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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
ORTODONTIA
AVALIAÇÃO DA ALTURA DENTOALVEOLAR DOS PRIMEIROS
MOLARES PERMANENTES NA OCLUSÃO NORMAL E EM
PACIENTES COM MORDIDA ABERTA
MARCIO ANTONIO DE FIGUEIREDO
São Bernardo do Campo
2006
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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
ORTODONTIA
AVALIAÇÃO DA ALTURA DENTOALVEOLAR DOS PRIMEIROS
MOLARES PERMANENTES NA OCLUSÃO NORMAL E EM
PACIENTES COM MORDIDA ABERTA
MARCIO ANTONIO DE FIGUEIREDO
Dissertação apresentada à Faculdade de
Odontologia da Universidade Metodista de
São Paulo, como parte dos requisitos para
obtenção do título de MESTRE pelo
Programa de Pós-Graduação em
Odontologia, Área de Concentração em
Ortodontia.
Orientadora: Profa. Dra. Silvana Bommarito
São Bernardo do Campo
2006
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II
MARCIO ANTONIO DE FIGUEIREDO
AVALIAÇÃO DA ALTURA DENTOALVEOLAR DOS PRIMEIROS
MOLARES PERMANENTES NA OCLUSÃO NORMAL E EM
PACIENTES COM MORDIDA ABERTA
COMISSÃO JULGADORA
DISSERTAÇÃO PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE
Faculdade de Odontologia da Universidade Metodista de São Paulo
Área de Concentração: Ortodontia
Presidente e Orientadora
Profa. Dra. Silvana Bommarito
2º Examinador
3º Examinador
São Bernardo do Campo, de de 2006.
III
Dedico este trabalho em especial,
À minha esposa Claudia Tebet Peyres de Figueiredo.
Difícil encontrar palavras para relatar o quanto a amo e
o quanto você é especial em minha vida.
Agradeço a DEUS, por ter encontrado uma pessoa tão maravilhosa
para fazer parte de minha existência.
Que Deus nos permita continuarmos vivendo juntos em harmonia
e com muito amor por muitos, muitos e muitos anos.
Aos meus filhos Gustavo e Guilherme que DEUS os proteja e os ilumine
ao longo de suas vidas.
Saibam que a felicidade de todos os pais é saber que seus filhos
são pessoas Honestas, Justas e Felizes.
Que vocês alcancem nas profissões que escolherem o amor que
eu encontrei em minha profissão.
IV
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
Agradeço a DEUS, por ter me fornecido condições de realizar este curso de
Mestrado com tranqüilidade, paz, saúde e motivação.
Aos meus pais Antonio R. Figueiredo e Dulce Martins Figueiredo, pelo Amor,
paciência e esforço para que meus estudos pudessem ser concluídos com
tranqüilidade.
Aos meus segundos pais José Carlos Peyres e Dirce Tebet Peyres por terem me
acolhido como um filho desde o primeiro minuto.
Às minhas irmãs Dulce e Ana e meus irmãos Eduardo e José pela torcida
incondicional em meu sucesso profissional e pessoal.
Aos meus irmãos do coração Cristiane, Gerdy, Mauri, Renata, Nivaldo, Valéria e
Rubão.
V
AGRADECIMENTOS
Ao Professor Doutor MARCO ANTONIO SCANAVINI, Coordenador do Programa de
Pós-Graduação em Odontologia, área de concentração Ortodontia da Universidade
Metodista de São Paulo, pelo apoio e incentivo depositados em mim e em todas as
pessoas que o procuram com a intenção de realizar esse mesmo sonho.
À minha orientadora, Professora Doutora SILVANA BOMMARITO, por ter me aceito
como seu orientando e ter se dedicado para que esse trabalho se concretizasse.
Meu sincero agradecimento pela orientação precisa e amiga. Muito me orgulho de
ter sido seu orientado.
Aos Professores Doutores MARCO ANTONIO SCANAVINI e LILIANA ÁVILA
MALTAGLIATTI, pelas valiosas contribuições por ocasião do Exame de
Qualificação.
Ao Professor Doutor SAVÉRIO MANDETTA, Diretor da Faculdade de Odontologia
da Universidade Metodista de São Paulo, pela competência em conduzir esta
grande Instituição.
VI
À Professora Doutora CÁSSIA T. L. ALCÂNTARA GIL, principal incentivadora e
responsável pelo meu ingresso neste curso, o meu eterno agradecimento e carinho.
Ao meu querido mestre MASATO NOBUYASU, responsável pela minha formação
como especialista. E também grande incentivador tanto de meu ingresso no
mestrado como na vida acadêmica.
Aos Professores Doutores, DANILO FURQUIM SIQUEIRA, EDUARDO KAZUO
SANNOMIYA, FERNANDA CAVICCHIOLI GOLDENBERG, FERNANDA
ANGELIERI, LILIANA ÁVILA MALTAGLIATTI e MARIA HELENA FERREIRA
VASCONCELOS a minha eterna gratidão, e que todos vocês obtenham todo
sucesso e felicidade do mundo.
Aos amigos da XI Turma de Mestrado em Odontologia – Ortodontia, ANDRÉ
MASATO, ALINE MARIA ALENCAR DE CASTRO, GERVÁSIO YOSHIO GONDO,
GERALDO ANTONELLINI, GLAUBER CARINHENA, JOSÉ ANTONIO DOS
SANTOS JUNIOR, LIANA FATTORI, MARIA CHRISTINA GALVÃO, MÔNICA
MACEDO, OLÍVIA MORIHISA, PAULO CÂMARA, RENATA FERES e TATIANA
SUMIE KAWAHARA, pelos bons momentos de convívio.
Um agradecimento especial aos meus parceiros de quarto GERVÁSIO GONDO,
(velho amigo e meu irmão) e ANDRÉ MASATO (meu irmão mais novo).
VII
Aos funcionários do Departamento de Ortodontia, ANA, CÉLIA, EDÍLSON,
MARILENE e PAULA muito obrigado, vocês são pessoas excelentes, que DEUS os
proteja.
À bibliotecária NOEME TIMBÓ, pela constante disponibilidade, atenção e ajuda na
obtenção de artigos.
Ao Professor Doutor JOSÉ ROBERTO PEREIRA LAURIS, pela orientação na
análise estatística.
Um agradecimento a todos os colegas da XII Turma, em especial aos amigos
MARCOS LORENZETTI e MAURO PICCIONI.
Um agradecimento muito especial, também, à equipe de professores e grandes
amigos de Presidente Prudente VALÉRIA GREGOLIN JACINTO, LÍLIAN PILAN,
MOYSÉS YOKOYAMA, RUBENS GREGOLIN, HERCULES TADEU DE MORAES e
DÉCIO HISSANAGA que torceram por mim e cobriram a minha ausência em nossa
Faculdade.
VIII
FIGUEIREDO, M. A. Avaliação da Altura Dentoalveolar dos Primeiros Molares
Permanentes na Oclusão Normal e em Pacientes com Mordida Aberta. 2006.
124p. Dissertação (Mestrado em Ortodontia) Faculdade de Odontologia,
Universidade Metodista, São Bernardo do Campo, 2006.
RESUMO
O aumento ou a diminuição do processo dentoalveolar dos primeiros molares
superiores e inferiores tem sido relacionado na literatura com problemas verticais
(mordidas abertas ou mordidas profundas). O objetivo deste estudo foi avaliar a
altura dentoalveolar dos primeiros molares permanentes na oclusão normal e em
pacientes com mordida aberta. A amostra foi constituída por 60 telerradiografias em
norma lateral divididas em dois grupos: 30 indivíduos com má-oclusão do tipo
Mordida Aberta maior ou igual a 2 mm e 30 indivíduos com Oclusão Normal que não
receberam nenhum tipo de tratamento Ortodôntico. Posteriormente, o grupo de
Oclusão Normal foi dividido segundo o VERT e as mensurações foram realizadas
segundo a metodologia descrita por Riolo et al. (1974). Os resultados denotaram
que a altura dentoalveolar dos primeiros molares superiores dos indivíduos com
Mordida Aberta é significativamente maior do que a altura dentoalveolar dos
indivíduos com Oclusão Normal, entretanto a altura dentoalveolar dos primeiros
molares inferiores não demonstrou diferença entre os dois grupos. Não houve
diferença estatisticamente significante entre os diferentes padrões faciais
(Braquifacial e Mesofacial), e a altura dentoalveolar posterior. Houve dimorfismo
sexual para todas as medidas analisadas neste estudo, sendo os valores maiores
para os indivíduos do sexo masculino.
Palavras-chave: Oclusão dentária, Mordida aberta, Ortodontia.
IX
FIGUEIREDO, M. A. The Evaluation of Dentoalveolar Height for the First
Permanent Molars in the Normal Occlusion and in Patients with Open Bite.
2006. 124p. Master’s dissertation (Orthodontics) Faculdade de Odontologia,
Universidade Metodista, São Bernardo do Campo, 2006.
ABSTRACT
The increase or decrease of the dentoalveolar process of maxillary and
mandibular first molars has been related in the literature to vertical problems (open
bite or deep bite). This study evaluated the dentoalveolar height of permanent first
molars in normal occlusion and in patients with open bite. The sample was
composed of 60 lateral cephalograms divided into two groups: 30 subjects with
malocclusion with open bite equal to or larger than 2mm and 30 subjects with normal
occlusion not submitted to any type of orthodontic treatment. Thereafter, the group
with normal occlusion was divided according to the VERT and measurements were
performed following the methodology described by Riolo et al. (1974). The results
revealed that the dentoalveolar height of maxillary first molars in individuals with
open bite is significantly larger than the dentoalveolar height of individuals with
normal occlusion; however, the dentoalveolar height of mandibular first molars did
not present difference between the two groups. There was no statistically significant
difference between the different facial patterns (brachyfacial and mesofacial) and
posterior dentoalveolar height. There was sexual dimorphism for all measurements
analyzed in this study, with larger values for males.
Keywords: Dental occlusion, Open Bite, Orthodontics.
X
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Telerradiografia em norma lateral digitalizada (grupo I) 40
Figura 2 - Telerradiografia em norma lateral digitalizada (grupo II) 42
Figura 3 - Pontos cefalométricos utilizados 48
Figura 4 - Planos e Linhas de referência utilizados 50
Figura 5 - Medidas de comprimento (lineares)
55
Figura 6 - Média e desvio-padrão dos indivíduos com Oclusão Normal de
acordo com o padrão facial (Braquifacial N=40 e Mesofacial N=25),
separados por sexo
60
Figura 7 - Média e desvio-padrão dos grupos com Oclusão Normal (N=30) e
Mordida Aberta (N=30), separados por sexo, para os primeiros
molares superiores 64
Figura 8 - Média e desvio-padrão dos grupos com Oclusão Normal (N=30) e
Mordida Aberta (N=30), separados por sexo, para os primeiros
molares inferiores
64
XI
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - Valores médio, máximo e mínimo das idades do grupo com
Oclusão Normal e com Mordida Aberta
38
TABELA 2 - Tipo facial de acordo com o VERT 54
TABELA 3 - Avaliação do erro sistemático (teste “t” pareado) e do erro casual
(erro de Dahlberg) na avaliação da medida estudada 59
TABELA 4 - Média e desvio-padrão dos indivíduos com Oclusão Normal de
acordo com o padrão facial (Braquifacial N=40 e Mesofacial
N=25), separados por sexo 60
TABELA 5 - Análise de Variância para comparação entre padrão facial
(Braquifacial e Mesofacial) e sexo na medida dos primeiros
molares superiores (16/26) 61
TABELA 6 - Análise de Variância para comparação entre padrão facial
(Braquifacial e Mesofacial) e sexo na medida dos primeiros
molares inferiores (36/46) 61
XII
TABELA 7 - Média e desvio-padrão dos indivíduos com Oclusão Normal (N =
30) para a altura dentoalveolar posterior dos primeiros molares
permanentes 62
TABELA 8 - Teste “t” de Student para comparação entre os padrões
Mesofacial e Braquifacial no grupo de Oclusão Normal 62
TABELA 9 - Valores médios e desvios-padrão dos indivíduos com Oclusão
Normal (N=30) e de indivíduos com Mordida Aberta (N=30)
segundo sexo, para os primeiros molares superiores 63
TABELA 10 - Valores médios e desvios-padrão dos indivíduos com Oclusão
Normal (N=30) e de indivíduos com Mordida Aberta (N=30)
segundo sexo, para os primeiros molares inferiores 63
TABELA 11 - Análise de Variância para comparação entre grupo e sexo na
medida do molar 16/26 65
TABELA 12 - Análise de Variância para comparação entre grupo e sexo na
medida do molar 36/46
66
XIII
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
% Porcentagem
0
Grau – Unidade de medida em ângulo
A Ampère – Unidade de medida de corrente elétrica no sistema internacional
cm Centímetro – 0,01 metro
Dp Desvio-padrão
Dpi Dot per inch (pontos por polegada)
F Feminino
GB Gigabyte – Equivalente a 1.073.741.824 bytes, popularmente arredondado
para um milhão de bytes.
Kvp Kilovoltagem – Unidade de medida de energia
M Masculino
m Metro – Unidade fundamental de medida de comprimento
mA Miliampère – 1/1000 de Ampère
Mb Megabite – Equivale a 1.084.576 bytes
mm Milímetro - 0,001 metro
n.s. Não significante
XIV
p Nível descritivo de significância estatística
RAM Random Aleatory Memory (memória de acesso aleatório)
S Segundo – Unidade de medida de tempo
TIFF Tag Image Format (Formato de arquivo de imagem)
VERT Índice de quantidade de crescimento vertical
XV
SUMÁRIO
RESUMO VIII
ABSTRACT IX
LISTA DE FIGURAS X
LISTA DE TABELAS XI
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
XIII
INTRODUÇÃO 01
1 REVISÃO DA LITERATURA 06
1.1 Fatores Etiológicos presentes na Mordida Aberta 07
1.2 Altura Dentoalveolar dos Primeiros Molares Permanentes na Oclusão
Normal e em Pacientes com Mordida Aberta 10
2 PROPOSIÇÃO 34
3 MATERIAL E MÉTODO 36
3.1 Amostra
37
3.1.1 Seleção da amostra
38
XVI
3.2 Método 42
3.2.1 Método radiográfico 42
3.2.2 Obtenção do cefalograma. 44
3.2.3 Estruturas anatômicas utilizadas 45
3.2.4 Pontos anatômicos 45
3.2.5 Planos e linhas de referência. 48
3.2.6 Medidas angulares utilizadas para determinar o VERT 50
3.2.7 Determinação do tipo facial 52
3.2.8 Grandezas cefalométricas. 54
3.2.9. Erro do método 55
3.2.10 Método estatístico 56
4 RESULTADOS 58
5 DISCUSSÃO 67
5.1 Avaliação da Altura Dentoalveolar do Grupo com Oclusão Normal de
acordo com o Padrão Facial 70
5.2 Valores para a Altura Dentoalveolar dos Primeiros Molares Superiores
e Inferiores 71
5.3 Avaliação da Altura Dentoalveolar dos Primeiros Molares Superiores
entre o Grupo com Oclusão Normal e o Grupo com Mordida Aberta 73
5.4 Avaliação da Altura Dentoalveolar dos Primeiros Molares Inferiores
entre o Grupo com Oclusão Normal e o Grupo com Mordida Aberta
75
5.5 Considerações Clínicas
77
5.6 Propostas para Novos Trabalhos 80
CONCLUSÃO 81
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 83
ANEXOS 90
APÊNDICES
94
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
2
2
INTRODUÇÃO
O tratamento e a estabilidade da correção da mordida aberta é um problema
de difícil solução em razão de ser multifatorial (EPKER
12
, 1977). Herança genética,
hábitos viciosos, desarmonia entre as bases ósseas no plano vertical, excesso no
desenvolvimento dentoalveolar, mecânica ortodôntica extrusiva, e função alterada
são alguns dos principais fatores etiológicos presentes (GRABER
17
, 1959;
SUBTELNY; SAKUDA
53
, 1964; SCHUDY
51
, 1965).
A mordida aberta anterior consiste em um desvio na relação vertical dos arcos
dentários, caracterizada por uma evidente ausência de contato entre os incisivos
superiores e inferiores no sentido vertical (GRABER
18
, 1961; SUBTELNY;
SAKUDA
53
, 1964; SASSOUNI; NANDA
47
; 1964; TSANG; CHEUNG; SAMMAN
55
,
1997; VAN DER LINDEN
56
, 1986; ALMEIDA et al.
