Download PDF
ads:
ESTUDO DE AMOSTRAS DE
STAPHYLOCOCCUS
COAGULASE-
NEGATIVA QUANTO A FORMAÇÃO DE BIOFILME
ADILSON CESAR ABREU BERNARDI
Tese apresentada ao Programa de Pós-
Graduação da Faculdade de Ciências
Farmacêuticas, câmpus de Araraquara –
UNESP, como parte dos requisitos para a
obtenção do grau Doutor em Análises
Clínicas (Área de Microbiologia Clínica).
ARARAQUARA
Estado de São Paulo-Brasil
2005
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
2
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
JULIO DE MESQUITA FILHO
FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
CÂMPUS DE ARARAQUARA
ESTUDO DE AMOSTRAS DE
STAPHYLOCOCCUS
COAGULASE-NEGATIVA
QUANTO A FORMAÇÃO DE BIOFILME
ADILSON CESAR ABREU BERNARDI
Tese apresentada ao Programa de Pós-
Graduação da Faculdade de Ciências
Farmacêuticas, câmpus de Araraquara –
UNESP, como parte dos requisitos para a
obtenção do grau Doutor em Análises
Clínicas (Área de Microbiologia Clínica).
Orientador: Prof. Dr. Antonio Carlos Pizzolitto
ARARAQUARA
Estado de São Paulo-Brasil
2005
ads:
3
Candidato: Adilson César Abreu Bernardi
Título da Tese: Estudo de amostras de Staphylococcus coagulase
negativa quanto a formação de biofilme
A Comissão julgadora dos trabalhos de Defesa da Tese
de Doutorado, em sessão pública realizada a 13/12/2005, considerou o candidato:
( X ) Aprovado ( ) Reprovado
1) Presidente: Prof. Dr Antonio Carlos Pizzolitto
2) Examinador: Profª. Drª Isabel Yoko Ito
3) Examinador: Prof. Dr Sérgio Aparecido Torres
4) Examinador: Prfª Drª Maria de Lourdes Ribeiro de Souza
5) Examinador: Prfª Drª Clarice Queico Fujimura Leite
4
Bernardi, Adilson César Abreu
B523e Estudo de amostras de Staphylococcus coagulase negativa quanto a
formação de biofilme / Adilson César Abreu Bernardi. Araraquara, 2005.
144 f.
Tese (Doutorado) Universidade Estadual
Paulista. Júlio de Mesquita Filho. Faculdade de Ciências
Farmauticas. Programa de Pós Graduão em Análises
Clínicas
Orientador: Antonio Carlos Pizzolitto
. 1.Slime. 2.Operon ica 3.Staphylococcus epidermidis .4.Fatores de
virulência. 5.Microbiologia clínica . I. Pizzolitto, Antonio Carlos, orient.
G
5
Pesquisa realizada no
NAC - Núcleo de Atendimento à
Comunidade, Laboratório Prof. Antonio Longo- Setor de Microbiologia
Cnica - da Unidade Auxiliar Integrada à Faculdade de Ciências Farmacêuticas,
câmpus de Araraquara, - UNESP,
Laboratório de Análises Cnicas João Paulo
II, da cidade de Fernandópolis-SP, Laboratório de Microscopia Eletrônica,
Instituto de Química, mpus de Araraquara, - UNESP, Laboratório de Biologia
Molecular e Celular de Microrganismos FCF-Câmpus de Araraquara, - UNESP,
com o SUPORTE FINANCEIRO proveniente do NAC.
6
DEDICATÓRIA
Pietra e Paola
Se a solidão valesse, as leis de Deus não fariam o
nascimento de vocês na terra entre duas criaturas (papai e mamãe),
convertendo vocês em terceira e quarta pessoa para construirmos um grupo
maior.
.........................................
AMO VOCÊS
À minha esposa Patrícia, meu eterno
reconhecimento e gratidão pelo aceite e compreensão dispensados
durante minhas constantes ausências da família, para realização do curso
de Doutorado.
...............................................
TE AMO
7
G
h
nyhkljptlu{vzGlzwljphpzG
À Profa. Dra. ELISABETH LOSHCHAGIN PIZZOLITTO, por sua grande inspiração,
presença de espírito, sabedoria e amizade.
Foi uma pena não podido tê-la como co-orientadora.
Ao Prof. Dr. ANTONIO CARLOS PIZZOLITTO, por sua valiosa orientação,
sabedoria, amizade e dedicação.
O Sr. me servirá de exemplo no decorrer de minha carreira.
8
Aos amigos Beth e Pizzolitto
Será sempre eterno meu agradecimento por tudo que vocês direta
ou indiretamente fizeram por mim.
Vocês são muito importantes na minha vida.
9
Aos meus pais, Arnaldo e Ignêz
Que me ensinaram a caminhar pelo lado bom da vida.
Aos meus irmãos, Arnaldo, André, Aldo e Adélia que me serviram de exemplo.
À minha madrasta Helena pelo incentivo.
Ao meu sogro Cléo e minha sogra Maria Helena pelo esmulo e apoio.
Aos amigos do invisível que constantemente me orientam e me inspiram nas
dificuldades da jornada.
À DEUS e a JESUS por me darem o foco de luz.
Aos
Staphylococcus
sp. por me ajudarem a concluir este trabalho e auxiliar na
ciência. Vocês são realmente incríveis!!!!!!
10
Minha MÃE, meu irmão ALDO, tia CRISTINA e CLÉO: que não há mais nada que
nos separe a não ser um véu que os tornem invisíveis aos meus olhos materiais
11
A funcionária do setor de Microbiologia Cnica do CRD/NAC:
Benedita Reis de Abreu, pela colaboração profissional e pessoal dadas a este
trabalho.
Benê você é uma pessoa muito importante!!
Sem o seu capricho e amor dedicado à microbiologia este trabalho
não teria graça!!!!
12
$*5$'(&,0(1726
13
autor anônimo.
14
DADOS CURRICULARES
ADILSON CESAR ABREU BERNARDI
1 – DADOS PESSOAIS
Nascimento: 27.11.68
Nacionalidade: Brasileiro
Naturalidade: Araras SP
Estado Civil: Casado
Filiação: Arnaldo Bernardi
Ignez App. de Abreu Bernardi
Profissão: Farmacêutico-Bioquímico
CRF-8 : 16.837
Documento de Identidade: RG 16.872.447-SP
Cadastro de Pessoa Física: 099 025 598-08
Endereço: Avenida Frederico de Marco, 336, Araraquara, SP
2 – FORMAÇÂO ACADÊMICA
Farmacêutico-Bioquímico pela Universidade de Ribeirão Preto-SP
Concluída em 1992
3 – CURSO CONCLUÍDO
Mestrado em Análises Clínicas pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas,
campus de Araraquara-UNESP.
Início: março de 1997.
Data de Defesa Dissertação: 13.12.2000
Título: Identificação de cocos aeróbicos gram-positivos, catalase-positiva com
implicação em processos infecciosos específicos.
Orientador: Prof. Dr. Antonio Carlos Pizzolitto
15
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
RESUMO
ABSTRACT
1-INTRODUÇÃO
........................................................................................................26
1.1-Revisão da literatura............................................................................................28
1.1.1-Virulência bacteriana............................................................................28
1.1.2-Fatores do hospedeiro nas infeões estafilocócicas..........................32
1.1.3-Fatores que comandam a aderência inicial dos Staphylococcus
coagulase-negativa as supercies.................................................................35
1.1.4-Importância clínica da adesão estafilocócica.......................................38
1.1.5-Associação da produção de biofilme com infeões clínicas...............40
1.1.6-Constituição do slime............................................................................43
1.1.7-Prevenção das infeões estafilocócicas relacionadas ao uso de
implantes médicos.........................................................................................48
2-OBJETIVOS
............................................................................................................52
3-MATERIAL E MÉTODO
..........................................................................................53
3.1-Casuística.............................................................................................................53
3.2-Meios de cultura e reagentes...............................................................................53
3.3-Sistemas comerciais de identificação de cocos Gram-positivos catalase
positiva................................................................................................................54
3.4-Métodos...............................................................................................................55
3.4.1-Identificação dos microrganismos.....................................................................55
16
3.4.2-Identificação dos Staphylococcus sp................................................................55
3.4.2.1-Staphylococcus sp.............................................................................55
3.4.2.2-Teste da coagulase livre (prova em tubo).........................................55
3.4.2.3-Teste da coagulase conjugada (prova em lâmina)............................56
3.4.2.4-Resistência a bacitracina...................................................................56
3.4.2.5-Resistência a novobiocina.................................................................57
3.4.2.6-Resistência a polimixina B.................................................................57
3.4.2.7-Teste de hidrólise do pyrrolidonyl-β-naphylamide (PYR)..................57
3.4.2.8-Teste da utilização aeróbica dos carboidratos..................................58
3.5-Caracterização fenopica das amostras de Staphylococcus coagulase-negativa
usando ágar vermelho Congo.............................................................................59
3.5.1-Produção de slime.............................................................................................59
3.6-Aderência de Staphylococcus coagulase-negativa em placa de poliestireno......60
3.7-Produção de biofilme sobre superfície abiótica....................................................61
3.7.1-Preparação da suspensão bacteriana...............................................................61
3.7.2-Produção in vitro de biofilme em cateter venoso central de poliuretano...........61
3.8-Deteão de resistência em Staphylococcus coagulase-negativa.......................62
3.8.1-Resistência a oxacilina......................................................................................62
3.9-Métodos moleculares para pesquisa de genes de virulência icaA e icaD em
Staphylococcus coagulase-negativa...................................................................63
3.9.1-Caracterização molecular de Staphylococcus coagulase-negativa..................63
3.9.1.1-Extração de DNA genômico..............................................................63
3.9.1.2-Amplificação de DNA pela reação de polimerase em cadeia (PCR).64
4-RESULTADOS
........................................................................................................66
17
4.1-Identificação das amostras de Staphylococcus coagulase-
negativa...............................................................................................................66
4.2-Deteão de resistência em Staphylococcus coagulase-
negativa...............................................................................................................67
4.3-Produção de Slime...............................................................................................69
4.4-Aderência de Staphylococcus coagulase-negativa em placa e
poliestireno..........................................................................................................72
4.5-Formação do biofilme pelas amostras de Staphylococcus coagulase-negativa..75
4.6-Deteão dos genes icaA e icaD determinada por PCR......................................81
4.7-Perfil de resistência de Staphylococcus coagulase-
negativa...............................................................................................................88
5-DISCUSSÃO
...........................................................................................................91
6-CONCLUSÕES
.....................................................................................................106
7-REFERÊNCIAS
.....................................................................................................108
8-ANDICE
18
LISTA DE TABELAS
Tabela 1
-Reação a oxacilina entre as escies de Staphylococcus coagulase-
negativa......................................................................................................67
Tabela 2
-Freqüência das amostras de Staphylococcus coagulase-negativa
resistentes a oxacilina................................................................................68
Tabela 3
-Produção de slime entre as espécies de Staphylococcus coagulase-
negativa......................................................................................................70
Tabela 4
-Freqüência das espécies de Staphylococcus coagulase-negativa
produtoras e não produtoras de slime detectado em ágar vermelho
Congo.........................................................................................................71
Tabela 5
-Densidade óptica das reações de aderência entre as espécies de
Staphylococcus coagulase-negativa..........................................................72
Tabela 6
-Freqüência das espécies de Staphylococcus coagulase negativa forte e
fracamente aderentes a placa de poliestireno...........................................74
Tabela 7
-Formação do biofilme entre as escies de Staphylococcus coagulase-
negativa.....................................................................................................75
Tabela 8
-Freqüência das espécies de Staphylococcus coagulase-negativa
formadoras de biofilme...............................................................................76
Tabela 9
-Presença de genes icaA e icaD entre as escies de Staphylococcus
coagulase-negativa....................................................................................84
Tabela 10
-Freqüência de expressão dos genes icaA e icaD entre as escies de
Staphylococcus coagulase-negativa........................................................85
Tabela 11
-Comparação de resultados obtidos após estudo fenotípico e genotípico
entre as escies de Staphylococcus coagulase-negativa......................86
19
Tabela 12
-Distribuição das espécies de Staphylococcus coagulase-negativa nas
amostras clínicas......................................................................................87
Tabela 13
-Perfil de sensibilidade aos antimicrobianos das 27 cepas de
Staphylococcus coagulase-negativa........................................................88
Tabela 14
-Distribuição das amostras clínicas em relação aos microrganismos e ao
teste de sensibilidade e resistência aos antimicrobianos.........................90
20
LISTA DE FIGURAS
Figura 1
-Organização genética do grupamento do gene ica.....................................46
Figura 2-
Freqüência de amostras de Staphylococcus coagulase-negativa..............66
Figura 3
-Colônias negras de amostras produtoras de slime em ágar vermelho
Congo.........................................................................................................69
Figura 4
- Colônias vermelhas de amostars o produtoras de slime em ágar
vermelho Congo.........................................................................................69
Figuras 5A e 5B
- Teste de aderência em placa de poliestireno...............................73
Figura 6
-Micrografia eletrônica de varredura (X5000) de biofilme de S.epidermidis
sobre superfície abiótica (cateter)..............................................................77
Figura 7
- Micrografia eletrônica de varredura (X5000) de biofilme de S.haemolyticus
sobre superfície abiótica (cateter)..............................................................77
Figura 8
- Micrografia eletrônica de varredura (X5000) de biofilme de S.warneri sobre
supercie abiótica (cateter)........................................................................78
Figura 9
- Micrografia eletrônica de varredura (X7500) de biofilme de S.lugdunensis
sobre superfície abiótica (cateter)..............................................................78
Figura 10
- Micrografia eletrônica de varredura (X5000) de biofilme de S.xylosus
sobre superfície abiótica (cateter)............................................................79
Figura 11
- Micrografia eletrônica de varredura (X5000) de biofilme de S.hominis
sobre superfície abiótica (cateter)............................................................79
Figura 12
- Micrografia eletrônica de varredura (X5000) de biofilme de S.schleiferi
sobre superfície abiótica (cateter)............................................................80
Figura 13
- Micrografia eletrônica de varredura (X2000) de biofilme de
S.saprophyticus sobre superfície abiótica (cateter)..................................80
21
Figura 14A e 14B
-Gel analítico PCR para gene icaA...............................................82
Figura 15A e 15B
-Gel analítico PCR para gene icaD...............................................83
22
RESUMO
Os Staphylococcus coagulase-negativa, particularmente, os Staphylococcus
epidermidis são a causa mais freqüente de infeões relacionadas ao cateter por
sua habilidade em aderir a uma supercie e entre si (aderência intercelular)
formando biofilme em multicamadas sobre supercies de polímeros. O objetivo do
presente estudo foi avaliar cepas hospitalares de Staphylococcus coagulase-
negativa isoladas de cateteres intravenosos, quanto à resistência a oxacilina,
produção de slime, aderência ao poliestireno, habilidade de formar biofilme sobre
supercies abióticas (cateter esterilizado) e a presença de genes icaAD. Na presente
pesquisa, a presença de icaA e icaD foi determinada pelo método PCR, em uma
coleção de 27 amostras Staphylococcus coagulase-negativa (10 Staphylococcus
epidermidis, 4 S. haemolyticus, 2 S. hominis, 2 S. lugdunensis, 1 S. saprophyticus, 1
S. schleiferi, 2 S. xylosus e 4 S. warneri). Os genes icaAD foram detectados em dez
cepas S. epidermidis. A habilidade de formar slime foi testada em placas contendo
ágar vermelho Congo, no qual foram observadas colônias negras em 10 cepas S.
epidermidis, 4 S. haemolyticus, 4 S. warneri, 2 S. xylosus e 1 S. chromogenes. A
aderência dos Staphylococcus coagulase-negativa ao poliestireno foi observada em
19 cepas, incluindo: 10 S. epidermidis, 3 S. haemolyticus, 3 S. warneri, 2 S. xylosus,
1 S. chromogenes. A habilidade dos Staphylococcus coagulase-negativa de formar
biofilme com agrupamento de cocos envoltos em substância amorfa foi observada
por microscópio eletrônico de varredura sobre superfície abiótica em 10 S.
epidermidis, 3 S. haemolyticus, 2 S. hominis, 2 S. lugdunensis, 1 S. saprophyticus, 1
S. schleiferi, 2 S. xylosus e 3 S. warneri. O teste de resistência a oxacilina mostrou 9
cepas S. epidermidis resistentes a oxacilina, 3 S. haemolyticus, 3 S. warneri, 1 S.
23
xylosus e 1 S. chromogenes. O antibiograma mostrou que 100% Staphylococcus
coagulase-negativa eram sensíveis a vancomicina e 88,88% resistentes a pencilina.
A deteão de slime, a habilidade de aderir e formar biofilme foi observada na
maioria das amostras Staphylococcus coagulase-negativa sugerindo alta incidência
de amostras com potencial patogênico em ambiente hospitalar. As mesmas
amostras que produziram slime, resistência a oxacilina e formaram biofilme eram
resistentes a mais de seis antibióticos. A presença dos genes de adesão intercelular
(icaAD) foi detectada na maioria das amostras Staphylococcus coagulase-negativa,
exceção para S. saprophyticus e S. scheleiferi, sugerindo que estas amostras não
tem homologia com S. epidermidis.
Palavras-chave: slime, operon ica, Staphylococcus epidermidis, fatores de virulência,
24
ABSTRACT
Coagulase-negative Staphylococcus, particularly, Staphylococcus epidermidis are
frequent cause of infections associated with catheters and is attributed to the
attachment ability on a surface and each other (intercellular adhesion) forming a
multilayered biofilm on polymeric surfaces. The objective of the present study was to
evaluate coagulase-negative Staphylococcus strains isolated from intravenous
catheters by oxacillin resistance, slime production (qualitative method) and
spectrophotometric assay (quantitative method), ability to form biofilm on abiotic
surfaces (steriled catheter) and the presence of icaAD genes. In the present study
icaA and icaD were determined by PCR method, in a collection of 27 coagulase-
negative Staphylococcus (10 Staphylococcus epidermidis, 4 S. haemolyticus, 2 S.
hominis, 2 S. lugdunensis, 1 S. saprophyticus, 1 S. schleiferi, 2 S. xylosus and 4 S.
warneri). The icaA genes were detected in nine S. epidermidis and icaD in ten. The
slime-producing ability was determined by culture on Congo red agar plates in which
slime-producing strains formed black colonies in 10 S. epidermidis, 4 S.
haemolyticus, 4 S. warneri, 2 S. xylosus and 1 S. chromogenes, while nonslime-
forming ones develop red colonies. The quantitative assay of coagulase-negative
Staphylococcus was observed in 19 strains, including: 10 S. epidermidis, 3 S.
haemolyticus, 3 S. warneri, 2 S. xylosus, 1 S. chromogenes. The ability of coagulase-
negative Staphylococcus to form biofilm embedded in an amorphous substance was
observed by scanning electronic microscope on abiotic surface in 10 S. epidermidis,
3 S. haemolyticus, 2 S. hominis, 2 S. lugdunensis, 1 S. saprophyticus, 1 S. schleiferi,
2 S. xylosus and 3 S. warneri. The oxacillin resistance was observed in 9 strains S.
epidermidis, 3 S. haemolyticus, 3 S. warneri, 1 S. xylosus and 1 S. chromogenes. All
25
strains of staphylococci were susceptible to vancomycin and 88.88% penicillin
resistant. The slime detection, the ability to stick and to form biofilm was observed in
most of the Staphylococcus coagulase-negative strains, which suggests high
incidence of strains with pathogenic potential in nosocomial environment. The same
strains that produced slime, resistance to oxacilln and formed biofilm were multi drug
resistant. The presence of the icaAD genes of intercellular adhesion were detected in
most of the strains Staphylococcus coagulase-negative, exception for S.
saprophyticus and S. schleiferi, sugesting that these strains do not have homology
with S. epidermidis.
Key words: slime, operon ica, Staphylococcus epidermidis, virulence factors
26
1 - INTRODUÇÃO
Os Staphylococcus estão distribuídos na natureza, e fazem parte da
microbiota normal da mucosa e da pele de mamíferos e aves. O gênero é composto
por 40 espécies e 24 sub-espécies. Em geral, os Staphylococcus apresenta uma
relação benigna ou simbiótica com o hospedeiro; entretanto pode tornar-se
patogênico quando ganha acesso aos tecidos por meio de traumatismos da barreira
cutânea, inoculação por agulhas, ou implantação direta por próteses médicas
(corpos estranhos).
Até 1975, os Staphylococcus coagulase-negativa eram agrupados junto
com a escie Staphylococcus albus e a espécie Staphylococcus epidermidis,
distintos da espécie Staphylococcus aureus por sua inabilidade em coagular o
plasma. Baseado em suas características e sua suposta importância na virulência,
os Staphylococcus coagulase-negativa foram freqüentemente descritos como
avirulentos.
Sua patogenicidade têm sido reconhecida apenas recentemente e
fatores específicos envolvidos na sua patogênese estão apenas, agora sendo
explorados. O aumento da incidência de infeão causada por esta bactéria pode
estar atribuída em sua particular afinidade em materiais implantáveis que estão
integradas na medicina moderna.
Atualmente, os Staphylococcus coagulase-negativa igualam-se aos
Staphylococcus aureus e mesmo já o ultrapassou em relatos de doenças infecciosas
hospitalares ou como causa primária das infeões das feridas externas.
O aumento no uso de implantes médicos, cateteres intravasculares e
outras tecnologias invasivas em pacientes debilitados e imunossuprimidos trazem
27
consigo os Staphylococcus coagulase-negativa como patógeno hospitalar resultando
em considerável morbidade e gasto médico para seu tratamento. Ainda mais, os
Staphylococcus coagulase-negativa tem-se tornado resistentes aos antibióticos, aos
mais recentes tratamentos, tornando as cepas com níveis moderados de resistência
a vancomicina.
28
1.1 - REVISÃO DA LITERATURA
1.1.1 – VIRULÊNCIA BACTERIANA
Após o nascimento, um indivíduo adquire certos microrganismos que
podem se tornar permanentes ou temporariamente associados a ele; a estes
microrganismos chamamos de microbiota normal, muitos dos quais desempenham
importante função para o hospedeiro (MURRAY et al., 2004).
Para as bactérias, o corpo humano representa um conjunto de nichos
ambientais que lhes fornecem o calor, a umidade e o alimento necessário a seu
crescimento.
As bactérias adquiriram traços genéticos que as tornam capazes de
penetrar (invadir) no hospedeiro, permanecer em determinado nicho colonizando-o,
ter acesso a fontes alimentares (enzimas degradáveis) e escapar do processo de
eliminação pelas respostas protetoras imunes e não imunes (MURRAY et al., 2004;
SCHAECHTER & EISENSTEIN, 2002).
Muitos dos mecanismos empregados pelas bactérias para manter seu
nicho e os subprodutos do crescimento bacteriano são incompatíveis com o sistema
do hospedeiro. Muitas destas características geticas consistem em fatores de
virulência que aumentam a capacidade da bactéria de causar doença (SALYERS &
WHITT, 1994; ZANON & MARANGONI, 1998).
Tanto a infeão quanto à doença resulta de interações entre estes
microrganismos e seus hospedeiros. Algumas vezes, uma infeão produz efeitos
não observáveis, mesmo que o hospedeiro tenha seus tecidos invadidos. Com maior
freqüência quando, uma infeão produz distúrbios observáveis no estado de saúde
do hospedeiro, ocorre o que chamamos de doença infecciosa. Quando uma infeão
29
causa doença, seus efeitos variam de moderados a graves (BLACK, 2002; BROOKS
et al., 2000).
Os patógenos possuem diferentes capacidades de alterar o estado de
saúde de um indivíduo, isto é, eles mostram diferentes graus de patogenicidade
(capacidade de produzir doença). A patogenicidade de um microrganismo consiste
na capacidade de penetrar num hospedeiro, se multiplicar em seu interior e evitar
ser atingido pelas suas defesas (MURRAY et al, 2004; BLACK, 2002; BROOKS et
al., 2000) .
Um importante fator na patogenicidade é o mero de organismos que
penetra no corpo. Se este número for pequeno, as defesas do hospedeiro podem
ser capazes de eliminar os organismos antes que eles possam causar doença. Se
ocorrer em grande número, eles podem superar as defesas e causar doença
(HARVILL & MILLER, 2000).
Quando nos referimos na intensidade da doença produzida por um
patógeno chamamos de virulência (grau de patogenicidade) e esta varia entre as
espécies microbianas. A virulência é sempre multifatorial, já que o processo de
infeão é invariavelmente complexo. Diversos fatores de virulência (aderência,
invasão, subprodutos do crescimento, toxinas, superantígeno, indução de
inflamação excessiva, evasão das defesas e resistência aos antibióticos) devem
entrar em ação em cada estágio do processo para que um microrganismo
patogênico provoque doença e alguns pontos devem ser questionados para um
determinado patógeno como: quais os fatores de virulência envolvidos na instalação
da doença; como esses fatores estão envolvidos na instalação da doença e se os
genes de virulência são regulados, ou seja, se existe, sinais especiais do ambiente
que induzem o microrganismo a ativar ou a inibir a expressão dos genes de
30
virulência (BLACK, 2002; BROOKS et al., 2000; KONEMAN et al., 2001; MURRAY et
al., 2004; QUINN, et al., 1997).
Alguns agentes freqüentemente causam doenças quando alcançam um
hospedeiro susceptível, outros causam doenças somente em raras ocasiões e
normalmente em hospedeiros com as defesas debilitadas. Dentre estes últimos,
podemos citar as espécies Staphylococcus coagulase-negativa, que fazem parte da
microbiota normal da nossa pele vivendo em equilíbrio e representam o maior
componente da microbiota cutânea; por muito tempo os pesquisadores os
descreveram como protótipo de microrganismo avirulento (MENICHETTI, 2005).
