posição de igualdade com o seu paciente e sugere que o plano de tratamento seja realizado
levando-se em consideração suas necessidades clínicas e psicológicas.
Na revisão da literatura realizada por Newsome e Wright
(1999), os autores observaram que,
geralmente, os fatores que mais afetam a satisfação do paciente em relação ao tratamento
odontológico são competência técnica, fatores interpessoais, conveniência, custos e outras
facilidades. A competência técnica do dentista é considerada um dos fatores mais importantes na
satisfação do paciente odontológico. Entretanto, segundo os autores, as pessoas apresentam
dificuldades para avaliar a qualidade técnica de um tratamento, formando impressões a respeito do
serviço baseadas em outros aspectos
(
Newsome & Wright, 1999). Trabalhos demonstram que,
geralmente, o atendimento com um todo é avaliado com base no desempenho afetivo (Périco,
2004; Newsome & Wright, 1999; Jung, 1998).
Abrams et al.(1986) destacaram que as habilidades técnicas não necessariamente são
suficientes para convencer o paciente que ele recebeu um tratamento dentário de qualidade.
Outros aspectos da prática odontológica devem também ser considerados, como os fatores
humanos e psicológicos relacionados aos cuidados. Para Freeman
(1999b), as dificuldades dos
pacientes em aderirem ao tratamento proposto pelo dentista, bem como a comportamentos
saudáveis para a promoção da saúde bucal, possuem raízes na infância, na maneira pela qual suas
famílias se relacionavam com os serviços odontológicos e até mesmo em experiências pessoais
negativas. Desta maneira, fatores psicossociais podem influenciar as pessoas, propiciando ou não,
a modificação de hábitos.
O dentista deveria ouvir mais os pacientes, seus sintomas e conhecer os sentimentos
envolvidos em relação ao tratamento, estabelecendo uma comunicação adequada. Assim, estes se
sentirão mais motivados a cuidar de saúde bucal e a colocar em prática as orientações fornecidas
pelo profissional (Freeman, 1999a; Freeman, 1999c).