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DISSERTAÇÃO
CONTROLE DE TIRIRICA (Cyperus rotundus L.)
COM APLICAÇÃO DE SULFENTRAZONE E
FLAZASULFURON APLICADOS
ISOLADAMENTE E EM MISTURA NA
CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR
WALDINEI PASTRE
Campinas, SP
2006
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ii
INSTITUTO AGRONÔMICO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA TROPICAL
E SUBTROPICAL
CONTROLE DE TIRIRICA (Cyperus rotundus L.) COM
APLICAÇÃO DE SULFENTRAZONE E FLAZASULFURON
APLICADOS ISOLADAMENTE E EM MISTURA NA
CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR
WALDINEI PASTRE
Orientador: Prof. Dr. Robert Deuber
Co-Orientador: Prof. Dr. José Carlos Rolim
Dissertação submetida como requisito
parcial para obtenção do grau de
Mestre em
Agricultura Tropical e Subtropical
Área de concentração em Tecnologia da
Produção Agrícola
Campinas, SP
Março 2006
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iii
iv
Aos meus pais
Walter e Aracy,
que me ensinaram os valores da vida.
DEDICO
A minha noiva Adriana, que juntos
conseguimos ir mais longe... pelo seu
apoio, dedicação, compreensão, amor,
que foram fundamentais para chegar
até aqui.
OFEREÇO
v
AGRADECIMENTO
-Aos Pesquisadores, Professores, Amigos e Orientadores, Dr. Robert Deuber e Dr. José
Carlos Rolim, pelo incentivo, confiança, amizade, dedicação e ensinamentos que levarei
por toda minha vida profissional e pessoal e que sem dúvida nenhuma, foram
fundamentais para mais essa etapa de minha vida.
-Aos Pesquisadores e Professores do IAC, que contribuíram com seus conhecimentos
para realização do Curso de Pós-Graduação, em especial a Drª Ana Lagôa.
-Aos funcionários da Pós-Graduação do IAC, pela dedicação e profissionalismo na
realização de seus trabalhos, em especial a Adilza, Célia, Beth e Eliete.
-Aos meus pais Walter e Aracy, pela vida, formação, incentivo e carinho.
-A minha noiva Adriana e sua família, cujo incentivo foi de grande importância para a
realização deste trabalho.
-Aos meus familiares Geraldo, Rita, Terezinha, Carlos, Cacilda, Silvana, João, Rodolfo
e Regina pelo apoio, carinho e compreensão.
-Ao meu tio Irineu, pelas palavras de apoio e incentivo para a busca do conhecimento.
-A todos os meus amigos, que passaram por minha vida e que de alguma forma
contribuíram para a realização deste trabalho.
-A Pesquisadora Científica Dra. Maria do Carmo de Salvo Soares Novo, do IAC, pela
amizade, incentivo e brilhante participação na banca examinadora.
-Ao Pesquisador Científico Dr. Marcus Barifouse Matallo, do Instituto Biológico, pela
gentileza de participar da banca examinadora e também pelas sugestões apresentadas
para a melhoria deste trabalho.
-Ao Diretor do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de São Carlos,
Professor Dr. Norberto Antonio Lavonreti, pelo apoio e ensinamentos estatísticos.
-Aos Professores da Universidade Federal de São Carlos, Dr. José Carlos Casagrande,
Dr. Luiz Carlos Ferreira da Silva e Dr. Miguel Ângelo Maniero, pelo apoio e
empréstimos de equipamentos para avaliações de resultados dos experimentos.
-Aos técnicos da Universidade Federal de São Carlos, Ernesto Vitório Favetta, João
Luiz Consoni, Antônio Campagna e Salassiel Apolônio dos Santos, pela colaboração no
preparo dos equipamentos e aplicações dos herbicidas.
-Ao Engenheiro Agrônomo Plínio Pluz Lara, pelo incentivo para realização deste
trabalho.
vi
-À Associação dos Fornecedores de Cana de Piracicaba, pela realização das análises
tecnológicas, em especial a Marcos Fahrat, Ronaldo Cosimo, Ari Arruda, Adriano
Marques e as técnicas de laboratório Silvana Ferreira Alves e Flavia Priscila Bueno.
- Ao Núcleo de Informação e Documentação do Instituto Agronômico, pela elaboração
da ficha catalográfica, em especial a bibliotecária Vangri Camargo.
-Aos funcionários da empresa Irineu Pastre e Outros, em especial a Marcos Cavalcante,
Roberto Carlos Lopes da Silva e Manuel de Caldas Tavares pela colaboração nas
coletas de tubérculos de tiririca e colheita da cana-de-açúcar.
vii
SUMÁRIO
ÍNDICE DE TABELAS............................................................................................... vii
ÍNDICE DE FIGURAS................................................................................................ ix
RESUMO..................................................................................................................... x
ABSTRACT................................................................................................................. xii
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 1
2 REVISÃO DA LITERATURA................................................................................ 2
2.1 A Cultura da Cana-de-Açúcar................................................................................ 2
2.2 Cyperus rotundus L. (Tiririca)............................................................................... 4
2.3 Métodos de Controle de Plantas infestantes na Cultura da Cana-de-Açúcar......... 6
2.4 Manejo Químico de C. rotundus na Cultura da Cana-de-Açúcar.......................... 9
3 MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 14
3.1 Local...................................................................................................................... 14
3.2 Características do Solo........................................................................................... 14
3.3 Variedade de Cana-de-Açúcar .............................................................................. 15
3.4 Herbicidas Testados............................................................................................... 15
3.4.1 Sulfentrazone...................................................................................................... 15
3.4.2 Flazasulfuron....................................................................................................... 16
3.5 Tratamentos Estudados.......................................................................................... 16
3.6 Tecnologia de Aplicação ....................................................................................... 17
3.7 Delineamento Experimental e Tratamentos Estatísticos........................................ 18
3.8 Variáveis Avaliadas.............................................................................................. 18
3.7.1 Variáveis relativas à C. rotundus....................................................................... 18
3.7.2 Variáveis relativas à cultura da cana-de-açúcar................................................. 19
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 21
4.1 Condições Climáticas Durante o Desenvolvimento do Experimento.................... 21
4.2 Resultados de Avaliações Referentes a C. rotundus.............................................. 23
4.2.1 Tubérculos de C. rotundus na camada arável do solo....................................... 23
4.2.2 Viabilidade de tubérculos de C. rotundus....................................................... 28
4.2.3 Controle de C. rotundus...................................................................................... 31
4.2.4 Fitotoxicidade à C. rotundus............................................................................... 33
4.3 Resultados de Avaliações Referentes à Cana-de-Açúcar...................................... 36
4.3.1 Sintomas de fitotoxicidade na cana-de-açúcar................................................... 36
4.3.2 Perfilhos de cana-de-açúcar................................................................................ 38
4.3.3 Altura das plantas de cana-de-açúcar.................................................................. 40
4.3.4 Produção da cana-de-açúcar .............................................................................. 42
4.3.5 Análise tecnológica da cana-de-açúcar............................................................... 44
5 CONCLUSÕES........................................................................................................ 46
6 REFERÊNCIAS........................................................................................................ 47
viii
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Análise de fertilidade do solo da área experimental na camada de até 20
cm............................................................................................................. 14
Tabela 2 - Tratamentos estudados em cana-planta e reaplicados em cana-soca…... 17
Tabela 3 - Método de avaliação de controle de plantas infestantes segundo a
escala de avaliação de EWRC (European Weed Research Council)
adaptada (Rolim, 1989)............................................................................. 19
Tabela 4 - Escala (%) de injúria empregada para avaliação de sintomas de
fitotoxicidade dos herbicidas. ................................................................. 20
Tabela 5 - Condições climáticas durante o experimento, de novembro de 2003 a
setembro de 2005. Dados de precipitações do local fornecidos pela
Usina São João – Araras e dados de precipitações, temperatura médias
e médias históricas fornecidas pelo Centro de Ciências Agrárias da
UFSCar – Araras – SP.............................................................................
22
Tabela 6 - Número médio de tubérculos de tiririca por tratamento antes da
aplicação dos herbicidas e aos 90 e 300 DAT, em cana-planta e aos 90
e 270 DAT, em cana-soca e percentagem de redução ( % Red) no
número de tubérculos para cada tratamento e época de avaliação em
relação aos valores obtidos antes da aplicação. Dados médios de seis
repetições. 2004 e 2005............................................................................
26
Tabela 7 - Comparação de médias empregando-se o teste t para números de
tubérculos de tiririca na camada arável em época anterior à aplicação e
aos 90 e 300 DAT em cana-planta e aos 90 e 270 DAT em cana-soca.
Dados médios de seis repetições. 2004 e 2005......................................... 27
Tabela 8 - Efeito dos tratamentos na viabilidade de tubérculos de tiririca e na
percentagem de redução da viabilidade de tubérculos tiririca aos 90 e
300 DAT em cana-planta e aos 90 e 270 DAT em cana-soca. Dados
médios de seis repetições. 2004 e 2005.................................................... 29
Tabela 9 - Comparação das médias empregando-se o teste t para efeito de
sulfentrazone e flazasulfuron, quando à percentagem de tubérculos
viáveis aos 90 e 300 DAT em cana-planta e aos 90 e 270 DAT em
cana-soca. Dados médios de seis repetições. 2004 e 2005...................... 30
Tabela 10 - Comparação de médias empregando-se o teste t quanto à percentagem
de controle de tiririca aos 30, 60 e 90 DAT, em cana-planta e cana-
soca. Dados médios de seis repetições. 2004 e 2005..............................
32
ix
Tabela 11 - Comparação de médias empregando-se o teste t quanto à percentagem
de fitotoxicidade à tiririca aos 30, 60 e 90 DAT, em cana-planta e cana-
soca. Dados médios de seis repetições. 2004 e 2005............................... 35
Tabela 12 - Comparação de médias empregando-se o teste t quanto à percentagem
de fitotoxicidade na cana-de-açúcar aos 30 DAT e número de perfilhos
por metro linear aos 90 DAT em cana-planta e cana-soca. Dados
médios de seis repetições. 2004 e 2005....................................................
39
Tabela 13 - Comparação de médias empregando-se o teste t quanto à altura de
plantas (cm) aos 60, 90 e 120 DAT, em cana-planta e aos 45 e 90
DAT, em cana-soca. Dados médios de seis repetições. 2004 e 2005.....
41
Tabela 14 - Produção de cana-de-açúcar, em toneladas por hectare, em função dos
diferentes tratamentos em cana-planta aos 300 DAT em 2004 e cana-
soca aos 270 DAT em 2005. Dados médios de seis repetições. 2004 e
2005.......................................................................................................... 43
Tabela 15 - Comparação de médias empregando-se o teste t para produção de
cana-de-açúcar em toneladas por hectare de cana-planta aos 300 DAT
em 2004 e cana-soca aos 270 DAT em 2005. Dados médios de seis
repetições. 2004 e 2005............................................................................
44
Tabela 16 - Efeito dos tratamentos com sulfentrazone e flazasulfuron na análise
tecnológica da cana-de-açúcar: % de pol da cana, na % brix do caldo,
na % de pureza, na % de fibra da cana, na % de açúcares redutores
(AR) e em kg .t
-1
do açúcar teórico recuperável (ATR) em cana-planta
aos 300 DAT em 2004 e cana-soca aos 270 DAT em 2005. Dados
médios de seis repetições. 2004 e 2005...................................................
45
x
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Efeito dos tratamentos com sulfentrazone e com flazasulfuron
aplicados isoladamente e em mistura no número de tubérculos de
tiririca antes da aplicação, aos 90 e 300 DAT em 2004 e aos 90 e 270
DAT em 2005..........................................................................................
24
Figura 2 - Planta de tiririca no tratamento testemunha absoluta aos 30 DAT.
Araras, 2004.............................................................................................
34
Figura 3 - Sintomas provocados pelo sulfentrazone a 800 g .ha
-1
em C. rotundus
aos 30 DAT. Araras, 2004.......................................................................
