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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC
CENTRO DE CIÊNCIAS AGROVETERINÁRIAS – CAV
DEPARTAMENTO DE SOLOS – DS
Atributos físicos do solo e produtividade da soja
após um ano de integração lavoura-pecuária em
área sob plantio direto
Cláudio Pereira de Jesus
Dissertação apresentada à
Universidade do Estado de
Santa Catarina - Centro de
Ciências Agroveterinárias, para
obtenção do título de Mestre em
Ciência do Solo.
LAGES
Estado de Santa Catarina - Brasil
Março – 2006
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1. INTRODUÇÃO
A integração lavoura-pecuária tem assumido presença cada vez maior nas
propriedades rurais da região Sul do Brasil. Isso se deve principalmente às baixas
lucratividades que as culturas de inverno, em especial o trigo, tem proporcionado,
levando o agricultor a buscar alternativas de incremento de rentabilidade nessa
época do ano.
Na região dos Campos Gerais do Paraná existem muitas áreas ocupadas
com forrageiras no período de inverno e primavera, em pastejo com bovinos de corte
ou leite, e no verão, com culturas para produção de grãos, principalmente milho, soja
e feijão. As pastagens possibilitam o suprimento de alimento para os bovinos,
garantindo a produção de carne ou leite durante o inverno. Além disso, a biomassa
produzida pelas forrageiras proporciona cobertura de solo para o plantio direto, que
é o sistema de manejo mais utilizado na região. No entanto, os agricultores que
adotam a integração o fazem de forma empírica, desconhecendo seus impactos nos
atributos físicos do solo e as influências sobre as culturas, em virtude dos órgãos de
pesquisa e extensão disporem de poucas informações sobre o assunto.
Do ponto de vista do solo, muitos produtores rurais são reticentes em adotar
essa prática em virtude da crença de que o pisoteio animal implica inevitavelmente
na compactação do solo, com prejuízos à cultura de verão. Essa preocupação é
relevante, tendo em vista que essas culturas representam a maior fonte de renda da
propriedade rural, e são merecedoras, portanto, de todos os cuidados para evitar
queda na produtividade.
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Dessa forma, o monitoramento da qualidade do solo por meio de atributos
físicos é de grande importância para a manutenção e avaliação da sustentabilidade
produtiva na agricultura. Neste sentido, as hipóteses formuladas foram:
a) O pisoteio animal compacta o solo, aumenta a densidade do solo, a
resistência à penetração, a estabilidade de agregados e diminui a porosidade total e
macroporosidade do solo;
b) Períodos de pisoteio mais longos, ao provocarem a compactação do solo,
reduzem a produtividade de grãos de soja, cultivada após o pastejo.
Este trabalho foi desenvolvido no Centro de Difusão de Tecnologia da
Fundação ABC, em Castro, Paraná e teve por principais objetivos: (a) quantificar as
mudanças em atributos físicos de um Latossolo Vermelho Amarelo argiloso em
função de diferentes períodos de pastejo por bovinos de corte em trigo de duplo
propósito (forragem/grãos); e (b) avaliar a produtividade de grãos da cultura da soja
plantada em sucessão.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A continuidade da agricultura é dependente do cuidado que o solo recebe,
uma vez que se trata de um recurso não renovável, de cuja conservação o homem é
responsável. Faz-se necessário a utilização de práticas de manejo que propiciem
condições adequadas ao desenvolvimento e à produtividade das culturas.
O estudo da relação entre o uso do solo e a modificação de seus atributos é
um importante instrumento na análise de produtividade e da conseqüente escolha
das técnicas de manejo a serem adotadas em uma determinada área. As pastagens
podem contribuir favoravelmente em termos de conservação do solo nas áreas
agrícolas. As forrageiras protegem a superfície do solo e a biomassa produzida
colabora na ciclagem da matéria orgânica e nutrientes na camada superficial do solo
(MORAES, 1993).
Por outro lado, pastagens mal manejadas podem levar à degradação do solo,
com perda de vigor, de produtividade, e da capacidade de recuperação natural das
forrageiras para sustentar os níveis de produção demandados. As principais práticas
de manejo que contribuem para tal degradação são o pastejo excessivo e/ou alta
taxa de lotação, a falta de sistematização das áreas com declive acentuado e a
compactação do solo (HODGSON, 1990).
A compactação do solo é o processo de decréscimo de volume de solos não
saturados quando uma determinada pressão externa é aplicada, seja por máquinas
agrícolas, equipamentos ou animais (LIMA, 2004). Segundo Beutler et al. (2002), a
compactação reflete-se no aumento da densidade do solo, da resistência do solo à
4
penetração e da microporosidade, com redução da porosidade total e da
macroporosidade. Startsev e McNabb (2001) acrescentam que a compactação reduz
a infiltração de água, intensificando a erosão e o assoreamento dos mananciais de
água.
O uso inadequado do solo em sistema de integração lavoura-pecuária pode
levar ao aumento da compactação, modificar a resistência dos agregados e reduzir a
taxa de infiltração de água no solo (FREGONEZI et al., 2001). Nestas áreas, a
compactação do solo pode ser aumentada pelo pisoteio animal ao utilizar-se
elevadas pressões de pastejo, por períodos prolongados de ocupação e pela ação
de máquinas e implementos, favorecidos pela utilização da área em condições de
solo úmido (PROFITT et al., 1993).
Pesquisadores têm encontrado tanto efeitos benéficos quanto adversos
ocasionados pela compactação do solo. Os efeitos benéficos têm sido atribuídos ao
melhor contato solo-semente e solo-raiz, aumentando o suprimento de água e
nutrientes à parte aérea da planta (KLEIN e LIBARDI, 2002; KOOISTRA et al.,
1992). Por outro lado, o pisoteio animal excessivo pode ocasionar degradação do
solo, ao diminuir a porosidade total, macroporosidade e condutividade hidráulica
saturada, e aumentar a densidade do solo e resistência à penetração.
Dessa forma, ao ser compactado, o solo com menos macroporos, induz à
anaerobiose, diminui a disponibilidade de nutrientes e aumenta as perdas de
nitrogênio para a atmosfera. Para a planta, reduz a penetração de raízes, a
disponibilidade de oxigênio e leva a menor desenvolvimento vegetativo da parte
aérea (GUIMARÃES et al., 2002). A restrição à penetração radical nas camadas
compactadas é agravada quando o solo seca (VEEN, 1982). A compactação, ao
limitar o crescimento radical das plantas, compromete sua capacidade de absorver
5
nutrientes e água (HAKANSSON et al., 1988; FERNANDEZ et al., 1995) e a própria
fixação ao solo, provocando acamamento, sobretudo quando a camada compactada
é superficial.
Outros aspectos negativos da compactação do solo são a diminuição da
atividade biológica, aumento da suscetibilidade a patógenos e dificuldade no manejo
da lavoura, principalmente no plantio. O aumento da proporção de poros menores
devido à compactação resulta em comportamento hídrico semelhante a um solo de
textura fina (GREACEN e SANDS, 1980). Isso ocorre porque o aumento na
proporção de microporos induz aumento da tensão matricial, alterando a água
disponível, a drenagem interna do solo e as trocas gasosas. A compactação
constitui-se, assim, um elemento decisivo na degradação do solo.
As conseqüências da compactação se manifestam no solo e na planta. No
solo, as modificações são evidenciadas pela presença de zonas endurecidas e
empoçamento de água, com alterações no arranjo e volume de poros (HAKANSSON
e VOORHEES, 1998).
