seguinte transforma¸ao monotˆonica:
X =
1
2
T
β
1/2
T
β
1/2
.
A partir de (3.2), temos que X tem distribui¸ao normal com edia zero e variˆancia
1
4
α
2
. Assim, n´umeros pseudo-aleat´orios provenientes de uma distribui¸ao Birnbaum-
Saunders podem ser gerados a partir de uma distribui¸ao normal atrav´es da rela¸ao
T = β{1 + 2X
2
+ 2X(1 + X
2
)
1/2
}.
Os momentos de T podem ser obtidos atrav´es da express˜ao abaixo, em que o
lado direito desta equa¸ao depende apenas de α, pois o parˆametro β ´e apenas um
multiplicador e ao afeta a forma da distribui¸ao. O valor esperado de (T)
r
´e
E

T
β
r
=
r
j=0
2r
2j
j
i=0
j
i
[2(r j + i)]
2
rj+i
(r j + i)
1
2
α
2(rj+i)
.
Usando a equa¸ao acima, a esperan¸ca, a variˆancia e os coeficientes de assimetria e
curtose podem ser obtidos facilmente como
E(T ) = β(1 +
1
2
α
2
),
V ar(T ) = (αβ)
2
(1 +
5
4
α
2
),
β
1
=
16α
2
(11α
2
+ 6)
(5α
2
+ 4)
3
e
β
2
= 3 +
6α
2
(93α
2
+ 41)
(5α
2
+ 4)
2
,
respectivamente. A distribui¸ao Birnbaum-Saunders possui algumas propriedades
interessantes. O parˆametro de escala β ´e a mediana da distribui¸ao pois F
T
(β) =
Φ(0) = 1/2. Para qualquer constante k > 0, tem-se que kT BS(α, kβ). Adi-
cionalmente, a distribui¸ao Birnbaum-Saunders possui propriedade rec´ıproca, isto ´e,
23
se T tem distribui¸ao Birnbaum-Saunders com parˆametros α e β, ent˜ao T
1
tem
distribui¸ao Birnbaum-Saunders com os parˆametros α e β
1
. Portanto,
E(T
1
) = β
1
(1 +
1
2
α
2
)
e
V ar(T
1
) = α
2
β
2
(1 +
5
4
α
2
).
3.3 Estima¸ao dos paametros
Seja t = (t
1
, . . . , t
n
)
uma amostra aleat´oria de tamanho n proveniente de uma
distribui¸ao Birnbaum-Saunders com f.d.p. dada em (3.1). O logaritmo da fun¸ao
de verossimilhan¸ca para θ = (α, β) pode ser escrito como
(θ) = n log(αβ) +
n
i=1
log
β
t
i
1/2
+
β
t
i
3/2
1
2α
2
n
i=1
t
i
β
+
β
t
i
2
. (3.3)
A fun¸ao escore total u(θ) = (u
α
, u
β
) tem componentes dadas por
u
α
=
(θ)
α
=
n
α
+
n
α
3
s
β
+
β
r
2
e
u
β
=
(θ)
β
=
n
β
+
n
2
1
β
+
2
K(β)
+
n
2α
2
s
β
2
1
r
,
em que
r =
1
n
n
i=1
t
i
, s =
1
n
n
i=1
t
1
i
1
e K(γ) =
1
n
n
i=1
(γ + t
i
)
1
1
, para γ > 0.
(3.4)
A matriz de informa¸ao observada ´e dada por
j(θ) =
j
αα
(θ) j
αβ
(θ)
j
βα
(θ) j
ββ
(θ)
,
em que
j
αα
(θ) =
2
(θ)
α
2
=
n
α
2
+
3n
α
4
r
β
+
β
s
2
,
j
αβ
(θ) = j
βα
(θ) =
2
(θ)
α∂β
=
n
α
3
r
β
2
+
1
s
24
e
j
ββ
(θ) =
2
(θ)
β
2
=
n
β
2
+
n
2
1
β
2
+
2K
(β)
K
2
(β)
+
n
α
2
r
β
3
,
sendo r, s e K(γ) dados em (3.4) e K
(β) = K(β)/∂β. Calculando a esperan¸ca
de j(θ) obtemos a matriz de informa¸ao de Fisher i(θ). Os parˆametros α e β ao
ortogonais, pois o elemento i
αβ
(θ) da matriz de informa¸ao ´e nulo.
Os estimadores de axima verossimilhan¸ca ao obtidos a partir da solu¸ao das
equa¸oes (θ)/∂α = 0 e (θ)/∂β = 0. O estimador de axima verossimilhan¸ca
para β ´e a raiz positiva da equa¸ao ao-linear
β
2
β[2r + K(β)] + r[s + K(β)] = 0. (3.5)
Uma vez obtido o estimador de axima verossimilhan¸ca
β para β, podemos obter o
estimador de axima verossimilhan¸ca para α, dado por
α =
r
β
+
β
s
2
1/2
.
Os estimadores α e
β em distribui¸ao assinotica normal bivariada, como foi
mostrado por Engelhardt et al. (1981):
α
β
A
N
α
β
,
α
2
2n
0
0
β
2
n[0,25+α
2
+I(α)]

, (3.6)
em que
A
denota assintoticamente distribu´ıdo,
I(α) = 2
0
{[1 + g(αx)]
1
0, 5}
2
dΦ(x) e g(y) = 1 +
y
2
2
+ y
1 +
y
2
4
1/2
.
Intervalos de confian¸ca assint´oticos para α e
β podem ser obtidos a partir de (3.6).
Em rela¸ao ao teste da raz˜ao de verossimilhan¸cas para os parˆametros da dis-
tribui¸ao, suponha que estamos interessados em testar H
0
: α = α
0
contra H
1
:
α = α
0
. Para este caso, temos que LR(α) = 2{L(α,
β) L(α
0
,
β)}. Se o inte-
resse residir em testar H
0
: β = β
0
contra H
1
: β = β
0
, a estat´ıstica da raz˜ao de
verossimilhan¸cas ser´a dada por LR(β) = 2{L(α,
β) L(α, β
0
)}. Nas duas situa¸oes
25
LR tem distribui¸ao assinotica, sob a hip´otese nula, qui-quadrado com um grau de
liberdade.
3.4 Ajustes para a distribui¸ao Birnbaum-Saunders
Nesta se¸ao consideraremos o problema de realizar inferˆencias sobre um dos pa-
ametros da distribui¸ao Birnbaum-Saunders atraes da fun¸ao de verossimilhan¸ca
perfilada. Tamb´em obteremos as fun¸oes de verossimilhan¸ca perfilada modificadas
de Cox e Reid (1987) e Barndorff-Nielsen (1983) e, adicionalmente, determinaremos
estat´ısticas da raz˜ao de verossimilhan¸cas baseadas nestas fun¸oes.
Podemos considerar duas situa¸oes, a saber: caso (i), α sendo o parˆametro de
interesse e β sendo o parˆametro de perturba¸ao; caso (ii), β sendo o parˆametro de
interesse e α, o parˆametro de perturba¸ao.
No primeiro caso, fixando α e resolvendo a equa¸ao u
β
= 0, obtemos o estimador
de axima verossimilhan¸ca restrito de β (
β
α
). O estimador
β
α
´e o mesmo estimador
de axima verossimilhan¸ca original
β que pode ser obtido como solu¸ao da equa¸ao
ao-linear dada em (3.5). Substituindo β por
β na fun¸ao de verossimilhan¸ca original
obtemos a fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada para α. O logaritmo da fun¸ao de
verossimilhan¸ca perfilada ´e dado por
p
(α) = n log α n log
β +
n
i=1
log
β
t
i
1/2
+
β
t
i
3/2
n
2α
2
r
β
+
β
s
2
.
Calculando
p
(α)/∂α, obtemos a fun¸ao escore perfilada para α:
u
p
(α) =
n
α
+
n
α
3
r
β
+
β
s
2
.
Resolvendo a equa¸ao u
p
(α) = 0 obtemos
α
p
=
r
β
+
β
s
2
1/2
,
que ´e a estimativa de axima verossimilhan¸ca perfilada para α. Observe que α
p
= α.
26
O logaritmo da fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada modificada proposta por Cox
e Reid (1987) obtida para o parˆametro α ´e
CR
(α) =
p
(α)
1
2
log |j
ββ
(α,
β
α
)|,
em que
j
ββ
(α,
β
α
) =
n
β
2
+
n
2
1
β
2
+
2K
(
β)
K
2
(
β)
+
n
α
2
r
β
3
,
K(
β) =
1
n
n
i=1
(
β + t
i
)
1
1
e
K
(
β) =
n
(
β + t
i
)
2
(
β + t
i
)
1
2
.
A fun¸ao escore modificada correspondente ´e dada por
u
CR
(α) =
n
α
+
n
α
3
r
β
+
β
s
2
+
1
2
n
β
2
n
2
1
β
2
+
2K
(
β)
K
2
(
β)
n
α
2
r
β
3
1
2r
β
3
.
O estimador de axima verossimilhan¸ca p erfilado modificado α
CR
para α , que
´e obtido como solu¸ao da equa¸ao u
CR
(α) = 0, ao possui forma fechada. Assim, ´e
necess´aria a utiliza¸ao de um procedimento de otimiza¸ao ao-linear para encontrar o
valor de α que maximiza a fun¸ao
CR
(α), como, por exemplo, o algoritmo de Newton
(Newton-Raphson, escore de Fisher) ou um algoritmo quasi-Newton (BFGS); ver
Nocedal e Wright (1999) para detalhes sobre tais algoritmos.
O logaritmo da fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada modificada proposta por
Barndorff-Nielsen (1983) para o parˆametro α ´e dado por
BN
(α) =
p
(α) + log
|j
ββ
(α,
β
α
)|
1/2
|j
β;
β
(α,
β
α
)|
. (3.7)
A quantidade j
β;
β
(α,
β
α
) envolve derivadas sobre o espa¸co amostral de forma que
sua obten¸ao ´e tipicamente complicada. Assim, ´e ´util adotar uma aproxima¸ao para
obten¸ao desta quantidade. Utilizamos a aproxima¸ao baseada nas covariˆancias
27
emp´ıricas proposta por Severini (1999) devido `a dificuldade de encontrar as co-
variˆancias populacionais envolvidas. Tal aproxima¸ao ´e dada por
˘
I(α,
β
α
; α,
β) =
n
j=1
(j)
β
(
θ
α
)
(j)
β
(
θ)
=
n
β
2
1
β
n
j=1
A
j
1
4
1
α
2
+
1
α
2
n
j=1
A
j
B
j
2
β
n
j=1
B
j
+
n
j=1
A
2
j
+
1
α
2
α
2
n
j=1
B
2
j
,
em que
A
j
=
t
1/2
j
β
1/2
+ 3
β
1/2
t
3/2
j
t
1/2
j
β
1/2
+
β
3/2
t
3/2
j
e B
j
=
t
j
β
2
1
t
j
.
A fun¸ao escore perfilada modificada ´e obtida a partir de u
BN
(α) =
BN
(α)/∂α.
O estimador de axima verossimilhan¸ca perfilado α
BN
´e obtido como solu¸ao de
u
BN
(α) = 0 e ao apresenta forma fechada, devendo ser obtido numericamente.
A estat´ıstica da raz˜ao de verossimilhan¸cas baseada na fun¸ao de verossimilhan¸ca
perfilada modificada de Cox e Reid,
CR
(α), para testar H
0
: α = α
0
contra H
1
:
α = α
0
´e dada por
LR
CR
(α) = 2 {
CR
(α)
CR
(α
0
)},
em que α ´e o valor de α que maximiza
CR
(α). A estat´ıstica da raz˜ao de veros-
similhan¸cas baseada na verossimilhan¸ca perfilada modificada de Barndorff-Nielsen,
LR
BN
(α), ´e definida de maneira semelhante. Assim, temos
LR
BN
(α) = 2 {
BN
(α)
BN
(α
0
)},
em que α ´e o valor de α que maximiza
BN
(α). Assintoticamente e sob a hip´otese
nula, estas estat´ısticas tˆem distribui¸ao qui-quadrado com um grau de liberdade.
Agora consideraremos o caso (ii), ou seja, o parˆametro de interesse ´e o parˆametro
de escala β e α ´e o parˆametro de perturba¸ao. Fixando β e resolvendo a equa¸ao u
α
=
28
0 com rela¸ao a α obtemos a estimativa de axima verossimilhan¸ca do parˆametro
de perturba¸ao α considerando β fixo:
α
β
=
r
β
+
β
s
2
1/2
.
Substituindo α
β
no logaritmo da fun¸ao verossimilhan¸ca original obtemos o lo-
garitmo da fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada. Para o caso em quest˜ao tal fun¸ao
´e dada, ignorando uma constante, por
p
(β) = (α
β
, β) =
n
2
log
r
β
+
β
s
2
n log β +
n
i=1
log
β
t
i
1/2
+
β
t
i
3/2
,
em que r e s ao dados em (3.4). Derivando essa fun¸ao com rela¸ao a β obtemos a
fun¸ao escore perfilada:
u
p
(β) =
n
2
1
s
r
β
2
r
β
+
β
s
2
1
n
β
+
n
2
1
β
+
2
K(β)
.
A estimativa de axima verossimilhan¸ca perfilada para β, denotada
β
p
, pode ser
obtida como solu¸ao da equa¸ao u
p
(β) = 0. Neste caso, ao ´e poss´ıvel expressar
o estimador
β
p
em forma fechada, ent˜ao
β
p
deve ser obtido numericamente pela
maximiza¸ao do logaritmo da fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada
p
(β) usando um
algoritmo de otimiza¸ao ao-linear.
O bloco j
αα
(α, β) da matriz de informa¸ao observada avaliada em (α
β
, β) pode
ser escrito como
j
αα
(α
β
, β) = 2n
r
β
+
β
s
2
1
.
Seguindo a defini¸ao da verossimilhan¸ca perfilada modificada de Cox e Reid (1987),
obtemos o logaritmo da fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada modificada correspon-
dente para β:
CR
(β) =
p
(β) +
1
2
log
r
β
+
β
s
2
. (3.8)
Podemos observar que ao foi necess´ario encontrar uma reparametriza¸ao orto-
gonal entre os parˆametros de interesse e perturba¸ao para a obten¸ao de (3.8), pois
os parˆametros α e β que indexam a distribui¸ao Birnbaum-Saunders ao ortogonais.
29
A partir da primeira derivada de (3.8) com rela¸ao a β obtemos a fun¸ao escore
perfilada modificada:
u
CR
(β) =
n + 1
2
1
s
r
β
2
r
β
+
β
s
2
1
n
β
+
n
2
1
β
+
2
K(β)
.
