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01
Lorene Firmino Paniago
ANÁLISE DA FOTORREFLECTÂNCIA E
RUGOSIDADE SUPERFICIAL A LASER DE
BLOCOS DENTAIS BOVINOS SUBMETIDOS A
DIFERENTES AGENTES CLAREADORES
Dissertação
apresentada para obtenção
do Título de Mestre pelo Curso de Pós-
Graduação do Departamento de
Odontolog
ia da Universidade de
Taubaté.
Subárea : Dentística
Orientadora : Profª Dr
a
Priscila Christiane
Suzy Liporoni
Taubaté – SP
2006
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Lorene Firmino Paniago
ANÁLISE DA FOTORREFLECTÂNCIA E
RUGOSIDADE SUPERFICIAL A LASER DE
BLOCOS DENTAIS BOVINOS SUBMETIDOS A
DIFERENTES AGENTES CLAREADORES
Dissertação apresentada para obtenção
do Título de Mestre pelo Curso de Pós-
Graduação do Departamento de
Odontologia da Universidade de
Taubaté.
Subárea : Dentística
Orientadora : Profª Dr
a
Priscila Christiane
Suzy Liporoni
Taubaté – SP
2006
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LORENE FIRMINO PANIAGO
ANÁLISE DA FOTORREFLECTÂNCIA E RUGOSIDADE SUPERFICIAL A LASER DE
BLOCOS DENTAIS BOVINOS SUBMETIDOS A DIFERENTES AGENTES
CLAREADORES
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ, TAUBATÉ, SP
Data: ___________________________________________
Resultado: _______________________________________
COMISSÃO JULGADORA
Prof. Dr._______________________________INSTITUIÇÃO:___________________
Assinatura: __________________________________________
Prof. Dr._______________________________INSTITUIÇÃO:___________________
Assinatura: __________________________________________
Prof. Dr._______________________________INSTITUIÇÃO:___________________
Assinatura: __________________________________________
31
Aos meus pais Gildo e Joseli
Por dedicarem todo amor e se doarem por inteiro,
renunciando os seus sonhos, para que pudessem
realizar os meus. A vocês meu eterno amor e gratidão.
41
AGRADECIMENTOS
Ao meu irmão Rogério, pela dedicação, incentivo, paciência e apoio constante em
todas as etapas do meu trabalho.
Ao meu irmão Alexandre, que mesmo estando longe, sempre torceu muito para o
meu sucesso.
Ao Adelman pelo companherismo e carinho.
A Prof. Dra. Priscila Chirstiane Suzy Liporoni pela orientação e auxilio.
Aos amigos do mestrado pelas experiências e momentos compartilhados, em especial
a Dejenane.
A Ilene Rosia pelo apoio nas pesquisa e resultados.
A Fábio Dondeo Origo e Marcos Wander Ribeiro do Laboratório de Metrologia de
Superfícies Òpticas do IEAv-CTA pela atenção durante a fase experimental.
Aos funcionários Arauto e Flávio da Faculdade de Engenharia Mecânica da UNITAU
pela utilização do laboratório.
As amigas Ana Carolina e Susany pela amizade e por serem pessoas tão especiais
na minha família.
Aos meus avôs, José e Antônia, por serem meus segundo pais e estarem juntos
comigo compartilhando de todos os momentos de minha vida.
51
“O COVARDE NUNCA TENTA, O FRACASSADO NUNCA TERMINA E O VENCEDOR NUNCA
DESISTE”.
Norman Vicent Peale
61
PANIAGO, Lorene Firmino. Análise da fotorreflectância e rugosidade superficial a
laser de blocos dentais bovinos submetidos a diferentes agentes clareadores.
2006. 67f. Dissertação (Mestrado em Odontologia) Departamento de Odontologia,
Universidade de Taubaté, 2006.
Resumo
Atualmente uma crescente preocupação com a estética, demonstrando a
importância de um sorriso harmônico, levando–se em conta contorno, forma, cor e
alinhamento dos dentes. Um dos principais desequilíbrios estético do sorriso é a
alteração de cor que os dentes brancos são considerados sinais de cuidado, beleza
e sucesso. O objetivo deste estudo “in vitro” foi avaliar através da fotorreflectância, a
mudança de cor do bloco dental e por meio do rugosímetro a laser, a rugosidade
superficial dos dentes, antes e após o clareamento dental com diferentes agentes
clareadores. Corpos-de-prova foram confeccionados a partir de 15 dentes bovinos,
com uma face em esmalte de 3x3x3 mm, que ficaram armazenados em saliva artificial
durante todo experimento. Os blocos foram distribuídos em quatro grupos de acordo
com o agente clareador. Os fragmentos dentais antes do procedimento de
clareamento foram posicionados em um espectrômetro para se obter a leitura inicial da
fotorreflectância e em um rugosímetro a laser para análise rugosimétrica inicial. O
tratamento clareador consistiu da aplicação diária do peróxido de carbamida a 10%
por 4 h em quatro semanas (grupo 1), aplicação diária de peróxido de carbamida a
16% por 2 h em quatro semanas (grupo 2), aplicação de peróxido de carbamida a 18%
de 12 em 12 h diárias em duas semanas (grupo 3) e colocação de fitas com peróxido
hidrogênio a 5,3% nos fragmentos dentais por meia hora de 12 em 12 h diárias por
duas semanas ( grupo 4). Após, foram realizado a leitura final da fotorreflectância e a
análise rugosimétrica final. Os resultados indicaram que todos os grupos
apresentaram resposta ao tratamento clareador e não mostraram diferenças
significantes entre os grupos comparados. Para o ensaio de rugosidade superficial não
houve diferença da rugosidade medida antes e após o clareamento dental para todos
os materiais testados.
Palavras-chaves: clareamento dental, fotorreflectância, rugosidade a laser.
71
PANIAGO, Lorene Firmino. Analysis of the photoreflectance and superficial
roughness by laser of bovine dental blocks subjected to different bleaching
agents. 2006. 67f. Dissertação (Mestrado em Odontologia) Departamento de
Odontologia, Universidade de Taubaté, 2006.
Abstract
Currently, there is an increasing concern with the aesthetic, demonstrating the
importance of a harmonic smile, taking in account: out line, form, color and alignment
of the teeth. One of main the aesthetic disequilibrium of the smile is the color alteration
since the white teeth are considered signals of care, beauty and success. The purpose
of this "in vitro" study was to evaluate through the photoreflectance, the change of color
of the dental block and by the laser reliefmeter, the superficial roughness of teeth
before and after the bleaching procedures. Bodies of test have been made from 15
bovine teeth, with a face in enamel of 3 x 3 x 3 mm, that have been stored in artificial
saliva during all the experiment. The blocks have been distributed in four groups in
accordance with the bleaching agent. The dental fragments before the bleaching
procedure have been put in a spectrometer to get the initial reading of the
photoreflectance and in a laser reliefmeter for roughness analysis. The bleaching
procedure has been consisted of the daily application of peroxide of carbamide 10% for
4 h in four weeks (group 1), daily application peroxide of carbamide 16% for 2 h in four
weeks (group 2), daily application peroxide of carbamide 18% in every 12 h (group 3)
and ribbons of peroxide hydrogen 5,3% application, in the dental fragments for half and
hours in every 12 hours, daily for two week (group 4). After, it has been carried
through the final reading of the photoreflectance and the final roughness analysis. The
results have indicated that all the groups have presented a reply to the bleaching
treatment and they have not shown significant difference between the compared
groups. For the test of superficial roughness, there was not difference of roughness
measured before and after bleaching procedures for all the tested materials.
Key words: Bleaching, photoreflectance, laser roughness.
81
SUMÁRIO
Resumo 6
Abstract 7
Listas 9
1 Introdução 13
2 Revisão da Literatura 16
3 Proposição 31
4 Material e Método 32
4.1 Preparo dos Blocos 32
4.2 Análise inicial da fotorreflectância 34
4.3 Análise da rugosidade superficial 36
4.4 Protocolo de clareamento 37
4.5 Análise da fotorreflectâcia e rugosidade após o clareamento 38
5 Resultados 39
5.1 Fotoreflectância 39
5.2 Rugosidade 43
6 Discussão 45
7 Conclusões 48
Referências 49
Apêndice 56
91
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Resultado da análise de variância para o ensaio de
fotorreflectância 39
Tabela 2 - Resultado do teste de comparações múltiplas de Tukey
com nível de significância de 5% 40
Tabela 3 - Resultado da análise de variância para o ensaio de
rugosidade superficial 43
Tabela 4 - Resultado da rugosidade inicial (antes do clareamento)
e final (depois do clareamento) do grupo Simply White 56
Tabela 5 – Resultado da rugosidade inicial (antes do clareamento)
e final (depois do clareamento) do grupo Peróxido de
carbamida 16% 58
Tabela 6 – Resultado das leituras de rugosidade inicial ( antes do
clareamento) e final (depois do clareamento) do grupo
de Peróxido de carbamida 10% 60
Tabela 7 – Resultado da rugosidade inicial (antes do clareamento) e
final (depois do clareamento) do grupo Crest Whitestrips 62
Tabela 8 - Área sob a curva, antes do clareamento, dos gráficos da
análise de fotorreflectância. Crest whitestrips (CW), Peró_
xido de Carbamida 10% (PC 10), Peróxido de carbamida
16% (PC 16) e Simply White (SW) 65
Tabela 9 - Área sob a curva, após do clareamento, dos gráficos da
análise de fotorreflectância. Crest whitestrips (CW), Peró_
xido de carbamida 10% (PC 10), Peróxido de carbamida
16% (PC 16) e Simply White (SW) 66
101
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Grupos experimentais 32
Figura 2 - Produtos clareadores usados na pesquisa (Simply White,
Crest Whitestrips, Whiteness 10% e Whiteness 16%) 32
Figura 3 - (A) Máquina de corte Extec; (B) Máquina de Politriz para
lixamento DP10 33
Figura 4 - Esquema do corte dos dentes 33
Figura 5 - Sistema de fotorreflectância 34
Figura 6 - Esquema do sistema de fotorreflectância 35
Figura 7 - (A) Esfera integradora aberta; (B) Posição da fibra óptica
em relação à amostra 35
Figura 8 - Ponteira óptica Focodyn 36
Figura 9 - Gráfico ilustrativo da comparação entre as leituras iniciais
e finais de fotorreflectância para todos os grupos testados.
(CW= Crest Whitestrips; PC10= Peróxido de carbamida 10%;
PC16= Peróxido de carbamida 16%; SW= Simply White) 41
Figura 10 - Gráfico ilustrativo mostrando o comportamento das Tiras
Crest Whitestrips antes e após o tratamento clareador 41
Figura 11 - Gráfico ilustrativo mostrando o comportamento do Peróxido
de carbamida 10%, antes e após o tratamento clareador 42
Figura 12 - Gráfico ilustrativo mostrando o comportamento do Peróxido
de carbamida 16%, antes e após o tratamento clareador. 42
Figura 13 - Gráfico ilustrativo mostrando o comportamento do Simply
White, antes e após o tratamento clareador. 43
111
Figura 14 - Gráfico ilustrativo representando as leituras de Rugosidade
Superficial para os grupos CW = Crest Whitestrips; PC10 =
Peróxido de carbamida 10%; PC16= Peróxido de carbamida
16%; SW= Simply White. 44
Figura 15 - Gráfico ilustrativo da comparação entre as leituras iniciais e
finais de fotorreflectância para todos os grupos testados.
(CW= Crest Whitestrips; PC10= Peróxido de carbamida 10%;
PC16= Peróxido de carbamida 16%; SW= Simply White) 64
121
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AFM - Microscopia de Força Atômica
ºC - grau Celsius
ESCA - Espectroscopia Eletrônica para Análise Química
g - grama
KH - microdureza de Koop
mm - milímetro
mm
2
- milímetro quadrado
nm - nanômetro
N - newton
µm - micrômetro
µl - micrôlitro
131
1 Introdução
Hoje uma crescente preocupação com a estética, demonstrando a
importância de um sorriso harmônico, levando-se em conta contorno, forma, cor e
alinhamento dos dentes. Alterações no sorriso mostram efeitos surpreendentes na
auto-estima do indivíduo em uma sociedade extremamente competitiva onde esse
padrão certamente está relacionado a novas perspectivas. Um dos principais
desequilíbrios estéticos do sorriso é a alteração de cor que dentes brancos são
considerados sinais de cuidado, beleza e sucesso.