1
, 1998), podendo ocorrer em uma
região limitada ou abrangente (VAN DER LINDEN
56
, 1986). Nestes pacientes o terço
inferior da face é maior quando comparado aos pacientes sem mordida aberta
(HAPAK
19
, 1964; SUBTELNY; SAKUDA
53
1964; RICHARDSON
42
, 1969), neste caso
pode comprometer a estética facial, o perfil dos pacientes, impossibilitar a apreensão
INTRODUÇÃO
3
3
e o corte dos alimentos na região acometida, além de dificultar a pronúncia de
alguns fonemas (ALMEIDA et al.
2
, 2003; SUBTELNY; SAKUDA
53
, 1964; VAN DER
LINDEN
58
, 1986).
Almeida et al.
1
(1998) classificaram a mordida aberta anterior em: dentária,
resultante da obstrução da irrupção normal dos dentes anteriores, sem o
envolvimento do processo alveolar; dentoalveolares, quando existe um
comprometimento do desenvolvimento ósseo em nível alveolar; e esqueléticas,
quando as alterações vão além dos componentes dentoalveolares, atingindo
também as estruturas ósseas faciais.
Para Nahoum
33
(1975), as más-oclusões do tipo mordida aberta podem
apresentar somente um comprometimento dentoalveolar dos incisivos (mordida
aberta dentária) ou estar associadas a desarmonias esqueléticas (mordida aberta
esquelética), ambas podem ocasionar problemas funcionais.
Grande parte da literatura (BYORK
8
, 1969; ELLIS, McNAMARA,
LAWRENCE
11
,1985; FROST et al.
15
,1980; LANGLADE
27
, 1984; SASSOUNI
46
, 1969)
concorda que um dos fatores etiológicos freqüentemente encontrado na mordida
aberta anterior é o excessivo aumento dentoalveolar posterior e a maioria dos
métodos de tratamento publicados tem como objetivo principal intruir os dentes
posteriores ou pelo menos controlar a sua irrupção. Quando o controle vertical não é
INTRODUÇÃO
4
4
a mecânica ortodôntica utilizada, os ortodontistas indicam a extração de dentes
posteriores (primeiros molares ou segundos pré-molares) e ou a cirurgia ortognática
do tipo “Lefort I” da maxila.
Riolo et al.
45
(1974) apresentam, em seu Atlas de crescimento craniofacial,
valores para a altura dentoalveolar dos primeiros molares superiores e inferiores de
pacientes norte-americanos. Já Langlade
27
(1984) realizou um estudo cefalométrico
longitudinal com franceses, com o objetivo de utilizar estas informações na
comparação de casos com excesso vertical. No Brasil, Martins et al.
32
(1998)
também publicaram um Atlas de crescimento craniofacial com uma amostra
longitudinal, com faixa etária de 6 a 18 anos, de brasileiros descendentes de
mediterrâneos: portugueses, espanhóis ou italianos, sem mutilações dos arcos
dentários e que nunca haviam sido submetidos a tratamento ortodôntico. Este Atlas
apresenta os valores para a altura dentoalveolar dos primeiros molares.
Considerando que os estudos relacionados ao diagnóstico, à estabilidade e
ao tratamento da mordida aberta têm se referido a intrusão ou extrusão dos molares
posteriores como um fator que pode ajudar no sucesso ou fracasso da correção
deste tipo de má-oclusão, resolvemos pesquisar como se comporta esta dimensão
vertical em um grupo de indivíduos com oclusão normal e comparar a um grupo de
indivíduos com mordida aberta anterior. Acreditamos que o melhor conhecimento do
comportamento dentoalveolar posterior nestes indivíduos possa colaborar para o
INTRODUÇÃO
5
5
aprimoramento do diagnóstico, do prognóstico e do plano de tratamento destes
pacientes.
REVISÃO DA LITERATURA
2 REVISÃO DA LITERATURA
7
7
1 Revisão da Literatura
A revisão da literatura foi dividida em duas partes: a primeira revisou os
fatores etiológicos presentes na mordida aberta anterior e a segunda revisou os
artigos que abordavam o tema altura dentoalveolar dos primeiros molares
permanentes.
1.1 Fatores Etiológicos presentes na Mordida Aberta
Muitos fatores têm sido implicados na causa da mordida aberta anterior. Para
Graber
18
(1959) os hábitos deletérios como a respiração bucal, a sucção de dedo, a
chupeta e a mamadeira são fatores constantemente envolvidos com esta má-
oclusão.
Subtelny e Sakuda
53
(1964) citaram três fatores freqüentemente considerados
na etiologia da mordida aberta: 1) deficiência de crescimento vertical, sendo que a
maioria dos estudiosos localizou esta deficiência na porção anterior da maxila;
2 REVISÃO DA LITERATURA
8
8
2) desproporcional crescimento muscular ou função alterada do músculo da língua, a
postura anterior da língua impede a irrupção dos dentes anteriores; 3) hábitos de
sucção.
Schudy
51
(1965), um dos pesquisadores que mais se dedicou a estudar a
mordida aberta anterior acrescentou que a hereditariedade também é um dos fatores
etiológicos freqüentemente relacionados a este tipo de má-oclusão.
Richardson
42
(1969) em seu estudo afirmou que, em razão do padrão de
crescimento ser o fator etiológico principal, a mordida aberta esquelética, é mais
difícil de ser tratada.
Lowe e Johnson
29
(1978) chamaram a atenção, novamente, para a função ou
o tamanho anormal da língua como problemas funcionais geralmente relacionados à
etiologia da mordida aberta anterior.
De acordo com Linder-Aronson et al.
28
(1986), a respiração bucal é um dos
fatores etiológicos presentes nas más-oclusões do tipo mordidos aberta anterior.
2 REVISÃO DA LITERATURA
9
9
Watson
59
(1981), afirmou que a etiologia da mordida aberta anterior é
multifatorial, ou seja, diversos fatores, que interagindo e operando durante o
processo de crescimento craniofacial, estabelecem essa má-oclusão. O autor
acrescentou que esta displasia pode ser muito complexa, não devendo ser
considerada morfológica e funcionalmente como entidade única, para qual um
mecanismo puramente genético é responsável.
Traumatismos e patologias congênitas ou adquiridas na região da pré-maxila
podem também promover a mordida aberta anterior, tais casos foram relatados por
Prosterman et al.
41
(1995).
Insoft, Hocervar e Gibbs
22
(1996) citaram os seguintes fatores etiológicos da
mordida aberta: desfavorável padrão de crescimento; hábito de sucção;
hereditariedade e hiperplasia do tecido linfático ocasionando problemas
respiratórios; traumatismos e patologias congênitas ou adquiridas na região da pré-
maxila.
Henriques et al.
20
(2000) descreveram a mordida aberta anterior como uma
das más-oclusões de maior comprometimento estético-funcional, além das
alterações dentárias e esqueléticas, podendo se desenvolver a partir de diversos
fatores etiológicos, tais como: hábitos bucais deletérios (sucção de polegar ou
chupeta); amígdalas hipertróficas; respiração bucal; anquilose dentária e
2 REVISÃO DA LITERATURA
10
10
anormalidades no processo de irrupção. O autor concluiu que estes fatores
interferem no crescimento e desenvolvimento normais das estruturas faciais,
modificando não somente a morfologia, mas também a função do sistema
estomatognático.
1.2 Altura Dentoalveolar dos Primeiros Molares
Permanentes na Oclusão Normal e em Pacientes com Mordida
Aberta
Wylie
60
(1946) realizou um estudo cefalométrico com o objetivo de verificar a
relação entre a dimensão vertical do ramo mandibular, a distância vertical entre as
arcadas dentárias e o grau de trespasse vertical. O motivo que o levou a realizar
este estudo foi a publicação de dois artigos por Diamond, em 1943 e 1944, por meio
dos quais Diamond relacionou a diminuição do espaço intermaxilar e conseqüente
mordida profunda à deficiência do crescimento vertical do ramo. O autor concluiu
que o crescimento adequado do ramo mandibular é importante para a harmonia
facial, porém, o crescimento nesta região não está diretamente relacionado ao grau
de desenvolvimento do espaço intermaxilar. Neste estudo Wylie mensurou o espaço
intermaxilar na região dos molares superiores e inferiores e denominou-o de “altura
molar”. A amostra foi dividida em três grupos de acordo com o trespasse vertical
apresentado pelos incisivos anteriores: suave (1,5 mm a 2 mm), médio (acima de
2 mm) e severo (abaixo do cíngulo). Os achados deste estudo referem que a altura
total da face, altura facial inferior e espaço intermaxilar na região dos molares foram
significativamente menores nos casos com mordida profunda. Além desses
2 REVISÃO DA LITERATURA
11
11
resultados houve também diferença estatisticamente significativa do espaço
intermaxilar (maior que 3 mm) entre o grupo com trespasse vertical suave e o grupo
com trespasse vertical moderado contrariando o que disse Diamond, pois a altura do
ramo nestes pacientes não foi diferente.
Um dos primeiros a conferir importância às relações verticais da face e sua
inter-relação com os problemas anteroposteriores foi Schudy
49
(1964). O autor
classificou como hiperdivergentes os pacientes que apresentavam um desequilíbrio
entre o crescimento dos côndilos e o desenvolvimento dentoalveolar posterior, sendo
que estes pacientes apresentavam um aumento dentoalveolar dos molares, não
acompanhado pelo crescimento dos côndilos. Declarou que a dimensão vertical é o
fator mais importante para o ortodontista clínico e que os molares superiores
normalmente contribuem mais que os molares inferiores para o aumento vertical da
face.
Sassouni e Nanda
47
(1964) avaliaram cefalometricamente um grupo de oito
adultos com mordida aberta. Verificaram que a altura dental maxilar total relativa ao
palato era maior ao nível dos incisivos e dos molares e enfatizaram a importância da
relação entre a altura do molar e a rotação mandibular. Concluíram que essas
diferenças causaram outros sinais de mordida aberta, como plano mandibular
íngreme, altura facial ântero-inferior aumentada e altura facial posterior mais curta.
Desse modo, os autores concluíram que o tratamento ortodôntico deve estabelecer o
2 REVISÃO DA LITERATURA
12
12
controle da dimensão vertical para se alcançar a correção vertical e a estabilidade do
tratamento.
Subtelny e Sakuda
53
(1964) realizaram um estudo cefalométrico com o
objetivo de comparar as relações esqueléticas e dentoalveolares de 25 indivíduos
com mordida aberta anterior e de 30 indivíduos com oclusão normal. Todos os
indivíduos deste estudo tinham idade acima de 12 anos. Dimorfismo sexual não foi
analisado entre os dois grupos. Os autores constataram que houve significante
aumento na irrupção dos molares e incisivos superiores; e observaram, ainda, que a
dimensão do assoalho nasal até a superfície oclusal do primeiro molar permanente e
da incisal do incisivo central permanente foi significativamente maior nos casos de
mordida aberta, em contrapartida, na mandíbula não foi encontrado aumento da
região dos molares ou dos incisivos nos casos de mordida aberta.
Em 1965, Schudy
51
realizou um estudo longitudinal com o objetivo de
documentar como as mudanças impostas pelo crescimento poderiam produzir
rotação mandibular. A amostra constituiu-se de 62 indivíduos, em 29 destes, o
período de crescimento estudado foi dos 11 aos 14 anos e nos outros 33 indivíduos,
o período estudado foi dos 8 aos 11 anos. O autor observou que quando o
crescimento dos côndilos é maior que o crescimento vertical na região dos molares,
a mandíbula gira no sentido anti-horário e resulta em um maior deslocamento
horizontal do queixo e menor aumento na altura facial anterior. Ao contrário, se o
crescimento vertical na região dos molares é maior que o crescimento dos côndilos,
2 REVISÃO DA LITERATURA
13
13
a mandíbula gira no sentido horário, resultando em aumento da altura facial anterior
e menor deslocamento horizontal do queixo. Segundo Schudy, a maxila é a região
mais importante para o controle vertical, e o crescimento vertical do processo
alveolar anterior não tem efeito sobre a altura facial.
De acordo com Creekmore
10
(1967), as mudanças verticais impostas pelos
mecanismos de crescimento da maxila, da mandíbula, dos processos alveolares e
dos côndilos exercem uma influência dominante no deslocamento anteroposterior e
vertical da sínfise mandibular. O autor declarou que a maxila é a área primária para
onde o controle vertical deve ser direcionado quando o objetivo é a inibição do
crescimento vertical do complexo facial, que pode ser estimulado ou inibido de
acordo com as necessidades individuais do paciente.
Schudy
50
(1968) afirmou que o desenvolvimento para baixo dos molares
superiores excede o desenvolvimento dos incisivos em uma proporção de 2 para 1,
apresentando um efeito significante na altura facial inferior e no espaço intermaxilar.
Desta maneira pode-se dizer que o desenvolvimento dos molares superiores dentro
do complexo facial é o fator mais importante na quantidade de trespasse vertical.
Segundo o mesmo autor o crescimento vertical dos molares inferiores apresenta um
pequeno papel no estabelecimento do trespasse vertical; aproximadamente 70% do
crescimento vertical total é ocasionado por um desenvolvimento para baixo dos
molares superiores e 30% dos molares inferiores. O autor concluiu que a quantidade
vertical de trespasse é determinada por meio da relação entre crescimento vertical e
2 REVISÃO DA LITERATURA
14
14
horizontal e a relação entre o crescimento vertical dos molares e incisivos. Em casos
de mordida aberta o objetivo primário é prevenir o aumento da altura dental anterior,
conseqüentemente os molares não devem ser extruídos.
Björk
8
(1969) afirmou que a tendência de mordida aberta nos pacientes em
crescimento, é, na maioria das vezes, sinônimo de uma mandíbula com direção de
crescimento para trás, tornando-se difícil nesses casos, prevenir essa abertura.
Apresentou sete características cefalométricas relacionadas às rotações de
crescimento significantemente anormais, como: 1) inclinação da cabeça do côndilo;
2) curvatura do canal mandibular; 3) forma da borda inferior da mandíbula;
4) inclinação da sínfise; 5) ângulo interincisal; 6) ângulo interpremolar e intermolar; e
7) altura facial ântero-inferior.
Sassouni
46
(1969) definiu e descreveu quatro tipos faciais básicos de relações
esqueléticas inadequadas, dois para descrever problemas anteroposteriores (Classe
II esquelética e Classe III esquelética) e dois para descrever problemas verticais
(mordida profunda esquelética e mordida aberta esquelética). De acordo com o autor
quatro planos são utilizados como referência para classificar a relação vertical
(planos supra-orbital, palatino, oclusal e mandibular). Nos pacientes com mordida
aberta os quatro planos são íngremes, um em relação ao outro, trazendo o centro
dos quatro mais próximos da face quando comparados a pacientes com trespasse
vertical esquelético.
2 REVISÃO DA LITERATURA
15
15
Segundo Isaacson et al.
23
(1971) quando o crescimento das suturas faciais e
ou do processo alveolar exceder o crescimento vertical do côndilo mandibular, a
mandíbula gira no sentido horário; contrariamente, se o crescimento vertical do
côndilo exceder o crescimento das suturas faciais e ou processo alveolar, a
mandíbula gira no sentido anti-horário. Os autores relataram que neste estudo a
altura vertical dos primeiros molares superiores (OP-PP) foi o parâmetro mais
importante na predição do ângulo PM.SN. Portanto, a altura dentoalveolar superior
posterior deve ser cuidadosamente controlada especialmente nos casos de ângulo
PM.SN alto e baixo. Os autores concluíram com este trabalho que o processo
dentoalveolar posterior superior é mais importante do que o processo dentoalveolar
posterior inferior na contribuição do desenvolvimento vertical. Pacientes com ângulo
do plano mandibular baixo e médio não apresentaram diferença da altura
dentoalveolar na região do primeiro molar inferior. Em casos com ângulos do plano
mandibular alto, a altura dentoalveolar dos molares superiores estava aumentada
em 3 mm quando comparada aos grupos com ângulos baixos e médios. Todavia,
mesmo que a altura dentoalveolar dos molares inferiores tenha contribuído para o
aumento do desenvolvimento dos casos com ângulos altos ela é menos importante.