A compactação do solo é função da classe textural, da estrutura, da umidade,
bem como dos tipos e intensidades das cargas aplicadas. Quanto mais argiloso for
um solo, maior a expressão das forças de coesão e adesão. A compactação
relaciona-se com a umidade do solo: partindo de um solo seco, para uma mesma
pressão, a densidade aumenta com o aumento da umidade do solo, atingindo um
pico denominado densidade máxima, acima da qual a densidade decresce. O solo
seco resiste à compactação devido à alta coesão, que aumenta a resistência à
deformação. Com o aumento da umidade os filmes de água enfraquecem as
ligações entre partículas, fazendo com que o solo se torne mais facilmente
compactado. Se o solo estiver molhado e a água preencher os poros, a mesma é
6
capaz de evitar que a massa do solo se arranje, já que ela é mais deformável que os
sólidos e menos deformável que os gases que preenchem os poros dos solos com
baixo teor de água (HILLEL, 1998).
Nas áreas utilizadas com pecuária, os efeitos negativos do pisoteio animal
sobre a qualidade física do solo são influenciados pelo tipo de animal, cobertura de
pastagem, taxa de lotação e duração do pastejo (DREWRY et al., 2003). Animais
mais pesados, pouca cobertura vegetal, altas taxas de lotação e períodos
prolongados de pastejo favorecem a compactação.
2.1. Porosidade e condição estrutural do solo
A porosidade é um dos atributos físicos mais importantes a ser considerado
na avaliação da qualidade estrutural do solo. A compactação, ao reduzir o volume de
macroporos, diminui a aeração do solo, podendo afetar o desenvolvimento e a
produtividade das plantas (HILLEL, 1998).
Além de fatores intrínsecos ao solo, como matéria orgânica, mineralogia e
textura, o manejo dado ao solo pode influenciar na quantidade e distribuição do
tamanho de poros (STRECK et al., 2004). O volume de macroporos é um bom
indicador das condições sicas do solo, uma vez que são importantes para o
crescimento de raízes (WANG et al, 1986) e para o movimento de ar e solutos
(BEVEN e GERMANN, 1982). Thomasson (1978) afirma que a infiltração de água e
as trocas gasosas entre atmosfera e rizosfera são reflexo do volume de macroporos.
Solos com alta densidade, baixa macroporosidade e com baixa capacidade de
infiltração têm baixa difusão de oxigênio podendo sua concentração cair para
valores muito baixos, criando um meio extremamente redutor devido ao aumento da
população anaeróbica no solo (LARCHER, 2000).
7
Segundo Baver et al. (1972), valores críticos de macroporosidade estão
abaixo de 0,10 a 0,16 m
3
m
-3
. Valores inferiores a 0,10 a 0,12 m
3
m
-3
o
freqüentemente utilizados para indicar condições limitantes à sanidade das plantas e
a aeração do solo. Carter (1990) observou que macroporosidade maior que 0,12 a
0,14 m
3
m
-3
são adequados para a aeração do solo e para a produção de grãos.
Para Kiehl (1979), um solo em condições ideais para o desenvolvimento vegetal
deve apresentar 1/3 da porosidade total formada por macroporos e os 2/3 restantes
por microporos.
2.2. Estabilidade de agregados
A estrutura do solo diz respeito ao arranjo das partículas e sua organização
em agregados. Próximo da superfície a estrutura é afetada pelo preparo e uso do
solo e, nos horizontes mais profundos, ela é característica de cada solo. Do ponto de
vista agrícola, a estrutura do solo é um dos atributos mais importantes, pois está
relacionada com a disponibilidade de ar e água às raízes das plantas, suprimento de
nutrientes, resistência mecânica do solo à penetração e com o desenvolvimento do
sistema radical. A manutenção de um bom estado de agregação é condição
primordial para garantir altas produtividades agrícolas (CORREA, 2002).
A agregação das partículas elementares do solo forma unidades estruturais
compostas, separadas pelas superfícies de fraqueza, mostrando relação com os
vazios ou poros do solo, bem como com a distribuição e tamanho dos mesmos ao
longo do perfil ou camada aproveitada pelas plantas. A agregação aumenta o
espaço poroso, reduz a densidade do solo e ajuda a manter um equilíbrio entre ar e
água na rizosfera. Agregados estáveis conferem ao solo tolerância a forças externas
tais como o impacto da chuva, vento e compactação.
8
A alteração da estrutura do solo pode ser avaliada através da determinação
da estabilidade de agregados e da natureza do espaço dos poros. Ao se avaliar a
agregação do solo, o mais importante é a distribuição do tamanho e a estabilidade
dos agregados, sendo essa última de extrema importância na formação e
preservação das boas relações estruturais dos solos (MACHADO, et al., 1996).
Uma boa distribuição do tamanho dos agregados estáveis em água indica
boas características físicas do solo, como elevada permeabilidade, retenção de
água, arejamento, penetração de raízes e aproveitamento de nutrientes.
Normalmente a macroporosidade também aumenta com a agregação do solo e com
o tamanho dos agregados (PROFFITT et al., 1993).
O cultivo ou o pisoteio animal podem modificar a agregação e a estrutura do
solo. A movimentação de máquinas e implementos, calagens, adubações e maior
exposição do solo à ação da chuva e a ciclos de umedecimento e secagem,
promovem também a redução dos agentes cimentantes, alterando a estabilidade
dos agregados (FERRERO, 1991). Segundo Tisdall e Oades (1982), quanto menor o
agregado, maior é sua estabilidade. Assim, a compactação do solo, ao reduzir o
tamanho dos agregados, induz ao aumento de sua estabilidade estrutural, uma vez
que provoca aproximação de suas partículas primárias.
2.3. Densidade e resistência do solo à penetração
A determinação da densidade do solo é um método comum para se avaliar a
compactação. A densidade do solo aumenta quando os constituintes do solo ficam
mais próximos uns dos outros e/ou as partículas menores ocupam os espaços
vazios entre as maiores (DIAS JUNIOR e PIERCE, 1996; SWEIGARD e
BLUESTEIN, 2000).
9
O nível crítico da densidade do solo, acima do qual o solo é considerado
compactado, ainda é um assunto controverso. Camargo e Alleoni (1997)
consideraram crítico o valor de 1,55 Mg m
-3
em solos franco argilosos a argilosos.
De Maria et al. (1999) constataram que acima de 1,2 Mg m
-3
, em Latossolo
Vermelho Escuro, ocorre restrição ao desenvolvimento de raízes, o que caracteriza
um estado de compactação do solo. Canillas e Salokhe (2002), detectaram redução
na produtividade de milho em 1,1 Mg ha
-1
quando a densidade do solo aumentou de
1,53 para 1,62 Mg m
-3
em solos muito argilosos. Em geral, os solos arenosos
apresentam densidade crítica mais alta.
A resistência à penetração é um dos atributos físicos também utilizados na
avaliação do grau de compactação do solo, estando relacionada com a facilidade
com que as raízes penetram o solo. Klein e Libardi (2000), afirmam que a
macroporosidade e a resistência à penetração são as propriedades que mais variam
com as alterações na densidade do solo.
Entre as características do solo que influenciam a resistência à penetração
estão a textura, porosidade, estrutura, umidade e densidade. Rosolem et al. (1999),
observaram maior resistência à penetração em solos argilosos. A umidade do solo é
inversamente relacionada à resistência à penetração, sendo esta muito baixa
quando a umidade do solo encontra-se próximo à saturação (TORMENA et al.,
1999). A densidade do solo apresenta uma correlação direta com a resistência à
penetração (MEROTTO JR. e MUNDSTOCK, 1999).
O alongamento radical é possível quando a pressão de crescimento das
raízes for maior que a resistência mecânica do solo à penetração (PASSIOURA,
1991). A impedância mecânica diminui a taxa de divisão celular e reduz o
comprimento das células no meristema radical (BENGHOUGH e MULLINS, 1990).