Como possuem baixo poder patogênico, são reconhecidos como
oportunistas e já há alguns anos vários estudos mostram os mecanismos pelos
quais os Staphylococcus coagulase-negativa são capazes de causar infeões
graves e irreversíveis associadas aos biomateriais. A produção de um muco
(polissacarídeo extracelular) com conseqüente formação do biofilme é o principal
fator para a aderência e colonização destes biomateriais. As bactérias nos biofilmes
são ligadas dentro da rede de polissacarídeos, substância mucóide, que mantém as
células unidas e ligadas à superfície (BADDOUR et al., 1991; BLACK, 2002;
BROOKS et al., 2000; MURRAY et al., 2004; NOVICK & MUIR, 1999;
SCHAECHTER & EISENSTEIN, 2002).
Apenas na década de 1980, os pesquisadores começaram a dar maior
atenção para o isolamento dos Staphylococcus coagulase-negativa em sítios
estéreis por apresentarem algo mais do que um simples contaminante de cultura
(LOWY & HAMMER, 1983; CHRISTENSEN et al., 1993). Os Staphylococcus
coagulase-negativa podem ser divididos em dois grupos dependendo da
sensibilidade ou resistência a novobiocina. Os Staphylococcus que são da
31
microbiota humana sensível a novobiocina incluem os Staphylococcus epidermidis,
Staphylococcus haemolyticus, Staphylococcus hominis, Staphylococcus lugdunensis
e os resistentes a novobiocina são as espécies Staphylococcus saprophyticus e os
Staphylococcus xylosus (HEILMANN & PETERS, 2000; von EIFF et al., 2002)
Os Staphylococcus coagulase-negativa, são reconhecidos como
clinicamente importantes, principalmente quando estão envolvidos em infeões de
próteses e equipamentos médicos que geram doenças graves e morte e esta
capacidade em causarem doença era inesperada, principalmente por representarem
um grupo de microrganismo avirulento (CHRISTENSEN et al., 1982; 1993;
CHRISTENSEN et al., 1994).
Dados do National Nosocomial Infection Surveillence System
mostraram que de janeiro de 1990 a maio de 1999 os Staphylococcus coagulase-
negativa foram os patógenos mais comuns descritos (37,3% comparando com
12,6% para os Staphylococcus aureus) isolados de bacteriemias e em pacientes
especiais (COSTA et al., 2004; von EIFF et al., 2002).
CHRISTENSEN et al., 1994, descreveram que, desde 1960 quando
Baird-Parker notou a produção de um material mucóide por várias cepas de
Staphylococcus coagulase-negativa, iniciava-se o estudo do slime (biofilme
bacteriano). Vários pesquisadores (HUSSAIN et al., 1993; FOSTER & Mc DEVITT
1994; von EIFF et al., 1998; HEILMANN & PETERS, 2000) observaram que o slime
é constituído de um material aderente, mucóide, que se deposita nas próteses
médicas, importante na patogênese das infeões pelo uso destes materiais
Os Staphylococcus coagulase-negativa, particularmente o
Staphylococcus epidermidis, são os maiores causadores de infeões de próteses
médicas do que outros microrganismos; é a causa principal de infeão por
32
cateteres intravasculares (CHEESBOUGER et al., 1986; JONES et al., 1986;
SHERETZ et al., 1983), válvula cerebral (GEORGE et al., 1979; ODIO et al., 1984),
válvula cardíaca (DOUGHERTY et al., 1986; GNANN e COBBS, 1985; KARCHMER
et al., 1983; MARPLES et al., 1985) aparelhos ortopédicos (FITZGERALD et al.,
1985; INMAN et al., 1984; IVEY et al., 1990) marca-passo cardíaco artificial
(BADDOUR et al., 1990; CHOO et al., 1981; KLUG et al., 2003; RUITER et al.,
1985), cateter de diálise peritoneal (BADDOUR et al., 1986; GOKAL et al., 1987;
McALLISTER et al., 1987; WEST et al., 1986) e aparelhos protéticos em geral
(BANDYK et al, 1984; GRISTINA et al, 1988).
Ao contrário, quando descrevemos os Staphylococcus coagulase-
positiva (S. aureus), sabemos de sua capacidade de invadir e infectar tecidos,
mesmo que façam parte da microbiota normal da pele, sendo assim reconhecido
como protótipo de microrganismo virulento (KLOOS & MUSSELWHITE, 1975; LOWY
& HAMMER, 1983).
1.1.2 - FATORES DO HOSPEDEIRO ENVOLVIDOS NAS INFEÕES
ESTAFILOCÓCICAS
Nos dias de hoje, é impossível imaginar a medicina moderna sem os
implantes médicos, o seu uso indispensável e as vantagens deste tipo de
intervenção médica para o paciente por muitas vezes salvando vidas, mas
complicações não poderiam deixar de acontecer. Uma das complicações mais
freqüentes e significativas do implante cirúrgico é a manifestação da infeão do
tecido ao redor do implante, sendo que, a conseqüência da infeão para o paciente
33
resulta no aumento de dias de internação, sepsis e até a morte (DAVEY &
OTOOLE, 2000; PRINTZEN, 1996).
As supercies de muitas bactérias apresentam uma rede de cargas
elétricas negativas e contém componentes lipídicos que confere uma superfície
hidrofóbica. Forças eletrostáticas e hidrofóbicas não específicas são importantes
para a fixação das bactérias em materiais protéticos (WILKS & SISSONS, 1997).
Fatores de aderência, fatores de colonização, adesinas, ou ainda angenos de
aderência são componentes estruturais das células bacterianas que as capacitam
colonizar, sobreviver e multiplicar-se em um dado tecido de seus hospedeiros ou
supercies (
http://www.delphianos.com.br).
Bactérias gram-positivas que colonizam humanos, expressam múltiplas
proteínas de supercie com propriedades adesivas. Estas adesinas equipam as
bactérias com uma função complementar de ligação que facilita seu crescimento e
sobrevivência aos diferentes sítios do hospedeiro de acordo com os receptores
disponíveis, competição microbiana e resposta imunológica não só facilitando a
colonização como também a invasão (CHHATWAL & JENKINSON, 2002).
É o que acontece com os Staphylococcus sp. que expressam na sua
supercie receptores específicos que interagem com adesinas específicas do
hospedeiro (CHHATWAL & JENKINSON, 2002). Muitas proteínas de parede celular
dos Staphylococcus são relatadas e recentemente uma mbria com estrutura
protéica com função de ligação dos Staphylococcus coagulase-negativa a materiais
implantáveis foi descrita (HUEBNER & GOLDMANN, et al., 1999). A adesão é um
pré-requisito para os Staphylococcus coagulase-negativa causarem doenças
invasivas e podem ser mediadas por moléculas adesivas do hospedeiro que se
encontram adsorvidas no polímero dos implantes Estas adesinas, compreendem
34
proteínas e glicoproteinas, componentes do plasma, plaquetas, tecido conjuntivo e
membranas basais (HUSSAIN et al., 2001; VAUDAUX et al., 1994; von EIFF et al.,
2002). Proteínas de adesão celular regulam processos essenciais e promovem
sinais que afetam a morfologia, a motilidade, a expressão gênica e a sobrevivência
celular (BUSTANJI et al., 2003)
A maioria das proteínas do hospedeiro que interagem com os
Staphylococcus e promovem a aderência quando em contato com uma supercie
são a fibronectina, fibrinonio, fibrina, colágeno, laminina, vitronectina,
trombospondina, elastina e plasminonio (ALCARÁZ et al., 2003; BALDASSARI et
al., 1997; BUSTANJI et al., 2003; CHRISTENSEN et al., 1994.; DICKINSON et al.,
1995; 2000; FALLGREN et al., 2001; HARTFORD et al., 2001; HUSSAIN et al.,
2001; PRINTZEN, 1996; VAUDAUX et al., 1994; von EIFF et al., 2002). A
fibronectina é uma proteína de matriz extracelular que está distribuída nos tecidos de
vertebrados e é um importante mediador de invasão bacteriana e de infeões
persistentes dos Staphylococcus coagulase-negativa por encontrarem-se aderidos
no polímero adsorvido sobre fibronectina (BUSTANJI et al., 2003; CHHATWAL,
2002; FOSTER & McDEVITT, 1994; HARTFORD et al.; 2001 HUSSAIN et al., 2001;
PEACOCK et al., 1999; von EIFF et al., 2002). Estudos in vitro, mostram que o ácido
lipoteicóico, um constituinte essencial da parede celular, auxilia aumentando o
processo de aderência por ligarem as células dos Staphylococcus a coágulos de
fibrina, bem como as plaquetas aderidas na superfície de plástico do material
facilitam esta aderência (CHRISTENSEN et al., 1994; HUSSAIN et al., 2001;
NILSDOTTER-AUGUSTINSSON et al., 2005).
Uma vez em contato, os fluidos corpóreos imediatamente cobrem toda
supercie do material de implante, primeiramente proteínas do soro e plaquetas,
35
formando uma camada condicionante modificando as propriedades de superfície
auxiliando na aderência celular (CÁRLEN et al., 2001; CHRISTENSEN, 1989;
CHRISTENSEN et al., 1994; HARTFORD et al., 2001).
Esta habilidade dos Staphylococcus em ligarem-se especificamente a
estas proteínas é descrita como um fator de virulência (NILSDOTTER-
AUGUSTINSSON et al., 2005).
Pesquisadores observaram que antes do implante do material seria
necessário realizar um pré-tratamento deste com soro ou plasma para inibir a
aderência da maioria das cepas de Staphylococcus coagulase-negativa in vitro
(CHRISTENSEN et al., 1994).
Um outro aspecto importante na resposta do hospedeiro às infeões
estafilocóccicas é a migração direta de fagócitos para o foco infeccioso que age
como um estímulo. O estabelecimento de um foco inflamatório promove a liberação
de mediadores humorais que atrai e modula os componentes da resposta celular
(VAUDAUX et al., 1994).
1.1.3 - FATORES QUE COMANDAM A ADERÊNCIA INICIAL DOS
Staphylococcus
COAGULASE-NEGATIVA AS SUPERFÍCIES
A aderência bacteriana é um fator importante na contaminação de
materiais de implante e depende das características da superfície da célula
bacteriana e da natureza do substrato (material do polímero) (AN & FRIEDMANN,
1997; CORDERO et al., 1996; MERRITT et al., 1999; SCHWANK et al., 1998; von
EIFF et al., 2002). Sabe-se que a colonização em superfícies inanimadas,
implantadas no hospedeiro ou testadas in vitro pelos Staphylococcus coagulase-
36
negativa, requer a passagem por vários estágios (CHRISTENSEN et al., 1994;
EGINTON et al., 1995; MERRITT et al., 1997). O primeiro estágio da colonização, a
exposição, ou fase de chegada é realmente importante na determinação da infeão
por microrganismos e é reversível (CHRISTENSEN et al., 1994; KLOSS &
MUSSELWHITE, 1975; MORALES et al., 2004).
Além disso, a suspensão de células microbianas fará com que algumas
destas células entrem em contato com o material de implante sob ação de forças do
tipo quimiotáticas, gravitacional, do fluxo do fluido na superfície e forças o
específicas de características fisicoquímicas da superfície bacteriana e da supercie
do material que incluem as forças de van de Waals, forças eletrostáticas, tensão
superficial e de hidrofobicidade superficial (CHRISTENSEN et al., 1994; MAKI,
1994).
A aderência inicial é promovida pela presença de sítios únicos
existentes na supercie do material e variações na hidrofobicidade, irregularidades
superficiais e a presença de proteínas plasmáticas adsorvidas na superfície do
material (camada condicionante) e o acúmulo deste material formam camadas
dando origem ao biofilme. Uma vez as células bacterianas aderidas à supercie do
material de implante, servem de sinal ou de alvo para receptores bacterianos
específicos se ligarem (CHRISTENSEN et al., 1994; GELOSIA et al., 2001).
Esta fase de colonização é de fundamental interesse para os
pesquisadores, porque muitas destas forças podem ser modificadas na fabricação
de novos materiais médicos, minimizando a adesão bacteriana e conseqüentemente
à infeão.
O segundo estágio ou fase de imobilização é acompanhado pela
multiplicação local dos Staphylococcus coagulase-negativa com a formação de um
37
crescimento superficial aderente protegido por uma camada de polissacarídeo
extracelular denominada de slime produzido nesta fase (ALCARÁZ et al., 2003;
FREEMAN et al., 1989; GELOSIA et al., 2001; HUSSAIN et al., 1992; 2001;
KOTILAINE, 1990; MORALES et al., 2004; SHIRO et al., 1994).
As raras células de Staphylococcus coagulase-negativa que aderirem a
supercie do material a estes sítios únicos irão colonizar com sucesso esta
supercie pela produção do slime. O slime estabiliza as associações células a
células e célula na superfície permitindo o acúmulo bacteriano ao material médico
finalizando o estágio de colonização a superfície (CHRISTENSEN et al., 1994).
Em virtude das variações das fases ou modulação fenopica, as
células filhas que não estão ligadas a colônia pelo slime encontram-se livres e
prontas a fixarem-se a novos sítios e repetir o processo de colonização
(CHRISTENSEN et al., 1994).
São necessários fatores adicionais para o crescimento acumulativo e
formação do biofilme pelos Staphylococcus coagulase-negativa e uma proteína
extracelular de 140 KDa chamada de proteína associada ao acúmulo (AAP) têm sido
descrita como essencial no crescimento acumulativo na superfície dos polímeros e
está envolvida no processo de aderência e é o componente chave do
desenvolvimento do biofilme em supercies mas, sua exata função não está ainda
bem definida (MORALES et al., 2004).
Todas bactérias produzem múltiplas adesinas e algumas são reguladas
a nível transcripcional permitindo que os microrganismos escolham a forma séssil ou
plantônica, dependendo das diferenças influencias do meio. O processo da
formação do biofilme e seu desprendimento pode ser regulado por comunicação
célula a célula e pela densidade da população formada. Dentro do biofilme maduro
38
há diferenças no crescimento bacteriano, produção metalica, pH, taxa de
crescimento, nível de oxigênio, síntese de polímeros extracelulares entre outras
situações que permitem a estabilidade e a persistência do biofilme (MORALES et al.,
2004)
1.1.4 - IMPORTÂNCIA CLÍNICA DA ADERÊNCIA DE ESTAFILOCOCOS
Clínicos que tratam infeões bacterianas relacionadas a implantes e
outras infeões crônicas tem definido estes casos como uma nova categoria de
doenças infecciosas que diferem bastante das síndromes bacterianas agudas
predominantes até a metade do último século (COSTERTON et al., 2003; DONLAN,
2001).
Considerando a variedade de materiais usados na construção de
próteses médicas e de localizações anatômicas para implantá-los, fica difícil
entender por que em particular um grupo de microrganismos avirulentos emergem
como causa primária de infeões, ou sobre esta questão, por que a quantidade de
próteses médicas infectadas pelos Staphylococcus coagulase-negativa é maior do
que as infeões causadas por Staphylococcus aureus (CHRISTENSEN et al., 1994;
von EIFF et al., 2001; VUONG & OTTO, 2002).
Este paradoxo tem sido o objeto de extensivas pesquisas e
investigações por mais de uma década. Uma explicação para este tropismo é que
cepas patogênicas de Staphylococcus coagulase-negativa têm a capacidade, o
comum, de aderir e colonizar estas próteses médicas, mais particularmente
supercies lisas, formando um filme aderente conhecido como slime. Embora a
produção do slime é uma das explicações para este tropismo a colonização destas
39
próteses médicas é complexa e um processo que envolve várias etapas
(ALTOPARLAK et al., 2004; FREBOURG et al., 2000; CHRISTENSEN et al., 1994;
MERRITT et al., 1997; YASSIEN & KHARDORI, 2001). A importância clínica e a
função patogenética dos Staphylococcus coagulase-negativa foram primeiro
reconhecidas no início de 1960 em infeão de válvula cérebro-espinhal. Ainda na
década de 60, o taxonomista Baird-Parker notou a produção de um material mucóide
por várias cepas de Staphylococcus coagulase-negativa. Bayston & Penny em 1972,
observaram que algumas cepas de Staphylococcus coagulase-negativa produziam
um exopolissacarídeo mucóide de importância clínica com potencial indicador de
virulência (CHRISTENSEN et al., 1994; FREEMAN et al., 1989; HEINZELMANN et
al., 1997) Vários outros pesquisadores também observaram a presença deste
material mucóide relacionado à patogênese de processos infecciosos
(AMMENDOLIA et al., 1999; CHRISTENSEN at al., 1994; FARBER et al., 1990;
ISHAK et al., 1985; KOTILAINEN, 1990).
Christensen, et al., 1994, descrevem que o termo slime foi descrito por
Jones et al, em 1963 que observaram o femeno pela primeira vez e evita confusão
com o termo material mucóide que sugere tanto material de origem animal ou um
material químico específico ou seja, mucopolissacarídeo.
Hoje, o termo slime, por alguns autores, é descrito como biofilme,
composto por produtos bacterianos e do hospedeiro, de diferentes composição
química (ARCIOLA et al., 2001; GELOSIA et al., 2001; GERKE et al., 1998;
McKENNEY et al., 1998).
Visto que os Staphylococcus coagulase-negativa residem normalmente
na pele, a produção do slime e de outros mecanismos de aderência poderiam
auxiliar o microrganismo a evitar sua dessecação e auxiliar sua aderência na
40
supercie do cabelo e da pele. Por outro lado, os mecanismos de aderência a
supercies lisas promovem a transferência das bactérias da pele para implantes e
outros objetos, desse modo, promovendo a disseminação bacteriana pela
manipulação destes materiais.
Conseqüentemente, a associação de matérias médicos com a
produção de slime pelos Staphylococcus coagulase-negativa, deve ser um acidente
natural onde estes microrganismos por engano, trocaram seu hábitat natural pelo
microambiente de materiais médicos.
Portanto, a produção de slime deve ser uma resposta adaptativa de
algumas cepas na presença de corpos estranhos e todo processo que envolve
desde a adesão bacteriana até a formação do biofilme é um fator importante na
virulência destes microrganismos (VOGEL et al., 1999).
1.1.5 - ASSOCIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE BIOFILME COM INFEÕES
CLÍNICAS
Na década de 70, mesmo com alguns relatos o foi dada muita
atenção ao fato e apenas em 1980, pesquisadores do mundo começaram a
reconhecer os Staphylococcus coagulase-negativa como patógeno comum,
especificamente relacionado a sepse hospitalar pelo uso de cateter e um dos pré-
requisitos para infeões crônicas associadas ao uso de polímeros pelos
Staphylococcus é a aderência à sua superfície (GOTZ, 2002).
Em investigações de sepse relacionada ao uso de cateter, Christensen
et al. (1982,1985) observaram que cepas isoladas de casos clínicos, de
Staphylococcus coagulase-negativa quando inoculadas em tubos de plásticos
41
contendo caldo de soja tríptica cobriam a parede do tubo por uma espessa camada
viscosa observada as coloração, formando um filme residual de bactéria
denominada de slime. Com o intuito de quantificar esta aderência, o método foi
substituído por placas de poliestireno de micro-poços em U e a leitura medida por
densidade óptica com um espectofotômetro automático do filme aderente corado.
Outros métodos de deteão, como técnicas bioquímicas e genéticas
usadas para estudar a formação do biofilme nos Staphylococcus têm sido revistas,
como a de deteão de um fenótipo através da observação de colônias positivas ou
negativas para a produção do slime pelo método do ágar vermelho Congo descrito
por Freeman et al., 1999 (ARCIOLA et al., 2001; HUSSAIN et al., 1992; GOTZ,
2002).
Nos últimos anos vários fatores têm sido identificados por influenciarem
ou induzirem a produção do biofilme por condições que são potencialmente tóxicas
para a célula bacteriana e observaram a ativação do biofilme por um aumento da
osmolaridade, ação de fatores ambientais como o meio, a presença de carboidratos,
limitação de ferro, tensão de CO
2
, oxigenação, ação de detergentes, de antibióticos,
uréia, etanol, stress oxidativo, ácido oléico, anaerobiose e altas temperaturas
(CRAMTON et al., 2001; GOTZ, 2002; RACHID et al., 2000; SELAHATTIN et al.,
2000). Um último passo da infeão por corpos estranhos é fortemente afetada pela
reação inflamatória e defesas do hospedeiro (VANDECASTEELE et al., 2003).
Como observado, a produção de biofilme está sujeita a variações, e por
não saber sua real composição e função é descrita como um marcador de virulência,
mas, dados epidemiológicos e experimentais sugerem que a produção do biofilme
contribui com propriedades de virulência do microrganismo em promover a
42
colonização de materiais médicos (BALDASSARI et al., 1997; CHRISTENSEN et al.,
1994; ZIEBUHR et al., 1999).
A infeão é a maior complicação associada com o uso de materiais
implantáveis, como os cateteres. Os Staphylococcus coagulase-negativa são os
patógenos mais importantes nestas infeões e sua patogênese está correlacionada
na habilidade de algumas cepas em produzir grandes quantidades de slime
(BALDASSARI et al., 1997)
A cura de infeão relacionada ao uso de biomateriais pelos
Staphylococcus coagulase-negativa requer a remoção do biomaterial infectado e
completo desbridamento do tecido lesado bem como uma revisão da terapia
antibiótica (GOTZ, 2002).
Durante décadas mais recentes, o uso de próteses médicas tem
crescido claramente e concomitantemente o risco de infeões associadas tem
aumentado drasticamente. Muitas destas próteses são colonizadas por bactérias
capazes de desenvolver biofilmes. A maioria dos biofilmes associados à infeão
são formados por uma simples espécie bacteriana com exceção nos cateteres
uririos e próteses vocais (MORALES et al., 2004; VUONG & OTTO, 2002).
Cepas hospitalares tem um potencial maior em formar biofilme devido à
importante presença do gene ica e outros determinantes de virulência, desta
maneira refletindo a diversidade etiológica das infeões pelos Staphylococcus
coagulase-negativa (FITZGERALD et al., 2005).
Costerton et al., 2003, descrevem que os biofilmes estão envolvidos na
disseminação da doença dentro do corpo de indivíduos infectados e quando se fala
em distribuição hematogênica da infeão, deve-se especificar se as unidades
infecciosas são células plantônicas ou fragmentos do biofilme por diferenciarem-se
43
em propriedades de resistência antibiótica e características de aderência. Células
plantônicas são desprendidas do biofilme maduro e são geralmente sensíveis aos
antibióticos e aderem a certos tecidos e superfícies inertes com considerável avidez.
Por esta razão, faz-se o uso de terapia profilática para prevenir a colonização de
implantes médicos recentemente implantados por bactérias plantônicas introduzidas
pela corrente sanguínea por procedimentos rotineiros como escovação dos dentes
ou mesmo manipulação da cavidade bucal. Por outro lado, a maioria das células que
se desprendem do biofilme desenvolvem-se em válvulas cardíacas (ocasionando
endocardite) ou cateteres vasculares estão na forma de fragmentos de biofilme
embutido em uma matriz e são muito resistentes aos antibióticos, por esta razão,
baixas doses de antibiótico não previne a disseminação da bactéria. Nas doenças
com biofilme o melhor caminho para prevenir este processo é o tratamento com altas
doses de antibiótico e a remoção da prótese vascular (COSTERTON et al, 2003).
1.1.6 - CONSTITUIÇÃO DO
SLIME
Os polissacarídeos bacterianos têm sido objeto de estudo
principalmente por suas propriedades como as de interação parasita-hospedeiro,
como determinante imunológico ou por sua capacidade adesiva e representam 65%
do material extracelular (CHRISTENSEN, 1989).
Podem ser classificadas de acordo com sua fonte, biossíntese,
estruturas, propriedades sicas (características de adsorção, solubilidade, trocas
iônicas, viscosidade, formação de gel e interação polímero-polímero) ou biológica.
Os componentes extracelulares e de superfície celular mais comum são a glicose,
44
galactose, manose, fucose, ramnose, glicosamina, galactosamina, ácido glicurônico
e galacturônico, proteínas, ácidos nucléicos e lipídeos (CHRISTENSEN, 1989).
Muitas moléculas têm sido identificadas com o envolvimento direto do
processo de adesão célula a célula e é possível colocá-las em dois maiores grupos:
carboidratos poliméricos e proteínas poliméricas. A nível bioquímico, a adesina
polissacarídica extracelular tem função essencial na aderência inicial e na adesão
intercelular (formação do biofilme) (MORALES et al., 2004; ZHANG et al., 1998).
Christensen et al., 1994 relataram que Peters et al., 1987 foram os
primeiros pesquisadores que tentaram purificar o slime e descobriram que a
substância que intervém a adesão dos Staphylococcus coagulase-negativa a
supercies lisas em camadas bacterianas é um polissacarídeo extracelular chamada
de, substância extracelular do slime” (ESS), que se encontra presente em
abundância nos extratos do slime.
Há vários outros polissacarídeos que compõe o slime, mas um
polissacarídeo específico de alto peso molecular que tem a mesma função da
cápsula bacteriana e intervém a aderência inicial da bactéria na superfície do
polímero é chamado de polissacarídeo capsular/adesina (PS/A) (ARCIOLA et al.,
2001; FARBER et al., GOTZ, 2002; 1990; SHIRO et al., 1994) e é descrito como
componente da supercie celular e da camada do biofilme protegendo a bactéria
das defesas do hospedeiro e da fagocitose e está envolvido no primeiro passo da
adesão primária, acompanhada da proliferação das células em grupamentos
multicamadas (ARCIOLA et al., 2001; FARBER et al., 1990; GERKE et al., 1998;
HANDKE et al., 2004; HUEBNER et al., 1999; McKENNEY et al., 1998). Hoje, o
PS/A é conhecido como PNAG (poli-succinil-glicosamina) e estudos o descrevem
45
como um forte candidato na produção de vacina contra doenças estafilocócicas
(BALDASSARI et al., 1996; HANDKE et al., 2004).