As alterações de cor dos dentes podem ser de origem extrínsecas e
intrínsecas. O manchamento extrínseco pode ser causado por bebidas corantes, como
café, vinho, chá preto, refrigerantes, tabaco e bactérias cromógenas. as
descolorações intrínsecas são mais complicadas e difíceis de serem tratadas e podem
ser congênitas ou adquiridas; as congênitas relacionam-se a alterações estruturais na
época de formação do dente. As adquiridas podem ser de causa fisiológica, ingestão
de medicamento, distúrbios e trauma (BARATIERI,1993).
O clareamento dental é uma técnica conservativa, segura e de baixo custo
(HAYWOOD; HEYMANN, 1989; HAYWOOD, 1992; BARATIERI et al., 1993; TAMES;
GRANDO; TAMES, 1998; PIMENTA; PIMENTA, 1998).
Essa técnica foi descrita por Haywood e Heymann em 1989, onde se utiliza
como agente clareador o peróxido de carbamida a 10% por 8 h diárias num período de
duas a seis semanas. Atualmente concentrações mais elevadas têm sido
preconizadas para se obter um resultado mais rápido (LEONARD JR, 1998). A técnica
requer a utilização de moldeiras individuais para colocação do agente clareador
(RITTER et al., 1992). Isso pode ser uma desvantagem desse método pois pode
ocorrer deglutição de agente clareador ou extravasamento do gel causando injúrias no
periodonto. Novos materiais têm sido introduzidos no mercado, como as tiras de
clareamento dental Crest® Whitestrip. O agente clareador, peróxido de hidrogênio
5,3% ou 6,5% é incorporado a tiras plásticas maleáveis e aderidas sobre a superfície
dental. Isso permite um maior controle do agente clareador, em dose única,
promovendo um tratamento efetivo e mais seguro comparado aos sistemas
tradicionais (GERLACH; BIESBROCK, 2002; MIRANDA; BENETTI; PAGANI, 2002;
WHITE et al., 2003). Outro sistema introduzido no mercado recentemente são os géis
clareadores com pincéis, Simply White com peróxido de carbamida 18%, sem o uso de
moldeira (SLEZAK et al., 2002; NATHOO et al., 2002; AYAD et al., 2002).
Independente do agente clareador usado, o tratamento deve ser realizado
inicialmente em uma das arcadas para haver possibilidade de comparação, e também
14
diminuir o desconforto do paciente com relação a sensibilidade dental (BARATIERI et
al.,1993).
O agente clareador mais usado é o peróxido de carbamida (HAYWOOD;
HEYMANN, 1989; HAYWOOD, 1992; SALIS et al., 1997; CHRISTENSEN, 1997;
TAMES; GRANDO; TAMES, 1998; GONÇALVES; MONTEALTO; RAMOS, 2001;
BARATIERI, 2001). O peróxido de carbamida 10% é equivalente ao peróxido de
hidrogênio a 3% (HAYWOOD, 1992; SALIS et al., 1997; BARATIERI et al., 2001) e
durante o processo de clareamento possuem um elevado potencial anticariogênico
devido à elevação do pH da placa e da saliva (LEONARD JR et al., 1994) diminuindo o
número de bactérias, reduzindo a quantidade de placa dental e gengivite (LEONARD
JR et al., 1994; BENTLEY et al., 2000). A literatura sugere uma segurança maior para
a técnica de clareamento com peróxido de carbamida quando comparada ao peróxido
de hidrogênio (CARDOSO; VIEIRA, 1997).
Em contato com a saliva o peróxido de carbamida 10% é degradado em 3 a 5%
de peróxido de hidrogênio e 7 a 10% de uréia (HAYWOOD, 1997). O peróxido de
hidrogênio é o agente ativo (BARATIERI et al., 1993) e é metabolizado por enzimas,
decompondo-se em água e oxigênio, e a uréia em dióxido de carbono e amônia. As
soluções de peróxido têm baixo peso molecular o que permite que elas transitem pelos
espaços interprismáticos e provoquem a oxidação dos pigmentos. Durante os
processos iniciais do clareamento, as moléculas de carbono pigmentadas,
responsáveis pela alteração de cor, são quebradas e convertidas em cadeias
menores, conseqüentemente mais claras (HAYWOOD; HEYMANN, 1989; BARATIERI
et al., 1993).
Um efeito adverso do tratamento clareador é a sensibilidade relatada pelos
pacientes durante os primeiros dias de utilizão do gel clareador (RITTER et al.,
1992; BARATIERI et al., 1993; HAYWOOD, 1996); outros estudos concordam que
essa sensibilidade é transitória e diminui com o uso (LEONARD JR; HAYWOOD,
PHILLIPS, 1997; LEONARD JR, 1998).
Estudos têm demonstrado que podem ocorrer alterações superficiais no
esmalte dental (McCRACKEN; HAYWOOD, 1995; TAMES; GRANDO; TAMES, 1998),
mas essas alterações são reversíveis após o término do tratamento devido à ação da
saliva.
O clareamento dental caseiro apresenta algumas vantagens, como o reduzido
tempo de cadeira no consultório diminuindo o custo do tratamento, não emprega calor
nos dentes, não faz condicionamento ácido nos dentes, emprega um agente químico
de baixa concentração reduzindo a possibilidade de injúria ao periodonto e à polpa e
riscos de contato acidental com olhos e pele do paciente e do profissional (RITTER et
15
al., 1992; BARATIERI, 2001).
Muitos trabalhos relatam que os dentes clareados apresentem menores valores
de adesão logo após o clareamento. Para substituição das restaurações de resina
composta com margens tanto em esmalte, quanto em dentina/cemento, é preconizado
aguardar 21 dias após o término do clareamento (BARATIERI et al., 1993).
Com o lançamento de novos agentes e técnicas clareadoras necessidade
de novos estudos sobre a efetividade desses agentes clareadores comparados aos
sistemas tradicionais, e seus efeitos sobre a superfície dental.
16
2 Revisão da Literatura
Haywood et al., 1990, avaliaram o efeito do agente clareador na textura da
superfície do esmalte. O estudo in vitro incluiu 33 dentes humanos extraídos (pré-
molares) que foram sujeitados a peróxido de carbamida a 10% por um período de
cinco semanas. Em cada período de 7 h de tratamento clareador foi seguido por uma
hora submerso em saliva artificial para um total de 245 h de exposição e 34 h de
imersão em saliva. Após o tratamento concluído, as amostras foram analisadas tanto
na área tratada como na de controle por microscópio eletrônico da varredura (MEV).
Os resultados mostraram que não houve diferença, da cor e textura da superfície, da
área coberta com a exposta ao produto em nenhum dos dentes. Concluíram que a
solução de clareamento avaliada neste estudo não alterou a superfície topográfica e
que os efeitos do clareamento estenderam para porção dos dentes que não tiveram
contato direto com a solução.
Haywood e Heyman, 1991, publicaram uma revisão de literatura na qual
verificaram os efeitos do peróxido de carbamida em tecidos duros e moles da boca. O
efeito mais comum encontrado no dente foi à sensibilidade a mudanças térmicas. Em
relação à capacidade de adesão do esmalte, foi relatado que é reduzida inicialmente
devido ao resíduo de oxigênio na superfície clareada e normalizado após uma
semana. Em tecidos moles, é observada irritação ou inflamação gengival no início do
tratamento. O peróxido de carbamida demonstrou nos estudos uma tendência à
reparação tecidual e redução de placa gengival. Concluíram que embora exista uma
preocupação considerando o efeito potencial cancerígeno do peróxido, toxidade e
danos aos tecidos moles e duros, a literatura indica que a solução de peróxido de
carbamida a 10% no método para clareamento dentais é considerada segura quando
administrada corretamente sob a supervisão de um dentista.
McGuckin et al., 1992, analisaram as alterações morfológicas na superfície do
esmalte humano após o clareamento vital. Três agentes clareadores foram
selecionados para esta investigação e 14 incisivos centrais humanos intactos
extraídos foram usados como espécimes. Os dentes foram tratados por trinta dias em
três protocolos: Caseiro1 (Proxigel, n= quatro) por 8 h diariamente, Caseiro2 (White &
Bright, n=quatro) por 24 h com 3 min de gel de flúor estanhoso, e um protocolo de
consultório (n=quatro) usando peróxido de hidrogênio a 30% (superoxol) aquecido por
uma luz de alta intensidade, enquanto o controle foi o remanescente o tratado. No
“caseiro” foi usado o agente clareador contendo aproximadamente 10% de peróxido
de carbamida. Após o clareamento, as superfícies coronárias foram examinadas com
um microscópio eletrônico de varredura (SEM) e a superfície topográfica foi medida
17
por um perfilômetro. A fotomicrografia (SEM) do grupo controle e o do tratamento do
consultório foram similares, enquanto que a superfície clareada caseira apresentou
igual um do outro. Análise do perfilômetro foi usada para examinar a rugosidade
superficial. A medida da rugosidade superficial foi: controle, 1,9; caseiro1, 0,6;
caseiro2, 0,9 e consultório, 0,6. Concluíram que houve alteração da superfície do
esmalte com todos os agentes clareadores usados no estudo e que variou para cada
solução.
Simon et al., 1993, estudaram a eficácia do clareamento caseiro em dentes
vitais. Pacientes clínicos (n=25) foram voluntários para participar do estudo. Houve
uma consulta inicial com profilaxia oral e fotografia antes do tratamento. Uma
impressão de alginato foi feita dos dentes superiores e um modelo de gesso pedra foi
confeccionado para a construção da moldeira. O gel de peróxido de carbamida 10%
foi usado por todos pacientes do estudo. Foi mostrado como colocar o gel na moldeira
e instruídos para usar 4 h por dia, 2 h na manhã e 2 h a tarde ou noite, durante quatro
semanas. Os apontamentos foram feitos monitorando em intervalos de uma semana.
Em cada apontamento semanal subseqüente, os pacientes foram examinados quanto
à sensibilidade nos tecidos duros e moles da boca. Fotografias foram tiradas em cada
apontamento usando a mesma câmera. Os slides foram avaliados usando um
decímetro de transmissão de cor. Os dentes inferiores foram usados como controle
para cada paciente. Todos os pacientes sentiram que seus dentes clarearam e ficaram
satisfeitos com os resultados. Houve uma sensibilidade muito pequena durante o
procedimento, e nenhum paciente interrompeu o uso devido a essa sensibilidade.
Haywood et al, 1994, realizaram um estudo com o objetivo de determinar a
eficácia, os efeitos colaterais e a estabilidade do tratamento clareador a longo tempo.
Foram selecionados 38 pacientes, caracterizando o tipo de mancha baseado na
história do paciente e na avaliação do operador. As categorias identificadas foram
agrupadas em descoloração inerente, envelhecimento, mancha de tetraciclina, trauma
e fluorose. Foram feitas fotografias pré-operatórias dos dentes maxilares e
mandibulares e a cor dos dentes foi determinada usando a escala de cor (Vita Lumin,
Vita Zahnfabrik). Os dentes inferiores foram usados como controle. Depois de
confeccionadas as moldeiras, foram instruídos sobre o uso do produto. Realizaram o
tratamento por seis semanas, com uso das moldeiras com a solução de peróxido
carbamida 10%, de seis a oito horas por noite. Concluíram que os dentes manchados
por idade, fluorose, trauma, e descoloração inerente obtiveram resultados de
clareamento em 96,7% dos pacientes, e dentes manchados por tetraciclina foram
clareados em 75% dos pacientes. Um número significante de pacientes, 66%,
apresentou efeitos colaterais transitórios como irritação gengival e/ou sensibilidade
18
dental durante o tratamento, porém estes efeitos colaterais não proibiram a
continuação do tratamento e desapareceram com o termino do tratamento sem deixar
danos. A mudança de cor dos dentes ocorreu em 74% dos pacientes após um ano e
meio do clareamento e em 62% após três anos.