10
Muitos trabalhos têm estabelecido faixas de resistência à penetração que
seriam responsáveis por restrições ao desenvolvimento radical. Valores críticos de
resistência à penetração dependem da espécie. Threadgill (1982) fixa valores entre
1,5 MPa e 2,5 MPa como críticos de resistência à penetração resultando em
desenvolvimento anormal e impedimento do desenvolvimento radical em árvores
frutíferas. Silva et al. (2002) relatam que um valor de 2,0 MPa de resistência à
penetração do solo tem sido associado a condições impeditivas para o crescimento
das raízes e conseqüentemente da parte aérea das plantas. Entre 2,0 e 1,0 MPa, a
restrição ao desenvolvimento radical decresce aproximadamente linearmente.
Abaixo de 1,0 MPa, assume-se que a restrição radical é pequena, muito embora
Beutler e Centurion (2004a) determinaram redução na densidade radical e na
produtividade de grãos de soja a partir da resistência à penetração de 0,85 MPa. Da
mesma forma, Dexter (1987) verificou que em baixos conteúdos de água no solo,
valores de resistência à penetração de 1,0 MPa podem restringir o crescimento
radical e que em solos mais úmidos pode haver crescimento radical em valores de
resistência à penetração superiores a 4,0 MPa.
2.4. Resposta das culturas às alterações físicas do solo
A produtividade agrícola é dependente da interação de fatores da planta,
clima, competição com parasitas, patógenos e inços. O desenvolvimento da parte
aérea da planta é altamente dependente de um abundante sistema radical, capaz de
explorar um volume suficiente de solo e absorver água e nutrientes. Os fatores do
solo que afetam o desenvolvimento radical podem ser divididos em fatores químicos,
como nutrientes e elementos tóxicos, e fatores físicos, como resistência mecânica à
penetração, disponibilidade hídrica e aeração.
11
Em sistemas de pastejo, a intensidade do pisoteio e ou o tempo de
permanência dos animais na área também determinam o grau de degradação
estrutural que pode ocorrer ao solo (LIMA, 2004). Leão (2002), considera que a
lotação animal excessiva sem ajustes para uma adequada capacidade de suporte é
um dos agentes aceleradores do processo de degradação do solo, alterando as
condições para o crescimento do sistema radical. A extensão e a natureza desses
efeitos o determinadas pela taxa de pisoteio, pelo tipo de solo, e principalmente
pela umidade do solo. O pastejo realizado em condições elevadas de umidade
maximiza a degradação física do solo, prejudicando o crescimento de plantas
(BETTERIDGE et al., 1999).
TORRES et al. (2004) relatam que a compactação reduz as trocas gasosas,
a concentração do oxigênio na atmosfera edáfica e cria um ambiente redutor
relacionado com a morte de plântulas de soja e menor estande da cultura.
Correa e Reichardt (1995), trabalhando em um Latossolo na Amazônia
Central, sob condições de floresta primária e pastagens formadas com Brachiaria
humidicola, com diversos anos de uso, observaram maior compactação e
impedimento mecânico à penetração das raízes na camada de 0-10 cm nos solos
sob pastagem.
Lustosa (1998) não observou diferenças significativas na produtividade de
soja e milho em experimento conduzido por um período de três anos, de integração
lavoura-pecuária em Guarapuava, Paraná. Silva et al. (2000), também estudando a
integração lavoura-pecuária, não observaram diferenças significativas na
produtividade de milho para grãos e para silagem, em experimento conduzido por
três anos consecutivos. Junior (2005) não observou aumento da densidade em área
12
de integração lavoura-pecuária, nem diferenças na produtividade de soja, cultivada
em seqüência à consorciação aveia-azevém pastejada por bovinos de leite.
Para Bennie (1996), é difícil generalizar conclusões, pois a influência da
compactação do solo sobre o crescimento radical é decorrente de diversos fatores,
que dependem das características genéticas das plantas, condições ambientais e do
estádio de desenvolvimento da cultura.
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Localização e descrição do experimento
O experimento foi implantado em Castro, Paraná, em uma área de 12
hectares no mês de junho de 2004, num Latossolo Vermelho Amarelo, argiloso
(EMBRAPA, 1999), representativo da região centro sul do estado, com altitude de
1.005 m e coordenadas 24º47’28” Sul e 50º00’25” Oeste. A granulometria e as
características químicas do solo são apresentadas na Tabela 1.
Tabela 1. Granulometria e características químicas do solo da área experimental em
diferentes camadas. Castro, PR, 2004.
Granulometria pH
Prof.
1
Areia
Silte
Argila
C
Org.
Água
CaCl
2
SMP
P K Ca Mg
Al
cm
 g kg
-1

mg dm
-3
cmol
c
dm
-3
0-5 343 218 439 58
5,7 5,0 5,9 29 27 7,6 5,0 0,2
5-10 285 223 492 39
5,6 4,9 5,8 12 21 5,4 3,3 0,5
10-20
283 195 522 35
5,6 4,9 5,8 9 20 5,3 2,8 0,7
(1) Média de 24 amostras por profundidade. Metodologia Tedesco et al. (1995).
O clima da região é subtropical úmido mesotérmico, com verões frescos e
ocorrência de geadas freqüentes e severas no inverno; Cfb segundo classificação de
Köppen. A média das temperaturas dos meses mais quentes é inferior a 22ºC e as
dos meses mais frios é inferior a 18ºC e a temperatura média anual está entre 17ºC
14
e 18ºC. A precipitação média anual está entre 1600 e 1700 mm. As condições
climáticas vigentes durante o período experimental encontram-se na Figura 1.
Os tratamentos consistiram de quatro intensidades de pastejo animal em
trigo (Triticum aestivum L.) de duplo propósito (forragem e grãos), a saber: sem
pastejo; 15 dias de pastejo; 30 dias de pastejo e 45 dias de pastejo (Figuras 2a, 2b,
2c e 2d). O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com três
repetições (Figura 3). As parcelas experimentais tinham cerca de 1,0 ha cada uma e
foram separadas com cerca elétrica.
Precipitação Pluviométrica
0,0
50,0
100,0
150,0
200,0
250,0
J J A S O N D J F M A
meses
mm
Figura 1. Volume de chuva precipitada durante o período experimental, de junho de
2004 a abril de 2005.
3.2. Histórico da área
A área experimental vinha sendo cultivada no sistema de semeadura direta
seis anos. O sistema de rotação de culturas utilizado no verão é o de soja por
15
Figura 2. Aspecto da cultura do trigo no momento da amostragem do solo nos
tratamentos testemunha (a), 15 dias de pastejo (b), 30 dias de pastejo (c)
e 45 dias de pastejo (d).
16
dois anos consecutivos e milho por um ano. Durante o inverno a área é cultivada
com azevém (Lolium multiflorum) e aveia (Avena strigosa), tanto para a produção de
palha para a o sistema de semeadura direta como para a produção de silagem pré-
secada. No verão anterior ao experimento a área foi ocupada com a cultura da soja.
Figura 3. Distribuição dos tratamentos a campo no experimento em Castro, PR.
3.3. Manejo da cultura e dos animais
A cultura de trigo, cultivar BRS-176, de ciclo médio, foi semeada em junho
de 2004 no sistema de semeadura direta, com espaçamento de 0,17 m entre linhas
e densidade de 330 plantas m
-2
, colhida em início de novembro de 2004 (Tabela 2).
A adubação de base foi realizada com 250 kg ha
-1
de NPK 17-30-00, e a adubação
de cobertura com 300 kg ha
-1
da fórmula 21-00-22, aos 30 dias após a emergência.
Ao final do período de pastejo foi feita a avaliação da massa seca do trigo. Após a
colheita do trigo, procedeu-se à semeadura da soja (Glycine max L.).