A estimativa de axima verossimilhan¸ca perfilada modificada
β
CR
ao pode ser
obtida de forma expl´ıcita. Portanto, ´e necess´ario usar um procedimento num´erico
para encontrar o valor de β que maximiza a fun¸ao
CR
(β).
O logaritmo da fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada modificada proposta por
Barndorff-Nielsen (1983) para o modelo em estudo ´e dado por
BN
(β) =
p
(β) + log
|j
αα
(α
β
, β)|
1/2
|
α;α
(α
β
, β)|
. (3.9)
Novamente, devido `as dificuldades encontradas na obten¸ao de
α;α
(α
β
, β), por
se tratar de uma derivada do espa¸co amostral, utilizamos uma aproxima¸ao. Foi
poss´ıvel obter a aproxima¸ao baseada em covariˆancias populacionais proposta por
Severini (1998). Assim, o logaritmo da fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada modifi-
cada proposta por Barndorff-Nielsen foi obtido substituindo o termo
α;α
(α
β
, β) por
I(α
β
, β; α,
β) na express˜ao (3.9). A express˜ao obtida para esta aproxima¸ao ´e dada
por
I(α
β
, β; α,
β) =
nα
α
3
β
β
β
+
β
β
.
A fun¸ao escore perfilada modificada correspondente ´e
u
BN
(β) = u
p
(β)+
1
s
r
β
2
1
2
r
β
+
β
s
2
1
+
3
2α
2
β
β
β
+
β
β
1
1
β
β
β
2
.
Resolvendo a equa¸ao u
BN
(β) = 0 encontramos o estimador de axima verossimi-
lhan¸ca perfilado modificado
β
BN
.
A estat´ıstica da raz˜ao de verossimilhan¸cas baseada na fun¸ao de verossimilhan¸ca
perfilada modificada de Cox e Reid para o teste de H
0
: β = β
0
versus H
1
: β = β
0
´e dada por
LR
CR
(β) = 2
CR
(
β)
CR
(β
0
)
,
30
em que
β ´e o valor de β que maximiza a fun¸ao
CR
(β). Esta estat´ıstica possui
distribui¸ao assint´otica, sob a hip´otese nula, qui-quadrado com um grau de liber-
dade. De forma an´aloga, podemos definir a estat´ıstica da raz˜ao de verossimilhan¸cas
para o mesmo teste como LR
BN
(β) = 2
BN
(
β)
BN
(β
0
)
, que tamb´em possui
distribui¸ao assinotica qui-quadrado com um grau de liberdade, sob a hip´otese nula.
31
Cap´ıtulo 4
Resultados num´ericos
Neste cap´ıtulo avaliaremos numericamente a qualidade das inferˆencias realizadas
para o parˆametro de interesse da distribui¸ao Birnbaum-Saunders baseadas na fun¸ao
de verossimilhan¸ca perfilada e em algumas de suas vers˜oes modificadas. Considerare-
mos as fun¸oes de verossimilhan¸ca perfiladas modificadas prop ostas por Barndorff-
Nielsen (1983) e por Cox e Reid (1987). Estas fun¸oes de verossimilhan¸ca foram
obtidas no cap´ıtulo anterior considerando os dois casos poss´ıveis para o parˆametro
de interesse da distribui¸ao Birnbaum-Saunders, ou seja, quando os parˆametros de
forma e escala ao tidos como parˆametros de interesse e de perturba¸ao, respectiva-
mente, e vice-versa.
Formulamos um experimento de simula¸ao de Monte Carlo baseado em 10.000
r´eplicas
considerando os seguintes tamanhos amostrais: n = 10, 25 e 50. Os va-
lores verdadeiros considerados para o parˆametro de forma foram α = 0,1, 0,5, 1
e 2. Para o parˆametro de escala atribu´ımos um ´unico valor (β = 1) para todas
as simula¸oes, dado que este parˆametro funciona apenas como um multiplicador.
O principal interesse do estudo ´e comparar os vieses dos estimadores de axima
verossimilhan¸ca perfilado e perfilados modificados, as distor¸oes dos testes da raz˜ao
de verossimilhan¸cas baseados nas verossimilhan¸cas perfilada e perfiladas modificadas
consideradas e tamem verificar a qualidade das aproxima¸oes das estat´ısticas de
teste em rela¸ao `a distribui¸ao qui-quadrado apropriada. Tamb´em ao apresentadas
medidas amostrais de loca¸ao e de dispers˜ao dos estimadores considerados, bem
como a edia e variˆancia das estat´ısticas de teste. As simula¸oes foram realizadas
usando a linguagem de programa¸ao Ox (ver Doornik, 2001). Para as maximiza¸oes,
utilizamos o algoritmo quasi-Newton BFGS, atrav´es da fun¸ao MaxBFGS, que est´a
Os quadros 4.7 e 4.12 apresentam resultados de simula¸ao baseados em 100.000 eplicas.
32
implementada na linguagem Ox.
4.1 Comportamento dos estimadores
Nesta se¸ao estamos interessados em avaliar o comportamento dos estimadores
obtidos a partir da maximiza¸ao das fun¸oes de verossimilhan¸ca perfilada e suas
vers˜oes modificadas propostas por Cox e Reid (1987) e por Barndorff-Nielsen (1983).
Isto ´e, estamos interessados em avaliar, quando α ´e parˆametro de interesse, os de-
sempenhos dos estimadores α
p
, α
CR
e α
BN
e, quando β ´e que ´e de interesse, dos
estimadores
β
p
,
β
CR
e
β
BN
. Consideramos as seguintes medidas de estima¸ao pon-
tual para os estimadores considerados: edia, vi´es, variˆancia, erro quadr´atico m´edio
(EQM), vi´es relativo (VR), assimetria e curtose. O vi´es relativo ´e definido como
100× (vi´es / valor verdadeiro do parˆametro)%.
Primeiramente apresentaremos os resultados de simula¸ao correspondentes `a
situa¸ao em que α ´e o parˆametro de interesse. Consideramos β = 1 e α = 0,1,
0,5, 1 e 2. Atraes dos resultados apresentados nos Quadros 4.1 e 4.2 podemos
analisar os desempenhos dos estimadores α
p
, α
CR
e α
BN
. O Quadro 4.1 cont´em re-
sultados de simula¸ao para α = 0,1 e α = 0,5. Notamos que as estimativas dos vieses
dos estimadores α
CR
e α
BN
ao, em odulo, bem menores que os correspondentes
valores para α
p
. Entretanto, essas melhorias ao acompanhadas de aumentos das
estimativas das variˆancias comparativamente `aquela obtida para α
p
. Observamos
que, quando α = 0,1, os estimadores α
CR
e α
BN
ao bem mais precisos que α
p
,
principalmente para n = 10 e n = 25. Por exemplo, para n = 10, as estimativas
das m´edias de α
p
, α
CR
e α
BN
ao 0,09274, 0,09777 e 0,09777, respectivamente, e os
correspondentes valores para os vieses relativos ao 7,25%, 2,22% e 2,22 %. Tamem
observamos que todos os estimadores apresentaram valores negativos para o vi´es, ou
seja, os estimadores subestimam o verdadeiro valor do parˆametro. Quando α = 0,5,
estes estimadores apresentaram comportamento bem semelhante em rela¸ao ao caso
em que α = 0,1. Temos, por exemplo, para n = 10, os valores 7,50%, 2,16% e 2,13%
para os vieses relativos de α
p
, α
CR
e α
BN
, respectivamente.
´
E importante notar que
33
Quadro 4.1 Resultados de estima¸ao pontual para α, modelo indexado pelos parˆametros α = 0,1, 0,5 e β = 1.
α = 0,1
n estimador m´edia vi´es variˆancia EQM VR(%) assimetria curtose
10
α
p
0,09274 -0,00726 0,00048 0,00054 7,25832 0,01269 3,13197
α
CR
0,09777 -0,00223 0,00054 0,00054 2,22656 0,01408 3,14664
α
BN
0,09777 -0,00223 0,00054 0,00054 2,22651 0,01408 3,14664
25
α
p
0,09698 -0,00302 0,00020 0,00021 3,01667 0,01386 3,14429
α
CR
0,09899 -0,00101 0,00020 0,00021 1,01146 0,01443 3,15030
α
BN
0,09899 -0,00101 0,00020 0,00021 1,01146 0,01443 3,15030
50
α
p
0,09841 -0,00159 0,00010 0,00010 1,58802 0,01426 3,14856
α
CR
0,09941 -0,00059 0,00010 0,00010 0,58632 0,01455 3,15159
α
BN
0,09941 -0,00059 0,00010 0,00010 0,58632 0,01455 3,15159
α = 0,5
n estimador m´edia vi´es variˆancia EQM VR(%) assimetria curtose
10
α
p
0,46246 -0,03754 0,01205 0,01346 7,50740 0,21940 6,04050
α
CR
0,48915 -0,01085 0,01363 0,01375 2,16952 0,23552 6,36293
α
BN
0,48931 -0,01069 0,01367 0,01378 2,13846 0,23561 6,36483
25
α
p
0,48440 -0,01560 0,00490 0,00514 3,11941 0,23270 6,30486
α
CR
0,49499 -0,00501 0,00514 0,00516 1,00299 0,23895 6,43463
α
BN
0,49501 -0,00499 0,00514 0,00516 0,99868 0,23896 6,43489
50
α
p
0,49179 -0,00821 0,00250 0,00257 1,64212 0,23707 6,39529
α
CR
0,49707 -0,00293 0,00256 0,00257 0,58631 0,24017 6,46033
α
BN
0,49707 -0,00293 0,00256 0,00257 0,58526 0,24017 6,46040
34
Quadro 4.2 Resultados de estima¸ao pontual para α, modelo indexado pelos parˆametros α = 1, 2 e β = 1.
α = 1
n estimador m´edia vi´es variˆancia EQM VR(%) assimetria curtose
10
α
p
0,91598 -0,08402 0,04722 0,05428 8,40199 0,37146 11,92210
α
CR
0,97516 -0,02484 0,05481 0,05542 2,48406 0,37324 12,63564
α
BN
0,97917 -0,02083 0,05672 0,05715 2,08335 0,37325 12,68285
25
α
p
0,96729 -0,03271 0,01985 0,02092 3,27077 0,37318 12,54254
α
CR
0,99072 -0,00928 0,02101 0,02109 0,92845 0,37322 12,81809
α
BN
0,99130 -0,00870 0,02111 0,02119 0,87012 0,37321 12,82489
50
α
p
0,98233 -0,01767 0,00992 0,01023 1,76670 0,37325 12,72005
α
CR
0,99398 -0,00602 0,01020 0,01023 0,60160 0,37319 12,85614
α
BN
0,99413 -0,00587 0,01021 0,01025 0,58679 0,37319 12,85786
α = 2
n estimador m´edia vi´es variˆancia EQM VR(%) assimetria curtose
10
α
p
1,75337 -0,24663 0,17726 0,23808 12,33143 0,26943 19,06939
α
CR
1,88157 -0,11843 0,20853 0,22255 5,92134 0,24909 19,69956
α
BN
1,92256 -0,07744 0,23049 0,23649 3,87196 0,24286 19,88307
25
α
p
1,93035 -0,06965 0,08064 0,08549 3,48258 0,24169 19,91702
α
CR
1,98211 -0,01789 0,08532 0,08564 0,89447 0,23406 20,13558
α
BN
1,98901 -0,01099 0,08691 0,08703 0,54947 0,23306 20,16381
50
α
p
1,96225 -0,03775 0,04013 0,04156 1,88742 0,23696 20,05317
α
CR
1,98792 -0,01208 0,04126 0,04140 0,60380 0,23322 20,15938
α
BN
1,98964 -0,01036 0,04144 0,04155 0,51817 0,23297 20,16636
35
os desempenhos dos estimadores α
CR
e α
BN
ao bem parecidos. A semelhan¸ca entre
estes estimadores se torna mais evidente em amostras maiores. Tamb´em observa-
mos que o estimador α
p
apresentou os menores coeficientes de assimetria e curtose
quando comparado com os estimadores α
CR
e α
BN
. Um outro fato interessante ´e
que para α = 0,1 a curtose dos estimadores considerados est˜ao pr´oximas de 3, ou
seja, a curtose destes estimadores est˜ao pr´oximas da curtose da distribui¸ao normal
padr˜ao.
`
A medida que α cresce observamos que os estimadores passam a apresen-
tar uma curtose bem mais elevada, i.e., a distribui¸ao destes estimadores passa a
ter uma curva leptoc´urtica. Em rela¸ao a assimetria, observamos que esta medida
´e sempre positiva, ou seja, a distribui¸ao dos estimadores considerados apresentam
valores concentrados `a esquerda. No Quadro 4.2, apresentamos os resultados obtidos
quando α = 1 e α = 2. Analisando este quadro notamos que, quando α = 1, no que
se refere `a precis˜ao, o estimador α
p
apresenta desempenho bem inferior em rela¸ao
aos demais, principalmente em amostras menores. Tamb´em ´e interessante notar que
o desempenho do estimador α
BN
´e levemente superior em rela¸ao ao estimador α
CR
.
Esta diferen¸ca de desempenho ´e mais evidente quando α = 2. Por exemplo, quando
n = 10, os vieses relativos do estimador α
CR
ao aproximadamente 2,48% (α = 1) e
5,92% (α = 2) e para o estimador α
BN
ao 2,08% (α = 1) e 3,87% (α = 2). Con-
tudo, a escolha de um estimador adequado para o parˆametro de forma deve levar em
considera¸ao outras medidas como o EQM, a assimetria e a curtose das estimativas.
Os estimadores
β
p
,
β
CR
e
β
BN
ao equivalentes, pois maximizar a fun¸ao
p
(β)
equivale a maximizar
CR
(β) ou
BN
(β). Adicionalmente, estes estimadores ao
equivalentes ao estimador de axima verossimilhan¸ca usual
β, que pode ser obtido
como solu¸ao de uma equa¸ao ao-linear. Portanto, para o parˆametro β, apresentare-
mos apenas resultados de simula¸ao referentes ao estimador
β.