Leonard Junior et al., 1994b, analisaram os efeitos do pH salivar em solução de
peróxido de carbamida 10% quando usados em moldeiras. Participaram do estudo
quatro indivíduos adultos. Após inserção da moldeira com agente clareador, foi
mensurado o pH salivar em intervalos de 5 min até os valores retornarem a níveis
padrões. Os resultados deste estudo indicaram que o pH salivar diminui nos primeiros
5 min e aumenta significativamente após 15 min do clareamento vital caseiro e não
baixa de valor nas primeiras 2 h.
Tipton, Braxton e Dabbous, 1995, promoveram um estudo com o objetivo de
determinar os efeitos do agente clareador com peróxido de hidrogênio no fibroblasto
gengival humano. Os fibroblastos usados no estudo foram derivados de pacientes
saudáveis sem inflamação gengival. O exame microscópico revelou que
concentrações de 0,05% a 0,025% de agente (H
2
O
2
) matam a maioria das células.
Nas concentrações de 0,025% a 0,017% algumas mudanças morfológicas foram
notadas; as células apresentaram normais nas concentrações 1 0,0125%. O agente
decresceu significativamente (P 1 0,002) a proliferação celular, medida por
incorporação de Thimidine dentro do DNA celular, na concentração menor que
0,006%. O agente diminuiu significativamente a produção de colágeno tipo I (P 12343562
e III (P 12 0,04) medidos pelo teste de ELISA na concentração menor de 0,0125%. O
colágeno tipo V não foi detectado em nenhuma condição. Com isso, os resultados in
vitro mostraram que o agente é tóxico para o fibroblasto da gengiva humana, inibindo
algumas funções celulares.
Haywood, 1996, realizou um resumo da técnica do clareamento vital e publicou
que o clareamento caseiro com uso de moldeiras quando prescrito, através de um
correto exame e diagnostico, e monitorado pelo dentista, são considerados seguros
como os outros procedimentos odontológicos.
Haywood, Leonard e Dickinson, 1997, avaliaram a eficácia de seis meses de
tratamento de clareamento vital em dentes manchados por tetraciclina. Pacientes
cujos dentes tiveram manchas moderadas a severas devido ao uso de tetraciclina e
apresentava o desejo de clarear seus dentes, foram examinados para verificar se
encontravam nos critérios de inclusão do estudo. A avaliação inicial incluiu na análise
da história médica e odontológica e uma radiografia dos incisivos superiores. Foram
incluídos dez pacientes maiores de 18 anos, com quatro ou mais dentes anteriores
vitais e intactos sem restaurações, e que não apresentavam patologias verificas
19
radiograficamente. Foi confeccionado moldeira com alivio de 0,5 mm para o arco
superior através de moldagem com alginato. O arco mandibular foi usado como
controle. Os pacientes foram instruídos para colocação da moldeiras com o produto
clareador (peróxido de carbamida 10%) antes de dormir, permanecendo toda noite e
removendo ao acordar, sem nenhuma aplicação do produto durante o dia. Foram
tiradas fotografias antes e no fim do tratamento para verificação do resultado.
Formulários foram elaborados por cada paciente para registrar o número de horas de
uso do produto por noite e os efeitos colaterais de cada aplicação, os quais foram
avaliados no final do tratamento. Os resultados foram que seis dos dez voluntários
terminaram o tratamento e ficaram satisfeitos com a cor dos seus dentes. Os
formulários de registro indicaram que os efeitos colaterais foram de forma esporádica
por um a vinte dias do período de tratamento (média de seis dias). O exame clínico e
por microfotografias eletrônica de varredura não revelou nenhuma destruição ou
variação da textura superficial dos dentes, os quais foram comparados com os dentes
inferiores que serviram de controle. Concluindo que estendendo por seis meses o
tratamento clareador, com peróxido de carbamida 10% , uma mudança clinica bem
sucedidas de cor, nos dentes manchados por tetraciclina.
Tames, Grando e Tames, 1998, estudaram 16 amostras obtidas a partir de oito
terceiros molares inclusos, nos quais foram delimitadas áreas experimentais de 32
mm, nas superfícies vestibular e lingual de cada dente. Foram confeccionadas
moldeiras individuais a vácuo com alívio interno nas áreas correspondentes às janelas
de esmalte. As amostras ficaram durante quatro semanas em contato com o agente
clareador dental à base de peróxido de carbamida 10%, totalizando 28 períodos de 12
h continuas intercalada por pausas de 20 min, nas quais as moldeiras e o esmalte
eram lavados com jatos de água deionizada. E então analisadas ao microscópio
eletrônico de varredura (MEV) e posteriormente com a finalidade de observar
alterações de esmalte em profundidade, foram submetidos à análise de
Espectrofotometria de Dispersão de energia (EDE) para determinação
semiquantitativa e qualitativa elemental das estruturas globulares presentes. Foram
observadas alterações sem aspecto uniforme na superfície do esmalte e poros de
diâmetro aumentados e embocaduras adotando forma afunilada. Realizaram análises
das superfícies de fratura transversais à área experimental, verificaram grande número
de estruturas globulares distribuídas por toda a superfície, sugerindo um efeito erosivo
do agente clareador.
McCaslin et al., 1999, realizaram um estudo com o objetivo de avaliar a mudança
de cor da dentina e determinar se a alteração de cor foi uniforme ou ocorreu do meio
externo (junção dentina esmalte) para o meio interno (parede pulpar). Foram utilizados
20
dez dentes anteriores humanos extraídos e seccionados longitudinalmente ao meio.
Cada espécime foi posicionado com o lado cortado para baixo sobre uma lâmina de
vidro e a periferia dos espécimes foi selada com adesivo cianocrilato para prevenir
microinfiltração na interface entre o vidro e o dente. A raiz desde o ápice à junção
cemento esmalte foi coberta com três camadas de esmalte vermelho para unhas.
Somente a porção coronária foi acessível ao agente clareador. No lado oposto da
lâmina de vidro foi usada tinta marcadora permanente para fazer duas marcas em
alinhamento direito no vidro ao redor do dente. Essas marcas foram usadas
posteriormente para padronização no nível cinza. Antes da aplicação da solução
clareadora, foi fotografado a superfície cortada de cada espécime para estabelecer a
linha de base. Todas as imagens foram obtidas através de condições padronizadas de
luz, distância e exposição. O processador de imagens usado foi o Photoshop-Adobe
Systems Inc. Foi feita análise de densidade radiométrica da dentina usando programa
NIH Imagem que produz um histograma (distribuição da freqüência dos níveis de
cinza) que permite comparação entre as imagens. Foi usado o peróxido de carbamida
10% diretamente no esmalte sem a necessidade de moldeira. Os dentes foram
clareados por dez dias. No primeiro dia o corte de dentina coberto pelo vidro foi
fotografado em sua linha de base em intervalos de 2 h nas primeiras 8 h posteriores a
aplicação do clareamento para se estabelecer mudança imediata de cor. Durante os
próximos nove dias, os dentes foram fotografados a cada manhã, lavados com água e
armazenados. Concluíram que ocorreu mudança de cor em toda dentina de um modo
uniforme.
Thitinanthapan, Satamanont, Vongsavan, 1999, estudaram in vitro, a quantidade
de peróxido de carbamida que penetra na cavidade pulpar. Foram usados três marcas
diferentes de peróxido de carbamida: Opalescente, Sparkle e Rembrandt. Foram
cortadas setenta raízes de pré-molares aproximadamente três milímetros apical na
junção cemento-esmalte, e o tecido pulpar foi removido. Eles foram divididos em três
grupos experimentais (n= vinte) e um grupo controle de dez dentes. Uma solução
tampão de acetato foi colocada dentro da cavidade pulpar antes da exposição da
coroa ao agente clareador por 25 min a 37º C. A solução tampão foi removida e
reagida com leucocristal violeta/peroxidase de Armoracia. A densidade óptica da cor
azul revelada foi medida com um comprimento de 596 mm e o vermelho para a curva
padrão da quantidade de peróxido de hidrogênio. Uma diferença estatística
significante do nível de peróxido de hidrogênio foi observada na análise de variância
entre os três grupos. Concluíram, com isso, que as penetrações dos produtos de
clareamento foram diferentes, ainda que os produtos apresentassem a mesma
21
solução de peróxido de carbamida, o que pode resultar em diferentes níveis de
sensibilidade e eficiência do clareamento.
Campos e Pimenta, 2000, realizaram uma revisão de literatura com o objetivo de
definir quando substituir com segurança as restaurações de compósito após o
clareamento caseiro com peróxido de carbamida a 10%. De acordo com a bibliografia
estudada concluíram que as restaurações de resina composta que necessitam serem
trocadas por motivos estéticos, o devem ser substituídas após o termino do
clareamento dental caseiro, o que pode ocasionar aumento da microinfiltraçao e
menores valores de resistência ao cisalhamento, tração, além de alteração na
morfologia dos “tags”. Devem ser aguardados 21 dias para a troca com segurança
dessas restaurações, sejam as mesmas localizadas em esmalte ou dentina/cemento.
Isso porque ocorre uma diminuição da adesão do sistema adesivo/resinas composta a
estrutura dental, devido a liberação do oxigênio residual do mecanismo de ação dos
agentes clareadores.
Gerlach, Barker e Sagel, 2001, compararam, quanto à resposta clínica e
tolerância, de dois sistemas de clareamento com acesso direto ao consumidor. Um
total de vinte adultos saudáveis voluntários foram escolhidos aleatoriamente para o
uso de peróxido de hidrogênio 6% em tiras (Crest Whitestrips) ou combinação de gel
de peróxido de carbamida 10% usado por moldeira, dentifrício clareador e um
enxaguatório bucal (Rembrat Superior Plus Bleaching System). O tratamento seguiu
as recomendações do fabricante. Somente a arcada superior foi clareada por um
período de 14 dias. Os indivíduos foram avaliados em três, oito e 15 dias. A eficácia foi
medida por imagem digital com parâmetros individuais de cor (L e B) e parâmetros de
cor to7892 E). Após 14 dias, a redução média ajustada no amarelo ( B) foi de -2,23
+- 0,157 para as tiras de peróxido de hidrogênio comparadas com o sistema de
combinação com peróxido de carbamida que foi de -0,97 +-0,188. Isto representou
estatística significante (p< 0.0001), redução da cor amarela duas vezes superior para o
grupo das tiras de clareamento comparada com o outro produto estudado. Em relação
à tolerância, a sensibilidade dental e a irritação oral, as quais foram avaliadas por
examinação e relatos dos participantes, foram comuns nos grupos. Considerando a
duração e a severidade quanto à tolerância media do clareamento, medida
diariamente, foi de 0,07 e 0,58 para as tiras e sistema combinado respectivamente
com diferença estatística de P=0,041 favorecendo o Crest Whitestrips. Concluíram que
ambos os produtos estudados clarearam os dentes e foram tolerados pelos
participantes, porém o Crest Whitestrips apresentou resposta superior quanto a
eficácia do clareamento dental comparado ao Rembrat Superior e Plus Bleaching
System.
22
Moresco e Souza, 2001, realizaram um estudo microscópico dos efeitos de
clareadores dentais na mucosa bucal e no tecido conjuntivo subcutâneo de ratos. Os
produtos analisados foram um dentifrício clareador, contendo bicarbonato de sódio e
peróxido de cálcio e um gel clareador dentário à base de peróxido de carbamida 10%.