17
Tabela 2. Atividades desenvolvidas durante o período experimental.
Etapa Época
Amostragem do solo para análise química Abril/2004
Semeadura do trigo Junho/2004
Introdução dos animais na área experimental Julho/2004
Retirada dos animais do pastejo de 15 e 30 dias Agosto/2004
Retirada dos animais do pastejo de 45 dias Setembro/2004
Amostragens do solo para análises químicas e físicas Outubro/2004
Colheita do trigo Novembro/2004
Semeadura da soja Novembro/2004
Amostragem para avaliação do rendimento de soja Março/2005
Colheita da soja Abril/2005
A cultivar de soja utilizada foi a Codetec-206, de ciclo precoce, semeada em
30 de novembro de 2004 no sistema de semeadura direta, com espaçamento de
0,45 m entre linhas e 350.000 plantas ha
-1
. Antes da semeadura procedeu-se à
inoculação das sementes com rizóbio específico. A adubação de base foi realizada
com 250 kg ha
-1
da fórmula 00-26-26. Os controles de plantas espontâneas, pragas
e doenças nas culturas de trigo e soja foram feitos conforme as recomendações
técnicas seguidas na região.
Os animais utilizados no experimento foram bovinos de corte desmamados
com peso médio de 260 kg e idade média de 10 meses, introduzidos na área
experimental aos cinqüenta dias após a emergência do trigo. O método de pastejo
foi o contínuo, mantendo-se uma oferta fixa de matéria-seca por animal de 10% de
seu peso vivo, com taxa de lotação de aproximadamente 4,0 UA ha
-1
.
18
3.4. Amostragens e determinações analíticas
As amostras de solo foram coletadas em outubro de 2004, durante o estádio
de grão farináceo do trigo, nas profundidades de 0 a 5 cm, 5 a 10 cm e 10 a 20 cm,
em quatro pontos eqüidistantes distribuídos em cada parcela experimental. Os
atributos físicos avaliados foram densidade do solo e de partículas, microporosidade,
macroporosidade e porosidade total, grau de floculação, analisados segundo a
metodologia relatada pela Embrapa (1997); estabilidade de agregados (KEMPER e
CHEPIL, 1965) e resistência à penetração (STOLF et al, 1983). A composição
química do solo em cada parcela, em amostras coletadas nos mesmos pontos de
amostragem, foi analisada segundo Tedesco et al. (1995).
A densidade do solo foi avaliada pelo método do anel volumétrico e a
densidade de partículas foi determinada pelo método do balão volumétrico. A
microporosidade foi obtida pela utilização da mesa de tensão com areia, sob sucção
de 0,006 MPa. A porosidade total foi determinada pela relação entre densidade do
solo e de partículas. A macroporosidade foi calculada pela diferença entre
porosidade total e a microporosidade. A distribuição do tamanho de partículas do
solo foi determinada pelo método do densímetro de Bouyoucus, utilizando NaOH
como dispersante para obtenção do teor de argila total, e água para determinação
da argila dispersa. Posteriormente, procedeu-se ao cálculo do grau de floculação.
Para a determinação da estabilidade de agregados, foram separados e
pesados agregados compreendidos entre 8,35 e 4,76 mm, com umidade corrigida.
As amostras foram previamente imersas em água, com posterior agitação vertical e
peneiramento com um jogo de quatro peneiras sobrepostas (4,76; 2,00; 1,00 e 0,25
mm). Após a tamisação, os agregados de cada classe, retidos nas peneiras, foram
19
secos e pesados, obtendo-se a massa de agregados estáveis para cálculo do
diâmetro médio ponderado (DMP) e do diâmetro médio geométrico (DMG).
A resistência do solo foi medida com penetrômetro de impacto e de bolso.
As leituras com penetrômetro de impacto modelo IAA/Planalsucar (STOLF et al,
1983), foram feitas em dois pontos opostos aos locais de coleta dos anéis
volumétricos, totalizando oito amostras em cada parcela. Os cálculos da resistência
foram realizados segundo Stolf (1991). As leituras com penetrômetro de bolso
modelo Soiltest, com escala de zero a 5 kg cm
-2
, foram executadas em cinco pontos
na parede da trincheira onde foram coletadas as demais amostras, totalizando 20
determinações por camada em cada parcela. A umidade do solo foi determinada por
gravimetria nas mesmas camadas.
As amostragens para a estimativa da produtividade de grãos de soja foram
realizadas em maio de 2005, em amostras de 4,0 m
2
, quando os grãos
apresentavam umidade em torno de 20%. Posteriormente os grãos foram secados,
pesados e os valores corrigidos para umidade de 13%.
3.5. Análises estatísticas
Os resultados foram submetidos à análise de normalidade pelo teste de
Shapiro-Wilkinson. A análise de variância foi realizada pelo teste F, para
comparação das médias foi utilizado o teste de Duncan ao nível de significância de
0,05. As relações entre os atributos físicos do solo e destes com a composição
química do solo foram avaliadas por correlação de Pearson. Para resistência do solo
à penetração foi ainda realizada análise de regressão múltipla, buscando relacionar
sua dependência à umidade e densidade do solo.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O tempo de pastejo na cultura do trigo modificou (p<0,05) a densidade do
solo, macroporosidade, porosidade total, grau de floculação e a resistência ao
penetrômetro avaliada com equipamento de impacto (Tabela 3).
Tabela 3. Resumo da análise da variância e do teste de normalidade dos atributos
físicos do solo avaliados após quatro períodos de pastejo de bovinos de
corte em um Latossolo Vermelho Amarelo argiloso.
Variáveis
Mi Ma PT DMG GF DS RPi RPb
Trat 0,21 0,03 0,02 0,15 0,01 0,02 0,05 0,74
Prof 0,18 0,12 0,15 <0,01 0,52 <0,01 <0,01 <0,01
Bloco 0,04 0,82 0,17 0,67 0,08 0,12 0,07 0,82
Trat*Prof 0,69 0,99 0,80 <0,01 0,51 0,83 0,24 0,85
CV (%) 7 18 5 9 23 16 17 16
W:normal 0,96 0,94 0,95 0,98 0,97 0,92 0,87 0,98
Trat = tratamento; Prof = profundidade; Mi = microporosidade; Ma =
macroporosidade; PT = porosidade total; DMG = diâmetro médio geométrico dos
agregados; GF = grau de floculação; DS = densidade do solo; RPi = resistência ao
penetrômetro de impacto; RPb = resistência ao penetrômetro de bolso.
4.1. Distribuição do tamanho de poros do solo
Em termos de distribuição de poros, verificou-se que a microporosidade
variou de 0,42 a 0,48 m
3
m
-3
, sem influência dos tratamentos e das profundidades de
amostragem (Figura 4).
A microporosidade está relacionada com o armazenamento de água no
solo, influenciando o desenvolvimento das plantas especialmente nas épocas
21
críticas de suprimento hídrico (VEIGA, 2005). Ao contrário do que afirma Beutler et
al. (2002), a microporosidade apresentou correlação negativa com a densidade do
solo (Tabela 4).
A macroporosidade do solo foi maior no solo sob 15 dias de pastejo, com
0,12 m
3
m
-3
na média das profundidades em relação aos demais tratamentos (entre
0,09 e 0,10 m
3
m
-3
). Entre as camadas, o menor valor médio foi obtido na camada de
5-10 cm (0,09 m
3
m
-3
), diferindo da camada de 10-20 cm (0,11 m
3
m
-3
), na média dos
tratamentos (Figura 5).
Considerando que os macroporos são a rota primária para o movimento da
água no solo, a redução dos mesmos pode restringir a transmissão da água e
nutrientes aa zona radical. Em todos os tratamentos, inclusive no maior período
de pastejo, a macroporosidade esteve próxima de 0,10 m
3
m
-3
, nível considerado
crítico para as trocas gasosas (REYNOLDS et al., 2002).