O Quadro 4.3 cont´em resultados de estima¸ao pontual para o parˆametro β con-
siderando α = 0,1, 0,5, 1 e 2. Atraes deste quadro observamos que o vi´es do
estimador
β tende a crescer com o parˆametro α. Por exemplo, quando n = 10,
temos para α = 0,1, 0,5, 1 e 2 os correspondentes vieses 0,00057, 0,01194, 0,04004
36
Quadro 4.3 Resultados de estima¸ao pontual para β, modelo indexado pelos parˆametros β = 1 e α = 0,1, 0,5, 1 e 2.
n α m´edia vi´es variˆancia EQM VR(%) assimetria curtose
10
0,1 1,00057 0,00057 0,00099 0,00099 0,05706 0,01472 3,15338
0,5 1,01194 0,01194 0,02411 0,02425 1,19371 0,24187 6,49660
1,0 1,04004 0,04004 0,08859 0,09020 4,00369 0,37311 12,92593
2,0 1,10201 0,10201 0,26966 0,28007 10,20085 0,23148 20,20833
25
0,1 1,00029 0,00029 0,00040 0,00040 0,02942 0,01472 3,15338
0,5 1,00528 0,00528 0,00966 0,00968 0,52824 0,24187 6,49660
1,0 1,01725 0,01725 0,03344 0,03373 1,72463 0,37311 12,92593
2,0 1,04010 0,04010 0,08310 0,08471 4,01038 0,23148 20,20833
50
0,1 1,00016 0,00016 0,00020 0,00020 0,01623 0,01472 3,15338
0,5 1,00271 0,00271 0,00476 0,00477 0,27073 0,24187 6,49660
1,0 1,00871 0,00871 0,01619 0,01627 0,87096 0,37311 12,92593
2,0 1,01967 0,01967 0,03818 0,03856 1,96730 0,23148 20,20833
37
e 0,10201. Podemos ainda comparar os respectivos vieses relativos, que ao 0,057%,
1,19%, 4,00% e 10,20%. Este comportamento tamb´em se verifica para tamanhos
de amostra maiores, por´em, nestes casos, o aumento do vi´es ´e menor para valores
maiores de α. Por exemplo, quando n = 50, os vieses do estimador
β
p
para α = 0,1,
0,5, 1 e 2 ao 0,00016, 0,00271, 0,00871 e 0,01967. Ou seja, os vieses relativos ao
menores que 2% para os quatro valores de α considerados. Comportamento seme-
lhante ocorre para as medidas de variˆancia, erro quadr´atico edio e curtose.
4.2 Desempenhos dos testes
Nesta se¸ao, temos como objetivo comparar os desempenhos dos testes baseados
na estat´ıstica da raz˜ao de verossimilhan¸cas original e em suas vers˜oes modificadas.
Consideramos a estat´ıstica da raz˜ao de verossimilhan¸cas usual (LR), a estat´ıstica
da raz˜ao de verossimilhan¸cas perfiladas modificadas proposta por Cox e Reid (1987)
(LR
CR
) e a estat´ıstica da raz˜ao de verossimilhan¸cas perfiladas modificadas proposta
por Barndorff-Nielsen (1983) (LR
BN
). Estas estat´ısticas foram obtidas a partir das
respectivas fun¸oes de verossimilhan¸ca perfilada e perfiladas modificadas desenvolvi-
das na Se¸ao 3.4. Os desempenhos ao avaliados em fun¸ao da proximidade da
probabilidade de rejei¸ao da hip´otese nula, sendo esta verdadeira, aos respectivos
n´ıveis nominais. Avaliamos tamb´em os poderes dos testes em estudo sob algumas
situa¸oes. Adicionalmente, comparamos a edia, a variˆancia e os quantis amostrais
das estat´ısticas de teste relativamente `as correspondentes quantidades da distribui¸ao
assinotica de referˆencia.
Para cada tamanho de amostra e cada n´ıvel nominal considerado, calculamos as
taxas de rejei¸ao (expressas em porcentagem) de cada teste, isto ´e, estimamos, via
simula¸ao, P (LR x), P (LR
CR
x) e P (LR
BN
x) em que x ´e o quantil (1 α)
da distribui¸ao χ
2
1
.
Primeiramente nosso interesse reside em testar a hip´otese nula H
0
: α = α
0
contra a hip´otese alternativa bilateral H
1
: α = α
0
, em que α
0
´e uma constante es-
pecificada, α sendo o parˆametro de interesse e β sendo o parˆametro de perturba¸ao.
38
Quadro 4.4 Taxas de rejei¸ao (%) calculadas a partir de 10.000 amostras de Monte Carlo geradas
a partir de uma distribui¸ao Birnbaum-Saunders com parˆametros β = 1 e α = 0,1, 0,5, 1 e 2.
n
n´ıvel α = 0,1 α = 0,5 α = 1 α = 2
nominal LR LR
CR
LR
BN
LR LR
CR
LR
BN
LR LR
CR
LR
BN
LR LR
CR
LR
BN
10
10% 13,44 11,00 11,00 13,57 10,85 10,86 13,97 10,65 10,78 16,10 9,89 8,99
5% 7,47 5,14 5,14 7,60 5,18 5,20 7,83 5,24 5,29 9,44 5,20 4,58
1% 1,70 1,07 1,07 1,72 1,11 1,11 1,83 1,06 1,11 2,53 1,04 1,96
0,5% 0,89 0,53 0,53 0,91 0,52 0,52 0.97 0,52 0,55 1,40 0,48 0,40
25
10% 10,84 10,15 10,15 10,88 10,13 10,14 11,56 10,41 10,50 11,98 10,12 10,10
5% 5,94 5,33 5,33 5.93 5,34 5,35 6,18 5,31 5,33 6,24 5,36 5,30
1% 1,43 1,18 1,18 1,46 1,15 1,15 1,46 1,04 1,04 1,54 1,07 1,06
0,5% 0,82 0,57 0,57 0,82 0,59 0,59 0,61 0,50 0,52 0,82 0,59 0,54
50
10% 10,89 10,35 10,35 10,86 10,35 10,34 10,93 10,31 10,32 11,24 10,48 10,47
5% 5,54 5,21 5,21 5,53 5,20 5,19 5,40 5,03 5,05 5,65 4,95 5,04
1% 1,19 0,99 0,99 1,21 1,02 1,02 1,14 1,02 1,02 1,18 1,03 1,03
0,5% 0,70 0,56 0,56 0,71 0,55 0,55 0,68 0,61 0,61 0,60 0,49 0,51
39
O Quadro 4.4 apresenta as taxas de rejei¸ao dos testes da raz˜ao verossimilhan¸cas
baseados nas fun¸oes de verossimilhan¸ca perfilada e suas vers˜oes modificadas, isto ´e,
dos testes baseados em LR, LR
CR
e LR
BN
. Neste estudo, fixamos β = 1 e variamos
o tamanho da amostra tomando n = 10, 25 e 50 para α = 0,1, 0,5, 1 e 2. Atraes
do Quadro 4.4, podemos observar que os testes baseados nas estat´ısticas da raz˜ao de
verossimilhan¸cas perfiladas modificadas LR
CR
e LR
BN
tˆem desempenhos superiores
ao teste da raz˜ao de verossimilhan¸cas original LR. Por exemplo, para um teste com
n´ıvel nominal de 10%, tamanho amostral n = 10 e para α = 0,5, o teste LR apresen-
tou taxa de rejei¸ao de 13,57%, enquanto que os testes LR
CR
e LR
BN
apresentaram
taxas de 10,85% e 10,86%, respectivamente. Neste caso, podemos dizer que o teste
LR ´e bastante anti-conservativo, apresentando taxa de rejei¸ao bem acima do n´ıvel
nominal. a os testes LR
CR
e LR
BN
ainda ao anti-conservativos, por´em apre-
sentando taxas de rejei¸ao ao muito acima do n´ıvel nominal. Quando o tamanho
amostral aumenta, os testes passam a apresentar desempenhos semelhantes. Por
exemplo, quando α = 0,5, para n = 50 e n´ıvel nominal de 10%, os testes LR, LR
CR
e LR
BN
apresentam as seguintes taxas de rejei¸ao: 10,86%, 10,35% e 10,34%, repec-
tivamente. Um outro fato interessante ´e que, para valores elevados do parˆametro de
forma, o teste LR passa a apresentar taxas de rejei¸ao ainda mais elevadas, prin-
cipalmente em pequenas amostras. Enquanto que os testes LR
CR
e LR
BN
ainda
apresentam taxas de rejei¸ao pr´oximas dos n´ıveis nominais correspondentes. Por e-
xemplo, quando o parˆametro de forma ´e igual a α = 2, n = 10 e n´ıvel nominal de 10%,
os testes apresentam as seguintes taxas de rejei¸ao: LR = 16, 10%, LR
CR
= 9, 89%
e LR
BN
= 8, 99%. Por´em, ainda para α = 2, mas agora com n = 25, estes testes
passam a apresentar taxas de rejei¸ao bem mais pr´oximas dos respectivos n´ıveis
nominais. Neste caso, as taxas de rejei¸ao ao LR = 11, 98%, LR
CR
= 10, 12% e
LR
BN
= 10, 10% para o n´ıvel nominal de 10%.
De acordo com os resultados apresentados no Quadro 4.4, os testes LR
CR
e
LR
BN
apresentaram comportamentos bastante semelhantes, principalmente para
valores menores dos parˆametros de forma. Por exemplo, para n = 10 e ao n´ıvel
40
nominal de 1%, os dois testes apresentaram taxas de rejei¸ao de 1,07%. Vale ressaltar
os que valores para o parˆametro de forma entre 0,1 e 0,5 ao t´ıpicos em problemas de
modelagem de desgaste estoastico em geral. Portanto, tanto o teste LR
CR
quanto
o teste LR
BN
ao recomendados em problemas gerais.
No Quadro 4.5 comparamos as m´edias e as variˆancias das estat´ısticas LR, LR
CR
e LR
BN
e as respectivas medidas da distribui¸ao χ
2
1
, para um modelo indexado
por α = 0,5 e β = 1 e tamanho amostral n = 10. Os resultados deste quadro
mostram que as estat´ısticas LR
CR
e LR
BN
apresentam edias e variˆancias bem mais
pr´oximas da m´edia e variˆancia de uma vari´avel χ
2
1
do que as da estat´ıstica LR. Um
comportamento semelhante ´e observado no Quadro 4.6, onde comparamos os quantis
da distribui¸ao χ
2
1
com os quantis amostrais das estat´ısticas LR, LR
CR
e LR
BN
.
Atraes deste quadro, tamb´em notamos que para quantis mais elevados os quantis
amostrais das estat´ısticas LR , LR
CR
e LR
BN
ao mais pobremente aproximados
pelos quantis da distribui¸ao χ
2
1
do que se verifica para quantis mais baixos.
Quadro 4.5 M´edia e variˆancia de χ
2
1
, LR
p
, LR
CR
e LR
BN
para um mo delo
indexado pelos parˆametros β = 1, α = 0,5 e n = 10.
momentos χ
2
1
LR LR
CR
LR
BN
m´edia 1,000 1,188 1,024 1,025
variˆancia 2,000 2,798 2,091 2,094
No Quadro 4.7 avaliamos os tamanhos emp´ıricos dos testes para uma gama de
valores para o n´ıvel nominal (de 0,01% a 50%). Para esta situa¸ao, as simula¸oes
foram baseadas em 100.000 amostras de Monte Carlo, ou seja, utilizamos 10 vezes
mais eplicas do que nas simula¸oes anteriores. Estes resultados consideram o caso
em que n = 10, α = 0,5 e β = 1. Do Quadro 4.7, notamos que no extremo da
cauda da distribui¸ao χ
2
1
as diferen¸cas relativas entre as taxas de rejei¸ao emp´ıricas
dos testes da raz˜ao de verossimilhan¸cas e os n´ıveis nominais ao extremamente ele-
vadas, ao contr´ario do que ocorre na regi˜ao mediana da distribui¸ao. Por exemplo,
quando α = 0,01%, para a estat´ıstica LR essa diferen¸ca relativa ´e de 290% ((39
10)/10 × 100%), enquanto que para o n´ıvel nominal de 50% esta diferen¸ca ´e de
41
apenas 7,83% ((53916 50000)/50000 × 100%). Esta discrepˆancia relativa ´e bem
menor para as estat´ısticas LR
CR
e LR
BN
. As estat´ısticas LR
CR
e LR
BN
, por
exemplo, apresentaram diferen¸cas relativas para o n´ıvel nominal α = 0,05% de 30%
((65 50)/50 ×100%) e 34% ((67 50)/50 ×100%), respectivamente, enquanto que
para a estat´ıstica LR tal diferen¸ca ´e de 192% ((146 50)/50 × 100%).
Quadro 4.6 Quantis de χ
2
1
, LR
p
, LR
CR
e LR
BN
para um mo delo
indexado pelos parˆametros β = 1, α = 0,5 e n = 10.
quantis(%) χ
2
LR LR
CR
LR
BN
85,0 2,072 2,497 2,190 2,194
90,0 2,706 3,332 2,823 2,826
95,0 3,841 4,563 3,892 3,895
97,0 4,709 5,600 4,869 4,867
99,0 6,635 7,645 6,751 6,759
99,5 7,879 9,317 7,969 7,967
Quadro 4.7 N ´umero de rejei¸oes em 100.000 amostras de Monte Carlo para um modelo
indexado pelos parˆametros β = 1, α = 0,5 e n = 10.
α(%) exato LR LR
CR
LR
BN
50 50000 53916 50499 50514
15 15000 19053 15763 15792
10 10000 13546 10649 10659
5 5000 7572 5452 5459
3 3000 4909 3289 3298
1 1000 1874 1137 1140
0,5 500 1022 606 608
0,1 100 279 121 121
0,05 50 150 68 69
0,01 10 39 9 9
Analisamos tamem os poderes dos testes LR , LR
CR
e LR
BN
para testar a
hip´otese H
0
: α = α
0
contra H
1
: α = α
0
, para valores de α
0
variando de 0,14 a
0,28 e n´ıveis nominais 5% e 1%. O valor verdadeiro para o parˆametro de interesse
foi fixado em α = 0,1. As simula¸oes do poder foram feitas usando valores cr´ıticos
estimados e ao valores tabulados. Adotamos este procedimento porque em deter-
42
minadas situa¸oes alguns testes ao anti-conservativos. Dessa forma, as simula¸oes
ficam ajustadas para que todos os testes tenham o mesmo tamanho. Os resultados
encontram-se apresentados no Quadro 4.8 para o caso em que n = 10 e β = 1. O
poder do teste LR ´e superior ao poder do teste LR
BN
e este, por sua vez, ´e ligeira-
mente superior ao do teste LR
CR
. Por exemplo, para α
0
= 0,26 e n´ıvel nominal de
5%, temos os valores 98,96%, 98,04% e 98,13% para os poderes dos testes LR, LR
CR
e LR
BN
, respectivamente. Comportamento semelhante ocorre para o n´ıvel nominal
de 1%, por´em a superioridade do poder do teste LR em rela¸ao aos demais ´e mais
acentuada. Por exemplo, ainda para α
0
= 0,26, temos os valores 88,87%, 83,65%
e 84,15% para os poderes dos testes LR, LR
CR
e LR
BN
, respectivamente, ao n´ıvel
nominal de 1%.
Quadro 4.8 Poderes dos testes calculados de 10.000 amostras de Monte Carlo geradas a partir
de uma distribui¸ao Birnbaum-Saunders com parˆametros β = 1 e α = 0,1.