Em um segundo passo, há a formação de grandes grupos celulares
que são associados com a produção do polissacarídeo intercelular/adesina chamado
de PIA que é um homopolímero linear de até 130 resíduos de
β
-1,6-glicosamina N-
acetilado (15% a 20% diacetilados) composto por duas frações polissacarídicas:
polissacarídeo I (>80%) e polissacarídeo II (< 20%) estruturalmente relacionado ao
polissacarídeo I com baixa quantidade de resíduos não N-acetilados D-glicosamina,
fosfato e éster ligado a sucsunato, sendo aniônico (MORALES et al., 2004). O PIA é
localizado na superfície celular mediado por produtos do gene cromossomal ica
(intercelular adhesion) que corresponde a quatro genes de adesão intercelular, icaA,
icaD, icaB e icaC, e um gene regulador, icaR organizados em uma estrutura operon
(fig.1) envolvidos na produção deste polissacarídeo e codificam quatro proteínas que
são necessárias para a síntese do PIA que são, IcaA, IcaD, IcaB e IcaC (ARCIOLA
et al., 2001; CAFISO et al., 2004; CONLON et al., 2002; FITZGERALD et al., 2005;
JOHANNES et al., 2001 GERKE et al., 1998; GOTZ, 2002; 1998; HUEBNER &
GOLDMANN et al., 1999; MACK et al., 1996, 1999, 2000; McKENNEY et al., 1998;
MORALES et al., 2004; NILSDOTTER-AUGUSTINSSON et al., 2005; O´GARA &
HUMPHREYS, 2001; ZIEBUHR et al., 1999).
Estudos epidemiológicos mostram que a produção do PIA está
correlacionado com a infeão originada pelo uso de próteses médicas (VUONG et
al., 2004).
Desta maneira a formação do biofilme é dependente da presença e
expressão do grupo de genes icaADBC (ZIEBUHR et al., 1999, 2000; GERKE et al.,
1998).
46
ica
R
ica
D
ica
B
ica
C
ica
A
Figura 1 organização getica do grupamento do gene
ica
O PIA é envolvido no acúmulo celular dos
Staphylococcus
coagulase-
negativa nas superfícies, na hemaglutinação e tamm age como adesão
intercelular em vidro e outras superfícies hidrolicas e é distinto do PS/A (ARCIOLA
et al., 2001; CAFISO et al., 2004; GERKE et al., 1998; HUEBNER& GOLDMANN,
1999; Mc KENNEY et al., 1998).
Também é descrito que o PS/A e o PIA dividem em sua constituição
um mesmo arranjo de β-1-6-glicosamina diferindo em um substituinte primário no
grupo amino e tamanho molecular, mostrando que ambos são produzidos de
proteínas codificadas no
lócus
ica
. A síntese do polissacarídeo capsular-PS/A é
mediada por um operon ica que uma vez ativado, um polissacarídeo de adesão
intercelular-PIA é sintetizado (ARCIOLA et al., 2001; GERKE et al., 1998; HUBNER
& GOLDMANN, 1999; LITRAN et al., 2002; McKENNEY et al., 1998; OTTO & TZ,
2001; von EIFF et al., 2002).
A importância do PIA na patogênese das infeões pelos
Staphylococcus
coagulase-negativa em cateteres intravasculares tem sido
confirmado em experimentos realizados em animais (NILSDOTTER-
AUGUSTINSSON et al., 2005; RUPP et al., 1999a,b).
GOTZ, 2002 as estudos com cepas produtoras de PIA, descreve que
a produção do
slime
é influenciada por vários parâmetros e que em certas cepas
47
uma variação, chamada de variação fenotípica e especula-se que esta variabilidade
contribui para a sobrevivência bacteriana em condições adversas.
Ogara & Humphreys, 2001, descrevem que há vários estudos
realizados para se saber a real função de cada proteína Ica. Supostamente sabe-se
que são proteínas transmembrana, porque são compostas de aminoácidos
hidrofóbicos em alta porcentagem formando um potencial de hélice transmembrana
e que estão localizadas na membrana celular (DOBINSKY et al., 2002).
IcaA representa atividade catalítica N-acetilglicosaminatranferase e que
sozinha tem baixa atividade transferase mas, quando é co-expressa com IcaD
apresenta atividade total sintetizando resíduos longos de 10-20 olimeros de
β
1,6-
N-acetil glicosamina (DOBINSKY et al., 2002; GALDBART et al., 2000; GOTZ,
2002). Longos oligômeros de até 130 resíduos são formados na presença de IcaC;
IcaB está presente principalmente no sobrenadante das culturas e codifica uma
proteína que catalisa reações de diacetilação durante a biossíntese do PIA e é
secretado quando da necessidade de IcaC que sintetiza longos oligômeros; Ica C
não tem atividade bem definida, mas deve estar envolvida no transporte
transmembrana por ser uma proteína integrante da membrana, não tendo atividade
essencial para a síntese do PIA (DOBINSKY et al. , 2002; GOTZ, 2002).
Recentemente, pesquisadores identificaram uma substância conhecida
como poli-gama-DL-ácido glutâmico ou PGA que protege o patógeno dos
mecanismos de defesas naturais do hospedeiro e que está presente nos
Staphylococcus epidermidis que sobrevivem em implantes médicos. Relata-se ainda
que a formação do biofilme o depende do PGA, mas que quando presente à
produção do biofilme é maior. O que estes pesquisadores buscam é uma vacina
48
para inativar o efeito do PGA pois ele é à base do desenvolvimento de doenças
estafilocócicas (KOCIANOVA, et al., 2005).
1.1.7 - PREVENÇÃO DAS INFEÕES ESTAFILOCÓCICAS
RELACIONADAS AO USO DE IMPLANTES MÉDICOS
Nas infeões decorrentes do uso de implantes médicos pelos
Staphylococcus coagulase-negativa a formação do biofilme é considerada como o
principal fator de virulência em razão que os mecanismos de defesa do hospedeiro,
bem como a ação quimioterápica antibacteriana tornam-se ineficazes, devido ao
biofilme proteger as células estafilocócicas ficando difícil a cura destas infeões
(MINTO et al., 1999; von EIFF et al., 1999, 2001).
A natureza da estrutura do biofilme e atributos fisiológicos dos
organismos no biofilme confere uma resistência inerente aos agentes
antimicrobianos mesmo se estes agentes são antibióticos, desinfetantes ou
germicidas contra estes microrganismos no estado planctônico. Desta maneira a
concentração de antibiótico necessária para matar a bactéria no biofilme pode ser
quatro vezes mais alta (MORALES et al., 2004).
Vários autores descrevem que a produção de biofilme tem implicações
terapêuticas, pois observaram uma ligação entre a produção do biofilme e a
persistência da infeão e falhas no tratamento antibiótico (STEWART &
COSTERTON, 2001; ZIEBUHR et al., 2000). A este respeito, uma vez formado o
biofilme, removê-lo por meio de antibióticos tem mostrado ser muito dicil. Por outro
lado, isto é devido à falência terautica de muitos antibióticos em tratar infeões
estafilocócicas crônicas e tamm ao fato de que a maioria dos isolados hospitalares
49
de Staphylococcus coagulase-negativa serem multirresistentes com um constante
aumento desta resistência (MORALES et al., 2004; RACHID et al., 2000).
Os mecanismos responsáveis para a resistência devem estar
associado à baixa penetração do agente antimicrobiano através da matrix do
biofilme; inativação dos agentes antimicrobianos por enzimas presentes no biofilme;
modificação no desenvolvimento dos microrganismos no biofilme; trocas fisiológicas
devido ao modo de crescimento e variação da expressão genética sofrida pelos
microrganismos presente no biofilme podem comandar a baixa sensibilidade
fenotípica contra antimicrobianos (MACK et al., 2002; MORALES et al., 2004;
POLONIO et al., 2001; VUONG & OTTO, 2002; von EIFF et al., 1999).
Estudos, analisaram a influencia de concentrações subinibitórias de
antibióticos na formação de biofilmes e que a expressão do operon ica pode ser
fortemente aumentada por uma mistura de estreptogramina com dalfopristin e pela
tatraciclina que tem sido eficientes no tratamento infeões sérias causadas por
cocos gram-positivos multirresistentes devido aos antibióticos exibirem efeitos na
estrutura da célula e na expressão de genes de virulência (GOTZ, 2002; KONCKRO
et al., 2000; MORALES et al., 2004; RACHID et al., 2000).
Por outro lado, Yassien & Khardori, 2001 estudaram a interação de
quatro fluoroquinolonas diferentes e sua ação nos biofilmes formados e observaram
que a erradicação do polissacarídeo extracelular tem mostrado um aumento da
penetração do agente antimicrobiano no biofilme.
Devido à maioria das infeões ocasionadas pelos Staphylococcus
coagulase-negativa serem de natureza hospitalar, não é de se surpreender que se
tornem altamente resistentes a múltiplos antibióticos, especialmente a meticilina que
exclui a terapia a outros beta-lactâmicos e que freqüentemente também são aos
50
macrolídeos, lincosaminas, aminoglicosídeos, fluoroquinolonas. O tratamento de
escolha para as infeões causadas por estes microrganismos é freqüentemente a
vancomicina. Devido à emerncia a resistência a vancomicina aos Enterococcus sp
e aos Staphylococcus sp a recomendação é que o uso desta droga promove o
desenvolvimento de cepas resistentes a todos os antibióticos (ALCARÁZ et al.,
2003; FERREIRA et al., 2002; PARK et al., 2001, von EIFF et al., 2001).
A experiência clínica com infeão estafilocócicas aos polímeros
mostra claramente que os mecanismos de defesas do hospedeiro tão bem como
quimioterapia antibacteriana são freqüentemente incapazes de curar esta infeão,
apesar do uso de agentes antimicrobianos com comprovada atividade in vitro.
Trabalhos experimentais mostram que o slime extracelular produzido reduz a
resposta quimiotática dos polimorfonucleares neutrófilos, reduz a atividade fagocítica
de macrófago peritoneal em animal de experimentação e inibe a proliferação de
polimorfonucleares neutrófilos humanos após simulação com imunomoduladores
policlonais (von EIFF et al., 1999; MORALES et al., 2004).
Pesquisas futuras tem como objetivo o desenvolvimento de estratégia
para inibir a adesão e colonização bacteriana em cateteres implantáveis. Uma
destas pesquisas é o uso de cateteres embebidos com agentes antimicrobianos
sozinho ou em combinação com passagem de uma corrente elétrica alta (OGARA &
HUMPHREYS, 2000; MORALES et al., 2004).
A geração de eletrólitos como os prótons, anions hidroxilados, reativos
intermediários do oxinio, hidrogênio e oxinio aparecem aumentando a morte
bacteriana pelo antibiótico de células bacterianas aderidas à superfície do polímero
é conhecida como efeito bioelétrico (COSTERTON et al, 1995; MORALES et al.,
2004).
51
O conhecimento de mecanismos moleculares que determinam a
formação do biofilme permitirá o projeto de novas estratégias em bloquear a
expressão dos genes diretamente envolvidas na aderência do microrganismo, o
desenvolvimento de próteses sintetizadas com novos materiais que permitem o
estabelecimento do biofilme e o uso de próteses com sua superfície embebida por
agentes antimicrobianos (MORALES et al., 2004).
Todas estas medidas devem ser necessárias para prevenir e tratar
infeão relacionada ao uso dos cateteres desde que a eliminação do biofilme
bacteriano apenas pelo uso de antibiótico é muito dicil (MORALES et al., 2004).
Lewis, 2001 relata que a habilidade dos antimicrobianos em inibir o
crescimento do biofilme indica que eles são capazes de difundirem-se por entre o
biofilme e agir normalmente contra seu alvo. Por que estão as células não morrem?
Este é o principal problema e enigma que precisa ser resolvido.
52
2 - OBJETIVOS
Estudar cepas de estafilococos coagulase-negativa isolados de ambiente biótico
hospitalar, os fatores correlacionados com a virulência como:
1) Produção de polissacarídeo extracelular.
2) Formação de biofilme sobre superfície abiótica.
3) Associação entre produção de polissacarídeo extracelular, a origem e a
identidade das escies dos estafilococos coagulase-negativa.
4) Determinar a sensibilidade a oxacilina e relacionar com a produção de
polissacarídeo extracelular.
53
3 - MATERIAL E MÉTODO
3.1 - CASUÍSTICA
Foram isoladas 27 amostras de Staphylococcus coagulase-negativa de
cateter venoso central obtidas do estudo: COLONIZAÇÃO DE CATETERES
VENOSOS CENTRAIS POR BIOFILME MICROBIANOTese de Doutorado do aluno
Anísio Storti do programa de Pós-Graduação em Alises Clínicas da Faculdade de
Ciências Farmacêuticas, campus de Araraquara-UNESP, (dados não publicados).
Todos os procedimentos laboratoriais foram desenvolvidos no
Laboratório de Microbiologia Clínica do CRD/NAC (Centro de Referência Diagnóstica
Integrado ao Núcleo de Atendimento à Comunidade) da Faculdade de Ciências
Farmacêuticas do Câmpus de Araraquara-UNESP, com exceção da Microscopia
Eletrônica de Varredura (MEV), que foi realizada no Laboratório de Físico-Química
do Instituto de Química do Câmpus de Araraquara-UNESP.
3.2 - MEIOS DE CULTURA E REAGENTES
Os meios de cultura desidratados, relacionados a seguir, das marcas
comerciais DIFCO (Becton Dickinson; Sparks, USA), MERCK (Darmstadt, Germany),
BBL (Becton Dickinson; Cockeysville; USA), OXOID (Hampshire, England) foram
preparados de acordo com as especificações dos fabricantes: Ágar Müeller Hinton,
Caldo Mueller Hinton, Ágar Base Sangue (TSA Blood Agar Base), Ágar cérebro
coração, Caldo de Infusão Cérebro e Coração, Caldo de Soja Tríptica e Ágar Base
Vermelho de Fenol. As formulações encontram-se apêndice A.
54
Sais, ácidos, corantes, açúcares e demais reagentes eram de
procedência bioMÉRIEUX (Rio de Janeiro, Brasil), MERCK (Darmstadt, Germany),
SIGMA (Sigma-Aldrich Chemical; São Paulo, Brasil) REAGEN (Quimibrás Instrias
Químicas; Rio de Janeiro, Brasil), DIFCO (Becton Dickinson; Sparks, USA),
PROBAC (São Paulo, Brasil), Fluka (Chemika; Switzeland).
Os discos de antimicrobianos eram de procedência CECON (São
Paulo, Brasil).
As soluções de etanol (v/v) nas concentrações de 15, 30, 50, 70, 95, e
100%, bem como as soluções do tampão fosfato (0,2M; 0,2M(pH7,1); 0,1M (pH7,1) e
0,1M-glutaraldeído 2,5% utilizadas na técnica de microscopia eletrônica de varredura
foram preparadas no setor de Microbiologia Clínica do Laboratório de Análises
Clínicas Prof. Antonio Longodo CRD/NAC Unidade Auxiliar Integrada à Faculdade
de Ciências Farmacêuticas - UNESP, câmpus de Araraquara, São Paulo.
Os tampões e soluções utilizados para extração do DNA gemico e reação
PCR foram preparados no Laboratório de Biologia Molecular e Celular de
Microrganismos do Departamento de Ciências Biológicas da Faculdade de Ciências
Farmacêuticas - UNESP, câmpus de Araraquara, São Paulo. As formulações
encontram-se apêndice B.
3.3.SISTEMAS COMERCIAIS DE IDENTIFICAÇÃO DE COCOS GRAM-
POSITIVOS CATALASE POSITIVA
Sistema APIStaph (bio-Mérieux, La Balme, Les Grottes, França).
55
3.4.- MÉTODOS
3.4.1 – IDENTIFICAÇÃO DOS MICRORGANISMOS
Os cocos Gram-positivos com a característica de agrupamentos
irregulares (cachos de uva), sugestivos de Staphylococcus sp., foram identificados
de acordo com Kloss & Schleifer (1975), modificado por Kloos & Bannerman (1999),
adaptado por Bernardi et al. (2001) utilizando as seguintes provas bioquímico-
fisiológicas: resistência à bacitracina; novobiocina, polimixina, teste da coagulase
livre e ligada, PYR e carboidratos: sacarose, manose, trealose, manitol, celobiose,
maltose e xilose (MURRAY et al., 1999, 2003; MacFADDIN et al., 2000) e pelo
sistema APISTaph (bio-Mérieux-Jacarépagua, Rio de Janeiro, Brasil).
3.4.2 – IDENTIFICAÇÃO DOS
STAPHYLOCOCCUS
3.4.2.1-
Staphylococcus
sp
Kloos e Scheleifer (1975), modificado por Kloos e Bannerman (1995, 1999);
adaptado por Bernardi et al. (2001); Murray et al. (1995, 1999, 2003) e
MacFaddin (2000)
3.4.2.2-Teste da coagulase livre (prova em tubo)
MacFaddin (2000)
Foi preparada a suspensão do Staphylococcus sp., em tubos de vidro
esterilizados (13x100mm) contendo 0,5mL de caldo BHI e adicionado de 0,5mL de
plasma citratado. Homogeneizada suavemente sem agitar. Os tubos foram
56
incubados em banho-maria a 37°C por 4 horas. De modo idêntico, foram realizados
controles utilizando-se cepas de Staphylococcus coagulase positiva e negativa. A
prova foi considerada positiva quando houve a formação de coágulo, de qualquer
intensidade.
Como controle positivo foram usadas cepas Staphylococcus aureus
ATCC 12600 e como controle negativo Staphylococcus epidermidis ATCC 14990,
conforme as recomendações de MacFaddin (2000).
3.4.2.3-Teste da coagulase ligada (prova em lâmina)
MacFaddin (2000)
Foi colocada sobre uma lâmina de vidro uma gota de solução
fisiológica esterilizada e com auxílio de uma alça bacteriológica, suspendeu-se um
pouco do crescimento bacteriano a ser testado até obter-se uma suspensão
homogênea. A seguir foi adicionada uma gota de plasma citratado e homogeneizado
para observar a formação ou não de grumos em período em 5-20 segundos. O teste
da coagulase ligada foi considerado negativo quando o foi observada a formação
de grumos em 3 a 4 minutos.
3.4.2.4-Resistência à bacitracina
MacFaddin (2000); Murray et al. (1995, 1999, 2003)
Foi semeada com swab na superfície do ágar Mueller Hinton, a
suspensão bacteriana em estudo, com turbidez equivalente ao tubo 0,5 da escala de
McFarland. As a secagem foi colocado um disco de bacitracina (A) de
57
0,04unidades-U (CECON-São Paulo, Brasil) sobre a semeadura. Foi incubado por
18-24 horas em estufa bacteriológica a 35-37
o
C. A ausência de um halo de inibição,
ou zona de inibição com mais de 10mm de diâmetro ao redor do disco, indica que a
prova foi positiva, isto é, o microrganismo era resistente à bacitracina. A prova
negativa ou sensibilidade quando a zona de inibição do crescimento bacteriano é
maior que 10mm de diâmetro ao redor do disco. Esta prova diferencia o gênero
Micrococcus do gênero Staphylococcus.
3.4.2.5-Resistência à novobiocina
Murray et al. (1995, 1999, 2003)
Foi semeada com swab na supercie do ágar Mueller Hinton, uma
suspensão bacteriana com turvação semelhante ao tubo 0,5 da escala de
McFarland, após a secagem foi colocado um disco contendo 5µg de novobiocina
(CECON-São Paulo, Brasil) sobre a semeadura, incubado por 18-24 horas em estufa
bacteriológica a 35-37
o
C. Prova positiva (resistência): halo de 16mm ou menor.
Prova negativa (sensibilidade): halo maior do que 16mm.
3.4.2.6-Resistência à polimixina B
Murray et al. (1995, 1999, 2003)
Foi semeado com swab na supercie do ágar Mueller Hinton, uma
suspensão bacteriana com turvação semelhante ao tubo 0,5 da escala de
MacFarland, após a secagem foi colocado um disco padronizado contendo 30
Polimixina B (CECON-São Paulo, Brasil) sobre a semeadura, incubado por 18-24
58
horas em estufa bacteriológica a 35-37
o
C. Prova positiva (resistência): halo de
10mm ou menor. Prova negativa (sensibilidade): halo maior do que 10mm.
3.4.2.7-Teste de hidrólise pyrrolidonyl- -naphthylamide (PYR)
MacFaddin (2000) ;Murray et al. (1995, 1999, 2003)
Sobre o crescimento do microrganismo, em ágar Mueller Hinton de 18-
24 horas, foi colocado um disco de PYR (PROBAC-São Paulo-Brasil) e a placa
reincubada a 35-37
o
C por 4 horas. As este período o disco foi retirado e
depositado sobre uma lâmina e colocado sobre ele uma gota do reagente PYR. O
aparecimento de uma cor vermelho-cereja em um minuto indica que a prova é
positiva e a não mudança da cor do reagente indica reação negativa.
3.4.2.8-Teste da utilização aeróbia dos carboidratos
Murray et al. (1995, 1999, 2003)
As cepas de Staphylococcus foram caracterizadas segundo a espécie,
de acordo com a utilização dos carboidratos sacarose, manose, trealose, manitol,
celobiose, maltose e xilose todas de procedência MERK (Darmstadt, Alemanha).
Estes testes foram realizados em Ágar-Base Vermelho de Fenol (DIFCO),
suplementado com 1% do respectivo carboidrato. Foi inoculado o microrganismo a
ser testado no meio suplementado com o carboidrato específico e incubado em
estufa bacteriológica a 35-37
o
C por até 24 horas. Leitura: Prova positiva:
crescimento do microrganismo com viragem do pH do meio de cultura (vermelho
para amarelo).
Prova negativa: crescimento sem alteração de cor.
59
3.5 - CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA DAS CEPAS DE
STAPHYLOCOCCUS
COAGULASE-NEGATIVA USANDO ÁGAR VERMELHO CONGO
3.5.1. PRODUÇÃO DE
SLIME
A produção de
slime
foi verificada em placas contendo
ágar vermelho Congo (Congo red agar), de acordo com Freeman et
al
.
(1989)
As cepas isoladas de Staphylococcus coagulase-negativa foram
semeadas por esgotamento com alça bacteriológica em Ágar Vermelho Congo
contido em placas (90x15mm) e incubadas em aerobiose a 37°C, em estufa
bacteriológica, por 24 horas a temperatura ambiente por 18 horas. Após este
período foi realizada a leitura das placas para verificar a produção de slime. A
presença de colônias negras com consistência cristalina seca indica um resultado
positivo, isto é, colônia produtora de slime. As colônias não produtoras de slime, são
vermelhas e indicam resultado negativo para produção de slime.
60
3.6 – ADERÊNCIA DE
STAPHYLOCOCUS
COAGULASE-NEGATIVA EM PLACAS
DE POLIESTIRENO
As medidas de aderência dos estafilococos foi realizada em caldo de
soja triptica com glicose 0,25% (TSB), de acordo com Christensen et al. (1985)
As cepas de Staphylococcus coagulase-negativa foram inoculadas em
tubos com tampa de rosca (13x100mmPYREX) contendo 3,0mL de caldo TSB com
0,25% de glicose e incubados a 35-37°C, em estufa bacteriológica, por uma noite.
Após este período a cultura em TSB de estafilococos coagulase-negativa foi diluída
a 1:100 em um novo TSB. A seguir alíquotas de 200µL de cada cultura diluída foram
transferidas para cada um dos poços (wells) (96 poços com fundo em U) da placa de
poliestireno esterilizada. A seguir estas placas foram incubadas por 18 horas a 37°C.
Após este período, o conteúdo de cada poço foi delicadamente aspirado com uma
pipeta automática multicanal (FINNPIPETTE-LABSYSTEMS), os poços foram
lavados quatro vezes com 200µL de tamo fosfato salina (PBS) (pH 7,2). A
secagem da placa foi realizada em estufa a 60°C por 1 hora. A seguir, os poços
foram corados com Cristal Violeta de Gram (LABORCLIN) por 1 minuto e lavados
com água de torneira. Antes da leitura em cada poço da placa foi adicionada uma
solução a 1% de dodecil sulfato de sódio (SDS).
A densidade óptica (D.O.) dos filmes bacterianos aderidos e corados foi
lida com o auxílio de um leitor para ELISA (MULTISKAN ASCENT V1.24 254-
00724T–LABSYSTEMS) em filtro de 570nm.
As leituras foram divididas em 3 categorias de acordo com a reação de
aderência das bactérias: não aderente (D.O.
61
0,120 a 0,240nm) e fortemente aderente (D.O.
al., 1985.
3.7. PRODUÇÃO DE BIOFILME SOBRE SUPERFÍCIE ABIÓTICA
A produção in vitro de biofilmes de Staphylococcus coagulase-negativa
foi realizada de acordo com Pizzolitto (1997).
Foram utilizados segmentos de 0,5cm de cateter venoso central de
vialon esterilizado (Código 384917, 14GX30cm, i-Cath B-D
®
) e sem uso.
3.7.1 - PREPARAÇÃO DA SUSPENSÃO BACTERIANA
As cepas de estafilococos coagulase negativa foram reativados em
3,0mL de BHI incubados de 18-24 horas em estufa de 35-37
o
C. Após este período,
100,0
µ
L do crescimento foi repicado para tubo com tampa de rosca (13x100mm
PYREX) com 3,0mL de BHI e incubado em estufa a 35-37
o
C até a fase log de
crescimento (2 a 3 horas).
A seguir as amostras foram centrifugadas e o sedimento lavado por
duas vezes com 10,0mL de salina fisiológica esterilizada e as células bacterianas
foram ressuspensas em salina fisiológica esterilizada até atingir densidade óptica
(D.O.) de 1,0 (10
9
células/mL) a 540nm em espectrofotômetro (600 PLUS-FEMTO).
62
3.7.2 – PRODÃO
IN VITRO
DE BIOFILME EM CATETER VENOSO CENTRAL
DE VIALON
Com uma micropipeta automática de 200,0µL uma suspensão do
microrganismo da ordem de 10
9
células/mL foi transferida para tubos cônicos de
poliestireno Falcon (CORNING
®
) esterilizados com capacidade para 50,0mL,
contendo 15,0mL de caldo Mueller Hinton e o segmento de cateter (0,5cm). Os tubos
foram incubados a 35-37
o
C sob agitação constante de 100 rpm em agitador orbital
(TE-420-TECNAL) e as, 72 horas de incubação, os segmentos, foram retirados e
fixados com glutaraldeido 2,5% por 15 minutos, desidratados em séries de solução
alclica (15-100%), secos, metalizados com ouro e colados em suportes especiais
do microscópio eletrônico de varredura. O material foi fotografado com filme Neopan
100.