Foram utilizados 72 ratos, os animais foram divididos aleatoriamente em três grupos
com 24 cada: grupo C (grupo controle), grupo D (grupo no qual utilizou-se o gel o
dentifrício clareador) e grupo G (grupo no qual utilizou-se o gel clareador). Os três
grupos foram divididos em quatro subgrupos, com seis ratos cada, de acordo com os
períodos em subgrupos (sacrificados após dois dias); subgrupo 10 (sacrificados após
10 dias); subgrupo 20 (sacrificados após 20 dias) e subgrupo 30 (sacrificado após 30
dias).Obteve-se assim os seguintes subgrupos: C2, C10, C20, C30, D2, D10, D20,
D30, G2, G10, G20 e G30. Para avaliar os efeitos dos clareadores dentários sobre a
mucosa bucal dos ratos, utilizou-se a aplicação tópica dos produtos diariamente, pela
manhã, até o trigésimo dia, sobre o sulco vestibular inferior direito, com auxilio de uma
seringa hipodérmica descartável sem agulha, enquanto que o grupo controle aplicou-
se água destilada. Concomitantemente foram implantadas tubos de PVC siliconizados
no dorso dos animais buscando verificar alterações no tecido conjuntivo. No grupo
controle foram implantados tubos vazios, e nos demais grupos, tubos contendo o
dentifrício clareador e o gel clareador dentário. Após o sacrifício dos animais, os
fragmentos de mucosa bucal e do tecido conjuntivo subcutâneo foram processados
pela técnica da inclusão em parafina e corados pelo método da hematoxilina-eosina
(H.E.) e analisados por microscopia. Concluíram que a aplicação tópica do dentifrício
clareador com bicarbonato de sódio e peróxido de cálcio na mucosa bucal de ratos
ocasionou uma maior ocorrência de infiltrado inflamatório quando comparado com
grupo controle, enquanto que o gel clareador dentário à base de peróxido de
carbamida 10% não ocasionou alterações estatisticamente significantes. Porém no
tecido conjuntivo subcutâneo dos ratos, a introdução do dentifrício clareador com
bicarbonato de sódio e peróxido de cálcio e o gel clareador dentário a base de
peróxido de carbamida a 10% apresentaram uma ocorrência estatisticamente
significante de infiltrado inflamatório de intensidade severa e de tecido de granulação
quando comparados ao grupo controle.
Leonard Jr et al., 2001b, em um estudo de clareamento vital caseio in vivo
avaliaram por microscopia eletrônica de varredura os efeitos que o peróxido de
carbamida 10% causou na morfologia superficial do esmalte após duas semanas de
tratamento e em seis meses pós-tratamento. Participaram do estudo dez pacientes
sendo que cada um utilizou uma moldeira com solução clareadora durante oito a dez
horas por 14 dias de tratamento. Foi feita moldagem inicial dos dentes incisivos
23
superiores, após 14 dias de tratamento e seis meses pós-tratamento e produzido um
molde de resina epóxica. Os moldes de resina epóxica foram realizados e preparados
para visualização em microscopia eletrônica de varredura e fotografias foram feitas
com aumento de duzentas vezes e duas mil vezes. Seis examinadores avaliaram as
alterações da morfologia superficial do esmalte comparadas com as fotografias do
microscópio feitas inicialmente, 14 dias de tratamento e seis meses pós-tratamento.
Esse estudo demonstrou que o regime de 14 dias de clareamento com peróxido de
carbamida 10% tem efeito nimo na morfologia superficial do esmalte e que esses
efeitos não aumentam com o tempo.
Leonard Junior et al., 2001a, determinaram em um estudo clinico longitudinal a
eficiência clinica, duração dessa eficiência e, 3, 6 e 47 meses pós-tratamento com a
solução clareadora contendo peróxido de carbamida 10% e percepção dos pacientes a
técnica clareadora. Nesse estudo envolvendo humanos foram clareados os dentes
incisivos superiores e a tomada de cor foi feita no terço médio dos dentes. Foram
avaliados as alterações no índice gengival, índice de placa, índice gengival não
marginal, índice de mucosa oral não gengival e vitalidade dentária. Estudo das
alterações radiográficas e sensibilidade dentária percebida pelo paciente ou irritação
gengival durante o tratamento e pós-tratamento também foram avaliadas. Os
resultados desse estudo como aqueles previamente avaliados com peróxido de
carbamida 10% utilizados de acordo com as recomendações do fabricante são
eficazes e seguro, com efeitos colaterais mínimos. A estabilidade da cor em longo
prazo foi relatada por 82% dos participantes no final do estudo, sem nenhum efeito
adverso.
Matis et al., 2002, determinaram a degradação de nove agentes clareadores com
diferentes concentrações depois de duas horas in vivo. Os nove produtos usados no
estudo foram de peróxido de carbamida: Opalescente 10%, 15% e 20%, Rembrandt
10%, 15% e 22% e Night White 10% , 16% e 22%. Participaram do estudo dez adultos
por um período de quatro meses. Os produtos foram usados conforme as
recomendações do fabricante: Night White e Rembrant, com o uso de moldeiras sem o
reservatório, enquanto que o Opalescente com o uso de moldeiras com reservatório
na região vestibular dos dentes. Cada sujeito realizou um total de 27 visitas e usou
uma moldeira com agente clareador por 2 h em três separadas ocasiões. Após este
período, o gel clareador foi recuperado nas superfícies dos dentes, na moldeira e na
região intra-oral por enxaguatório bucal com água deonizada. A quantidade de
remanescente foi determinada e calculada por método de farmacopia. O estudo
mostrou que a porcentagem de peróxido de carbamida recuperada foi
significantemente maior nos produtos Opalescente (47 a 54%) comparada com Nite
24
White (22 a 25%) e Rembrandt (15 a 16%). Concluíram que todos os noves produtos
testados degradam de maneira semelhante, que a recuperação do peróxido de
carbamida foi significativamente maior quando usado moldeiras com reservatórios e
que uma maior ingestão do produto pelo paciente quando usado moldeiras sem
reservatório.
Slezak et al., 2002, analisaram o perfil de segurança do Simply White, produto de
clareamento doméstico, adquirido sem prescrição, tendo como ingrediente ativo
peróxido de carbamida a 18%, em forma de gel líquido utilizado por meio de pincel
aplicador. Verificaram no estudo o potencial do produto em provocar irritação dos
tecidos moles da boca, sensibilidade dental e danos ao tecido pulpar. Para determinar
o potencial do peróxido que penetrar na câmera pulpar foram utilizados pré-molares
superiores recentemente extraídos e intactos. Os dentes foram seccionados com uma
incisão de 3 mm na junção do cemento com o esmalte. Após a remoção do tecido
pulpar a superfície externa foi vedada com um esmalte de unha. A câmera pulpar foi
então preenchida com 25 µl de tampão de acetato. Esse tampão agiu como um meio
de estabilização para qualquer peróxido que houvesse se difundido para câmera
pulpar. As coroas foram tratadas com o Simply White. Os dentes que serviram de
controle foram colocados em água destilada. Após 30 min de tratamento a 37º C, a
quantidade de peróxido de hidrogênio que penetrou na câmera pulpar foi medida e
analisada por colorimetria por meio de exame de violeta leuco-violeta/peroxidase de
Armoracia. Outro estudo foi feito para determinar a corrosão e desmineralização do
esmalte. Foram cortados blocos dentais de esmalte (2 x 3 x 2 mm) para serem usados
na espectroscopia eletrônica para análise químicas (ESCA) e na microscopia de força
atômica (AFM). A superfície do esmalte foi estudada utilizando ESCA e AFM antes do
início e no final do tratamento, a fim de determinar a composição e a morfologia de
cada bloco de esmalte. O tratamento consistiu na aplicação do Simply White nos
blocos de esmalte, após foram colocados durante 30 min em um recipiente contendo
saliva humana obtida por estimulação e depois lavados por saliva recém colhida e em
seguidas submetidos a ultra-som durante aproximadamente 5 s. Esse tratamento foi
então repetido até um total de 14, 28 ou 42 vezes para representar um, dois e três
semanas de uso do produto (duas aplicações diárias seguindo as instruções do
fabricante). Após os tratamentos, os blocos foram analisados e os resultados
comparados com as medidas do início do teste. A microdureza foi estudada através de
dez discos de esmalte bovinos. Metade do disco foi protegido com verniz ácido
resistente e a outra metade foi deixada exposta. Cada disco foi imerso em 0,5 g do
produto de teste por 2 h, duas vezes ao dia. Os discos foram tratados por mais 2 h
adicionais, enxaguados e colocados em saliva artificial durante toda noite. Entre os
25
tratamentos, os discos foram colocados em saliva artificial para simular condições de
remineralização. Esse processo foi repetido diariamente até que tivessem se passados
14 ou 83 h de tratamento. A microdureza foi determinada usando o testador de
microdureza Leitz Miniload adaptado a um penetrador de diamante Knoop. Mais um
estudo clinico com dez indivíduos foi realizado para determinar a concentração de
peróxido na saliva após o uso do Simply White. Antes de usar o produto cada
participante forneceu uma amostra de saliva inicial. Após a aplicação do produto
conforme recomendado, cada participante forneceu amostras de saliva 1, 5, 15 e 30
min após o uso do produto. A saliva foi analisada mediante o método de
espectrofotométrico. E por fim realizaram um estudo com uso exagerado (quatro vezes
ao dia por três semanas) para medir o potencial do produto de provocar irritação nos
tecidos moles da boca. O estudo foi duplo-cego e com dois grupos, 15 utilizaram um
placebo e 15 o Simply White. Foi feita uma avaliação dos tecidos moles da boca em
cada individuo por um profissional da área antes do início do estudo para confirmar a
boa saúde oral. Os participantes foram então reavaliados após sete, 14 e 21 dias de
uso do produto de teste quanto à irritação dos tecidos moles. Concluíram, após todos
estes estudos, que os veis de peróxido de hidrogênio na câmera pulpar ficam bem
abaixo daqueles prejudiciais ao tecido pulpar. Sobre o uso exagerado mostrou que
não ocorreu nenhuma irritação oral durante as três semanas de uso. A investigação
medindo a concentração salivar de peróxido mostrou níveis extremamente baixos,
fundamentando assim a posição de que este produto apresenta um mínimo potencial
para provocar irritação oral. Quanto à superfície do esmalte, não foi prejudicada e nem
produziu desmineralização. Assim, os autores demonstraram que o Simply White Gel
Branqueador Transparente é seguro para ser usado diariamente de acordo com as
instruções do fabricante.
Nathoo et al., 2002, realizaram um estudo clinico duplo cego para demonstrar a
eficácia do Simply White (peróxido de carbamida 18%). O teste clínico foi randomizado
e controlado com um grupo controle placebo. A eficácia foi baseada nas pontuações
na escala Vita obtida no início do estudo e após duas e três semanas de uso do
produto. Foram distribuídos oitenta voluntários saudáveis de forma balanceada em
dois grupos, tendo como critério o gênero, a idade e as pontuações de matiz (A
3
ou
superior). A duração de uso do produto foi de 30 min, duas vezes ao dia, durante três
semanas. De acordo com os resultados deste estudo clínico, os dentes dos
participantes do grupo do gel líquido branqueador apresentaram uma média geral de
3,84 relativa à melhora no matiz dental e uma diferença de 3,5 no matiz dental,
comparado com os dentes dos participantes do grupo placebo após três semanas.
26
Concluíram que o Simply White Branqueador Transparente clareia significativamente
os dentes.
Em 2002, Ritter et al. avaliaram a percepção de participantes da técnica de
clareamento caseiro aproximadamente dez anos pós-tratamento. O estudo incluiu
trinta dos 38 participantes que completaram um estudo prévio sobre clareamento
caseiro usando solução de peróxido de carbamida a 10% durante seis semanas.
Pacientes foram questionados sobre alguma mudança na tonalidade de seus dentes
no pós-tratamento e a quantificar a alteração em uma escala verbal. Os resultados
mostraram que 92% dos 38 participantes originais obtiveram sucesso no clareamento
de seus dentes. A microscopia eletrônica de varredura não observou diferenças
significantes entre superfícies tratadas e não tratadas. Houve estabilidade de cor na
percepção de 48% dos participantes no pós-tratamento. Concluíram que o tratamento
é seguro e efetivo e não foi notificado nenhum efeito aproximadamente no período de
dez anos.
Miranda, Benetti e Pagani, 2002, realizaram um estudo com o propósito de
avaliar os resultados do sistema de clareamento caseiro Crest Whitestrips (Procter &
Gamble), que são tiras plásticas flexíveis cobertas com peróxido de hidrogênio a 5,3%.
Foram selecionados dois pacientes livres de problemas periodontais ou restaurações
anteriores e que desejavam clarear os dentes. Os pacientes foram orientados quanto à
utilização do produto. As tiras foram aplicadas diariamente, duas vezes ao dia, durante
30 min por 14 dias. Fotografias foram tiradas antes e após o tratamento para
comparação. Concluíram que o clareamento estudado apresentou resultados
satisfatórios em um curto período de tempo.
