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Vários outros autores evidenciam a importância dos movimentos mandibulares,
pois estes representam a capacidade funcional do sistema estomatognático, servindo
como parâmetro na avaliação da disfunção mandibular (VANDERAS, 1992).
Yamamoto (1992); Uono et al. (1993), entre outros, afirmam que as reduções
nos limites dos movimentos pode ser sinal de disfunção, sendo que a capacidade de
abertura bucal é um dos fatores indicativos dessas alterações.
Sheppard & Sheppard
(1965) obtiveram a amplitude de 42,4mm para 14 crianças
de 3 a 5 anos e o de 46,2 mm para as de 6 a 10 anos de idade. Agerberg (1974)
verificou um valor de medida de 44,8mm em crianças de 6 anos de idade. De Vis et al.
(1984) observaram que a maioria das crianças de 3 a 6 anos de idade que examinaram
apresentaram a amplitudes de abertura bucal entre 35 e 45 mm, enquanto Bernal &
Tsamtsouris (1986) obtiveram um valor de desvio padrão de (46± 4,6) mm.
Rothenberg
(1991) obteve respectivamente os seguintes valores médios: 37,5 mm
para crianças de 4 anos de idade, 42,1 mm para as de 5 anos e 41,8mm nas de 6 anos.
Nos outros trabalhos, em faixas etárias maiores e em adultos, os valores foram sempre
mais altos do que os citados, verificando-se que, a partir dos 6 anos de idade, os
valores vão se tornando significativamente maiores, sendo que poderíamos aludir esse
fato aos achados de (HAITER & NETO, 2002), o qual verificou que a altura condilar
acima do plano oclusal pode ser um fator de influência na abertura mandibular.
Quanto ao sexo, de acordo com a literatura e com os resultados, verifica-se que,
em crianças menores de 6 anos, não há diferença entre masculino e feminino;
(KONOMEN et al., 1987). Já, Szentpétery (1993), ao examinar adultos, verificou
diferenças significativas na capacidade de abertura bucal máxima entre o sexo
feminino e o sexo masculino.
Ingervall
(1970) encontrou o valor protrusivo máximo, em média, de 9-10 mm,
porém, em crianças de 10 anos de idade. Agerberg
(1974) obteve, para crianças de 6
anos, o valor de 8 mm e Konomen et al.(1987) encontraram valores mais altos (10,7
mm) em crianças de 10 a 16 anos de idade. Verificando a extensão máxima do
movimento protrusivo em adultos, Yamamoto; Luz(1992) encontraram um valor
médio de 9,0mm, utilizando a régua milimetrada. Quanto às crianças que
apresentavam ou não sinais clínicos de disfunção temporomandibular, Vanderas