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1 Introdução
A busca de soluções protéticas restauradoras em odontologia tem motivado uma
verdadeira corrida tecnológica, visando o desenvolvimento e aperfeiçoamento de novos
materiais, sendo a estética uma das maiores preocupações, tanto do cirurgião dentista,
quanto dos fabricantes.
As cerâmicas e as resinas, associadas ou não a estruturas metálicas fundidas
como suporte, são ainda as principais opções de que dispõem os profissionais para a
restauração protética, nos casos em que grande parte da estrutura dental foi perdida.
Conhecidas por sua excelência estética, as cerâmicas vêm sofrendo muitas
modificações, objetivando a obtenção de maior resistência mecânica e estética sendo
muito utilizadas em próteses fixas, coroas unitárias, inlays, onlays e facetas laminadas.
Entretanto, pacientes que necessitam de reabilitações bucais extensas, com
envolvimento multidisciplinar, têm, muitas vezes, o seu tratamento prolongado por
vários meses ou anos. Nesse ínterim, as posições dos dentes são freqüentemente
modificadas, alterando a oclusão do paciente e justificando a utilização de restaurações
protéticas temporárias, mais econômicas e fáceis de serem ajustadas às novas posições
dentárias, antes da definição da oclusão final.
A confecção de restaurações temporárias é uma etapa importante da reabilitação
bucal, pela necessidade do restabelecimento da estética e função, até que as próteses
definitivas, pequenas cirurgias, reabilitação periodontal ou tratamentos ortodônticos
sejam concluídos.
Coroas temporárias são uma das principais chaves para o sucesso do tratamento
reabilitador protético, principalmente nos casos em que há necessidade de ligeira
movimentação de elementos dentais.
Na movimentação ortodôntica de dentes íntegros, a possibilidade de se colar
braquetes metálicos sobre esmalte dental é bem conhecida. Da descoberta do ataque
ácido por Buonocore, em 1955, até a atualidade, com Zachrisson (1977), Dolci et al.
(2000), Lopes et al. (2001) e Bengtson et al. (2003), Patel et al. (2004), inúmeros
estudos foram conduzidos. Também é possível a colagem sobre as cerâmicas, como
mostrado por Newman (1983) e Wood et al. (1986), e sobre compósitos dentais,
segundo Newman, Dressler e Grenadier (1984), Buyukyilmaz, Zachrisson e Zachrisson
(1995) e Santos, Pereira e Abdo (2000). Porém, nada ainda foi pesquisado sobre a