Hosoya et al., 2003, estudaram a influencia do clareamento vital na alteração da
superfície do esmalte e adesão de S.mutans no esmalte dentário. Foram extraídos
setenta terceiros molares e então usados para experimento e controle. O grupo
experimental foi divido em dois: o primeiro onde o esmalte foi clareado em um, três ou
cinco períodos usando agente clareador com ou sem ataque ácido e o outro em
condição de ataque ácido sem clareamento. Todos as amostras controle foram
estocadas em solução fisiológica salina. A rugosidade superficial dos espécimes foi
mensurada. Uma cultura de S.muntans com 3% de glicose foi cultivada por 72 h antes
de adicionar nos espécimes. Com o uso de microscopia eletrônica de varredura, foi
contado o mero de colônias e analisado estatisticamente. Concluíram que a
rugosidade superficial e a adesão de S.mutans ao esmalte aumentaram após
clareamento.
White et al., 2003, examinaram através de um estudo in vitro, os efeitos do
clareador Crest Whitestrips na morfologia da superfície e resistência a fratura de
27
esmalte dental humano. Molares humanos extraídos foram cortados e polidos com
preparo uniforme para o tratamento clareador. O grupo controle foi realizado através
de tratamento com gel placebo e um grupo sem tratamento. O tratamento com Crest
Whitestrips foi de 14 h de exposição e após simulando um excesso de clareamento
com cinco vezes o sugerido do uso do produto. As avaliações foram realizadas por
fotografias, microscópico eletrônico de varredura e na análise de propagação de
Crack. Os resultados revelaram que não houve nenhum efeito prejudicial ao esmalte
(morfologia da superfície, microdureza ou suscetibilidade a fratura), após o uso do
produto clareador, incluindo condições de excesso de clareamento.
Gerlach e Barker, 2003, realizaram um estudo sobre a resposta clinica de três
produtos de clareamento: sistema de tiras com peróxido de hidrogênio a 6%( Crest
Whitestrips), gel de peróxido de carbamida a 18% com pincel aplicador (Colgate
Simply White), dentifrício com agentes clareador e flúor sódio sem peróxido (Crest
Dual Action Whitening). O estudo foi realizado com 42 voluntários adultos e saudáveis
que desejavam fazer o tratamento de clareamento dental e que não tivessem realizado
um clareamento dental prévio. O tratamento consistiu no uso de duas vezes
diariamente por três semanas seguindo as instruções do fabricante. As tiras foram
usadas somente pelos primeiros 14 dias conforme as recomendações do fabricante,
duas vezes ao dia por 30 min. A cor dos dentes foram medidas por imagem digital
polarizada. A segurança foi avaliada por examinação. Entre os grupos comparados
demonstrou significância o tratamento com tiras comparados com dentifrício clareador
ou gel de peróxido de carbamida em pincel. Não existiu grande diferença na cor entre
os dentes tratados pelo dentifrício clareador e o gel em pincel. Todos os produtos
foram bem tolerados, sem nenhum relato de efeitos adversos que interrompesse o
tratamento. Concluíram que o uso das tiras de clareamento com peróxido de
hidrogênio teve um melhor resultado comparado com os outros produtos testados no
estudo.
Fugaro et al., 2004 realizaram um estudo para verificar a mudança histológica na
polpa dental após o clareamento em dentes vitais com o gel de peróxido de carbamida
a 10%. Foram selecionados cinqüenta pacientes entre 12 e 26 anos de idade, livres de
cáries e programados para extrair os pré-molares por razões ortodônticas. Os
pacientes foram tratados com Opalescence 10% (Ultradent Products, Inc). O produto
foi usado seguindo o seguinte protocolo: cinco pacientes por dois dias, 12 pacientes
por duas semanas, 21 pacientes por duas semanas seguidas de tratamento e duas
semanas sem tratamento e 28 pacientes sem tratamento servindo como controle.
Todos dentes foram extraídos no mesmo período. As amostras foram preparadas
para análise histológica. A reação pulpar foi graduada em nenhuma, leve, moderada e
28
severa. A reação pulpar leve foi verificada em 16 dos 45 dentes clareados, porém
desapareceu duas semanas pós-tratamento. Nenhuma reação moderada ou severa foi
observada. A diferença estatística existiu somente entre os dentes não tratados
(controle) e os grupos de tratamento de quatro dias (p=0,0109) e duas semanas
(p=0,0045). Com isso, demonstraram que o tratamento com peróxido de carbamida a
10% durante duas semanas é considerado seguro para a polpa dental.
Schemehorn, González-Cabezas e Joiner, 2004, realizaram um estudo para
avaliar os efeitos de um gel de peróxido de hidrogênio 6% na morfologia da superfície
de materiais dentais como ouro, amálgama, porcelana e compósito. Foi preparada em
dentes extraídos, usando procedimento padrão, amálgama com alta quantidade de
cobre e resina composta híbrida. A porcelana e ouro tipo III foram preparados em um
molde usando procedimento padrão do laboratório. Uma metade dos espécimes foi
coberta por esmalte de unha para servir como controle e a outra metade ficou exposta.
Os espécimes foram tratados com saliva humana por 1 h, a 37ºC, em seguida por um
gel de peróxido de hidrogênio por 20 min, lavados com água e retornados para saliva.
Este protocolo clínico foi repetido até um total de 28 tratamentos com gel de peróxido.
Após as amostras foram analisadas ao SEM. Não foram observadas diferenças de
200x e 2000x de aumento entre o lado de controle e o tratado em nenhum material
testado. Concluíram que não significância do efeito do gel de peróxido de
hidrogênio na superfície morfológica de nenhum material dental testado no estudo.
Attin et al., 2004 avaliaram a influencia de diferentes procedimentos de
clareamento na resistência a fratura e microdureza do esmalte. A face vestibular de 72
incisivos bovinos foram preparadas para determinar a microdureza. Foi determinado a
microdureza de Knoop (KH) em cada espécime. Além disso, a resistência à fratura do
esmalte foi avaliada usando dureza de Vickers identificada com uma carga de 9.8N. O
comprimento e rachaduras no esmalte foram observados e usados para calcular o FT.
As amostras foram divididas entre seis (A-F) grupos (n=12), resultando na metade
como controle e outra como experimental. As amostras foram armazenadas em saliva
artificial por dez dias. A metade das amostras experimentais foram removidas da
saliva artificial e sujeitadas ao clareamento conforme as instruções do fabricante (A:
Opalescente Xtra, B: Opalescente Quick, C: Rapid White, D: Whitestrips, E:
Opalescence 10%, F: Opalescence PF 15%).O clareamento de C a F foi realizado
diariamente (C: duas vezes por dia por 10 min, D: duas vezes por dia por 30 min, E: 8
h, F: 4 h), o sistema de A e B foram aplicados no primeiro e quinto dia (A: duas vezes
por 10 min, B: 1 h). Finalmente, a dureza de Knoop e FT foram avaliadas e
estatisticamente comparadas baseando nos valores usados no teste de Wilcoxon
(p<0.05). O KH e FT dos grupos controle permaneceu estável durante armazenamento
29
em saliva. Todos os procedimentos de clareamento apresentaram um resultado
estatisticamente significante com perda de KH. Resultando em uma redução da
microdureza da superfície e diminuição da resistência à fratura.
Gerlach et al., 2004, realizaram uma experiência clínica controlada por placebo
para avaliar a eficácia e a segurança de um sistema de clareamento de tiras com
peróxido de hidrogênio. Um consentimento informal foi obtido e 39 adultos saudáveis,
sem histórico prévio de clareamento, foram escolhidos aleatoriamente para o uso da
fita clareadora de peróxido de hidrogênio a 10% (Crest Whitestrips Premium) ou
placebo sem peróxido. As tiras foram usadas duas vezes por dia por 30 min em um
período de sete dias. No quarto e no oitavo dia as cores foram medidas nos dentes
superiores anteriores com imagens digitais padrão, e a segurança foram avaliadas por
examinação e relatos dos sujeitos. Foi considerada uma escala de cor como base.
Houve uma diferença estatisticamente significante nos dentes clareados com tiras de
peróxido de hidrogênio em relação ao grupo placebo após três dias de tratamento e a
cor melhorou com o uso continuado por sete dias.
Justino, Tames e Demarco, 2004 avaliaram in vitro e in situ os efeitos adversos
potenciais do peróxido de carbamida 10% no esmalte humano usando análise de
microdureza, perda de cálcio e analise morfológica da superfície. Foram obtidas 24
fatias de esmalte (4 mm
2
) de pré-molares recentemente extraídos. As amostras foram
polidas sob refrigeração de água com lixas de papel. Depois da leitura inicial da
microdureza, as amostras foram divididas aleatoriamente em dois grupos para as
condições in sito e in vitro. As amostras foram cobertas com peróxido de carbamida a
10% por 8 h. Após remoção do gel clareador as amostras in vitro foram armazenadas
em água e in situ as amostras foram incluídas em um dispositivo intra-oral de quatro
voluntários. Esta seqüência clinica foi concluída em 14 dias. No final do procedimento
No presente trabalho foi utilizado, para se verificar a efetividade do clareamento novas
leituras de microdureza foram executadas em todas as amostras. A dosagem de cálcio
foi avaliada nas amostras durante o período de clareamento usando o spectofotometro
de absorção atômica. O teste estatístico usado foi de Tukey e ANOVA. Concluíram
que as amostras clareadas in situ apresentaram uma similar microdureza com os
espécimes não clareados e uma dureza estatisticamente superior (p<0.01) dos
espécimes clareados in vitro. O SEM micrografia demonstraram que as alterações da
superfície foram mais pronunciadas na condição in vitro. Com isso, revelaram que a
presença da saliva pode prevenir os efeitos adversos do gel clareador no esmalte
humano.
30
Pinto et al, 2004, realizaram um estudo com o objetivo de avaliar a rugosidade,
microdureza e morfologia superficial do esmalte dental humano tratado com seis
agentes clareadores (antes e depois do tratamento). Amostras de esmalte dental
humano foram obtidas de terceiros molares e aleatoriamente distribuídas em sete
grupos (n = 11): controle, Whiteness Perfect - peróxido de carbamida a 10% (PC 10%),
Colgate Platinum - PC 10%, Day White 2Z - peróxido de hidrogênio a 7,5% (PH 7,5%),
Whiteness Super - PC 37%, Opalescence Quick - PC 35% e Whiteness HP - PH 35%.
Os agentes clareadores foram aplicados de acordo com as instruções dos fabricantes.
O grupo controle permaneceu sem tratamento e armazenado em saliva artificial. O
teste de microdureza foi realizado com o indentador Knoop, e a rugosidade superficial
foi verificada através do rugosímetro. Observações morfológicas foram realizadas
através de microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os resultados foram
estatisticamente analisados com ANOVA (dois fatores) e teste Tukey (5%) e revelaram
uma redução significante nos valores de microdureza e um aumento significante da
rugosidade de superfície após o clareamento. Alterações na morfologia do esmalte
após o clareamento foram observadas através de MEV. Concluiu-se que os agentes
clareadores podem alterar a microdureza, rugosidade e morfologia superficial do
esmalte dental.
Efeoglu, Wood e Efeoglu, 2005, investigaram a possibilidade da
desmineralização do esmalte e dentina sadios após o uso do agente clareador
peróxido de carbamida 10% por 8 h em um período de 15 dias. Imagens topográficas
microcomputadorizadas foram obtidas para avaliar o índice de mineral dos dentes
antes e depois do clareamento. Um total de 144 regiões foram analisadas pelo µMC.
Concluíram que o peróxido de carbamida causou desmineralização do esmalte
estendendo para uma profundidade de 50 µm abaixo da superfície do esmalte. Com
isso, recomendaram que o peróxido de carbamida seja usado com cuidado em
pacientes susceptíveis a cárie e desgaste dental.
31
3 Proposição
Os objetivos deste trabalho foram:
1. Analisar por fotorreflectância, a mudança de cor do bloco dental após o uso de
diferentes agentes clareadores;
2. Avaliar, por meio do rugosímetro a laser, a rugosidade superficial do esmalte de
dentes bovinos antes e após clareamento dental.