34
Figura 4 - Sintomas provocados pelo flazasulfuron a 50 g .ha
-1
em C. rotundus
aos 30 DAT. Araras, 2004...................................................................... 34
Figura 5 - Plantas de cana-de-açúcar na testemunha absoluta, onde não se
observou sintomas de fitotoxicidade. Araras, 2004................................
37
Figura 6 - Sintomas de fitotoxicidade provocada pelo sulfentrazone a 800 g .ha
-1
em plantas de cana-de-açúcar, aos 30 DAT. Araras, 2004......................
37
Figura 7 - Sintomas de fitotoxicidade provocada pelo flazasulfuron a 50 g .ha
-1
em plantas de cana-de-açúcar aos 30 DAT. Araras, 2004......................
37
xi
PASTRE, Waldinei Controle de tiririca (Cyperus rotundus L.) com aplicação de
sulfentrazone e flazasulfuron aplicados isoladamente e em mistura na cultura da
cana-de-açúcar. 2006. 53f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia da Produção
Agrícola) – Pós-Graduação – IAC.
RESUMO
A utilização de herbicidas para o controle de plantas infestantes na cultura de
cana-de-açúcar evoluiu muito nos últimos anos, principalmente para aquelas de difícil
manejo como a tiririca (Cyperus rotundus L.). Com o objetivo de estudar a eficácia de
sulfentrazone e flazasulfuron no controle de tiririca e a seletividade para a cana-de-
açúcar, em área com alta infestação de tiririca, (mais de 500 plantas m
2
), na modalidade
de cana-planta-de-ano e reaplicação em cana-soca. Os tratamentos estudados foram:
sulfentrazone 800 g.ha
-1
; sulfentrazone 500 g.ha
-1
+ flazasulfuron 37,5 g.ha
-1
;
sulfentrazone 400 g.ha
-1
+ flazasulfuron 37,5 g.ha
-1
; sulfentrazone 300 g.ha
-1
+
flazasulfuron 37,5 g.ha
-1
; flazasulfuron 50 g.ha
-1
e flazasulfuron 50 g.ha
-1
+
flazasulfuron 50 g.ha
-1
em aplicações seqüenciais, sendo que a primeira aplicação deu-
se no mesmo momento que os demais tratamentos e a segunda 30 dias após e mais uma
testemunha absoluta. Os produtos foram aplicados em pós-emergência inicial da
ciperácea (4 a 5 folhas) e da cana-de-açúcar. As variáveis avaliadas: disseminação de
tubérculos de C. rotundus na camada arável (25x25x25cm), em época anterior à
aplicação e aos 90 e 300 DAT (dias após tratamento) em cana-planta e aos 90 e 270
DAT em cana-soca; viabilidade dos tubérculos aos 90 e 300 DAT em cana-planta e aos
90 e 270 DAT em cana-soca; avaliação do percentual de controle da tiririca aos 30, 60,
90 DAT; sintomas visuais de fitotoxicidade aos 30, 60 e 90 DAT; altura média de
plantas de cana-de-açúcar aos 60, 90 e 120 DAT; número médio de perfilhos de cana-
de-açúcar aos 90 DAT; produção de cana-de-açúcar aos 300 DAT em cana-planta e aos
270 DAT em cana-soca, seguida da análise tecnológica da matéria prima obtida. Aos 90
DAT os resultados demonstraram que os herbicidas propiciaram reduções significativas
do número de tubérculos na camada arável. Observou-se também redução na viabilidade
dos tubérculos, controle das plantas de tiririca e fitotoxicidade. Os melhores resultados
foram obtidos com sulfentrazone 800 g.ha
-1
, flazasulfuron 50 g.ha
-1
e flazasulfuron 50 +
50 g.ha
-1
, em aplicações seqüenciais. O controle da ciperácea favoreceu o aumento de
produtividade agrícola em cana-planta e em cana-soca. Não ocorreram diferenças
xii
significativas em relação à análise tecnológica, comprovando a seletividade dos
produtos.
Palavras-Chave: triazolinone, cyperaceae, sulfoniluréia, produtividade agrícola.
xiii
PASTRE, Waldinei Efficacy of Cyperus rotundus control and selectivity to sugar
cane crop with sulfentrazone and flazasulfuron applied isolated and in mixture.
2006. 53f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia da Produção Agrícola) – Pós-
Graduação – IAC.
ABSTRACT
The use of herbicides for weed control in the sugar cane crop have improved in
the last years, mainly for the control of purple nutsedge (Cyperus rotundus L.) and other
perennials weeds. In order to study the control of purple nutsedge and evaluate
selectivity, sulfentrazone and flazasulfuron were applied in field conditions with high
infestation of this species in twelve months crop of sugar cane and repeated on the
second year. The treatments were: sulfentrazone at 800 g.ha
-1
; sulfentrazone at 500 g.ha
-
1
+ flazasulfuron at 37,5 g.ha
-1
; sulfentrazone at 400 g.ha
-1
+ flazasulfuron at 37,5 g.ha
-
1
; sulfentrazone at 300 g.ha
-1
+ flazasulfuron at 37,5 g.ha
-1
flazasulfuron at 50 g.ha
-1
;
flazasulfuron at 50 + 50 g.ha
-1
, in sequential applications, with interval of 30 days after
the first application, and a control. The variable analysed were: dissemination of C.
rotundus tubers in the arable layer (25x25x25cm), previous to the application, and at 90
and 300 DAT (days after treatment) in the first harvest of the sugar cane and at 90 and
270 DAT in second harvest of the sugar cane; viability of the tubers of C. rotundus at 90
and 300 DAT in the first harvest of the sugar cane and at 90 and 270 DAT in second
harvest of the sugar cane; evaluation of the percentage of control of the purple nutsedge
at 30, 60, 90 DAT; visual symptoms of injuries at 30, 60 and 90 DAT; height of sugar
cane plants at 60, 90 and 120 DAT; number of sugar cane tillers at 90 DAT; harvest at
300 DAT in the first year and harvest at 270 DAT in second year and technological
analysis of the sugar cane. The results showed that the herbicides provided significant
reductions of the the number of tubers of C. rotundus in the arable layer, and also
reductions of these tubers viability and control of purple nutsedge until 90 DAT. Best
control was achieved with sulfentrazone at 800 g.ha
-1
, flazasulfuron at 50 g.ha
-1
and
flazasulfuron at 50 + 50 g.ha
-1
in sequential applications. The results demonstrated that
the use of the herbicides improved the yield of sugarcane. The herbicides did not cause
any injury to the crop nor affected its technological quality.
Key words: triazolinone, cyperaceae, sulfonylurea, yield.
1
1 INTRODUÇÃO
A ocorrência de plantas infestantes na cultura de cana-de-açúcar provoca perdas
que não se limitam unicamente à produtividade, mas também interferem sobre outros
fatores de produção economicamente importantes para a cultura como (qualidade da
matéria prima, colheita, perdas no transporte e no processamento).
Em razão da cana-de-açúcar apresentar um hábito de desenvolvimento com
características de cultura perene, populações de plantas infestantes interferem
significativamente na longevidade do canavial. Uma cultura de cana-de-açúcar plantada
em solo de boa fertilidade, adubada convenientemente e com características físicas de
solo adequadas, que poderia atingir elevado número de cortes (6 a 8), terá sua
produtividade e longevidade afetadas, dependendo do grau de infestação de plantas
infestantes a que são expostas.
A utilização de herbicidas na cultura de cana-de-açúcar é uma prática
condicionada por situações particulares de cada unidade produtora. Estas condições
estão ligadas a uma série de fatores, tais como, às alternativas de plantio de lavouras em
rotação, disponibilidade de produtos e de máquinas para aplicação, etc.
Quando se busca o controle de plantas infestantes em áreas cultivadas com cana-
de-açúcar, as aplicações em pré-emergência ou em pós-emergência inicial são as mais
indicadas para a diminuição da população das infestantes, especialmente quando
gramíneas. A população de plantas infestantes, bem como a intensidade de ocorrência,
são fatores importantes para a definição dos produtos a serem utilizados.
Este trabalho teve por objetivo estudar o controle de Cyperus rotundus L., com a
utilização dos herbicidas sulfentrazone e flazasulfuron, aplicados isoladamente e em
mistura, em condições de pós-emergência inicial da ciperácea e da cultura da cana-de-
açúcar, em cana-planta de ano (12 meses) e reaplicado em cana-soca, após o primeiro
corte.
2
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 A Cultura da Cana-de-Açúcar
A cultura da cana-de-açúcar ocupou a área de 4.551.000 de hectares na safra
2003/2004 no Brasil, com 3.641.000 hectares na região Centro-Sul, onde São Paulo
participou com 55,6% da área plantada do Brasil, ocupando 2.531.000 ha. Na safra
2003/2004, o Brasil produziu 359.315.559 toneladas de cana-de-açúcar, sendo que a
região Centro-Sul produziu 298.597.318 toneladas de cana-de-açúcar. As produções
brasileiras de açúcar e álcool em 2003/2004, foram de 24.945.018 de toneladas e
14.764.086 m
3
respectivamente, sendo que apenas a região Centro-Sul foi responsável
pela produção de 20.439.702 toneladas de açúcar e 13.024.018 m
3
de álcool (UNICA,
2005). O Estado de São Paulo na safra 2003/2004, foi responsável pela produção de
207.572.535 toneladas de cana-de-açúcar, correspondendo, 69,5% da produção da
Região Centro/Sul e 57,8% do Brasil. Ainda o Estado de São Paulo apresentou uma
produção de açúcar de 15.189.637 toneladas, o que representou 74,3% da Região
Centro/Sul e 60,9% do Brasil enquanto que a do álcool (8.810.622 m
3
) representou
67,6% da produção do Centro/Sul e 59,6% da produção brasileira (ORPLANA, 2005).
A agroindústria do açúcar e do álcool gera, em produto final, US$ 10
bilhões/ano, com 1 milhão de empregos diretos além de contribuir para o seqüestro de
20% das emissões de carbono que o setor de combustíveis fósseis emite no Brasil
(RODRIGUES, 2004).
Um dos principais problemas enfrentados pela cultura da cana-de-açúcar
segundo VICTORIA FILHO & CHRISTOFFOLETI (2004), é a concorrência com
plantas infestantes, que provoca perdas sérias na produtividade da ordem de até 85 %,
quando não controladas adequadamente. A cana, apesar de apresentar ciclo C4 e usar
de maneira altamente eficiente os recursos disponíveis para seu crescimento, é afetada
nas fases iniciais de crescimento pelas plantas infestantes, principalmente por gramíneas
e ciperáceas. A interferência de plantas infestantes depende de uma série de fatores,
como a densidade de ocorrência, o ciclo de vida, a fenologia e os aspectos alelopáticos.
Também influenciam fatores fitotécnicos, como espaçamento, a densidade de plantio, a
variedade, a época de plantio e adubação.
3
O controle das plantas infestantes na cultura da cana-de-açúcar representa algo
ao redor de 30 a 35 % do custo total de implantação do canavial e de 40 a 45 % das
soqueiras (ROLIM & PASTRE, 2000). De acordo com KISSMANN (2000), o controle
químico das plantas infestantes com herbicidas é utilizado em 90% das áreas cultivadas
com cana-de-açúcar no Brasil e os gastos com esses produtos, na safra 1998/1999,
foram próximos a US$ 175.210.000,00
Pode-se dizer que as plantas infestantes estão sempre presentes no canavial e
seu controle feito de forma inadequada ou deficiente é imediatamente visível,
refletindo-se em maior ou menor dano na produção final de colmos (ROLIM &
PASTRE, 2000).
Estima-se que cerca de 1.000 espécies de plantas infestantes habitam o
agroecossistema da cana-de-açúcar nas distintas regiões produtoras do mundo. Essas
plantas competem com as culturas por água, luz, nutrientes e espaço, causando perdas
significativas no rendimento agrícola (Arévalo,1979 apud por PROCÓPIO et al. 2003).