Nahoum, Horowitz e Benedicto
35
(1972) realizaram um estudo radiográfico
com 128 pacientes do sexo masculino com 17 anos de idade ou mais. Os autores
compararam 92 indivíduos não tratados que apresentavam relação molar de Classe I
e boa oclusão, a outros dois grupos, um composto por 18 indivíduos com má-
oclusão do tipo Classe II e mordida aberta anterior e um outro composto por 18
indivíduos com má-oclusão do tipo Classe III e mordida aberta anterior. Os dois
2 REVISÃO DA LITERATURA
16
16
últimos grupos receberam tratamento ortodôntico antes da avaliação. Em ambos os
grupos de mordida aberta, os autores encontraram uma altura facial posterior mais
curta, uma diminuição da altura dentoalveolar dos primeiros molares inferiores e uma
menor distância do incisivo superior à linha (S-N); porém, a distância dos primeiros
molares superiores ao plano palatino não era diferente dos indivíduos normais.
Concluíram que os sítios clínicos da mordida aberta são os componentes da altura
facial posterior particularmente na porção posterior da mandíbula (ramo curto,
ângulo goníaco obtuso, e altura dentoalveolar dos primeiros molares inferiores
diminuída), e que a variedade de possibilidades morfológicas não incluídas neste
estudo contribuiu para a deformidade da mordida aberta. Os autores sugeriram que
os resultados não apóiam a intrusão dos molares superiores no tratamento
ortodôntico dos casos de mordida aberta.
Segundo Pearson
37
(1973), muitos estudos de mordida aberta se
concentraram no controle vertical dos molares superiores sem, no entanto, avaliar a
extrusão dos molares inferiores que também pode influenciar de maneira significante
na altura facial ântero-inferior.
Mudanças no pós-tratamento de mordidas abertas anteriores foram avaliadas
por Nemeth e Isaacson
36
(1974). Neste estudo os autores compararam o pré-
tratamento, o pós-tratamento e a pós-contenção de treze pacientes com recidiva do
tratamento da mordida aberta anterior em relação ao mesmo número de pacientes
com recidiva da correção da mordida profunda. O grupo com mordida aberta
2 REVISÃO DA LITERATURA
17
17
apresentou uma maior distância entre o primeiro molar superior e plano S-N em
todas as fases do estudo. Uma das conclusões deste estudo foi que pacientes com
recidiva da mordida aberta apresentaram um maior crescimento dentoalveolar e
sutural da maxila, e crescimento alveolar da mandíbula do que um aumento na altura
facial posterior, que consiste na distância entre o plano S-N e o Gônio (perpendicular
a S-N).
Riolo et al.
45
(1974) publicaram um Atlas de Crescimento Craniofacial no qual
apresentaram valores cefalométricos para a altura dentoalveolar dos primeiros
molares superiores e inferiores (Apêndice B). Os autores utilizaram, para esse
estudo, telerradiografias cefalométricas laterais de 83 indivíduos Classe I, II, III,
pertencentes à amostra longitudinal de Ann Arbor, da Universidade de Michigan
Dental School. Foi encontrado um aumento anual médio durante o intervalo de 10
anos (6-16 anos) para a altura dentoalveolar superior, de 1 mm/ano para os
indivíduos do sexo masculino e 0,66mm/ano para o sexo feminino medido desde a
ponta da cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior até o plano palatino
(6MS – PP), e para a altura dentoalveolar inferior os valores de aumento anual foram
1,4mm/ano para o sexo masculino e 1,29mm/ano para o sexo feminino medido
desde a cúspide mésio-vestibular do primeiro molar inferior até o plano mandibular
(6MI - Go-Me), medido por meio de uma perpendicular.
Nahoum
33
(1975) classificou a mordida aberta anterior em dois grupos: 1 -
mordida aberta dentária, quando não é possível distinguir malformações
2 REVISÃO DA LITERATURA
18
18
craniofaciais; e 2 - mordida aberta esquelética; quando apresentam displasias
craniofaciais. As mordidas abertas dentárias são causadas por obstrução da irrupção
dos dentes anteriores. Muitas destas más-oclusões apresentam correção
espontânea. Neste estudo Nahoum encontrou a altura dentoalveolar dos molares
superiores normal e a altura dentoalveolar inferior significantemente diminuída. De
acordo com Nahoum é importante considerar o tamanho da língua e avaliar o
espaço da bucofaringe, sendo que o tamanho do espaço da bucofaringe influencia
não só a postura da língua, mas também a respiração e a deglutição. O autor
ressaltou que todos os pacientes deste estudo demonstraram pressão anterior da
língua durante a deglutição.
Schendel et al.
48
(1976), realizaram um estudo com o objetivo de distinguir os
pacientes com síndrome de face longa com e sem mordida aberta. O resultado deste
estudo demonstrou que a presença da mordida aberta ou a ausência desta, são
duas variações que podem estar presentes na síndrome da face longa. Uma
diferença cefalométrica fundamental entre os dois grupos refere-se à altura do ramo
mandibular, sendo que um ramo de tamanho normal caracteriza as mordidas abertas
e um ramo mandibular aumentado a ausência da mordida aberta.
De acordo com Nahoum
34
(1977), as mordidas abertas dentárias apresentam
correção espontânea ou respondem bem a terapia miofuncional e mecanoterapia.
As mordidas abertas que estão associadas a malformações craniofaciais são muito
mais difíceis de tratar e não respondem somente à terapia miofuncional. A avaliação
2 REVISÃO DA LITERATURA
19
19
cefalométrica pode ser útil para prescrever e predizer o resultado do tratamento. A
mensuração mais importante segundo Nahoum para descrever a severidade é a
relação entre: altura facial anterosuperior e altura facial ântero-inferior (AFAS/AFAI).
A relação entre AFAS/AFAI mensurada ao longo da linha N-Me para indivíduos com
oclusão normal e faces bonitas é 0.810. A média para pacientes com má-oclusão do
tipo mordida aberta é 0.686. O autor sugere o uso desta relação para indicar a
severidade da displasia vertical e conseqüentemente ser um guia para predizer os
resultados do tratamento. Pacientes com mordida aberta dentária e relação
AFAS/AFAI abaixo de 0.650 são considerados de risco para tratamento ortodôntico
convencional e a cirurgia deve ser considerada para estes pacientes.
Arvystas
6
(1977) discutiu e revisou as causas da mordida aberta anterior.
Segundo o autor, um importante fator de concordância nos estudos publicados na
literatura foi que o ângulo do plano palatino e do plano mandibular é maior nos
indivíduos com mordida aberta. O plano palatino íngreme geralmente é o foco do
tratamento, seja a correção feita cirurgicamente por intrusão maxilar posterior e
movimento mesial dos dentes posteriores, seja por forças intrusivas. Segundo
Arvystas
6
uma possível explicação para a mordida aberta esquelética poderia ser a
pressão constante da língua. O autor sugere que as porções periféricas da língua
posicionadas em cima das cúspides linguais permitam a irrupção dos dentes
posteriores aumentando a dimensão vertical.
2 REVISÃO DA LITERATURA
20
20
Segundo Epker e Fish
12
(1977), várias mensurações cefalométricas
realizadas na telerradiografia em norma lateral são utilizadas para avaliação da
mordida aberta em adição à análise usual de Steiner. Muitas destas mensurações
verticais não são utilizadas tradicionalmente. Todavia, quando o tratamento
considera a cirurgia de reposicionamento da maxila e da mandíbula, estas
mensurações são muito importantes, devendo-se conceder atenção especial às
seguintes mensurações: a) ápices dos dentes abaixo do assoalho nasal; b) altura
dentoalveolar posterior excessiva; c) altura dentoalveolar anterior excessiva; d)
altura facial inferior aumentada esqueletalmente.
Em 1980, Frost et al.
15
compararam cefalometricamente 19 indivíduos
brancos do sexo feminino, pós-adolescentes, com má-oclusão do tipo Classe I não
corrigida, em relação a 30 indivíduos brancos, do sexo feminino, pós-adolescentes,
com mordida aberta esquelética que foi corrigida mais tarde por uma combinação de
procedimentos cirúrgicos. O denominador comum de todos os tratamentos foi o
reposicionamento superior e posterior da maxila. Os traçados cefalométricos foram
comparados estatisticamente por meio da avaliação do grupo experimental pré-
operatório, pós-operatório e pós-contenção. Os resultados indicaram que existiu uma
diferença significante e certamente importante entre as mensurações do grupo
normal e pré-operatório, com a deformidade identificada no complexo dentoalveolar
da maxila. O excesso vertical maxilar superior foi explicado pelo aumento da
distância do plano palatino até o ápice do primeiro molar superior (AU6-PP). A
diferença na distância AU6-PP para o grupo normal quando comparado ao pré-
operatório foi de 4,0mm versus 6,0 mm, respectivamente. Esse excessivo
2 REVISÃO DA LITERATURA
21
21
crescimento do complexo dentoalveolar superior pode ser acompanhado por uma
diminuição da altura do complexo dentoalveolar inferior, aumento no ângulo do plano
mandibular e ângulo goníaco obtuso. O reposicionamento maxilar superior tendeu a
corrigir a deformidade esquelética, com mensurações do pós-operatório próxima dos
valores normais. A correção mostrou ser estável depois de um período médio de 19
meses (mínimo 7 e máximo 30 meses).
Segundo Canglialosi
9
(1984), os problemas verticais manifestados na região
anterior como uma mordida aberta ou profunda são os mais difíceis de tratamento e
os que apresentam um prognóstico desfavorável. O autor realizou um estudo
cefalométrico com uma amostra de 60 casos com mordida aberta e 60 casos com
oclusão normal. Neste estudo, dos 60 indivíduos com mordida aberta, 17 foram
classificados como mordida aberta dentoalveolar e 43 como mordida aberta
esquelética; em razão das diferenças craniofaciais lineares e angulares encontradas
entre os dois grupos observou: desproporção entre a altura facial posterior (PFH) e
altura facial anterior (AFH) e o aumento da altura facial anterosuperior (N-PP) e
ântero-inferior (PP-Me) nos casos esqueléticos. Os ângulos SN . GoGn, ângulo
goníaco, ângulo SN . PP e ângulo PP . GoGn aumentaram no grupo com mordida
aberta esquelética.
Fields et al.
13
(1984) realizaram um estudo cefalométrico com os seguintes
objetivos: 1) descrever a morfologia facial vertical em crianças e adultos com faces
longas, curtas e normais; 2) identificar fatores morfológicos associados à avaliação
2 REVISÃO DA LITERATURA
22
22
clínica dos indivíduos de face longa e normal. O resultado deste estudo demonstrou
que crianças com face longa apresentam um ângulo do plano mandibular íngreme e
aumento do ângulo entre o plano mandibular e o plano palatino (PM . PP).
Conseqüentemente a Altura facial ântero-inferior também se apresentou aumentada,
porém não houve diferença no tamanho do ramo (Ar-Go) ou no tamanho do corpo
mandibular (Go-Me) da mandíbula, mas o ângulo goníaco se apresentou
significantemente maior nas crianças com face longa, sendo que estas possuíam
uma altura dentoalveolar posterior superior e inferior significantemente aumentada.
Os adultos apresentaram resultados semelhantes aos das crianças com exceção
para o tamanho do ramo que tiveram uma tendência para ramo curto. Houve
também uma tendência a irrupção excessiva dos dentes nos adultos de face longa,
mas não estatisticamente significante.
Langlade
27
(1984) realizou um estudo cefalométrico com 65 casos de excesso
vertical severo, selecionados com fatores de gravidade superior a dois desvios
clínicos. O resultado deste estudo demonstrou que em 57 casos dos 65
pertencentes à amostra, a altura dentoalveolar posterior superior foi excessiva, com
média de +4,4mm e limite máximo de 8 mm; ao contrário, a altura dentoalveolar
posterior inferior se apresentou diminuída em 46 dos 65 casos demonstrando uma
compensação natural com média de -3,5mm. O autor concluiu que se o excesso
provém da maxila não seria indicado, portanto extrairmos dentes na mandíbula para
resolver este tipo de problema.
2 REVISÃO DA LITERATURA
23
23
Gavito-Lopes, Little e Joondeph
16
(1985) estudaram o resultado em longo
prazo (10 anos) depois de finalizado o tratamento de pacientes com mordida aberta
anterior. Os autores verificaram uma recidiva da mordida aberta anterior maior ou
igual a 3 mm em mais de 35% dos tratamentos realizados. Os resultados desse
estudo demonstraram aumento significante do desenvolvimento dentoalveolar da
maxila em todos os intervalos estudados (antes, durante e depois do tratamento). Os
autores acreditam que a hiperplasia alveolar posterior esteja relacionada com a
rotação da mandíbula e conseqüente recidiva.
Com o objetivo de identificar a freqüência e a distribuição dos componentes
dentoalveolares e esqueléticos em adultos com má-oclusão do tipo Classe II com e
sem mordida aberta, Ellis, McNamara e Lawrence
11
(1985) avaliaram 124 adultos,
dos quais 62 apresentavam mordida aberta anterior. Uma possível causa para a
mordida aberta é a inadequada irrupção dos dentes anteriores. Entretanto, nesse
estudo, os autores afirmaram que pacientes com mordida aberta apresentavam um
aumento dentoalveolar maxilar e mandibular quando comparados a pacientes sem
mordida aberta. O tratamento ortodôntico ocorreu por meio da extrusão dos dentes
anteriores, inapropriada em muitos casos. Os pacientes do grupo com mordida
aberta, quando comparados ao grupo sem mordida aberta, apresentaram as
seguintes características: 1) ângulo do plano mandibular aumentado; 2) ângulo
goníaco aumentado; 3) ramo posicionado para baixo e para trás; 4) comprimento do
ramo mandibular curto; 5) aumento do retrognatismo mandibular; 6) hiperplasia
dentoalveolar posterior maxilar e mandibular; 7) hiperplasia dentoalveolar anterior
maxilar e mandibular; 8) altura facial anterior e ântero-inferior aumentada; 9) não
2 REVISÃO DA LITERATURA
24
24
houve diferença com relação à base do crânio. Os resultados deste estudo
indicaram que a Classe II com mordida aberta anterior é caracterizada por
deformações na maxila e na mandíbula. Então, o tratamento pode requerer,
freqüentemente, intervenção cirúrgica em ambos os maxilares.
Martina et al.
30
(1986) realizaram um estudo com o objetivo de verificar os
valores da altura dentoalveolar posterior e correlacionar estes valores com o padrão
de crescimento mesofacial, dolicofacial e braquifacial. A amostra constituiu-se de
220 indivíduos com idade entre 7 e 14 anos. Os autores correlacionaram um
aumento dos valores obtidos com o aumento da idade dos indivíduos, porém, estes
aumentos não são constantes. O resultado deste estudo não demonstrou diferenças
estatisticamente diferentes para os valores da altura dentoalveolar posterior nos
diferentes padrões faciais: mesofacial, dolicofacial e braquifacial.
Tallgren e Solow
54
(1991) avaliaram a altura dentoalveolar em 191 mulheres
adultas de diferentes idades (20-29; 30-49; 50-81) e obtiveram resultados
divergentes para a maxila e mandíbula. Na maxila, a altura dentoalveolar posterior
apresentou a mesma magnitude de desenvolvimento observada na região anterior.
Por outro lado, na mandíbula, a diferença entre a altura dentoalveolar posterior foi
muito menor do que na região anterior. Os achados deste estudo demonstraram que
há um contínuo aumento na altura dentoalveolar por toda vida, mas que não causam
mudanças na oclusão anterior.
2 REVISÃO DA LITERATURA
25
25
Segundo Pereira
38
(1993), a grande plasticidade do processo alveolar é
terreno fértil para instalação de más-oclusões, geradas por maus hábitos. No
entanto, é importante ressaltar que esta mesma plasticidade alveolar, também, é
uma valiosa aliada, capaz de compensar as discrepâncias esqueléticas, quando não
é perturbada por forças alheias à fisiologia natural.
Em 1994, Janson, Metaxas e Woodside
24
realizaram um estudo em que foram
avaliadas as alturas dentoalveolares dos molares e incisivos em indivíduos com
altura facial ântero-inferior excessiva, normal e curta em relação à altura facial
superior. As alturas dentoalveolares foram comparadas entre más-oclusões Classe I
e Classe II (esquelética e dentoalveolar). A amostra é do centro de crescimento de
Burlington e constituiu-se de 188 homens e 156 mulheres com 12 anos de idade. Os
resultados mostraram que as alturas dentoalveolares são significantemente
diferentes entre faces com altura facial ântero-inferior, excessiva, normal e curta,
com exceção para a altura dentoalveolar inferior posterior que não apresentou
nenhuma diferença entre altura facial ântero-inferior, curta e normal. Todas as
alturas dentoalveolares são maiores no grupo masculino com exceção para a altura
dentoalveolar superior posterior. Alturas dentoalveolares são similares entre as más-
oclusões Classe I e Classe II, dentária ou esquelética. Os dentes superiores
apresentaram uma correlação mais alta entre a altura facial anterosuperior e altura
facial ântero-inferior.