3.8 – DETECÇÃO DE RESISTÊNCIA EM
STAPHYLOCOCCUS
coagulase-
negativa
3.8.1 - RESISTÊNCIA A OXACILINA
A prova de resistência a oxacilina foi realizada de acordo com o
documento do NCCLS-M2-A7 - 2000.
Vinte mililitros do meio de cultura ágar Mueller Hinton esterilizado foram
transferidos assepticamente para uma placa descartável (CRAL
®
) de 90X15mm de
diâmetro para se obter uma camada de 4,0mm de espessura
Com auxílio de uma agulha bacteriológica 3 a 4 colônias com a mesma
morfologia foram transferidas para 4,0mL de solução fisiológica esterilizada. As o
63
ajuste do iculo para 0,5 da escala de McFarland, semeou-se sobre ágar Mueller
Hinton, com swab de algodão, em três direções diferentes de maneira uniforme. A
placa inoculada foi mantida à temperatura ambiente de 3 a 5 minutos. Com auxílio
de pinça esterilizada, o disco de oxacilina 1mcg-OXA (CECON) foi depositado sobre
o meio de cultura com uma leve pressão contra a superfície do meio. As placas
foram incubadas a 35°C durante 24 horas.
A leitura foi realizada medindo-se o halo de inibição ao redor do disco
com auxílio de uma régua milimetrada considerando-se: sensível (18mm) e
resistente (
17mm).
3.9. MÉTODOS MOLECULARES PARA PESQUISA DE GENES DE VIRULÊNCIA
ica
A e
ica
D EM
STAPHYLOCOCCUS
COAGULASE-NEGATIVA
3.9.1. Caracterização molecular de
Staphylococcus
coagulase-negativa
3.9.1.1.
Extrão do DNA genômico segundo Goering & Winters 1992
modificado
As cepas bacterianas foram crescidas até saturação em 2 mL de caldo
Mueller Hinton a 37 °C por 16-18 horas sob agitação. O volume total da cultura foi
transferido para um tubo de microcentrífuga e submetido à centrifugação a 10.000xg
por um minuto. O sobrenadante foi descartado e as células suspensas em 200µL de
tampão TE pH-8,0 (Tris-HCl pH 8,0 10mM, EDTA 1mM) e então adicionado 25
µ
L de
lisozima (10mg/mL estoque) e incubado a 37°C por cinco minutos. Retirou-se o
sobrenadante e foi adicionado 200µL de SDS a 1% / NaOH 0,2M e levado a banho
64
fervente por 45 segundos para a lise celular, esperou-se esfriar a temperatura
ambiente. Para a extração foi adicionado 600µL de PCI (Fenol:Clorofórmio:Álcool
isoamílico-25:24:1) e agitado em vórtex por 1 minuto e submetido a centrifugação a
13.000xg por10 minutos. Após este procedimento, a fase aquosa foi transferida para
um outro tubo de microcentrífuga a qual foram adicionados 1mL de isopropanolol e
incubado a 37°C por cinco minutos para precipitação do DNA. A mistura foi
centrifugada por 10 minutos a 13.000gx e o sobrenadante desprezado. A seguir, o
tubo foi lavado 3 vezes com 1mL de etanol 75% gelado, homogeneizado por
inversão, desprezado o sobrenadante e levado para secar. O preciptado foi
suspenso em 50
µ
L de TE pH 8,0 e estocado a –20ºC até o momento do uso.
3.9.1.2 - Amplificão de DNA pela reação de polimerase em cadeia
(PCR)
Os fragmentos contendo os genes de interesse foram amplificados, a
partir de DNA genômico de cepas de Staphylococcus coagulase-negativa isoladas
de cateter, por PCR utilizando-se os primers específicos para a amplificação dos
genes em estudo (icaA e icaD). Em um tubo de 200µL foram colocados os pares de
primers para a amplificação dos genes de interesse (1
µ
M): icaA:
2
µ
L de DNA
genômico da cepa em estudo, 0,5µL de tampão Taq, 2µL de MgCl
2
, 1µL dNTPs,
1,3µL Forward, 0,8µL Reverse e 37,4µL de água destilada para um volume final de
50
µ
L; icaD
: 2
µ
L de DNA genômico da cepa em estudo, 0,5
µ
L de tampão Taq, 2
µ
L
de MgCl
2
, 1µL dNTPs, 1,94µL Forward, 1,5µL Reverse e 36µL de água destilada
para um volume final de 50µL.
65
Foram realizados 30 ciclos de amplificação em termociclador
(geneAmp-PCR System 9700) como relatado a seguir:
Desnaturação do DNA 1 minuto a 94°C;
Hibridização dos primers 1 minuto a 50°C;
Reação de polimerização – 2 minutos a 72°C;
Após os 30 ciclos, foi realizado mais um ciclo de polimerização de 2 minutos e
os produtos da reação foram mantidos a 4°C . Os fragmentos de DNA amplificados
por PCR foram verificados em gel de agarose 1%.
Primers utilizados nos experimentos deste trabalho:
ica
A
Forward: 5-TCTCTTGCAGGAGCAATCAA-3
Reverse: 5-CCCAGTATAACGTTGGATACC-3
Tamanho do produto:
188 pb
ica
D
Forward: 5-ATGGTCAAGCCCAGACAGAG-3
Reverse: 5-CGTGTTTTCAACATTTAATGCAA-3
Tamanho do produto:
198 pb
66
4 – RESULTADOS
4.1. Identificação das amostras de
Staphylococcus
coagulase-negativa
Foram estudadas 27 amostras de Staphylococcus coagulase-negativa,
identificadas como: 1 S. saprophyticus (3,70%), 2 S. xylosus (7,41%), 4 S.
haemolyticus (14,81%), 10 S. epidermidis (37,04%), 4 S. warneri (14,81%), 2 S.
lugdunensis (7,41%), 2 S. hominis (7,41%), 1 S. schleiferi (3,70%) e 1 S.
chromogenes (3,70%) como mostra a figura 2.
0
2
4
6
8
10
S.epidermidis
S.warneri
S.haemolyticus
S.homonis
S.xylosus
S.lugdunensis
S.saprophyticus
S.chromogenes
S.schleiferi
Figura 2 –
Freqüência de amostras Staphylococcus coagulase-negativa
O S. epidermidis é considerado o Staphylococcus coagulase-negativa
mais importante na infeão hospitalar e outras escies associadas com infeões
são: S. saprophyticus, S. haemolyticus, S. lugdunensis e S. schleiferi.
67
4.2. Detecção de resistência em
Staphylococcus
coagulase-negativa
O resultado de resistência a oxacilina dos 27 Staphylococcus
coagulase-negativa, mostra que 19 (70,37%) apresentaram resistência e 8 (29,62%)
apresentaram sensibilidade conforme mostra Tabela 1.
Tabela 1
Reação a oxacilina entre as espécies de Staphylococcus coagulase-negativa
Halo de inibição
Microrganismos
Sensível (
18mm)
Resistente (
17mm)
C
1
S. chromogenis
-
Resistente
E
1
S. epidermidis
-
Resistente
E
2
S. epidermidis
sensível
-
E
3
S. epidermidis
-
Resistente
E
4
S. epidermidis
-
Resistente
E
5
S. epidermidis
-
Resistente
E
6
S. epidermidis
-
Resistente
E
7
S. epidermidis
-
Resistente
E
8
S. epidermidis
-
Resistente
E
9
S. epidermidis
-
Resistente
E
10
S. epidermidis
-
Resistente
Ha
1
S. haemolyticus
sensível
-
Ha
2
S. haemolyticus
-
Resistente
Ha
3
S. haemolyticus
-
Resistente
Ha
4
S. haemolyticus
-
Resistente
Ho
1
S. hominis
sensível
-
Ho
2
S. hominis
sensível
-
L
1
S. lugdunensis
sensível
-
L
2
S. lugdunensis
-
Resistente
Sa
1
S. saprophyticus
-
Resistente
Sc
1
S. schleiferi
sensível
-
X
1
S. Xylosus
-
Resistente
X
2
S. xylosus
sensível
-
W
1
S. warneri
-
Resistente
W
2
S. warneri
sensível
-
W
3
S. warneri
-
Resistente
W
4
S. warneri
-
Resistente
As 8 amostras sensíveis a oxacilina foram: um S. epidermidis, um S.
haemolyticus, um S. lugdunensis, um S. schleiferi, um S. warneri, um S. xylosus e
dois S. hominis.
68
A freqüência das espécies de Staphylococcus coagulase-negativa
resistentes a oxacilina está apresentada na Tabela 2.
Tabela 2 - Freqüência das espécies de Staphylococcus coagulase-negativa resistentes à oxacilina.
Espécies
Resistente
Sensível
S. epidermidis
9 (47,36%)
1 (12,50%)
S. haemolyticus
3 (15,80%)
1 (12,50%)
S. warneri
3 (15,80%)
1 (12,50%)
S.lugdunensis
1 (5,26%)
1 (12,50%)
S. hominis
0 (0,00%)
2 (25,00%)
S. xylosus
1 (5,26%)
1 (12,50%)
S. schleiferi
0 (0,00%)
1 (12,50%)
S. chromogenes
1 (5,26%)
0 (0,00%)
S. saprophyticus
1 (5,26%)
0 (0,00%)
TOTAL
19 (100,00%)
8 (100,00%)
Os Staphylococcus coagulase-negativa resistentes a oxacilina, são
resistentes a todos agentes beta lactâmicos, inclusive penicilina, cefalosporinas e
carbapenens, ou seja, são com freência resistentes a outros agentes
antimicrobianos usados comumente. A vancomicina é freqüentemente a droga de
escolha para o tratamento das infeões clinicamente significantes. Uma acurada
deteão da resistência à oxacilina é difícil, todas as células em uma cultura
carreiam a informação getica para a resistência, porém pequeno número pode
expressar a resistência in vitro. Este fenômeno é chamado heteroresistência e
ocorre em estafilococos resistentes a penicilinas penicilinase estáveis, como a
oxacilina. A heteroresistência é um problema para o Laboratório Clínico, porque as
células expressando resistência podem crescer mais lentamente do que a população
sensível. É por isso que o CLSI (NCCLS-2005) recomenda a incubação dos isolados
que estão sendo testados contra oxacilina a 35°C durante 24 horas (2).
69
4.3. Produção de
slime
O resultado da presença de slime investigado em ágar vermelho Congo
está apresentado nas Figuras 3-4 e Tabela 3. Das 27 amostras de Staphylococcus
coagulase-negativa semeadas no ágar vermelho Congo, 21 (77,78%) eram colônias
negras (produtoras de slime) e 6 (22,22%) vermelhas (o produtoras de slime).
Figura 3 - Colônias negras de amostras produtoras de slime em ágar vermelho
Congo
Figura 4 - Colônias vermelhas amostras o produtoras de slime em ágar vermelho
Congo.
70
Tabela 3 Produção de slime entre as escies de Staphylococcus coagulase-negativa
Variação de cor em ágar
vermelho Congo
Microrganismos
Negra (produção de slime)
Vermelha (não produção de slime)
C
1
S. chromogenes
negra
-
E
1
S. epidermidis
negra
-
E
2
S. epidermidis
negra
-
E
3
S. epidermidis
negra
-
E
4
S. epidermidis
negra
-
E
5
S. epidermidis
negra
-
E
6
S. epidermidis
negra
-
E
7
S. epidermidis
negra
-
E
8
S. epidermidis
negra
-
E
9
S. epidermidis
negra
-
E
10
S. epidermidis
negra
-
Ha
1
S. haemolyticus
negra
-
Ha
2
S. haemolyticus
negra
-
Ha
3
S. haemolyticus
negra
-
Ha
4
S. haemolyticus
negra
-
Ho
1
S. hominis
-
vermelho
Ho
2
S. hominis
-
vermelho
L
1
S. lugdunensis
-
vermelho
L
2
S. lugdunensis
-
vermelho
Sa
1
S. saprophyticus
-
vermelho
Sc
1
S. schleiferi
-
vermelho
X
1
S. xylosus
negra
-
X
2
S. xylosus
negra
-
W
1
S. warneri
negra
-
W
2
S. warneri
negra
-
W
3
S. warneri
negra
-
W
4
S. warneri
negra
-
A fenopica produção de slime para todas as amostras em estudo foi avaliada
por cultura em ágar vermelho Congo. Como mostrado na Fig. 3 e Tabela 3, as
amostras produtoras de slime aparecem como colônias negras, e as o produtoras
de slime vermelhas. O ágar vermelho Congo contém sacarose como fonte de
carbono como precursor na formação de slime em amostras de S. epidermidis.
A freqüência das escies de Staphylococcus coagulase-negativa produtoras
e não produtoras de slime está expressa na Tabela 4.
71
Tabela 4 - Freqüência das escies Staphylococcus coagulase-negativa produtoras e não produtoras
de slime detectado em ágar vermelho Congo.
Espécies
Produção de
slime
Não produção de
slime
S. epidermidis
10 (47,62%)
0 (00,00%)
S. haemolyticus
4 (19,05%)
0 (00,00%)
S. warneri
4 (19,05%)
0 (00,00%)
S.lugdunensis
0 (00,00%)
2 (33,33%)
S. hominis
0 (00,00%)
2 (33,33%)
S. xylosus
2 (09,52%)
0 (00,00%)
S. schleiferi
0 (00,00%)
1 (16,67%)
S. chromogenes
1 (04,76%)
0 (00,00%)
S. saprophyticus
0 (00,00%)
1 (16,67%)
TOTAL
21 (100,00%)
6 (100,00%)
Todas as amostras de S. epidermidis, S. haemolyticus
,
S. warneri eram
produtoras de slime.
72
4.4 Aderência de
Staphylococcus
coagulase-negativa em placas de
poliestireno.
A avaliação quantitativa da aderência à placa de poliestireno mostrou
que dos 27 Staphylococcus coagulase-negativa, 22 (81,4%) aderiram fortemente e 5
(18,6%) aderiram fracamente ou seja, todas aderiram. Os resultados das leituras das
D.O. do teste estão apresentados na Tabela 5.
Tabela 5 – Densidade óptica das reações de aderência entre as escies de Staphylococcus
coagulase-negativa
Microrganismos
D.O. do teste de aderência em placa de poliestireno
Fracamente aderente
(0,120 a 0,240nm)
Fortemente aderente
(
0,240nm)
C
1
S. chromogenes
0,000
0,425
E
1
S. epidermidis
0,000
0,442
E
2
S. epidermidis
0,000
0,631
E
3
S. epidermidis
0,000
0,609
E
4
S. epidermidis
0,000
0,363
E
5
S. epidermidis
0,000
0,374
E
6
S. epidermidis
0,000
1,360
E
7
S. epidermidis
0,000
0,755
E
8
S. epidermidis
0,000
0,444
E
9
S. epidermidis
0,000
0,458
E
10
S. epidermidis
0,000
0,397
Ha
1
S. haemolyticus
0,129
0,000
Ha
2
S. haemolyticus
0,000
0,399
Ha
3
S. haemolyticus
0,000
1,070
Ha
4
S. haemolyticus
0,000
0250
Ho
1
S. hominis
0,200
0,000
Ho
2
S. hominis
0,209
0,000
L
1
S. lugdunensis
0,000
0,425
L
2
S. lugdunensis
0,000
0,412
Sa
1
S. saprophyticus
0,000
2,000
Sc
1
S. schleiferi
0,157
0,000
X
1
S. xylosus
0,000
1,040
X
2
S. xylosus
0,000
0,845
W
1
S. warneri
0,134
0,000
W
2
S. warneri
0,000
0,511
W
3
S. warneri
0,000
0,633
W
4
S. warneri
0,000
0,335
73
O teste de aderência à placa de poliestireno está ilustrado em Figura 5 (A e B).
A
Figura 5 (A e B)
A-
controle negativo (ATCC 12228 S. epidermidis) e controle
positivo (ATCC 35984 - S.epidermdis).
B-
Ilustração em placa de poliestireno, fundo
em U, da variação da cor azul para as amostras na 1ª fileira: S. xylosus (X
1
), S.
haemolyticus (Ha
2
), S. epidermidis (E
1
), S. xylosus (X
2
), S. epidermidis (E
2
), S.
warneri (W
2
), S. haemolyticus (Ha
3
), S. epidermidis (E
3
-E
7
); na 2ª: S. haemolyticus
(Ha
1
), S. hominis (Ho
2-
Ho
3
), S. warneri (W
1
e W
3
), S. haemolyticus (Ha
4
), S. schleiferi
(Sc
1
), S. saprophyticus (Sa
1
), S. warneri (W
4
), S. lugdunensis (L
2
), S. chromogenes
(C
1
), S. epidermidis (E
8
) e na 3ª: S. epidermidis (E
1
, E
9,
E
10
).
B
Negativo
Positivo
74
A relação entre as amostras fortemente aderentes e fracamente
aderentes está expressa na Tabela 6.
Tabela 6 - Freqüência das escies de
Staphylococcus
coagulase-negativa forte e fracamente
aderentes a placa de poliestireno.
Espécies
Forte aderência
Fraca aderência
S. epidermidis
10 (45,45%)
0 (00,00%)
S. haemolyticus
3 (13,64%)
1 (20,00%)
S. warneri
3 (13,63%)
1 (20,00%)
S.lugdunensis
2 (09,10%)
0 (00,00%)
S. hominis
0 (00,00%)
2 (40,00%)
S. xylosus
2 (09,10%)
0 (00,00%)
S. schleiferi
0 (00,00%)
1 (20,00%)
S. chromogenes
1 (04,54%)
0 (00,00%)
S. saprophyticus
1 (04,54%)
0 (00,00%)
TOTAL
22 (100,00%)
5 (100,00%)
75
4.5 Formão do biofilme pelas amostras de
Staphylococcus
coagulase-
negativa sobre superfície abiótica
Das 27 amostras de Staphylococcus coagulase-negativa, 24 (88,88%)
formaram biofilme e 3 (11,11%) não formaram biofilme. O resultado da formação do
biofilme entre as escies de Staphylococcus coagulase-negativa está apresentado
na Tabela 7.
Tabela 7 Formação do biofilme entre as espécies de Staphylococcus
coagulase-negativa
Microrganismos
Formação de biofilme em segmentos de cateter
C
1
S. chromogenes
Negativo
E
1
S. epidermidis
Positivo
E
2
S. epidermidis
Positivo
E
3
S. epidermidis
Positivo
E
4
S. epidermidis
Positivo
E
5
S. epidermidis
Positivo
E
6
S. epidermidis
Positivo
E
7
S. epidermidis
Positivo
E
8
S. epidermidis
Positivo
E
9
S. epidermidis
Positivo
E
10
S. epidermidis
Positivo
Ha
1
S. haemolyticus
Positivo
Ha
2
S. haemolyticus
Positivo
Ha
3
S. haemolyticus
Negativo
Ha
4
S. haemolyticus
Positivo
Ho
1
S. hominis
Positivo
Ho
2
S. hominis
Positivo
L
1
S. lugdunensis
Positivo
L
2
S. lugdunensis
Positivo
Sa
1
S. saprophyticus
Positivo
Sc
1
S. schleiferi
Positivo
X
1
S. xylosus
Positivo
X
2
S. xylosus
Positivo
W
1
S. warneri
Negativo
W
2
S. warneri
Positivo
W
3
S. warneri
Positivo
W
4
S. warneri
Positivo
76
A freência das espécies formadoras e não formadoras de
biofilme está expressa na Tabela 8.
Tabela 8 - Freqüência das espécies de
Staphylococcus
coagulase-negativa formadoras de biofilme.
Espécies
Formação do biofilme
Auncia de biofilme
S. epidermidis
10 (41,67%)
0 (00,00%)
S. haemolyticus
3 (12,50%)
1 (33,34%)
S. warneri
3 (12,50%)
1 (33,33%)
S.lugdunensis
2 (8,33%)
0 (00,00%)
S. hominis
2 (8,33%)
0 (00,00%)
S. xylosus
2 (8,33%)
0 (00,00%)
S. schleiferi
1 (4,17%)
0 (00,00%)
S. chromogenes
0 (0,00%)
1 (33,33%)
S. saprophyticus
1 (4,17%)
0 (00,00%)
TOTAL
24 (100,00%)
3 (100,00%)
As micrografias apresentadas em figuras de número 6-13 referem-se à
microscopia eletrônica de varredura.
Pode-se observar o biofilme, formado sobre a superfície abiótica
(cateter não usado), após 72 horas de incubação em caldo Mueller Hinton inoculado
com as escies de
Staphylococcus
coagulase-negativa estudadas. O biofilme
apresenta o aspecto da matriz de polissacarídeo extracelular em pseudo
tridimensional.
77
Figura 6
Micrografia eletrônica de varredura (X5000) de biofilme de
S. epidermidis
sobre superfície
abiótica (cateter). Notar a presença de massa amorfa envolvendo cocos e formando biofilme (JEOL-
JSM, modelo T330A).
Figura 7
Micrografia eletrônica de varredura (X5000) de biofilme de
S.haemolyticus
sobre superfície
abiótica (cateter). Notar a aderência intercelular (JEOL-JSM, modelo T330A).
78
Figura 8
Micrografia eletrônica de varredura (X5000) de biofilme de
S. warneri
sobre supercie
abiótica (cateter). Notar aderência intercelular, presença de polissacarídeo extracelular e superfície do
cateter (JEOL-JSM, modelo T330A).
Figura 9
Micrografia eletrônica de varredura (X7500) de biofilme de
S. lugdunensis
sobre superfície
abiótica (cateter). Notar aderência intercelular, agrupamento celular e presença de polissacarídeo
extracelular (JEOL-JSM, modelo T330A).
79
Figura 10
Micrografia eletrônica de varredura (X5000) de biofilme de
S. xylosus
sobre superfície
abiótica (cateter). Notar o agrupamento dos cocos envoltos em matriz de polissacarídeo extracelular
(JEOL-JSM, modelo T330A).
Figura 11
Micrografia eletrônica de varredura (X5000) de biofilme de
S. hominis
sobre superfície
abiótica (cateter). Notar a matriz de polissacarídeo extracelular que aparece como substância amorfa
(JEOL-JSM, modelo T330A).
80
Figura 12
Micrografia eletrônica de varredura (X5000) de biofilme de S. schleiferi sobre supercie
abiótica (cateter). Notar a aderência intercelular e agrupamentos de cocos inseridos em material
amorfo (EOL-JSM, modelo T330A).
Figura 13
Micrografia eletrônica de varredura (X2000) de biofilme de S. saprophyticus sobre
supercie abiótica (cateter). Notar o agrupamento de cocos (JEOL-JSM, modelo T330A).
81
4.6. Detecção dos genes
ica
A e
ica
D determinada por PCR
Os primers usados para determinar a presença dos genes icaA e icaD foram
baseados na seqüência do genoma de S. epidermidis. Das dez amostras de S.
epidermidis analisadas, 100% apresentaram os genes icaA e icaD, Figuras 14-15 (A
e B) e Tabelas 9-10. Os mesmos primers foram usados para avaliar a amplificação
do DNA isolado de outras espécies de Staphylococcus coagulase-negativa. Não
foram obtidos produtos de amplificação dos genes icaA nas amostras de S.
haemolyticus (amostra Ha
3
), S. saprophyticus (amostra Sa
1
) e S. schleiferi (Sc
1
).
Não foram obtidos os genes icaD produtos do PCR para amostras S. saprophyticus
(amostra Sa
1
) e S. schleiferi (Sc
1
).
A amostra S. epidermidis ATCC 35984 (RP62A) produtora de slime foi
positiva para ambos os genes, fornecendo uma banda de 188-bp para o gene icaA e
198-bp para o gene icaD. A amostra S. epidermidis não produtora de slime ATCC
1228 foi negativa para ambos os genes.
Após determinar o tamanho da banda padrão com marcador de peso
molecular de 200 pares de base (pb), o sistema de analisar imagens determina os
pesos esperados das bandas obtidas por amplificação do DNA extraído de amostras
Staphylococcus coagulase-negativa. As figuras 14 (A-B) e 15 (A-B) mostram a
deteão dos genes icaA e icaD por PCR.
82
Figura 14A Gel analítico PCR para gene
ica
A. Linha 1: marcador de peso molecular de 200pb;
Linha 2: DNA de
S.epidermidis
ATCC: 35984 produtor de
slime
banda de 188pb; Linha 3: ausência de
banda de amostra de
S.epidermidis
ATCC: 12228 não produtor de
slime
; Linha 4: banda de 188pb
obtido com DNA de amostra de
S.chromogenes
(amostra Ch
1
); Linhas 5-14: bandas de 188pb obtido
com DNA de amostras de
S.epidermidis
(amostras E
1-10
); Linhas 15-16 banda de 188pb obtido com
DNA de amostra de
S.haemolyticus
(amostras Ha
1
-Ha
2
); Linha 17:ausência de banda de amostra de
S.haemolyticus
(amostra Ha
3
); Linha 18: banda de 188pb obtido com DNA de amostra de
S.haemolyticus
(amostra Ha
4
).
Figura 14B Gel analítico PCR para gene
ica
A. Linha 19: marcador de peso molecular de 200pb;
Linha 20-21: bandas de 188pb obtido com DNA de amostras
S.hominis
(amostras Ho
1
e Ho
2
); Linhas
22-23: bandas de 188pb obtido com DNA de amostra de
S.lugdunensis
; Linha 24: ausência de banda
de amostra de
S.saprophyticus
(amostra Sa
1
); Linha 25: ausência de banda de amostra de
S.schleiferi
(amostra Sc
1
); Linhas 26-27: bandas de 188pb obtido com DNA de amostras de
S.xylosus
(amostras X
1
-X
2
); Linhas 28-31: bandas de 188pb obtido com DNA de amostra de
S.warneri
(amostras W
1
-W
4
).