C. rotundus é uma das espécie de daninha que por sua interferência na cultura causa
redução de 28% na produção agrícola, deixando de produzir 2.240 kg de açúcar por
hectare, equivalente a US$800,00 por hectare. Outras plantas infestantes importantes
como Sorghum halepense, Cynodon dactylon e Rottboellia exaltata causaram reduções
na produção de respectivamente 53, 45 e 80%. Essas mesmas espécies causaram
redução na quantidade de açúcar produzido de 4.240, 3.600 e 6.400 kg de açúcar por
hectare. Essas perdas representam em US$ 1.514,00, 1.285,70 e 2.285,00 por hectare
respectivamente para Sorghum halepense, Cynodon dactylon e Rottboellia exaltata
(ARÉVALO & BERTONCINI, 1995).
Dentre as principais plantas infestantes que interferem na cultura da cana-de-
açúcar segundo VICTORIA FILHO & CHRISTOFFOLETI (2004), algumas espécies
apresentam ciclo de vida anual e outras, perene. Entre as de ciclo de vida anual pode-se
citar: Brachiaria plantaginea, Digitaria horizontalis, Cenchrus echinatus, Eleusine
indica, Ipomea sp, Amaranthus sp, Portulaca oleraceae, Bidens pilosa,
Acanthospermum hispidum, Euphorbia heterophylla, Emilia sonchifolia, Commelina sp,
Sonchus oleraceus, Ageratum conysoides, Richardia brasiliensis, Croton lobatus,
Chamaesyce hirta. As principais espécies infestantes de ciclo de vida perene são:
Cynodon dactylon, Panicum maximum, Brachiaria decumbens, Brachiaria mutica,
Sorghum halepense, Paspalum maritimum, Cyperus rotundus e Sida sp. Características
como o ciclo de vida, deverão ser consideradas por ocasião da escolha do método de
4
controle das plantas infestantes a ser empregado, pois possibilitará obtenção de
resultados satisfatórios, garantindo a produção da cultura de interesse econômico.
2.2 Cyperus rotundus L. (Tiririca)
A origem do nome “rotundus” vem do adjetivo latino que significa redondo,
alusivo aos tubérculos arredondados que se formam no solo. É provável que o local de
origem da tiririca seja a Índia. É considerada uma das espécies vegetais com maior
amplitude de distribuição no mundo. Está presente em todos os países de clima tropical
e subtropical e em muitos de clima temperado. No Hemisfério Norte ocorre a partir do
sul dos Estados Unidos e da Europa, aumentando sua presença em direção ao trópico.
No Brasil, ocorre praticamente em toda extensão territorial. Acredita-se que a
introdução no Brasil tenha se dado através dos navios mercantes portugueses, em
tempos coloniais. O estabelecimento inicial teria sido em zonas portuárias como
Salvador, Recife, Rio de Janeiro, Santos e São Vicente, com posterior alastramento para
o interior.
Muitas culturas de importância econômica são afetadas pela presença da tiririca
como o milho, o feijão, o algodão e a cana-de-açúcar. Certamente é na cana-de-açúcar
que mais se reflete o problema, pois, segundo Lorenzi (s/d), apud por KISSMANN
(1997) e Holm et al. (1977), apud por DURIGAN (1991). No Brasil, cerca de 1 milhão
de hectares de cana-de-açúcar apresentam infestação por C. rotundus, sendo 40% com
baixa infestação (menos de 100 plantas por m
2
), 31 % com média infestação (100 – 500
plantas m
2
) e 29% com alta infestação (mais de 500 plantas por m
2
) conforme
(ARÉVALO,1996). Os prejuízos decorrem da competição que ocorre durante todo o
ciclo, especialmente na fase inicial da cultura e nas reformas. Pela exsudação de
substâncias químicas com efeito alelopático, a tiririca inibe a brotação de gemas e o
perfilhamento da cana-de-açúcar, o que resulta em estandes com menor número de
indivíduos nas áreas infestadas. Seu controle torna-se problemático, uma vez que não há
no mercado produtos seletivos de alta eficácia, elevando-se assim os custos referentes
ao seu controle (DARIO et al., 1995; CATUNDA et al., 2000; SILVA et al.,2000).
Com enorme capacidade de multiplicação C. rotundus pode formar até 40
toneladas de matéria vegetal por hectare. Para isso, extrai o equivalente a 815 kg de
sulfato de amônio, 320 kg de cloreto de potássio e 200 kg de superfosfato por hectare,
calculados para 30 toneladas de massa vegetal. Experimentos conduzidos por Cerrizuela
5
(1965), apud por KISSMANN (1997), mostraram que em casos de alta infestação há
uma queda de até 75% na colheita e uma redução de 65% na produção de açúcar,
devido à competição permanente entre a cultura e as plantas infestantes. A redução na
produtividade da cana-de-açúcar em presença de C. rotundus, não está restrita apenas a
competição pelos fatores físicos de crescimento, mas também por substâncias que são
compostos químicos produzidos pela planta e que afetam o desenvolvimento da cana-
de-açúcar (CHRISTOFFOLETI, 1988).
C. rotundus é uma planta perene, com reprodução por sementes, mas
proporcionalmente pouco significativa, pois menos de 5% das sementes formadas são
viáveis. A principal multiplicação é por tubérculos e bulbos subterrâneos. Em
temperatura baixa, o seu desenvolvimento e multiplicação se dão com lentidão.
Temperatura elevada é muito bem tolerada; na verdade não se conhece outra espécie
vegetal que tolere temperaturas mais altas que C. rotundus. Sua capacidade de
sobrevivência em condições adversas é enorme. Períodos prolongados de seca ou
inundação do terreno são suportados. Os tubérculos perdem a viabilidade se dessecados
e o revolvimento do solo em época seca ajuda a diminuir o número de tubérculos
viáveis na área. A parte aérea é sensível a sombreamentos, podendo-se até eliminá-la
com sombreamento prolongado. A fotossíntese é efetuada pelo ciclo C4, altamente
eficiente em regiões quentes.
C. rotundus é uma planta herbácea com porte entre 15-50 cm nas condições
brasileiras. Pelo intenso desenvolvimento de cadeias de pseudo-tubérculos no solo
formam-se clones de considerável tamanho. Dos bulbos basais e tubérculos de tiririca
formam-se extensos sistemas de rizomas que se desenvolvem horizontalmente e
verticalmente que podem se aprofundar até 40 cm. Os rizomas em si não tem gemas,
mas de espaço a espaço ocorre uma hipertrofia, semelhante a um tubérculo, no qual
ocorrem gemas. Durante os primeiros meses de formação das plantas, o sistema
vascular é contínuo através de rizomas e hipertrofias. Em plantas mais velhas a
continuidade dos rizomas é interrompida, o que explica a dificuldade de translocação de
herbicidas sistêmicos.
Quando rompido o rizoma são rompidos ou quando ocorre movimentação do
solo causando corte nos rizomas, as gemas adicionais são estimuladas, causando
alastramento da invasora. A maioria das hipertrofias que são responsáveis pela
formação dos tubérculos se encontra a menos de 15 cm de profundidade, mas algumas
podem ser encontradas até 30 ou 40 cm. Num hectare altamente infestado podem ser
6
encontradas dezenas de milhões de hipertrofias, sendo comum ocorrerem de 2.000 a
4.000 emergências por metro quadrado (KISSMANN,1997).
Estudos conduzidos por KUVA et al. (1997) demonstraram que a cultura da
cana-de-açúcar conseguiu conviver com a população de tiririca desde a emergência até
45-50 dias, período anterior a interferência, antes que sua produtividade fosse reduzida
significativamente. O período total de prevenção da interferência da tiririca na cultura
da cana-de-açúcar, para que não seja afetada a produtividade, ocorreu entre 50 e 55 dias.
Esses autores determinaram o período crítico de prevenção à interferência da tiririca na
cultura da cana-de-açúcar e concluíram que o controle da tiririca deve ser efetuado até
45 dias após a emergência da cana-de-açúcar e se estender até no mínimo 55 dias.
Segundo KUVA et al. (2000), uma cultura de cana-de-açúcar plantada no sistema de
ano-e-meio, pôde suportar um período de convivência inicial de 41 dias após o plantio
(DAP) com a tiririca sem sofrer interferência significativa de diminuição da produção.
No entanto, o controle da tiririca por um período curto de 22 DAP da cana-de-açúcar foi
suficiente para assegurar a produção.
As variedades de cana-de-açúcar podem apresentar diferentes graus de
suscetibilidade em relação à interferência de C. rotundus. Em trabalhos conduzidos por
ROLIM et al. (2002), constatou-se que as variedades de cana-de-açúcar RB72454,
RB835486 e RB855536, na presença da densidade de 500 g
.
m
-2
de tubérculos de tiririca,
foi possível notar o efeito alelopático sobre a cultura. A variedade que mais demonstrou
tolerância à interferência da tiririca foi a RB72454 e a mais sensível, a RB835486.
2.3 Métodos de Controle de Plantas Infestantes na Cultura da Cana-de-Açúcar
Os métodos que a humanidade tem utilizado, e atualmente utiliza para o controle
das plantas infestantes são os mais variados possíveis e tem-se verificado uma grande
evolução nos mesmos, principalmente nas ultimas décadas. Eles abrangem práticas que
vão desde o arranquio das plantas com as mãos até o uso de sofisticado equipamento de
microondas para matar sementes dentro do solo. No entanto, o ideal é prevenir a
infestação das plantas infestantes, evitando-se, com isso, grandes despesas com o
controle e prejuízos advindos da redução da produção agrícola. O primeiro cuidado a ser
tomado é com equipamento que será utilizado no preparo de solo, como arados, grades,
sulcadores, etc. Esses implementos, assim como as próprias rodas dos tratores ou
carretas, podem trazer consigo resíduos de terra, nos quais se localizam sementes ou
7
partes vegetativas de plantas infestantes. Dessa forma, todo equipamento deve ser
lavado e limpo quando introduzido em uma área nova ou, simplesmente, muda de área.
A falta deste cuidado tem causado ampla disseminação das mais diversas espécies. Um
dos problemas mais graves tem sido a disseminação da tiririca que possui, além de
sementes muito pequenas, tubérculos que infestam com facilidade e grande
agressividade novas áreas. As sementes encontram condições ideais de germinação nos
sulcos em que se aplica torta de filtro ou haja muita matéria orgânica. Outra forma de
disseminar sementes e plantas infestantes é por meio de vasos e saquinhos com mudas.
Se a terra que foi utilizada para as mudas não está descontaminada, passa a ser um
veículo para a introdução de novas espécies indesejáveis. Provavelmente foi dessa
maneira que a tiririca foi introduzida no Brasil no início da colonização, já no século
XVI (DEUBER, 1992).
No caso da cana-de-açúcar, o controle preventivo deve consistir num conjunto
de ações como: manter canais de vinhaça ou de irrigação livres de plantas infestantes;
utilizar mudas provenientes de viveiros com ótimo controle de plantas infestantes;
armazenar a torta de filtro em áreas livres de plantas infestantes; limpar máquinas e
implementos quando da transferência para outro talhão e controlar as plantas infestantes
nas áreas adjacentes aos talhões de cana-de-açúcar. Uma das formas de controle de
plantas infestantes é o controle manual, que consiste da utilização de capinas, roçadas e
de arranquio, retirada de touceiras de plantas perenes e atualmente existe a chamada
“catação química”, prática mais eficiente que apresenta maior rendimento operacional e
economia do que as práticas manuais. Essas práticas complementares são utilizadas
principalmente para o controle de plantas infestantes que escaparam de um outro tipo de
controle, principalmente o químico. Em geral, gasta-se em torno de 15 homens/dia para
se capinar um hectare de cana-de-açúcar, quando as plantas infestantes estão com altura
média de 10 cm. Áreas com infestações de tiririca, onde foi realizado capina, as
manifestações epígeas da C. rotundus cresceram até 3 cm por dia, conforme descrito por
(Lorenzi, 1982 apud por PROCÓPIO et al.,2003).