2 REVISÃO DA LITERATURA
26
26
De acordo com Stöckli e Teuscher
52
(1996), durante o crescimento
craniofacial a sínfise pode se desenvolver para frente e para baixo,
predominantemente para baixo ou predominantemente para frente. Quando existe
um equilíbrio entre o crescimento vertical da fossa mandibular e crescimento do
côndilo com o crescimento das estruturas basais da maxila e desenvolvimento
dentoalveolar superior e inferior, o deslocamento ocorre para baixo e para frente de
maneira equilibrada. Entretanto, quando o desenvolvimento vertical da maxila e dos
processos alveolares, superior e inferior, for maior que o crescimento da fossa
mandibular e dos côndilos, a sínfise irá desenvolver-se predominantemente para
baixo, abrindo o eixo Y de crescimento. Com um acréscimo mínimo, por exemplo, de
1 mm de extrusão superior e inferior dos molares irá ocorrer 2,5°
de abertura do eixo
Y e uma diminuição de 2,5°
no ângulo S.N.B.
Um estudo cefalométrico em 104 pacientes com mordida aberta anterior foi
realizado por Tsang, Cheung e Samman
55
(1997). O objetivo deste estudo foi
identificar parâmetros esqueléticos correlacionados com a severidade da mordida
aberta anterior no plano vertical. Os autores relataram que o aumento da severidade
da mordida aberta anterior está correlacionado e diretamente proporcional ao
aumento na altura dentoalveolar posterior da maxila e inversamente proporcional à
altura dentoalveolar anterior. As combinações das alturas dentoalveolares
correlacionam e influenciam a rotação da maxila, e refletem nas mudanças do plano
palatino. Portanto, a rotação anti-horária do plano palatino e o aumento dos
segmentos dentoalveolares são alterações diretamente relacionadas com a
severidade da mordida aberta anterior.
2 REVISÃO DA LITERATURA
27
27
Pensando em como monitorar e controlar pacientes com a síndrome da face
longa, Prittinen
39
(1997) definiu que uma das maneiras seria controlar a extrusão dos
molares, principalmente dos molares superiores que extruem mais facilmente que os
inferiores, em razão dos inferiores terem um músculo mastigatório atuando
diretamente nesta região, além do trabeculado ósseo da mandíbula apresentar
maior resistência do que o trabeculado da maxila.
Por meio de uma amostra de oclusão normal com idades variando dos 5 aos
45 anos, Bishara e Jakobsen
7
(1998), analisaram as correlações entre o trespasse
vertical e as alturas faciais, concluindo que estas não são úteis clinicamente.
Relataram que existem outros fatores, como o crescimento do processo alveolar,
que podem influenciar as alterações do trespasse vertical de maneira mais
significativa.
Martins et al.
32
publicaram, em 1998, um Atlas de Crescimento Craniofacial
com valores obtidos de brasileiros leucodermas, descendentes de mediterrâneos:
portugueses, espanhóis ou italianos. O objetivo deste trabalho foi oferecer aos
clínicos e pesquisadores uma descrição estatística de dados craniofaciais
longitudinais, para utilização mais objetiva do diagnóstico e plano de tratamento de
brasileiros. Neste trabalho, entre outras tantas aferições, os autores apresentaram
valores para a altura dentoalveolar dos primeiros molares superiores e inferiores
(Apêndice C). O aumento anual médio encontrado neste estudo para os indivíduos
do sexo masculino durante o intervalo de 12 anos (6-18 anos) para a altura
2 REVISÃO DA LITERATURA
28
28
dentoalveolar superior foi de 1,15mm/ano e para as mulheres 0,72mm/ano, e para a
altura dentoalveolar inferior os valores de aumento anual foram 1,09mm/ano para o
sexo masculino e 0,95mm/ano para o sexo feminino.
Segundo Van Der Linden
57,58
(1999, 2003), a morfologia facial observada em
faces curtas e longas pode ser explicada pela interação dos componentes funcionais
internos e externos. Quando os componentes funcionais internos dominam sobre os
externos, o crescimento ocorrerá principalmente em uma direção caudal,
ocasionando um aumento no espaço para os componentes funcionais internos. Uma
altura facial anterior longa se desenvolverá com um crescimento da mandíbula
orientado para a vertical e girado para posterior. Quando os componentes funcionais
externos dominam sobre os internos, o crescimento ocorrerá principalmente em uma
direção anterior, e a altura da face inferior aumentará apenas levemente ou mesmo
diminuirá, e uma face anterior curta se desenvolverá com um crescimento rotacional
anterior da mandíbula. Os componentes funcionais internos são formados pela
orofaringe, nasofaringe e pela cavidade bucal com as estruturas circundadas e as
atividades e funções determinadas para essas áreas. A respiração e a posição da
língua e de outros tecidos moles em repouso são essenciais a esse respeito. Os
componentes externos substituem os da musculatura mastigatória e facial, sua
posição em repouso e sua atividade. A posição dos lábios, a ausência ou presença
de um selamento labial competente e a relação entre os lábios e os incisivos
possuem importância particular.
2 REVISÃO DA LITERATURA
29
29
Segundo Proffit et al.
40
(2000), o sucesso do tratamento ortodôntico da
mordida aberta esquelética é extremamente difícil de se realizar e requer o controle
do crescimento para baixo da maxila e o controle da irrupção dos dentes posteriores,
de forma que a rotação mandibular no sentido horário seja prevenida. O contínuo
crescimento vertical que ocorre em adolescentes é o maior problema que pode
ocorrer depois do tratamento ortodôntico finalizado. Após o término do crescimento
vertical, existem somente duas hipóteses para o tratamento da mordida aberta:
extruir os dentes anteriores, mantendo o componente esquelético não corrigido ou
intruir os dentes posteriores. O autor salientou que na análise cefalométrica, o maior
indicador do relacionamento esquelético que predispõe um indivíduo para mordida
aberta é um ramo mandibular curto e rotação posterior para baixo da maxila. Ambos
tendem a produzir uma rotação para baixo e para trás da mandíbula e aumento da
altura facial anterior separando os dentes anteriores. Embora uma face longa
promova uma dimensão do esqueleto que propicia os problemas de mordida aberta,
um terço dos pacientes que procuram tratamento com uma deformidade de face
longa possuem uma sobremordida normal ou excessiva, devido à irrupção
compensatória dos dentes anteriores.
Janson et al.
25
(2003) realizaram um estudo cefalométrico com o objetivo de
avaliar a estabilidade em longo prazo (média de 5 anos) do tratamento da mordida
aberta anterior realizado no período da dentição permanente e sem extrações. O
grupo experimental consistiu de 21 pacientes cujas telerradiografias foram obtidas
do pré-tratamento, do pós-tratamento e da pós-contenção. Dois grupos controles
foram utilizados. O primeiro com idade comparável com o grupo experimental antes
2 REVISÃO DA LITERATURA
30
30
do tratamento foi utilizado somente para caracterizá-lo. O segundo grupo controle
com oclusão normal foi acompanhado longitudinalmente por um período comparável
ao pós-tratamento e foi utilizado para comparar as mudanças entre os grupos
durante o período. Uma diminuição estatisticamente significante na sobremordida
anterior foi observada no final do período pós-tratamento. Os fatores primários que
contribuíram para a diminuição da sobremordida foram o menor desenvolvimento
vertical dos incisivos da maxila e da mandíbula no período pós-tratamento. Porém
61,9% da amostra tiveram uma correção clinicamente estável da mordida aberta. Os
resultados do período de tratamento indicaram que a correção foi possível devido à
extrusão dos incisivos superiores e inferiores. As alturas dentoalveolares dos
molares superiores apresentaram um significante aumento durante e no pós-
tratamento. No entanto, o desenvolvimento vertical dos molares inferiores foi menor
do que o grupo controle.
Freitas et al.
14
(2004) analisaram a estabilidade em longo prazo (média de
8,35 anos) do tratamento da mordida aberta anterior tratada com extrações na
dentição permanente. Foram obtidas radiografias cefalométricas do pré-tratamento,
do pós-tratamento e da pós-retenção de 31 pacientes. Dois grupos de controle foram
utilizados no estudo. O primeiro com idade similar ao grupo experimental antes do
tratamento, foi utilizado somente para caracterizar a amostra experimental e outro
com oclusão normal, foi utilizado para acompanhamento longitudinal por um período
comparável ao período do pós-tratamento e foi utilizado, também, para comparar
mudanças durante este período. Não houve diminuição estatisticamente significante
da sobremordida anterior obtida ao término do tratamento e no período pós-
2 REVISÃO DA LITERATURA
31
31
tratamento. Os fatores primários que contribuíram para a diminuição não significante
foram: o desenvolvimento vertical normal dos incisivos superiores e inferiores; o
desenvolvimento vertical menor dos molares inferiores; e a conseqüente diminuição
na altura facial anterior. Adicionalmente 74,2% da amostra tiveram um resultado
clinicamente estável da mordida aberta.
Kuroda, Katayama e Yamamoto
26
(2004) afirmaram que a mordida aberta
anterior é freqüentemente causada por rotação horária da mandíbula e excessiva
irrupção dos dentes posteriores. Segundo os autores, quando a intrusão dos
molares é indicada, torna-se difícil obter ancoragem absoluta por mecanismos
ortodônticos tradicionais. Neste artigo, relatou-se o sucesso do tratamento de um
caso de mordida aberta severa utilizando implantes de titanium como meio de
ancoragem. Foram utilizadas extrações dos terceiros molares superiores e inferiores,
primeiro pré-molar superior direito e incisivo central superior esquerdo e utilizou-se
barra transpalatina e arco lingual inferior nos primeiros molares. O retrognatismo do
queixo e o perfil convexo melhoraram com o giro anti-horário da mandíbula e a
mordida aberta anterior foi corrigida.
Rios
44
(2005) afirmou que o tratamento de pacientes com altura facial inferior
aumentada e ângulo do plano mandibular alto é difícil e o sucesso do tratamento
depende do controle da dimensão vertical. O autor enfatizou a importância de se
controlar a extrusão dos molares superiores e inferiores e salientou a possibilidade
de extrações dos primeiros molares para permitir a rotação mandibular.
2 REVISÃO DA LITERATURA
32
32
Arat e Rübendüz
5
(2005), realizaram um estudo longitudinal e examinaram as
estruturas dentoalveolares durante períodos de crescimento precoce e tardio em 62
indivíduos (26 do gênero masculino e 36 do gênero feminino) com padrões faciais
normais e oclusões aceitáveis. Foram avaliadas e mensuradas as alterações
esqueléticas e dentoalveolares no início e no final dos períodos de observação. Os
autores verificaram que as estruturas dentoalveolares desempenharam um papel
importante no tratamento de más-oclusões, em particular, nas discrepâncias
esqueléticas verticais (mordidas abertas ou profundas), que são geralmente tratadas
por estimulação ou inibição (ou ambas). Apesar disto, estudos do desenvolvimento
das estruturas dentoalveolares são bastante raros na literatura. A consciência do
crescimento diferencial nas estruturas alveolares, particularmente durante o período
de tratamento, pode ser de benefício significante. Os autores encontraram neste
estudo um maior aumento nas dimensões dentoalveolares durante os estágios
precoces, quando comparados aos estágios tardios.
Segundo Martina et al.
31
(2005) o crescimento vertical excessivo na região
dentoalveolar posterior tem sido relacionado à etiologia da síndrome da face longa.
O objetivo deste estudo foi testar a hipótese de que a altura dentoalveolar dos
molares está diretamente relacionada às características craniofaciais verticais. Os
resultados deste estudo sugerem que indivíduos com acentuada divergência
intermaxilar podem apresentar uma redução da altura dentoalveolar dos molares;
não houve diferença para a altura dentoalveolar superior e inferior com relação à
idade e ao sexo dos indivíduos. Entretanto, a idade dos indivíduos era restrita,
somente adultos jovens. Os autores relataram, ainda, que o resultado desse estudo
2 REVISÃO DA LITERATURA
33
33
não deveria ser extrapolado para outros grupos em razão da amostra estudada ser
composta de pacientes com más-oclusões. Futuros estudos devem promover
valores normativos para a altura dentoalveolar e morfologia craniofacial em
indivíduos sem má-oclusão.
PROPOSIÇÃO
2 PROPOSIÇÃO
35
35
2 PROPOSIÇÃO
O objetivo deste trabalho foi verificar se existe relação entre mordida
aberta anterior e altura dentoalveolar dos primeiros molares superiores e
inferiores.
Para atingir este objetivo foram realizados os seguintes procedimentos:
analisar a altura dentoalveolar dos primeiros molares
permanentes em indivíduos com oclusão normal, com relação ao padrão
facial (mesofacial e braquifacial);
comparar as medidas da altura dentoalveolar de pacientes com
mordida aberta anterior às de indivíduos com oclusão normal;
verificar a presença de dimorfismo sexual para as medidas
estudadas.
MATERIAL E MÉTODO
3 MATERIAL E MÉTODO
37
37
3 MATERIAL E MÉTODO
3.1 Amostra
A amostra deste estudo foi composta por 60 telerradiografias cefalométricas
laterais pertencentes ao arquivo do Programa de Pós-Graduação em Odontologia,
área de concentração em Ortodontia, da Universidade Metodista de São Paulo.
O primeiro, grupo I, denominado grupo com Oclusão Normal, foi composto por
30 telerradiografias, de estudantes procedentes de várias escolas públicas e
privadas do ensino fundamental, médio e superior, da região do Grande ABC
Paulista, sendo 13 do sexo masculino e 17 do sexo feminino, brasileiros,
leucodermas, na faixa etária compreendida entre 12 e 17 anos (idade média de 15
anos e 7 meses), com dentição permanente completa e com oclusão normal,
segundo Andrews
4
(1972).
3 MATERIAL E MÉTODO
38
38
O segundo, grupo II, denominado de grupo com Mordida Aberta, foi composto
por 30 telerradiografias em norma lateral inicial obtidas de pacientes que realizaram
tratamento ortodôntico. Foram selecionadas 17 telerradiografias de pacientes do
sexo feminino e 13 do sexo masculino, brasileiros, leucodermas, na faixa etária
compreendida entre 11 e 28 anos (idade média 16 anos e 6 meses), com dentição
permanente completa, porém, com má-oclusão do tipo mordida aberta anterior,
segundo Graber
17
(1961). A comparação entre as idades dos dois grupos pode-ser
observada na tabela a seguir.
TABELA 1 - Valores médio, máximo e mínimo das idades do grupo com Oclusão
Normal e com Mordida Aberta
Média Máximo Mínimo
Grupo
Oclusão
Normal
15 anos e 7 meses 17 anos e 9 meses 12 anos e 8 meses
Grupo
Mordida
Aberta
16 anos e 6 meses 28 anos e 6 meses 11 anos e 7 meses
3.1.1 Seleção da amostra
Inicialmente, foi realizada, em duas etapas, a seleção das telerradiografias do
grupo com Oclusão Normal. A primeira seleção foi obtida após análise criteriosa
realizada em 6.118 indivíduos procedentes de várias escolas de ensino fundamental,
médio e superior da região do ABC Paulista, com o objetivo de selecionar apenas
3 MATERIAL E MÉTODO
39
39
indivíduos com oclusão normal natural para compor uma amostra de oclusão normal
e servir tanto de estudo como de grupo controle de trabalhos a serem realizados no
curso de pós-graduação em ortodontia da UMESP. Esta seleção foi realizada de
acordo com os seguintes critérios:
a) os indivíduos deveriam ser brasileiros, leucodermas, do sexo masculino ou
feminino, com faixa etária compreendida entre 12 e 21 anos;
b) apresentar todos os dentes permanentes em oclusão, exceto os terceiros
molares;
c) não terem sido submetidos a qualquer tipo de intervenção ortodôntica.
Para se determinar a oclusão normal natural foi adotado o critério de que pelo
menos quatro das seis chaves de oclusão ótima, definidas por Andrews
4
(1972),
deveriam estar presentes, sendo que a relação interarcos e a relação molar (chave
número 1) deveriam sempre existir. A oclusão também foi analisada criteriosamente,
do ponto de vista funcional, por um especialista em oclusão.