α
0
5% 1%
LR LR
CR
LR
BN
LR LR
CR
LR
BN
0, 14 28,68 23,89 24,00 10,18 7,89 7,94
0, 16 49,53 42,92 43,08 20,61 16,07 16,18
0, 18 68,48 61,87 62,14 35,03 28,57 28,89
0, 20 83,98 78,97 79,25 53,01 45,49 45,86
0, 22 92,33 88,86 89,10 66,95 59,26 59,55
0, 24 96,80 95,19 95,35 80,04 73,44 73,94
0, 26 98,96 98,04 98,13 88,87 83,65 84,15
0, 28 99,66 99,44 99,49 94,91 91,65 92,00
A fim de avaliar a aproxima¸ao assint´otica dos testes LR, LR
CR
e LR
BN
apre-
sentamos o gr´afico das discrepˆancias relativas entre os quantis amostrais e os quantis
assinoticos das estat´ısticas de testes contra os quantis assinoticos. Este gr´afico ´e
apresentado na Figura 4.1. A discrepˆancia relativa ´e definida como
ST (1 α) χ
2
1
(1 α)
χ
2
1
(1 α)
,
em que ST denota a estat´ıstica de teste (LR, LR
CR
ou LR
BN
, conforme o caso),
ST (1 α) denota o quantil amostral de ordem (1 α) do conjunto de valores si-
mulados da estat´ıstica de teste e o correspondente quantil da distribui¸ao χ
2
1
sendo
43
Figura 4.1 Gr´afico das discrepˆancias relativas de quantis
em rela¸ao a α (n = 10, α = 0,5 e β = 1).
0 2 4 6 8 10
0.00 0.10 0.20 0.30
Quantis assintóticos
Discrepâncias relativas de quantis
LR
LR
CR
LR
BN
Figura 4.2 Gr´afico das discrepˆancias relativas de n´ıveis descritivos
em rela¸ao a α (n = 10, α = 0,5 e β = 1).
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0
−0.2 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
Níveis descritivos assintóticos
Discrepâncias relativas de níveis descritivos
LR
LR
CR
LR
BN
44
denotado por χ
2
1
(1α). A id´eia, ent˜ao, ´e que quanto mais pr´oxima da ordenada zero
a curva estiver, melhor ser´a a aproxima¸ao assint´otica utilizada no teste. Observa-
mos, na Figura 4.1, que para todos os testes as curvas de discrepˆancias de quantis
oscilam bastante ao longo do eixo horizontal. Note que esta oscila¸ao ocorre num
patamar mais elevado para o teste LR, aproximadamente em torno de 18%, o que
confirma que este teste ´e anti-conservativo. As curvas de discrepˆancia de quantis
para as estat´ısticas LR
CR
e LR
BN
encontram-se bem pr´oximas e oscilam aproxi-
madamente em torno de 3%. A curva de discrepˆancia de quantis para LR encontra-se
inteiramente acima de 12%, enquanto que para os testes LR
CR
e LR
BN
estas curvas
encontram-se abaixo de 9%. Ou seja, as discrepˆancias de quantis para as estat´ısticas
LR
CR
e LR
BN
ao menores que as da estat´ıstica LR ao longo do eixo horizontal.
Na Figura 4.2 apresentamos o gr´afico das discrepˆancias relativas entre os n´ıveis
descritivos (p-valores) dos testes e os n´ıveis descritivos assint´oticos contra os n´ıveis
descritivos assint´oticos. Para um valor x observado da estat´ıstica ST esta dis-
crepˆancia ´e definida como
P (ST > x) P (χ
2
1
> x)
P (χ
2
1
> x)
.
Analisando a Figura 4.2 notamos que quando se caminha em dire¸ao ao extremo
da cauda da distribui¸ao χ
2
de referˆencia, as discrepˆancias relativas de n´ıveis des-
critivos tendem a crescer rapidamente para o teste da raz˜ao de verossimilhan¸cas.
Estas discrepˆancias est˜ao bastante pr´oximas para os testes LR
CR
e LR
BN
ao longo
dos quantis da distribui¸ao de referˆencia e no extremo da cauda ao bem menos
acentuadas em rela¸ao ao teste LR.
A seguir avaliaremos os resultados de simula¸ao dos testes da raz˜ao de verossimi-
lhan¸cas baseados nas fun¸oes de verossimilhan¸ca perfilada e p erfiladas modificadas
de Cox e Reid e Barndorff-Nielsen desenvolvidas para o parˆametro de interesse β.
O Quadro 4.9 apresenta as taxas de rejei¸ao (expressas em porcentagem) dos
testes LR, LR
CR
e LR
BN
para o caso em desejamos testar a hip´otete H
0
: β =
β
0
. O parˆametro de escala β funciona apenas como um multiplicador, portanto,
45
Quadro 4.9 Taxas de rejei¸ao (%) calculadas a partir de 10.000 amostras de Monte Carlo geradas a partir
de uma distribui¸ao Birnbaum-Saunders com parˆametros β = 1 e α = 0,1, 0,5, 1 e 2.
n
n´ıvel α = 0,1 α = 0,5 α = 1 α = 2
nominal LR LR
CR
LR
BN
LR LR
CR
LR
BN
LR LR
CR
LR
BN
LR LR
CR
LR
BN
10
10% 12,31 10,30 8,52 12,33 10,25 8,26 12,37 10,18 8,01 13,12 10,66 7,94
5% 6,61 5,35 3,95 6,62 5,30 3,85 6,75 5,18 3,65 6,95 5,27 3,65
1% 1,49 1,08 0,70 1,56 1,05 0,69 1,55 1,09 0,67 1,73 1,12 0,54
0,5% 0,91 0,59 0,35 0,89 0,60 0,33 0,87 0,59 0,28 0,97 0,53 0,25
25
10% 11,10 10,38 9,67 11,19 10,33 9,60 11,15 10,37 9,52 11,27 10,52 9,53
5% 5,83 5,30 4,86 5,91 5,38 4,76 5,87 5,33 4,75 6,14 5,49 4,77
1% 1,25 1,08 0,93 1,30 1,07 0,99 1,40 1,15 0,97 1,19 1,09 0,96
0,5% 0,62 0,52 0,44 0,64 0,52 0,45 0,76 0,61 0,46 0,80 0,64 0,43
50
10% 10,71 10,43 9,96 10,64 10,35 9,92 10,72 10,24 9,74 10,87 10,38 9,87
5% 5,32 5,05 4,85 5,36 5,17 4,88 5,54 5,17 4,90 5,39 5,07 4,79
1% 1,19 1,08 1,00 1,20 1,10 0,99 1,18 1,09 0,98 1,12 1,06 0,97
0,5% 0,56 0,51 0,48 0,58 0,53 0,46 0,61 0,55 0,50 0,65 0,59 0,52
46
as simula¸oes foram realizadas fixando β
0
= 1 .0. Foram considerados diferentes
valores de α (0,1, 0,5, 1 e 2) e variamos o tamanho da amostra em n = 10, 25 e
50. Analisando o Quadro 4.9 notamos que os testes LR e LR
CR
ao, em geral, anti-
conservativos, enquanto que o teste LR
BN
apresentou taxas de rejei¸ao inferiores aos
n´ıveis descritivos sendo, assim, um teste conservativo. Por exemplo, para n = 10 e
α = 0,5 ao n´ıvel nominal de 1%, os testes LR, LR
CR
e LR
BN
apresentaram taxas de
rejei¸ao de 1,56%, 1,05% e 0,69%, respectivamente. O teste LR
CR
apresentou melhor
desempenho, principalmente em amostras pequenas; por exemplo, ao n´ıvel nominal
10%, quando α = 1 e n = 10, o teste LR
CR
apresentou taxa de rejei¸ao de 10,18%,
enquanto que os testes LR e LR
BN
apresentaram 12,37% e 8,01%, repectivamente.
Como esperado, em amostras maiores, os testes apresentaram taxas mais pr´oximas
dos correspondentes n´ıveis nominais. Por exemplo, quando α = 0, 5, n = 50 e ao
n´ıvel nominal de 10%, foram obtidas taxas de rejei¸ao de 10,64%, 10,35% e 9,92%
para os testes LR, LR
CR
e LR
BN
, respectivamente.
Atraes do Quadro 4.10 podemos comparar a m´edia e a variˆancia das estat´ısticas
LR, LR
CR
e LR
BN
e as mesmas medidas da distribui¸ao χ
2
1
para o caso em que
n = 10, β = 1 e α = 0,5. Observamos que, para a estat´ıstica LR
CR
, estas medidas
est˜ao mais pr´oximas das medidas corresp ondentes da distribui¸ao χ
2
de referˆencia.
Tamb´em observamos que para a estat´ıstica da raz˜ao de verossimilhan¸cas usual estas
medidas ao bem mais elevadas quando comparadas com a edia e com a variˆancia de
uma vari´avel aleat´oria com distribui¸ao χ
2
1
. Para a estat´ıstica LR
BN
, estas medidas
encontram-se abaixo das medidas correspondentes da distribui¸ao χ
2
1
. Este mesmo
comportamento foi observado no Quadro 4.11 ao compararmos os quantis amostrais
das estat´ısticas LR, LR
CR
e LR
BN
com os da distribui¸ao χ
2
1
. Os quantis amostrais
da estat´ıstica LR excedem os da estat´ıstica LR
CR
e esta, p or sua vez, apresentou
quantis amostrais maiores que os quantis da distribui¸ao χ
2
1
. Observamos ainda que
os quantis da estat´ıstica LR
BN
ao excederam os da distribui¸ao χ
2
1
.
No Quadro 4.12 apresentamos os resultados de simula¸ao de 100.000 amostras de
Monte Carlo com o intuito de avaliar os tamanhos emp´ıricos dos testes para valores
47
Quadro 4.10 M´edia e variˆancia de χ
2
1
, LR
p
, LR
CR
e LR
BN
para um mo delo
indexado pelos parˆametros β = 1, α = 0,5 e n = 10.
momentos χ
2
1
LR LR
CR
LR
BN
m´edia 1,000 1,151 1,030 0,910
variˆancia 2,000 2,590 2,078 1,622
Quadro 4.11 Quantis de χ
2
1
, LR
p
, LR
CR
e LR
BN
para um mo delo
indexado pelos parˆametros β = 1, α = 0,5 e n = 10.
quantis(%) χ
2
LR LR
CR
LR
BN
85,0 2,072 2,369 2,124 1,874
90,0 2,706 3,072 2,750 2,425
95,0 3,841 4,408 3,946 3,483
97,0 4,709 5,330 4,779 4,216
99,0 6,635 7,564 6,786 6,008
99,5 7,879 9,221 8,271 7,287
Quadro 4.12 N ´umeros de rejei¸oes em 100.000 amostras de Monte Carlo para um modelo
indexado pelos parˆametros β = 1, α = 0,5 e n = 10.
α(%) exato LR LR
CR
LR
BN
50 50000 53287 51035 48336
15 15000 18367 15967 13406
10 10000 12853 10822 8742
5 5000 7012 5619 4216
3 3000 4566 3450 2475
1 1000 1792 1197 729
0,5 500 943 605 318
0,1 100 209 118 58
0,05 50 118 61 29
0,01 10 31 12 5
pequenos do n´ıvel nominal. Este quadro mostra o n´umero de rejei¸oes para os testes
LR, LR
CR
e LR
BN
para o caso em que n = 10, α = 0,1 e β = 1. Do Quadro 4.12,
notamos que as diferen¸cas relativas entre as taxas de rejei¸ao emp´ıricas e os n´ıveis
nominais dos testes LR e LR
CR
ao positivas, enquanto que para o teste LR
BN
esta diferen¸ca ´e negativa. Tamem podemos observar que estas diferen¸cas ao mais
elevadas no extremo da cauda da distribui¸ao χ
2
1
. Por exemplo, para o teste LR, ao
48
n´ıvel nominal 50% esta diferen¸ca ´e de 6,57% ((5328750000)/50000×100) enquanto
que ao n´ıvel nominal 0,05% ela ´e de 136% ((118 50)/50 ×100). Para o teste LR
CR
esta diferen¸ca ´e menos acentuada; por exemplo, para as duas situa¸oes citadas acima
as diferen¸cas relativas ao de 2,07% ((51035 50000)/50000 × 100) e 22% ((61
50)/50 × 100), respectivamente. Para o teste LR
BN
, ainda considerando as duas
situa¸oes anteriores, as diferen¸cas relativas ao 3, 38% ((4833650000)/50000×100
e 42% ((29 50)/50 × 100), respectivamente.
Apresentamos, no Quadro 4.13, um estudo de poder dos testes aqui considerados
para testar a hip´otese H
0
: β = β
0
contra H
0
: β = β
0
, em que β
0
assume valo-
res variando de 1,2 a 4. Utilizamos valores cr´ıticos estimados ao ines dos valores
tabulados. Consideramos o modelo gerado com parˆametros α = 1 e β = 1 para
o tamanho amostral n = 10. Observamos que o teste LR ´e mais poderoso que o
teste LR
CR
e este, por sua vez, ´e mais poderoso que o teste LR
BN
. Por exemplo,
para β
0
= 2,8 e n´ıvel nominal de 5%, os testes LR, LR
CR
e LR
BN
apresentaram os
seguintes poderes: 90,77, 90,37 e 89,95, respectivamente. Para valores maiores de β
0
as diferen¸cas entre os poderes destes testes passam a ser menos acentuadas.
Quadro 4.13 Poderes dos testes calculados de 10.000 amostras de Monte Carlo geradas a partir
de uma distribui¸ao Birnbaum-Saunders com parˆametros β = 1 e α = 0,1.
β
0
5% 1%
LR LR
CR
LR
BN
LR LR
CR
LR
BN
1, 2 8,88 8,83 8,79 1,930 1,920 1,880
1, 6 30,38 30,07 29,69 9,420 9,360 9,170
2, 0 59,16 58,53 58,17 25,370 24,820 24,370
2, 4 79,69 79,20 78,68 44,050 43,150 41,910
2, 8 90,77 90,37 89,95 61,500 60,270 58,640
3, 2 96,79 96,63 96,25 75,970 74,900 73,140
3, 6 98,86 98,74 98,57 85,650 84,510 82,880
4, 0 99,65 99,60 99,55 92,550 91,610 90,330
A Figura 4.3 mostra o gr´afico das discrepˆancias relativas entre os quantis a-
mostrais e os quantis assinoticos das estat´ısticas de teste contra os correspondentes
quantis assint´oticos. Estas discrepˆancias oscilam em patamares diferentes para as
trˆes estat´ısticas consideradas. A curva de discrepˆancias relativas de quantis para
49
Figura 4.3 Gr´afico das discrepˆancias relativas de quantis
em rela¸ao a α (n = 10, α = 0,5 e β = 1).