A redução da macroporosidade de 22% em relação à camada subjacente e
a elevada relação microporosidade/macroporosidade (4 a 5) são indicativos de
compactação na camada de 5-10 cm, o que se deve ao histórico da área (6 anos
sob plantio direto) e ao efeito adicional do pisoteio.
A porosidade total variou de 0,49 a 0,56 m
3
m
-3
, e foi menor na média das
profundidades na maior intensidade de pastejo, com 0,50 m
3
m
-3
(Figura 6). Não
houve variação entre as profundidades analisadas.
Trein et al. (1991) verificaram diminuição da macroporosidade e aumento na
densidade do solo na camada superficial devido ao pisoteio dos animais.
Posteriormente, verificou-se que o pastejo contínuo no inverno, sobre pastagem de
aveia e azevém, compactou do solo pelo pisoteio animal num Argissolo Acinzentado
de textura média, quando comparado à área não pastejada (SCAPINI et al., 1996).
22
Microporosidade (m
3
m
-3
)
0.30 0.35 0.40 0.45 0.50 0.55 0.60
Profundidade (cm)
0 - 5
5 - 10
10 - 20
Testemunha
Pastejo 15 dias
Pastejo 30 dias
Pastejo 45 dias
ns
ns
ns
Figura 4. Microporosidade do solo em diferentes intensidades de pastejo na cultura
do trigo. ns = não significativo (Duncan p = 0,05).
Macroporosidade (m
3
m
-3
)
0.03 0.06 0.09 0.12 0.15 0.18
Profundidade (cm)
0 - 5
5 - 10
10 - 20
Média
Testemunha
Pastejo 15 dias
Pastejo 30 dias
Pastejo 45 dias
Média
AB
B
A
B
A
B
B
0.10
Figura 5. Macroporosidade do solo em diferentes intensidades de pastejo na cultura
do trigo. Letras diferentes entre dias indicam significância pelo teste de
Duncan (p = 0,05).
23
Porosidade total (m
3
m
-3
)
0.40 0.45 0.50 0.55 0.60 0.65 0.70
Profundidade (cm)
0 - 5
5 - 10
10 - 20
Média
Testemunha
Pastejo 15 dias
Pastejo 30 dias
Pastejo 45 dias
A
A
B
A
Figura 6. Porosidade total do solo em diferentes intensidades de pastejo na cultura
do trigo. Letras diferentes entre dias indicam significância pelo teste de
Duncan (p = 0,05).
4.2. Estabilidade de agregados e grau de floculação da argila
O diâmetro médio geométrico (DMG) dos agregados variou de 1,2 a 1,8 mm
(Figura 7), mostrando interação significativa entre sistemas de manejo e
profundidade de amostragem (Tabela 3). Bertol e Santos (1995) não constataram
diferença comparando o diâmetro médio ponderado (DMP) na camada superficial de
um Cambissolo Húmico utilizado com lavoura e pastagem, em relação à condição de
mata nativa, reflorestamento e campo nativo.
Entre as diferentes intensidades de pastejo não houve um comportamento
uniforme entre as diferentes profundidades de amostragem, sugerindo que a
estabilidade de agregados não sofreu influência dos tratamentos no período
estudado, e não houve correlação entre ela e os demais atributos físicos do solo
(Tabela 4).
24
Tabela 4. Correlação de Pearson entre atributos físicos do solo.
Ma PT DMG GF DS RPi RPb
Mi - 0,14
ns
0,27
ns
0,03
ns
0,03
ns
- 0,33 * - 0,22
ns
- 0,06
ns
Ma 0,54 **
- 0,14
ns
0,01
ns
- 0,51 **
- 0,04
ns
0,13
ns
PT - 0,01
ns
- 0,19
ns
- 0,91 **
- 0,15
ns
- 0,11
ns
DMG
- 0,04
ns
0,06
ns
- 0,18
ns
- 0,08
ns
GF 0,26
ns
0,06
ns
0,18
ns
DS 0,38 * 0,19
ns
RPi 0,55 **
Mi = microporosidade; Ma = macroporosidade; PT = porosidade total; DMG =
diâmetro médio geométrico dos agregados; GF = grau de floculação; DS =
densidade do solo; RPi = resistência ao penetrômetro de impacto; RPb = resistência
ao penetrômetro de bolso; ns = não significativo; * = significativo (0,01<α<0,05); ** =
significativo (α<0,01)
O diâmetro médio geométrico dos agregados foi menor na camada de 10 a
20 cm de profundidade, na média dos tratamentos, em relação às camadas
superiores.
Normalmente as espécies forrageiras contribuem na agregação do solo.
Num estudo desenvolvido por Stone e Buttery (1989) com nove forrageiras, incluindo
gramíneas e leguminosas, semeadas em vasos, verificou-se que, aos 80 dias após a
germinação, as espécies diferiram na habilidade de melhorar a estabilidade dos
agregados, influenciada principalmente pela massa de raízes das plantas. Dessa
forma, sistemas agropastoris, envolvendo espécies de diferentes tipos de sistema
radicular, podem melhorar significativamente a agregação do solo. Nesse aspecto
destaca-se a importância da rotação de culturas, incluindo a cultura do milho que
deixa elevada quantidade de biomassa no solo.
Raízes de gramíneas perenes, quando comparadas a outras espécies
agrícolas, normalmente aumentam a estabilidade de agregados, o que se deve à
alta densidade de raízes, às periódicas renovações do sistema radicular e à
25
uniforme distribuição dos exsudatos no solo que estimulam a atividade microbiana
(SILVA e MIELNICZUK, 1997).
O grau de floculação da argila (GF) variou de 22 a 40%, sendo maior no
tratamento testemunha em relação às intensidades de 30 e 45 dias de pastejo
(Figura 8). Isso pode ter sido influenciado pelo maior aporte de matéria orgânica no
tratamento testemunha, que pode afetar o balanço de cargas elétricas do solo. Não
houve variação deste atributo entre as profundidades analisadas. A baixa floculação
desse solo pode ser devida à aplicação freqüente de calcário que, ao elevar o pH,
reduz os níveis de Al, o qual é um cátion floculante.
O grau de floculação é calculado pela relação entre argila natural e total,
sendo um indicativo do estado de floculação ou dispersão dos colóides. Baixos
valores de floculação relacionam-se com maior quantidade de argila dispersa, o que
favorece sua mobilidade no solo. Isto pode ocasionar obstrução dos poros e redução
na infiltração (AZEVEDO e BONUMA, 2003).
4.3. Densidade e resistência do solo ao penetrômetro
A densidade do solo variou de 1,02 a 1,24 Mg m
-3
entre as diferentes
intensidades de pastejo analisadas, passando, na média das profundidades, de 1,11
Mg m
-3
no tratamento testemunha para 1,20 Mg m
-3
no solo com 45 dias de pastejo
(Figura 9). Os pastejos com intensidade intermediária não diferiram do tratamento
testemunha sem a presença dos animais. Resultados semelhantes foram obtidos por
Cassol (2003), que avaliou as propriedades físicas de um Latossolo Vermelho de
textura muito argilosa, submetido a diferentes alturas de manejo da pastagem.
Normalmente as maiores modificações físicas no solo advindas do pisoteio
animal são evidenciadas na camada superficial do solo, e são mais evidentes
26
1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0 2.2
Profundidade (cm)
0 - 5
5 - 10
10 - 20
Testemunha
Pastejo 15 dias
Pastejo 30 dias
Pastejo 45 dias
Média
Diâmetro médio geométrico (mm)
Aa
Aa
Aa
AB
A
B
Bb
Aa
Aa
Aa
Aa
Bb
Bb
ABa
Aa
Figura 7. Diâmetro médio geométrico nas diferentes intensidades de pastejo. Letras
maiúsculas comparam sistemas em cada profundidade e letras minúsculas
comparam profundidades em cada sistema de manejo, pelo teste de
Duncan (p = 0,05).
