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Falando de sua imagem e do seu desenvolvimento durante a disciplina um acadêmico
enfatizou o seguinte:
“ - Olha, acho que na minha imagem, na minha postura, o que mudou um pouco foi o
preconceito com[...] com[...] a ginástica, coisa assim. A gente tem aquela coisa né,
ginástica... Ginástica Rítmica[...]coisa de mulher[...]coisa prá mulher[...] O meu corpo?
Acho que a cada dia a gente tem um olhar diferente, novo. Acho que cada vez mais que passa
o tempo a gente vai dando mais importância. A gente vê que depende cada vez mais dele, eu
acho [...]”. ( Paulo, 29 anos, I semestre)
Em sua entrevista final, uma aluna refere o seguinte, sobre o seu corpo:
“ - Acho que ele está mais vivo. Eu nunca pensei tanto nele, por causa do trabalho,
assim,sabe? Tanto que cheguei avacalhando meu corpo. Acho que comecei a ter outra visão
dele. Acho que até por[...] por eu querer mostrá prá todo mundo, né? Pra ti, prá
profesora[...] Mas depois eu comecei a pensar [...] me ligar, assim. Mas prá quem é que eu
tenho que me mostrá [...] é prá mim, entendeu?Eu não via[...] eu não via ele assim[...] Eu até
via[...] mas de um jeito tão crítico, assim [...] eu tenho dificuldades, e tal. Não sei fazê
um spagat, umas coisas assim. E daí, depois, quando eu vi a fita, eu fiquei rindo de mim,
sabe? Porque foi tão engraçado! Aquela pessoa era eu entendeu? Tinha que caí[...] tinha[...]
tinha que eu pensar assim. Tá, sou eu, então. Prá que fazer né, um Oh! Que terror, que
monstro! Não, então vamo curtir. Pô, é os movimentos foram engraçados, mas eu fiz, eu
tava no rítmo. Eu tenho que vê o que, que [...] tá bom ali e então o que falta. Vamos tê
consciência. Tá, falta um pouco ali, um pouco assado. É capa[...] é possível? Certamente[...]
eu tenho uma certa dificuldade. Eu na área da Educação Física, que eu te falei. Eu vim só
da academia. Eu na escola, era escola estadual, eu não fazia nada. Na minha infância,
eu mal corria. Porque, se não eu caía e me machucava. Então eu não corria. Então eu tenho
[...] dificuldades, assim motoras[...] primárias, sabe? Mas prá quem tem isso[...]eu acho
que eu até tava bem, sabe? E eu comecei a pensar nisto. Tô bem pros meus limites, e eles
tão começando a sumir a partir deste momento [...] que eu vejo que[...] tô mais inteira”.
(Carmem, 24 anos, V semestre)
A imagem que formamos de nós mesmos não é certamente estável. Fatores múltiplos
proporcionam a mudança desta imagem. Isto pude constatar durante esta investigação. Os