A seleção de variedades de cana-de-açúcar, no caso do manejo de plantas
infestantes, possui grande importância, pelo fato de influenciarem diretamente na
competição entre a cultura e as plantas infestantes. Dentre eles, podem-se destacar:
perfilhamento, arquitetura foliar, brotação das soqueiras, resistência a pragas e doenças,
suscetibilidade a herbicidas entre outras características. Outra variável de grande
importância é o espaçamento de plantio. A grande maioria dos canaviais plantados na
8
região Centro-Sul é cultivada com espaçamento entre sulcos que varia de 1,30 a 1,50.O
espaçamento usado depende principalmente da fertilidade do terreno, sendo que os
menores propiciaram o fechamento mais rápido do canavial, favorecendo o controle das
plantas infestantes.
Uma prática muito antiga e muito eficiente para o controle de plantas infestantes
é a cobertura do solo com restos vegetais, também chamada de cobertura morta. A
palha da cana-de-açúcar que permanece sobre o solo após a colheita sem a queima do
canavial, se bem manejada, promove o sombreamento do solo, inibindo a germinação
de plantas infestantes. Além desse efeito físico, há também efeitos alelopáticos,
advindos de lixiviados da palha da cana-de-açúcar sobre algumas espécies infestantes,
como por exemplo, C. rotundus. Com o sombreamento causado pela palha de cana-de-
açúcar, as brotações da tiririca podem desaparecer, mas, os tubérculos permanecem
viáveis e, rapidamente, ocorre reinfestação da área quando a fonte do sombreamento é
retirada (DEUBER, 1992; Miles et al., 1996 apud por NOVO, 2004; PROCÓPIO et al.,
2003).
O controle de plantas infestantes, numa dimensão técnica e econômica, por meio
de produtos químicos, iniciou-se no começo do século XX, com sais e ácidos fortes.
Com a descoberta dos compostos orgânicos, na década de 1940, intensificou-se o
controle químico e os compostos químicos aplicados receberam o nome de herbicidas.
O controle com herbicidas apresenta algumas vantagens significativas, tais como:
grande rendimento na aplicação, seja manual, tratorizada ou aérea; eficiência elevada e
uniforme, não causa lesões às plantas cultivadas; apresenta opções de diferentes
compostos para espécies, idades, tamanhos e solos diferentes; apresenta, geralmente,
boa economicidade; apresenta opções de aplicação em diferentes fases da cultura, em
muitos casos; pequenas quantidades de herbicidas são aplicadas por área cultivada,
havendo forte tendência de redução das quantidades utilizadas. O que motivou a
expansão do uso de herbicidas foi a somatória de todas as vantagens apresentadas,
aliadas à outra, extraordinária, que é a seletividade que os mesmos podem apresentar a
diferentes culturas.
O controle químico é o método mais utilizado para o controle de plantas
infestantes na cultura da cana-de-açúcar, em razão de haver inúmeros produtos
eficientes registrados para esta cultura no Brasil. Tradicionalmente a cana-de-açúcar é
plantada em grandes áreas, tendo assimilado muito rápidamente essa tecnologia, e é,
9
atualmente, a segunda cultura em consumo de herbicidas no Brasil (DEUBER, 1992;
PROCÓPIO et al., 2003).
2.4 Manejo Químico de C. rotundus na Cultura da Cana-de-Açúcar
O controle da tiririca, na cultura da cana-de-açúcar, tem sido executado,
principalmente, durante o período de reforma do canavial, com a utilização de
herbicidas em condições de pré-emergência, tanto da cultura quanto da planta daninha
(CHRISTOFFOLETI et al.,1995).
Segundo ROSAMAGLIA et al. (1995), o herbicida imazapyr aplicado à
superfície do solo, alcança as raízes emitidas pelos bulbos basais impedindo o
crescimento da invasora. As doses de imazapyr a partir de 750 g
.
ha
-1
controlam
brotações de tubérculos de tiririca por 18 semanas, ultrapassando o período crítico de
interferência das plantas infestantes sobre a cultura. ALVES et al. (1997), constataram
que o imazapyr nas doses de 375 e 500 g i.a.
.
ha
-1
apresentou excelente controle da
tiririca e do capim-colchão até os 120 DAP da cultura, sendo que quando aplicado na
maior dose causou toxicidade muito leve na cultura apenas aos 30 dias após plantio.
Imazameth, nas doses de 125, 250 e 375 g i.a.
.
ha
-1
controlou com eficiência a tiririca e o
capim-colchão, sendo que, nas doses de 250 e 375 g i.a.
.
ha
-1
causou fitotoxicidade muito
leve e leve, respectivamente, apenas aos 30 DAP. Imazapyr aplicado 60 dias anterior
do plantio nas doses 375; 500; 750 e 1000 g
.
ha
-1
para o controle de C. rotundus e C.
dactylon foi satisfatório até 47 DAP da cana-de-açúcar ou 110 dias após a aplicação do
produto. O aumento da dose propiciou maior controle das duas plantas infestantes. Estes
resultados foram obtidos em solo argiloso, não sendo detectados quaisquer sintomas
visuais de fitotoxicidade sobre a cana-de-açúcar (ROLIM et al., 1997). GONÇALVES
et al. (1997), verificaram que o uso de imazapyr no período das águas, na dose de 750
g
.
ha
-1
, resultou em controle da tiririca por um período máximo de 42 DAA, apesar de
ser um herbicida de longo efeito residual. CHRISTOFFOLETI et al. (1997), obtiveram
bons resultados no controle de tiririca com os herbicidas imazapyr nas doses de 375 e
500 g
.
ha
-1
e imazameth nas doses 125; 250 e 375 g
.
ha
-1
, sendo este aplicado em duas
épocas (anterior ao plantio e após o plantio). Verificaram que ocorria redução do
número de tubérculos viáveis de C. rotundus por unidade de área.
O controle da tiririca com halosulfuron, aplicado na dose de 131,25 g i.a.
.
ha
-1
,
mostrou-se altamente eficiente no controle pós-emergente da tiririca na cultura da cana-
10
de-açúcar, apresentando, aos 60 DAP, controle superior a 90%. Testes de viabilidade
de tubérculos realizados 90 DAP dos herbicidas, em estruturas coletadas até a
profundidade de 20 cm, mostraram que doses de 93,75; 112,5 e 131,25 g i.a.
.
ha
-1
de
halosulfuron reduziram em, respectivamente, 47,7%, 52,7% e 60,7% o número de
tubérculos viáveis. O produto mostrou-se seletivo à cultura, tendo sido aplicado em pós-
emergência, na área total (MASCARENHAS et al., 1995). ROLIM & DIAS (2000),
testando halosulfuron isolado nas doses 75 e 112,5 g
.
ha
-1
e em mistura com glifosate
(nas formulações CS ou WG) nas doses de 1080 e 1440 g
.
ha
-1
de equivalente ácido,
verificaram muito bom controle inicial de C. rotundus, havendo pouca rebrota da
infestante até 60 DAP da cana-de-açúcar. KARAM et al. (2002), verificaram que
ocorria redução de 50% no acúmulo de matéria seca da tiririca aos 60 DAA, com a
aplicação de halosulfuron e nicosulfuron nas doses de 63 e 37 g
.
ha
-1
, respectivamente.
GELMINI et al. (1997), utilizando etoxysulfuron nas doses 90; 120; 150 e 180
g
.
ha
-1
,
em pós-emergência total, e halosulfuron nas doses 112,5 g
.
ha
-1
, obtiveram
controle da tiririca bastante satisfatório com ambos os herbicidas. A cultura da cana-de-
açúcar não apresentou nenhum efeito fitotóxico devido à ação de herbicidas. Segundo
FREITAS et al., (2002); SCHUMM (2002); SCHUMM et al. (2002); SILVEIRA
(2002), trifloxysulfuron sodium + ametrine é um produto de amplo espectro que
controla a da tiririca em cana-de-açúcar quando aplicado no início de desenvolvimento
da planta, quando estas apresentavam de 10–15 cm de altura, antes do início da
matocompetição. CARVALHO et al. (2002), concluíram que os tratamentos
trifloxysulfuron sodium + ametrine a 1500 g
.
ha
-1
; trifloxysulfuron sodium + ametrine
1500 g.ha
-1
+ 2,4-D amina 1340 g
.
ha
-1
; 2,4-D amina 1340 g
.
ha
-1
e halosulfuron a 150
g
.
ha
-1
provocaram efeito supressivo às plantas de tiririca, permitindo bom crescimento e
produtividade da cultura da cana-de-açúcar, mesmo em áreas altamente infestadas.
DARIO et al. (1995), constataram que flazasulfuron e MSMA foram eficientes
no controle de tiririca até os 60 e 90 DAA, respectivamente. Segundo SILVA et al.
(1995), com a aplicação seqüencial de flazasulfuron, realizada 30 dias após a primeira
aplicação, não foi observado incremento na fitotoxicidade deste produto sobre a cultura;
todavia a eficiência de controle de C. rotundus e C. esculentum foi significativamente
aumentada atingindo 90% aos 28 dias após a segunda aplicação. Resultados
semelhantes foram obtidos por CARVALHO et al. (1997). COSTA et al. (1995),
observaram que as doses de 60 g
.
ha
-1
de flazasulfuron e a dose de 540 g
.
ha
-1
de glifosate
apresentaram aos 45 DAA controle de 85,5% e 68,9%, respectivamente. Quanto ao
11
número de tubérculos viáveis verificou-se redução de 43,2% para flazasulfuron e apenas
2,2% para o glifosate. Glifosate aplicado isolado nas doses de 720, 1440 e 2160 g
.
ha
-1
,
promoveu o controle de C. rotundus aos 30 DAA, apresentando tendência de ser mais
eficaz, conforme o aumento da dose (ARÉVALO et al.,1995). No caso de misturas de
tanque do herbicida flazasulfuron com diuron, ametrine, atrazine, tebutiuron e a mistura
pronta diuron + hexazinone, em geral, reduziram a eficiência do flazasulfuron no
controle de C. rotundus (MELO et al. 1997).
Em experimentos com aplicação de MSMA nas doses de 2,40 e 1,92 kg
.
ha
-1
,
BRAZ et al. (1995), verificaram reduções médias do número de tubérculos e do peso de
matéria fresca em 81% e em 84%, quando foram feitas duas aplicações e em 57% e em
62% com uma aplicação isolada. BRAZ et al. (1997 b), avaliando o controle de tiririca
obtido pelos herbicidas: MSMA a 2,40 kg
.
ha
-1
(uma aplicação); e a 1,68 e 1,68; 2,40 e
1,92 kg
.
ha
-1
(aplicações seqüenciais); flazasulfuron a 0,025; 0,050; 0,075 e 0,100 kg
.
ha
-
1
; halosulfuron a 0,112 kg
.
ha
-1
; 2,4-D amina a 2,148 kg
.
ha
-1
; sulfentrazone a 0,800
kg
.
ha
-1
, com consumo de calda de 200 L
.
ha
-1
. Observaram que MSMA em duas
aplicações reduziu o número de tubérculos de 91,38% a 98,32%; flazasulfuron de 70,40
a 89,58% (duas aplicações) e de 62,54 a 77,44% (1 aplicação); halosulfuron de 78,52 e
76,54%, o 2,4-D de 12,32 e 49,72%, e sulfentrazone de 24,65 e 77,65%. Não foram
observados sintomas de intoxicação em nivel não aceitável às plantas de cana-de-
açúcar.