+ (-) 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
200pb
200pb
83
Figura 15A Gel analítico PCR para gene
ica
D. Linha 1: marcador de peso molecular de 200pb;
Linha 2: DNA de
S.epidermidis
ATCC: 35984 produtor de
slime
banda de 198pb; Linha 3: ausência de
banda de amostra de
S.epidermidis
ATCC: 12228 não produtor de
slime
; Linha 4: banda de 198pb
obtido com DNA de amostra de
S.chromogenes
(amostra Ch
1
); Linha 5-14: bandas de 198pb obtido
com DNA de amostra de
S.epidermids
(amostras E
1
-E
10
); Linhas 15-16 banda de 198pb obtido com
DNA de amostra de
S.haemolyticus
(amostras Ha
1
-Ha
2
).
Figura 15B Gel analítico PCR para gene
ica
D. Linha 17: marcador de peso molecular de 200pb;
Linha 18-19: banda de 200pb obtido com DNA de
S.haemolyticus
(amostra Ha
3
-Ha
4
); Linha 20-21:
bandas de 200pb obtido com DNA de
S.hominis
(amostras Ho
1
-Ho
2
); Linha 22-23: bandas de 200pb
obtido com DNA de amostras de
S.lugdunenis
(amostras L
1
-L
2
); Linha 24: ausência banda de amostra
de
S.saprophyticus
(amostra Sa
1
); Linha 25: ausência de banda de amostra de
S.schleiferi
(amostra
Sc
1
); Linhas 26-27: bandas de 200pb obtido com DNA de amostras de
S.xylosus
(amostras X
1
-X
2
);
Linhas 28-31: bandas de 200pb obtido com DNA de amostra de
S.warneri
(amostras W
1
-W
4
).
18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
+ (-) 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
200pb
200pb
84
Tabela 9 Presença de genes
ica
A e
ica
D entre as espécies
de
Staphylococcus
coagulase-negativa
Microrganismos
Presença dos genes de virulência
ica
A
ica
D
C
1
S
.
chromogenes
Positivo
Positivo
E
1
S.
epidermidis
Positivo
Positivo
E
2
S.
epidermidis
Positivo
Positivo
E
3
S.
epidermidis
Positivo
Positivo
E
4
S.
epidermidis
Positivo
Positivo
E
5
S.
epidermidis
Positivo
Positivo
E
6
S.
epidermidis
Positivo
Positivo
E
7
S.
epidermidis
Positivo
Positivo
E
8
S.
epidermidis
Positivo
Positivo
E
9
S.
epidermidis
Positivo
Positivo
E
10
S.
epidermidis
Positivo
Positivo
Ha
1
S.
haemolyticus
Positivo
Positivo
Ha
2
S.
haemolyticus
Positivo
Positivo
Ha
3
S.
haemolyticus
Negativo
Positivo
Ha
4
S.
haemolyticus
Positivo
Positivo
Ho
1
S.
hominis
Positivo
Positivo
Ho
2
S.
hominis
Positivo
Positivo
L
1
S.
lugdunensis
Positivo
Positivo
L
2
S.
lugdunensis
Positivo
Positivo
Sa
1
S.
saprophyticus
Negativo
Negativo
Sc
1
S.
schleiferi
Negativo
Negativo
X
1
S.
xylosus
Positivo
Positivo
X
2
S.
xylosus
Positivo
Positivo
W
1
S.
warneri
Positivo
Positivo
W
2
S.
warneri
Positivo
Positivo
W
3
S.
warneri
Positivo
Positivo
W
4
S.
warneri
Positivo
Positivo
Os produtos de PCR mostram a presença de
ica
A em 24 amostras
Staphylococcus
coagulase-negativa e
ica
D em 25 amostras.
85
A freqüência das escies de Staphylococcus coagulase-negativa que
apresentam a presença e não apresentam a presença dos genes icaA e icaD está
mostrada na Tabela 10.
Tabela 10 - Presença dos genes icaA e icaD entre as espécies Staphylococcus coagulase-negativa
Espécies
Presença dos genes
Auncia dos genes
S. epidermidis
10 (50,00%)
0 (00,00%)
S. haemolyticus
3 (15,79%)
1 (25,00%)
S. warneri
4 (21,05%)
0 (00,00%)
S.lugdunensis
0 (00,00%)
0 (00,00%)
S. hominis
0 (00,00%)
0 (00,00%)
S. xylosus
2 (10,53%)
0 (00,00%)
S. schleiferi
0 (00,00%)
1 (25,00%)
S. chromogenes
1 (05,26%)
0 (00,00%)
S. saprophyticus
0 (00,00%)
1 (25,00%)
TOTAL
20 (100,00%)
3 (100,00%)
86
Comparação entre as provas realizadas Tabela 11
Tabela 11. Comparação de resultados obtidos após estudo fenopico e genotípico
entre as espécies de
Staphylococcus
coagulase-negativa.
Microrganismos
V.Congo
Ader. placa
Biofilme
Oxacilina
ica
A
icaD
C
1
S
.
chromogenes
negra
forte
negativo
resistente
positivo
positivo
E
1
S.
epidermidis
negra
forte
positivo
resistente
positivo
positivo
E
2
S.
epidermidis
negra
forte
positivo
sensível
positivo
positivo
E
3
S.
epidermidis
negra
forte
positivo
resistente
positivo
positivo
E
4
S.
epidermidis
negra
forte
positivo
resistente
positivo
positivo
E
5
S.
epidermidis
negra
forte
positivo
resistente
positivo
positivo
E
6
S.
epidermidis
negra
forte
positivo
resistente
positivo
positivo
E7 S.
epidermidis
negra
forte
positivo
resistente
positivo
positivo
E8 S.
epidermidis
negra
forte
positivo
resistente
positivo
positivo
E9 S.
epidermidis
negra
forte
positivo
resistente
positivo
positivo
E10 S.
epidermidis
negra
forte
positivo
resistente
positivo
positivo
Ha1 S.
haemolyticus
negra
fraco
positivo
sensível
positivo
positivo
Ha2 S.
haemolyticus
negra
forte
positivo
resistente
positivo
positivo
Ha3 S.
haemolyticus
negra
forte
negativo
resistente
negativo
positivo
Ha4 S.
haemolyticus
negra
forte
positivo
resistente
positivo
positivo
Ho1 S.
hominis
vermelho
fraco
positivo
sensível
positivo
positivo
Ho2S.
hominis
vermelho
fraco
positivo
sensível
positivo
positivo
L1 S.
lugdunensis
vermelho
forte
positivo
sensível
positivo
positivo
L2 S.
lugdunensis
vermelho
forte
positivo
resistente
positivo
positivo
Sa1 S.
saprophyticus
vermelho
forte
positivo
resistente
negativo
negativo
Sc1 S.
schleiferi
vermelho
fraco
positivo
sensível
negativo
negativo
X1 S.
Xylosus
negra
forte
positivo
resistente
positivo
positivo
X2 S.
xylosus
negra
forte
positivo
sensível
positivo
positivo
W1 S.
warneri
negra
fraco
negativo
resistente
positivo
positivo
W2 S.
warneri
negra
forte
positivo
sensível
positivo
positivo
W3 S.
warneri
negra
forte
positivo
resistente
positivo
positivo
W4 S.
warneri
negra
forte
positivo
resistente
positivo
positivo
87
Tabela 12. Distribuição das escies de
Staphylococcus
coagulase-negativa nas amostras de cateter
Cateter
Escies isoladas
7
E
1
Staphylococcus epidermidis
Ha
2
Staphylococcus haemolyticus
X
1
Staphylococcus xylosus
8
X
2
Staphylococcus xylosus
E
2
Staphylococcus epidermidis
9
W
2
Staphylococcus warneri
11
Ha
3
Staphylococcus haemolyticus
13
E
3
Staphylococcus epidermidis
14
E
4
Staphylococcus epidermidis
E
5
Staphylococcus epidermidis
E
6
Staphylococcus epidermidis
E
7
Staphylococcus epidermidis
16
L
1
Staphylococcus lugdunensis
19
Ho
1
Staphylococcus hominis
Ho
2
Staphylococcus hominis
20
W
1
Staphylococcus warneri
W
3
Staphylococcus warneri
22
Ha
4
Staphylococcus haemolyticus
24
Sc
1
Staphylococcus schleiferi
Sa
1
Staphylococcus saprophyticusi
32
W
4
Staphylococcus warneri
33
L
2
Staphylococcus lugdunensis
40
C
1
Staphylococcus chromogenes
E
8
Staphylococcus epidermidis
61
Ha
1
Staphylococcus haemolyticus
64
E
9
Staphylococcus epidermidis
65
E
10
Staphylococcus epidermidis
Legenda:
C
1
=
Staphylococcus chromogenes,
E
1
-E
10
Staphylococcus
epidermidis, Ha
1
-Ha
4
Staphylococcus
haemolyticus, Ho
1
-
Ho
2
Staphylococcus
hominis, L
1
-L
2
Staphylococcus lugdunensis
, Sc
1
=
Staphylococcus
schleiferi, Sa
1
=
Staphylococcus
saprophyticus, X
1
-X
2
=
Staphylococcus xylosus
, W
1
- W
2
=
Staphylococcus warneri
.
88
4.7. Padrões de resistência dos
Staphylococcus
coagulase-negativa
Os padrões de resistência das espécies de Staphylococcus coagulase-
negativa a 13 antibióticos mais comumente usados na clínica estão mostrados na
Tabela 13.
Tabela 13 - Perfil de sensibilidade aos antimicrobianos das 27 amostras de Staphylococcus
coagulase-negativa
MICRORGANISMOS
ANTIBIÓTICOS
CIP
CLI
CLO
ERI
GEN
LVX
OXA
PEN
RIF
SUT
TEC
TET
VAN
C
1
R
R
S
R
S
R
R
R
S
R
R
S
S
E
1
R
R
R
R
R
R
R
R
S
S
S
R
S
E
2
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
E
3
S
R
S
R
R
S
R
R
R
S
S
R
S
E
4
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
S
S
S
E
5
S
R
R
R
R
R
R
R
R
R
S
S
S
E
6
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
S
S
S
E
7
R
R
S
R
R
R
R
R
R
R
S
S
S
E
8
R
S
S
R
S
R
R
R
S
R
S
S
S
E
9
R
R
R
R
R
S
R
R
R
R
S
R
S
E
10
R
R
R
R
R
S
R
R
R
R
S
S
S
Ha
1
R
R
S
R
R
R
S
R
S
R
S
R
S
Ha
2
R
S
S
R
R
R
R
R
S
R
R
R
S
Ha
3
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
S
R
S
Ha
4
R
R
S
R
R
R
R
R
S
R
S
S
S
Ho
1
S
S
S
S
S
S
S
R
S
S
S
S
S
Ho
2
S
S
S
S
S
S
S
R
S
R
S
R
S
L
1
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
L
2
R
R
R
R
R
R
R
R
S
S
S
S
S
Sc
1
S
R
S
R
S
S
S
S
S
S
S
S
S
Sa
1
R
R
R
R
S
R
R
R
S
R
S
R
S
X
1
R
R
R
R
R
R
R
R
S
R
S
S
S
X
2
S
S
S
R
S
S
S
R
S
S
S
S
S
W
1
S
R
S
R
R
S
R
R
S
R
S
R
S
W
2
S
S
S
R
S
S
S
R
S
S
S
S
S
W
3
S
R
S
R
R
S
R
R
S
R
S
S
S
W
4
R
S
R
S
S
R
R
R
S
S
S
S
S
Legenda:
C
1
=
Staphylococcus chromogenes,
E
1
-E
10
Staphylococcus
epidermidis, Ha
1
-Ha
4
Staphylococcus
haemolyticus, Ho
1
-
Ho
2
Staphylococcus
hominis, L
1
-L
2
Staphylococcus lugdunensis
, Sc
1
=
Staphylococcus
schleiferi, Sa
1
=
Staphylococcus
saprophyticus, X
1
-X
2
=
Staphylococcus xylosus
, W
1
- W
2
=
Staphylococcus warneri
; CIP = Ciprofloxacina, CLI = Clindamicina
CLO = Cloranfenicol, ERI = Eritromicina, GEN = Gentamicina, LVX = Levofloxacina, OXA = Oxacilina, PEN = Penicilina, RIF =
Rifampicina, SUT = Sulfazotrim, TEC = Teicoplanina, TET = Tetraciclina, VAN = Vancomicina.
89
Existe uma diferença na sensibilidade das amostras Staphylococcus
coagulase-negativa. Em 27 amostras analisadas, a freqüência de sensibilidade a
eritromicina foi verificada em cinco amostras de Staphylococcus coagulase-negativa,
incluindo: um S. epidermidis, dois S. hominis, um S. lugdunensis e um S. warneri;
para ciprofloxacina, S. saprophyticus e S. haemolyticus não demonstraram
sensibilidade.
O S. haemolyticus apresentou resistência à maioria dos antibióticos
estudados, principalmente à penicilina.
Todas as amostras de Staphylococcus coagulase-negativa eram sensíveis à
vancomicina. A maioria das amostras apresentaram resistência a oxacilina e a
múltiplos antibióticos.
90
Tabela 14 – Distribuição das amostras clínicas em relação aos microrganismos e ao
teste de sensibilidade e resistência aos antimicrobianos
Amostras
Microrganismos
Antibióticos
CIP
CLI
CLO
ERI
GEN
LVX
OXA
PEN
RIF
SUT
TEC
TET
VAN
7
E
1
R
R
R
R
R
R
R
R
S
S
S
R
S
Ha
2
R
S
S
R
R
R
R
R
S
R
R
R
S
X
1
R
R
R
R
R
R
R
R
S
R
S
S
S
8
X
2
S
S
S
R
S
S
S
R
S
S
S
S
S
E
2
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
9
W
2
S
S
S
R
S
S
S
R
S
S
S
S
S
11
Ha
3
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
S
R
S
13
E
3
S
R
S
R
R
S
R
R
R
S
S
R
S
14
E
4
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
S
S
S
E
5
S
R
R
R
R
R
R
R
R
R
S
S
S
E
6
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
S
S
S
E
7
R
R
S
R
R
R
R
R
R
R
S
S
S
16
L
1
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
19
Ho
1
S
S
S
S
S
S
S
R
S
S
S
S
S
Ho
2
S
S
S
S
S
S
S
R
S
R
S
R
S
20
W
1
S
R
S
R
R
S
R
R
S
R
S
R
S
W
3
S
R
S
R
R
S
R
R
S
R
S
S
S
22
Ha
4
R
R
S
R
R
R
R
R
S
R
S
S
S
24
Sc
1
S
R
S
R
S
S
S
S
S
S
S
S
S
Sa
1
R
R
R
R
S
R
R
R
S
R
S
R
S
32
W
4
R
S
R
S
S
R
R
R
S
S
S
S
S
33
L
2
R
R
R
R
R
R
R
R
S
S
S
S
S
40
C
1
R
R
S
R
S
R
R
R
S
R
R
S
S
E
8
R
S
S
R
S
R
R
R
S
R
S
S
S
61
Ha
1
R
R
S
R
R
R
S
R
S
R
S
R
S
64
E
9
R
R
R
R
R
S
R
R
R
R
S
R
S
65
E
10
R
R
R
R
R
S
R
R
R
R
S
S
S
Legenda: E
1
=
S.epidermidis
; Ha
2
=
S.haemolyticus
; X
1
=
S.xylosus
; X
2
=
S.xylosus
; E
2
=
S.epidermidis
; W
2
=
S.warneri
;
Ha
3
=
S.haemolyticus
; E
3
=
S.epidermidis
; E
4
-E
7
=
S.epidermidis
; L
1
=
S.lugdunensis
; Ho
1
-Ho
2
=
S.hominis
; W
1;
W
3
=
S.warneri
;
Ha
4
=
S.haemolyticus
; Sc
1
=
S.schleiferi
; Sa
1
=
S.saprophyticus
; W
4
=
S.warneri
; L
2
=
S.lugdunensis
; C
1
=
S.chromogenes
;
E
8
=
S.epidermidis
; Ha
1
=
S.haemolyticus
; E
9
=
S.epidermidis
; E
10
=
S.epidermidis
. CIP=Ciprofloxacina; CLI=Clindamicina;
CLO=Cloranfenicol; ERI=Eritromicina; GEN=Gentamicina; LVX=Levofloxacina; OXA=Oxacilina; PEN=Penicilina;
RIF=Rifampicina; SUT=Sulfazotrim; TEC=Teicoplanina; TET=Tetraciclina; VAN=Vancomicina.
91
5. DISCUSSÃO
O bitat normal dos Staphylococcus coagulase-negativa é a pele e
mucosas de humanos e animais (Heilmann & Peters, 2000).
Para fins de diagstico são separados do Staphylococcus aureus pela
inabilidade de produzir coagulase livre. Baseados no teste de resistência a
novobiocina, os Staphylococcus coagulase-negativa foram divididos em dois grupos:
novobiocina resistentes: grupo dos Staphylococcus saprophyticus (S. saprophyticus,
S. conhnii e S. xylosus) e novobiocina sensíveis: grupo dos Staphylococcus
epidermidis (S. epidermidis, S. haemolyticus, S. hominis, S. capitis, S. warneri, S.
simulans, S. auricularis, S. lugdunensis e S. schleiferi). No entanto, a escie mais
isolada de microbiota normal, bem como de amostras clínicas é o Staphylococcus
epidermidis (Heilmann & Peters, 2000), conforme aconteceu em nosso estudo.
Na presente pesquisa, além do S. epidermidis as outras espécies de
Staphylococcus coagulase-negativa mais isoladas foram: S. haemolyticus, S.
warneri, S. xylosus, S. lugdunensis, S. hominis, S. saprophyticus, S. schleiferi e S.
chromogenes. Distribuindo as escies de acordo com a resistência a novobiocina,
mostra-se no presente estudo, o seguinte: novobiocina resistentes: S. saprophyticus
e S. xylosus; novobiocina sensíveis: S. epidermidis; S. haemolyticus, S. hominis, S.
warneri, S. lugdunensis, S. schleiferi e S. chromogenes.
A distribuição das espécies de Staphylococcus coagulase-negativa
isoladas de amostras clínicas (Figura 2), em nosso estudo, foi semelhante ao de
outros estudos para S. epidermidis e S. haemolyticus (Hussain et al., 2000; Petinaki
et al. 2001; Alcaráz et al. 2003). A freqüência de isolamento de S. warneri de
92
amostras clínicas, em nosso estudo, diferiu dos dados apresentados por Alcaráz et
al. (2003), cujo isolamento foi bem menos freente, apenas uma cepa.
Porém, todas estas cepas foram isoladas de várias amostras clínicas
com freqüência maior ou menor, como observado por Ieven et al. (1995) e Kleeman
et al. (1993). Entretanto, Alcaráz et al. (2003) mostraram que S. epidermidis, S.
hominis, S. haemolyticus e S. saprophyticus foram mais isolados de amostras
clínicas do que de amostras ambientais.
Os Staphylococcus coagulase-negativa, particularmente o
Staphylococcus epidermidis está entre os microrganismos isolados com mais
freqüência em Laboratórios de Microbiologia Clínica. Dentre a maioria de infeões
atribuídas aos Staphylococcus coagulase-negativa, estão as infeões hospitalares.
A fonte de infeão é a pele e as mucosas e a porta de entrada, freqüentemente, um
cateter intravascular (Heilmann & Peters, 2000).
Os pacientes que usam cateteres ou implantes médicos fabricados
com polímeros (polietileno, poliuretano, borracha de silicone) para fins diagsticos
ou procedimentos terauticos, estão sujeitos a desenvolverem infeão, sendo o
Staphylococcus epidermidis o microrganismo mais isolados nestas infeões,
principalmente a relacionada ao uso destes dispositivos (Heilmann & Peters, 2000).
Na presente pesquisa, as cepas estudadas eram de origem hospitalar
e foram isoladas de cateteres. A maior freqüência de isolamento de espécies de
Staphylococcus coagulase-negativa, observada, era de Staphylococcus epidermidis,
dado concordante com a literatura (Heilmann & Peters, 2000; Hussain et al., 2000;
Petinaki et al., 2001; Alcaráz et al., 2003; Cunha et al., 2004).
No quadro clínico das infeões causadas pelo S. epidermidis não
existem sinais fulminantes de infeão e o curso clínico é mais subagudo ou mesmo
93
crônico e o diagnóstico da infeão é dicil. A terapia para as infeões associadas
aos polímeros é problemática, apesar da apropriada antibioticoterapia, comprovada
eficácia in vitro e boa resposta do hospedeiro; geralmente, o é possível erradicar o
foco infeccioso e para interromper a infeão há necessidade da remoção do cateter.
O S. epidermidis requer a presença de um hospedeiro para causar a infeão e
somente nesta circunstância, ou seja, ecossistema humano cutâneo ou
mucocutâneo, passa de um organismo comensal ou saprófita para patógeno
(Heilmann & Peters, 2000).
As outras escies dos Staphylococcus coagulase-negativa, que não
S. epidermidis, são comensais de pele humana ou animal e apenas alguns deles
tornam-se patogênicos, em virtude dos avanços da ciência na medicina humana e
veteriria (Lina et al., 2000).
Os avanços nas técnicas de identificação das espécies de
Staphylococcus não-aureus permitiu identificar as espécies com potencial
patogênico em humanos, como: S. haemolyticus, S. saprophyticus, S. lugdunensis,
S. schleiferi, S. warneri, S. caprae ou em animais: S. intermedius, S. hycus e S.
simulans (Kloos & Bannerman, 1994).
No presente estudo seguiu-se o esquema de identificação
convencional de Kloos & Bannerman (1995) e Ruoff (1999) adaptado por Bernardi et
al. (2001) e Kloos & Schleifer (1975) modificado por Bannerman (2003) e sistema de
identificação APIStaph system (bioMérieux). Na comparação entre os dois métodos
convencionais de identificação e o sistema de referência APIStaph observou-se que
o número de cepas identificadas como S. epidermidis foi correta e semelhante nos
três métodos. Porém, as identificações o foram concordantes na espécie S.
warneri. Cunha et al. (2004) em estudo de comparação entre métodos de
94
identificação (Kloos & Schleifer 1975; Bannerman 2003) e sistema API Staph
mostraram que a sensibilidade do método para identificar S. epidermidis foi de
97,8% de sensibilidade e 100% de especificidade. Para S. warneri 52,9% de
sensibilidade e 98,8% de especificidade. Para S. hominis 75% de sensibilidade e
97,6% especificidade. E para S. haemolyticus 62,5% de sensibilidade e 96,7% de
especificidade.
Bannerman et al. (1993), relataram baixa acurácia de identificação pelo
sistema API Staph das espécies S. warneri e S. hominis.
Cunha et al. (2004) explicaram que este fato pode estar relacionado
com a falta de testes complementares como: resistência à novobiocina, crescimento
anaeróbio em tioglicolato e produção de hemolisina. Ainda, de acordo com este
autor a identificação das espécies de Staphylococcus coagulase-negativa é ainda
difícil para a maioria dos laboratórios clínicos. O esquema proposto por Kloos e
Schleifer, 1975 é o método de referência usado para identificação das escies de
Staphylococcus coagulase-negativa, mas, para rotina laboratorial este método é
relativamente trabalhoso e requer a utilização de grande número de testes
bioquímicos.
Ieven et al. (1995) e De Paulis et al. (2003) relataram que a
identificação dos Staphylococcus coagulase-negativa é muito importante para a
determinação de suas características fisiopatológicas, clínicas e estudos
epidemiológicos, uma vez que esses microrganismos são agentes etiológicos de
uma série de processos infecciosos.
Nas últimas décadas houve um aumento e emergência de cepas
Staphylococcus coagulase-negativa resistentes ao antibiótico meticilina,
principalmente em hospitais (Jaffe et al., 2000).
95
A maioria das cepas Staphylococcus coagulase-negativa apresentam
uma proteína ligada à penicilina, a qual diminui a afinidade pelos antibióticos beta-
lactâmicos, constituindo-se em um dos mecanismos de resistência associado com a
oxacilina (meticilina). Outros mecanismos de resistência incluem a hiperprodução da
enzima beta-lactamase (Alcaráz et al., 2003).
O tratamento de escolha para as infeões causadas pelo
Staphylococcus coagulase-negativa, com freqüência é a vancomicina. Devido à
emerncia de enterococos resistentes a vancomicina (Bradley et al., 1999) e
estafilococos vancomicina-resistente (Hiramatsu, 1998; Sievert et al., 2002), a
recomendação é reduzir o uso desta droga (Ferreira et al., 2003).
No entanto, Ferreira et al., (2003) mostraram que é importante o
Laboratório Clínico distinguir entre as cepas Staphylococcus coagulase-negativa a
sensibilidade e a resistência à oxacilina, para o controle do uso desnecessário da
vancomicina em hospitais. Alcaráz et al. (2003) relataram que o uso indevido de um
antimicrobiano, no caso vancomicina, apresenta complicações terauticas, alto
custo e pode levar à seleção de mutantes resistentes. Dickinson & Archer (2000) e
Raad et al. (1998) estimaram que quase 90% dos estafilococos são penicilina
resistentes e a resistência a oxacilina está aumentando.
Dickinson & Archer (2000) relataram que a resistência a oxacilina
envolve resistência cruzada com todos os outros antibióticos beta-lactâmicos.
Na presente pesquisa, os dados obtidos usando o teste fenopico para
a deteão da resistência a oxacilina estão apresentados na Tabela 1 e 2. As cepas
de Staphylococcus coagulase-negativa foram avaliadas pelo método de disco
difusão e os dados mostraram que 70,37% das cepas foram resistentes a oxacilina.
Os resultados são concordantes com aqueles obtidos por outros estudiosos (Ferreira
96
et al., 2002; Louie et al., 2001). Dickema et al. (2001) citaram que, mais de 70% dos
Staphylococcus coagulase-negativa no mundo são resistentes a oxacilina e as
cepas hospitalares tornaram-se resistentes a vários outros agentes antimicrobianos.
Ferreira et al. (2003) observaram que os dados nacionais são escassos. Sader et al.
(2001) relataram uma freqüência de 80% de resistência entre os Staphylococcus
coagulase-negativa envolvidos nas infeões de corrente sanguínea. No estudo de
Ferreira et al. (2003) encontraram freqüência de resistência a oxacilina de 64% entre
os Staphylococcus coagulase-negativa isolados de diferentes amostras clínicas.