O resultado dessa seleção resultou em 68 indivíduos com oclusão normal
natura,l que foram submetidos aos exames radiográficos, de modelos, de estudo e
fotográficos.
3 MATERIAL E MÉTODO
40
40
As 68 telerradiografias em norma lateral obtidas na primeira etapa da seleção
passaram por uma avaliação, sendo que 30 foram selecionadas de acordo com os
critério de seleção adotados nesta segunda etapa:
a) as radiografias deveriam apresentar uma qualidade ótima para visualização do
traçado;
b) as radiografias não deveriam apresentar dupla imagem na região de interesse
para o estudo;
c) apresentar inexistência de próteses ou restaurações extensas nos primeiros
molares superiores e inferiores que comprometessem a sua visualização.
Estas 30 telerradiografias com as características preestabelecidas,
constituíram a amostra final do grupo I (grupo com Oclusão Normal) como pode-se
observar na Figura 1.
Figura 1 - Telerradiografia em norma lateral digitalizada
(grupo I)
3 MATERIAL E MÉTODO
41
41
O grupo II (grupo com Mordida Aberta) foi obtido de um total aproximado de
1000 radiografias pertencentes aos arquivos da UMESP. Os critérios de seleção
para a escolha deste grupo foram:
a) apresentar mordida aberta anterior de no mínimo 2mm, analisada por meio de
telerradiografia em norma lateral e confirmada pelos modelos de gesso de estudo
e fotografias intrabucais;
b) as radiografias deveriam apresentar uma qualidade ótima para visualização do
traçado;
c) as radiografias não deveriam apresentar dupla imagem na região de interesse
para o estudo;
d) apresentar inexistência de próteses ou restaurações extensas nos primeiros
molares superiores e inferiores que comprometessem a sua visualização.
As 30 telerradiografias com as características preestabelecidas constituíram a
amostra do grupo II (grupo com Mordida Aberta Anterior) como pode-se observar na
Figura 2.
3 MATERIAL E MÉTODO
42
42
Figura 2 - Telerradiografia em norma lateral digita-
lizada (grupo II)
3.2 Método
3.2.1 Método radiográfico
Para realização deste estudo foi utilizada uma telerradiografia em norma
lateral de cada indivíduo pertencente à amostra.
3 MATERIAL E MÉTODO
43
43
Utilizou-se o filme Kodak
1
T-Mat G/RA, de dimensões 20,3 cm X 25,4cm
(8”x10”), na posição horizontal. Os filmes foram montados em Chassi, utilizando-se o
ecran intensificador Kodak lanex regular recomendado pelo fabricante dos aparelhos
de raios X.
Todas as radiografias foram realizadas em um mesmo aparelho e por um
técnico em radiologia, que utilizou o aparelho Rotograph Plus modelo MR05 85
(Dabi Atlante), fabricado pela empresa italiana Villa System Medicali
2
, calibrado com
fatores de exposição regulados para 60-85KVp e 10mA. O tempo de exposição e a
kilovoltagem foram adequados para o biótipo de cada indivíduo avaliado,
respeitando-se a idade e a constituição física, utilizando-se o mínimo de exposição à
radiação.
A distância foco-filme foi de 1,52 m e os filmes foram processados em uma
processadora automática, marca BEM, modelo Runzamatic 130, da empresa Eletro
Médica Brasileira
3
.
A cabeça do paciente foi posicionada por meio do cefalostato, o mesmo foi
orientado para ficar com os lábios em posição de repouso com os dentes em
máxima intercuspidação habitual.
1
Kodak Brasileira Com. Ind. Ltda – São Jodos Campos – SP – Brasil 0800-150000 –
www.kodak.com.br.
2
Villa System Medicali spa 20090 Buccinasco (Mi) Via delle Azalle 3 Italy Fone 02-488591.
3
EBM – Eletro Médica Brasileira.
3 MATERIAL E MÉTODO
44
44
3.2.2 Obtenção do cefalograma
Os traçados cefalométricos foram obtidos pelo método digital, no qual as
telerradiografias foram digitalizadas utilizando-se os seguintes equipamentos:
microcomputador marca IBM
4
com processador Intel
5
de 2.4GB, disco rígido com
capacidade de 16GB, 256 de memória RAM, equipado com monitor marca LG
6
de 14”;
scanner marca Hewlet Packard
7
, modelo 4C, com leitor de transparências da
mesma marca, modelo ScanJet 6100-CT, para a digitalização das imagens. As
imagens tiveram resolução de 150dpi, em uma escala de tamanho da imagem de
100%, e 256 tons de cinza, no formato TIFF; que, posteriormente, foram
importadas para um software usado para a obtenção e realização de traçados
cefalométricos computadorizados;
software Radiocef Studio (versão 4.0 release 19) da Radio Memory Informática
8
,
executado no sistema operacional Windows XP, onde foram demarcados os
pontos cefalométricos pertencentes à análise cefalométrica de Ricketts
43
et al.
(1982) e Riolo
45
et al. (1974);
software Statistica for Windows versão 5.1, StatSoft Inc, Tulsa, USA, para os
testes estatísticos.
4
IBM; http:// www.ibm.com.
5
Intel Inside; http:// www.intel.com.
6
LG – Brasil; http:// www.lge.com.br.
7
Hewlet Packard; http://www
welcome.hp.com.
8
Radiomemory; http:// www.radiomemory.com.br.
3 MATERIAL E MÉTODO
45
45
Os materiais e equipamentos citados pertencem ao Programa de Pós-
Graduação da Universidade Metodista de São Paulo.
3.2.3 Estruturas anatômicas utilizadas
Para obtenção do cefalograma foi necessário ver as seguintes estruturas
anatômicas:
1. Fissura pterigomaxilar
2. Meato acústico externo
3. Cavidades orbitárias
4. Maxila
5. Mandíbula
6. Primeiros molares permanentes superiores e inferiores
3.2.4 Pontos anatômicos
Os pontos de referência anatômicos foram demarcados utilizando a
ferramenta “mixef” do programa, seguindo as especificações de Riolo
45
et al. (1974)
e Ricketts
43
et al.(1982).
3 MATERIAL E MÉTODO
46
46
1) Násio (N): Situado na junção do osso nasal com o osso frontal. Ponto mais
anterior da sutura fronto-nasal.
2) Básio (Ba): Ponto mais inferior do osso occipital, na margem anterior do
forame magno.
3) Pório (Po): Localizado no ponto mais superior da margem do meato acústico
externo.
4) Orbitário (Or): Ponto mais inferior do contorno infra-orbitário.
5) Pterigóideo (Pt): ponto mais póstero-superior da fossa pterigopalatina
(localizado na entrada do forame redondo).
6) Espinha nasal anterior (ENA): Ponto mais anterior da espinha nasal anterior.
Localizado na intersecção da porção posterior da fissura pterigomaxilar e o
palato ósseo.
7) Espinha nasal posterior (ENP): Ponto mais posterior da espinha nasal
posterior.
8) Protuberância mentoniana ou suprapogônio (Pm): ponto onde a curvatura
do bordo anterior da sínfise muda de côncava para convexa.
9) Pogônio (Pg): Ponto mais anterior da curvatura do mento.
10) Mentoniano (Me): Ponto mais inferior do contorno da sínfise mandibular.
11) R1: Ponto mais profundo na concavidade da borda anterior do ramo mandibular.
12) R2: Ponto na borda posterior do ramo mandibular paralelo a R1.
13) R3: Ponto mais inferior na incisura da mandíbula.
3 MATERIAL E MÉTODO
47
47
14) R4: Ponto localizado no bordo inferior do ramo mandibular paralelo a R3.
15) Ponto Xi: Localizado no centro do retângulo formado pelos pontos R1, R2, R3
e R4 no ramo da mandíbula.
16) Centro do côndilo (DC): Ponto central do colo do côndilo sobre o plano Ba-Na.
17) Gnátio (Gn): Ponto localizado na intersecção do plano mandibular e facial
(linha Na – Po).
18) Gônio (Go): Intersecção entre o plano mandibular e uma linha tangente ao
bordo posterior do ramo mandibular.
19) 6MS: Ponto localizado na extremidade da cúspide mesial do primeiro molar
superior.
20) 6MI: Ponto localizado na extremidade da cúspide mesial do primeiro molar
inferior.
3 MATERIAL E MÉTODO
48
48
Figura 3 - Pontos cefalométricos utilizados
3.2.5 Planos e linhas de referência
Realizada a demarcação dos pontos anatômicos, foi necessário o traçado de alguns Planos e Linhas de referência (Figura 4), citados a
seguir:
1) Plano horizontal de Frankfurt: linha do ponto pório anatômico ao Orbitário.
2) Plano Vertical Pterigóideo: linha perpendicular ao plano de Frankfurt,
passando pelo ponto Pt.tangente ao bordo posterior da fissura pterigomaxilar.
E
E
N
N
P
P
E
E
N
N
P
P
P
P
o
o
G
G
o
o
N
N
B
B
a
a
P
P
o
o
O
O
r
r
P
P
t
t
P
P
m
m
M
M
e
e
X
X
i
i
D
D
c
c
G
G
n
n
6
6
M
M
.
.
S
S
6
6
M
M
.
.
I
I
3 MATERIAL E MÉTODO
49
49
3) Linha Ba-N: passa pelos pontos Násio e Básio (N-Ba). É o limite entre a face e
o crânio. Representa a base do crânio.
4) Plano Facial: linha que passa pelos pontos Násio e Pogônio (N-Pg). Para
facilitar a sua intersecção com o plano mandibular, deve ser prolongado alguns
milímetros.
5) Plano Mandibular: Plano unindo os pontos Me e Gônio, tangenciando a
mandíbula.
6) Eixo Facial: linha que parte de ponto Pterigóideo até o Gnátio cefalométrico
(Pt-Gn).
7) Eixo do corpo da Mandíbula: linha que se estende do ponto Xi à
Protuberância Mental (Xi-Pm).
8) Eixo condilar: linha que une o centro do ramo da mandíbula ao centro do
côndilo (Xi-DC).
9) Linha Xi-ENA: linha que parte do centro do ramo à Espinha Nasal Anterior.
10) Plano Palatino: (PP) do ponto ENA ao ENP.
3 MATERIAL E MÉTODO
50
50
Figura 4 - Planos e linhas de referência utilizados
3.2.6 Medidas angulares utilizadas para determinar o VERT
Para dividir o grupo com Oclusão Normal, de acordo com o padrão facial
(braquifacial e mesofacial), foi necessário analisar 5 medidas angulares utilizadas
para determinar o VERT que são: ângulo do eixo facial, ângulo facial ou
profundidade facial, ângulo do plano mandibular, altura facial inferior e arco
mandibular descritos a seguir.
E
E
N
N
A
A
E
E
N
N
P
P
G
G
o
o
B
B
a
a
P
P
o
o
O
O
r
r
P
P
t
t
P
P
m
m
M
M
e
e
X
X
i
i
D
D
c
c
G
G
n
n
PTV
3 MATERIAL E MÉTODO
51
51
1) Ângulo do Eixo Facial: ângulo formado pelo plano Básio-Násio (N-Ba) e pelo
Eixo Facial (Pt-Gn). Este ângulo fornece a direção de crescimento do mento e a
proporção entre altura facial e profundidade facial. Aos nove anos de idade, a
norma para este ângulo é 90
o
, com desvio-padrão de +- 3
o
. Um ângulo maior que
90
o
indica uma direção de crescimento mandibular mais horizontal; se for menor
que 90
o
, o vetor de crescimento predominante é vertical. Este ângulo sofre
poucas alterações com o passar dos anos.
2) Ângulo Facial ou profundidade Facial: É formado pela intersecção entre o
plano de Frankfurt (Pr-Or) e o plano facial (N-Pog). Indica a posição
anteroposterior da mandíbula. Aos 9 anos, o valor normal é de 87
o
, com desvio-
padrão de +-3
o
. Apresentando valores de 84
o
a 90
o
, o indivíduo é classificado
como mesofacial. Este ângulo aumenta cerca de 1
o
a cada três anos até a
maturidade. A modificação anual é, portanto, +- 0,33
o
. Quando o ângulo
apresentar-se menor que 84
o
, o indivíduo será classificado como dolicofacial e se
for maior que 90
o
, será braquifacial.
3) Ângulo do Plano Mandibular: Formado pelo plano mandibular (Go-Me) e o
Plano de Frankfurt (Po-Or). Este ângulo define a inclinação do corpo da
mandíbula, informando o padrão de crescimento da mandíbula. Também
representa a altura vertical do ramo, onde um ângulo aumentado está
relacionado a um ramo curto e com uma musculatura fraca. Um ângulo baixo
indica um ramo longo e uma musculatura forte. Aos nove anos de idade, o seu
valor normativo é de 26
o
+- 4
o
, sendo o indivíduo mesofacial. Esta medida tende
a diminuir com o passar dos anos por conta do crescimento rotacional da
mandíbula. A modificação anual é – 0,33
o
, tendendo a diminuir 1
o
a cada três
anos até a maturidade.
3 MATERIAL E MÉTODO
52
52
4) Altura da Face Inferior: Ângulo formado pelas linhas Xi-ENA e Xi-Pm.
Representa a altura da face inferior. É útil na determinação de mordidas abertas
ou fechadas esqueléticas. Aos nove anos, o valor normativo deste ângulo é 47
o
+- 4
o
, sendo o indivíduo classificado como mesofacial. Normalmente não muda
com a idade, não apresentando, portanto, modificação anual. Quando este
ângulo for menor que 43
o
, o indivíduo será classificado com braquifacial. Se for
maior que 51
o
, será classificado com dolicofacial.
5) Arco Mandibular: Ângulo formado pelo eixo do côndilo (DC-Xi) e pela extensão
posterior do eixo do corpo da mandíbula (Xi-Pm). Descreve a forma interna da
mandíbula, relacionando-a com o seu crescimento. O valor normativo deste
ângulo, aos nove anos, é de 26
o
+- 4
o
. Apresenta a tendência de diminuir
suavemente com a idade, com modificação anual de + 0,5
o
. O indivíduo será
considerado dolicofacial quando o valor deste ângulo estiver abaixo de 22
o
.
Nestes casos, o ângulo goníaco é aberto. Ele será braquifacial quando o arco
mandibular apresentar-se acima de 30
o
. O ângulo goníaco, nestes casos,
geralmente é fechado.
3.2.7 Determinação do tipo facial
Na determinação do tipo facial, foi utilizado o programa Radiocef 4.0, onde
foram demarcados os pontos cefalométricos da análise cefalométrica de Ricketts et
al.
43
(1982) para a determinação do valor do índice VERT.
3 MATERIAL E MÉTODO
53
53
Ricketts et al.
43
(1982) estabeleceram três tipos básicos de crescimento facial:
Mesofacial (crescimento equilibrado), Dolicofacial (crescimento predominantemente
vertical) e Braquifacial (crescimento predominantemente horizontal). Ele criou o
índice VERT que indica a quantidade de crescimento vertical da face. O autor
determinou padrões de normalidade e os respectivos desvios-padrão utilizando
crianças caucasianas de nove anos de idade. A partir daí, estabeleceu valores
médios anuais de mudança nos valores de cada ângulo, resultante do crescimento.
Obtidos os valores de cada ângulo do paciente, calcula-se a norma
individualizada para cada ângulo, levando em consideração a idade do indivíduo.
Depois de identificada a diferença entre o valor encontrado e a norma
individualizada, divide-se o valor encontrado pelo desvio clínico (que varia de acordo
com o ângulo). Atribui-se um sinal positivo quando o valor indicar uma tendência
Braquifacial de crescimento ou negativo, quando o valor encontrado indicar uma
tendência Dolicofacial. O índice VERT é calculado pela média aritmética dos cinco
valores de classificação facial.
Índice VERT negativo indica padrão facial Dolicofacial, índice positivo padrão
facial Braquifacial e somatório próximo a zero padrão Mesofacial. O autor ainda
dividiu o índice VERT de acordo com o aumento positivo ou negativo, a partir do
ponto zero (Mesofacial). Valor igual ou menor a -2,0 caracteriza Dolicofacial severo;
entre -1,0 e -2,0 Dolicofacial; entre -0,5 e -1,0 Dolicofacial suave; entre -0,5 e 0,5
Mesofacial; entre 0,5 e 1,0 Braquifacial; e maior ou igual a 1,0 Braquifacial severo.