LEMES et al. (2002), utilizando imazapic nas doses 49; 70; 98 e 126 g
.
ha
-1
na
variedade RB72454 em quatro épocas: pré-emergência, esporão, uma folha e duas a
três folhas, observaram que o herbicida aplicado em pré-emergência causou
fitotoxicidade leve até 60 DAA, sendo o controle da tiririca suficiente nas duas maiores
doses. Na aplicação na fase de esporão até uma folha, as três doses causaram
fitotoxicidade. Na fase de duas a três folhas independentemente da dose, foi observado
fitotoxicidade muito forte na cultura, mas resultou em bom controle da tiririca. VELHO
& MERK (2002), verificaram que o imazapic nas doses 147 g
.
ha
-1
, foi similar ao
tratamento padrão sulfentrazone a 900 g
.
ha
-1
; tornando-se opção para manejo de
tiririca. ORSI JUNIOR.(1997), constatou que o herbicida sulfentrazone possui
eficiência no controle de tiririca, quando aplicado em pré-emergência da cultura e das
plantas infestantes. Verificou-se também que este produto apresentou bom controle da
tiririca nas doses iguais ou superiores a 800 g .ha
-1
, com seletividade à cultura da cana-
12
de-açúcar, não afetando a altura de plantas, o estande, a produtividade e a qualidade
industrial dos colmos.
De acordo com BORGES (1997) aplicação de sulfentrazone, na dose de 700 g
.ha
-1
associado ao controle mecânico (quebra de camalhão) no plantio resultou em
aumento de controle da tiririca. A partir de 30 DAA resultou em 70% de controle da
ciperácea e, após a quebra de camalhão, esse controle aumentou para 85%. Na dosagem
de 800 g .ha
-1
, sulfentrazone controlou 80% da espécie infestante, sendo que esse
controle se elevou para 90% após a utilização do controle mecânico. O sulfentrazone
também pode ser utilizado no sistema de plantio de cana-de-açúcar em consórcio com
soja, chamado meiosi (método inter-rotacional ocorrendo simultaneamente), usando o
parcelamento de doses, sendo realizada a primeira aplicação após o plantio da soja e o
restante após o plantio da cana-de-açúcar. BENTO (2002), verificou que o controle de
C. rotundus com sulfentrazone foi de 72% aos 120 DAT, e as doses que apresentaram
melhor relação custo/benefício foram: 400 + 500 e 500 + 500 g. ha
-1
.
DURIGAN et al. (2002), constataram que a presença da palha da cana-de-
açúcar, em cana-soca, prejudicou a ação dos herbicidas sulfentrazone (700 g .ha
-1
) e
imazapic (1050 g .ha
-1
) em relação aos resultados de controle de C. rotundus obtidos
com os herbicidas sem a cobertura de palha. Segundo BASILE FILHO (1997),
sulfentrazone causou redução de 60% no banco de tubérculos no solo e aumento de
23,1% na produção de cana-de-açúcar, na dose de 800 g .ha
-1
. A reaplicação de
sulfentrazone torna-se indispensável em áreas muito infestadas, com solo pesado e alto
teor de matéria orgânica. CONSTANTIN et al.,(2000), comparando sulfentrazone (800
g .ha
-1
) e diclosulam (100, 150, 200 e 250 g .ha
-1
) no controle de tiririca, constataram
que ambos os produtos controlaram a tiririca, sendo que o diclosulam na dose de 100 g
.ha
-1
, apresentou controle médio de 60% e os demais tratamentos mantiveram 70% de
controle até 120 DAA. CÂMARA et al. (1995) e CHRISTOFFOLETI et al. (1995),
observaram que o herbicida sulfentrazone, a partir da dose de 700 g.ha
-1
, foi suficiente
para propiciar controles na tiririca variando de 80% a 98,9% até aos 120 DAT.
CARVALHO et al. (1997 b), concluíram que o herbicida sulfentrazone na dose 900 g
.ha
-1
, aplicado em solo arenoso, foi altamente seletivo à cultura da cana-de-açúcar e
eficiente no controle de C. rotundus até 300 DAA, com redução de 70% no número de
tubérculos e alcançando produtividade média de 129,42 t.ha
-1
contra as 75,22 t.ha
-1
produzidas na testemunha no mato. A dose de 800 g .ha
-1
desse mesmo herbicida
controlou eficientemente até os 60 DAA e foi razoavelmente eficiente até aos 300 DAA.
13
As doses de 700 e 600 g .ha
-1
de sulfentrazone foram pouco eficientes. BORGES
(2002), com aplicações consecutivas de sulfentrazone nas doses de 800 g .ha
-1
no
plantio e após o primeiro corte da cana-de-açúcar, reduziu em 79% (com uma aplicação)
e em 95,23%, após a segunda aplicação, o número de tubérculos de tiririca. As áreas
que receberam irrigação com vinhaça após a aplicação de sulfentrazone nas doses de
800 e 900 g .ha
-1
não prejudicaram a eficiência do produto no controle da tiririca, que
foi de 95% para ambas as doses (KUVA et al. 1995).
A seletividade do herbicida sulfentrazone em relação a cultura da cana-de-açúcar
está associada a vários fatores, como tipo de solo, condições e época de aplicação e dose
utilizada. Trabalhos realizados por CARVALHO et al. (1995), mostraram que
sulfentrazone na dose de 600 g.ha
-1
foi seletivo às plantas de cana-de-açúcar e altamente
eficiente no controle de D. horizontalis, B. pilosa e S. glaziovii. O herbicida
sulfentrazone aplicado nas doses de 400, 450, 500, 550, e 600 g .ha
-1
na cultura da cana-
de-açúcar não apresentou qualquer alteração morfológica na cultura, segundo
KAWAGUCHI et al. (1995), que pudesse ser caracterizada como efeito tóxico do
produto. Para MARTINS et al. (1997), o sulfentrazone nas doses 400 e 800 g .ha
-1
,
causou sintomas de intoxicação nas variedades SP791011, sendo mais prejudicial na
variedade RB 72454. Entretanto esses sintomas de intoxicação dissiparam-se com o
decorrer do ciclo da cultura. ROLIM & SILVA (2000), aplicaram os herbicidas
sulfentrazone nas doses de 800 e 1600 g.ha
-1
; clomazone a 1000 g.ha
-1
; halosulfuron a
112,5 g.ha
-1
; ametrina + clomazone nas doses 1500 + 1000 e 3000 + 2000 g.ha
-1
e
diuron + hexazinone nas doses 1170 + 330 e 2340 + 660 g.ha
-1
, nas variedades
RB72454, RB806043, RB835089, RB853486, RB845257 e RB855536, e concluíram
que as mais sensíveis foram a RB835089, RB855536 e RB72454, enquanto a mais
tolerante foi a RB806043. A mistura ametrine + clomazone foi a mais fitotóxica para a
cultura, seguida pelo diuron + hexazinone e sulfentrazone. As produtividades agrícolas
foram afetadas quando se aplicou ametrine + clomazone e doses duplas de sulfentrazone
e de diuron + hexazinone.
14
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Local
O experimento foi instalado em condições de pós-emergência inicial de C.
rotundus e da cultura de cana-de-açúcar, nos anos agrícolas 2003/2004 e 2004/2005, em
cana-planta de 12 meses e cana-soca, em área pertencente ao Sítio Nossa Senhora
Aparecida II, município de Araras, Estado de São Paulo.
3.2 Características do Solo
O tipo de solo presente da área experimental foi latossolo vermelho, sendo
analisado química e fisicamente, na profundidade de até 20 cm, pelo Laboratório de
Solos do CCA/UFSCar, para sua caracterização. Os resultados dos atributos
granulométricos demonstraram que o solo contém 61% de argila, 24% de areia e 15%
de silte, 22g.dm
-3
de matéria orgânica. O resultado de análise de fertilidade do solo é
apresentado na tabela 1.
Tabela 1 – Análise de fertilidade do solo da área experimental na camada de até 20 cm.
pH P K Ca Mg H + Al CTC SB V
CaCl
2
mg.dm
-3
mmol
c
.dm
-3
%
4,8 12 0,2 28 9 52 89,2 37,2 42
Em função da análise de fertilidade, o solo foi corrigido e adubado para a cultura
da cana-de-açúcar de acordo com as recomendações de adubação e calagem para o
Estado de São Paulo (RAIJ et al, 1996).
Para a adubação da cana-planta foi usado 600 kg.ha
-1
da formulação 6-30-24.
Após o primeiro corte, na ocasião da adubação de soqueira, foi utilizada a formulação
18-00-27, aplicando-se 550 kg.ha
-1
.
15
3.3 Variedade de Cana-de-Açúcar
A variedade utilizada foi SP80-1842, que segundo a COPERSUCAR (1993),
possui baixa exigência em fertilidade do solo além disso, é altamente resistente a
carvão, ferrugem e mosaico, apresentando ainda resistência intermediária à escaldadura
e ao raquitismo das soqueiras. Possui touceira de hábito decumbente com acamamento
regular, principalmente na cana-planta. O perfilhamento é médio, com colmos de
crescimento vigoroso, apresentando despalha fácil. Os entrenós são de cor cinza-
arroxeada ao sol e cinza-esverdeado sob a palha, apresentando grande quantidade de
cera; são de comprimento longo e diâmetro médio. As folhas são de largura média, de
comprimento longo e pontas dobradas, sem pêlos e com serrilhamento forte nos bordos.
Como a variedade é considerada precoce, sua colheita deve ocorrer no início da safra,
sendo essencial para a moagem nos primeiros meses de safra de abril a julho.
3.4 Herbicidas Testados
3.4.1 Sulfentrazone
O herbicida sulfentrazone - N-[2,4-dicloro-5[4-(diflurometil)-4,5-dihidro-3
metil-5-oxo-1 H-1,2,4-triazol-1-il] metanosulfonamida - é registrado no Brasil para o
controle de mono e dicotiledôneas nas cultura da cana-de-açúcar, soja, citrus e café
(marca comercial Boral SC) e para uso em eucalipto e em áreas não agrícolas (com a
marca comercial Solara N.A.), em aplicações de pré-emergência, sendo recomendado
para a cana-de-açúcar nas doses de 600 a 800 g .ha
-1
(1,2 a 1,6 L
.
ha
-1
do p.c.).
A absorção do produto ocorre pelo sistema radicular, sendo um produto
sistêmico e de contato. A translocação ocorre por pequena movimentação pelo floema.
O herbicida sulfentrazone age nas plantas por um processo de ruptura da membrana
celular, provocando rápida dessecação foliar nas plantas que emergem. Trata-se de um
herbicida formulado como SC (suspensão concentrada contendo 500 g .L
-1
do i.a.), não
corrosivo, pertencente à classe toxicológica IV, com DL50 oral e dérmica superior a
4000 mg
.
kg
-1
(RODRIGUES & ALMEIDA, 1998).
16
3.4.2 Flazasulfuron
O herbicida flazasulfuron 1-(4,6-dimetoxipirimidin-2-il)-3-(3-trifluorometil-2-
piridilsulfonil) uréia é registrado no Brasil com a marca comercial Katana, para o
controle de mono e dicotiledôneas nas culturas de cana-de-açúcar e tomate em pré ou
pós inicial, conforme a cultura. Em aplicações em pós-emergência, as gramíneas devem
possuir no máximo 3 perfilhos; as dicotiledôneas 6 folhas e a tiririca de 5 a 8 folhas e
estar em pleno desenvolvimento vegetativo, evitando-se aplicar em períodos de
estiagem e com umidade relativa inferior a 60%. Na cultura da cana-de-açúcar, para
maior espectro de controle das plantas infestantes, pode-se adicionar através da mistura
de tanque, o ametrine ou diuron, na dosagem de 1000 a 1250 g.
.
ha
-1
. Para o controle da
tiririca, flazasulfuron deve ser aplicado isoladamente, sendo necessárias uma aplicação
quando o objetivo é apenas evitar a sua interferência na produção ou duas para se obter
maiores reduções na população de tubérculos no solo. Quando aplicado em pré-
emergência, no caso da cana-de-açúcar, utilizar dose de 400 g
.
ha
-1
, logo após o plantio e
antes da emergência da cultura.