0 2 4 6 8 10
−0.1 0.0 0.1 0.2
Quantis assintóticos
Discrepâncias relativas de quantis
LR
LR
CR
LR
BN
Figura 4.4 Gr´afico das discrepˆancias relativas de n´ıveis descritivos
em rela¸ao a α (n = 10, α = 0,5 e β = 1).
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0
0.0 0.5 1.0
Níveis descritivos assintóticos
Discrepâncias relativas de níveis descritivos
LR
LR
CR
LR
BN
50
LR encontra-se no patamar mais elevado, o que confirma que este teste ´e o mais
anti-conservativo. Por outro lado, a estat´ıstica LR
BN
mostrou-se conservativa, pois
apresentou discrepˆancias relativas de quantis em torno de -8%. Finalmente, a es-
tat´ıstica LR
CR
apresentou a curva de discrepˆancia de quantis bem mais pr´oxima da
ordenada nula.
Na Figura 4.4 temos o gr´afico das discrepˆancias relativas entre n´ıveis descritivos
dos testes contra os n´ıveis descritivos assint´oticos. Observamos que quando se cami-
nha em dire¸ao ao extremo da cauda da distribui¸ao χ
2
de referˆencia as discrepˆancias
relativas de n´ıveis descritivos para os testes LR e LR
BN
tendem a se afastar rapida-
mente do eixo horizontal nulo. Por´em, este afastamento se a em dire¸oes contr´arias.
Tais discrepˆancias ao bem menos acentuadas para o teste LR
CR
no extremo da
cauda.
51
Cap´ıtulo 5
Aplica¸oes
Neste cap´ıtulo apresentaremos aplica¸oes pr´aticas dos desenvolvimentos apre-
sentados at´e enao para a distribui¸ao Birnbaum-Saunders com dois exemplos de
conjuntos de dados reais. Para ilustrar o efeito do tamanho amostral, os exemplos
considerados consistem de conjuntos de dados com tamanhos diferentes, um envol-
vendo uma quantidade pequena e o outro, uma quantidade elevada de observoes.
Em ambos os casos os assumimos que os dados ao independentes e seguem dis-
tribui¸ao Birnbaum-Saunders. Realizaremos inferˆencias para os parˆametros de forma
e escala usando as fun¸oes de verossimilhan¸ca perfilada e perfiladas modificadas que
foram apresentadas na Se¸ao 3.4.
Todos os resultados foram obtidos utilizando a plataforma computacional Ox,
bem como suas rotinas e fun¸oes; ver Doornik (2001). O procedimento utilizado
para as maximiza¸oes num´ericas foi o algoritmo quasi-Newton BFGS.
5.1 Exemplo 1 - Fadiga do alum´ınio 6061-T6
Os dados utilizados neste exemplo est˜ao apresentados no Quadro 5.1 e foram
obtidos de Birnbaum-Saunders (1969b). Estes dados consistem do n´umero de ciclos
de estresse sofrido at´e a falha de 101 tiras de amina de alum´ınio 6061-T6 com corte
paralelo na dire¸ao do metal. Cada observao foi submetida a uma carga peri´odica
com frequˆencia de 18 ciclos por segundo e estresse aximo de 31 kpsi.
Inicialmente estamos interessados em realizar inferˆencias sobre o parˆametro α.
As estimativas de axima verossimilhan¸ca obtidas atrav´es da maximiza¸ao das
fun¸oes de verossimilhan¸ca perfilada e suas vers˜oes modificadas ao α = 0,17038,
α
CR
= 0,17125 e α
BN
= 0,17122.
52
Suponha que estamos interessados em testar a hip´otese H
0
: α = 0,15 contra
H
1
: α = 0.15. Para este teste, as estat´ısticas da raz˜ao de verossimilhan¸cas baseadas
nas fun¸oes
p
(α),
CR
(α) e
BN
(α) ao, respectivamente, 3,5771, 3,8421 e 3,8351,
que conduzem aos respectivos n´ıveis descritivos 0,05858, 0,04998 e 0,05019. Aqui, o
tamanho da amostra ´e grande (n = 101), portanto, como esperado, os testes baseados
nas estat´ısticas da raz˜ao de verossimilhan¸cas perfiladas modificadas de Cox e Reid
e Barndorff-Nielsen apresentaram n´ıveis descritivos aproximadamente iguais aos do
teste da raz˜ao de verossimilhan¸cas usual. Mesmo assim, ao n´ıvel significˆancia de 5%,
o teste baseado na estat´ıstica da raz˜ao de verossimilhan¸cas perfiladas modificado de
Cox e Reid rejeita a hip´otese nula, enquanto os demais ao a rejeitam. Dessa forma,
os testes apresentam conclus˜oes divergentes.
Quadro 5.1 N ´umero de ciclos at´e a falha da amina do alum´ınio 6061 - T6.
70 90 96 97 99 100 103 104 104 105 107
108 108 108 109 109 112 112 113 114 114 114
116 119 120 120 120 121 121 123 124 124 124
124 124 128 128 129 129 130 130 130 131 131
131 131 131 132 132 132 133 134 134 134 134
134 136 136 137 138 138 138 139 139 141 141
142 142 142 142 142 142 144 144 145 146 148
148 149 151 151 152 155 156 157 157 157 157
158 159 162 163 163 164 166 166 168 170 174
196 212
Agora, considerando a realiza¸ao de inferˆencias sobre o parˆametro β, a hip´otese
nula de interesse ´e H
0
: β = 125. Para este teste, as estat´ısticas da raz˜ao de verossimi-
lhan¸cas perfiladas e perfiladas modificadas obtidas ao LR = 9,4279, LR
CR
= 9,3338
e LR
BN
= 9,2397, que conduzem aos respectivos n´ıveis descritivos 0,00214, 0,00225
e 0,00237. Aqui, verificamos que os testes apontam para a mesma conclus˜ao. Isto ´e,
os trˆes testes considerados rejeitam a hip´otese nula ao n´ıvel de 1% de significˆancia.
A estimativa de axima verossimilhan¸ca para β ´e
β = 131,81879.
53
5.2 Exemplo 2 - Fadiga da chumaceira
Neste segundo exemplo utilizamos os dados apresentados por McCool (1974)
para o tempo de fadiga em horas de 10 chumaceiras de um certo tipo. Estes dados
tamb´em foram utilizados por Cohen et al. (1984) como exemplo ilustrativo para a
distribui¸ao Weibull de trˆes parˆametros. Os dados est˜ao apresentados no Quadro
5.2.
Quadro 5.2 Tempo de fadiga em horas das chumaceiras.
152,7 172,0 172,5 173,3 193,0
204,7 216,5 234,9 262,6 422, 6
As estimativas de axima verossimilhan¸ca perfilada e perfiladas modificadas
para o parˆametro α ao α = 0,2825, α
CR
= 0,2989 e α
BN
= 0,2973. Suponha que
estamos interessados em testar H
0
: α = 0,21 contra H
1
: α = 0,21. Para este
teste, obtemos as estat´ısticas da raz˜ao de verossimilhan¸cas perfiladas e perfiladas
modificadas LR = 2,1646, LR
CR
= 2,8438 e LR
BN
= 2,7963, que conduzem aos
n´ıveis descritivos 0,1412, 0,0917 e 0,0945, respectivamente. Assim, os testes baseados
nas estat´ısticas LR
CR
e LR
BN
rejeitam a hip´otese nula, enquanto que o teste baseado
na estat´ıstica LR ao rejeita a hip´otese nula ao n´ıvel de significˆancia de 10%. Dessa
forma, os testes conduzem a conclus˜oes diferentes.
Para o parˆametro β, a estimativa de axima verossimilhan¸ca ´e
β = 212,05.
Suponha que o interesse reside em testar a hip´otese H
0
: β = 180 contra H
1
:
β = 180. Para este teste, temos LR = 2,9417, LR
CR
= 2,6415 e LR
BN
= 2,3414;
estas estat´ısticas conduzem aos respectivos n´ıveis descritivos 0,0863, 0,1041 e 0,1260.
Observamos que estes testes, novamente, conduzem a conclus˜oes divergentes. O teste
que rejeita a hip´otese nula ao n´ıvel de 10% de significˆancia ´e o teste baseado na
estat´ıstica LR.
54
Cap´ıtulo 6
Conclus˜oes
No desenvolvimento deste trabalho apresentamos as caracter´ısticas e proprie-
dades da distribui¸ao Birnbaum-Saunders. Derivamos para esta distribui¸ao as
fun¸oes de verossimilhan¸ca perfilada e perfiladas modificadas de Cox e Reid (1987)
e Barndorff-Nielsen (1983). Estas fun¸oes foram derivadas para o caso (i) em que
temos α como parˆametro de interesse e β de perturba¸ao. Para este caso, a fun¸ao
de verossimilhan¸ca perfilada modificada de Barndorff-Nielsen foi obtida usando a
aproxima¸ao de Severini (1999). Para o caso (ii), ou seja, quando β ´e o parˆametro
de interesse e α ´e o parˆametro de perturba¸ao, usamos a aproxima¸ao proposta
por Severini (1998) para obter a fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada modificada de
Barndorff-Nielsen. Listaremos a seguir as principais conclus˜oes desta disserta¸ao
para cada caso separadamente.
Caso (i): Os estimadores α
p
, α
CR
e α
BN
foram obtidos a partir da maximiza¸ao de
suas respectivas fun¸oes de verossimilhan¸cas perfiladas. Diversas simula¸oes foram
realizadas para avaliar os comportamentos destes estimadores. As simula¸oes ilus-
tram detalhadamente os comportamentos destes estimadores em situa¸oes bem es-
pec´ıficas.
´
E importante destacar que os estimadores α
CR
e α
BN
mostraram-se mais
centrados em rela¸ao ao estimador α
p
para todos os valores de α considerados. Os es-
timadores α
CR
e α
BN
apresentaram desempenhos bem semelhantes, principalmente
para valores de α = 0,1 e 0,5. Vale salientar que valores pequenos para o parˆametro
de forma ao comumente verificados em aplica¸oes pr´aticas. Portanto, tanto o esti-
mador α
CR
quanto o estimador α
BN
conduzem a estimativas precisas. Em seguida,
estudamos os tamanhos dos testes baseados nas estat´ısticas LR, LR
CR
e LR
BN
. Os
testes LR
CR
e LR
BN
, no geral, conduziram a taxas de rejei¸ao bem semelhantes.
55
Estes testes tamb´em apresentaram desempenhos consideravelmente superiores em
rela¸ao ao teste usual LR, principalmente em amostras pequenas e para valores mais
elevados do parˆametro de forma. Portanto, recomendamos o uso do teste LR
CR
ou do teste LR
BN
por apresentarem desempenhos bastante satisfat´orios mesmo em
condi¸oes adversas.
Caso (ii): Os estimadores perfilados modificados obtidos para o parˆametro β ao
equivalentes ao estimador
β, pois maximizar as fun¸oes de verossimilhan¸cas perfi-
ladas modificadas obtidas equivale a maximizar a fun¸ao de verossimilhan¸ca perfi-
lada. Alguns resultados de simula¸ao foram apresentados para o estimador
β. Este
estimador apresentou comportamento bastante satisfat´orio, entretanto, para valores
elevados do parˆametro α observamos uma deteriora¸ao no seu desempenho. Os
testes da raz˜ao de verossimilhan¸cas LR, LR
CR
e LR
BN
foram obtidos a partir de
suas respectivas fun¸oes de verossimilhan¸cas. Atrav´es dos resultados de simula¸ao
verificamos que, em geral, o teste LR
CR
apresentou desempenho superior em rela¸ao
aos demais. Observamos tamb´em que o teste LR
BN
foi bastante conservativo, prin-
cipalmente para amostras pequenas e para valores elevados do parˆametro de forma,
enquanto que o teste usual LR mostrou-se bastante anti-conservativo nestas mesmas
condi¸oes. Dessa forma, recomendamos o uso do teste LR
CR
quando a interesse
em testar hip´oteses sobre o parˆametro de escala β.
Por fim, conclu´ımos que as fun¸oes de verossimilhan¸cas perfiladas modificadas
desenvolvidas para a distribui¸ao Birnbaum-Saunders podem melhorar consideravel-
mente a qualidade das inferˆencias produzidas para o parˆametro de interesse. Os
resultados contidos na presente disserta¸ao possuem vasta aplicabilidade para pro-
blemas que envolvem a modelagem de desgaste estoastico em geral.
56
Apˆendice A
Neste apˆendice, apresentamos os alculos de algumas quantidades necess´arias
`a obten¸ao das fun¸oes de verossimilhan¸cas perfiladas modificadas propostas por
Cox e Reid (1987) e Barndorff-Nielsen (1983) na distribui¸ao Birnbaum-Saunders
considerando o caso em que temos como parˆametro de interesse o parˆametro de
forma e tamb´em quando o parˆametro de interesse ´e o parˆametro de escala.
O logaritmo da fun¸ao de verossimilha¸ca do vertor de parˆametros θ = ( τ, φ)
da
distribui¸ao Birnbaum-Saunders ´e dado por
(θ) = n log(αβ) +
n
i=1
log
β
t
i
1/2
+
β
t
i
3/2
1
2α
2
n
i=1
t
i
β
+
β
t
i
2
= n log(αβ) +
n
i=1
log
β
t
i
1/2
+
β
t
i
3/2
1
2α
2
n
i=1
t
i
β
+ β
n
i=1
1
t
i
2n
.
Podemos reescrever o logaritmo da fun¸ao de verossimilhan¸ca dado acima como
(θ) = n log(αβ) +
n
i=1
log(β
1/2
t
1/2
i
+ β
3/2
t
3/2
i
)
n
2α
2
r
β
+
β
s
2
,
em que
r =
1
n
n
i=1
t
i
, s =
1
n
n
i=1
t
1
i
1
e K(γ) =
1
n
n
i=1
(γ + t
i
)
1
1
, para γ > 0.
Obten¸ao da fun¸ao escore:
As derivadas de primeira ordem com respeito a α e β ao dadas, respectivamente,
por
u
α
=
(θ)
α
=
n
α
+
n
α
3
r
β
+
β
s
2
e
u
β
=
(θ)
β
=
n
β
+
1
2
t
1/2
i
β
1/2
+ 3β
1/2
t
i
3/2
β
1/2
t
1/2
i
+ β
3/2
t
3/2
i
+
n
2α
2
r
β
2
1
s
=
n
β
+
n
2
1
β
+
2
K(β)
+
n
2α
2
r
β
2
1
s
.