3 MATERIAL E MÉTODO
54
54
TABELA 2 - Tipo facial de acordo com o VERT
Padrão
Facial
Dolicofacial
Severo
Dolicofacial
Dolicofacial
Suave
Mesofacial Braquifacial
Braquifacial
Severo
Valores
VERT
-2,0 -1,0 -0,5 0 0,5 1,0
Analisando o grupo com Oclusão Normal de acordo com o padrão facial,
verificamos que dos 30 indivíduos avaliados 10 apresentavam tipo facial Mesofacial
e 20 do tipo Braquifacial.
3.2.8 Grandezas cefalométricas
Após a demarcação dos pontos anatômicos, o programa de computador
Radiocef calculou o VERT e realizou as mensurações lineares que determinaram a
altura dentoalveolar dos primeiros molares superiores e inferiores.
1) Altura dentoalveolar superior (6MS-PP): medida linear entre a ponta da cúspide
mésio-vestibular do primeiro molar superior (6MS) e o plano palatino (PP), de
maneira que esta linha sempre parta da ponta de cúspide perpendicularmente ao
plano palatino.
2) Altura dentoalveolar inferior (6MI-GoMe): medida linear obtida entre a ponta da
cúspide mésio-vestibular do primeiro molar inferior (6MI) ao plano mandibular
3 MATERIAL E MÉTODO
55
55
(Go-Me), também seguindo uma perpendicular a partir da cúspide do primeiro
molar inferior ao plano mandibular.
Figura 5 - Medidas de comprimento (lineares)
3.2.9 Erro do método
Para verificar o erro sistemático intra-examinador foi utilizado o teste “t”
pareado. Na determinação do erro casual utilizou-se o cálculo de erro proposto por
Dahlberg (HOUSTON
21
, 1983), cuja fórmula é:
E
E
N
N
A
A
E
E
N
N
P
P
G
G
o
o
6
6
M
M
.
.
S
S
6
6
M
M
.
.
I
I
M
M
e
e
3 MATERIAL E MÉTODO
56
56
n
erro
d
2
2
=
onde, d = diferença entre 1
a
. e 2
a
. medições
n = número de casos
Os resultados das avaliações do erro sistemático, avaliado pelo teste “t”
pareado, e do erro casual medido pela fórmula de Dahlberg, encontram-se na
Tabela 3 (p. 56).
3.2.10 Método estatístico
Os dados foram analisados por meio de tabelas e gráficos contendo valores
de média e desvio-padrão.
Para comparar as diferenças entre os grupos masculino e feminino foi
utilizado o teste “t” de Student. Para a comparação entre grupos (Oclusão Normal e
Mordida Aberta) e sexos (masculino e feminino) utilizou-se a Análise de Variância
(ANOVA) a dois critérios.
3 MATERIAL E MÉTODO
57
57
Em todos os testes estatísticos adotou-se nível de significância de 5% (ZAR
61
,
1996). Os testes foram executados no programa Statistica for Windows v. 5.1
(StatSoft Inc., USA).
RESULTADOS
4 RESULTADOS
59
59
4 RESULTADOS
O presente capítulo visa, por meio das tabelas e figuras nele contidas, ilustrar
os dados obtidos durante a pesquisa e discorrer a respeito os valores encontrados.
TABELA 3 - Avaliação do erro sistemático (teste “t” pareado) e do erro casual (erro
de Dahlberg) na avaliação da medida estudada
1a. Medição 2a. Medição
Média dp média dp
t p
Erro
28,73 4,52 28,45 4,26 1,865 0,076 ns 0,51
ns – diferença estatisticamente não significante
4 RESULTADOS
60
60
TABELA 4 - Média e desvio-padrão dos indivíduos com Oclusão Normal de acordo
com o padrão facial (Braquifacial N=40 e Mesofacial N=25), separados
por sexo
Braquifacial Mesofacial
Molar Sexo
média dp média dp
Fem. 22,94 1,77 22,22 2,05
16/26
Masc. 24,36 2,55 24,58 1,50
Fem. 31,62 2,26 30,64 2,72
36/46
Masc. 34,10 3,13 34,36 3,77
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
Fem. Masc. Fem. Masc.
16/26 36/46
Braquifacial
Mesofacial
Figura 6 - Média e desvio-padrão dos indivíduos com Oclusão Normal de
acordo com o padrão facial (Braquifacial N=40 e Mesofacial
N=25), separados por sexo
4 RESULTADOS
61
61
TABELA 5 - Análise de Variância para comparação entre padrão facial (Braquifacial
e Mesofacial) e sexo na medida dos primeiros molares superiores
(16/26)
GL QM GL QM
Efeito
efeito efeito erro erro
F p
Padrão 1 0,831 61 3,930 0,21 0,647 ns
Sexo 1 47,561 61 3,930 12,10 0,001*
Interação 1 2,962 61 3,930 0,75 0,389 ns
GL – graus de liberdade
QM – quadrado médio
ns – diferença estatisticamente não significante
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05)
TABELA 6 - Análise de Variância para comparação entre padrão facial
(Braquifacial e Mesofacial) e sexo na medida dos primeiros
molares inferiores (36/46)
GL QM GL QM
Efeito
efeito efeito erro erro
F p
Padrão 1 1,726 61 7,848 0,22 0,641 ns
Sexo 1 128,230 61 7,848 16,34 0,000*
Interação 1 5,106 61 7,848 0,65 0,423 ns
GL – graus de liberdade
QM – quadrado médio
ns – diferença estatisticamente não significante
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05)
Tanto para o 16/26 como para o 36/46 a Análise de Variância mostrou que
nos indivíduos com Oclusão Normal (N=65) há diferença entre sexo, porém não
entre o padrão facial (Braquifacial e Mesofacial).
4 RESULTADOS
62
62
TABELA 7 - Média e desvio-padrão dos indivíduos com Oclusão Normal (N = 30)
para a altura dentoalveolar posterior dos primeiros molares
permanentes
Para verificar se não há diferença estatisticamente entre os padrões Mesofacial e Braquifacial, no grupo de Oclusão Normal, foi aplicado
o teste “t” de Student (Tabela 8).
TABELA 8 - Teste “t” de Student para comparação entre os padrões Mesofacial e
Braquifacial no grupo de Oclusão Normal
Mesofacial (n=10) Braquifacial (n=20)
Molar
média dp média dp
t p
16/26 23,61 2,33 23,37 2,05 0,288 0,776 ns
36/46 31,89 2,85 32,78 2,79 0,819 0,420 ns
ns – diferença estatisticamente não significante
Como não houve diferença estatisticamente significante entre Mesofacial e
Braquifacial o grupo de indivíduos com Oclusão Normal foi tratado como um todo
nas avaliações a seguir.
Os resultados da média e desvio-padrão por grupo e sexo encontram-se nas
Tabelas 9 e 10 e Figuras 7 e 8.
N Média Máximo Mínimo DP
16 / 26 30 23,44 28,05 19,65 2,1
36 / 46 30 32,48 39,2 26,54 2,7
Idade 30 15 anos e 7 meses 17 anos e 09 meses 12 anos e 08 meses
4 RESULTADOS
63
63
TABELA 9 - Valores médios e desvios-padrão dos indivíduos com Oclusão Normal
(N=30) e de indivíduos com Mordida Aberta (N=30), segundo o sexo,
para os primeiros molares superiores
Oclusão Normal Mordida Aberta
Molar Sexo n
média dp média dp
Fem. 17 22,57 1,66 26,05 2,88
16/26
Masc. 13 24,59 2,14 29,23 3,77
TABELA 10 - Valores médios e desvios-padrão dos indivíduos com Oclusão Normal
(N=30) e de indivíduos com Mordida Aberta (N=30), segundo o sexo,
para os primeiros molares inferiores
Oclusão Normal Mordida Aberta
Molar Sexo n
média dp média dp
Fem. 17 31,73 2,47 32,32 2,50
36/46
Masc. 13 33,46 2,99 34,45 3,11
4 RESULTADOS
64
64
0
5
10
15
20
25
30
35
Fem. Masc.
16/26
Oclusão Normal
Mordida Aberta
Figura 7 - Média e desvio-padrão dos grupos com Oclusão Normal (N=30) e
Mordida Aberta (N=30), separados por sexo, para os primeiros molares
superiores
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Fem. Masc.
36/46
Oclusão Normal
Mordida Aberta
Figura 8 - Média e desvio-padrão dos grupos com Oclusão Normal (N=30) e
Mordida Aberta (N=30), separados por sexo, para os primeiros molares
inferiores
4 RESULTADOS
65
65
As Tabelas 11 e 12 mostram o resultado da Análise de Variância para
comparação entre grupo e sexo, nos molares 16/26 e 36/46, respectivamente.
TABELA 11 - Análise de Variância para comparação entre grupo e sexo na medida
do molar 16/26
GL QM GL QM
Efeito
efeito efeito erro erro
F P
Grupo 1 242,344 56 7,184 33,73 0,000 *
Sexo 1 99,670 56 7,184 13,87 0,000 *
Interação 1 5,004 56 7,184 0,70 0,408 ns
GL – graus de liberdade
QM – quadrado médio
ns – diferença estatisticamente não significante
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05)
A Análise de Variância mostrou que para os molares 16/26 existe diferença
estatisticamente significante entre os grupos, sendo que, em média, o grupo de
Mordida Aberta apresenta valores maiores que o grupo de Oclusão Normal.
Também ficou demonstrado que existe diferença entre os sexos, cujos valores do
sexo feminino são menores que do sexo masculino.
4 RESULTADOS
66
66
TABELA 12 - Análise de Variância para comparação entre grupo e sexo na medida
do molar 36/46
GL QM GL QM
Efeito
efeito efeito erro erro
F p
Grupo 1 9,220 56 7,506 1,23 0,272 ns
Sexo 1 54,862 56 7,506 7,31 0,009 *
Interação 1 0,578 56 7,506 0,08 0,782 ns
GL – graus de liberdade
QM – quadrado médio
ns – diferença estatisticamente não significante
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05)
Já para os molares 36/46 a Análise de Variância não revelou diferença
estatisticamente significante entre os grupos, e também ficou demonstrado que
existe diferença entre os sexos, em que os valores do sexo feminino são menores
que do sexo masculino.
DISCUSSÃO
5 DISCUSSÃO
68
68
5 Discussão
O objetivo do tratamento ortodôntico ortopédico facial resume-se, de maneira
geral, a uma estética ótima, uma função mastigatória ideal e uma estabilidade dos
resultados obtidos. Atingir este objetivo nos casos que apresentam mordida aberta
não é uma tarefa fácil, pois além da grande quantidade de fatores etiológicos
presentes neste tipo de má-oclusão, o especialista precisa controlar, inibir ou pelo
menos não estimular o aumento do crescimento vertical da face por meio de
procedimentos ortodônticos adequados para cada tipo de paciente. Neste contexto,
Wylie
60
(1946) mostrou que indivíduos com altura molar diminuída apresentam
trespasse vertical aumentado. O processo dentoalveolar posterior, da região dos
primeiros molares permanentes é de vital importância, pois a grande maioria dos
pesquisadores aponta esta região como uma das principais características deste tipo
de má-oclusão, sendo este, o local principal para onde a mecânica ortodôntica é
direcionada. Portanto, conhecer as características de normalidade do processo
dentoalveolar dos primeiros molares permanentes e saber como influenciá-los de
uma maneira que favoreça o tratamento da mordida aberta anterior é fundamental
para o especialista que atende pacientes com este tipo de alteração.
5 DISCUSSÃO
69
69
Segundo Pereira
38
(1993), Arat e Rübendüz
5
(2005), a grande plasticidade do
processo alveolar é terreno fértil para a instalação de más-oclusões geradas por
maus hábitos. No entanto, é importante ressaltar que, esta mesma plasticidade
alveolar, também é uma valiosa aliada capaz de compensar discrepâncias faciais
esqueléticas verticais como mordidas abertas ou profundas.
Arvystas
6
(1977) sugere que as porções periféricas da língua contra as
cúspides linguais dos dentes posteriores permitem a irrupção excessiva destes
dentes podendo ser uma possível explicação para a mordida aberta esquelética.
Van Der Linden
57,58
(1999, 2003) concorda e salienta que a respiração bucal e a
posição alterada da língua em repouso, denominada por ele como componentes
funcionais internos, podem influenciar a morfologia facial no desenvolvimento de
uma face longa. O termo síndrome da face longa, referido por Schendel et al.
48
(1976), tem sido utilizado como sinônimo da mordida aberta esquelética, porém
segundo os autores, mordida aberta e mordida profunda são duas variações que
podem estar presentes nesta síndrome. Geralmente, um ramo mandibular com
tamanho normal caracteriza uma mordida aberta e um ramo mandibular aumentado
uma mordida profunda.
Bishara e Jakobsen
7
(1998) relataram que o crescimento do processo alveolar
pode influenciar as alterações do trespasse vertical de maneira significativa. Como
podemos constatar, a arcada dentária é revestida por um complexo conjunto de
5 DISCUSSÃO
70
70
estruturas e órgãos que interagem entre si e podem influenciar no desenvolvimento
do complexo dentoalveolar e vice-versa.
A seguir, apresentamos a discussão deste estudo que encontra-se dividida
em cinco tópicos, a fim de facilitar a compreensão do leitor, são eles: 1) análise da
relação entre os padrões faciais (Braquifacial e Mesofacial) e mensuração da altura
dentoalveolar posterior dos indivíduos com Oclusão Normal; 2) análise dos estudos
que identificaram valores em milímetros para a Altura Dentoalveolar dos Primeiros
Molares Superiores e Inferiores; 3) comparação dos valores encontrados em nosso
estudo para a Altura Dentoalveolar superior nos grupos com Mordida Aberta e com
Oclusão Normal e discussão a partir da literatura pertinente ao assunto; 4)
comparação dos valores encontrados em nosso estudo para a Altura Dentoalveolar
inferior nos grupos com Mordida Aberta e com Oclusão Normal e discussão com a
literatura pertinente ao assunto; e, por fim; 5) apresentação de algumas
considerações clínicas.
5.1 Avaliação da Altura Dentoalveolar do Grupo com Oclusão
Normal de acordo com o Padrão Facial
Verificando a influência que este padrão facial exerce na altura dentoalveolar
dos primeiros molares superiores e inferiores nos indivíduos com Oclusão Normal,
pudemos constatar que não existe diferença estatisticamente significante entre os
padrões faciais Mesofacial e Braquifacial (Tabelas 5, 4, 6 e Figura 6).
5 DISCUSSÃO
71
71
Não encontramos na literatura consultada, trabalhos que tenham contemplado
esta análise. Porém, acreditamos que este resultado deva ser confirmado com
outros estudos que possam avaliar amostras maiores de oclusão normal.
Martina
30
et al. (1986) não encontraram diferença estatisticamente significante
entre o padrão facial (Mesofacial, Braquifacial e Dolicofacial) e a altura dentoalveolar
dos primeiros molares superiores e inferiores. Entretanto, os 220 indivíduos que
constituíram a amostra dessa pesquisa eram pacientes portadores de má-oclusão o
que difere de nosso estudo.
5.2 Valores para a Altura Dentoalveolar dos Primeiros Molares
Superiores e Inferiores
Em nosso estudo, encontramos valores médios para a altura dentoalveolar
dos primeiros molares superiores dos indivíduos com oclusão normal (Tabela 7)
correspondente a 23,44mm. E, valores máximos e mínimos correspondentes a
28,05mm e 19,65mm, respectivamente. Para a altura dentoalveolar dos primeiros
molares inferiores a média encontrada foi de 32,48mm, valor máximo 39,2mm e
mínimo 26,54mm. Cabe ressaltar que não foi possível realizarmos análises da altura
dentoalveolar segundo a faixa etária, em razão do número de indivíduos não ser
grande o suficiente para análise estatística. Langlade
27
(1984) apresentou
parâmetros médios de normalidade para a altura dentoalveolar dos primeiros
molares superiores e inferiores dos 6 aos 18 anos de idade, sem separar o resultado
5 DISCUSSÃO
72
72
de acordo com o sexo (Apêndice A). Esses achados são semelhantes aos
encontrados em nosso estudo, quando comparamos a mesma faixa etária obtivemos
23,44mm e 23,5mm para os molares superiores, e 32,48mm e 35mm para os
inferiores.
Riolo et al.
45
(1974) estudaram os valores da altura dentoalveolar dos
primeiros molares superiores e inferiores de indivíduos com má-oclusão de Classe I,
II e III durante o intervalo de 10 anos (6-16 anos), e separou os resultados de acordo
com o sexo masculino e feminino. Os autores constataram que a altura
dentoalveolar aumenta progressivamente com a idade (Apêndice B). Martins et al.