Flazasulfuron atua inibindo a ação da enzima acetolactato síntese (ALS),
precursora da formação de três aminoácidos essenciais ao desenvolvimento das plantas:
valina, leucina e isoleucina, resultando na interrupção da divisão celular e no
crescimento da planta. Após a aplicação do produto, as plantas suscetíveis param de
crescer em poucas horas. Em seguida, ocorre clorose e necrose, cujos sintomas visuais
aparecem em 2 ou 3 dias. A morte da planta ocorre em 20 a 25 dias, após a aplicação.
Trata-se de um herbicida formulado como GRDA (grânulos autodispersíveis em
água contendo 250 g. kg
-1
do i.a.), pertencente à classe toxicológica IV, possuindo
DL50 oral 4.694 mg
.
kg
-1
e dérmica superior a 2.000 mg
.
kg
-1
(RODRIGUES &
ALMEIDA, 1998).
3.5 Tratamentos Estudados
Os tratamentos com herbicidas estudados em cana-planta e reaplicados em cana-
soca estão apresentados na tabela 2.
17
Tabela 2 - Tratamentos aplicados em cana-planta e reaplicados em cana-soca.
Tratamentos Herbicidas e doses (g i.a.
.
ha
-1
)
T 1 testemunha absoluta (sem capina)
T 2 sulfentrazone 800 g .ha
-1
T 3 sulfentrazone 500 g .ha
-1
+ flazasulfuron 37,5 g .ha
-1
T 4 sulfentrazone 400 g .ha
-1
+ flazasulfuron 37,5 g .ha
-1
T 5 sulfentrazone 300 g .ha
-1
+ flazasulfuron 37,5 g .ha
-1
T 6 flazasulfuron 50 g .ha
-1
T 7 (*) flazasulfuron 50 g .ha
-1
+ flazasulfuron 50 g .ha
-1
(*) em aplicações seqüenciais, sendo a primeira aplicação no mesmo momento que os tratamentos
anteriores e a segunda 30 dias após.
3.6 Tecnologia de Aplicação
Para a aplicação dos produtos, utilizou-se equipamento costal pressurizado
(CO
2
), munido de barra com três bicos Teejet DG 110.02VS, mantido à altura de 50cm
do solo, espaçados de 50cm, a pressão 2,6 kg.cm
-2
(35 libras pol
-2
), resultando em
volume de calda equivalente a 240 L ha
-1
. Os produtos foram aplicados na condição de
pós-emergência inicial de C. rotundus e da cultura da cana-de-açúcar em cana-planta e
reaplicado em cana-soca.
A aplicação em cana-planta foi realizada no dia 05/12/2003 das 7:15 – 8:40
horas, em solo úmido, com 80% de nebulosidade, temperatura do ar de 26,5°C, umidade
relativa de 77% e ocorrência de ventos em rajadas 8,5 a 10,3 km.h
-1
. A primeira chuva
ocorreu em 07/12/2003, sendo observado precipitação de 41mm. A segunda aplicação
do tratamento 7 (flazasulfuron 50g.ha
-1
+ flazasulfuron 50g.ha
-1
, seqüenciais), 30 dias
após a primeira aplicação foi realizada no dia 05/01/2004 das 14:45 – 15:00 horas, com
solo úmido, com 60% de nebulosidade, temperatura do ar de 31,7°C, umidade relativa
de 47% e ocorrência de ventos em rajadas 5,5 km.h
-1
. A primeira chuva dia
06/01/2004, sendo observado precipitação de 21mm.
A reaplicação dos tratamentos, em condição de cana-soca, foi realizada no dia
22/11/2004, das 18:00 – 19:25 horas, em de solo úmido, ausência de nebulosidade,
temperatura do ar de 28,7°C (início) – 23,5°C(final), umidade relativa de 31% (início) -
43% (final) e ocorrência de ventos em rajadas 7 a 8 km.h
-1
. A primeira chuva ocorreu
18
27/11/2004, com precipitação de 4,0 mm. A segunda aplicação do tratamento 7
(flazasulfuron 50g.ha
-1
+ flazasulfuron 50g.ha
-1
seqüenciais), após 30 dias em cana-
planta foi realizada no dia 22/12/2004 das 9:40 – 10:00 horas, com condições de solo
úmido, com 70% de nebulosidade, temperatura do ar de 24°C, umidade relativa de 50%
e ocorrência de ventos em rajadas 6 a 9 km.h
-1
. Ocorrendo a primeira chuva dia
23/12/2004, com precipitação de 2,0 mm.
3.7 Delineamento Experimental e Tratamentos Estatísticos
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com seis
repetições, sendo cada parcela constituída de seis linhas de cana-de-açúcar espaçadas de
1,5 m e com seis metros de comprimento, considerando-se como área útil as quatro
linhas centrais. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo teste F e
as médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste t, ao nível de 5 % de
probabilidade.
Os contrates, estabelecidos a priori e de interesse do presente estudo, foram
selecionados a partir de diferentes grupos de contrates ortogonais, embora não sejam
ortogonais entre si. Como resultado a soma das somas de quadrados dos contrates e dos
correspondentes números de graus de liberdade não totalizam os de tratamentos
(LAVONRETI, 2006).
3.8 Variáveis Avaliadas
3.8.1 Variáveis relativas à C. rotundus
Foram avaliados os seguintes dados relativos à C. rotundus: número de
tubérculos; viabilidade dos tubérculos; percentual de controle e
fitotoxicidade. O
número de tubérculos foi coletado na camada arável (25x25x25cm), correspondente ao
volume solo 259,6 dm
3
por parcela, anterior a aplicação, aos 90 e 300 DAT em cana-
planta e aos 90 e 270 DAT em cana-soca. A viabilidade dos tubérculos de tiririca em
casa-de-vegetação foi avaliada aos 90 e 300 DAT em cana-planta e 90 e 270 DAT em
cana-soca, sendo plantados em badejas isopor de 128 células, avaliando-se o percentual
de germinação 20 dias após o plantio dos tubérculos. A avaliação do percentual de
controle da tiririca foi realizada conforme escala proposta pela EWRC (1964), adaptada
19
por ROLIM (1989) conforme indicado na tabela 3, aos 30, 60, 90 DAT. A avaliação dos
fitotoxicidade à tiririca foi realizada aos 30, 60 e 90 DAT, conforme a escala
variando entre a ausência de injúria, inibição do crescimento e florescimento,
sintomas de cloroses e necroses na parte aérea e morte da planta;
indicado na
tabela 4.
Tabela 3 - Método de avaliação de controle de plantas infestantes segundo a escala de
avaliação de EWRC (European Weed Research Council) adaptada (ROLIM, 1989).
EFEITO HERBICIDA SOBRE PLANTAS INFESTANTES
% DE CONTROLE AVALIAÇÃO
99,1-100,0 Excelente (E)
96,6-99,0 Muito bom (MB)
92,6-96,5 Bom (B)
85,1-92,5 Suficiente (S)
75,1-85,0 Duvidoso (D)
60,1-75,0 Insuficiente (I)
40,1-60,0 Mau (M)
15,1-40,0 Péssimo (P)
00,0-15,0 Sem efeito (SE)
Fonte: ROLIM, (1989).
3.8.2 Variáveis relativas à cultura da cana-de-açúcar
Foram avaliados os seguintes dados relativos a cultura da cana-de-açúcar:
sintomas visuais de fitotoxicidade; altura de plantas; número de perfilhos; produção e
análise tecnológica. Os sintomas visuais de fitotoxicidade aos 30, 60 e 90 DAT, foram
avaliados pela escala percentual variando de 0% (ausência de injúria) a 100% (morte da
planta), conforme indicado na tabela 4. A avaliação de altura de plantas de cana-de-
açúcar ocorreram aos 60, 90 e 120 DAT em cana-planta e aos 45 e 90 DAT em cana-
soca, considerando-se a primeira lígula visível (“dew lap”) até o solo, determinando a
altura de oito colmos identificados na primeira avaliação de altura e realizando as
seguintes nos mesmos colmos. O número de perfilhos de cana-de-açúcar foram
computados por metro linear de sulco de plantio nas quatro linhas centrais aos 90 DAT
20
em cana-planta e cana-soca. A produção de cana-de-açúcar foi avaliada aos 300 DAT
em cana-planta e aos 270 DAT em cana-soca para a determinação da produtividade
agrícola (t.ha
-1
), pesaram-se todos os colmos das quatro linhas centrais de cada parcela,
com auxílio de um dinamômetro. A análise tecnológica dos colmos da cana-de-açúcar
foi realizada em laboratório para determinação do pol % cana, brix % do caldo, % de
pureza, % de fibra da cana, açúcares redutores (AR) e açúcar teórico recuperável
(ATR), sendo retiradas 10 colmos ao acaso da área útil de cada parcela, após a
determinação da produtividade agrícola.
Tabela 4 - Escala (%) de injúria empregada para avaliação de sintomas de
fitotoxicidade dos herbicidas.
ESCALA DESCRIÇÃO INJÚRIA
0 Sem efeito Sem injúria
10 Ligeira descoloração e menor porte
20 Descoloração e menor porte/stand
30
Efeito Leves
Injúria mais pronunciada mas não duradoura
40 Injúria moderada, cultura em recuperação
50 Injúria duradoura, recuperação duvidosa
60
Efeitos Moderados
Injúria duradoura, sem recuperação
70 Injúria severa com perda de stand
80 Cultura quase totalmente destruída
90
Efeitos Severos
Apenas algumas plantas sobreviventes
100 Efeitos Totais Destruição total
21
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Condições Climáticas Durante o Desenvolvimento do Experimento
Os dados climatológicos apresentados na tabela 5, de precipitações e
temperaturas médias são referentes ao período de instalação de novembro de 2003 até a
última avaliação em setembro de 2005. Em relação às precipitações ocorridas na época
de instalação do experimento, de novembro de 2003 até as avaliações de 90 DAT em
cana-planta, em geral, foram maiores que a média histórica. A temperatura média deste
mesmo período ficaram um pouco abaixo da média histórica. Desta forma, o
desenvolvimento normal da cana-de-açúcar não foi afetado neste período pelas
condições climáticas.
As precipitações ocorridas no experimento em cana-soca (novembro 2004 a
setembro 2005), foram menores que as da média histórica, principalmente nos meses de
fevereiro e abril de 2005, que apresentaram reduções significativas nas precipitações
ocorridas neste período.
22
Tabela 5 - Condições climáticas durante o experimento, de novembro de 2003 a
setembro de 2005. Dados de precipitações do local fornecidos pela Usina São João –
Araras e dados de precipitações, temperatura médias e médias históricas fornecidas pelo
Centro de Ciências Agrárias da UFSCar – Araras – SP.
Precipitação (mm) Temperatura média (°C)
Mês/ano Experimento Média
histórica
Experimento Média
histórica
Novembro 03 194,0 157,9 22,6 23,0
Dezembro 03 161,0 217,5 24,2 23,4
Janeiro 04 284,0 269,8 23,3 23,8
Fevereiro 04 257,1 195,2 23,0 24,0
Março 04 70,7 155,4 22,9 23,5
Abril 04 151,5 68,2 22,3 21,7
Maio 04 107,3 73,7 17,3 19,0
Junho 04 60,4 42,8 17,1 17,8
Julho 04 101,0 35,1 17,4 17,7
Agosto 04 0 31,3 19,5 19,5
Setembro 04 11,0 71,2 23,7 20,8
Outubro 04 178,3 122,8 21,2 22,2
Novembro 04 164,6 157,9 23,1 23,0
Dezembro 04 178,0 217,5 23,2 23,4
Janeiro 05 265,6 269,8 24,2 23,8
Fevereiro 05 84,7 195,2 23,9 24,0
Março 05 181,8 155,4 20,5 23,5
Abril 05 38,6 68,2 20,0 21,7
Maio 05 57,0 73,7 16,2 19,0
Junho 05 41,4 42,8 15,3 17,8
Julho 05 0,0 35,1 14,6 17,7
Agosto 05 0,0 31,3 16,8 19,5
Setembro 05 20,7 71,2 17,7 20,8
23
4.2 Resultados de Avaliações Referentes a C. rotundus
4.2.1 Tubérculos de C. rotundus na camada arável do solo
Os dados relativos ao número de tubérculos antes da aplicação dos herbicidas e
nas diferentes épocas de avaliação tanto para cana-planta como para cana-soca, assim
como a percentagem de redução na população de tiririca nas diferentes épocas em
relação a amostragem realizada antes da aplicação, são apresentados na tabela 6. Por
esses dados, pode-se observar que antes da aplicação dos herbicidas, não houve
diferença estatística no número de tubérculos nas diferentes parcelas experimentais.