57
Obten¸ao da matriz de informa¸ao observada:
As derivadas de segunda ordem com respeito a α e β ao dadas por
j
αβ
(θ) =
2
(θ)
α∂β
=
n
α
3
r
β
2
+
1
s
,
j
αα
(θ) =
2
(θ)
α
2
=
n
β
3n
α
4
r
β
+
β
s
2
e
j
ββ
(θ) =
2
(θ)
β
2
=
n
β
2
n
2
1
β
2
+
2K
(β)
K
2
(β)
n
α
2
r
β
3
.
em que o termo K
(β) ´e obtido abaixo:
fazendo
u =
1
n
n
i=1
(β + t
i
)
1
,
tem-se que
K
(β) =
u
u
2
,
em que
u
=
1
n
n
i=1
1
(β + t
i
)
2
=
1
n
n
i=1
(β + t
i
)
2
.
Portanto,
K
(β) =
1
n
n
i=1
(β + t
i
)
2
1
n
n
i=1
(β + t
i
)
1
2
=
n
n
i=1
(β + t
i
)
2
n
i=1
(β + t
i
)
1
2
.
Obten¸ao das fun¸oes de verossimilhan¸cas perfiladas:
Substituindo α por α
β
no logaritmo da fun¸ao de verossimilhan¸ca original obt´em-
se
p
(β) = n log(α
β
) n log β +
n
i=1
log
β
t
i
1/2
+
β
t
i
3/2
n
2α
2
β
r
β
+
β
s
2
=
n
2
log
r
β
+
β
s
2
n log β +
n
i=1
log
β
t
i
1/2
+
β
t
i
3/2
n
2
r
β
+
β
s
2
1
r
β
+
β
s
2
=
n
2
log
r
β
+
β
s
2
n log β +
n
i=1
log
β
t
i
1/2
+
β
t
i
3/2
n
2
58
A primeira derivada de
p
(β) ´e dada por
p
(β)
β
=
n
2
1
s
r
β
2
r
β
+
β
s
2
1
n
β
+
n
2
1
β
+
2
K(β)
.
O estimador de axima verossimilhan¸ca de β para α fixado ´e o mesmo estimador
de axima verossimilhan¸ca original (
β
α
=
β). Substituindo
β por β em (θ) temos
p
(α) = n log α n log
β +
n
i=1
log
β
t
i
1/2
+
β
t
i
3/2
n
2α
2
r
β
+
β
s
2
.
A primeira derivada da fun¸ao
p
(α) ´e dada por
p
(α)
α
=
n
α
+
n
α
3
r
β
+
β
s
2
.
Obten¸ao das fun¸oes de verossimilhan¸cas perfiladas modificadas de Cox e Reid:
Quando α ´e o parˆametro de interesse, a fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada de
Cox e Reid ´e dada por
CR
(α) =
p
(α)
1
n
log |j
ββ
(α,
β
α
)|,
em que
j
ββ
(α,
β
α
) =
n
β
2
+
n
2
1
β
2
+
2K
(
β)
K
2
(
β)
+
n
α
2
r
β
3
,
sendo a primeira derivada de
CR
(α) dada por
CR
(α)
α
=
n
α
+
n
α
3
r
β
+
β
s
2
1
2
n
β
2
+
n
2
1
β
2
+
2K
(
β)
K
2
(
β)
+
n
α
2
r
β
3
1
r
β
3
2n
α
3
=
n
α
+
n
α
3
r
β
+
β
s
2
1
2
n
β
2
n
2
1
β
2
+
2K
(
β)
K
2
(
β)
n
α
2
r
β
3
1
2r
β
3
.
Quando β ´e o parˆametro de interesse, a fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada
modificada de Cox e Reid ´e dada por
CR
(β) =
p
(β)
1
n
log |j
αα
(α
β
, β)|,
59
em que
j
αα
(α
β
, β) = n
r
β
+
β
s
2
1
+ 3n
r
β
+
β
s
2
2
r
β
+
β
s
2
= n
r
β
+
β
s
2
1
+ 3n
r
β
+
β
s
2
1
= 2n
r
β
+
β
s
2
1
,
sendo a primeira derivada de
CR
(β) dada por
CR
(β)
β
=
n
2
r
β
+
β
s
2
1
1
s
r
β
2
n
β
+
n
2
1
β
+
2
K(β)
+
1
2
r
β
+
β
s
2
1
1
s
r
β
2
.
Obten¸ao das fun¸oes de verossimilhan¸cas perfiladas de Barndorff-Nielsen:
Quando α ´e o parˆametro de interesse, a fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada
modificada de Barndorff-Nielsen ´e dada por
BN
(α) =
p
(α) +
1
2
log |j
ββ
(α,
β
α
)| log |
β;
β
(α,
β
α
)|.
A quantidade
β;
β
(α,
β
α
) pode ser aproximada por
ˆ
I(θ; θ
0
) =
n
j=1
(j)
β
(θ
0
)
(j)
β
(θ),
em que
(j)
β
(θ) =
1
β
+
1
2
t
1/2
j
β
1/2
+ 3β
1/2
t
3/2
j
t
1/2
j
β
1/2
+ β
3/2
t
3/2
j
+
1
2α
2
t
j
β
2
1
t
j
,
(j)
β
(θ
0
) =
1
β
0
+
1
2
t
1/2
j
β
1/2
0
+ 3β
1/2
0
t
3/2
j
t
1/2
j
β
1/2
0
+ β
3/2
0
t
3/2
j
+
1
2α
2
0
t
j
β
2
0
1
t
j
,
60
θ
0
= (α,
β) e θ = (α,
β). Observamos que β
0
= β. Assim,
(j)
β
(θ
0
)
(j)
β
(θ) =
1
β
+
1
2
A
j
+
1
2α
2
0
B
j
1
β
+
1
2
A
j
+
1
2α
2
B
j
=
1
4
2
β
+ A
j
+
1
α
2
0
B
j
2
β
+ A
j
+
1
α
2
B
j
=
1
4
4
β
2
2
β
A
j
2
βα
2
B
j
2
β
A
j
+ A
2
j
+
1
α
2
A
j
B
j
2
βα
2
0
B
j
+
1
α
2
0
A
j
B
j
+
1
α
2
α
2
0
B
2
j
=
1
4
4
β
2
4A
j
β
2B
j
β
1
α
2
+
1
α
2
0
+
1
α
2
+
1
α
2
0
A
j
B
j
+ A
2
j
+
B
2
j
α
2
α
2
0
=
1
4
4
β
2
4
β
A
j
+
1
α
2
+
1
α
2
0
A
j
B
j
2
β
B
j
+ A
2
j
+
1
α
2
α
2
0
B
2
j
Assim, temos
ˆ
I(θ
0
; θ) =
n
j=1
(j)
β
(θ
0
)
(j)
β
(θ) =
1
4
4n
β
2
4
β
n
j=1
A
j
+
1
α
2
+
1
α
2
0
×
n
j=1
A
j
B
j
2
β
n
j=1
B
j
+
n
j=1
A
2
j
+
1
α
2
α
2
0
n
j=1
B
2
j
,
em que
A
j
=
t
1/2
j
β
1/2
+ 3β
1/2
t
3/2
j
t
1/2
j
β
1/2
+ β
3/2
t
3/2
j
e B
j
=
t
j
β
2
1
t
j
.
Note que
n
j=1
A
j
= n
1
β
+
2
K(β)
e
n
j=1
B
j
= n
r
β
2
1
s
.
A derivada da quantidade log |I(θ
0
; θ)| ´e dada por
log |
ˆ
I(θ
0
; θ)|
α
=4
4n
β
2
4
β
n
j=1
A
j
+
1
α
2
+
1
α
2
0
n
j=1
A
j
B
j
2
β
n
j=1
B
j
+
n
j=1
A
2
j
+
1
α
2
α
2
0
n
j=1
B
2
j
1
×
4
α
3
β
n
j=1
B
j
2
α
3
n
j=1
A
j
B
j
2
α
3
α
2
0
n
j=1
B
j
.
61
Quando β ´e parˆametro de interesse, a fun¸ao de verossimilhan¸ca perfilada mo-
dificada de Barndorff-Nielsen ´e dada por
BN
(β) =
p
(β) +
1
2
log |j
αα
(α
β
, β)| log |
α;α
(α
β
, β)|.
A quantidade
α;α
(α
β
, β) pode ser aproximada por
I(θ; θ
0
) = E
(j)
α
(θ
0
)
(j)
α
(θ)
,
em que
α
(θ) =
n
α
+
n
α
3
r
β
+
β
s
2
,
α
(θ
0
) =
n
α
0
+
n
α
3
0
r
β
0
+
β
0
s
2
e θ
0
= (α,
β) e θ = (α
β
, β). Sabemos que E [
α
(θ
0
)] = 0. Dessa forma, temos
E
(j)
α
(θ
0
)
(j)
α
(θ)
=
n
α
E [
α
(θ
0
)] +
n
α
3
β
E [
α
(θ
0
)] +
α
3
E [
α
(θ
0
)]
2n
α
3
E [
α
(θ
0
)]
=
n
α
3
β
α
0
β
0
+
α
3
α
0
β
0
=
0
α
3
β
0
β
+
β
β
0
=
nα
α
3
β
β
β
+
β
β
.
A derivada de primeira ordem de
BN
(β) ´e dada por
BN
(β)
β
=
p
(β)
β
+
1
2
log |j
αα
(α
β
, β)|
β
log
nα
α
3
β
β
β
+
β
β
β
,
em que a derivada da quantidade log
nα
α
3
β
β
β
+
β
β
´e dada por
log
nα
α
3
β
β
β
+
β
β
β
=
log nα
β
log α
3
β
β
+
log
β
β
+
β
β
β
=
1
α
3
β
3
2
r
β
+
β
s
2
1/2
1
s
r
β
2
β
β
+
β
β
1
1
β
β
β
2
=
3
2α
2
β
1
s
r
β
2
β
β
+
β
β
1
1
β
β
β
2
62
Apˆendice B
Neste apˆendice, apresentamos os programas utilizados para gera¸ao dos resul-
tados de simula¸ao obtidos nesta disserta¸ao. ao apresentados dois programas, a
saber: o programa de simula¸ao utilizado no Cap´ıtulo 4 para gera¸ao dos resultados
de simula¸ao quando α ´e o parˆametro de interesse e o programa utilizado para gerar
os resultados das aplica¸oes pr´aticas desenvolvidas no Cap´ıtulo 5. Esses dois pro-
gramas fazem referˆencia aos odulos likelihood.ox e likelihood.h. O primeiro
odulo cont´em as fun¸oes que permitem o alculo das verossimilhan¸cas perfiladas
modificadas e o segundo cont´em as diretrizes de liga¸ao do odulo likelihood.ox.
O programa de simula¸ao para o parˆametro β foi omitido devido `a sua semelhan¸ca
com o programa que compreende as simula¸oes para o parˆametro de forma α.
Programa de simula¸ao
/****************************************************************************
PROGRAMA: program1A.ox
DESCRICAO: Programa de simulacao principal. Simula as taxas de rejeicao
e calcula as estimativas de maxima verossimilhanca baseado nas
verossimilhancas perfiladas modificadas.
AUTOR: Carlos Gadelha Junior.
DATA: 11 de Abril de 2005.