32
4 Material e Método
Foram utilizados neste experimento 15 dentes incisivos bovinos, sendo que os
animais foram do mesmo lote, idade a fim de padronizar o espécime estudado. Os
grupos experimentais foram divididos em quatro grupos com 15 fragmentos cada, de
acordo com a Figura 1.
GRUPOS
AGENTE CLAREADOR NOME COMERCIAL
Grupo 1
N = 15
Peróxido de Carbamida 10%
Whiteness 10%
(FGM)
Grupo 2
N = 15
Peróxido de Carbamida 16%
Whiteness 16%
(FGM)
Grupo 3
N = 15
Peróxido de Carbamida 18%
Simply White
(Colgate)
Grupo 4
N = 15
Peróxido de hidrogênio 5,3%
Crest Whitestrips
(Protector & Gamble)
Figura 1 - Grupos experimentais
Figura 2 - Produtos clareadores usados na pesquisa (Simply White, Crest
Whitestrips,Whiteness 10% e Whiteness 16%)
4.1 Preparo dos blocos
Para a presente pesquisa, foram utilizados dentes incisivos bovinos,
33
armazenados inicialmente em água destilada. Após a coleta e desinfecção (hipoclorito
de sódio a 0,5% durante 10 min), os dentes foram submetidos à raspagem manual
com cureta periodontal para remoção de debris orgânicos, e também jato de
bicarbonato. Todos esses procedimentos foram realizados com equipamentos de
proteção individual (máscara, gorro, avental e luvas descartáveis) segundo normas do
Ministério da Saúde. Os espécimes foram examinados, sob lupa com aumento de 4X,
quanto à presença de linhas de fratura e trincas, que eventualmente poderia ter
influência nos resultados deste estudo. Dentes que apresentaram algumas dessas
características foram descartados. Em seguida, esses dentes foram armazenados, em
água destilada sob refrigeração, até o momento da sua utilização.
Os dentes selecionados foram seccionados com o auxílio da cortadeira de
baixa velocidade com disco diamantado EXTEC Corp., modelo LABCUT 1010 (Figura
3, A) conforme a Figura 4.
Após a secção, a superfície de esmalte foi abrasionada nas laterais (mesial e
distal) com lixa de óxido de alumínio de granulação #180 refrigerada com água na
máquina de politriz para lixamento DP10 (Figura 3, B), até obter uma superfície plana
de 3x3x3mm. Depois de polidos os corpos de prova foram armazenados em água
destilada até a realização do clareamento.
A B
Figura 3 - (A) Máquina de corte EXTEC e (B) Máquina de politriz para lixamento DP10
Figura 4 - Esquema do corte dos dentes
34
4.2 Análise inicial da fotoreflectância
Os fragmentos dentais antes do procedimento de clareamento foram
posicionados em um espectrômetro para se obter a leitura inicial da fotorreflectância.
Para isso, foi montado um sistema de análise composto por um espectrômetro, uma
esfera integradora de Teflon
TM
, uma lâmpada halógena
1
como fonte de luz branca,
duas fibras ópticas e um computador (Figura 5 e Figura 6). A luz halógena foi acoplada
a uma fibra óptica de 600 µm de diâmetro
2
incidindo sobre cada amostra dentro da
esfera integradora a uma distância de 3 mm (Figura 7). A potência de luz branca
medida na extremidade desta fibra de excitação foi de 4 mW. A radiação espalhada
pela amostra foi captada por uma fibra óptica de 600 µm de diâmetro, acoplada a um
espectrômetro e transferida deste para o computador para visualização dos gráficos.
Antes da captura do espectro, o sistema foi calibrado quanto ao comprimento
de onda, irradiando-se sobre a esfera integradora o feixe do laser de He-Ne vermelho
(632,8 nm), amarelo (594 nm) e a lâmpada de mercúrio do ambiente (435,8 nm e
546,1 nm). Para minimizar erros de medida provenientes de eventuais instabilidades
instrumentais, o sinal de background, bem como o sinal de referência proveniente do
corpo branco padrão
3
, foram captados antes das medidas e a cada 10 min. Foi feito a
padronização do número de cumulações do sinal em 100 e o tempo de exposição do
CCD em 500 ms (0,5s).
Os sinais foram analisados no programa Microcal Origin6.0, observando-se o
formato da curva espectral e a área sob a curva.
Figura 5 - Sistema de fotorreflectância: (A) Espectrômetro; (B) Esfera integradora.
1
ROI - Ram Optical Instrumentation - modelo 150 Illuminator
2
Fiberguide Ind. – Superguide G fiber SFS 600/660T
3
Teflon
TM
35
Figura 6 - Esquema do sistema de fotorreflectância utilizado (SOARES, 2004)
A B
Figura 7 - (A) Esfera Integradora aberta. Posição da fibra óptica em relação à amostra.
(B) Esfera Integradora Fechada
4.2.1 Tratamento dos dados obtidos na esfera integradora
Após a aquisição dos espectros de Reflectância, os dados foram exportados em
forma de planilhas de dados no formato ASCII.
Em seguida, utilizando-se o programa Microcal Origin6.0, foram feitos gráficos
dos espectros obtidos, sendo que os ruídos que apareceram nas laterais do espectro
devido à máscara proporcionada pelo intensificador do CCD foram cortados. Para
isso, os valores de comprimentos de onda correspondentes ao início e fim do sinal
foram anotados e foi padronizado a região de corte, sendo esta abaixo de 424,967 nm
e acima de 650,562 nm. Foi feito uma planilha com os dados das quinze amostras de
cada grupo, e a média e o desvio padrão foram calculados para cada conjunto.
36
4.3 Análise da rugosidade superficial
Foi feita uma análise rugosimétrica antes do tratamento clareador e outra
análise no final dos experimentos.
Essas medições foram realizadas em um Rugosímetro S8P da marca Mahr-
Perthen no Laboratório de Metrologia de Superfícies Ópticas (LMSO) do IEAv-CTA
(figura 8). A ponteira Focodyn acoplada ao Rugosímetro focaliza um feixe de laser de
infravermelho (λ=780 nm, diâmetro do foco de 1 µm) sobre a região da amostra cuja
rugosidade será medida (figura 9). A ponteira, que dista cerca de 3 mm da superfície
de medição, desloca-se paralelamente à superfície, gerando uma curva com a
variação de alturas da superfície no trecho que a ponteira percorreu sobre a amostra.
A partir dessa curva o computador do Rugosímetro calcula os parâmetros de
rugosidade referentes a essa medição. Entre esses parâmetros de rugosidade, o mais
utilizado internacionalmente é a Rugosidade Média, abreviada por Ra e geralmente
medida em “µm”. Para cada amostra, foi medida em três regiões diferentes na sua
região central e será obtido o Ra médio e seu desvio padrão correspondente.
É importante ressaltar que essa forma de medição de rugosidade não tem
contato mecânico com a superfície medida, evitando riscos e danos à mesma.
Figura 8 - Ponteira óptica Focodyn
37
4.4 Protocolo de clareamento dental
4.4.1 Clareamento dental com peróxido de carbamida 10%
Conforme as instruções do fabricante, o agente clareador foi aplicado no
fragmento dental através de uma seringa, com uma camada de aproximadamente 1,0
mm de espessura. O gel clareador permaneceu sob a amostra por um período de 4 h.
Após 4 h, o bloco dental foi lavado com água corrente e imerso em saliva artificial por
20 h, completando um ciclo de 24 h. Os espécimes permaneceram em estufa a 37ºC,
durante todo experimento, e foram clareados por quatro semanas.
4.4.2 Clareamento dental com peróxido de carbamida 16%
Conforme as instruções do fabricante, o agente clareador foi aplicado no
fragmento dental através de uma seringa, com uma camada de aproximadamente 1,0
mm de espessura. O gel clareador permaneceu sob a amostra por um período de 2 h.
Após 2 h, o bloco dental foi lavado com água corrente e imerso em saliva artificial por
22 h, completando um ciclo de 24 h. Os espécimes permaneceram em estufa a 37ºC,
durante todo experimento e foram clareados por quatro semanas.
4.4.3 Clareamento dental com peróxido de carbamida 18% (Simply White)
Conforme as instruções do fabricante, o agente clareador foi aplicado no
fragmento dental através de um pincel, aguardou-se 30 s para secagem, e em seguida
as amostras foram imersas em saliva artificial. Após o período de 12 h o procedimento
de clareamento descrito anteriormente foi repetido, totalizando um ciclo de 24 h. Esse
procedimento foi realizado por duas semanas. Os espécimes permaneceram em
estufa a 37ºC, durante todo o experimento.
4.4.4 Clareamento dental com peróxido de hidrogênio 5,3% (Crest Whitestrips)
Conforme as instruções do fabricante, a fita adesiva clareadora foi fixada nos
blocos dentais e estes foram imersos em saliva artificial por 30 min. Após esse período
os blocos dentais foram lavados com água corrente e novamente imersos em saliva
artificial. O procedimento de clareamento descrito anteriormente foi repetido após 12 h,
completando um ciclo de 24 h. O tratamento clareador foi realizado durante duas
semanas, sendo que os espécimes permaneceram em estufa a 37ºC, durante todo
38
experimento.
4.5 Análise da fotorreflectância e rugosidade superficial após o clareamento
Após a realização das diferentes técnicas de clareamento dental, foi realizada a
leitura final da fotorreflectância e da rugosidade superficial, e estas foram anotadas
para posterior tabulação dos dados.
39
5 Resultados
5.1 Resultados do Ensaio de Fotorreflectância:
Previamente à Análise de Variância foi realizado o teste de Kolmogorov e
Smirnov para verificação da homogeneidade dos resultados obtidos. O teste mostrou
uma distribuição uniforme dos dados, foi então realizada a Análise de Variância em
nível de 5% (Tabela 1).
Tabela 1 - Resultado da Análise de Variância para o ensaio de Fotorreflectância
A Análise de Variância mostrou interação entre os tratamentos apresentando F
igual a 11,654, significativo ao nível de 5% de probabilidade. Assim foi aplicado o teste
de Comparações Múltiplas de Tukey para evidenciar o resultado que é apresentado na
tabela 2.
CL GL SQ QM F
7 4,658E+0,7 6654932 11,654
6,396E+0,7 571058
Resíduo 112
Total 119 1,105E+0,8
40
Tabela 2 - Resultado do teste de Comparações ltiplas de Tukey com nível de
significância de 5%
Os resultados demonstram que todos os grupos independentes do material
utilizado foram efetivos com relação ao clareamento dental (Figuras 9, 10, 11, 12 e
13).
