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Nas arqueobactérias, como Methanococcus vannielii, também é
encontrado a selenoproteína Formato Desidrogenase, capaz de decompor o
ácido fórmico a dióxido de carbono e metano, através da fermentação
anaeróbica. Entretanto nesses organismos uma forma alternativa de Formato
Desidrogenase, sem selenocisteínas incorporadas ao longo da cadeia
polipeptídica, também foi verificada, possibilitando a sobrevivência em meios
contendo ou não selênio (Jones and Stadtman, 1981).
Em eucariotos a presença de selenoproteínas é essencial para o
desenvolvimento, como demonstrado que a falta do gene selC resulta na morte
embrionária (Hatfield and Gladyshev, 2002). A seguir serão citadas três das
principais selenoproteínas encontradas em humanos.
A primeira selenoproteína identificada foi a Glutationa Peroxidase (GPx),
que catalisa a oxidação de glutationas reduzidas e permite a redução do
peróxido de hidrogênio à água, prevenindo a peroxidação lipídica e danos
celulares (Lyn Patrick, 2004). São encontradas pelo menos cinco formas de
Glutationa Peroxidase, localizadas em tecidos específicos em humanos como:
GPx clássico, encontrado apenas no citosol celular; GPx gastrintestinal,
encontrado no fígado e no trato gastrintestinal, GPx plasma, encontrado no
plasma e na tireóide; Hidroperóxido Fosfolipídico Glutationa Peroxidase
(PHGPx), encontrada em membranas celulares e as GPx de núcleos
espermáticos, localizadas no núcleo de espermatozóides (Lyn Patrick, 2004).
Selenoproteína P, encontrada em sua grande maioria na circulação
sanguínea atuando também como uma enzima antioxidante e transportadora
de selênio visto da grande quantidade de selenocisteínas incorporados em sua
seqüência polipeptídica (Rother et. al., 2001; Lyn Patrick, 2004).
Tireodoxina Redutase (TR), uma proteína com função enzimática capaz
de degradar peróxidos e hidroperóxidos no exterior de membranas celulares e
responsáveis por danos no DNA, morte celular e atrofia dos tecidos, também
são atuantes na regulagem de vitaminas com C e K3 (Lyn Patrick, 2004). As
TR são expressas em todos os tecidos eucarióticos, sendo sua inibição letal
(Hatfield and Gladyshev, 2002).
A função da maioria das selenoproteínas ainda não é conhecida, sendo