Christensen et al. (1982) e Peters et al. (1982) relataram que a maioria
das espécies de Staphylococcus coagulase-negativa isoladas de cateteres ou de
próteses produzem grande quantidade de uma substância mucóide extracelular ou
slime, a qual não era detectada em meios de cultura utilizados na rotina em
laboratório.
Christensen et al. (1987) relataram que muitas espécies de bactérias
causadoras de doenças apresentaram espontaneamente, variação fenotípica
durante a colonização de uma supercie caracterizando sua virulência. Estes
pesquisadores, encontraram uma associação entre produção de slime, entre cepas
de Staphylococcus coagulase-negativa que colonizam cateteres e, a patogênese de
infeão por um corpo estranho.
Alcaráz et al., (2003) e Barcs et al. (1989) propuseram que a habilidade
de produzir o slime extracelular pode ser considerada marcador de patogenicidade,
associado com a virulência dos Staphylococcus coagulase-negativa. Muitas cepas
Staphylococcus coagulase-negativa formam um aderente filme bacteriano, o slime,
cuja formação funciona como um fator de virulência. Afirma-se que este é o
mecanismo pelo qual a bactéria adere e coloniza as próteses.
97
Freeman et al. (1989) propuseram o ágar Vermelho Congo, como
método alternativo para detectar a produção de slime em Staphylococcus coagulase-
negativa.
No presente estudo foi usado o ágar Vermelho Congo e a produção de
slime foi detectada em 77,78% das cepas de Staphylococcus coagulase-negativa
(Tabelas 4 e 5). Este meio de cultura permite verificar as modificações fenotípicas
das colônias dos Staphylococcus coagulase-negativa, as quais são categorizadas
pelas cores negra e vermelha. As colônias produtoras de slime apresentam cor
negra e as o produtoras cor vermelha.
Em relação à distribuição das cepas produtoras de slime de amostras
clínicas, os resultados obtidos no presente estudo são semelhantes àqueles
relatados por Galdbart et al. (2000); Rupp & Archer (1994), os quais notaram que o
S. epidermidis coloniza os cateteres. Mostra também que o slime foi detectado em
espécies de Staphylococcus coagulase-negativa, particularmente em
Staphylococcus epidermidis. Alcaráz et al. (2003) relataram que a produção de slime
é uma característica das cepas hospitalares Staphylococcus coagulase-negativa
patogênicas.
Em nosso estudo a origem das cepas era de ambiente hospitalar e
isoladas de cateteres. Para detectar a habilidade destas cepas de produzir slime
foram usados dois métodos: qualitativo e quantitativo.
Stepanovic et al. (2000) notaram que o teste de aderência em placas é
um dos métodos usados com freqüência para quantificar a formação do biofilme
produzido pelos Staphylococcus coagulase-negativa, além de funcionar como um
indicador de patogenicidade.
98
Os dados obtidos, na presente pesquisa, mostraram que ambos os
métodos detectaram slime em todas as cepas Staphylococcus coagulase-negativa
(Tabelas 3 a 6), com exceção para as escies S. hominis e S. schleiferi os quais
em ágar Vermelho Congo não demonstraram produção de slime e pelo método
quantitativo detectou-se esta produção. Estudos anteriores de Barcs et al. (1989)
mostraram que existe uma alta coincidência na deteão de slime, em
Staphylococcus coagulase-negativa, usando métodos quantitativos e qualitativos. Os
nossos resultados são consistentes com Alcaráz et al. (2003), os quais detectaram a
produção de slime em algumas cepas por um e/ou por outro método.
No presente estudo a análise da capacidade de aderência das
diferentes escies de Staphylococcus mostrou moderado grau de aderência do S.
haemolyticus (cepa Ha1), S. hominis (cepas Ho1 e Ho2), S. schleiferi (Sc1) e S.
warneri (W1). Os dados apresentados para S. haemolyticus são consistentes com os
resultados obtidos por Stepanovic et al. (2000), os quais mostraram variados graus
de aderência (fraca, moderada e forte) para essa espécie de Staphylococcus.
A Tabela 2 mostra a alta resistência a oxacilina entre as cepas
Staphylococcus coagulase-negativa e também mostra que cepas produtoras de
slime são resistentes a oxacilina, com exceção das cepas S. epidermidis (E2), S.
hominis (Ho1 e Ho2), S. haemolyticus (Ha1), S. lugdunensis (L1), S. schleiferi (Sc1),
S. xylosus (X2) e S. warneri (W2). As 19 cepas de Staphylococcus coagulase-
negativa resistentes a oxacilina e produtoras de slime foram isoladas de cateteres
removidos de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva. Arciola et al.
(2002) relataram que a produção de slime esta associada com a reduzida
sensibilidade aos antimicrobianos.
99
Mohan et al. (2002) estudaram 192 cepas de Staphylococcus
coagulase-negativa quanto à resistência aos antimicrobianos e observaram que
contra 15 antibióticos mais usados as cepas mostraram multidroga-resistência com
mais de 90% de resistência à penicilina, mais de 50% a cefalexina e ciprofloxacina e
mais de 20% a meticilina. Os autores destacaram a importância da identificação das
espécies e do teste de sensibilidade aos antibióticos para os Staphylococcus
coagulase-negativa de amostras clínicas.
A presente pesquisa mostrou que em relação a resistência aos
antimicrobianos, 19 cepas de Staphylococcus coagulase-negativa (70,37%) foram
resistentes à oxacilina e 24 cepas resistentes à penicilina. Barberis et al. (2001)
consideraram as cepas oxacilina resistentes, também resistentes à penicilina e
ampicilina. De acordo com CLSI (2005) os estafilococos penicilina-sensíveis são
também sensíveis para outras penicilinas, cefalotinas e carbapenens com uso
aprovado pelo FDA para as infeões estafilocócicas.
Observou-se neste estudo, a presença de amostras resistentes à
penicilina e sensíveis a oxacilina (Tabela 13 e 14). O documento do CLSI (2005)
relata que estas cepas são resistentes à penicilina penicilinase-lábil, mas sensíveis a
outras penicilinas penicilinase-estável, beta-lactâmicos e beta-lactâmicos associados
com inibidores de beta-lactamase, cefalotinas e carbapenens.
Adicionalmente, o documento CLSI (2005) cita que Staphylococcus
spp. resistentes a oxacilina são resistentes a todos antibióticos beta-lactâmicos
atualmente disponíveis. Desta forma, a sensibilidade ou resistência ao grande
número de antibióticos beta-lactâmicos pode ser deduzida testando apenas
penicilina e oxacilina. O teste de rotina para outras penicilinas, associações dos
inibidores de beta-lactamase, cefalosporinas e carbapenens, não é recomendado.
100
Na presente pesquisa as cepas Staphylococcus coagulase-negativa
resistentes aos antibióticos da classe dos Macrolídeos (eritromicina), Lincosamidas
(clindamicina) foram 22 (81,48%) resistentes à eritromicina e 18 (66,66%) à
clindamicina conforme é mostrado na Tabela 14. Os dados obtidos são consistentes
com estudos de Barberis et al. (2001), que observaram que as cepas oxacilina
resistentes eram freqüentemente resistentes a vários agentes antimicrobianos,
principalmente, eritromicina e clindamicina. Em nosso estudo a porcentagem de
resistência a oxacilina no Brasil é comparável aos obtidos por DelAlamo et al.
(1999).
Fiebelkorn et al. (2003) e Jorgensen et al. (2004) relataram que a
resistência aos macrolídeos em estafilococos pode ser devido à modificação do alvo
ribossomal e está associada com o fenótipo de resistência macrolideo-lincosamida-
estreptograminaB. A resistência pode ser constitutiva ou induzida após a exposição
ao macrolídeo. Baixos níveis de eritromicina são os mais efetivos indutores da
resistência a clindamicina.
A aderência bacteriana é considerada um fator de virulência, o qual
contribui com as infeões associadas a cateteres e outros dispositivos (Arciola et
al., 2001).
François et al. (1996), sugeriram que a interação da bactéria com
biomateriais desempenham importante papel no progresso de severas infeões
hospitalares.
Peters et al. (1982), Christensen et al. (1993), e Arciola et al. (2001),
notaram que espécies de Staphylococcus coagulase-negativa tem habilidade de
colonizar materiais artificiais, devido a produção de polissacarídeos extracelulares
(slime) e formar biofilme.
101
Observou-se nesta pesquisa que a habilidade de formar biofilme entre
as diversas espécies de Staphylococcus coagulase-negativa foi demonstrada por
microscopia eletrônica de varredura (Figuras 6 a 13). Dados consistentes com
Peters et al. (1982), os quais usando microscopia eletrônica de varredura mostraram
que a aderência dos estafilococos a superfície de cateteres foi seguida de uma
proliferação própria e de produção de slime, material que cobre a colônia bacteriana.
Christensen et al. (1993), colocaram como hitese que a habilidade do S.
epidermidis de aderir e colonizar um corpo estranho é muito importante na
patogênese da infeão de um corpo estranho. Os resultados de Christensen, em
relação à importância na produção de slime em infeões por S. epidermidis ou
outras cepas de Staphylococcus coagulase-negativa, confirmam os dados obtidos
neste estudo. A importância clínica das cepas produtoras de slime é a facilidade que
elas têm de colonizar cateteres intravenosos e produzir infeão da corrente
sanguínea.
Peters et al. (1982) notaram que o passo mais importante na
patogênese das infeões associadas a corpos estranhos causadas pelo
Staphylococcus epidermidis ou outras escies de Staphylococcus coagulase-
negativa é a colonização da superfície do polímero formando agrupamentos
celulares em multicamadas, os quais estão embutidos em um material extracelular
amorfo.
Na presente pesquisa, observou-se que os biofilmes formados pelas
espécies de Staphylococcus coagulase-negativa sobre a supercie do cateter,
apresentaram a mesma característica acima descrita, ou seja, agrupamento celular
envolto em substância amorfa, a qual é mais evidente nas eletromicrografias que
mostram o S. epidermidis, S. xylosus e S. hominis (Figuras 6, 10 e 11).
102
Hussain et al. (1993) relataram que infeão devido a presença de
cateter ocorre também pela inoculação de poucas bactérias da pele do paciente
durante o procedimento de inserção do cateter. A bactéria colonizante junto com o
material extracelular, o qual é principalmente composto de ácido teicóico da parede
celular da bactéria e produtos do hospedeiro são referidos como biofilme.
Peters et al. (1981) usando microscopia eletrônica de varredura
demonstraram a presença de biofilme aderente sobre cateter intravascular removido
de paciente.
Vuong & Otto (2002) relataram que a formação de biofilme é considerado o
principal fator de virulência para infeões estafilocócicas.
Heilman & Peters (2000) mostraram que a formação do biofilme sobre
supercie de cateteres é realizado em dois passos: uma aderência rápida da
bactéria à superfície, seguida de uma fase mais prolongada que envolve a
multiplicação bacteriana e aderência intercelular. Atualmente, a formação do biofilme
tem sido estudada por meio de mecanismos moleculares. Vários fatores estão
envolvidos na aderência bacteriana inicial: forças físico-químicas, hidrofobicidade e
proteínas de superfície celular.
Muller et al. (1993) relataram que na fase de proliferação celular,
acumulo de bactérias formando agrupamentos, além de proteína, tamm está
associada com a aderência inicial, uma estrutura polissacarídica, ou seja, um
polissacarídeo capsular/adesina (PS/A) e produção de slime.
Heilmann & Peters (2000) relataram que após a aderência inicial à
supercie do cateter, a bactéria prolifera e acumula-se agrupada em multicamadas.
A formação de multicamadas requer a aderência intercelular, realizada por uma
103
adesina polissacarídica intercelular (PIA-polysaccharide intercellular adhesin). De
acordo com Mack et al. (1996) PIA representa uma única estrutura polissacarídica.
Arciola et al. (2002) descreram que a síntese do slime é controlado por
um operon ica e que a ativação deste operon é o alvo da síntese da adesina
polissacarídica intercelular-PIA
Fey et al. (1998) mostraram que PIA representa um importante fator de
patogenicidade e funciona como mediador da reação de hemaglutinação. A
hemaglutinina do S. epidermidis está associada com a produção de biofilme e
estrutura do polissacarídeo.
O´Gara & Humphreys (2001) descreveram que a produção do PIA, que
representa a chave do fator de virulência nos Staphylococcus coagulase-negativa,
está associado a um dispositivo de onoffou fase de variação, empregado por
muitas escies bacterianas.
Heilmann et al. (1997) relataram que os genes (icaABC) que intervem o
agrupamento celular e a síntese do PIA foram clonados e seqüenciados. Mais tarde,
o gene icaD localizado entre icaA e icaB, tamm foi identificado. O gene icaA
carreia a N-acetilglicosaminatransferase, e sozinha exibe baixa atividade de
transferase. A co-expressão de icaA junto com icaD aumenta a atividade e síntese
dos oligômeros N-acetilglicosamina.
Arciola et al. (2002) mostraram que técnicas moleculares para
identificação dos genes ica, que codificam a síntese do slime, representa uma
ferramenta muito importante para uma identificação acurada de cepas virulentas
formadoras de slime.
104
Neste estudo a presença dos genes icaA e icaD responsáveis pela
síntese do slime foi investigada em 2 cepas de referência e 27 cepas isoladas de
cateter pelo método PCR.
Ziebuhr et al. (1997) demonstraram que existe uma forte correlação
entre a formação de biofilme e presença do gene de agrupamento ica.
Vuong & Otto (2002) observaram em seus resultados que o gene ica
está presente em amostras relacionadas a infeões e que cepas saprófitas o
expressam estes genes.
No nosso estudo, a presença dos genes icaA e icaD foi demonstrada
por PCR em: S. epidermidis, S. haemolyticus, S. warneri, S. xylosus e S.
chromogenes, exceção para as cepas S. saprophyticus e S. schleiferi, todas
provenientes de cateter.
Vuong et al. (2003) relataram que o principal mecanismo de virulência
entre os Staphylococcus coagulase-negativa é a formação do biofilme.
Otto (2004) relatou que o potencial de patogenicidade dos Staphylococcus
coagulase-negativa deve-se principalmente a sua capacidade de formar biofilmes
sobre implantes médicos. Em biofilme, as bactérias são protegidas contra
antibióticos e ataques do sistema imune. A formação do biofilme é o fator de
virulência dos Staphylococcus coagulase-negativa mais estudado e compreende a
aderência à superfície do cateter e o agrupamento celular.
Götz (2002) demonstrou que os Staphylococcus spp. formam biofilme
sobre cateteres as uma colonização primária seguida pela aderência e
agrupamento intercelular. O autor acredita que vários fatores estão envolvidos na
aderência primária, a qual depende da interação físico-química da superfície celular
com a superfície abiótica. De acordo com Heilmann et al. (1997) o fator mais
105
importante e mais estudado e que tem inflncia na aderência primária do S.
epidermidis é a autolisina AtIE, na qual a seqüência repetitiva, presumivelmente,
interage com a supercie abiótica pela interação hidrofóbica.
Mack et al. (2000) mostraram que a segunda fase da formação do
biofilme requer a adesina polissacarídica intercelular (PIA), um homopolímero
parcialmente desacetilado com resíduo N-acetilglicosamina ligado pela ponte 1-6
beta-glicosideo, o qual é produzido pelo locus do gene ica.
Na presente pesquisa detectou-se Staphylococcus coagulase-negativa
formadores de biofilme resistentes a mais de seis antibióticos, os quais foram
considerados multirresistentes. Vuong & Otto (2002) relataram que a formação de
biofilme tem sido considerado o fator de patogenicidade mais importante entre os
Staphylococcus coagulase-negativa, principalmente o S. epidermidis.
Neste estudo destacou-se a importância da identificação correta das
espécies Staphylococcus coagulase-negativa, os fatores de virulência envolvidos em
cepas hospitalares e a resistência aos antimicrobianos. Outras metodologias para a
avaliação dos fatores de patogenicidade destas espécies estão sendo estudados,
bem como técnicas moleculares mais sensíveis estão sendo empregadas para
melhor compreender os mecanismos pelos quais estes microrganismos tornam-se
patogênicos.
106
6 - CONCLUSÕES
1) A avaliação qualitativa da produção de slime por cepas de Staphylococcus
coagulase-negativa em ágar vermelho Congo, mostrou cepas produtoras e não
produtoras de slime. Todas as cepas de S. epidermidis, S. chromogenes, S.
haemolyticus, S. xylosus e S. warneri eram cepas produtoras de slime.
1a) Na avaliação quantitativa da produção de slime por cepas Staphylococcus
coagulase-negativa em placas de poliestireno foram verificadas cepas fraca e
fortemente aderentes. As cepas que apresentaram aderência fraca foram: S.
haemolyticus (Ha
1
), S. hominis (Ho
1
e Ho
2
), S. schleiferi e S. warneri (W
1
). As cepas
fortemente aderentes foram: S. epidermidis (E
1
-E
10
), S. haemolyticus (Ha
2
Ha
4
), S.
lugdunensis (L
1
–L
2
), S. saprophyticus, S. xylosus (X
1
X
2
) e S. warneri (W
2
W
4
).
2) A formação do biofilme (agrupamento de cocos envoltos em slime) sobre a
supercie do cateter foi demonstrada por microscopia eletrônica de varredura para a
maioria das cepas Staphylococcus coagulase-negativa exceção para S.
chromogenes (C
1
), S. haemolyticus (Ha
3
) e S. warneri (W
1
).
3) A maioria das espécies Staphylococcus coagulase-negativa mostraram que houve
associação entre a produção de polissacarídeo extracelular (slime), origem das
cepas e reduzida sensibilidade aos antimicrobianos, sugerindo o potencial
patogênico no ambiente hospitalar.
107
4) A maioria das cepas Staphylococcus coagulase-negativa eram oxacilina
resistentes e estavam associadas à produção de polissacarídeos extracelulares
(slime).
5) A reação PCR usada para detectar os genes de aderência intercelular (icaA e
icaD) em cepas de Staphylococcus coagulase-negativa mostrou a presença dos
genes icaA e icaD em 100% dos isolados com exceção para S. saprophyticus e S.
schleiferi.
5a) Uma cepa de S. haemolyticus e uma de S warneri o apresentaram o gene
icaA, mas o gene icaD.
108
7-REFERÊNCIAS
ALCARÁZ, L.E.; SATORRES, S.E.; LUCERO, R.M.; CENTORBI, O.N.P. Species
identification, slime production and oxacillin susceptibility in coagulase-negative
staphylococci isolated from nosocomial specimens.
Braz. J. Microbiol.
, v. 34, p. 45-
51, 2003.
ALTOPARLAK, U.; KADANALI, A.; CELEBI, S. Slime factor positivity in coagulase
negative staphylococci isolated from nasal samples of hemodialysis patients.
Int. J.
Clin. Pract.
, v. 58, p. 1112-1114, 2004.
AMMENDOLIA, M.G.; DI ROSA, R.; MONTANARO, L.; ARCIOLA, C.R.;
BALDASSARI, L. Slime production and expression of the slime-associated antigen
by staphylococcal clinical isolates.
J. Clin. Microbiol.,
v. 37, p. 3235-3238, 1999.
AN, Y.H.; FRIEDMANN, R.J. Laboratory methods for studies of bacterial adhesion.
J.
Microb. Meth.,
v. 30, p. 141-152, 1997.
ARCIOLA, C.R.; BALDASSARI, L.; MONTANARO, L. Presence of icaA and icaD and
slime production in a collection of staphylococcal strains from catheter-associated
infections.
J. Clin. Microbiol.
, v. 39, p. 2151-2156, 2001.
ARCIOLA, C.R.; CAMPOCCIA, D.; GAMBERINI, S.; CERNELLATI, M.; DONATI, E.;
MONTANARO, L. Detection of slime production by means of an optimized Congo red
109
agar plate based on a colorimetric scale in Staphylococcus epidermidis clinical
isolates genotyped for ica locus.
Biomaterials
, v. 23, p. 4233-4239, 2002.
ARMON, R.; ARBEL, T.; GREEN, M. A quantitative and qualitative study of biofilm
disinfection on glass, metal and PVC surfaces by chlorine, bromine and bromochloro-
5, 5 dimethylhydanton (BCDMH).
Wat. Sci. Tech.
, v. 38, p. 175-179, 1998
BADDOUR, L.M.; BARKER, L.P.; CHRISTENSEN, G.D.; PARISI, J.T.; SIMPSON,
W.A. Phenotypic variation of Staphylococcus epidermidis in infection of transvenous
endocardial pacemarker electrodes.
J. Clin. Microbiol.
, v. 28, p. 676-679, 1990.
BADDOUR, L.M.; CHRISTENSEN, G.D.; SIMPSON, W.A.; BEACHEY, E.H.
Adherencia microbiana. In: MADEL/DOUGLAS/BENNETT
Enfermidades
Infecciosas Princípios e Práticas.
3. ed. Rio de Janeiro: MEDSI Ed. Médica e
Cienfica, 1991. cap. 2, p. 10-27.
BADDOUR, L.M.; SMALLEY, D.L.; KRAUS, A.P.; LOWOREAUX, W.J.;
CHRISTENSEN, G.D. Comparison of microbiologic characteristics of pathogenic and
saprophytic coagulase-negative staphylococci from patients on continuous
ambulatory peritoneal dialysis.
Diagn. Microbiol. Infect. Dis.
, v. 5, p. 197-205, 1986.
BALDASSARI, L.; DONELLI, G.; GELOSIA, A.; SIMPSON, W.A.; CHRISTENSEN,
G.D. Expression of slime interferes with in vitro detection of host protein receptors of
Staphylococcus epidermidis.
Infect. Immun.
, v. 65, p. 1522-1526, 1997.
110
BALDASSARI, L.; DONELLI, G.; GELOSIA, A.; VOGLINO, M.C.; SIMPSON, W. A.;
CHRISTENSEN, G.D. Purification and characterization of the staphylococcal slime-
associated antigen and its occurrence among Staphylococcus epidermidis clinical
isolates.
Infect. Immun.
, v. 64, p. 3410-3415, 1996.
BANDYK, D.F.; BERNI, G.A.; THIELE B.L.; TOWNE, J.B. Aortofemoral graft infection
due to Staphylococcus epidermidis.
Arch. Surg.
, v. 119, p. 102-108, 1984.
BANNERMAN, T.L. Staphylococcus, Micrococcus, and other catalase-positive cocci
that grow aerobically. In: MURRAY, P.R.; BARON, E.J.; JORGENSEN, J.H.;
PFALLER, M.A.; YOLKEN, R.H.
Manual of Clinical Microbiology
. 8
th
. ed.
Washington: ASM Press, 2003, p. 384-404.
BANNERMAN, T.L.; KLEEMAN, K.T.; KLOOS, W.E. Evaluation of the Vitek systems
gram-positive identification card for species identification of coagulase-negative
staphylococci.
J. Clin. Microbiol.
, v. 31, p. 1322-1325, 1993.
BARBERIS, I.L.; JARO, M.C.; GODINO, S.D.; PASCUAL, L.; DANIELE, M.D.
Antimicrobial sensitivity and adherence study in strains of coagulase-negative
Staphylococus spp.
Rev. Latin. Microbiol.
, v. 43, p. 109-113, 2001.
BARCS, I.; VALVINAGY, T.; PANOVICS, J. Clinical ocurrence and virulence testing
of coagulase-negative staphylococci.
Acta Microbiol. Hung.
, v. 66, p.415-424, 1989.
111
BARTHELSON, R.; HOPKINS, C.; MOBASSERI, A. Quantitation of bacterial
adherence by image analysis.
J. Microbiol. Meth.
, v. 38, p. 17-23, 1999.
BERNARDI, A.C.A; PIZZOLITTO, E.L.; PIZZOLITTO, A.C. Identificação de cocos
aeróbios Gram-positivos, catalase positiva com implicação em processos
infecciosos.
Rev. Ciênc. Farm
., v. 22, p. 223-238, 2001.
BLACK, J.G. Interações hospedeiro-micróbio-relações hospedeiro micróbio e
processos mórbidos.
Microbiologia Fundamentos e Perspectivas.
4. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara-Koogan, 2002. cap. 14, p. 348-369.
BRADLEY, S.J.; WILSON, A.L.; ALLEN, M.C.; SHER, H.A.; GOLDSTONE, A.H.;
SCOTT, G.M. The control of hyperendemic glycopeptide-resistant Enterococcus spp.
on a hematology unit by changing antibiotic usage.
J. Antimicrob. Chemoter.
, v. 43
p. 261-266, 1999.
BROOKS, G.F.; BUTEL, J.S.; MORSE, S.A. Patogenia da infeão bacteriana. In:
Jawetz, Melnick & Adelberg.
Microbiologia médica
. 21. ed. Rio de Janaeiro:
Guanabara-Koogan, 2000. cap.9, p. 108-116.
BUSTANJI, Y.; ARCIOLA, C.R.; CONTI, M.; MANDELLO, E.; MONTANARO, L.;
SAMORI, B. Dynamics of the interaction between a fibronectina molecule and a living
bacterium under mechanical force.
PNAS
, v. 100, p. 13292-13297, 2003.
112
CAFISO, V.; BERTUCCIO, M.S.; CAMPANILE, F.; AMICOSANTE, G.; PERILLI,
M.G.; SELAN, M.A.; NICOLETTI, G.; STEFANI, S. Presence of the ica operon in
clinical isolates of Staphylococcus epidermidis and its role in biofilm production.
Clin.
Microbial. Infect.
, v. 10, p. 1081-1088, 2004.
CARLÉN, A.; NIKDEL, K.; WENNERBERG, A.; HOLMBERG, K.; OLSSON, J.
Surface characteristics and in vitro biofilm formation on glass ionomer and composite
resin.
Biomaterials
, v. 22, p. 481-487, 2001.
CHEESBOUGER, J.S.; FINCH, R.G.; BURDEN, R.P. A prospective study of the
mechanisms of infection associated with hemodialysis catheters.
J. Infect. Dis.
, v.
154, p. 579-589, 1986.
CHHATWAL, G.S.; JENKINSON, H.F. Anchorless adhesions and invasions of Gram-
positive bacteria: a new class of virulence factors.