Os resultados obtidos neste experimento demonstraram que após aplicações dos
herbicidas estudados ocorreram reduções variadas do número de tubérculos de tiririca
na camada arável aos 90 e 300 DAT, em cana-planta, em 2004 e após a reaplicação em
cana-soca, aos 90 e 270 DAT, em 2005 (Tabela 7), em relação à testemunha, com
destaque para as aplicações seqüenciais de flazasulfuron 50 g.ha
-1
+ flazasulfuron 50
g.ha
-1
(Figura 1). No caso de aplicação seqüencial de flazasulfuron e da mistura de
sulfentrazone + flazasulfuron (400 g .ha
-1
+ 37,5 g .ha
-1
), foram observados reduções
superiores a 50% na amostragem realizada aos 300 DAT em cana-planta (Tabela 6), em
relação aquele observado antes da aplicação. Resultados superiores a 77% de reduções
de tubérculos, foram alcançados com a reaplicação dos tratamentos em cana-soca aos
270 DAT, com destaque para os tratamentos flazasulfuron 50 g .ha
-1
com redução de
80,5% dos tubérculos, sulfentrazone 800 g .ha
-1
com redução de 79,7% e aplicações
seqüenciais de flazasulfuron 50 g.ha
-1
+ flazasulfuron 50 g.ha
-1
, com redução de 77,0%.
Estudos semelhantes realizados por BRAZ et al. (1997), constataram que o
herbicida flazasulfuron causou reduções no número de tubérculos de 70,40 a 89,58%
(duas aplicações) e de 62,54 a 77,44% (uma aplicação) e que o herbicida sulfentrazone
causou reduções de 24,65 e 77,65%. COSTA et al. (1995), observaram que as doses de
60 g
.
ha
-1
de flazasulfuron e a dose de 540 g
.
ha
-1
de glifosate resultaram aos 45 DAA em
controle de 85,5% e 68,9%, respectivamente.
Os resultados apresentados pela testemunha, demonstraram que ocorreu aumento
do número de tubérculos aos 90 DAT em cana-planta (Tabela 6). Estes resultados estão
relacionados com a movimentação do solo através de grades no momento do preparo do
terreno para o plantio, propiciando condições adequadas para o desenvolvimento da
ciperácea devido ao revolvimento do solo, quebra da cadeia de rizoma e incidência
24
direta de luz no solo após o plantio da cana-de-açúcar. Como a área foliar da cultura era
ainda incipiente, esta foi insuficiente naquele momento para sombrear o terreno. Além
disso as condições climáticas na ocasião eram bastante favoráveis ao desenvolvimento
da tiririca. Em experimentos realizados por ROLIM et al. (2002), constataram o
incremento de até 300% no peso da massa verde dos tubérculos da tiririca após 75 dias.
Aos 300 DAT, na amostragem realizada na cana-planta, a testemunha manteve o
mesmo número de tubérculos em relação à época de plantio, e aos 90 DAT, em cana-
soca, apresentou aumento de 6,3% devido às condições climáticas, incidência de luz e
fornecimento de nutrientes para a cultura (Tabela 6). No momento da colheita, aos 270
DAT, o número de tubérculos da testemunha apresentou redução de 49,4%, devido ao
sombreamento mais intenso provocado pela cana-de-açúcar no sistema de cana-soca,
sendo que o fechamento do canavial ocorreu de maneira mais rápida do que em cana-
planta interferindo no desenvolvimento normal da ciperácea. Segundo NOVO (2004), o
aquecimento do solo acompanhado de regime de chuvas mais freqüentes estimula a
brotação da tiririca. A redução de rizomas pode ser causada pelo aumento do
sombreamento causado pela palha da cana-de-açúcar.
25
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
Anterior
Aplicação
90 DAT 2004 300 DAT 2004 90 DAT 2005 270 DAT 2005
Número de tubérculo
s
Testemunha
Sulfentrazone 800g.ha-1
Sulfentrazone 500g.ha-1 + flazasulfuron 37,5g.ha-1
Sulfentrazone 400g.ha-1 + flazasulfuron 37,5g.ha-1
Sulfentrazone 300g.ha-1 + flazasulfuron 37,5g.ha-1
Flazasulfuron 50g.ha-1
Flazasulfuron 50 + 50g.ha-1
Figura 1 – Efeito dos tratamentos com sulfentrazone e com flazasulfuron aplicados
isoladamente e em mistura no número de tubérculos de tiririca antes da aplicação, aos
90 e 300 DAT em 2004 e aos 90 e 270 DAT em 2005.
28
4.2.2 Viabilidade de tubérculos de C. rotundus
Com relação à viabilidade dos tubérculos em casa-de-vegetação, detectaram-se
reduções aos 90 DAT entre 10,8% a 31,5% e aos 300 DAT, entre 1,3% a 53,9% em
cana-planta (Tabela 8). Na condição de cana-soca foram observadas reduções de
viabilidade de tubérculos aos 90 DAT entre 1,6% a 36,9% e aos 270 DAT entre 2,3% e
31,6% (Tabela 8). Os tratamentos com flazasulfuron aplicado em uma única dose de 50
g.ha
-1
ou sequencialmente (50 + 50 g .ha
-1
), ocasionaram reduções significativas na
viabilidade dos tubérculos aos 90 e 300 DAT em 2004 e também em reaplicação na
cana-soca aos 90 e 270 DAT em 2005. Os resultados apresentados pelo herbicida
sulfentrazone demonstraram redução na viabilidade de tubérculos somente até aos 90
DAT em 2004. Nas avaliações de 300 DAT, em cana-planta, em 2004 e, aos 90 e 270
DAT, reaplicados em cana-soca em 2005, apresentaram baixa redução na viabilidade de
tubérculos de C. rotundus, não havendo diferenças estatísticas em relação à testemunha
nas condições em que se realizaram os experimentos (Tabela 9).
Segundo COSTA et al. (1995), as doses de 60 g
.
ha
-1
de flazasulfuron e a dose de
540 g
.
ha
-1
de glifosate causaram aos 45 DAA reduções no número de tubérculos vivos
em 43,2% para flazasulfuron e apenas 2,2% para o glifosate.
31
4.2.3 Controle de C. rotundus
A avaliação visual do controle da tiririca tem como referência a cobertura
vegetal existente na área. Os resultados em cana-planta demonstraram diferenças
significativas em relação aos contrates comparando herbicida com a testemunha até os
60 DAT, como se pode observar nos dados encontrados na tabela 10. Aos 90 DAT, não
foi possível distinguir diferenças significativas entre a testemunha e os tratamentos
herbicidas. Verificou-se já aos 30 DAT que todos os tratamentos apresentaram controles
entre 33 a 48%, sendo considerados pela escala de EWRC adaptada por ROLIM (1989),
como péssimo ou mau controle da planta infestante. O controle da tiririca em cana-
soca apresentou diferenças significativas até 90 DAT (Tabela 10), entre os tratamentos
herbicidas e a testemunha. Os melhores resultados foram obtidos com os tratamentos
sulfentrazone 800 g.ha
-1
, com 67% de controle e aplicações seqüenciais de flazasulfuron
50 g.ha
-1
+ flazasulfuron 50 g.ha
-1
com 80% de controle, sendo considerados pela escala
de EWRC adaptada por ROLIM (1989), como controles insuficiente e duvidoso
respectivamente. Para SILVA et al. (1995), a eficiência de controle de C. rotundus com
o uso do flazasulfuron, foi significativamente aumentada após a segunda aplicação,
atingindo 90% aos 28 DAT. CARVALHO et al. (1997), obtiveram resultados
semelhantes com a utilização do flazasulfuron.
Segundo KUVA et al. (1997), o controle da tiririca deve ser efetuado até 45 dias
após a emergência da cana-de-açúcar e se estender até no mínimo 55 dias, sendo este o
período considerado como critico de prevenção à interferência.
33
4.2.4 Fitotoxicidade à C. rotundus
Os resultados de fitotoxicidade à tiririca (Tabela 4) se mostraram bem mais
sensíveis, acusando a existência de diferenças significativas a 1% e 5% até os 90 DAT
em cana-planta e cana-soca respectivamente, como se pode observar pela análise dos
dados indicados na tabela 11. Por este critério, existiram diferenças em cana-planta a
1% de significância para os contrastes: testemunha vs sulfentrazone 800 g.ha
-1
,
testemunha vs flazasulfuron 50 g.ha
-1
e testemunha vs média das misturas e a 5% de
significância para o contraste flazasulfuron 50 g.ha
-1
vs aplicações seqüenciais de
flazasulfuron 50 g.ha
-1
+ flazasulfuron 50 g.ha
-1
. Em cana-soca ocorreram diferenças
significativas a 1% e 5% até 90 DAT em relação a testemunha para os tratamentos com
aplicações seqüenciais de flazasulfuron 50 g.ha
-1
+ flazasulfuron 50 g.ha
-1
e aplicação
única de sulfentrazone 800 g.ha
-1
.
O conceito de avaliação de fitotoxicidade às plantas infestantes de difícil
controle, como é a da tiririca, demonstrou ser um método viável para ser aplicado em
situações, quando o percentual de controle não expressa adequadamente o efeito do
herbicida no controle da planta infestante. Conforme os resultados apresentados na
tabela 11, observamos que ocorreram fitotoxicidade nas plantas de tiririca a partir dos
30 DAT, prevalecendo até aos 90 DAT, sendo observado desde cloroses e necroses
encontradas na parte aérea da planta até a inibição do crescimento normal e
florescimento. As figuras 2, 3 e 4 ilustram os sintomas encontrados no campo aos 30
DAT, sendo que a figura 2 corresponde à foto da parcela testemunha sem sintomas, que
não recebeu tratamento herbicida; a figura 3 corresponde ao tratamento com
sulfentrazone 800 g.ha
-1
e a figura 4 demonstra sintomas provocados pelo herbicida
flazasulfuron 50 g.ha
-1
.
34
Figura 2 - Planta de tiririca no tratamento testemunha absoluta aos 30 DAT. Araras,
2004.
Figura 3 - Sintomas provocados pelo sulfentrazone a 800 g .ha
-1
em C. rotundus aos 30
DAT. Araras, 2004.
Figura 4 - Sintomas provocados pelo flazasulfuron a 50 g .ha
-1
em C. rotundus aos 30
DAT. Araras, 2004.
PASTRE, 2004
PASTRE, 2004
PASTRE, 2004
36
4.3 Resultados de Avaliações Referentes à Cana-de-Açúcar
4.3.1 Sintomas de fitotoxicidade na cana-de-açúcar
Os herbicidas testados causaram sintomas iniciais de fitotoxicidade apenas até
aos 30 DAT. Os sintomas mais evidentes foram provocados pelo sulfentrazone (800
g.ha
-1
) e considerados como efeitos leves e moderados em cana-planta e cana-soca
respectivamente (Tabela 12). No caso do herbicida flazasulfuron a 50 g .ha
-1
+ 50 g .ha
-1
em aplicações seqüenciais, ocorreram efeitos leves de fitotoxicidade para as duas
condições de aplicação. A partir desta data, nenhum dos produtos causou quaisquer
sintoma de injúria na cana-de-açúcar, demonstrando sua seletividade à cultura. As
figuras 5, 6 e 7 ilustram os sintomas de fitotoxicidade encontrados no campo aos 30
DAT. A figura 5 corresponde a parcela testemunha sem sintomas de fitotoxicidade. A
figura 6 corresponde ao sintoma de fitotoxicidade provocado pelo tratamento
sulfentrazone 800 g.ha
-1
e a figura 7 mostra sintomas provocados pelo herbicida
flazasulfuron 50 g.ha
-1
.