10 20 30 40 50 60
Profundidade (cm)
0 - 5
5 - 10
10 - 20
Média
Testemunha
Pastejo 15 dias
Pastejo 30 dias
Pastejo 45 dias
A
B
AB
Grau de floculação (%)
Figura 8. Grau de floculação da argila nas diferentes intensidades de pastejo. Letras
diferentes entre médias indicam significância (Duncan, p = 0,05).
27
quando a oferta de forragem da pastagem é mantida baixa, conforme constatado por
Bertol et al. (1998), em campos naturais de Eldorado do Sul, RS e em pastagem de
capim elefante anão da região de Ituporanga, SC (BERTOL et al., 2000). Entre as
profundidades analisadas, a densidade do solo foi maior na camada de 5 a 10 cm
em relação às demais. Isso provavelmente se deve ao pisoteio animal e ao histórico
de uso anterior da área, sob semeadura direta.
O pisoteio animal pode ocasionar no solo, principalmente o aumento da
densidade, alteração na estabilidade dos agregados, influenciando taxa de infiltração
de água no solo (FREGONEZI et al., 2001). As variações entre as intensidades de
pastejo e entre as profundidades de amostragem podem ser relacionadas com o
período de ocupação da área pelos animais, a carga animal adotada, o histórico de
uso e mecanização do solo, e a umidade do solo no período. Neste sentido, durante
o período avaliado, a precipitação pluviométrica atingiu cerca de 550 mm,
concentrados nos meses de julho e outubro de 2004, com totais de cerca de 160 e
220 mm, respectivamente (Figura 1).
As modificações físicas no solo advindas do uso com pastagens dependem
de fatores como: tipo e lotação animal, sistema de manejo da pastagem, oferta de
forragem, do tipo de solo e da condição de umidade do solo no período de pastejo
(CANTARUTTI, et al., 2001; MELLO, 2003). Boeni et al. (1995), ao comparar o efeito
do pisoteio de animais em pastejo contínuo por um período de quatro meses sobre
pastagem consorciada de aveia e azevém, em um solo franco siltoso no Rio Grande
do Sul, não observaram alterações significativas na camada de 0 a 10 cm. Silva et
al. (2000), também não observaram variações na densidade do solo em um
Argissolo Vermelho-Amarelo textura franca, em função do pastejo dos animais.
28
Densidade do solo (Mg m
-3
)
0.8 1.0 1.2 1.4 1.6
Profundidade (cm)
0 - 5
5 - 10
10 - 20
Média
Testemunha
Pastejo 15 dias
Pastejo 30 dias
Pastejo 45 dias
Média
1.5
B
B
A
B
A
Figura 9. Densidade do solo, sob diferentes intensidades de pastejo animal na
cultura do trigo. Letras diferentes entre médias indicam significância
(Duncan, p = 0,05).
Salienta-se que a densidade do solo está abaixo dos níveis considerados
críticos para o crescimento radical e o desenvolvimento das culturas, que varia entre
1,4 a 1,6 Mg m
-3
para solos argilosos (REICHERT et al., 2003). Outra forma de se
indicar a densidade crítica pode ser feita com base na correlação entre densidade do
solo e macroporosidade, a qual no presente estudo foi negativa (Figura 10). Neste
caso, adotando-se o limite crítico de 0,10 m
3
m
-3
para macroporosidade
(REYNOLDS et al., 2002), o valor limitante de densidade do solo seria em torno de
1,13 Mg m
-3
, o que já estaria sendo alcançado neste solo, principalmente na
camada de 5 a 10 cm de profundidade e na média do tratamento com 45 dias de
pastejo (Figura 9).
29
Densidade do solo (Mg m
-3
)
0.8 0.9 1.0 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5
Macroporosidade (m
3
m
-3
)
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
Y = 0,28 - 0,16 X
r = -0,49 p < 0,01
Figura 10. Correlação entre macroporosidade e densidade do solo na área
experimental.
A resistência do solo à penetração (RP) integra os efeitos da densidade e da
umidade nas condições físicas do solo necessárias para o crescimento das raízes.
Através do penetrômetro de impacto pode-se observar que a resistência na média
das profundidades analisadas foram maiores nas intensidades de pastejo de 30 e 45
dias em relação ao testemunha (Figura 11). A resistência do solo ao penetrômetro
de impacto aumentou em profundidade.
À semelhança do penetrômetro de impacto, o equipamento de bolso
apresentou valores crescentes da camada superficial para as subjacentes (Figura
12). Entretanto, neste caso, não houve diferença entre os tratamentos.
Os valores de resistência à penetração, especialmente em subsuperfície,
estão acima do valor crítico de 2,0 MPa (BENGHOUGH e MULLINS, 1990) indicados
para o equipamento de impacto, e de 2,0 kg cm
-2
, no caso do aparelho de bolso.
30
Ressalta-se que a resistência à penetração normalmente aumenta com o
incremento da densidade e redução da umidade do solo, apresentando variabilidade
espacial e temporal por influência das condições de manejo dado ao solo (SILVA et
al., 2004). Nas condições estudadas, somente a resistência medida com
equipamento de impacto mostrou correlação positiva com a densidade do solo
(Tabela 4). A resistência à penetração o se correlacionou com a umidade do solo
no momento da coleta tanto no equipamento de bolso (r = -0,25; p = 0,12), quanto
no de impacto (r = -0,23; p = 0,17).
0.0 0.6 1.2 1.8 2.4 3.0
Profundidade (cm)
0 - 5
5 - 10
10 - 20
Média
Testemunha
Pastejo 15 dias
Pastejo 30 dias
Pastejo 45 dias
Média
C
A
B
B
A
Resistência ao penetrômetro de impacto (MPa)
AB
A
2.0
Figura 11. Resistência do solo ao penetrômetro de impacto, modelo
IAA/Planalsucar, sob diferentes intensidades de pastejo animal na
cultura do trigo. Letras diferentes entre médias indicam significância
(Duncan, p = 0,05).
31
1.2 1.6 2.0 2.4 2.8 3.2 3.6
Profundidade (cm)
0 - 5
5 - 10
10 - 20
Testemunha
Pastejo 15 dias
Pastejo 30 dias
Pastejo 45 dias
Média
Resistência ao penetrômetro de bolso (kg cm
-2
)
B
A
A
2.5
Figura 12. Resistência à penetração medida pelo aparelho de bolso modelo Soiltest,
sob diferentes intensidades de pastejo animal na cultura do trigo. Letras
diferentes entre médias indicam significância (Duncan, p = 0,05).
4.4. Biomassa residual do trigo
Os resíduos da parte aérea do trigo presentes no final do ciclo da cultura,
antes da semeadura da soja decresceram de 6.127 kg ha
-1
de massa seca no
tratamento testemunha, para 3.186 kg ha
-1
com 45 dias de pastejo (BARTMEYER,
dados o publicados). Tais diferenças podem ter influenciado os atributos físicos
avaliados.
Excetuando o testemunha, os demais tratamentos tiveram médias de
matéria seca inferiores a 6.000 kg ha
-1
que, segundo Alvarenga et al. (2001), seria
o aporte anual de palha necessário para a manutenção do sistema de semeadura
direta. No entanto, como o sistema é de integração, parte substancial da exigência
de palha é suprida pela cultura de verão sucessora. É importante incluir no plano de
32
rotação de culturas espécies que deixam elevadas quantidades de resíduos para a
manutenção do aporte de matéria seca, como o milho, por exemplo.
