sensibilizando e motivando o consumidor em sua escolha. Muitas vezes, na frente, na hora da
decisão de levar este ou aquele produto, nesta disputa final, o rótulo pode ser o único fator
decisório para que o consumidor faça sua opção pelo produto de sua preferência.
O autor afirma, com base em resultados de pesquisas de opinião, que o consumidor
cada vez mais está valorizando a existência de um meio ambiente sadio. A sociedade está
mudando, as pessoas estão cada vez mais valorizando os produtos naturais isentos de
defensivos químicos, o consumidor é mais bem informado, conhece os seus direitos, valoriza o
seu dinheiro.
O autor enfatiza que o consumidor sabe que é ele quem decide o destino das
empresas, neste mercado tão competitivo. Procura qualidade para o produto, preço adequado
e, hoje em dia, passa a pensar em como aquele produto relaciona-se com o meio ambiente.
Procura entender quais são os impactos ambientais causados, ou seja, que modificações
aquele produto introduz no meio ambiente.
Como exemplo, pode-se citar o consumidor europeu, que está recusando cada vez
mais, a gasolina com chumbo (embora mais barata) e as tintas à base de solventes, preferindo
as tintas à base de água (embora mais caras). Mesmo aqui, no Brasil, as donas de casa
preferem detergentes biodegradáveis, pois elas, provavelmente, já viram através dos meios de
comunicação os estragos feitos em nossos rios pelos detergentes não biodegradáveis.
Como foi dito, a comunicação final com o consumidor é feita pelo rótulo e, sabendo
dessa nova postura das pessoas, muitas empresas passaram a realçar, no rótulo, as
vantagens ambientais do produto. Porém, no início começaram aparecer rótulos muito vagos e
que hoje não são bem vistos pelo consumidor, do tipo “Empresa Amiga do Meio Ambiente”,
“Empresa Socialmente Responsável”, “Ajude a Salvar o Mico Leão Dourado” ou “Salve as
Baleias”. São rótulos genéricos, vagos, não garantem nenhum desempenho ambiental.
Apareceram também, rótulos do tipo “Não contém...”, “Não contém CFC”, nos
desodorantes (embora no Brasil isso nunca tenha acontecido, pois sempre se usou gás de
cozinha desodorizado), “Não contém cloro”, “Não contém anabolizantes”, “Não contém
produtos tóxicos”. Moura (2002), relata que a norma, ISO 14.021-Rotulagem Ambiental, emitida
em 01/04/1999, recomenda que essas declarações não sejam feitas quanto a ingredientes que
jamais tenham sido associados àquela categoria de produtos. Do mesmo tipo acima, chamado
de auto declaratórios na Norma ISO 14.021, ou Tipo II, existem os rótulos de “Contém...”, ou
rótulos que descrevem as qualidades ambientais do produto e seus componentes, desde os
estágios de fabricação até o descarte. Muitos desses rótulos apresentam símbolos que indicam
que o material é reciclável (plástico, por exemplo) ou informando sobre o conteúdo de material