32
(1998) realizaram o mesmo tipo de estudo, para crianças dos 6 aos 18 anos e
também chegaram a mesma conclusão (Apêndice C). Tal fato é de valiosa
constatação uma vez que nos leva a refletir sobre o processo de diagnóstico clínico
de crianças com excesso de altura dentoalveolar com relação às possíveis
mudanças impostas pelo crescimento, sendo que este fato propiciará a piora da má-
oclusão.
Janson, Metaxas e Woodside
24
(1994) compararam a altura dentoalveolar
utilizando a amostra de Burlington com Riolo et al.
45
(1974) e obtiveram valores
menores (Apêndice D) para a altura dentoalveolar de crianças com 12 anos de
idade. Uma razão para esta diferença, segundo os próprios autores, foi o diferente
fator de ampliação radiográfico utilizado nos dois estudos.
5 DISCUSSÃO
73
73
5.3 Avaliação da Altura Dentoalveolar dos Primeiros Molares Superiores
entre o Grupo com Oclusão Normal e o Grupo com Mordida Aberta
Em nosso estudo (Tabela 11 e Figura 7) verificamos, que existe diferença
estatisticamente significante, entre os primeiros molares superiores, para o grupo
com Oclusão Normal e para o grupo com Mordida Aberta. A média para o sexo
masculino do grupo com Mordida Aberta foi de 29,23mm, enquanto que o grupo com
Oclusão Normal obteve 24,59mm. Para o sexo feminino observamos a média de
26,05mm e 22,57mm, respectivamente (Tabela 9). Isto significa que os indivíduos do
grupo com mordida aberta de nosso estudo apresentaram um desenvolvimento
excessivo do processo dentoalveolar dos primeiros molares superiores.
Este achado coincide com os resultados de estudos prévios de Subtelny e
Sakuda
53
(1964); Sassouni e Nanda
47
(1964); Sassouni
46
(1969); Isaacson et al.
23
(1971); Nemeth e Isaacson
36
(1974); Frost et al.
15
(1980); Langlade
27
(1984); Fields
et al.
13
(1984); Ellis, McNamara e Lawrence
11
(1985); Janson et al.
25
(2003), que
também encontraram valores maiores para os primeiros molares permanentes de
indivíduos com mordida aberta.
Confirmando os achados de Riolo et al.
45
(1974), nosso estudo também
mostrou dimorfismo sexual, sendo os valores do sexo masculino 24,59mm maiores
que os valores do sexo feminino 22,57mm (Tabelas 9 e 11). O Atlas de crescimento
realizado por Martins et al.
32
(1998) também apresenta dimorfismo sexual para esta
5 DISCUSSÃO
74
74
análise, porém a amostra não apresenta somente pacientes portadores de oclusão
normal. Por outro lado, Janson et al.
25
(2003) encontraram valores maiores no sexo
masculino somente para os molares inferiores, e neste estudo também apresentava
indivíduos com más-oclusões.
Segundo Schudy
49,50,51
(1964, 1965, 1968); Creekmore
10
(1967); Isaacson et
al.
23
(1971); Frost et al.
15
(1980); Tsang, Cheung e Samman
55
(1997); Kuroda,
Katayama e Yamamoto
26
(2004) este aumento na altura dentoalveolar dos primeiros
molares superiores causa uma rotação da mandíbula no sentido horário podendo ser
um dos fatores etiológicos da mordida aberta anterior.
Nemeth e Isaacson
36
(1974), Gavito-Lopes, Little e Joondeph
16
(1985)
acreditam que o aumento dentoalveolar posterior superior além de promover o giro
horário da mandíbula está relacionado à recidiva do tratamento da mordida aberta
anterior.
Stöckli e Teuscher
52
(1996) concordam com os autores citados e afirmam que
apenas 1 mm de extrusão dos molares irá produzir 2,5
o
de abertura do eixo Y e uma
diminuição de 2,5
o
no ângulo S . N . B.
Por outro lado, Nahoum, Horowitz e Benedicto
35
(1972) não encontraram
diferenças significantes na altura dentoalveolar superior quando compararam
5 DISCUSSÃO
75
75
indivíduos com mordida aberta com indivíduos com oclusão normal. Mais
recentemente, Martina et al. (2005) afirmaram que o aumento dentoalveolar dos
molares não é uma característica comum de indivíduos com face longa. Entretanto,
o resultado deve ser analisado com muita cautela, pois o grupo estudado
apresentava má-oclusão, necessitando-se, segundo os próprios autores, de novos
estudos para comparar os resultados com indivíduos com oclusão normal.
5.4 Avaliação da Altura Dentoalveolar dos Primeiros Molares
Inferiores entre o Grupo com Oclusão Normal e o Grupo com
Mordida Aberta
Na avaliação da altura dentoalveolar dos primeiros molares inferiores (Tabela
12 e Figura 8), verificamos que não houve diferença estatisticamente significante
para a altura dentoalveolar dos primeiros molares inferiores entre os dois grupos
(oclusão normal e mordida aberta). Esses achados são concordantes com os
descritos por Subtelny e Sakuda
53
(1964); Schudy
50
(1968); Isaacson et al.
23
(1971);
Langlade
27
(1984); Janson, Metaxas e Woodside
24
(1994); e Prittinen
39
(1997). Isto
significa que indivíduos com mordida aberta podem não apresentar um desenvol-
vimento excessivo do processo dentoalveolar dos primeiros molares inferiores, o que
difere totalmente dos achados descritos anteriormente com relação aos primeiros
molares superiores (Tabela 9).
Já para Fields et al.
13
(1984), indivíduos com face longa possuem altura
dentoalveolar posterior inferior significativamente aumentada.
5 DISCUSSÃO
76
76
Outros autores como Sassouni e Nanda
47
(1964); Nahoum, Horowitz e
Benedicto
35
(1972); Nahoum
33,34
(1975, 1977); Frost et al.
15
(1980); Tallgren e
Solow
54
(1991); Janson et al.
25
(2003); Freitas et al.
14
(2004) observaram uma
diminuição da altura dentoalveolar dos primeiros molares inferiores. De acordo com
Frost et al.
15
(1980) isto poderia ser explicado pelo excessivo crescimento do
complexo dentoalveolar superior que poderia limitar a altura do complexo
dentoalveolar inferior. Para Prittinen
39
(1997) os molares inferiores extruem menos
que os superiores, em razão dos inferiores terem o músculo masseter atuando
diretamente sobre eles, além do trabeculado ósseo da mandíbula apresentar maior
resistência do que o trabeculado da maxila.
Com relação ao dimorfismo sexual (Tabelas 10 e 12), verificamos que os
valores do sexo masculino foram estatisticamente maiores que os valores do sexo
feminino. Esses achados são concordantes com os resultados descritos por Riolo et
al.
45
(1974), Martins et al.
32
(1998), e Janson et al.
25
(2003).
5 DISCUSSÃO
77
77
5.5 Considerações Clínicas
Segundo Canglialosi
9
(1984), os problemas verticais manifestados na região
anterior, como uma mordida aberta ou profunda, são os mais difíceis de tratamento
e os que apresentam um prognóstico desfavorável.
Dentre os métodos de tratamento descritos na literatura para correção da
mordida aberta, a intrusão dos dentes posteriores ou o controle de sua irrupção é o
método mais adotado pelos especialistas Arvystas
6
(1977); Prittinen
39
(1997); Proffit
et al.
40
(2000); Rios
44
(2005). E o objetivo principal deste tipo de mecânica é o de
promover o giro anti-horário da mandíbula.
Entretanto, apesar de se aceitar a influência dos aparelhos ortodônticos no
processo dentoalveolar, grande parte da literatura considera difícil o movimento de
intrusão dos molares superiores e inferiores. Uma alternativa para casos de mordida
aberta é a extração de dentes posteriores, principalmente primeiros molares
(BJÖRK
8
, 1969; RIOS
44
, 2005).
Neste contexto vale ressaltar que, em nosso estudo e na grande maioria da
literatura especializada, o aumento dentoalveolar dos primeiros molares inferiores
não foi uma característica do grupo com mordida aberta e sim, o aumento do
5 DISCUSSÃO
78
78
processo dentoalveolar dos primeiros molares superiores. Com base neste aspecto,
extrair dentes inferiores, principalmente os primeiros molares, pode não resultar em
melhora da má-oclusão e sim numa possível piora da má-oclusão. Portanto a
análise criteriosa do processo dentoalveolar posterior é de fundamental importância
para o diagnóstico, plano de tratamento e prognóstico de pacientes com mordida
aberta anterior. A razão disto se baseia no fato de que os aparelhos ortodônticos
influenciam no processo dentoalveolar, o que nos leva à hipótese de que pacientes
com mordida aberta e aumento do processo dentoalveolar posterior apresentam um
prognóstico em princípio mais favorável do que um outro com altura dentoalveolar
posterior normal, pois, no primeiro exemplo, o tratamento ortodôntico pode afetar um
dos sítios primários da mordida aberta, e no segundo exemplo não.
Vale ressaltar, ainda, que outros sítios não analisados neste estudo, tais
como: tamanho do ramo mandibular, inclinação do plano palatino, ângulo gôniaco
aumentado e altura maxilar alterada; afetam o grau de dificuldade de uma mordida
aberta, e devem ser analisados com cautela durante o diagnóstico ortodôntico.
Segundo Pearson
37
(1973), Ellis, McNamara e Lawrence
11
(1985), a extrusão
dos molares inferiores pode influenciar significativamente o aumento da altura facial
ântero-inferior que geralmente tem como conseqüência a instalação de uma mordida
aberta. Freitas et al.
14
(2004) declararam que o desenvolvimento vertical menor dos
molares inferiores é um dos fatores principais de casos com mordida aberta tratados
por meio de extrações.
5 DISCUSSÃO
79
79
Outra forma de tratamento da mordida aberta se faz por meio da extrusão dos
incisivos superiores e inferiores, entretanto, Ellis, McNamara e Lawrence
11
(1985)
afirmaram que este tipo de intervenção, na maioria dos casos, é inadequada.
De acordo com Epker e Fish
12
(1977), quando a opção para o tratamento da
mordida aberta anterior é a cirurgia do tipo “Lefort I”, da maxila com ou sem
osteotomia mandibular, atenção especial deve ser dada às seguintes mensurações
cefalométricas:
1. altura facial inferior aumentada esqueletalmente;
2. ápices dos dentes abaixo do assoalho nasal;
3. altura dentoalveolar anterior excessiva;
4. altura dentoalveolar posterior excessiva.
Concluímos, a partir dos aspectos abordados nesta discussão, que a análise
da altura dentoalveolar dos primeiros molares superiores e inferiores é de grande
importância para o planejamento e correção da mordida aberta anterior, uma vez
que esta região está freqüentemente envolvida com esse tipo de problema. Por meio
de nosso estudo estabelecemos médias para a altura dentoalveolar posterior para
indivíduos brasileiros, que podem ser utilizadas como parâmetros de normalidade,
visto que se trata de médias de uma amostra de oclusão normal, o que possibilita a
comparação com medidas de indivíduos que apresentem má-oclusão do tipo
mordida aberta.
5 DISCUSSÃO
80
80
5.6 Propostas para Novos Trabalhos
No intuito de contribuir para o desenvolvimento de novos trabalhos nesta área
propomos as seguintes abordagens:
Aumentar a amostra do grupo com Oclusão Normal com o objetivo de confirmar
ou não a influência do padrão facial na altura dentoalveolar de brasileiros.
Verificar a relação entre a altura dentoalveolar e a idade.
Comparar a altura dentoalveolar do grupo com Oclusão Normal com um grupo de
pacientes com trespasse vertical aumentado.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
82
82
CONCLUSÃO
Com base na amostra estudada, na metodologia empregada e nos resultados
obtidos, julgamos lícito concluir que:
não houve diferença estatisticamente significante entre os diferentes padrões
faciais (Braquifacial e Mesofacial), e a altura dentoalveolar posterior superior e
inferior;
a altura dentoalveolar posterior superior dos indivíduos com Mordida Aberta
apresentou valores maiores estatisticamente significantes quando comparadas
as de indivíduos com Oclusão Normal;
não houve diferença estatisticamente significante da altura dentoalveolar
posterior inferior entre os grupos com Oclusão Normal e Mordida Aberta;
houve dimorfismo sexual para todas as medidas analisadas neste estudo, sendo
os valores maiores para os indivíduos do sexo masculino.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
91
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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de um caso clínico. Rev. Dental Press Ortod. Ortop. Facial, v. 3, n. 2, p. 17-
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Estabilidade. Rev. Dental Press Ortod. Ortop. Facial, v. 8, n. 4, p. 91-119,
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20. HENRIQUES, J. F. C. et al. Mordida Aberta Anterior: A Importância da
Abordagem Multidisciplinar e Considerações sobre Etiologia, Diagnóstico e
ANEXOS
93
Tratamento. Apresentação de um Caso Clínico. Rev. Dental Press Ortod.
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ANEXOS
94
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ANEXOS
95
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Técnicas Atuais. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996. p. 400-465.
53. SUBTELNY, J. D.; SAKUDA, M. Open bite: diagnosis and treatment. Am. J.
Orthod., St. Louis; v. 50, n. 5, p. 337-358, May 1964.
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ANEXOS
96
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overbite. Am. J. Orthod. Oral Surg., v. 32, n. 2, p. 57-67, Feb. 1946.
61. ZAR, J. H. Biostatistical analysis. 3. ed. New Jersey: Prentice-Hall, 1996.
ANEXOS
ANEXOS
91
ANEXO A
ANEXOS
92
ANEXO B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Devido à natureza do estudo (estudo retrospectivo), existe a impossibilidade
de adquirir o TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO assim como
da CARTA DE INFORMAÇÃO AO PACIENTE. As telerradiografias que serão
utilizados neste estudo são parte integrante do arquivo do Departamento de
Ortodontia da Faculdade de Odontologia – UMESP, e a solicitação da presença
destes pacientes na Faculdade poderia inviabilizar a pesquisa.
ANEXOS
93
ANEXO C
CARTA DE AQUIESCÊNCIA
Eu, Marco Antonio Scanavini, Coordenador do Programa de Pós-Graduação
em Ortodontia da UMESP tenho ciência e autorizo a utilização de todas as
dependências do Departamento para a realização da pesquisa: “AVALIAÇÃO
DA ALTURA DENTOALVEOLAR DOS PRIMEIROS MOLARES PERMANENTES NA
OCLUSÃO NORMAL E EM PACIENTES COM MORDIDA ABERTA”, de autoria do
aluno Márcio Antonio de Figueiredo e orientação da Professora Dra. Silvana
Bommarito.
APÊNDICES
APÊNDICES
APÊNDICE A
TABELA A - Altura dentoalveolar dos primeiros molares superiores e inferiores de acordo com Langlade (1984)
Idade 16 / 26 36 / 46 DP
6 16 26 1
8 18 28 1
10 20 30 1
12 22 32 1
14 23 34 1
16 24 36 1
18 25 38 1
APÊNDICES
APÊNDICE B
TABELA B - Altura dentoalveolar dos primeiros molares superiores, mensurada da
cúspide mesial do primeiro molar superior ao o plano palatino, por meio
de uma perpendicular (RIOLO et al., 1974)
Sexo masculino Sexo Feminino
Idade N Média mm DP mm
6 22 13.2 3.9
7 40 17.8 2.5
8 43 19.5 1.8
9 47 20.4 2.2
10 46 21.1 2.4
11 43 22.1 2.3
12 44 23.0 2.1
13 42 23.8 2.4
14 38 24.8 2.6
15 30 26.3 3.0
16 22 27.9 3.1
Idade N Média mm DP mm
6 17 11.9 3.5
7 26 16.3 2.7
8 35 18.5 2.1
9 31 19.3 1.9
10 35 20.0 2.1
11 30 20.9 1.9
12 27 21.5 1.8
13 29 22.9 2.3
14 25 23.3 2.0
15 19 23.9 2.2
16 9 24.8 2.2
APÊNDICES
TABELA C - Altura dentoalveolar dos primeiros molares inferiores mensurado da
cúspide mesial do primeiro molar inferior até o plano mandibular por
meio de uma perpendicular
Sexo Masculino Sexo Feminino
Idade N Média mm DP
6 37 27.7 4.0
7 44 29.6 2.2
8 44 30.5 2.1
9 47 30.9 2.0
10 46 31.7 1.9
11 43 32.3 2.2
12 44 32.8 2.5
13 42 33.8 3.0
14 39 35.4 3.0
15 32 36.4 3.0
16 23 38.0 2.8
Idade N Média mm DP
6 25 26,0 3,9
7 31 28,2 2,7
8 36 28,9 1,5
9 31 29,4 2,1
10 35 29,9 2,2
11 30 30,3 1,9
12 27 31,0 2,2
13 29 31,4 2,2
14 25 32,3 2,4
15 19 32,7 2,9
16 9 32,6 2,9
APÊNDICES
APÊNDICE C
TABELA D - Altura dentoalveolar dos primeiros molares superiores (MARTINS et al., 1998)
Sexo Masculino Sexo Feminino
Idade N média mm D.P
6 30 13,4 3,5
7 36 18,5 2,9
8 22 19,3 2,5
9 25 19,6 1,6
10 25 21,0 2,5
11 27 20,7 1,9
12 22 22,0 2,4
13 21 23,0 2,6
14 37 24,1 2,1
15 37 25,0 2,5
16 13 26,0 2,4
17 16 27,4 2,9
18 13 26,5 2,8
Idade N média mm D.P
6 32 13,9 3,6
7 23 17,3 2,5
8 22 18,8 1,5
9 26 18,9 1,5
10 24 19,9 1,6
11 30 20,5 1,8
12 18 22,2 2,3
13 15 23,3 2,2
14 38 24,0 2,2
15 37 24,1 2,5
16 15 24,7 1,8
17 16 24,9 2,3
18 15 25,4 2,1
APÊNDICES
TABELA E - Altura dentoalveolar dos primeiros molares inferiores (MARTINS et al., 1998).