4.5. Produtividade de grãos de soja
Embora existam diferenças significativas na densidade do solo entre os
períodos de pastejo, e a resistência à penetração tenha ultrapassado o nível
considerado crítico de 2,0 MPa (TORMENA et al., 1998), a produtividade final,
corrigida para 13% de umidade não apresentou diferenças estatísticas entre os
tratamentos, pelo teste de Duncan (p<0,05), variando entre 3.610 a 3.792 kg ha
-1
(Figura 13). Em função disso pode-se afirmar que o pisoteio ocasionado pela
integração lavoura-pecuária não interferiu na produtividade da soja. Tais resultados
corroboram os obtidos por Johnson et al. (1990) que não encontraram decréscimo
na produtividade de grãos de soja em área afetada pela compactação superficial do
solo. Queiroz Voltan et al. (2000) também não observaram efeito da compactação do
solo sobre a produtividade da soja.
Os resultados obtidos divergem, porém, dos encontrados por Beutler e
Centurion (2004b), que em experimento com arroz de sequeiro em um Latossolo
Vermelho de textura média constataram redução na produtividade com resistência à
penetração a partir de 1,82 MPa. na cultura da soja, Beutler e Centurion (2004a)
observaram redução na produtividade de grãos a partir de resistência à penetração
de 0,85 MPa, que provocou decréscimo de 18% na densidade de raiz.
A ausência de diferença na produtividade entre os níveis de pisoteio pode
ser explicada, em parte, pelo fato da cultura da soja ter experimentado menores
valores de resistência à penetração em função de maior precipitação pluviométrica
após a data de amostragem do solo (Figura 1). Outro fator a ser considerado,
33
conforme Moraes et al. (2000) e Broch (2000), é o efeito regenerador dos eventuais
efeitos negativos na porosidade, na densidade do solo e na resistência à penetração
exercido pela cultura anual através da ação do sistema radical. Consalter (1998), em
experimento conduzido em Guarapuava, PR, mostrou que os efeitos negativos do
pisoteio podem ser rapidamente revertidos após o cultivo da cultura de verão,
representada no caso pelo milho.
Produtividade de grãos (kg ha
-1
)
2000
2400
2800
3200
3600
4000
3.610
3.792
3.725
3.738
DMS
Duncan 5%
580
Testemunha
Pastejo
15 dias
Pastejo
30 dias
Pastejo
45 dias
Figura 13. Produtividade de grãos de soja em área de integração lavoura-pecuária,
semeada em sucessão ao trigo de duplo propósito, submetido a
diferentes períodos de pisoteio no ano de 2004.
Albuquerque et al. (2001), estudando o efeito da integração lavoura-pecuária
em um Nitossolo, observaram alterações nas características da planta, bem como na
produtividade do milho em área de semeadura direta, submetida ao pastejo de aveia
no período de inverno. Oliveira et al. (2000) e Macedo (2001), apontaram que, em
sistemas de produção com integração lavoura-pecuária, o rendimento de culturas
34
anuais após a pastagem tendia a ser maior que na ausência da rotação com
pastagem.
Leite et al. (2004) comparando a produção de soja na integração lavoura-
pecuária em sistema de plantio direto com diferentes alturas de manejo da pastagem
de inverno e área sem pastejo, verificaram que o efeito do pisoteio animal sob
qualquer altura de pastejo não implicou em alterações no rendimento da cultura,
obtendo produtividade acima de 3,5 Mg ha
-1
. Em outro trabalho de integração
lavoura-pecuária, Spera et al. (2004) não observaram redução nos rendimentos de
soja e milho antecedidos pelo pastejo de gramíneas de estação fria.
Os resultados contraditórios obtidos em diferentes trabalhos reforçam os
relatos de Bennie (1996), sobre a dificuldade de se generalizar conclusões quanto
ao desenvolvimento de plantas em solos compactados.
4.6. Produtividade animal
De acordo com Bartmeyer (dados não publicados), a produtividade animal,
expressa pelo ganho de peso vivo por unidade de área, foi maior com o aumento do
período de pastejo. O ganho de peso vivo médio diário nos tratamentos de 15, 30 e
45 dias de pastejo foi de 1,46; kg dia
-1
; 1,65 kg dia
-1
e 1,69 kg dia
-1
, respectivamente.
O ganho de peso vivo em kg ha
-1
foi de 181 kg ha
-1
; 351 kg ha
-1
e 458 kg ha
-1
,
respectivamente.
5. CONCLUSÕES
A integração lavoura-pecuária, nas condições em que foi conduzida, reduziu a
macroporosidade, a porosidade total, o grau de floculação, e aumentou a densidade
do solo, a estabilidade de agregados e a resistência do solo ao penetrômetro de
impacto. Tais modificações foram mais evidentes nos pastejos mais intensos, de 30
e 45 dias, evidenciando alterações sicas no solo em função do pisoteio animal.
Essas alterações foram mais evidentes na camada de 5 a 10 cm, denotando o efeito
adicional do histórico de utilização da área, sob semeadura direta.
A densidade do solo foi considerada baixa para a classe textural do solo, e os
valores de macroporosidade e resistência do solo à penetração mantiveram-se
próximos dos limites considerados críticos, evidenciando compactação do solo
estudado;
A produtividade de grãos de soja o foi afetada pelo pastejo de bovinos de
corte na cultura do trigo no primeiro ano de integração, possivelmente pela
manutenção dos atributos físicos do solo em condições satisfatórias ao
desenvolvimento vegetal;
Avaliações de médio a longo prazos o necessárias face às mudanças
dinâmicas na qualidade física do solo impostas pelo pisoteio animal e pelo manejo
das culturas.