Trends Microbiol.
, v. 10, p. 205-
208, 2002.
CHOO, M.H.; HOLMES, D.R.; GERSH, B.J.; MALONEY, J.D.; MEREDITH, J.;
PLUTH, J.R.; TRUSTY, J. Permanent pacemarkers infection: characterization and
management.
Am. J. Cardiol.
, v. 48, p. 559-564, 1981.
CHRISTENSEN, B.E. The role of extracellular polysaccharides in biofilms.
J.
Biotech.
, v. 10, p. 181-202, 1989
113
CHRISTENSEN, G.D.; BADDOUR, L.M.; SIMPSON, W. A. Phenotypic variation of
Staphylococcus epidermidis slime production in vitro and in vivo.
Infect. Immun.
, v.
55, p. 2870-2877, 1987.
CHRISTENSEN, G.D.; BALDASSARI, L.; SIMPSOM, W.A. Colonization of medical
devices by coagulase-negative staphylococci. In: BISNO, A.L.; WALDVOGEL, F.A.
Infection associated with indwelling medical devices.
2
nd
. ed. Washington: ASM
Press, 1994. p. 45-78.
CHRISTENSEN, G.D.; SIMPSON, W.A.; BISNO, A.L.; BEACHEY, E.H. Adherence of
slime-producing strains of Staphylococcus epidermidis to smooth surfaces.
Infect
Immun.,
v. 37, p. 318-326, 1982.
CHRISTENSEN, G.D.; SIMPSON, W.A.; BISNO, A.L.; BEACHEY, E.H. Experimental
foreing body infections in mice challenged with slime producing Staphylococcus
epidermidis.
Infect. Immunol.
, v. 38 , p. 407-419, 1993.
CHRISTENSEN, G.D.; SIMPSON, W.A.; YOUNGER, J.J.; BADDOUR, L.M.;
BARRETT, F.F.; MELTON, D.M.; BEACHEY, E.H. Adherence of coagulase-negative
Staphylococci to plastic tissue culture plates: a quantitative model for the adherence
of Staphylococcus to medical devices.
J. Clin. Microbiol.
, v. 22, p. 996-1006, 1985
CLERI, D.J.; CORRADO M.L.; SELIGMAN, S.J. Quantitative culture of intravenous
catheters and other intravascular inserts.
J. Infect. Dis.
, v. 141, p. 781–786, 1980.
114
Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI).
Performance Standards for
Antimicrobial Disk Susceptibility Tests; Approved Standard nineth Edition, M2-A8.
Clinical and Laboratory Standards Institute, Pennsylvania, 2005.
CONLON, K.M.; HUMPHREYS, H.; OGARA, J.P. icaR encodes a transcriptional
repressor involved in environmental regulation of ica operon expression and biofilm
formation in Staphylococcus epidermidis.
J. Bacteriol.
, v. 184, p. 4400-4408, 2002.
CORDERO, J.; MUNUERA, L.; FOLGUEIRA, M.D. The influence of the chemical
composition and surface of the implant on infection.
Injury,
v. 27, p. 34-59, 1996.
COSTA, S.F.; MICELI, M.H.; ANAISSIE, E.J. Mucosa or skin as source of coagulase-
negative staphylococcal bacteremia?
Lancet Infect. Dis.
, v. 4, p. 278-286, 2004.
COSTERTON, J.W.; LEWANDOWSKI, Z. Microbial biofilms.
Ann. Rev. Microbiol.
,
v. 49, p. 711-745, 1995.
COSTERTON, W.; VEEH, R.; SHIRTLIFF; PASMORE, M.; POST, C.; EHRLICH, G.
The application of biofilm science to the study and control of chronic bacterial
infections.
J. Clin. Invest.
, v. 112, p. 1466-1477, 2003.
CRAMTON, S.E.; ULRICH, M.; GÖTZ, F.; DÖRING, G. Anaerobic conditions induce
expression of polysaccharide intercellular adhesin in Staphylococcus aureus and
Staphylococcus epidermidis.
Infect. Immun.
, v. 69, p. 4079-4085, 2001.
115
CUNHA, M.L.R.S.; SINZATO, Y.K.; SILVEIRA, L.V.A. Comparison of methods for the
identification of coagulase-negative staphylococci.
Mem. Inst. Oswaldo Cruz,
v. 99,
p. 855-860, 2004.
DAVEY, M.E.; OTOOLE, G.A. Microbial biofilms: from ecology to molecular genetics.
Microbiol. Molec. Biol. Rev.
, v. 64, p. 847-867, 2000.
DELALAMO, L.; CEREDA, R.F.; TOSIN, I.; MIRANDA, E.A.; SADER, H.S.
Antimicrobial susceptibility of coagulase-negative staphylococci and characterization
of isolates with reduced susceptibility to glycopeptides.
Diagn. Microbiol. Infect.
Dis.
, v. 34 , p. 185-191, 1999.
DE PAULIS, A.N.; PREDARI, S.; CHAZARRETA, C.D.; SANTOIANNI, J.E. Five-test
simple scheme for species-level identification of clinically significant coagulase-
negative staphylococci.
J. Clin. Microbiol.
, v. 41, p. 1219-1224, 2003.
DICKEMA, D.J.; PFALLER, M.A.; SCHIMITZ, F.J.; SMAYEVSKY, J.; BELL, J.;
JONES, R.N.; BEACH, M. Survey of infections due to Staphylococcus species:
frequency of occurence and antimicrobial susceptibility of isolates collected in the
United States, Canada, Latin America, Europe and the Western Pacific region for the
SENTRY antimicrobial surveillance program, 1997-1999.
Clin. Infect. Dis.
, v. 32, p.
114-132, 2001.
116
DICKINSON, T.M.; ARCHER, G.L. Phenotypic expression of oxacillin resistance in
Staphylococcus epidermidis: Roles of mecA Transcriptional Regulation and resistant-
subpopulation selection.
Antimicr. Ag. Chemother.
, v. 44, p. 1616-1623, 2000.
DICKINSON, R.B.; NAGEL, J.A.; MC DEVITT, D.; FOSTER, T.J.; PROCTOR, R.A.;
COOPER, S.L. Quantitative comparison of clumping factor and coagulase-mediated
Staphylococcus aureus adhesion to surface-bound fibrinogen under flow.
Infect.
Immun.
, v. 63, p. 3143-3150, 1995.
DOBINSKY, S.; BARTSCHT, K.; MACK, D. Influence of Tn917 insertion of
transcription of the icaADBC operon in six biofilm-negative transposon mutants of
Staphylococcus epidermidis.
Plasmid,
v. 47, p. 10-17, 2002.
DONLAN, R. M. Biofilms and device-associated infections.
Emerg. Infect. Dis.
, v. 7,
p. 277-281, 2001.
DOUGHERTY, S. H. Implant infections In: VON RECUM, A.F.
Handbook of
biomaterials evaluation.
2
nd
. ed. New York: Macmillan Publishing Co, 1986.
EGINTON, P.J.; GIBSON, H.; HOLAH, J.; HANDLEY, P.S.; GILBERT, P. The
influence of substratum properties on the attachment of bacterial cells.
Colloids and
Surfaces,
v. 5, p. 153-159, 1995.
117
FALLGREN, C.; UTT, M.; LJUNGH, A. Isolation and characterization of a 17-kDa
staphylococcal heparin-binding protein with broad specificity.
J. Med. Microbiol.
, v.
50, p. 547-557, 2001.
FARBER, B.F.; KAPLAN, M.H.; CLOGSTON, A.G.; Staphylococcus epidermidis
extracted slime inhibits the antimicrobial action of glycopeptide antibiotics.
J. Infect.
Dis.,
v. 40, p. 37-40, 1990.
FERREIRA, R.B.R.; IORIO, N.L.P.; MALVAR, K.L.; NUNES, A.P.F.; FONSECA, L.S.;
BASTOS, C.C.R.; SANTOS, K.R.N. Coagulase-negative staphylococci: comparison
of phenotypic and genotypic oxacillin susceptibility tests and evaluation of the agar
screening test by using different concentrations of oxacillin.
J. Clin. Microbiol.,
v. 41,
p. 3609-3614, 2003.
FERREIRA, R.B.R.;NUNES, A.P.F.; KOKIS, V.M.; KREPSKY, N.; FONSECA, L.S.;
BASTOS, M.C.F.; GIAMBIAGI-DEMARVAL, M.; SANTOS, K.R.N. Simultaneous
detection of the mecA and ileS-2 genes in coagulase-negative staphylococci isolated
from Brazilian hospitals by multiplex PCR.
Diagn. Microbiol. Infect. Dis.
, v. 39, p.
205-212, 2002.
FEY, P.D.; ULPHANI, J.S.; HEILMANN, C.; GÖTZ, F.; MACK, D.; RUUP, M.E.
Polyssaccharide intercellular adhesin (PIA) mediates hemagglutination (HA) in
Staphylococcus epidermidis. Washington:
Abstr. 98
th
Gen. Meet. Am. Soc.
Microbiol.
1998.
118
FIEBELKORN, K.R.; CRAWFORD, S.A.; MCELMEEL, J.H.; JORGENSEN, J.H.
Pratical disk diffusion method for detection of inducible clindamycin resistance in
Staphylococcus aureus and coagulase-negative staphylococci.
J. Clin. Microbiol.
, v.
41, p. 4740-4744, 2003.
FITZGERALD, S.F.; FITZPATRICK, F.; DILLANE, T.; SMYTH, E.G.; HUMPHREYS,
H.; OGARA, J. P. Genomic diversity of Staphylococcus epidermidis isolates from the
intensive care unit.
Clin. Microbiol. Infect.
, v. 10, p. 1081-1088, 2004.
FITZGERALD, R.H.; JONES, D.R. Hip implant infection.
Am. J. Med.
, v. 78, p. 225-
228, 1985.
FITZGERALD, R.H.; RICHARDSON, J.F.; SANE, M.J. Four apparent outbreaks of
prosthetic valve endocardites caused by coagulase negative staphylococci.
Zentrabl.
Bakteriol. Suppl.
, v. 14, p. 463-469, 2005.
FOSTER, T.J.; McDEVITT, D. Molecular basis of adherence of staphylococci to
biomaterials. In: BISNO, A.L.; WALDVOGEL, F.A.
Infections associated with
indwelling medical devices.
2ªed. Washington, D.C., USA, ASM Press, 1994, p.
31-44.
FRANÇOIS, P.; VAUDAUX, P.; FOSTER, T.J.; LEW, D.P. Host bacteria interactions
in foreing body infections.
Infect. Control Hosp. Epidemiol.
, v. 20, p. 514-520,
1996.
119
FREBOURG, N.B.; LEFEBVRE, S.; BAERT, S.; LEMELAND, J.F. PCR-Based assay
discrimination between invasive and contaminating Staphylococcus epidermidis
strains.
J. Clin. Microbiol.,
v. 38, p. 877-880, 2000.
FREEMAN, D.J.; FALKINER, F.R.; KEANE, C.T. New method for detecting slime
production by coagulase negative staphylococci.
J. Clin. Pathol.
, v. 42, p. 872-874,
1989.
GAIKAWAD, S.S.; DEODHAR, L.P. Experimental foreing body infection in mice by
Staphylococcus epidermidis.
J. Post. Med.,
v. 29, p. 229-231, 1984.
GALDBART, J.O.; ALLIGNET, J.; TUNG, H.S.; RYDÈN, C.; SOLH, N. E. Screening
for Staphylococcus epidermidis markers discriminating between skin-flora strains and
those responsible for infections of joint prostheses.
J. Infect. Dis.,
v. 5, p. 351-355,
2000.
GARCIA, P.C.; PAYÁ, E.G.; OLIVARES, R.C.; COTERA, A.F.; RODRIGUEZ, J.T.;
SANZ, M.R. Diagnóstico de las infecciones associadas a cateteres vasculares
centrales.
Rev. Chil. Infect.
, vol. 20, p. 41-50, 2003.
GELOSIA, A.; BALDASSARI, L.; DEIGHTON, L.; NGUYEN, T.V. Phenotypic and
genotypic markers of Staphylococcus epidermidis virulence.
J. Clin Microbiol.,
v. 7,
p. 193-199, 2001.
120
GEORGE, R.; LEIBROCK, L.; EPSTEIN, M. Long-term analyses of cerebrospinal
fluid shunt infection.
J. Neurosurg.,
v. 51, p. 804-811, 1979.
GERKE, C.; KRAFFT, A.; SÜBMUTH, R.; SCHWEITZER, O.; GÖTZ, F.
Characterization of N-Actylglucosaminyltransferase activity involved in the
biosynthesis of the Staphylococcus epidermidis polyssaccharide intercellular
adhesin.
J. Biol. Chem.
, v. 273, p. 18586-18593, 1998.
GNANN, J.W.; COBBS, C.G. Infections of prosthetic valves and intravascular devices
In: MANDELL, G.L.; DOUGLAS, R.G.; BENNETT, J.E.
Principles and practice of
infections diseases
. 2
nd
ed. New York:, John Willey & Sons, Inc. 1985.
GOERING, R.V.; WINTERS, M.A. Rapid method for epidemiological evaluation of
gram-positive cocci by field inversion electrophoresis.
J. Clin. Microbiol.
, v. 30, p.
577-580, 1992.
GOKAL, R.J.M.; RAMOS, D.M.A.; FRANCIS R.E.; FERNERT.H.J.; GOODSHIP, G.;
PROUD, A.; BINT, M.K.; KERR, D.N.S. Peritonitis in continuous ambulatory
peritoneal dialysis.
Lancet
, v. 2, p. 1388-1391, 1987.
GÖTZ, F. Staphylococcus and biofilms.
Mol. Microbiol.
, v. 43, p. 1367-1378, 2002.
GRISTINA, A.G.; DOBBINS, B.; GIAMMARA, J.C.; LEWIS, W.C. Biomaterial-
centered sepsis and the total artificial heart: microbial adhesion vs tissue integration.
JAMA,
v. 259, p. 870-874, 1988.
121
HANDKE, L.D.; CONLON, K.M.; SLATER, S.R.; ELBARUNI, S.; FITZPATRICK, F.;
HUMPHREYS, H.; GILES, W.P.; RUPP, M.E.; FEY, P.D.; OGARA, J.P. Genetic and
phenotypic analysis of biofilm phenotypic variation in multiple Staphylococcus
epidermidis isolates.
J. Med. Microbiol.,
v. 53, p. 367-374, 2004.
HARTFORD, O.; OBRIEN, L.; SCHOFIELD, K.; WELLS, J.; FOSTER, T.J. The Fbe
(SdrG) protein of Staphylococcus epidermidis HB promotes bacterial adherence to
fibrinogen.
Microbiology,
v. 147, p. 2545-2552, 2001.
HARVILL, E.T.; MILLER, J.F. Manipulating the host to study bacterial virulence.
Curr.
Op. Microbiol.,
v. 3, p. 93-96, 2000.
HEILMANN, C.; HUSSAIN, M.; PETES, G.; TZ, F. Evidence for autolysin-
mediated primary attachment of Staphylococcus epidermidis to a polyestyrene
surface.
Mol. Microbiol.,
v. 24 , p. 1013-1024, 1997.
HEILMANN, C.; PETERS, G. Biology and pathogenicity of S. epidermidis. In:
FISCHETTI, V.A.; NOVICK, R.P.; FERRETI, J.J.; PORTNOY, D.A.; ROOD, J.I.
Gram-positive pathogens.,
1. ed. Washington, D.C.: ASM Press, 2000. Cap. 46, p.
442-449.
HEINZELMANN, M.; HERZIG, D.O.; MARK, B.S.; MERCER-JONES, A.;
BERGAMINI, T.M.; POLK JR, H.C. Phagocytosis and oxidative-burst response of
planktonic Staphylococcus epidermidis RP62A and its non-slime-producing variant in
human neutrophils.
Clin. Diag. Lab. Immun.,
v. 4, p. 705-710, 1997.
122
HIRAMATSU, K. Vancomicin resistance in staphylococci.
Drug Resist. Updates
, v.
1, p. 135-150, 1998.
HUEBNER, J.; GOLDMANN, D.A. Coagulase-negative staphylococci: role as
pathogens.
Annu. Rev. Med.
, v. 50, p. 223-236, 1999.
HUSSAIN, M.; COLLINS, C.; HASTINGS, J.G.M.; WHITE, P.J. Radiochemical assay
to measure the biofilm produced by coagulase-negative staphylococci on solid
surfaces and it use to quantitate the effects of various antibacterial compounds on
the formation of the biofilm.
J. Med. Microbiol.,
v. 37, p. 62-69, 1992.
HUSSAIN, M.; HEILMANN, C.; PETERS, G.; HERRMANN, M. Teichoic acid enhaces
adhesion of Staphylococcus epidermidis to immobilized fibronectin.
Microbial
Pathogenesis
, v. 31, p. 261-270, 2001.
HUSSAIN, M.; WILCOX, M.H.; WHITE, P.J. The slime of coagulase negative
staphylococci: biochemistry and relation to adherence.
FEMS Microbiol Rev.
, v. 10,
p.1 91-207, 1993.
HUSSAIN, Z.; STOAKES, L.; MASSEY, V.; DIAGRE, D.; FITZGERALD, V.; EL
SAYED, S.; LANNIGAN, R. Correlation of oxacillin MIC with mecA gene carriage in
coagulase-negative staphylococci.
J. Clin. Microbiol.
, v. 38, p.752-754, 2000.
123
IEVEN, M.; VERHOEVEN, J.; PATTYN, S.R.; GOOSSENS, H. Rapid and
economical method for species identification of clinical significant coagulase-negative
staphylococci.
J. Clin. Microbiol.
, v. 33, p. 1060-1063, 1995.
INMAN, R.D.; GALLEGOS, K.V.; BRAUSE, B.D.; REDECHA, P.B.; CHRISTIAN, C.L.
Clinical and microbial features of prosthetic joint infections.
Am. J. Med.
, v. 77, p. 47-
53, 1984.
ISHAK, M.A.; GRÖSCHEL, D.H.M.; MANDELL, G.L.; WENZEL, R.P. Association of
slime with pathogenicity of coagulase-negative staphylococci causing nosocomial
septicemia.
J. Clin. Microbiol.
, v. 22, p. 1025-1029, 1985.
IVEY, F.M.; HICKS, C.A.; CALHOUN, J.H.; MADER, J.T. Treatment options for
infected knee arthroplasties.
Rev. Infect. Dis.
, v. 12, p. 468-478, 1990.
JAFFE, R.; LANE, J.D.; ALBURY, S.V.; NIEMEYER, D.M. Rapid extraction from and
direct identification in clinical samples of methicillin-resistant staphylococci using the
PCR.
J. Clin. Microbiol.
, v. 38, p. 3407-3412, 2000.
JOHANNES, K.; KNOBLOCH, M.; BARTSCHT, K.; SABOTTKE, A.; ROHDE, H.;
HUBERT-HEINZ, F.; MACK, D. Biofilm formation by Staphylococcus epidermidis
depends on functional RsbU, an activator of the sigB operon: differential activation
mechanisms due to ethanol and salt stress.
J. Bacteriol.,
v. 183, p.2624-2633, 2001.
124
JONES, P.G.; HOPFER, R.L.; ELTING, L.; JACKSON, J.A.; FAINSTEIN, V.; BODEY,
G.P. Semiquantitative cultures of intravascular catheters from cancer patients.
Diag.
Microbiol. Infect. Dis.
, v. 4, p. 299-306, 1986.
JORGENSEN, J.H.; CRAWFORD, S.A.; MCELMEEL, M.L.; FIEBELKORN, K.R.
Detection of inducible clindamycin resistance on staphylococci in conjunctin with
performance of automated broth susceptibility testing.
J. Clin. Microbiol.
, v. 42, p.
1800-1802, 2004.
KARCHMER, A.W.; ARCHER, G.L.; DISMUKES, W.E. Staphylococcus epidermidis
causing prosthetic valve endocardites: microbiologic and clinical observations as
guides to therapy.
Ann. Intern. Med.
, v. 98, p. 447-455, 1983.
KLEEMAN, K.T.; BANNERMAN, T.L.; KLOOS, W.E. Species distribution of
coagulase-negative using the PCR.
J. Clin. Microbiol
., v. 31, p. 1318-1321, 1993.
KLOOS, W.E.; BANNERMAN, T.L. Update on clinical significance of coagulase-
negative staphylococci.
Clin. Microbiol. Rev.
, v. 7, p. 117-140, 1994.
KLOOS, W.E.; BANNERMAN, T.L. Staphylococcus and Micrococcus. In: MURRAY,
P. R.; BARON, E.J.; PFALLER, M.A.; TENOVER, F.C.; YOLKEN, R.H.
Manual of
Clinical Microbiology
. 6. ed. Washington, D.C.: ASM Press, 1995, p. 282.
KLOOS, W.E.; BANNERMAN, T. L Staphylococcus and Micrococcus In: MURRAY,
P. R.; BARON, E.J.; PFALLER, M.A.; TENOVER, F.C.; YOLKEN, R.H.
Manual of
Clinical Microbiology
. 7. ed. Washington, D.C.: ASM Press, 1999, p. 264.
125
KLOOS, W.E.; MUSSELWHITE, M.S. Distribution and persistence of Staphylococcus
and Micrococcus species and other aerobic bacteria on human skin.
Appl.
Microbiol.
, v. 30, p. 381-394, 1975.
KLOOS, W. E.; SCHLEIFER, K. H. Simplified scheme for routine identification of
human Staphylococcus species.
J. Clin. Microbiol.,
v. 1, p. 82-8, 1975.
KLUG, D.; WALLET, F.; KACET, S.; COURCOL, R.J. Involvement of adherence and
adhesion Staphylococcus epidermidis genes in pacemarker lead-associated
infections.
J. Clin. Microbiol.
, v. 41, p. 3348-3350, 2003.
KOCIANOVA, S.; VUONG, C.; YAO, Y.; VOYICH, J.M.; FISCHER, E.R.; DeLEO,
F.R.; OTTO, M. Key role of poly-γ-DL-glutamic acid in immune evasion and virulence
of Staphylococcus epidermidis.
J. Clin. Invest.
, v. 115, p. 688-694, 2005.
KOCKRO, R.A.; HAMOL, J.A.; JANSEN, B.; PETERS, G.; SCHEIHING, M.;
GIACOMELLI, R.; KUNZE, S.; ASCHOFF, A. Use of scanning electron microscopy to
investigate the prophylactic efficacy of rifampin-impregnated CSF shunt catheters.
J.
Med. Microbiol.
, v. 49, p. 441-450, 2000.
KONEMAN, E.W.; ALLEN, S.D.; JANDA, W.M. SCHRECKENBERGER, P.C.; WINN,
W.C.
Diagnóstico Microbiológico Texto e Atlas Colorido
. 5. ed. Rio de Janeiro:
MEDSI, 2001. 1782p.
126
KOTILAINEN, P. Association of coagulase-negative staphylococcal slime production
and adherence with the development and outcome of adult septicemias.
J. Clin.
Microbiol.
, v. 28, p. 2779-2785, 1990.
LEWIS, K. Riddle of biofilm resistance.
Antimicrob. Agents Chemother.
,
v. 45, p.
999-1007, 2001.
LINA, G.; ETTIENNE, J.; VANDENESCH, F. Biology and pathogenicity of
Staphylococci other than Staphylococcus aureus and Staphylococcus epidermidis In:
FISCHETTI, V.A.; NOVICK, R.P.; FERRETI, J.J.; PORTNOY, D.A.; ROOD, J.I.
Gram-positive pathogens
.
1
st
. ed. Washington: ASM Press 2000. p. 450-462.
LITRAN, M.T.; KROPEC, A.; ABEYGUNAWARDANA, C.; JOYCE, J.; MARK, G.;
GOLDMANN, D.A.; PIER, G.B. Immunochemical properties of the Staphylococcus
Poly-N-Acetylglucosamine surface polysaccharide.
Infect. Immun.
, v. 70, p. 4433-
4440, 2002.
LOUIE, L.; MAJURY, A.; GOODFELLOW, J.; LOUIE, M.; SIMOR, A.E. Evaluation of
a latex agglutination test (MRSA-Screen) for detection of oxacillin resistance in
coagulase-negative staphylococci.
J. Clin. Microbiol.
, v. 39, p. 4149-4151, 2001.
LOWY, F.D.; HAMMER, S.M. Staphylococcus epidermidis infections.
Ann. Intern.
Med.
, v. 99, p. 834-839, 1983.
127
MacFADDIN, J.F.
Biochemical Tests for Identification of Medical Bacteria.
3
rd
.
ed. Philadelphia: Lawrence McGrew, Lippincott Williams & Wilkins, 2000. 901p.
MacFARLANE, E.L.A.; HANCOCK, R.E.W. Antibiotic resistance and survival in the
host. In: BROGDEM, K.A.; ROTH, J.A.; BOLIN, C.A.; STATON, T.B.; MIMON, F.C.
Virulence mechanisms of bacterial pathogens
. 3. ed. Washington, D.C.: ASM
Press, 2000. chapter. 6, p. 93-104.
MACK, D.; FISCHER, W.; KROKOTSCH, A.; LEOPOLD, K.; HARTMANN, R. EGGE,
H.; LAUFS, R. The intercellular adhesin involved in biofilm accumulation of
Staphylococcus epidermidis is a linear beta-1,6-linked glucosaminoglycan:
purification and structural analysis.
J. Bacteriol.
, v. 178, p. 175-183, 1996.
MACK, D.; RIEDEWALD, J.; ROHDE, H.; MAGNUS, T.; FEUCHT, H.H.; ELSNER,
H.A.; LAUFS, R.; RUPP, M.E. Essential functional role of the polysaccharide
intercellular adhesin of Staphylococcus epidermidis in hemagglutination.
Infect.
Immun.
, v. 67, p. 1004-1008, 1999.
MACK, D.; ROHDE, H.; DOBINSKY, S.; RIEDEWALD, J.; NEDELMANN, M.;
KNOBLOCH, J.K.M.; ELSNER, H.A.; FEUCHT, H.H. Identification of three essential
regulatory gene loci governing expression of Staphylococcus epidermidis
polysaccharide intercellular adhesin and biofilm formation.