Tratamento N Média (Desvio
Padrão)
Tukey (p=0,05)
CWi vs PC10i 15
121.24 (0.6214)
ns
CWi vs PC16i 15
316.45 (1.622)
ns
CWi vs SWi 15
123.62 (0.6336)
ns
CWi vs CWf 15
1377.9 (7.062)
s
CWi vs PC10f 15
1564.2 (8.017)
s
CWi vs PC16f 15
908.45 (4.656)
s
CWi vs SWf 15
1163.3 (5.962)
s
PC10i vs PC16i 15
195.21 (1.000)
ns
PC10i vs SWi 15
244.86 (1.255)
ns
PC10i vs CWf 15
1256.7 (6.441)
s
PC10i vs PC10f 15
1442.9 (7.395)
s
PC10i vs PC16f 15
787.22 (4.035)
s
PC10i vs SWf 15
1042.0 (5.341)
s
PC16i vs SWi 15
440.06 (2.255)
ns
PC16i vs CWf 15
-1061.5 (5.440)
s
PC16i vs PC10f 15
1247.7 (6.395)
s
PC16i vs PC16f 15
592.01 (3.034)
ns
PC16i vs SWf 15
846.82 (4.340)
ns
SWi vs CWf 15
1501.5 (7.696)
s
SWi vs PC10f 15
1687.8 (8.650)
s
SWi vs PC16f 15
1032.1 (5.290)
s
SWi vs SWf 15
1286.9 (6.595)
s
CWf vs PC10f 15
186.25 (0.9546)
ns
CWf vs PC16f 15
469.47 (2.406)
ns
CWf vs SWf 15
214.66 (1.100)
ns
PC10f vs PC16f 15
655.73 (3.361)
Ns
PC10f vs SWf 15
400.91 (2.055)
Ns
PC16f vs SWf 15
254.81 (1.306)
Ns
41
450 500 550 600 650
0
20
40
60
80
100
Grupo Crest Whitestrips
Reflecncia (%)
Comprimento de Onda (nm)
cwi
cwf
Comparação entre os grupos antes e após o clareamento
Figura 9 - Gráfico ilustrativo da comparação entre as leituras iniciais e finais de
fotorreflectância para todos os grupos testados.(CW= Crest Whitestrips; PC10=
Peróxido de carbamida 10%; PC16= Peróxido de carbamida 16%; SW= Simply White)
Figura 10 - Gráfico ilustrativo mostrando o comportamento das Tiras Crest Whitestrips
antes e após o tratamento clareador
42
450 500 550 600 650
0
20
40
60
80
100
Grupo Peróxido de Carbamida 10%
Reflecncia (%)
Comprimento de Onda (nm)
pc10i
pc10f
450 500 550 600 650
0
20
40
60
80
100
Grupo Pexido de Carbamida 16%
Reflectância (%)
Comprimento de Onda (nm)
pc16i
pc16f
Figura 11 - Gráfico ilustrativo mostrando o comportamento do Peróxido de Carbamida
10%, antes e após o tratamento clareador
Figura 12 - Gráfico ilustrativo mostrando o comportamento do Peróxido de carbamida
16%, antes e após o tratamento clareador
43
450 500 550 600 650
0
20
40
60
80
100
Grupo Simply White
Reflectância (%)
Comprimento de Onda (nm)
swi
swf
Figura 13 - Gráfico ilustrativo mostrando o comportamento do Simply White, antes e
após o tratamento clareador
5.2 Resultados para Ensaio de Rugosidade Superficial:
Foi realizado a Análise de Variância em nível de 5% para os dados obtidos do
Ensaio de Rugosidade Superficial(Tabela 3).
Tabela 3 - Resultado da Análise de Variância para o ensaio de Rugosidade Superficial
CL GL SQ QM F
7 1,883 0,2690 0,5918
50,916 0,4546
Resíduo 112
Total 119 52,779
A Análise de Variância não mostrou interação entre os tratamentos
apresentando F igual a 0,5918, não significativo ao nível de 5% de probabilidade. Isso
demonstra que não houve diferença significativa entre os grupos estudados antes e
após o clareamento dental.
44
CW PC10 PC16 SW
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
Rugosidade antes e após Clareamento
R.A.(um)
Grupos
Inicial
Final
Figura 14 - Gráfico ilustrativo representando as leituras de Rugosidade Superficial para
os grupos CW=Crest Whitestrips; PC10= Peróxido de carbamida 10%; PC16=
Peróxido de carbamida 16%; SW= Simply White
45
6 Discussão
A crescente valorização de um sorriso esteticamente agradável guiou a
odontologia na busca de uma perfeita harmonia de forma e cor dos dentes. Entre as
alternativas disponíveis para este propósito estão os tratamentos que possibilitam a
modificação da cor dos dentes naturais (OLIVEIRA et al., 2002).
Assim como qualquer outro tipo de tratamento odontológico, o clareamento
dental é um procedimento que apresenta riscos e benefícios. Tais riscos devem ser
pesquisados e conhecidos para que sejam desenvolvidos meios de minimizá-los
(BARATIERI et al., 2004).
O peróxido de carbamida, quando em contato com a água e fluidos salivares,
decompõe-se em peróxido de hidrogênio e uréia, sendo que seu agente ativo é o
peróxido de hidrogênio. Este se degrada em água e radicais livres de oxigênio. Em
vista dessas reações químicas do agente clareador e sua capacidade em difundir
livremente pela estrutura dental, pode-se esperar que alterações de morfologia
possam ocorrer e não somente mudanças de cor.
Nos dias atuais a busca por resultados mais rápidos trouxeram o
desenvolvimento de novos materiais com concentrações mais elevadas. Nesse estudo
foram testados diferentes produtos para clareamento dental de diferentes formas de
aplicação: peróxido de carbamida 10% e 16%, peróxido de carbamida 18% na forma
de gel-pincel (Simply White) e tiras de peróxido de hidrogênio 5,3% (Crest
Whitestrips). Maiores alterações podem ser esperadas quando concentrações mais
elevadas de peróxido são aplicadas no esmalte e dentina (ATTIN et al., 2004; PINTO
et al., 2004).
Os sistemas que dispensam a utilização de moldeiras são considerados a
primeira grande inovação depois da introdução da técnica de clareamento caseiro
convencional. O interessante nesta nova técnica é o fato de a química desse produto
ser exatamente a mesma da técnica da moldeira, entretanto, a grande inovação diz
respeito à forma de apresentação do produto, ou seja, em vez de ser utilizada a
moldeira como forma de permitir o contato do gel com o dente, uma espécie de
adesivo é que permite este intimo contato (BARATIERI et al., 2004).
No propósito de estudar, dentre outros, os novos produtos no mercado (Crest
Whitestrips e Simply White), este estudo avaliou a eficácia e segurança quanto à
estrutura do esmalte. Vários estudos também seguiram esse objetivo (ATTIN et al.,
2004, GERLACH et al, 2004; GERLACH; BARKER, 2003; NATHOO et al., 2002,
RITTER et al., 2002, SLEAZAK et al., 2002, WHITE et al., 2003).
Como nos estudos de Spyrides et al.,1999; Ramos; Villa, 1999; Attin et al.,
46
2004; Menezes; Firoozmand; Huhtala, 2003; Kwon et al., 2002, César et al., 2005 e
Sleazak et al, 2002, neste estudo também foram utilizados dentes bovinos por
apresentarem semelhanças ao esmalte humano, facilidade de obtenção e
armazenamento, e possibilidade de padronização.
Para análise da rugosidade média neste trabalho foi utilizado um Rugosímetro a
laser com ponteira Focodyn acoplada, sendo uma medição sem contato mecânico,
evitando danos às amostras. Porém alguns estudos realizam as leituras se rugosidade
média através do perfilômetro (WORSCHECH et al., 2003; McGUCKIN et al., 1992;
CAVALLI et al., 2004).
Nesse estudo não foram encontradas diferenças estatísticas significativas para
o ensaio de rugosidade superficial, demonstrando que diferentes agentes clareadores
usados nos tempos e períodos recomendados não interferem na estrutura dental de
maneira significativa. Isto se deve possivelmente ao armazenamento dos espécimes
em saliva artificial. De acordo com Justino; Tames; Demarco 2004, que realizaram um
trabalho com condições in sito (sem a presença de saliva) e in vivo, comprovou-se que
a presença da saliva pode prevenir os efeitos adversos do gel clareador no esmalte
humano. A capacidade tampão, presença de sais, flúor e outros componentes podem
interferir na manutenção das propriedades dos tecidos dentais (JUSTINO; TAMES;
DEMARCO, 2004). Além disso, o pH e alguns componentes dos géis clareadores
(ROTSTEIN 1996, RODRIGUES 2001, SHANNON et al., 1993, FREITAS et al., 2002)
podem estar relacionados à perda ou ganho de mineral durante o procedimento
clareador.
Alguns trabalhos corroboram com esse estudo como os resultados de
Cobankara et al., 2004 utilizando MEV em estudo in vitro, que afirmam que não
diferença significativa entre rugosidade de superfície entre esmalte clareado e não
clareado. Worschech et al., 2003, utilizando peróxido de carbamida em altas
concentrações afirmam que não há alteração quanto à rugosidade superficial do
esmalte armazenado em saliva artificial, no entanto quando aliado a escovação com
dentifrícios abrasivos ocorre aumento significante nos valores de rugosidade. Gürgan,
Bolay e Alacam, 1997, também relatam que não diferenças significativas de
rugosidade do esmalte clareado quando mantido em solução salina.
Entretanto, alguns estudos, realizados através de microscopia eletrônica de
varredura (MEV), demonstram que pode haver alterações superficiais do esmalte em
contato com agente clareador peróxido de carbamida (TAMES; GRANDO; TAMES,
1998; SOUZA, 1993; GONÇALVES; MONTEALTO; RAMOS, 2001; TURKUN et al,
2002; SHANNON et al.,1993).
No presente trabalho foi utilizado, para se verificar a efetividade do clareamento
47
dental, a técnica de fotorreflectância. A leitura dos espécimes foi feita através de um
espectrômetro e os dados analisados através da curva espectral e área da curva.
(CESAR et al., 2005; KWON et al., 2002).
Os resultados deste estudo mostraram que para todos os materiais testados,
peróxido de hidrogênio 5,3%, peróxido de carbamida 10%, peróxido de carbamida
16%, e peróxido de carbamida 18%, os espécimes apresentaram resultados efetivos
quanto ao clareamento dental, independentes da técnica ou do material, como
demonstrou a análise estatística.
Quando comparados entre si os grupos clareados, não apresentaram
diferenças significantes, apenas mostraram diferenças significativas entre os grupos
antes e após o clareamento dental, independente da técnica ou do material. Isso
revela segurança nos diferentes produtos encontrados no mercado e suas diferentes
técnicas de aplicação. Isso sugere que diferentes materiais e protocolos de aplicação
possuem efetividade de clareamento no resultado final da técnica e podem ser usados
com segurança desde que se respeite à técnica e o tempo recomendado de uso, sem
alterações significativas na superfície do esmalte.
Semelhante a este estudo, Haywood, 1996, publicou que o clareamento
caseiro com uso de moldeiras quando prescrito, através de um correto exame e
diagnostico, e monitorado pelo dentista, são considerados seguros como os outros
procedimentos odontológicos. Leonard Jr et al., 2001a e Ritter et al. 2002, relataram
que o peróxido de carbamida 10% utilizados de acordo com as recomendações do
fabricante é eficaz e seguro, com efeitos colaterais mínimos. E segundo Gerlach et al.,
2004 e Miranda; Benetti, Pagani, 2002 o tratamento clareador com Crest Whitestrips
apresentou resultados satisfatórios em um curto período de tempo e Nathoo et al.,
2002, afirmou que o Simply White (peróxido de carbamida a 18%) clareia
significantemente os dentes quando usados conforme as instruções do fabricante.
48
7 Conclusões
Pelos resultados obtidos e a metodologia empregada, pode-se concluir que:
1 - Todos os grupos apresentaram resultados efetivos quanto ao clareamento dental.
2 - Todos os grupos, quando comparados entre si, mostraram diferenças significativas
apenas entre os grupos antes e após o clareamento dental, independente da técnica
ou do material.
3 - Para o ensaio da rugosidade superficial não houve diferença da rugosidade medida
antes e após o clareamento dental para todos os materiais testados.
49
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56
APÊNDICE
APÊNDICE A Rugosidade inicial (antes do clareamento) e final (depois do
clareaemento) das amostras. Rugosidade media (M), Desvio padrão (D), Simply white
(SW), Crest whitestrips (CW), Peróxido de carbamida 10% (PC10), Peróxido de
carbamida 16% (PC 16).