ULTIMA MODIFICACAO: 12 de Janeiro de 2006
****************************************************************************/
#include <oxstd.h>
#include <oxprob.h>
#import <maximize>
#import <solvenle>
#include <oxfloat.h>
#import <likelihood>
main()
{
decl alpha, beta, et, n, nrepls, nsamples, i, j, X, test, rv, results,
criticalvalue, dfunc, vp, ir, x, c1, c2, c3, alphahat, pontualresults,
initialvalue, a, b, c;
decl chisq, qperf, qcoxr, aux, qbarn, pbarn, results2, criticalvalue2,
pchisq,pperf,pcoxr,n_cv2,n_cv3,results3, criticalvalue3;
63
// Inicializando o tempo
et = timer();
// Gerador de numeros aleatorios
ranseed("GM"); // George Marsaglia
ranseed({111,1111}); // semente do gerador
// Especificando os parametros da distribuicao
alpha = 0.5; beta = 1.00;
// Especificando os parametros de simulacao
n = <10,25,50>; nrepls = 100; nsamples = 1;
initialvalue = <0.5>; // para alpha
// Inicializando quantidades para o teste da razao de verossimilhancas
rv = zeros(3,nrepls);
criticalvalue = <2.705543,3.841459,6.634897,7.879439>;
results = zeros(3,4);
alphahat = zeros(3,nrepls);
pontualresults = zeros(3,7);
criticalvalue2 = range(0,9,0.01); // Variavel auxiliar para graficos
n_cv2 = columns(criticalvalue2);
results2 = zeros(3,n_cv2); // Variavel auxiliar para graficos
criticalvalue3 = quanchi(<0.50,0.85,0.90,0.95,0.97,0.99,
0.995,0.999,0.9995,0.9999>,1); //Aux. para tabela
n_cv3 = columns(criticalvalue3);
results3 = zeros(4,n_cv3); // Variavel auxiliar para graficos
a=b=c=0; c1=c2=c3=0;
// Salvando resultados (usados para os graficos)
decl file = fopen("rvA.txt", "w");
decl file2 = fopen("probA.txt","w");
// Loop para o tamanho amostral
for(j=0;j<nsamples;++j)
{
N = n[j];
// Loop para o numero de replicas
for(i=0;i<nrepls;)
{
// Gerando vetor aleatorio com distribuicao N(0,alpha^2/4)
X = (alpha/2).*rann(1,n[j]);
// Gerando vetor aleatorio com distribuicao Birnbaum-Saunders
t = beta.*(1 + 2*X.^2 + 2*X.*(1 + X.^2).^0.5);
u = meanr(t); //media aritmetica amostral
v = (meanr(t.^-1))^-1; //media armonica amostral
// Calculando o EMV de beta
64
x = <1.00>;
SolveNLE(nle_beta, &x);
betahat = x;
/////////////////////////////
B = (t.*(betahat.^-2) - (t.^-1));
A = 0.5*( (t*betahat).^-0.5 + 3*(betahat^0.5*t.^-1.5) )
.*( ( (t.^-0.5*betahat.^0.5) + (betahat^1.5*t.^-1.5) ).^-1 );
dfunc = 0; // valor inicial da funcao
vp = initialvalue; // valor inicial do parametro
// maximizacao de alpha
ir = MaxBFGS(fBS_profileAlpha, &vp, &dfunc, 0, FALSE);
alphahat[0][i] = vp;
a = ir; // checando convergencia
c1 = (ir!=MAX_CONV && ir!=MAX_WEAK_CONV) ? (c1 + 1) : c1;
// teste da razao de verossimilhancas perfiladas para alpha
rv[0][i] = 2*(- N*log(vp) - N*log(betahat) + sumr(log((betahat^0.5)*(t.^-0.5)
+ (betahat^1.5)*(t.^-1.5))) + (-N/(2*vp^2))*(u/betahat+betahat/v-2)
- (- N*log(alpha) - N*log(betahat) + sumr(log((betahat^0.5)
*(t.^-0.5) + (betahat^1.5)*(t.^-1.5))) + (-N/(2*alpha^2))
*(u/betahat + betahat/v - 2)));
K = (meanr((betahat + t).^-1)).^-1;
dK = (N*sumr((betahat + t).^-2))/((sumr((betahat + t).^-1)).^2);
alphazero = (u/betahat + betahat/v - 2).^0.5;
dfunc = 0; // valor inicial da funcao
vp = initialvalue; // valor inicial do parametro
ir = MaxBFGS(fBS_profileAlphaCR, &vp, &dfunc, 0, FALSE); // maximizacao de CR
alphahat[1][i] = vp;
b = ir; // checando convergencia
c2 = (ir!=MAX_CONV && ir!=MAX_WEAK_CONV) ? (c2 + 1) : c2;
//teste da razao de verossimilhancas perfiladas de Cox&Reid para alpha
rv[1][i] = 2*(- N*log(vp) - N*log(betahat) + sumr(log((betahat^0.5)*(t.^-0.5)
+ (betahat^1.5)*(t.^-1.5)))+(-N/(2*vp^2))*(u/betahat+betahat/v-2)
- 1/2*log(-(N/(betahat^2)-N/2*(1/(betahat^2) + 2*dK/(K^2))
- (N/(vp^2))*(u/(betahat^3)))) - (-N*log(alpha) - N*log(betahat)
+ sumr(log((betahat^0.5)*(t.^-0.5) + (betahat^1.5)*(t.^-1.5)))
+ (-N/(2*alpha^2))*(u/betahat + betahat/v - 2) - 1/2*log(-(N
/(betahat^2)-N/2*(1/(betahat^2) + 2*dK/(K^2))-(N/(alpha^2))
*(u/(betahat^3))))));
dfunc = 0; // valor inicial da funcao
vp = initialvalue; // valor inicial do parametro
// maximizacao de BN
ir = MaxBFGS(fBS_profileAlphaBN, &vp, &dfunc, 0, FALSE);
alphahat[2][i] = vp;
c = ir; // checando convergencia
c3 = (ir!=MAX_CONV && ir!=MAX_WEAK_CONV) ? (c3 + 1) : c3;
65
//teste da razao de verossimilhancas perfiladas Barndorff-Nielsen para alpha
rv[2][i] = 2*(- N*log(vp)-N*log(betahat)+sumr(log(((betahat^0.5).*(t.^-0.5))
+ ((betahat^1.5)*(t.^-1.5))))+(-N/(2*(vp^2)))*(u/betahat + betahat
/v - 2) + 1/2*log(((-N/(betahat^2)+N/2*(1/(betahat^2)+2*dK/(K.^2))
+ (N/(vp^2))*(u/(betahat^3))))) - log((N/(betahat^2) - (2/betahat)
*sumr(A) + (1/(vp^2) + 1/(alphazero^2)).*(0.5*sumr(A.*B)
-(0.5*betahat^-1)*sumr(B))+sumr(A.^2)+(0.25)*(vp^-2*alphazero^-2)
*sumr(B.^2)))-(-N*log(alpha)-N*log(betahat)+sumr(log(((betahat^0.5)
.*(t.^-0.5)) + ((betahat^1.5)*(t.^-1.5)))) + (-N/(2*(alpha.^2)))
*(u/betahat + betahat/v - 2) + 1/2*log(((-N/(betahat.^2)+N/2
*(1/(betahat.^2) + 2*dK/(K.^2))+(N/(alpha.^2))*(u/(betahat.^3)))))
-log( determinant(N/(betahat.^2) - (2/betahat)*sumr(A)+(1/(alpha^2)
+ 1/(alphazero.^2)).*(0.5*sumr(A.*B) - (0.5*betahat^-1)*sumr(B))
+ sumr(A.^2) + (0.25)*(alpha.^-2*alphazero.^-2)*sumr(B.^2) ))
));
//checando convergencia (para os tres estimadores)
i = ((a==MAX_CONV|a==MAX_WEAK_CONV) && (b==MAX_CONV|b==MAX_WEAK_CONV )
&& (c==MAX_CONV|c==MAX_WEAK_CONV)) ? ++i : i;
} // fim do loop para o numero de replicas
//Estimated size (Rejection rate)...
for(i=0;i<=3;++i)
{
results[0][i] = rejection(rv[0][],criticalvalue[i],nrepls);
results[1][i] = rejection(rv[1][],criticalvalue[i],nrepls);
results[2][i] = rejection(rv[2][],criticalvalue[i],nrepls);
}
// Estimacao pontual:
pontualresults[][0] = meanr(alphahat);
pontualresults[0][1] = bies(alphahat[0][],alpha);
pontualresults[1][1] = bies(alphahat[1][],alpha);
pontualresults[2][1] = bies(alphahat[2][],alpha);
pontualresults[][2] = varr(alphahat);
pontualresults[0][3] = eqm(alphahat[0][],alpha);
pontualresults[1][3] = eqm(alphahat[1][],alpha);
pontualresults[2][3] = eqm(alphahat[2][],alpha);
pontualresults[][4] = fabs((pontualresults[][1]./alpha)*100);
pontualresults[][5] =( 16*(pontualresults[][0].^2).*(11
*(pontualresults[][0].^2) + 6) ) ./((5*(pontualresults[][0].^2) + 4).^3);
pontualresults[][6] =3 + (( 6*(pontualresults[][0].^2).*(93
*(pontualresults[][0].^2) + 41) ) ./((5*(pontualresults[][0].^2) + 4).^2));
// Gerando dados para os graficos
if (j==0){
// Dados: discrepacia relativa de quantil
chisq = quanchi(range(0.05,0.999,0.001),1);
qperf = (quantilec(rv[0][]’,range(0.05,0.999,0.001)) - chisq’)./(chisq’);
qcoxr = (quantilec(rv[1][]’,range(0.05,0.999,0.001)) - chisq’)./(chisq’);
qbarn = (quantilec(rv[2][]’,range(0.05,0.999,0.001)) - chisq’)./(chisq’);
fprint(file, "%9.4f", qperf ~ qcoxr ~ qbarn);
66
// Dados: discrepacia relativa de niveis descritivos
for(i=0;i<n_cv2;++i)
{
results2[0][i] =(rejection(rv[0][],criticalvalue2[i],nrepls)/100);
results2[1][i] =(rejection(rv[1][],criticalvalue2[i],nrepls)/100);
results2[2][i] =(rejection(rv[2][],criticalvalue2[i],nrepls)/100);
}
pchisq = 1-probchi(criticalvalue2,1);
pperf = (results2[0][]’ - pchisq’)./(pchisq’);
pcoxr = (results2[1][]’ - pchisq’)./(pchisq’);
pbarn = (results2[1][]’ - pchisq’)./(pchisq’);
fprint(file2, "%9.4f", pperf ~ pcoxr ~ pbarn);
// Tabela: numero de rejeicoes
for(i=0;i<n_cv3;++i)
{
results3[1][i] =(rejection(rv[0][],criticalvalue3[i],nrepls)/100)*nrepls;
results3[2][i] =(rejection(rv[1][],criticalvalue3[i],nrepls)/100)*nrepls;
results3[3][i] =(rejection(rv[2][],criticalvalue3[i],nrepls)/100)*nrepls;
}
results3[0][] = (1 - <0.50,0.85,0.90,0.95,0.97,0.99,0.995,
0.999,0.9995,0.9999>).*nrepls;
}
// fim dos graficos
// Imprimindo resultados de simulacao:
print( "\n\t\t SIMULATION RESULTS: BIRNBAUM-SAUNDERS
(ALPHA = ","%1.2f",alpha,"; BETA = ","%1.2f",beta,")");
print( "\n\t\t ------------------\n");
print( "\n\t\t OX PROGRAM: ", oxfilename(0) );
print( "\n\t\t OX VERSION: ", oxversion() );
print( "\n\t\t NUM. REPLICATIONS: ", nrepls );
print( "\n\t\t NUM. OBSERVATIONS: ", n[j] );
println("");
println("\n *** Estimated size of Likilihood test ***\n","%r",
{"L-profile","L-Cox&Reid","L-BN"},
"%c",{"10%","5%","1%","0.5%"},"%10.3f",results);
println("\n\n *** Pontual estimation ***\n","%r",{"L-profile","L-Cox&Reid",
"L-BN"}, "%c",{"media","vies","variancia","EQM","RB ","assimetria","curtose"}
,"%10.5f",pontualresults);
println("\n\n *** Mean and Variance of the statistic ***\n","%r",
{"mean","variance"}"%c",{"Qui-quadrado","L-profile"," L-Cox&Reid","L-Barn-N"}
,"%10.3f",(1.00 ~ (meanr(rv))’) | (2.00~(varr(rv))’));
println("\n\n *** Quantiles of the statistic ***\n","%r",
{"85.0","90.0","95.0","97.0","99.0","99.5"},
"%c",{"Qui-quadrado","L-profile"," L-Cox&Reid","L-Barn-N"},"%10.3f",
67
(quanchi(<0.85,0.90,0.95,0.97,0.99,0.995>,1))’~
quantilec(rv’,<0.85,0.90,0.95,0.97,0.99,0.995>));
if (j==0){
println("\n\n *** Number of rejections ***\n","%r",
{"50","15","10","5","3","1","0.5","0.1","0.05","0.01"},
"%c",{"Exato","L-profile"," L-Cox&Reid","L-Barn-N"},"%10.3f",
results3’);
}
// Imprimindo numero de nao convergencias
println("\nNum. No Conv. Profile:", c1);
println("Num. No Conv. CoxReid:", c2);
println("Num. No Conv. Barndorff-Nielsen:", c3);
c1=c2=c3=0;
} // fim do loop do tamanho amostral
fclose(file); //fechando arquivo
fclose(file2); //fechando arquivo
println("\ntempo:",timespan(et));
} // fim do main()
rejection(const vector, const criticalvalue, const nrepls)
{
return (sumr(fabs(vector) .> criticalvalue)/nrepls) * 100;
}
bies(const vector, const parameter)
{
return (meanr(vector) - parameter);
}
eqm(const vector, const parameter)
{
return (varr(vector) + (bies(vector,parameter))^2);
}
/********************************************************************
PROGRAMA: likelihook.ox
DESCRICAO: Modulo de funcoes contento os logaritmos das funcoes de
verossimilhancas perfiladas modificadas
*********************************************************************/
#include <oxstd.h>
//Equao nao-linear de beta
nle_beta(const avF, const vX)
{
68
avF[0] = vX[0]^2 + v*(u + (meanr((vX[0] + t).^-1))^-1) - vX[0]
*(2*v + (meanr((vX[0] + t).^-1))^-1);
return 1;
}
//Verossimilhanca perfilada para alpha
fBS_profileAlpha(const vP, const adFunc, const avScore, const amHessian)
{
adFunc[0] = - N*log(vP[0]) - N*log(betahat) + sumr(log((betahat^0.5)*(t.^-0.5)
+ (betahat^1.5)*(t.^-1.5))) + (-N/(2*vP[0]^2))
*(u/betahat + betahat/v - 2);
if (avScore)
{
avScore[0]= -N/vP[0] + (N/(vP[0]^3))*(u/betahat + betahat/v - 2);
}
return 1;
}
//Verossimilhanca perfilada modificada de Cox&Reid para alpha
fBS_profileAlphaCR(const vP, const adFunc, const avScore, const amHessian)
{
adFunc[0] = - N*log(vP[0]) - N*log(betahat) + sumr(log((betahat^0.5)*(t.^-0.5)
+ (betahat^1.5)*(t.^-1.5))) + (-N/(2*vP[0]^2))
*(u/betahat + betahat/v - 2) - 1/2*log(((-N/(betahat^2)+N/2
*(1/(betahat^2) + 2*dK/(K^2))+(N/(vP[0]^2))*(u/(betahat^3)))) );
if (avScore)
{
avScore[0] = -N/vP[0] + (N/(vP[0]^3))*(u/betahat + betahat/v - 2) - 1/2
*(((((-N/(betahat^2)+(N/2)*(1/(betahat^2) + (2*dK)/(K^2))
+ (N/(vP[0]^2))*(u/(betahat^3))) )^-1))*determinant((-2*u
*N/(betahat^3*vP[0]^3))) );
}
return 1;
}
//Verossimilhanca perfilada modificada de Barndorff-Nielsen para alpha
fBS_profileAlphaBN(const vP, const adFunc, const avScore, const amHessian)
{
adFunc[0] = - N*log(vP[0]) - N*log(betahat) + sumr(log(((betahat^0.5).*(t.^-0.5))