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ANEXO – Resultados dos atributos avaliados
Trat Prof
Blo Prod Mi Ma PT DMG
GF DS RPi RPb UG
cm kg ha
-1
 m
3
m
-3

mm % Mg m
-3
MPa kg cm
-2
kg kg
-1
T0 0-5 1 3.605
0,459
0,104
0,549
1,6 45 1,11 0,6 1,3 0,43
T0 0-5 2 3.505
0,495
0,105
0,555
1,6 34 1,05 0,6 2,3 0,41
T0 0-5 3 3.721
0,492
0,070
0,537
1,5 27 1,04 0,6 2,1 0,43
T0 5-10
1 3.605
0,402
0,093
0,541
1,7 46 1,14 1,2 2,1 0,34
T0 5-10
2 3.505
0,478
0,085
0,526
1,7 37 1,18 1,5 3,2 0,36
T0 5-10
3 3.721
0,450
0,087
0,529
1,5 35 1,15 1,3 3,1 0,36
T0 10-20
1 3.605
0,409
0,096
0,561
1,6 35 1,12 1,9 2,5 0,35
T0 10-20
2 3.505
0,480
0,100
0,540
1,5 37 1,10 2,3 3,1 0,40
T0 10-20
3 3.721
0,449
0,105
0,549
1,3 43 1,07 1,5 2,8 0,38
T15 0-5 1 3.855
0,443
0,092
0,492
1,4 31 1,14 0,6 2,4 0,32
T15 0-5 2 3.600
0,402
0,134
0,527
1,5 25 1,12 0,6 2,0 0,34
T15 0-5 3 3.922
0,459
0,121
0,550
1,5 23 1,05 0,6 2,4 0,39
T15 5-10
1 3.855
0,416
0,120
0,565
1,8 27 1,08 2,1 2,8 0,33
T15 5-10
2 3.600
0,439
0,083
0,468
1,7 40 1,29 2,1 2,9 0,36
T15 5-10
3 3.922
0,446
0,121
0,552
1,9 26 1,10 1,3 3,4 0,38
T15 10-20
1 3.855
0,413
0,124
0,556
1,0 29 1,05 2,4 2,5 0,41
T15 10-20
2 3.600
0,507
0,096
0,493
1,4 47 1,22 2,4 2,8 0,37
T15 10-20
3 3.922
0,440
0,159
0,579
1,2 33 1,01 1,5 3,1 0,41
T30 0-5 1 3.770
0,439
0,132
0,558
1,7 35 1,01 0,7 2,8 0,38
T30 0-5 2 3.874
0,463
0,092
0,560
1,6 15 1,00 0,6 2,0 0,39
T30 0-5 3 3.532
0,522
0,086
0,558
1,7 15 1,06 0,6 1,8 0,44
T30 5-10
1 3.770
0,438
0,093
0,504
1,7 38 1,17 2,0 3,3 0,34
T30 5-10
2 3.874
0,409
0,078
0,517
1,7 16 1,14 1,6 2,6 0,31
T30 5-10
3 3.532
0,495
0,093
0,525
2,1 31 1,15 1,5 2,6 0,39
T30 10-20
1 3.770
0,458
0,093
0,510
1,4 41 1,16 2,4 2,9 0,37
T30 10-20
2 3.874
0,439
0,112
0,558
1,6 19 1,06 2,7 2,4 0,38
T30 10-20
3 3.532
0,512
0,098
0,594
1,3 27 1,03 2,5 2,8 0,48
T45 0-5 1 3.209
0,431
0,077
0,467
1,5 36 1,24 0,6 2,3 0,35
T45 0-5 2 3.861
0,491
0,110
0,551
1,5 28 1,03 0,6 2,7 0,38
T45 0-5 3 4.144
0,457
0,105
0,539
1,9 33 1,08 0,6 1,8 0,42
T45 5-10
1 3.209
0,413
0,090
0,476
1,4 27 1,30 2,1 2,6 0,31
T45 5-10
2 3.861
0,474
0,080
0,500
1,2 25 1,19 1,5 2,7 0,31
T45 5-10
3 4.144
0,401
0,070
0,493
1,5 28 1,22 1,6 2,4 0,35
T45 10-20
1 3.209
0,424
0,103
0,470
1,6 29 1,30 2,1 2,6 0,33
T45 10-20
2 3.861
0,438
0,093
0,522
1,5 22 1,16 2,5 2,5 0,31
T45 10-20
3 4.144
0,392
0,097
0,510
1,6 26 1,18 2,5 3,0 0,33
Trat = tratamento (T0 = testemunha; T15 = 15 dias de pastejo; T30 = 30 dias de pastejo; T45 =
45 dias de pastejo); Prof = profundidade; Blo = bloco; Prod = produtividade de grãos; Mi =
microporosidade; Ma = macroporosidade; PT = porosidade total; DMG = diâmetro médio
geométrico dos agregados; GF = grau de floculação; DS = densidade do solo; RPi =
resistência ao penetrômetro de impacto; RPb = resistência ao penetrômetro de bolso; UG =
umidade gravimétrica.
46
Continuação
Trat Prof Blo C
Org.
pHa pHs SMP P K Ca Mg Al
cm g kg
-1
mg dm
-3
 cmol
c
dm
-3

T0 0-5 1 47,971
6,200
5,450
6,300
55,325
13,275
7,425
4,365
0,125
T0 0-5 2 52,881
5,855
5,625
6,075
17,575
19,600
9,325
5,830
0,450
T0 0-5 3 66,931
5,550
4,900
5,625
30,350
25,125
9,100
6,090
0,100
T0 5-10 1 33,914
5,920
5,175
5,975
41,400
6,500 6,625
3,480
0,250
T0 5-10 2 33,430
5,450
5,150
5,925
5,350 9,225 6,275
3,613
0,800
T0 5-10 3 40,859
5,467
4,667
5,633
5,450 16,825
5,600
3,515
0,900
T0 10-20
1 26,982
5,867
5,275
6,300
23,175
5,250 6,775
3,470
0,250
T0 10-20
2 29,296
5,600
5,133
5,900
5,625 12,950
5,325
2,820
0,850
T0 10-20
3 38,229
5,450
4,700
5,675
6,450 18,775
5,025
3,225
0,950
T15 0-5 1 42,299
5,740
4,967
5,800
18,575
31,025
7,575
4,995
0,450
T15 0-5 2 54,309
5,668
5,025
6,075
24,967
16,575
5,275
2,770
0,100
T15 0-5 3 64,794
5,725
5,000
5,875
36,050
33,350
8,750
5,555
0,175
T15 5-10 1 38,745
5,877
5,025
5,833
7,400 31,575
6,450
4,365
0,350
T15 5-10 2 27,912
5,600
4,800
5,925
5,400 4,875 1,100
1,310
0,550
T15 5-10 3 42,145
5,650
4,875
5,775
13,825
30,400
5,050
3,483
0,450
T15 10-20
1 32,688
5,815
4,575
5,800
5,450 28,933
5,625
3,648
0,775
T15 10-20
2 28,318
5,647
4,733
5,933
4,600 4,650 0,650
1,133
0,775
T15 10-20
3 35,393
5,675
4,950
5,700
8,375 29,900
4,100
3,025
0,450
T30 0-5 1 55,710
5,425
4,433
5,650
24,900
28,450
4,900
3,145
0,225
T30 0-5 2 51,852
6,115
5,350
6,150
31,125
40,250
8,650
5,993
0,400
T30 0-5 3 69,237
5,567
4,600
5,633
15,575
24,625
8,450
5,388
0,225
T30 5-10 1 49,039
5,523
4,825
5,775
9,700 11,450
2,750
1,938
0,550
T30 5-10 2 41,641
6,007
5,100
5,933
13,500
34,825
6,725
5,110
0,325
T30 5-10 3 43,652
5,320
4,700
5,450
8,733 21,400
5,533
3,417
0,633
T30 10-20
1 35,287
5,375
4,575
5,575
4,700 11,025
1,425
1,310
0,950
T30 10-20
2 37,976
5,945
5,433
6,050
7,350 28,050
9,067
4,210
0,350
T30 10-20
3 39,570
5,375
4,400
5,600
6,000 18,225
4,850
2,850
0,900
T45 0-5 1 53,776
5,590
4,725
5,825
14,100
24,375
4,050
3,063
0,225
T45 0-5 2 64,136
5,800
5,375
6,000
57,050
42,950
7,650
5,973
0,175
T45 0-5 3 68,078
5,600
4,900
5,850
25,800
30,075
9,600
6,318
0,150
T45 5-10 1 31,888
5,350
4,625
5,525
10,175
11,725
1,700
1,520
0,850
T45 5-10 2 42,142
6,010
5,300
6,050
16,900
35,775
5,700
4,390
0,175
T45 5-10 3 47,654
5,325
4,650
5,575
9,300 22,825
6,675
4,085
0,625
T45 10-20
1 34,969
5,225
4,600
5,600
5,625 8,850 1,125
1,130
1,025
T45 10-20
2 42,067
5,813
5,300
6,025
9,000 32,175
4,150
3,253
0,200
T45 10-20
3 43,013
5,425
4,800
5,550
24,400
22,375
6,575
3,795
0,825
Trat = tratamento (T0 = testemunha; T15 = 15 dias de pastejo; T30 = 30 dias de pastejo; T45 =
45 dias de pastejo); Prof = profundidade; Blo = bloco; C
Org.
= carbono orgânico total; pHa = pH
em água; pHs = pH em CaCl
2
; SMP = índice SMP; P = fósforo extraível Mehlich 1; K = potássio
trocável Mehlich 1; Ca = cálcio trocável; Mg = magnésio trocável; Al =alumínio trocável.
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