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isoladamente. Durante o período, foi gasto o montante de R$ 3.164.066, querepresentou
em média: R$ 3,14/m³ em relação à quantidade de vinhaça gerada no processo e R$
3,71/m³ em relação à tonelada de cana processada.
Em relação ao custo unitário do gerenciamento por m³ de vinhaça, o
indicador sofreu variações durante o período, entre R$ 2,50 e R$ 3,93, em função da
variação dos gastos e da quantidade de vinhaça e dos gastos mensais. No mês de outubro,
o gasto unitário caiu para R$ 2,50/m³ de vinhaça gerada, onde a hipótese mais provável
seja a de que o volume gerado mês foi de 167.690m³, quase 30% à mais que a média do
período todo, e 32% a mais que o mês de maio, primeiro mês de pico de geração,
perfeitamente visualizado nos gráficos 12 e 13. Interessante ressaltar que a queda do
custo unitário, não guarda relação com o processamento da cana, uma vez que no mês de
maio e outubro, foram processadas 12,41% e 14,23% do total.
O custo unitário do gerenciamento da vinhaça inverte-se no mês de
novembro, visto que, depois do mês de abril, foi o mês de menor gasto e embora seja o
último mês de safra, com um período menor de processamento de cana, houve uma
grande geração do efluente, comparado com os demais meses, relacionada com
esvaziamento dos tanques de armazenagem.
Os gráficos também apontam um indicador elevado de geração de
vinhaça, por tonelada de cana processada no mês de abril, na ordem de 1,91 m³/t. Tal fato
também pode ser explicado, em função de o período de processamento ter sido de apenas
15 dias e os equipamentos (moendas, ternos etcc) ainda não estão ajustados
adequadamente, ou seja, pode ter ocorrido certa ineficiência no processo.
De maneira geral, enquanto os indicadores apontam que o custo unitário
do gerenciamento da vinhaça permaneceu constante no período de pico de safra, ou seja
de junho à setembro, em média R$ 3,05/m³, o custo unitário da vinhaça gerada por
tonelada de cana, foi instável no mesmo período, com constantes altos e baixos, saindo de
R$ 3,42/m³ em junho para R$ 2,71/m³. Quanto a quantidade de vinhaça gerada, também
houve grande volatilidade nos períodos de pico, saindo de 1,05/m³ em maio para 1,25/m³
em outubro, conforme demonstrado no gráfico 13. Tal fato pode estar relacionado a
fatores climáticos que, em menor ou maior grau, afetam o volume das caixas de
decantação e consequentemente os tanques de armazenagem de efluentes (vinhaça +
água).