Segundo SILVA et al. (1995), com a aplicação seqüencial do herbicida
flazasulfuron, realizada 30 dias após a primeira, não se observou incremento na
fitotoxicidade deste produto sobre a cultura. Resultados semelhantes foram obtidos por
CARVALHO et al. (1997). DURIGAN et al. (2004), constatou que com as doses de
flazasulfuron a 50 g .ha
-1
e a 100 g .ha
-1
a partir de 60 DAA e aos 93 DAA, as plantas
de todos os tratamentos, independentemente de doses e da presença dos surfatantes,
apresentavam-se plenamente recuperadas e idênticas às da testemunha capinada. A
fitotoxicidade provocada pelo flazasulfuron foi mais nítida nos primeiros 15 – 30 DAT,
tendendo a desaparecer após este tempo (FOLONI et al., 1996).
37
Figura 5 - Plantas de cana-de-açúcar na testemunha absoluta, onde não se observou
sintomas de fitotoxicidade. Araras, 2004.
Figura 6 - Sintomas de fitotoxicidade provocada pelo sulfentrazone a 800 g .ha
-1
em
plantas de cana-de-açúcar, aos 30 DAT. Araras, 2004.
Figura 7 - Sintomas de fitotoxicidade provocada pelo flazasulfuron a 50 g .ha
-1
em
plantas de cana-de-açúcar aos 30 DAT. Araras, 2004.
PASTRE, 2004
PASTRE, 2004
PASTRE, 2004
38
4.3.2 Perfilhos de cana-de-açúcar
O número de perfilhos da cana-de-açúcar aos 90 DAT em cana-planta (Tabela
12) diferiu estatisticamente ao nível de 1% de significância para os contrates testemunha
vs sulfentrazone 800 g .ha
-1
, testemunha vs flazasulfuron 50 g .ha
-1
e testemunha vs
média das misturas, e a 5% para o contraste flazasulfuron 50 g .ha
-1
+ 50 g .ha
-1
em
aplicações seqüenciais vs média das misturas. Constatou-se que no tratamento
testemunha, a população da tiririca desenvolveu-se normalmente e o perfilhamento da
cana-de-açúcar foi afetado, ocorrendo reduções significativas no número médio de
perfilhos por metro linear, causadas pela interferência da ciperácea. Em condição de
cana-soca, não ocorreram diferenças significativas em relação ao número de perfilhos.
Os fatores que contribuíram para a menor influência da tiririca na soqueira foram a
reposição de nutrientes através da adubação de soqueira, menor revolvimento do solo
em relação ao plantio, fechamento mais rápido da entrelinha da cultura e sombreamento
da ciperácea.
A redução de biomassa fresca de colmos de cana-de-açúcar, resultante de
densidades crescentes de diferentes espécies de plantas infestantes em vasos foi
constatada por Wang et al. (1978) apud por PROCÓPIO et al. (2003). A presença de 1
e de 16 plantas infestantes provocaram as seguintes reduções respectivamente: Cynodon
dactylon (42,9% e 95,0%), Solanum nigrum (45,1% e 79,1%), Amaranthus spinosus
(31,6% e 70,9%), Panicum repens (45,3% e 93,4%) e Cyperus rotundus (51,5% e
90,5%) na redução da biomassa fresca de colmos.
40
4.3.3 Altura das plantas de cana-de-açúcar
A altura das plantas de cana-de-açúcar foi afetada em cana-planta somente até 30
DAT, por sulfentrazone a 800 g .ha
-1
, flazasulfuron a 50 g .ha
-1
e pela média das
misturas estudadas, como pode ser observado na tabela 13. A partir dos 60 DAT não
foram mais verificadas diferenças estatísticas. Em condição de cana-soca, não foi
observada interferência na altura de plantas aos 45 e 90 DAT, comprovando mais uma
vez a seletividade dos produtos testados em relação à cultura da cana-de-açúcar.
Resultados semelhantes foram obtidos por ORSI JÚNIOR. (1997), avaliando o
herbicida sulfentrazone em pré-emergência.
42
4.3.4 Produção da cana-de-açúcar
Em relação à produtividade agrícola da cana-planta observaram-se diferenças
significativas a 1% para os produtos sulfentrazone na dose de 800 g .ha
-1
e flazasulfuron
na dose de 50 g .ha
-1
, em relação à testemunha. A produtividade do tratamento
testemunha foi influenciada negativamente, devido a presença da ciperácea competindo
com a cultura durante todo o ciclo. Verificou-se também diferenças significativas, ao
nível de 5% de probabilidade, entre as produtividades agrícolas em cana-planta nos
tratamentos com flazasulfuron a 50 g .ha
-1
e de flazasulfuron 50 g .ha
-1
+ 50 g .ha
-1
em
aplicações seqüenciais. Em cana-soca, ocorreram diferenças significativas, ao nível de
5% de probabilidade na produção agrícola obtida pelo tratamento flazasulfuron a 50 g
.ha
-1
(Tabelas 14 e 15).
Considerando a produção da testemunha igual ao índice 100 (produção relativa),
foram obtidas as seguintes produções relativas, respectivamente em cana-planta e cana-
soca: sulfentrazone 800 g .ha
-1
, produção de 127 e 104; sulfentrazone 500 g .ha
-1
+
flazasulfuron 37,5 g .ha
-1
, produção de 122 e 106; sulfentrazone 400 g .ha
-1
+
flazasulfuron 37,5 g .ha
-1
, 121 e 104; sulfentrazone 300 g .ha
-1
+ flazasulfuron 37,5 g
.ha
-1
, 124 e 108; flazasulfuron 50 g .ha
-1
, 137 e 113 e flazasulfuron 50 g .ha
-1
+ 50 g .ha
-
1
, 143 e 108.
As maiores produções relativas foram alcançadas em cana-planta. Vários fatores
foram determinantes para o aumento da produtividade dos tratamentos herbicidas em
relação à testemunha absoluta em cana-planta. Pode-se observar maior eficiência dos
herbicidas no controle da tiririca para cana-planta, onde não foi realizado revolvimento
do solo nas entrelinhas, após a germinação da cana-de-açúcar (quebra-de-camalhão). A
ciperácea encontrava-se em pleno desenvolvimento vegetativo, estimuladas pelo
revolvimento do solo, no momento do preparo do terreno para plantio da cana-de-açúcar
e pela grande incidência de luz sobre o terreno, após a destruição de restos culturais. O
fornecimento de nutrientes minerais para cultura através de corretivos de solo e
adubação de plantio, e o aumento da ocorrência de chuvas e a elevação da temperatura
na época de plantio, propiciaram o pleno desenvolvimento da infestante presente nas
parcelas testemunhas e que influenciaram negativamente a produtividade agrícola da
testemunha. A testemunha foi afetada pela interferência direta da tiririca através da
concorrência por nutrientes, água, luz e também pela liberação de substâncias
alopáticas. No caso da produção relativa da cana-soca, essa diferença foi menor, por
43
vários motivos, como o fato da cultura haver se estabelecido e ocorrer o mínimo de
revolvimento do solo, consequentemente o banco de tubérculos presentes no solo
recebeu poucos estímulos para o seu desenvolvimento. Também devemos considerar
que o rápido sombreamento do solo promovido pela cultura nestas condições, torna-se
um fator negativo para o desenvolvimento da ciperácea.
Por estes dados pode-se observar a importância do controle da ciperácea em
áreas de cana-de-açúcar principalmente na reforma do canavial, propiciando assim o
aumento da produtividade agrícola e longevidade do canavial, conseqüentemente
aumentando a renda do produtor rural.
Tabela 14 – Produção de cana-de-açúcar, em toneladas por hectare, em função dos
diferentes tratamentos em cana-planta aos 300 DAT em 2004 e cana-soca aos 270 DAT
em 2005. Dados médios de seis repetições. 2004 e 2005.
Tratamentos Cana-planta
2004
Cana-soca
2005
Testemunha absoluta (sem capina) 45 105
Sulfentrazone 800 g.ha
-1
57 108
Sulfentrazone 500 g.ha
-1
+ flazasulfuron 37,5 g.ha
-1
55 110
Sulfentrazone 400 g.ha
-1
+ flazasulfuron 37,5 g.ha
-1
54 108
Sulfentrazone 300 g.ha
-1
+ flazasulfuron 37,5 g.ha
-1
56 112
Flazasulfuron 50 g.ha
-1
61 118
Flazasulfuron 50 g.ha
-1
+ flazasulfuron 50 g.ha
-1
64 112
44
Tabela 15 - Comparação de médias empregando-se o teste t para produção de cana-de-
açúcar em toneladas por hectare de cana-planta aos 300 DAT em 2004 e cana-soca aos
270 DAT em 2005. Dados médios de seis repetições. 2004 e 2005.
Contraste Cana-planta
2004
Cana-soca
2005
Testemunha vs sulfentrazone 800 g.ha
-1
45 vs 57** 105 vs 108
Testemunha vs flazasulfuron 50 g.ha
-1
45 vs 61** 105 vs 118*
Testemunha vs média das misturas 45 vs 54,8** 105 vs 110
Sulfentrazone 800 g.ha
-1
vs flazasulfuron 50 g.ha
-1
57 vs 61 108 vs 118
Sulfentrazone 800 g.ha
-1
vs flazasulfuron 50 + 50 g.ha
-1
57 vs 64 108 vs 112
Sulfentrazone 800 g.ha
-1
vs média das misturas 57 vs 54,8 108 vs 110
Flazasulfuron 50 g.ha
-1
vs flazasulfuron 50 + 50 g.ha
-1
61 vs 64 118 vs 112
Flazasulfuron 50 g.ha
-1
vs média das misturas 61 vs 54,8 118 vs 110
Flazasulfuron 50 + 50 g.ha
-1
vs média das misturas 64 vs 54,8* 112 vs 110
* (significativo a 5% de probabilidade) ** (significativo a 1% de probabilidade) cana-planta CV= 12,64;
cana-soca CV = 8,68.
4.3.5 Análise tecnológica da cana-de-açúcar
Os resultados relacionados à análise tecnológica da cana-de-açúcar,
demonstraram que não existiram diferenças estatísticas (Tabela 16), para as condições
de cana planta de ano 2004 e cana-soca em 2005, comprovando, mais uma vez, a
seletividade dos produtos aplicados.
Em trabalhos realizados por ORSI JÚNIOR. (1997), com o herbicida
sulfentrazone a 800 g .ha
-1
, aplicado em pré-emergência da cultura e das plantas
infestantes, demonstrou ser seletivo à cultura da cana-de-açúcar, não afetando a altura
de plantas, o estande, a produtividade e a qualidade industrial dos colmos.
46
5 CONCLUSÕES
Concluiu-se:
a) O manejo da tiririca mostrou ser mais importante na cana-planta do que na cana-
soca;
b) Tanto o sulfentrazone como o flazasulfuron reduziram significativamente o
número de tubérculos de tiririca, atingindo valores próximos a 80% de redução
por ocasião da colheita da cana soca;
c) O flazasulfuron, aplicado em uma ou duas vezes, foi o tratamento mais eficaz
em reduzir a viabilidade dos tubérculos de tiririca;
d) Todos os tratamentos herbicidas resultaram em produtividades agrícolas maiores
que a da testemunha absoluta, em especial na condição de cana-planta;
e) Os tratamentos estudados não afetaram a qualidade tecnológica da cana-de-
açúcar.
f) Este trabalho proporcionou alternativas de tratamentos herbicidas em relação ao
padrão que vem sendo largamente utilizado, disponibilizando conhecimento
técnico sobre o controle de C. rotundus em condições de cana-planta e cana-
soca.
47
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