+ ((betahat^1.5)*(t.^-1.5)))) + (-N/(2*(vP[0]^2)))*(u/betahat
+ betahat/v - 2) + 1/2*log(((-N/(betahat^2)+N/2*(1/(betahat^2)
+ 2*dK/(K.^2))+(N/(vP[0]^2))*(u/(betahat^3))) ) )
-log((N/(betahat^2) - (2/betahat) * sumr(A) + (1/(vP[0]^2)
+ 1/(alphazero^2)).*(0.5*sumr(A.*B) - (0.5*betahat^-1)*sumr(B))
+ sumr(A.^2) + (0.25)*(vP[0]^-2*alphazero^-2)*sumr(B.^2) ));
if (avScore)
{
avScore[0] = -N/vP[0] + (N/(vP[0]^3))*(u/betahat + betahat/v - 2) + 1/2
*(((((-N/(betahat^2)+(N/2)*(1/(betahat^2) + (2*dK)/(K^2))
69
+ (N/(vP[0]^2))*(u/(betahat^3))) )^-1))*((-2*u*N/(betahat^3
*vP[0]^3)))) + (((N/(betahat^2) - (2/betahat)*sumr(A)
+ (1/(vP[0]^2) + 1/(alphazero^2)).*(0.5*sumr(A.*B)
- (0.5*betahat^-1)*sumr(B)) + sumr(A.^2) + (0.25)
*(vP[0]^-2*alphazero^-2)*sumr(B.^2) ) )^-1)
*( (0.5*alphazero^-2*vP[0]^-3)*sumr(B.^2) + vP[0]^-3
*(sumr(A.*B) - betahat^-1*sumr(B)));
}
return 1;
}
//Verossimilhanca perfilada para beta
fBS_profileBeta(const vP, const adFunc, const avScore, const amHessian)
{
adFunc[0] = -N/2*log(u/vP[0] + vP[0]/v -2) - N*log(vP[0]) + sumr(log((vP[0]^0.5)
*(t.^-0.5) + (vP[0]^1.5)*(t.^-1.5)));
if (avScore)
{
avScore[0] = -(N/2)*((-u/(vP[0]^2) + 1/v)/(u/vP[0] + vP[0]/v - 2)) - N/vP[0]
+ (N/2)*( 1/vP[0] + (2/N)*sumr((vP[0]+t).^-1) );
}
return 1;
}
//Verossimilhanca perfilada modificada de Cox&Reid para beta
fBS_profileBetaCR(const vP, const adFunc, const avScore, const amHessian)
{
adFunc[0] = -N/2*log(u/vP[0] + vP[0]/v -2) - N*log(vP[0]) + sumr(log((vP[0]^0.5)
*(t.^-0.5) + (vP[0]^1.5)*(t.^-1.5))) - 1/2*log((2*N)/((u/vP[0])
+ (vP[0]/v)-2));
if (avScore)
{
avScore[0] = -(N/2)*((-u/(vP[0]^2) + 1/v)/(u/vP[0] + vP[0]/v - 2)) - N/vP[0]
+ (N/2)*( 1/vP[0] + (2/N)*sumr((vP[0]+t).^-1) ) + (1/2)
*( (u/vP[0] + vP[0]/v - 2)^-1 )*(1/v - u/(vP[0]^2));
}
return 1;
}
//Verossimilhanca perfilada modificada de Barndorff-Nielsen para beta
fBS_profileBetaBN(const vP, const adFunc, const avScore, const amHessian)
{
adFunc[0] = - N/2*log(u/vP[0] + vP[0]/v -2) - N*log(vP[0]) + sumr(log((vP[0]^0.5)
*(t.^-0.5) + (vP[0]^1.5)*(t.^-1.5))) + 1/2*log((2*N)/((u/vP[0])
+ (vP[0]/v)-2)) - log(((N*alphazero)/((u/vP[0] + vP[0]/v -2).^1.5))
*(betazero/vP[0] * vP[0]/betazero));
if (avScore)
{
avScore[0] = -(N/2)*((-u/(vP[0]^2) + 1/v)/(u/vP[0] + vP[0]/v - 2)) - N/vP[0]
+ (N/2)*( 1/vP[0] + (2/N)*sumr((vP[0]+t).^-1) ) - (1/2)
70
*( (u/vP[0] + vP[0]/v - 2)^-1 )*(1/v - u/(vP[0]^2)) + (3/2)
*((u/vP[0] + vP[0]/v - 2)^-1)*(1/v - u/(vP[0]^2)) - ((betazero
/vP[0] + vP[0]/betazero)^-1)*(1/betazero - betazero/(vP[0]^2));
}
return 1;
}
/*************************************************************
PROGRAMA: likelihood.h
DESCRICAO: Modulo contento as diretrizes de ligacao do modulo
likelihood.ox
*************************************************************/
//Equacao nao-linear de beta
nle_beta(const avF, const vX);
//Verossimilhanca perfilada para alpha
fBS_profileAlpha(const vP, const adFunc, const avScore, const amHessian);
//Verossimilhanca perfilada modificada de Cox&Reid para alpha
fBS_profileAlphaCR(const vP, const adFunc, const avScore, const amHessian);
//Verossimilhanca perfilada modificada de Barndorff-Nielsen para alpha
fBS_profileAlphaBN(const vP, const adFunc, const avScore, const amHessian);
//Verossimilhanca perfilada para beta
fBS_profileBeta(const vP, const adFunc, const avScore, const amHessian);
//Verossimilhanca perfilada modificada de Cox&Reid para beta
fBS_profileBetaCR(const vP, const adFunc, const avScore, const amHessian);
//Verossimilhanca perfilada modificada de Barndorff-Nielsen para beta
fBS_profileBetaBN(const vP, const adFunc, const avScore, const amHessian);
Programa para as aplica¸oes paticas
#include <oxstd.h>
#include <oxprob.h>
#import <maximize>
#import <solvenle>
#import "likelihood"
decl t,N,u,v,K,dK,betahat,alphazero,betazero,A,B;
main()
{
decl data,x,thetahat,ir,vp,dfunc,alpha,beta,rv;
decl irb, ira_cr, ira_bn, irb_cr, irb_bn;
71
data = loadmat("dados1.txt"); //Carregando dados
//Teste (Hipotese nula)
alpha = 0.15;
beta = 125;
//inicializando variaveis
thetahat = zeros(3,2);
rv = zeros(3,2);
t = data’;
N = columns(t);
u = sumr(t)/N;
v = (sumr(t.^-1)/N)^-1;
// Calculating the MLE of Beta
x = <200>;
irb = SolveNLE(nle_beta, &x);
betahat = x;
/////////////////////////////
betazero = betahat;
B = (t.*(betahat.^-2) - (t.^-1));
A = 0.5*( (t*betahat).^-0.5 + 3*(betahat^0.5*t.^-1.5) )
.*( ( (t.^-0.5*betahat.^0.5) + (betahat^1.5*t.^-1.5) ).^-1 );
//Estimando o parametro alpha:
thetahat[0][0] = (u/betahat + betahat/v - 2)^0.5;
K = (meanr((betahat + t).^-1))^-1;
dK = -N*sumr((betahat + t).^-2)/(sumr((betahat + t).^-1))^2;
alphazero = thetahat[0][0];
dfunc = 0; //valor inicial da funcao CR
vp = alphazero; //valor inicial do parametro CR
ir = MaxBFGS(fBS_profileAlphaCR, &vp, &dfunc, 0, FALSE); //maximizacao CR
ira_cr = ir; //verificando convergencia
thetahat[1][0] = vp;
dfunc = 0; //valor inicial da funcao BN
vp = alphazero; //valor inicial do parametro BN
ir = MaxBFGS(fBS_profileAlphaBN, &vp, &dfunc, 0, FALSE); //maximizacao BN
ira_bn = ir; //verificando convergencia
thetahat[2][0] = vp;
//fim do procedimento para alpha
// Teste da razao de verossimilhancas perfiladas para alpha
rv[0][0] = 2*(- N*log(thetahat[0][0]) - N*log(betahat) + sumr(log((betahat^0.5)
*(t.^-0.5) + (betahat^1.5)*(t.^-1.5)))
+ (-N/(2*thetahat[0][0]^2))*(u/betahat + betahat/v - 2)
- (- N*log(alpha) - N*log(betahat) + sumr(log((betahat^0.5)*(t.^-0.5)
+ (betahat^1.5)*(t.^-1.5))) + (-N/(2*alpha^2))
72
*(u/betahat + betahat/v - 2)));
// Teste da razao de verossimilhancas perfiladas de Cox&Reid para alpha
rv[1][0] = 2*(- N*log(thetahat[1][0]) - N*log(betahat) + sumr(log((betahat^0.5)
*(t.^-0.5) + (betahat^1.5)*(t.^-1.5))) + (-N/(2*thetahat[1][0]^2))
*(u/betahat + betahat/v - 2) - 1/2*log(-(N/(betahat^2)-N/2*(1
/(betahat^2) + 2*dK/(K^2))-(N/(thetahat[1][0]^2))*(u/(betahat^3)) ))
- (-N*log(alpha) - N*log(betahat) + sumr(log((betahat^0.5)*(t.^-0.5)
+ (betahat^1.5)*(t.^-1.5))) + (-N/(2*alpha^2))*(u/betahat + betahat
/v - 2) - 1/2*log(-(N/(betahat^2)-N/2*(1/(betahat^2) + 2*dK/(K^2))
-(N/(alpha^2))*(u/(betahat^3))))));
// Teste da razao de verossimilhancas perfiladas de Barndorff-Nielsen para alpha
rv[2][0] = 2*(-N*log(thetahat[2][0]) - N*log(betahat) + sumr(log(((betahat.^0.5)
.*(t.^-0.5))+((betahat^1.5)*(t.^-1.5))))+(-N/(2*(thetahat[2][0]^2)))
*(u/betahat + betahat/v - 2) + 1/2*log(((-N/(betahat.^2) + N/2
*(1/(betahat^2)+2*dK/(K.^2))+(N/(thetahat[2][0]^2))*(u/(betahat^3)))))
- log((N/(betahat.^2) - (2/betahat) * sumr(A) + (1/(thetahat[2][0]^2)
+ 1/(alphazero.^2)).*(0.5*sumr(A.*B) - (0.5*betahat^-1)*sumr(B))
+ sumr(A.^2) + (0.25)*(thetahat[2][0]^-2*alphazero^-2)
*sumr(B.^2))) - (-N*log(alpha) - N*log(betahat)
+ sumr(log(((betahat^0.5).*(t.^-0.5)) + ((betahat^1.5)*(t.^-1.5))))
+ (-N/(2*(alpha^2)))*(u/betahat+betahat/v-2)+1/2*log(((-N/(betahat^2)
+ N/2*(1/(betahat^2) + 2*dK/(K.^2))+(N/(alpha^2))*(u/(betahat^3)))))
-log((N/(betahat^2) - (2/betahat) * sumr(A) + (1/(alpha^2)
+ 1/(alphazero^2)).*(0.5*sumr(A.*B) - (0.5*betahat^-1)*sumr(B))
+ sumr(A.^2) + (0.25)*(alpha^-2*alphazero^-2)*sumr(B.^2)))));
//Estimando o parametro beta:
thetahat[0][1] = betahat;
dfunc = 0; //valor inicial da funcao CR
vp = betazero; //valor inicial do parametro CR
ir = MaxBFGS(fBS_profileBetaCR, &vp, &dfunc, 0, FALSE); //maximizacao CR
irb_cr = ir; //verificando convergencia
thetahat[1][1] = vp;
dfunc = 0; //valor inicial da funcao BN
vp = betazero; //valor inicial do parametro BN
ir = MaxBFGS(fBS_profileBetaBN, &vp, &dfunc, 0, FALSE); //maximizacao BN
irb_bn = ir; //verificando convergencia
thetahat[2][1] = vp;
//fim do procedimento para beta
// Teste da razao de verossimilhancas perfiladas para beta
rv[0][1] = 2*(-N/2*log(u/thetahat[0][1] + thetahat[0][1]/v -2)
- N*log(thetahat[0][1]) + sumr(log((thetahat[0][1]^0.5)*(t.^-0.5)
+ (thetahat[0][1]^1.5)*(t.^-1.5))) + N/2*log(u/beta + beta/v - 2)
+ N*log(beta) - sumr(log((beta^0.5)*(t.^-0.5)
+ (beta^1.5)*(t.^-1.5))));
// Teste da razao de verossimilhancas perfiladas de Cox&Reid para beta
rv[1][1] = 2*(-N/2*log(u/thetahat[1][1] + thetahat[1][1]/v -2)
73
- N*log(thetahat[1][1]) + sumr(log((thetahat[1][1]^0.5)*(t.^-0.5)
+ (thetahat[1][1]^1.5)*(t.^-1.5))) - 1/2*log((2*N)
/((u/thetahat[1][1])+(thetahat[1][1]/v)-2)) + N/2*log(u/beta
+ beta/v - 2) + N*log(beta) - sumr(log((beta^0.5)*(t.^-0.5)
+ (beta^1.5)*(t.^-1.5))) + 1/2*log((2*N)/((u/beta)+(beta/v)-2)) );
// Teste da razao de verossimilhancas perfiladas de Barndorff-Nielsen para beta
rv[2][1] = 2*(-N/2*log(u/thetahat[2][1] + thetahat[2][1]/v -2)
- N*log(thetahat[2][1]) + sumr(log((thetahat[2][1]^0.5)*(t.^-0.5)
+ (thetahat[2][1]^1.5)*(t.^-1.5))) + 1/2*log(((2*N)/((u
/thetahat[2][1])+(thetahat[2][1]/v)-2))) - log(( ((N*alphazero)
/((u/thetahat[2][1] + thetahat[2][1]/v -2).^1.5))*(betazero
/thetahat[2][1]*thetahat[2][1]/betazero))) - (-N/2*log(u/beta
+ beta/v -2) - N*log(beta) + sumr(log((beta^0.5)*(t.^-0.5)
+ (beta^1.5)*(t.^-1.5))) + 1/2*log(((2*N)/((u/beta)+(beta/v)-2)))
- log(( ((N*alphazero)/((u/beta + beta/v -2).^1.5))*(betazero/beta
*beta/betazero)))));
// Imprimindo resultados da aplicacao:
print( "\n\t\t APLICATION RESULTS: BIRNBAUM-SAUNDERS");
print( "\n\t\t ------------------\n");
print( "\n\t\t OX PROGRAM: ", oxfilename(0) );
print( "\n\t\t OX VERSION: ", oxversion() );
print( "\n\t\t NUM. OBSERVATIONS: ", N );
print("%r",{"\t\t ARITHMETIC MEAN: ","\t\t HARMONIC MEAN: "},"%10.4f",u
ˇ
);
print("\n\n\t\t *** Estimation of parameters ***\n");
print("%r",{"\t\t PERFILE: ","\t\t COX&REID: ","\t\t BARN-NIL: "},
"%c",{"\t\t ALPHA","BETA"},"%12.6f",thetahat);
print("\n\n\t\t *** Likelihood ratio test ***\n");
print("\t\t Null hypothesis: alpha=",alpha,", beta=",beta,"\n");
print("%r",{"\t\t PERFILE: ","\t\t COX&REID: ","\t\t BARN-NIL: "},
"%c",{"\t\t ALPHA","BETA"},"%12.6f",rv);
print("\n\n\t\t *** Likelihood ratio test (p-value) ***\n");
print("%r",{"\t\t PERFILE: ","\t\t COX&REID: ","\t\t BARN-NIL: "},
"%c",{"\t\t ALPHA","BETA"},"%12.6f", 1 - probchi(rv,1));
print("\n\n\t\t *** Status of convergence ***\n");
println("\n\t\tEstimativa de beta (eq.-linear): ",MaxConvergenceMsg(irb));
println("\n\t\tEstimativa de alpha_CR: ",MaxConvergenceMsg(ira_cr));
println("\n\t\tEstimativa de alpha_BN: ",MaxConvergenceMsg(ira_bn));
println("\n\t\tEstimativa de beta_CR: ",MaxConvergenceMsg(irb_cr));
println("\n\t\tEstimativa de beta_BN: ",MaxConvergenceMsg(irb_bn));
}
74
Referˆencias
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likelihood estimator. Biometrika, 70, 343–365.
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rected likelihood, and extended likelihood. Journal of the Royal Statistical Soci-
ety B, 56, 125–140.
[3] Barndorff-Nielsen, O.E. (1995). Stable and invariant adjusted profile likelihood
and directed likelihood for curved exponential models. Biometrika, 82, 489–500.
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Journal of Applied Probability, 6, 319–327.
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tribuitions with applications to fatigue. Journal of Applied Probability, 6, 328–
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Birnbaum-Saunders distribution. Communications in Statistics Theory and
Methods, 23, 159–167.
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the three-parameter Weibull distribution. Journal of Quality Technology, 16,
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