Sexo masculino Sexo Feminino
Idade N média mm D.P
6 30 25,1 2,8
7 36 28,5 2,1
8 22 30,0 1,8
9 25 30,2 1,2
10 25 30,0 1,9
11 27 30,6 1,9
12 22 31,8 1,9
13 21 32,6 2,7
14 37 32,7 2,6
15 37 34,8 2,3
16 13 37,2 2,7
17 16 37,2 2,0
18 13 38,9 2,8
Idade N média D.P
6 32 25,7 3,5
7 23 28,4 2,4
8 22 29,0 1,5
9 26 30,2 2,3
10 24 30,0 2,4
11 30 30,7 2,1
12 18 31,8 2,9
13 15 32,5 2,9
14 38 32,7 2,5
15 37 33,4 2,9
16 15 32,5 2,3
17 16 33,4 1,8
18 15 34,4 3,2
APÊNDICES
APÊNDICE D
TABELA F - Altura dentoalveolar dos primeiros molares superiores e inferiores para o sexo masculino e feminino dos estudos de
Riolo et al. (1974) e Janson et al. (2003)
JANSON et al. RIOLO et al.
Masculino (N=188) Feminino (N=56) Masculino (N=44) Feminino (N=27)
Média DP Média DP Média DP Média DP
16/26 20,40 2,03 20,58 2,04 23,00 2,10 21,50 1,80
36/46 28,87 2,12 28,24 1,92 32,80 2,50 31,00 2,20
APÊNDICES
TABELA G - Amostra Oclusão Normal (N=68)
VERT Idade Sexo AA 16/26 AA36/46
1 Braquifacial 19 11 F 22,15 32,81
2 Braquifacial severo 21 0 F 23,34 29,83
3 Mesofacial 16 10 F 19,65 26,54
4 Dolicofacial suave 15 11 M 26,01 33,93
5 Mesofacial 15 11 M 25,22 34,19
6 Braquifacial 15 6 F 23,55 31,62
7 Braquifacial severo 17 4 F 22,22 27,89
8 Braquifacial severo 17 4 F 24,94 29,63
9 Mesofacial 14 12 F 24,98 33,85
10 Braquifacial severo 15 3 M 20,5 31,6
11 Mesofacial 15 5 F 21,62 34,05
12 Mesofacial 18 0 M 26,41 40,49
13 Braquifacial severo 19 2 F 20,17 31,16
14 Braquifacial 16 12 F 23,26 33,88
15 Dolicofacial suave 16 1 F 23,2 32,08
16 Braquifacial severo 16 2 F 22,1 32,42
17 Mesofacial 16 1 M 24,85 35,24
18 Braquifacial severo 16 10 M 20,99 33,8
19 Braquifacial severo 15 9 F 24,05 27,47
20 Mesofacial 15 7 M 24,97 38,91
21 Braquifacial severo 13 4 F 23,91 28,88
22 Mesofacial 16 1 F 20,75 32,17
23 Braquifacial severo 16 1 F 21,47 29,82
24 Mesofacial 13 9 F 23,7 31,99
25 Braquifacial severo 16 9 M 24,76 33,87
26 Braquifacial 20 2 M 24,91 34,48
27 Braquifacial 20 12 M 23,33 38,06
28 Braquifacial severo 17 9 F 22,21 32,25
29 Braquifacial 16 6 F 22,85 32,49
30 Braquifacial severo 17 6 F 22,01 32,29
31 Mesofacial 13 6 F 21,07 28,29
32 Braquifacial 17 5 F 21,05 36,15
33 Braquifacial severo 15 6 F 22,43 29,83
34 Braquifacial severo 17 5 M 20,76 33
35 Braquifacial severo 16 3 F 21,86 30,12
36 Braquifacial severo 15 8 M 24,93 35,23
37 Braquifacial severo 17 4 M 28,05 39,2
38 Braquifacial severo 16 11 F 25,12 34,17
39 Braquifacial severo 18 7 M 28,33 33,37
(continuação)
APÊNDICES
(conclusão)
VERT Idade Sexo AA 16/26 AA36/46
40 Mesofacial 15 12 F 25,02 31,51
41 Braquifacial severo 15 11 M 26,48 38,8
42 Mesofacial 16 2 M 25,4 31,03
43 Dolicofacial suave 16 10 M 26,96 39,23
44 Mesofacial 14 10 M 26,57 35,5
45 Braquifacial 16 0 M 26,42 33,47
46 Braquifacial severo 20 6 M 25,03 30,78
47 Mesofacial 14 12 F 24,07 28,6
48 Braquifacial severo 16 4 F 22,82 35,13
49 Braquifacial severo 14 12 F 24,76 33,35
50 Braquifacial 16 4 F 22,52 30,93
51 Braquifacial 14 9 F 27,79 31,4
52 Mesofacial 15 2 F 19,79 32,07
53 Braquifacial 16 1 F 25,7 30,11
54 Braquifacial 14 8 F 24,63 32,37
55 Braquifacial severo 15 0 M 26,19 32,5
56 Braquifacial 17 3 F 23,46 34,21
57 Braquifacial severo 17 3 F 23,74 34,38
58 Braquifacial 14 3 M 22,81 36,03
59 Mesofacial 12 5 M 23,07 28,29
60 Braquifacial 12 8 M 21,93 27,31
61 Braquifacial severo 12 6 F 18,84 27,15
62 Braquifacial 12 10 F 20,98 32,31
63 Braquifacial 14 3 F 22,76 33,43
64 Mesofacial 14 0 M 22,51 36,24
65 Mesofacial 15 1 M 24,48 33,11
66 Mesofacial 13 9 M 22,35 30,59
67 Braquifacial severo 21 5 F 21,63 31,05
68 Mesofacial 16 11 F 21,58 27,32
Média 16 6 23,49956 32,57721
Máximo 21 5 28,33 40,49
Mínimo 12 5 18,84 26,54
DP 2,138971 3,130994
APÊNDICES
TABELA H – Amostra Oclusão Normal Braquifacial (N= 40)
VERT Idade Sexo AA 16/26 AA36/46
1 Braquifacial 19 11 F 22,15 32,81
6 Braquifacial 15 6 F 23,55 31,62
14 Braquifacial 16 12 F 23,26 33,88
26 Braquifacial 20 2 M 24,91 34,48
27 Braquifacial 20 12 M 23,33 38,06
29 Braquifacial 16 6 F 22,85 32,49
32 Braquifacial 17 5 F 21,05 36,15
45 Braquifacial 16 0 M 26,42 33,47
50 Braquifacial 16 4 F 22,52 30,93
51 Braquifacial 14 9 F 27,79 31,4
53 Braquifacial 16 1 F 25,7 30,11
54 Braquifacial 14 8 F 24,63 32,37
56 Braquifacial 17 3 F 23,46 34,21
58 Braquifacial 14 3 M 22,81 36,03
60 Braquifacial 12 8 M 21,93 27,31
62 Braquifacial 12 10 F 20,98 32,31
63 Braquifacial 14 3 F 22,76 33,43
2 Braquifacial severo 21 0 F 23,34 29,83
7 Braquifacial severo 17 4 F 22,22 27,89
8 Braquifacial severo 17 4 F 24,94 29,63
10 Braquifacial severo 15 3 M 20,5 31,6
13 Braquifacial severo 19 2 F 20,17 31,16
16 Braquifacial severo 16 2 F 22,1 32,42
18 Braquifacial severo 16 10 M 20,99 33,8
19 Braquifacial severo 15 9 F 24,05 27,47
21 Braquifacial severo 13 4 F 23,91 28,88
23 Braquifacial severo 16 1 F 21,47 29,82
25 Braquifacial severo 16 9 M 24,76 33,87
28 Braquifacial severo 17 9 F 22,21 32,25
30 Braquifacial severo 17 6 F 22,01 32,29
33 Braquifacial severo 15 6 F 22,43 29,83
34 Braquifacial severo 17 5 M 20,76 33
35 Braquifacial severo 16 3 F 21,86 30,12
36 Braquifacial severo 15 8 M 24,93 35,23
37 Braquifacial severo 17 4 M 28,05 39,2
38 Braquifacial severo 16 11 F 25,12 34,17
39 Braquifacial severo 18 7 M 28,33 33,37
41 Braquifacial severo 15 11 M 26,48 38,8
46 Braquifacial severo 20 6 M 25,03 30,78
(continuação)
APÊNDICES
(conclusão)
VERT Idade Sexo AA 16/26 AA36/46
48 Braquifacial severo 16 4 F 22,82 35,13
49 Braquifacial severo 14 12 F 24,76 33,35
55 Braquifacial severo 15 0 M 26,19 32,5
57 Braquifacial severo 17 3 F 23,74 34,38
61 Braquifacial severo 12 6 F 18,84 27,15
67 Braquifacial severo 21 5 F 21,63 31,05
23,41644 32,44511
Máximo 28,33 39,2
Mínimo 18,84 27,15
DP 2,141734 2,805567
TABELA I – Amostra Oclusão Normal Mesofacial (N= 25)
VERT Idade Sexo AA 16/26 AA36/46
3 Mesofacial 16 10 F 19,65 26,54
5 Mesofacial 15 11 M 25,22 34,19
9 Mesofacial 14 12 F 24,98 33,85
11 Mesofacial 15 5 F 21,62 34,05
12 Mesofacial 18 0 M 26,41 40,49
17 Mesofacial 16 1 M 24,85 35,24
20 Mesofacial 15 7 M 24,97 38,91
22 Mesofacial 16 1 F 20,75 32,17
24 Mesofacial 13 9 F 23,7 31,99
31 Mesofacial 13 6 F 21,07 28,29
40 Mesofacial 15 12 F 25,02 31,51
42 Mesofacial 16 2 M 25,4 31,03
44 Mesofacial 14 10 M 26,57 35,5
47 Mesofacial 14 12 F 24,07 28,6
52 Mesofacial 15 2 F 19,79 32,07
59 Mesofacial 12 5 M 23,07 28,29
64 Mesofacial 14 0 M 22,51 36,24
65 Mesofacial 15 1 M 24,48 33,11
66 Mesofacial 13 9 M 22,35 30,59
68 Mesofacial 16 11 F 21,58 27,32
23,403 32,499
Máximo 26,57 40,49
Mínimo 19,65 26,54
DP 2,125596 3,722137
APÊNDICES
TABELA J – Amostra Oclusão Normal Dolicofacial (N= 3)
VERT Idade Sexo AA 16/26 AA36/46
Dolicofacial suave 15 11 M 26,01 33,93
Dolicofacial suave 16 1 F 23,2 32,08
Dolicofacial suave 16 10 M 26,96 39,23
25,39 35,08
Máximo 26,96 39,23
Mínimo 23,2 32,08
DP 1,955173 3,711132
TABELA L - Grupo I (30 indivíduos com Oclusão Normal)
VERT Idade Sexo AA 16/26 AA36/46
Braquifacial 4634,00 12 8 M 21,93 27,31
Braquifacial 4702,00 12 10 F 20,98 32,31
Mesofacial 5020,00 13 9 F 23,7 31,99
Mesofacial 5019,00 13 9 M 22,35 30,59
Mesofacial 5433,00 14 10 M 26,57 35,5
Mesofacial 5468,00 14 12 F 24,07 28,6
Braquifacial severo 5464,00 14 12 F 24,76 33,35
Braquifacial 5192,00 14 3 M 22,81 36,03
Mesofacial 5808,00 15 11 M 25,22 34,19
Braquifacial 5663,00 15 6 F 23,55 31,62
Braquifacial severo 5568,00 15 3 M 20,5 31,6
Braquifacial severo 5672,00 15 6 F 22,43 29,83
Braquifacial severo 5730,00 15 8 M 24,93 35,23
Mesofacial 5539,00 15 2 F 19,79 32,07
Braquifacial severo 5492,00 15 0 M 26,19 32,5
Mesofacial 5497,00 15 1 M 24,48 33,11
Mesofacial 6134,00 16 10 F 19,65 26,54
Mesofacial 5874,00 16 1 M 24,85 35,24
Braquifacial severo 5870,00 16 1 F 21,47 29,82
Braquifacial severo 5933,00 16 3 F 21,86 30,12
Mesofacial 5916,00 16 2 M 25,4 31,03
Braquifacial 5844,00 16 0 M 26,42 33,47
Braquifacial severo 5980,00 16 4 F 22,82 35,13
Braquifacial 5976,00 16 4 F 22,52 30,93
(continuação)
APÊNDICES
(conclusão)
VERT Idade Sexo AA 16/26 AA36/46
Braquifacial 5868,00 16 1 F 25,7 30,11
Braquifacial severo 6469,00 17 9 F 22,21 32,25
Braquifacial 6347,00 17 5 F 21,05 36,15
Braquifacial severo 6342,00 17 4 M 28,05 39,2
Braquifacial 6307,00 17 3 F 23,46 34,21
Braquifacial severo 6289,00 17 3 F 23,74 34,38
23,44867 32,48033
28,05 39,2
19,65 26,54
2,111598 2,795604
TABELA M - Grupo II (30 indivíduos com Mordida Aberta)
RG Idade Sexo AA 16/26 AA36/46
186 15 9 M 30,09 37,3
187 15 10 M 30,31 37,33
1294 13 11 M 26,37 33,04
272 14 8 M 27,72 31,87
398 17 4 F 30,39 29,72
498 16 7 F 26,5 32,62
502 12 2 M 24,91 35,59
556 18 8 F 27,25 34,13
638 14 9 F 24,96 31,49
671 14 7 F 25,79 33,69
683 14 11 F 22,25 30,85
893 17 7 M 26,27 35,22
1034 15 3 F 26,32 33,33
1039 11 7 F 28,05 31,61
1117 12 0 F 27,09 32,4
1130 15 4 F 20,6 35,08
1194 18 6 F 25,82 35,61
1201 16 9 M 35,78 36,91
1204 16 11 F 25,42 35,5
1211 17 6 M 33,79 31,57
1212 13 4 F 23,24 29,85
1221 17 0 F 27,83 25,79
1276 17 4 M 27,58 36,59
(continuação)
APÊNDICES
(conclusão)
RG Idade Sexo AA 16/26 AA36/46
1332 15 10 M 24,81 33,75
1D 17 2 F 32,48 34,26
2D 28 6 F 23,19 30,89
3D 19 8 M 35,67 39,34
4D 20 0 F 25,62 32,67
5D 18 9 M 27,35 30,04
6D 17 11 M 29,35 29,31
Média 16 6 27,42667 33,245
Máximo 28 6 28 35,78 39,34
Mínimo 11 7 20,6 25,79
D.P. 3,60885 2,930889
Autorizo a cópia de todo ou parte do presente trabalho por meio
reprográficos, exclusivamente com finalidade de estudo e pesquisas.
É vedado qualquer uso comercial na reprodução do mesmo.
Márcio Antonio de Figueiredo
São Bernardo do Campo 25 de maio de 2006
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