Tabela 4 – Resultado da rugosidade inicial (antes do clareamento) e final (depois do
clareamento) do grupo Simply White
AMOSTRA INICIAL FINAL
1 1,86 M = 1,83 2,3 M = 2,22
1,75 D = 0,06 2,59 D = 0,43
1,86 1,75
2 1,82 M = 1,57 2,01 M = 2,38
1,37 D = 0,23 2,66 D = 0,33
1,51 2,46
3 1,24 M = 1,44 1,45 M = 1,39
1,48 D = 0,19 1,37 D = 0,06
1,62 1,34
4 2,18 M = 2,22 2,06 M = 1,99
2,24 D = 0,04 1,95 D = 0,06
2,24 1,95
5 0,56 M = 0,86 0,23 M = 0,27
0,52 D = 0,55 0,29 D = 0,04
1,50 0,31
6 2,04 M = 1,38 2,49 M = 2,35
0,98 D = 0,52 2,41 D = 0,18
1,11 2,15
7 2,72 M = 2,38 2,47 M = 0,51
2,29 D = 0,30 2,61 D = 0,08
2,14 2,46
57
Tabela 4 – Resultado da rugosidade inicial (antes do clareamento) e final (depois do
clareamento) do grupo Simply White
AMOSTRA INICIAL FINAL
8 2,04 M = 2,10 1,21 M = 1,19
2,21 D = 0,10 1,14 D = 0,04
2,03 1,21
9 1,31 M = 1,44 1,54 M = 1,62
1,51 D = 0,11 1,66 D = 0,07
1,51 1,66
10 2,88 M = 2,53 2,06 M = 2,14
2,44 D = 0,32 2,37 D = 0,20
2,26 1,98
11 2,64 M = 2,83 2,66 M = 2,79
2,98 D = 0,17 2,84 D = 0,12
2,87 2,87
12 0,66 M = 0,79 1,25 M = 1,38
0,75 D = 0,17 1,42 D = 0,11
0,98 1,46
13 1,68 M = 1,73 1,80 M = 1,74
1,57 D = 0,20 1,40 D = 0,32
1,95 2,03
14 2,08 M = 2,49 1,46 M = 1,49
2,43 D = 0,45 1,39 D = 0,12
2,96 1,62
15 0,81 M = 0,67 2,40 M = 1,97
0,66 D = 0,13 2,32 D = 0,68
0,55 1,19
58
Tabela 5 Resultado da rugosidade inicial (antes do clareamento) e final (depois do
clareamento) do grupo Peróxido de Carbamida 16%
AMOSTRA INICIAL FINAL
1 2,85 M = 1,63 1,54 M = 1,72
1,01 D = 1,06 1,74 D = 0,11
1,04 1,82
2 2,40 M = 1,72 3,49 M = 3,43
1,59 D = 0,62 3,52 D = 0,13
1,17 3,28
3 1,69 M = 2,19 2,76 M = 2,67
2,09 D = 0,55 2,55 D = 0,11
2,78 2,69
4 0,84 M = 0,79 0,61 M = 0,60
2,75 D = 0,05 0,35 M = 0,24
0,78 0,82
5 2,78 M = 2,58 2,85 M = 2,60
2,26 D = 0,28 2,49 D = 0,22
2,70 2,47
6 1,24 M = 1,52 3,05 M = 2,63
1,43 D = 0,33 2,59 D = 0,41
1,88 2,24
7 1,40 M = 1,34 0,84 M = 0,86
1,46 D = 0,17 0,79 D = 0,08
1,14 0,95
8 1,85 M = 1,89 1,74 M = 1,60
1,72 D = 0,19 1,66 D = 0,18
2,09 1,04
9 2,44 M = 2,04 2,03 M = 2,04
1,66 D = 0,39 2,12 D = 0,08
2,01 1,97
59
Tabela 5 Resultado da rugosidade inicial (antes do clareamento) e final (depois do
clareamento) do grupo Peróxido de Carbamida 16%
AMOSTRA INICIAL FINAL
10 2,23 M = 2,30 1,91 M = 1,76
2,70 D = 0,37 2,18 D = 0,36
1,97 1,59
11 2,06 M = 1,05 3,51 M = 3,19
2,02 D = 0,52 3,62 D = 0,64
1,68 2,46
12 2,01 M = 1,62 1,69 M = 1,73
1,51 D = 0,35 1,68 D = 0,08
1,34 1,83
13 1,11 M = 1,23 1,31 M = 1,42
1,36 D = 0,12 1,24 D = 0,26
1,22 1,72
14 1,97 M = 2,34 1,05 M = 1,62
2,64 D = 0,34 1,45 D = 0,45
2,43 0,55
15 1,63 M = 1,48 2,18 M = 1,60
1,57 D = 0,21 1,17 D = 0,52
1,24 1,45
60
Tabela 6 – Resultado das leituras de rugosidade inicial ( antes do clareamento) e final
(depois do clareamento) do grupo de Peróxido de carbamida 10%
AMOSTRA INICIAL FINAL
1 1,86 M = 1,58 2,58 M = 3,03
1,25 D = 0,31 3,16 D = 0,40
1,62 3,36
2 2,24 M = 2,35 2,91 M = 2,42
2,59 D = 0,21 2,38 D = 0,47
2,23 1,97
3 2,58 M = 2,56 1,43 M = 1,41
2,66 D = 0,10 1,42 D = 0,02
2,46 1,39
4 1,88 M = 1,69 1,80 M = 1,75
1,72 D = 0,20 1,72 D = 0,04
1,48 1,74
5 1,48 M = 1,66 1,53 M = 1,55
1,80 D = 0,16 1,57 D = 0,02
1,69 1,56
6 1,75 M = 2,07 2,66 M = 2,73
2,72 D = 0,56 2,76 D = 0,07
1,72 2,78
7 1,07 M = 1,06 2,06 M = 205
1,25 D = 0,19 2,11 D = 0,05
0,87 2,00
8 1,85 M = 1,96 2,62 M = 3,12
2,01 D = 0,10 3,30 D = 0,43
2,03 3,43
9 2,29 M = 2,31 1,34 M = 1,38
2,59 D = 0,27 1,34 D = 0,07
2,06 1,46
61
Tabela 6 – Resultado das leituras de rugosidade inicial ( antes do clareamento) e final
(depois do clareamento) do grupo de Peróxido de carbamida 10%
AMOSTRA INICIAL FINAL
10 1,25 M = 1,63 1,01 M = 0,87
1,42 D = 0,52 0,89 D = 0,15
2,23 0,72
11 1,04 M = 1,03 1,02 M = 1,52
0,90 D = 0,13 1,69 D = 0,43
1,16 1,83
12 1,07 M = 1,21 2,53 M = 2,73
1,24 D = 0,13 2,67 D = 0,18
1,33 2,90
13 1,39 M = 1,47 1,48 M = 1,43
1,43 D = 0,10 1,33 D = 0,09
1,59 1,48
14 0,60 M = 0,63 0,61 M = 0,64
0,78 D = 0,08 0,72 D = 0,07
0,72 0,58
15 1,33 M = 1,35 1,36 M = 1,34
1,31 D = 0,06 1,30 D = 0,04
1,42 1,37
62
Tabela 7 Resultado da rugosidade inicial (antes do clareamento) e final (depois do
clareamento) do grupo Crest Whitestrips
AMOSTRA INICIAL FINAL
1 1,45 M = 1,84 1,66 M = 1,45
1,46 D = 0,53 1,37 D = 0,19
2,21 1,31
2 1,24 M = 1,29 1,97 M = 1,94
1,28 D = 0,06 2,09 D = 0,17
1,36 1,75
3 1,37 M = 1,63 3,54 M = 2,53
1,71 D = 0,22 2,14 D = 0,88
1,08 1,92
4 0,63 M = 0,72 0,90 M = 0,75
0,49 D = 0,29 0,70 D = 0,14
1,05 0,64
5 1,75 M = 1,86 1,11 M = 1,10
1,71 D = 0,22 1,07 D = 0,03
2,11 1,11
6 0,93 M = 1,46 1,13 M = 1,16
1,91 D = 0,49 1,16 D = 0,03
1,56 1,19
7 1,42 M = 1,32 0,92 M = 0,80
1,10 D = 0,19 0,70 D = 0,35
1,45 0,78
8 1,05 M = 0,89 3,19 M = 0,80
0,75 D = 0,15 2,50 D = 0,11
0,85 2,72
9 1,83 M = 1,97 2,08 M = 2,19
2,08 D = 0,13 2,32 D = 0,20
2,01 2,17
63
Tabela 7 Resultado da rugosidade inicial (antes do clareamento) e final (depois do
clareamento) do grupo Crest Whitestrips
AMOSTRA INICIAL FINAL
10 1,17 M = 1,31 2,40 M = 2,24
1,27 D = 0,17 2,15 D = 0,14
1,50 2,17
11 1,98 M = 1,92 1,80 M = 0,89
1,79 D = 0,11 1,94 D = 0,08
1,98 1,92
12 1,46 M = 1,92 0,89 M = 0,89
2,21 D = 0,11 0,87 D = 0,02
1,40 0,90
13 0,67 M = 0,60 1,33 M = 1,41
0,55 D = 0,06 1,30 D = 0,17
0,58 1,60
14 2,53 M = 2,69 2,53 M = 2,68
2,70 D = 0,15 2,67 D = 0,15
2,84 2,84
15 2,46 M = 2,59 2,53 M = 2,73
2,90 D = 0,27 0,75 D = 0,18
2,41 2,90
64
450 500 550 600 650
0
20
40
60
80
100
Comparação entre os grupos após clareamento
Reflectância (%)
Comprimento de Onda (nm)
cw
pc10
pc16
sw
APÊNDICE B - Gráfico de fotorreflectância dos grupos estudados.
Figura 15 - Gráfico ilustrativo da comparação entre as leituras iniciais e finais de
fotorreflectância para todos os grupos testados.(CW= Crest Whitestrips; PC10=
Peróxido de carbamida 10%; PC16= Peróxido de carbamida 16%; SW= Simply White)
65
APÊNDICE C - Área sob a curva, antes e após o clareamento , dos gráficos da análise
de fotorreflectância. Crest whitestrips (CW), Peróxido de carbamida 10% (PC 10),
Peróxido de carbamida 16% (PC 16) e Simply White (SW).
Tabela 8 - Área sob a curva, antes do clareamento, dos gráficos da análise de
fotorreflectância. Crest whitestrips (CW), Peróxido de carbamida 10% (PC 10),
Peróxido de carbamida 16% (PC 16) e Simply White (SW)
ÁREAS SOB A CURVA INICIAL (ANTES DO CLAREAMENTO)
AMOSTRA CW PC10 PC16 SW
1
18353,07565
18977,45641
18554,82219
18394,96879
2
18423,45826
20297,94603
18426,447
17363,62916
3
19520,89416
19243,39288
19498,69897
17494,38418
4
17637,40066
19208,49176
19088,04862
16977,88124
5
18500,03007
18398,14051
19507,74497
-
136875,0235
6
18153,57657
18946,05361
18034,1246
18118,7861
7
18872,70859
19175,24633
18537,50746
19706,55012
8
19366,36967
18959,02444
19615,52905
19003,91182
9
19174,5481
18486,42469
18959,57932
18680,81717
10
19081,67206
18563,62847
18892,13174
19000,43555
11
17882,2249
17354,42025
19138,60895
18744,17406
12
18846,06123
19247,78047
19427,39897
17223,81664
13
18164,07574
17103,31889
19815,20643
19098,32055
14
18092,59754
17722,01705
17924,70121
49035,87736
15
19000,13477
19204,03682
18394,96879
18831,2772
66
Tabela 9 - Área sob a curva, após do clareamento, dos gráficos da análise de
fotorreflectância. Crest whitestrips (CW), Peróxido de carbamida 10% (PC 10),
Peróxido de carbamida 16% (PC 16) e Simply White (SW)
ÁREAS SOB A CURVA FINAL (APÓS CLAREAMENTO)
AMOSTRA CW PC10 PC16 SW
1
20251,2375
20584,49501
19456,10554
20117,48542
2
20360,24426
20744,82373
19957,17584
19823,82274
3
19844,82055
20553,76654
19194,10545
22032,48901
4
18734,25068
20942,16769
20175,92237
20545,78481
5
20467,65292
19671,63788
19625,4339
20490,40497
6
21083,68791
19020,03329
19100,27802
17862,18042
7
19556,62476
19823,28595
19225,59448
21354,13669
8
20274,37109
21118,97872
18879,51766
20037,3769
9
19884,66105
20681,10863
17580,32468
17964,69388
10
20295,09719
19483,80659
19584,00788
19916,42513
11
19750,16129
19222,11355
20449,81526
19857,96947
12
19951,19826
20323,26131
19917,39764
19505,48342
13
19933,45605
20514,31591
20022,57523
19289,84114
14
19537,9601
19588,81211
19878,85966
18484,83019
15
19812,31292
20258,92787
19648,5134
19234,9024
67
ANEXO – Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Taubaté
68
Autorizo cópia total ou parcial desta obra,
apenas para fins de estudo e pesquisa,
sendo expressamente vedado qualquer tipo
de reprodução para fins comerciais sem
prévia autorização específica de autor.
Lorene Firmino Paniago
Taubaté, abril/2006
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