Infect. Immun.
, v. 68, p.
3799-3807, 2000.
128
MACK, D.; SABOTTKE, A.; DOBINSKY, S.; ROHDE, H.; HORSTKOTTE, A.;
JOHANNES, K.; KNOBLOCH, M. Differential expression of methicillin resistance by
different biofilm-negative Staphylococcus epidermidis transposon mutant classes.
Antimicrob. Agentes Chemother.
, v. 46, p. 178-183, 2002.
MAKI, D.G. Infections caused by intravascular devices used for infusion therapy:
pathogenesis, prevention and management. In: BISNO, A.L.; WALDVOGEL, F.A.
Infection associated with indwelling medical devices.
2
nd
. ed. Washington: ASM
Press, 1994. p.155-212.
MARPLES, R.R.; RICHARDSON, J.F.; SANE, M.J. Four apparent outbreaks of
prosthetic valve endocardites caused by coagulase-negative staphylococci.
Zentrabl.
Bakteriol. Suppl.
, v. 14, p. 463-469, 1985.
MARTÍN, L.J.V.; ROTH, E.P.; MARTÍN, F.C.; GIL, O.D.; BATISTA, N.; MORALES,
M.; ÁLVAREZ, S.M. Detection of Staphylococcus aureus clinical isolates harboring
the ica gene cluster for biofilm establishment.
J. Clin. Microbiol.
, v. 40, p. 1569-
1570, 2002.
MARTINEAU, F.; PICARD, F.J.; KE, D.; PARADIS, S.; ROY, P.H.; OUELLETTE, M.;
BERGERON, M.G. Development of a PCR assay of identification of Staphylococcus
at genus and species levels.
J. Clin. Microbiol.
, v. 39, p. 2541-2547, 2001.
129
McALLISTER, T.A.; MOCAN, H.; MURPHY, A.V.; BEATTIE, T.J. Antibiotic
susceptibility of staphylococci from CAPD peritonitis in children.
J. Antimicrob.
Chemother.
, v. 19, p. 95-100, 1987.
McKENNEY, D.; HÜBNER, J.; MULLER, E.; WANG, Y.; GOLDMANN, D.A.; PIER,
G.B. The ica locus of Staphylococcus epidermidis encodes production of the capsular
polysaccharide/adhesin.
Infect. Immun.,
vol. 66, p. 4711-4720, 1998.
MENICHETTI, F. Current and emerging serious Gram-positive infections.
Clin.
Microbiol. Infect.
, v. 11, p. 22-28, 2005.
MERRIT, K.; GAIND, A.; ANDERSON, J.M.; Detection of bacterial adherence on
biomedical polymers.
Biomed. Mater Res.
, vol. 39, p. 415-422, 1997.
MERRITT, K.; HITCHINS, V.M.; BROWN, S.A. Safety and cleaning of medical
materials and devices.
J. Biomed Mater Res.
, v.53, p.131-136, 1999.
MINTO, E.C.M.; BARELLI, C.; MARTINEZ, R.; DARINI, A.L.C. Identification and
medical importance of coagulase-negative Staphylococci species.
Rev. Paul. Med.
,
v.4, p.175-178, 1999.
MOHAN, U.; JINDAL, N.; AGGARWAL, P. Species distribution and antibiotic
sensitivity pattern of coagulase negative staphylococci isolate from various clinical
specimens.
Indian J. Med. Microbiol.
, v. 20, p. 45-46, 2002.
130
MORALES, M.; MÉNDEZ-ALVAREZ, S.; MARTIN-LÓPEZ, J.V.; MARRERO, C.;
FREYTES, C.O. Biofilm: the microbial bunker” for intravascular catheter-related
infection.
Support care cancer
, v. 12, p. 701-707, 2004.
MULLER, E.; HÜBNER, J.; GUTIERREZ, N.; TAKEDA, S.; GOLDMANN, D.A.
Isolation and characterization of transposon mutants of Staphylococcus epidermidis
deficient in capsular polysaccharide/adhesin and slime.
Infect. Immun.
, v. 61, p.
551-558, 1993.
MURRAY, P.R.; BARON, E.J.; PFALLER, M.A.; TENOVER, F.C.; YOLKEN, R.H.
Manual of Clinical Microbiology
. 6. ed. Washington, D.C.: ASM Press. 1995.
1482p.
MURRAY, P.R.; BARON, E.J.; PFALLER, M.A.;TENOVER, F.C.; YOLKEN, R.H.
Manual of Clinical Microbiology
. 7. ed. Washington D.C.: ASM Press, 1999.
1.773p.
MURRAY, P.R.; BARON, E.J.; PFALLER, M.A.;TENOVER, F.C.; YOLKEN, R.H.
Manual of Clinical Microbiology
. 8. ed. Washington D.C.:ASM Press. 2003, v. 1,
1.211p.
MURRAY, P.R.; ROSENTHAL, K.S.; KOBAYASHI, G.S.; PFALLER, M.A.,
Microbiologia médica
. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ed., 2004. p. 163-
171.
National Committee for Clinical Laboratory Standards
. 2000. Performance
Standards for Antimicrobial Disk Susceptibility Test; 7
th
ed. NCCLS document M2-A7.
National Committee for Clinical Laboratory Standards, Wayne, Pa.
131
NILSDOTTER-AUGUSTINSSON, A.; CLAESSON, C.; LINDGREN, P.E.;
LUNDQVIST-GUSTAFSSON, H.; ÖHMAN, L. Adherence of Staphylococcus
epidermidis to extracellular matrix proteins and effects of fibrinogen-bound bacteria
on oxidase activity and apoptosis in neutrophils.
APMS
, v. 113, p. 361-373, 2005.
NOVICK, R.N.; MUIR, T.W. Virulence gene regulation by peptides in Staphylococcus
and other Gram-positive bacteria.
Current Opinion in Microbiol.
, v. 2, p. 40-45,
1999.
ODIO, C.; MCCRAKEN, H.; NELSON, J.D. CSF shunt infection in pediatries.
Ann. J.
Dis. Child.
, v. 38, p. 1103-1108, 1984.
OGARA, J.; HUMPHREYS, H. Staphylococcus epidermidis biofilms: importance and
implications.
J. Med. Microbiol.
, v. 50, p. 582-587, 2001.
OTTO, M. Virulence factors of the coagulase-negative staphylococci. Disponível em:
http://www.bioscience.org/2004/v9/af/1295/3.htm Acesso em 18 set. 2005.
OTTO, M.; GÖTZ, F. ABC transporters of staphylococci.
Res. Microbiol.
, v. 152, p.
351-356, 2001.
PARK, Y.J.; PARK, J.J.; LEE, S.O.; OH, E.J.; KIM, B.K. Low-resistance to
glycopeptides amongst staphylococcus species: surveillance in a university hospital
and evaluation of a vancomycin screening agar.
Diag. Microbiol. Infect. Dis.
, v. 4, p.
155-159, 2001.
132
PATOGÊNESE E VIRULÊNCIA. Disponível em: http://www.delphianos.com.br
Acesso em 19 jun. 2002.
PEACOCK, S.J.; LINA, G.; ETIENNE, J,; FOSTER, T.J. Staphylococcus schleiferi
expresses a fibronectin-binding protein.
Infect. Immun.
, v. 67, p. 4272-4275, 1999.
PETERS, G.; LOCCI, R.; PULVERER, G. Adherence and growth of coagulase-
negative staphylococci and surfaces of intravenous catheters.
J. Infect. Dis.
,
v. 146,
p. 479-482, 1982.
PETERS, G.; LOCCI, R.; PULVERER, G. Microbial colonization of prosthetic
devices: Scanning electron microscopy of naturally infected intravenous catheters.
Zentralbl. Bakteriol. Mikrobiol.
, v. 173, p. 293-299, 1981.
PETINAKI, E.; KONTOS, F.; MIRIAGOU, V.; MANIATI, M.; HATZI, F.; MANIATIS,
A.N. Survey of methicillin-resistant coagulase-negative staphylococci in the hospitals
of central Greece.
Int. J. Antimicrob. Agents
, v. 18, p. 61-65, 2001.
PIZZOLITTO, E. L.
Contribuição ao estudo
in vitro
da corrosão induzida por
microrganismos sobre liga metálica a base de cobre, de uso na Odontologia -
Modelo experimental com as cepas cariogênicas
Streptococcus
mutans
e
Streptococcus sobrinus
.
1997. 117f. Tese (Doutorado em Biotecnologia). Instituto
de Química, UNESP, Araraquara, 1997.
133
POLONIO, R.E.; MERMEL, L.A.; PAQUETTE, G.E.; SPERRY, J.F. Eradication of
biofilm-forming Staphylococcus epidermidis (RP62A) by a combination of sodium
salicylate and vancomycin.
Antimicrob. Agents. Chemother.
,. v. 45, p. 3262-3266,
2001.
PRINTZEN, G. Relevance, pathogenicity and virulence of microorganisms in implant
related infections.
Injury
, v. 27, p. 9-15, 1996.
QUINN, F.D.; NEWMAN, W.; KING, C.H. In search of virulence factors of human
bacterial disease.
Trends Microbiol.
,
v. 5, p. 20-26, 1997.
RAAD, I. Itravascular-catheter-related infections.
Lancet
, v. 21, p. 893-898, 1998.
RACHID, S.; OHLSEN, K.; WITTE, W.; HACKER, J.; ZIEBUHR, W. Effect of
subinhibitory antibiotic concentrations on polysaccharide intercellular adhesin
expression in biofilm-forming Staphylococcus epidermidis.
Antimicrob. Agents
Chemother.
,
v. 44, p. 3357-3363, 2000.
RUITER, J.H.; DEGENER, J.E.; VAN MERCHELENS, R.; BOS, R. Late purulent
pacemarker pocket infection caused by Staphylococcus epidermidis: serious
complication of in situ management.
PACE
, v. 8, p. 903-907, 1985.
RUOOF, K.L. Leuconostoc, Pediococcus, Stomatococcus and miscellaneous gram-
positive cocci that grow aerobically. In: MURRAY, P.R.; BARON, E.J.; PFALLER,
M.A.;TENOVER, F.C.; YOLKEN, R.H.
Manual of Clinical Microbiology
. 7
th
. ed.
Washington: ASM Press, 1999. 1.773p.
134
RUPP, M.E.; ARCHER, G.L. Coagulase-negative staphylococci pathogens
associated with medical progress.
Clin. Infect. Dis.
, v. 19, p. 231-243, 1994.
RUPP, M.E.; ARCHER, G.L. Hemagglutination and adherence to plastic by
Staphylococcus epidermidis.
Infect. Immun.
, v. 60, p. 4322-4327, 1992.
RUPP, M.E.; ULPHANI, J.S.; FEY, P.D.; BARTSCHT, K.; MACK, D..
Characterization of the importance of polysaccharide intercellular
adhesin/hemagglutinin of Staphylococcus epidermidis in the pathogenesis of
biomaterial-based infection in a mouse foreign body infection model.
Infect. Immun.
,
v. 67, p. 2627-2632, 1999a.
RUPP, M.E.; ULPHANI, J.S.; FEY, P.D.; MACK, D. Characterization of
Staphylococcus epidermidis polysaccharide intercellular adhesin/hemagglutinin in the
pathogenesis of intravascular catheter-associated infection in a rat model.
Infect.
Immun.
,. v. 67, p. 2656-2659, 1999b.
SADER, H.S.; GALES, A.C.; PFALLER, M.A.; MENDES, R.E.; ZOCOLLI, C. ;
BARTH, A. ;JONES, R.N. Pathogen frequency and resistance patterns in Brazilian
hospitals: summary of results from three years of the SENTRY Antimicrobial
Surveillance Program.
Braz. J. Infect. Dis.
, v. 5, p. 200-214, 2001.
SALYERS, A.A.; WHITT, D.D.
Bacterial pathogenesis a molecular approach.
2
nd
.
ed.
Washington: ASM Press, 1994. 418p.
135
SELAHATTIN, A.; SAFFET, E.; OZERDEM, A.N. Differential production of slime by
Staphylococcus saprophyticus under aerobic and anaerobic conditions.
J. Med.
Microbiol.
, v. 49, p. 1051-1052, 2000.
SCHAECHTER, M.; EISENSTEIN, B.I. Estabelecimento de doenças infecciosas. In:
SCHAECHTER, M.; ENGLEBERG, N.C.; EISENSTEIN, B.I.; MEDOFF, G.
Microbiologia mecanismo das doenças infecciosas.
3. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara-Koogan, 2002. p. 3-9.
SCHWANK, S., RAJACIC, Z.; ZIMMERLI, W.; BLASER, J. Impact of bacterial biofilm
formation on in vitro and in vivo activities of antibiotics.
Antimicrobiol. Agents
Chemother.
, v. 42, p. 895-898, 1998.
SHERETZ, R.J.; HOPFER, R.L.; ELTING, L.; JACKSON, J.A.; THOMANN, C.A.;
MATTERN, W.D. Infections associated with subclavian Uldall catheters.
Arch.
Intern. Med.
, v. 143, p. 52-56, 1983.
SHIRO, H.; MULLER, E.; GUTIERREZ, N.; BOISOT, S.; GROUT, M.; TOSTESON,
T.D.; GOLDMANN, D,; PIER, G.B. Transposon mutants of Staphylococcus
epidermidis deficient in elaboration of capsular polysaccahride/adhesin and slime are
avirulent in rabbit model of endocarditis.
J. Infect. Dis.
, v. 169, p. 1042-1049, 1994.
SIEVERT, D.M.; BOULTON, M.L.; STOLMAN, D.J.; STOBIERSK, M.G.; DOWNES,
F.P.; SOMSEL, P.A.; RUDRIK, J.T.; BROWN, W.; HAFEEZ, W.; LUNDSTROM, T.;
136
FLANAGAN, E.; JOHNSON, R.; MITCHELL, J. Staphylococcus aureus resistant to
vancomycin-United States 2002.
Morb. Mortal. Wkly. Rep.
, p. 565-567, 2002.
SILVA, G.D.I.; KANTZANOU, M.; JUSTICE, A.; MASSEY, R.C.; WILKISON, A.R;
DAY, N.P.J.; PEACOCK, S.J. The ica operon biofilm production in coagulase-
negative Staphylococci associated with carriage and disease in neonatal intensive
care unit.
J. Clin. Microbiol.
, v. 40, p. 382-388, 2002.
STEPANOVIC, S.; VUKOVIC, D.; DAKIC, I.; SAVIC, B.; VLAHOVIC, M.S. A modified
microtiter-plate test for quantification of staphylococcal biofilm formation.
J.
Microbiol. Meth.
, v. 40, p. 175-179, 2000.
STEWART, P.S.; COSTERTON, J.W. Antibiotic resistance of bacteria in biofilms.
Lancet
, v. 358, p. 135-138, 2001.
VANDESCATEELE, S.J.; PEETERMANS, W.E.; MERCKX, R.R.; RIJNDERS, B.J.A.;
ELDERE, J.V. Realibity of the ica, aap and atlE genes in the discrimination between
invasive, colonizing and contaminant Staphylococcus epidermidis isolates in the
diagnosis of catheter-related infections.
Clin. Microbiol. Infect.
, v. 9, p. 114-119,
2003.
VAUDAUX, P.E.; LEW, D.P.; WALDVOGEL, F.A. Host factors predisposing to and
influencing therapy of foreing body infections. In: BISNO, A.L.; WALDVOGEL, F.A.
Infections associated with indwelling medical devices.
2
nd
. ed. Washington.:
ASM Press, 1994, p.1-30.
137
von EIFF, C.; HEILMANN, C.; PETERS, G. New aspects in the molecular basis of
polymer-associated infections due to staphylococci.
Clin. Microbiol. Infect.
,
v. 18, p.
843-846, 1999.
von EIFF, C.; HEILMANN, C.; PETERS, G. S. epidermidis: why is it so successful?
Clin. Microbiol. Infect.
,
v. 4, p. 297-300, 1998.
von EIFF, C.; PETERS, G. HEILMANN, C. Pathogenesis of infections due to
coagulase-negative staphylococci.
Lancet Infect. Dis.
, v. 2, p. 677-685, 2002.
von EIFF, C.; PROCTOR, R.A.; PETERS, G. Coagulase-negative staphylococci.
Postgraduate Medicine
, v. 110, p. 1-9, 2001.
VOGEL, L.; SLOOS, J.H.; SPAARGAREN, J.; SUIKER, I.; DIJKSHOORN, L. Biofilm
production by Staphylococcus epidermidis isolates associated with catheter related
bacteremia.
Diag. Microbiol. Infect. Dis.
, v. 36, p. 139-141, 1999.
VUONG, C; GERKE, C.; SOMERVILLE, G.A.; FISCJER, E.R.; OTTO, M. Quorum-
sensing control of biofilm factors in Staphylococcus epidermidis.
J. Infect. Dis.
, v.
188, p. 706-718, 2003.
VUONG, C.; OTTO, M. Staphylococcus epidermidis infections.
Microb. Infect.
,. v. 4,
p. 481-489, 2002.
138
VUONG, C.; VOIYCH, J.M.; FISCHER, E.R.; BRAUGHTON, K.R.; WHITNEY, A.R.;
DE LEO, F.R.; OTTO, M. Polysaccharide intercellular adhesin (PIA) protects
Staphylococcus epidermidis against major components of the human innate immune
system.
Cel. Microbiol.
, v. 6, p. 269-275, 2004.
WEST, T.E.; WALSHE, J.J.; KROL, C.P.; AMSTERDAN, D. Staphylococcus
peritonitis in patients on continuous peritoneal dialysis.
J. Clin. Microbiol.
, v. 23, p.
809-812, 1986
WILKS, D.; SISSONS, J.G.P. Infection. In: TOMLINSON, S.; HEARGERTY;
WEETMAN, A.P.
Mechanisms of disease: an introduction to clinical science.
1.
ed. United Kingdom: Cambridge University Press, 1977. p. 160-201.
WILLIANS, D.F. Introduction: Implantable materials and infection.
Injury
, v. 27, p. 1-
4, 1996.
YASSIEN, M.; KHARDORI, N. Interaction between biofilms formed by
Staphylococcus epidermidis and quinolones.
Diag. Microbiol. Infect. Dis.
, v. 40, p.
79-89, 2001.
ZANON, U.; MARANGONI, D.V. Complicações infecciosas hospitalares. In:
SCHECHTER, M.; MARANGONI, D.V.
Doenças Infecciosas: Conduta
Diagnóstica
. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan. 1998. p. 96-110.
139
ZHANG, X.; BISHOP, P.L.; KUPFERLE, M.J. Measurement of polysaccharides and
proteins in biofilm extracellular polymers.
Wat. Sci. Tech.
, v. 37, p. 345-348, 1998.
ZIEBUHR, W.; DIETRICH, K.; TRAUTMANN, M.; WILHELM, M. Chromosomal
rearrangements affecting biofilm production and antibiotic resistance in a
Staphylococcus epidermidis strain causing shunt-associated ventriculitis.
Int. J. Med.
Microbiol.
, v. 290, p. 115-120, 2000.
ZIEBUHR, W.; HEILMANN, C.; GOTZ, F.; MEYER, P.; WIMS, K.; STRAUBE, E.;
HACKER, J. Detection of the intercellular adhesion gene cluster (ica) and phase
variation in S. epidermidis blood culture strain and mucosal isolates.
Infect. Immun.
,
v. 65, p. 890-896, 1997.
ZIEBUHR, W.; KRIMMER, V.; RACHID, S.; LÖBNER, I.; GÖTZ, F.; HACKER, J.A
Novel mechanism of phase variation of virulence in Staphylococcus epidermidis:
evidence for control of the polysaccharide intercellular adhesin synthesis by
alternating insertion and excision of the insertion sequence element IS256.
Mol.
Microbiol.
, v. 32, p. 345-356, 1999.
140
8 – APÊNDICE
8.1 – ANDICE A
: Formulação dos meios de cultura utilizados no trabalho.
Ágar Base-Sangue (MERCK)
Substrato nutritivo...............................................................................................20,0g
Cloreto de sódio...................................................................................................5,0g
Ágar...................................................................................................................15,0g
Água destilada...............................................................................................1000,0mL
pH 6,8
±
0,2 a 25°C
Ágar Mueller-Hinton (MERCK)
Infusão de carne bovina...........................................................................................2,0g
Hidrolisado de caseína..........................................................................................17,5g
Amido......................................................................................................................1,5g
Ágar......................................................................................................................17,0g
Água destilada.................................................................................................1000,0mL
pH 7,3
±
0,2 a 25°C
Ágar de Cérebro-Coração (MERCK)
Extrato de cérebro-coração e peptona...............................................................27,5g
D (+) glicose.........................................................................................................2,0g
Cloreto de sódio...................................................................................................5,0g
Hidrogenofosfato di-sódico..................................................................................2,5g
Ágar...................................................................................................................15,0g
Água destilada..............................................................................................1000,0mL
pH 7,3
±
0,2 a 25°C
141
Ágar Vermelho Congo (Freeman
et al.
, 1989)
Ágar de cerebro-coração-BHI (MERCK)..........................................................37,0g
Sacarose (MERCK)..........................................................................................50,0g
Corante vermelho Congo (VETEC)...................................................................0,8g
Água destilada............................................................................................1000,0mL
pH 7,3 ± 0,2 a 25°C
Ao meio esterilizado e resfriado a 55°C foi acrescentando assepticamente
solução aquosa do corante vermelho Congo e sacarose.
Ágar Vermelho de Fenol (utilização de carboidratos) (DIFCO)
Extrato de carne...............................................................................................1,0g
Peptona proteose Nº 3...................................................................................10,0g
Cloreto de Sódio..............................................................................................5,0g
Vermelho de fenol...........................................................................................0,018g
Ágar1..............................................................................................................5,0g
Água destilada.........................................................................................1000,0mL
pH final 6.8 ±0.2 a 25°C
Infusão de Cérebro-Coração (BHI) (MERCK)
Extrato de cérebro-coração e peptona..........................................................27,5g
D (+) glicose....................................................................................................2,0g
Cloreto de sódio..............................................................................................5,0g
Hidrogenofosfato di-sódico.............................................................................2,5g
Água destilada..........................................................................................1000,0mL
pH 7,3 ± 0,2 a 25°C
142
Caldo Triptona Soja (TSB) (DIFCO)
Triptona..........................................................................................................17,0g
Soitona............................................................................................................3,0g
Dextrose..........................................................................................................2,5g
Cloreto de sódio..............................................................................................5,0g
Fosfato di-potássico........................................................................................2,5g
Água destilada..........................................................................................1000,0mL
pH 7,3 ± 0,2 a 25°C
Caldo Mueller-Hinton (DIFCO)
Infusão de carne bovina...............................................................................300,0g
Ácido de casamino técnico............................................................................17,5g
Amido..............................................................................................................1,5g
Água destilada..........................................................................................1000,0mL
pH 7,3
±
0,2 a 25°C
143
8.2 – ANDICE B
: Formulação das soluções utilizadas na pesquisa.
Tampão Fosfato 0,2M (pH 7,1)
Solução A
.......................................................................................................33,00mL
Solução B
.......................................................................................................67,00mL
a) Solução A
Fosfato monossódico 1-hidratado (MERCK).......................................................2,76g
Água destilada.................................................................................................100,0mL
b) Solução B
Fosfato dissódico 12-hidratado (MERCK)............................................................7,17g
Água destilada..........................................qsp..................................................100,0mL
Tampão Fosfato 0,1M (pH 7,1)
Tampão fosfato 0,2M (pH 7,1)..........................................................................50,00mL
Água destilada..................................................................................................50,00mL
Solução Tampão Fosfato 0,1M (pH 7,1) Glutaraldeído a 2,5%
Tampaõ fosfato 0,1M (pH 7,1)..........................................................................48,50mL
Glutaraldeído 50% solução aquosa (FLUKA)....................................................2,50mL
Solução de etanol a 15%
Álcool elico absoluto P.A. (MERCK)..............................................................15,00mL
Água destilada..................................................................................................85,00mL
144
Solução de etanol a 30%
Álcool elico absoluto P.A. (MERCK)...............................................................30,00mL
Água destilada..................................................................................................70,00mL
Solução de etanol a 50%
Álcool elico absoluto P.A. (MERCK)...............................................................50,00mL
Água destilada..................................................................................................50,00mL
Solução de etanol a 70%
Álcool etílico absoluto P.A. (MERCK)...............................................................70,00mL
Água destilada..................................................................................................30,00mL
Solução de etanol a 95%
Álcool etílico absoluto P.A. (MERCK)...............................................................95,00mL
Água destilada....................................................................................................5,00mL
Salina fisiológica a 0,85%
Cloreto de sódio
...............................................................................................0,85g
Água destilada
...........................................................................................100,00mL
Solução de lizosima
Lizosima.............................................................................................................
4mg/mL
Glicose...............................................................................................................
50mM
Na
2
EDTA...........................................................................................................
10mM
Trizma base.......................................................................................................
25mM
145
Os componentes são preparados separadamente, 10 vezes concentrados, em
soluços estoque. No momento do uso, as soluções são diluídas em água Mili Q, a
fim de se atingir a concentração desejada. As soluções de trizma base e Na
2
EDTA
são autoclavadas a 121°C durante 15 minutos, e a solução de glicose, esterilizada
por filtração em membrana filtrante, com poros de 0,22
µ
m de diâmetro.
Tampão Tris-EDTA pH-8,0(TE)
Trisma base..........................................................................................................
10mM
Na
2
EDTA .............................................................................................................
1mM
A solução é preparada após adição de dissolução a quente do Na
2
EDTA em
água Mili Q,, posteriormente acrescenta-se o trizma base e o pH ajustado a 8,0 com
ácido clorídrico.
Mistura corante
Ficol...................................................................................................................
15,00%
Xileno cianol......................................................................................................
0,25%
Azul de bromofenol...........................................................................................
0,25%
Solução de brometo de etídio 5mg/mL
O brometo de etídio é preparado em tampão tris-HCl 50mM, pH 8,5; a solução
é armazenada em frasco escuro e diluída com TEB a uma concentração final de
0,4µg/mL.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo