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INÊS ALESSANDRA XAVIER LIMA
ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES POSTURAIS EM
ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE
FLORIANÓPOLIS / SC
FLORIANÓPOLIS
2006
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INÊS ALESSANDRA XAVIER LIMA
ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES POSTURAIS EM
ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE
FLORIANÓPOLIS / SC
Dissertação Apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em
Educação Física da Universidade
Federal de Santa Catarina como
Requisito para a Obtenção do Título
de Mestre em Educação Física
Orientador Prof. Dr. Antônio Renato Pereira Moro
FLORIANÓPOLIS
2006
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AGRADECIMENTOS
À Deus, inteligência suprema e causa primária de todas as coisas,
soberanamente justo e bom, que se revela tanto nas mais pequeninas coisas
quanto nas maiores, agradeço por estar sempre comigo e por sempre ter
alguma forma de mostrar o caminho...
Aos meus queridos pais, Edgard e Sony, pelo amor irrestrito e pelo apoio e
dedicação constante durante toda a minha vida, garantindo para mim e meus
irmãos o ambiente familiar exemplar para que nos tornássemos indivíduos
preparados para a vida e para a convivência com os outros, sempre
incentivando-nos em nossas buscas - vocês são maravilhosos!
Ao meu esposo, Ramon, razão da minha vida, pelo amor, companheirismo,
incentivo e apoio incondicionais sempre e pela paciência e compreensão nos
dois últimos anos conseguimos! Esta vitória é nossa!
Aos meus irmãos, Fernanda e Jason, e suas famílias, pelo amor e incentivo
constantes e pela compreensão diante de minha ausência neste período.
Ao meu orientador, prof. Dr. Antonio Renato Pereira Moro, exemplo de
profissional comprometido e ser humano desprendido, pelo otimismo, paciência
e incentivo e por compartilhar seu conhecimento, amizade e boas risadas.
Agradeço também à sua esposa, Glória, e à sua filha, Gabriela, por entenderem
a ausência do marido e pai nas horas de orientação e pela paciência em
compartilhar de horas de convívio, mesmo nos momentos de folga...
Aos amigos: Luci, chefe 1, pela amizade, força e confiança; Alexandre, chefe
2, pelo companheirismo e incentivo - sem vocês, como eu daria conta?;
Jaqueline, só nós sabemos o que foram as últimas semanas (risos); professores
do curso de Fisioterapia da UNISUL (Tubarão e Pedra Branca) - meus
parceiros, valeu pela força; Wagner, agora é com você!
Aos meus alunos, pelas oportunidades de aprendizado constante durante nossa
convivência - vocês também são responsáveis pela minha sede de
conhecimento...
Ao pessoal do laboratório de Biomecânica, em especial ao Matheus (calouro!),
pela força na coleta de dados... Aos meus colegas de mestrado, pelas
conversas e trocas de experiência - eu aprendi muito com vocês...
Àqueles que engradeceram este trabalho com sua disponibilidade e participação
ativa, sem os quais não teria sido possível a realização do estudo - direção das
escolas, professores, funcionários, pais e crianças.
Enfim, à todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para
concretização de mais esta etapa de minha vida.
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RESUMO
LIMA, Inês Alessandra Xavier. Estudo da prevalência de alterações posturais
em escolares do ensino fundamental do município de Florianópolis / SC.
2006. 148f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) Programa de Pós-
Graduação em Educação Física, UFSC, Florianópolis.
Este estudo, do tipo descritivo-exploratório de corte transversal, objetivou
investigar a prevalência de alterações posturais em escolares de 7 a 10 anos de
idade, matriculados no ensino fundamental da rede municipal de
Florianópolis/SC e, mais especificamente, estimar o índice de correção postural
(ICP), traçar o perfil postural dos escolares, identificar o tipo de alteração
postural prevalente, comparar os resultados referentes à análise postural
encontrados entre os gêneros e faixas etárias e relacionar o ICP com a faixa
etária, gênero e índice de massa corporal (IMC) dos escolares. Foram
analisadas 256 crianças, utilizando o método de avaliação postural da Portland
State University (PSU) com o auxílio de imagens fotográficas e de um software
gráfico. Na avaliação observou-se os segmentos cabeça, ombros, coluna,
tronco, tórax, abdômen, quadril, joelhos, pés e impressão plantar de cada
indivíduo na vista lateral e na vista posterior. Os dados foram tratados
empregando-se a estatística descritiva, o teste de Wilcoxon para amostras
independentes e o coeficiente de correlação de Spearman (com nível de
significância de p<0,05). Nos escolares em geral, na vista lateral, houve uma
prevalência de alterações acentuadas nos segmentos da cabeça, ombro e
lombar. Já na vista posterior, em ambos os gêneros houve uma prevalência de
alterações acentuadas no segmento dos joelhos. Comparando os escolares de
ambos os gêneros na vista lateral, observou-se que as meninas apresentaram
significativamente maior prevalência de alterações de cabeça do que os
meninos e que os meninos apresentaram uma prevalência significativamente
maior do que as meninas no caso dos joelhos. Na vista posterior, as meninas
apresentaram uma prevalência significativamente maior do que os meninos
tanto no que se refere à cabeça quanto aos ombros. As alterações posturais
apresentaram-se em todas as idades com índices variados, o mesmo
acontecendo com o IMC. Conclui-se que os meninos tendenciam a apresentar
uma melhor postura corporal do que as meninas.
Palavras-chave: Postura. Avaliação postural. Escolares.
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ABSTRACT
LIMA, Inês Alessandra Xavier. Study of postural alternation prevalence in
scholars of middle school from the district of Florianópolis. 2006. 148f.
Dissertação (Mestrado em Educação Física) Programa de Pós-Graduação em
Educação Física, UFSC, Florianópolis.
This descriptive-exploratory traverse cut type of research objected to investigate
the postural alterations prevalence in scholars from 7 to 10 years old, enrolled in
middle school from the public system of Florianópolis/SC and, more specifically,
to estimate the index of postural correction (IPC), to identify the scholars'
postural profile, to identify the postural alteration prevalence type, to compare the
results regarding the postural analysis found between the genders and age
groups and to relate IPC with age group, gender and body mass index (BMI) of
the scholars. It was analyzed 256 children using the method of postural
evaluation from Portland State University (PSU) with the help of photographic
images and a graphic software. For the evaluation it was observed the segments
from head, shoulders, column, trunk, thorax, abdomen, hip, knees, feet and plant
impression of each individual from lateral and dorsal view. The data were
statically treated by using the descriptive statistics, the Wilcoxon test for
independent samples and the correlation coefficient of Spearman (with
significant level of p<0,05). The scholars, in general, from the lateral view,
presented a prevalence of accentuated alterations in the head, shoulder and
lumbar segments. Thus from the dorsal view, in both genders there was a
alternation prevalence accentuated in the knees segment. Comparing the
scholars from both genders by the lateral view, it was observed that girls
presented a significant larger alternation prevalence on the head than the boys
and boys presented a significant larger prevalence on the knees compared with
the girls. In the dorsal view, the girls presented a significant larger prevalence on
the head and shoulders than boys. The postural alterations was presented in all
age groups with varied indexes and BMI. Therefore, this study indicates that
boys tend to present a better corporal posture than the girls.
Key-words: Posture. Posture assessment. Scholars.
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LISTA DE EQUAÇÕES
Equação 1: Fórmula para o cálculo do Índice de Correção Postural (ICP) .............53
Equação 2: Fórmula para estabelecer o tamanho da amostra.................................73
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Listagem dos segmentos corporais avaliados no plano frontal,
vista posterior e no plano sagital, vista lateral, e seus respectivos números
de referência .............................................................................................................52
Quadro 2: Vantagens e limitações do método PSU .................................................55
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Ilustração que simula a projeção da linha de gravidade através
das estruturas corporais para efeito de alinhamento postural no plano sagital
[A] e frontal [B], respectivamente...............................................................................27
Figura 2: Ilustração que apresenta as estruturas de referência para a
passagem da linha de gravidade para efeito de alinhamento postural no
plano sagital..........................................................................................................28
Figura 3: Ilustração que apresenta as estruturas de referência para a
passagem da linha de gravidade para efeito de alinhamento postural no
plano frontal..........................................................................................................29
Figura 4: Ilustração apresentando a projeção do quadrilátero de
sustentação ...............................................................................................................30
Figura 5: Alinhamento postural na postura bípede, plano frontal, vista
anterior ......................................................................................................................31
Figura 6: Desenvolvimento postural conforme a faixa etária....................................32
Figura 7: Ilustração simulando alterações posturais no plano sagital, vista
lateral esquerda. Indivíduo sem alterações [A]; hiperlordose cervical e
lombar [B]; dorso curvo (protração de cabeça, protração escapular e
hipercifose torácica) [C]; retificação dorsal [D]; retificação cervical, dorsal e
lombar [E]..................................................................................................................40
Figura 8: Ilustração apresentado exame radiográfico de indivíduo com
escoliose ...................................................................................................................41
Figura 9: Ilustração apresentado indivíduo com joelhos varos [A] e joelhos
valgos [B]...................................................................................................................42
Figura 10: Ilustração apresentado indivíduo com joelhos em flexão [A] e
hiperextendidos [B]....................................................................................................42
Figura 11: Ilustração apresentado indivíduo com pé plano ......................................43
Figura 12: Ilustração apresentado indivíduo com pé cavo........................................43
Figura 13: Ilustração simulando o posicionamento do fio de prumo ao lado
do sujeito avaliado.....................................................................................................53
Figura 14:
Fluxograma da pesquisa .........................................................................67
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Figura 15: Localização do município de Florianópolis no mapa político
brasileiro....................................................................................................................68
Figura 16: Município de Florianópolis dividido por distritos ......................................69
Figura 17: Instrumento utilizado para aquisição da imagem fotográfica da
impressão plantar, conhecido como podoscópio.......................................................76
Figura 18: Plataforma para avaliação da postura vertical.........................................77
Figura 19: Fluxograma dos procedimentos metodológicos para a coleta de
dados.........................................................................................................................78
Figura 20: Imagem fotográfica de sujeito da amostra no plano frontal (vista
posterior) [A], no plano sagital (vista lateral) [B]........................................................82
Figura 21: Imagem fotográfica da impressão plantar de sujeito da amostra
conseguida com a utilização do podoscópio .............................................................82
Figura 22: Foto ilustrando a disposição da instrumentação utilizada no
estudo para a aquisição das imagens fotográficas no ambiente escolar
durante a coleta de dados.........................................................................................83
Figura 23: Fotos ilustrando a disposição da grade de sobreposição utilizada
como referência para a análise postural no plano sagital [A] e no plano
frontal {B]...................................................................................................................85
Figura 24: Gráfico da distribuição de freqüência dos índices segmentares
de correção postural obtidos na amostra de 256 escolares ......................................91
Figura 25: Gráfico da distribuição de freqüência do ICP obtido na amostra
de 256 escolares.......................................................................................................92
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Número de alunos matriculados por série em escolas básicas da
rede municipal de ensino de Florianópolis/SC e percentual correspondente
(1ª a 4ª série).............................................................................................................71
Tabela 2: Unidade amostral e procedimento de seleção da amostra por
estágio.......................................................................................................................71
Tabela 3: Área distrital, bairros selecionados e suas respectivas escolas
(com seus números de identificação) ........................................................................73
Tabela 4: Distribuição da freqüência na amostra por gênero, escola e idade
(n=256)......................................................................................................................74
Tabela 5: Valores correspondentes à média, mínimo, máximo e desvio-
padrão referentes aos valores do ICP e índices segmentares de correção
postural encontrados na amostra total (n=256).........................................................91
Tabela 6: Valores de freqüência e percentual do ICP (normais e não-
normais) na amostra, conforme faixa etária e gênero ...............................................94
Tabela 7: Distribuição da freqüência e percentual por intervalo referentes
aos Índices de Correção Postural, conforme faixa etária e gênero,
encontrados na amostra (n=256) ..............................................................................95
Tabela 8: Distribuição da freqüência e percentual referentes aos valores do
escore da avaliação postural na vista lateral, realizada com o método PSU,
encontrados nos 106 escolares do gênero masculino da amostra............................97
Tabela 9: Distribuição da freqüência e percentual referentes aos valores do
escore da avaliação postural na vista lateral pelo método PSU, encontrados
nas 150 escolares do gênero feminino da amostra...................................................98
Tabela 10: Distribuição da freqüência e percentual referentes aos valores do
escore da avaliação postural na vista posterior, realizada com o método
PSU, encontrados nos 106 escolares do gênero masculino da amostra ..................99
Tabela 11: Distribuição da freqüência e percentual referentes aos valores do
escore da avaliação postural na vista posterior pelo método PSU,
encontrados nas 150 escolares do gênero feminino da amostra ............................100
Tabela 12: Resultados da comparação entre os escolares, por gênero, com
uma análise de freqüência das alterações posturais na vista lateral através
do teste de Wilcoxon para amostras independentes...............................................105
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Tabela 13: Resultados da comparação entre os escolares, por gênero, com
uma análise de freqüência das alterações posturais na vista posterior
através do teste de Wilcoxon para amostras independentes ..................................106
Tabela 14: Distribuição da freqüência na amostra do estudo-piloto, por
gênero, escola e idade (n=45).................................................................................138
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................16
1.1 O problema e sua importância .........................................................................16
1.2 Objetivos ............................................................................................................21
1.2.1 Objetivo geral ...................................................................................................21
1.2.2 Objetivos específicos........................................................................................21
1.3 Hipóteses ...........................................................................................................21
1.3.1 Hipótese nula (H
0
) ............................................................................................21
1.3.2 Hipóteses alternativa (H
1
).................................................................................22
2 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................23
2.1 Postura corporal................................................................................................23
2.2 Alinhamento postural........................................................................................26
2.3 Desenvolvimento da postura corporal ............................................................32
2.3.1 Desenvolvimento da postura corporal na criança.............................................32
2.4 Desalinhamento postural..................................................................................35
2.4.1 Alterações posturais .........................................................................................36
2.4.2 Alteração postural em escolares ......................................................................44
2.5 Avaliação postural.............................................................................................47
2.5.1 Método de análise postural da Portland State University / PSU.......................50
2.5.2 Fotogrametria ...................................................................................................56
2.6 Programas de detecção precoce de alterações posturais (Screening
ou triagem escolar) .................................................................................................56
2.7 Postura corporal nos programas de Educação Física Escolar.....................61
3 MÉTODO................................................................................................................65
3.1 Caracterização do estudo.................................................................................65
3.2 População e amostra.........................................................................................68
3.2.1 Seleção da amostragem...................................................................................69
3.2.2 Tamanho da amostra........................................................................................73
3.2.3 Critérios de exclusão ........................................................................................75
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3.3 Variáveis do estudo...........................................................................................75
3.3.1 Características Posturais..................................................................................75
3.3.2 Características Morfológicas ............................................................................75
3.4 Instrumentos utilizados para a coleta de dados.............................................76
3.5 Procedimentos utilizados para a coleta de dados..........................................79
3.5.1 Procedimentos preliminares.............................................................................80
3.5.2 Procedimentos para a coleta de dados ............................................................81
3.5.3 Procedimentos para obtenção dos resultados..................................................85
3.6 Tratamento dos dados ......................................................................................87
3.7 Controle de erros...............................................................................................88
3.8 Limitações do estudo........................................................................................88
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS....................................................90
4.1 Caracterização e comparação do grupo avaliado ..........................................90
4.1.1 Índice de Correção Postural (ICP)....................................................................90
4.1.2 Análise postural ................................................................................................97
4.2 Relação entre a variável ICP e as variáveis gênero e faixa etária ...............109
5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES..........................................................................111
REFERÊNCIAS.......................................................................................................114
APÊNDICES............................................................................................................127
APÊNDICE A Declaração de autorização para coleta de dados elaborado
pela Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis ........................................128
APÊNDICE B Carta de apresentação elaborada pela SME de
Florianópolis ............................................................................................................129
APÊNDICE C Carta-convite para participação dos escolares na amostra
enviada aos pais......................................................................................................132
APÊNDICE D Termo de Consentimento Livre e Esclarecido...............................134
APÊNDICE E Estudo-piloto..................................................................................137
APÊNDICE F Ficha para o registro dos dados antropométricos..........................140
ANEXOS .................................................................................................................142
ANEXO I Método de avaliação postural da Portland State University (PSU)
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Plano frontal - Vista posterior/dorsal e vista lateral/perfil.........................................143
ANEXO II Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com seres
humanos da Universidade Federal de Santa Catarina (CEP/UFSC).......................146
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1 INTRODUÇÃO
1.1 O problema e sua importância
O estudo biomecânico da postura humana tem sido tema freqüente de
pesquisa, uma vez que desvios funcionais e/ou estruturais da mesma podem
causar desequilíbrios corporais, os quais poderão gerar mecanismos
compensatórios que originem alterações e efeitos deletérios em estruturas e
funções orgânicas.
A infância e a adolescência representam dois períodos da vida do ser
humano em que ele se depara com inúmeras descobertas a respeito do mundo
e a respeito de si próprio. Detsch e Candotti (2001) colocam que, em relação à
postura corporal também existem mudanças, assim como acontece com a
estatura e o peso corporal, sendo que estas mudanças o influenciadas pelas
vivências corporais experimentadas por cada indivíduo nas diferentes fases da
vida.
Estudos comprovam que existe uma grande variação fisiológica na
postura e na mobilidade da coluna durante o crescimento e que o período do
estirão do crescimento na adolescência está correlacionado com o
desenvolvimento e acentuação de desvios posturais (BRACCIALLI; VILLARTA,
2000). A quase totalidade dos problemas posturais tem sua origem na infância,
uma vez que as crianças encontram-se em período de acomodação das
estruturas anatômicas de seus corpos. Na faixa etária dos 7 aos 12 anos de
idade, começam a surgir adaptações funcionais, conseqüentes do
desenvolvimento corporal, emocional e de atividades, podendo levar aos
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desvios de coluna vertebral, uma vez que a mobilidade é extrema e a postura se
adapta às atividades desenvolvidas. As principais alterações posturais
originadas nesta etapa do desenvolvimento humano são aquelas relacionadas
com a coluna vertebral, causadas por traumatismos, fatores emocionais, sócio-
culturais e de ordem hereditária (PINTO; LÓPES, 2001) e, aos poucos, estas
alterações se integram ao modo de agir das pessoas, sendo inevitável, com o
decorrer do tempo, que as conseqüências surjam (PEREZ, 2002).
Entretanto, a maioria dos desvios posturais na criança em
crescimento é classificada como desvio de desenvolvimento e, quando os
padrões se tornam habituais, podem resultar em alterações posturais
patológicas.
Para Verderi (2003), os profissionais de Educação Física devem dar
atenção especial ao ambiente escolar, onde encontram-se crianças e
adolescentes desenvolvendo hábitos posturais incorretos e praticando
exercícios físicos não compatíveis com o seu desenvolvimento quando, muitas
vezes, deveriam estar participando de um programa de exercícios específicos. A
autora coloca, ainda, que se faz muito importante a avaliação postural para
viabilizar a detecção de sinais de desequilíbrios posturais e fundamentar o
encaminhamento destes escolares para atividades de maior benefício sem risco
ou ao serviço e/ou profissional de saúde especializado para confirmação
diagnóstica.
Atualmente, a postura corporal vem sendo avaliada através de
diversos protocolos, alguns mais subjetivos e qualitativos e outros, com o
advento da tecnologia, mais objetivos e quantitativos. Entretanto, apesar de
muitas destas estratégias de análise postural serem desenvolvidas para
utilização do profissional de Educação Física, raramente os mesmos as utilizam
como elemento dos programas de Educação Física Escolar.
Baseados em sua formação acadêmica, os profissionais de Educação
Física podem atuar com relação à postura corporal em nível preventivo, através
da avaliação e do acompanhamento da evolução da postura corporal de seus
alunos como parte integrante do planejamento de suas atividades no âmbito
escolar, para que seja possível detectar a presença ou não de sinais de
alterações posturais patológicas, principalmente da escoliose em virtude de
seu caráter evolutivo; utilizando este recurso como ferramenta para coletar
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dados importantes para a orientação de seus alunos com relação a hábitos
posturais saudáveis e prática de atividade física sistematizada. Sem o processo
de avaliação postural inserido no exame físico de escolares, pode-se correr o
risco de favorecer o surgimento ou a acentuação dos desequilíbrios posturais
pela realização de atividades sem orientação específica, ou pela não
identificação de alterações posturais naturais do desenvolvimento.
Segundo Maini e Beresford (2005), uma postura inadequada pode vir
a desenvolver-se entre as idades de 7 a 12 anos e entre as alterações posturais
de tronco mais comuns nesta faixa etária estão as escolioses.
Muitos estudos internacionais foram realizados com a intenção de
detectar de forma precoce a presença de alterações posturais em escolares,
através de programas de triagem escolar (RENSHAW, 1988; ANDERSEN et al,
2000; SOUCCACOS, 2000; GRIVAS et al, 2002a; GRIVAS et al, 2002b;
VELEZIS et al, 2002; LIPPOLD et al, 2003), encontrando índices significativos
de alterações, principalmente de escoliose, em suas amostras. Sugita (2000),
identificou em seu estudo que a incidência geral de escoliose em escolares no
Japão é de 5% nesta população.
Em estudos nacionais envolvendo análise postural realizados com
escolares com faixa etária entre 6 e 17 anos (ROSA NETO, 1991; ESTEVES,
1993; DETSCH; CANDOTTI, 1994; PINHO; DUARTE, 1995; OLIVEIRA et al,
1998; FERRIANI, 2000; MELO et al, 2001; MARKWARDT, 2002) os autores
encontraram resultados que indicam que esta população apresenta alterações
posturais bastante significativas. Entre estes estudos, o de Pinho e Duarte
(1995), o qual teve como amostra 229 escolares de um colégio da rede estadual
de ensino do município de Florianópolis com idade entre 7 e 10 anos, identificou
que as principais alterações posturais encontradas foram nos segmentos dorso-
lombar e joelhos para ambos os gêneros, sendo a hiperlordose lombar mais
prevalente no sexo feminino e a protusão de ombros no sexo masculino. Já
Esteves (1993) identificou que a escoliose é o desvio postural na coluna
vertebral mais comum em escolares de ambos os sexos. Carenzi et al (2004),
em seu estudo com uma amostra de 378 escolares de ambos os gêneros, com
faixa etária entre 7 e 14 anos, encontraram como resultado que cerca de 80%
dos escolares apresentaram pelo menos uma alteração postural.
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Entretanto, aparentemente, no Brasil os profissionais de educação
(inclusive os profissionais de Educação Física), os escolares, os pais e os
órgãos inseridos no processo educacional e da saúde desta clientela
desconhecem a prevalência destas alterações posturais e suas prováveis
conseqüências.
Mostra-se necessário viabilizar uma mudança de comportamento entre os
profissionais de Educação Física Escolar no que se refere a importância da
detecção precoce de alterações posturais em seus alunos, ou seja, estimular a
implantação de programas de triagem postural, como acontece em países como
o Japão e os Estados Unidos, onde programas de triagem em escolares para
detecção precoce de sinais de alterações posturais, principalmente da
escoliose, são amparados por lei federal (ADLER; CSONGRADI; BLECK, 1984).
Lapierre (1982) comenta que o período escolar é o mais eficaz para
qualquer intervenção, sendo possível evitar, corrigir ou realinhar alterações
posturais se for considerado o enorme potencial adaptativo das estruturas
relacionadas à postura durante o período de crescimento. Sendo assim, existe a
necessidade da inclusão de avaliações posturais periódicas nos programas de
Educação Física Escolar, a fim de subsidiar as ações posteriores como as
prescrições de exercícios. Tais avaliações podem ser rápidas, eficientes,
seguras e de baixo custo na detecção e intervenção precoce de futuras ou
presentes afecções posturais e no acompanhamento do desenvolvimento e
maturação da criança e do adolescente.
O Conselho Nacional de Saúde/CNS, através da Resolução n. 218, de
06/03/1997, reconheceu o profissional de Educação Física como profissional de
Saúde (CONFEF, 2003). Em 2003, as Nações Unidas proclamaram o ano de
2005 como o Ano Internacional do Esporte e da Educação Física, com o objetivo
de incentivar investimentos dos governos nessa área, de maneira que o esporte
promova melhorias na educação, saúde, desenvolvimento e nos processos de
paz (UNICRIO, 2005). É importante, portanto, compreender que o papel de
prevenção de problemas musculoesqueléticos, posturais, emocionais e de
identidade corporal está diretamente relacionada com a atitude dos profissionais
da saúde, principalmente os profissionais de Educação Física.
É com base nestes fatos que a escola pode ser vista como o local ideal
para a atuação do profissional de Educação Física também como agente de
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saúde, prevenindo e orientando seus alunos com relação aos desequilíbrios
posturais, informando e conscientizando a comunidade escolar sobre a
importância da prevenção.
O conhecimento e domínio de protocolos e técnicas de avaliação postural
viáveis e adequados ao ambiente escolar se faz importante para que esta
prática seja instituída como rotina nos programas de Educação Física Escolar. A
utilização deste procedimento pode corroborar a função social e formação do
profissional de Educação Física como agente de saúde. Sendo assim, devido à
importância do desenvolvimento da postura, é óbvia a necessidade de
protocolos objetivos e específicos para a sua análise.
Portanto, este estudo pretendeu contribuir com a comunidade acadêmica
e com a sociedade através do levantamento de dados sobre a prevalência de
sinais de alterações posturais entre os escolares do ensino fundamental da rede
municipal de Florianópolis. A intenção deste estudo foi apresentar a realidade
municipal com relação à postura corporal de escolares e utilizar estes dados
como forma de justificar e incentivar a prática da triagem postural nos
programas de Educação Física Escolar do município de Florianópolis/SC,
proporcionando estímulos para a promoção da saúde desta população. Para
tanto, foram utilizadas como ferramentas para a triagem postural a aquisição de
imagens fotográficas e a posterior análise computadorizada, baseada no
protocolo de análise postural da Portland State University (PSU), o qual
determina um Índice de Correção Postural (ICP) que caracteriza a situação
postural dos indivíduos. Estas ferramentas constituem uma metodologia viável,
segura, de baixo custo e rápida aplicação para a identificação de sinais de
alteração postural, possibilitando levantar indicativos de presença de alterações
posturais, as quais poderão subsidiar práticas de prevenção de doenças e
promoção de saúde por parte dos profissionais da área da saúde, com destaque
para os professores de Educação Física Escolar.
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1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo geral
Investigar a prevalência de alterações posturais em escolares de 7 a
10 anos de idade, matriculados no ensino fundamental da rede municipal de
Florianópolis/SC.
1.2.2 Objetivos específicos
- Estimar o índice de correção postural (ICP) dos escolares do ensino
fundamental do município de Florianópolis/SC.
- Traçar o perfil postural dos escolares.
- Identificar o tipo de alteração postural prevalente nos escolares.
- Comparar os resultados referentes à análise postural encontrados entre os
gêneros e faixas etárias.
- Relacionar o índice de correção postural (ICP) com idade e gênero dos
escolares.
1.3 Hipóteses
1.3.1 Hipótese nula (H
0
)
Não existe diferença significativa, no que se refere à presença de
sinais corporais indicativos da presença de alteração postural, entre escolares
do gênero feminino e masculino do ensino fundamental, na faixa etária entre 7 e
10 anos, no município de Florianópolis SC.
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1.3.2 Hipóteses alternativa (H
1
)
Existe diferença significativa, no que se refere à presença de sinais
corporais indicativos da presença de alteração postural, entre escolares do
gênero feminino e masculino do ensino fundamental, na faixa etária entre 7 e 10
anos, no município de Florianópolis SC.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Postura corporal
Por ser um tema abrangente, e permitir várias interpretações, a postura
tem diferentes formas de ser definida, dependendo do ponto de vista de cada
autor.
O alinhamento dos segmentos corporais é considerado como um
parâmetro de boa postura desde Cícero (143-103 a.C.) e Santo Ambrósio (340-
397 d.C). Nesta época, os desvios dos segmentos corporais, o relaxamento
muscular e a perda da compostura eram vistos como sinais de desvirtuamento
da alma, sendo valorizada a capacidade de restringir gestos e posturas por
indicarem virtudes morais. Acreditava-se que uma disciplina corporal, apoiada
em valores da razão humana ou do olhar de Deus, poderia influir sobre a alma
para conformá-la às normas morais. Na Idade Média, o posicionamento
mediano do corpo e o alinhamento da cabeça ainda tinham conotação moral,
sendo a modéstia entendida como o ideal da medida e o justo meio a virtude
específica do gesto e da postura (Schimitt
1
, 1995; Vieira; Souza, 1999).
A postura, segundo Tanaka (1997) é o arranjo que os segmentos
corporais mantêm entre si e no espaço, em determinada posição, de forma a
proporcionar conforto, harmonia, economia e sustentação do corpo; prepara o
indivíduo para a realização de um movimento, bem como promove a
sustentação durante o movimento em si.
1
Conserva-te firme a ti mesmo. Não te eleves para o alto (...). Mantém o meio, se não queres perder a medida. O lugar
médio é seguro. O meio é a sede da medida, e a medida é a sede da virtude (São Bernardo apud Schimitt, 1995, p. 150)
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Sahrmann (2002) comenta que postura ou porte do corpo devem ser
considerados diferentemente do que o alinhamento de um segmento em relação
ao segmento imediatamente adjacente. Para a autora, a conotação de postura é
a disposição relativa total dos segmentos do corpo da cabeça aos pés.
Entretanto, segundo Viera, Brino e Souza (1999), a literatura que trata
sobre postura corporal aponta duas correntes distintas para defini-la: uma se
refere à postura padrão, ou ideal, do ponto de vista mecânico e a outra afirma
que a postura é uma questão individual, estando relacionada ao comportamento
do indivíduo. Moro (2000) afirma que não existe consenso sobre a definição de
postura ideal. Apesar das diferenças individuais acredita-se que, do ponto de
vista fisiológico, existe uma boa postura para cada indivíduo e que esta é
caracterizada por um bom alinhamento corporal, o qual determina uma máxima
eficiência fisiológica e biomecânica do organismo. Este alinhamento corporal
refere-se ao alinhamento de alguns centros articulares em relação à linha de
gravidade (TEIXEIRA; VANÍCULA, 2001).
Norré (2001) define postura como uma relação estável entre o sujeito
e o meio, o que resulta numa estabilização espacial, de forma que, o indivíduo,
quando se percebe, tem a impressão de estar estável no espaço por ele
ocupado. Braccialli e Vilarta (2001, p. 66) ressaltam que [...] a postura não é
uma situação estática, mas sim, dinâmica, pois as partes do corpo se adaptam
constantemente, em resposta a estímulos recebidos, refletindo corporalmente as
experiências momentâneas.
A postura, em amplo grau, é uma representação somática das
emoções internas. O indivíduo se posiciona como se sente, com influência do
passado, do cotidiano, da forma de posicionar-se frente às mais diversas
circunstâncias (lazer, trabalho, repouso, estado emocional, etc) o que o faz
assumir variadas posições, tanto consciente quanto inconscientemente
(SCHMIDT; BANKOFF, 1999).
Para Moraes (2002, p.8), a postura:
É, sem dúvida, um dos temas principais em saúde do final e início do
século. O arranjo dos segmentos corporais de forma a permitir a
posição em pé, é um marco na evolução da espécie humana,
fundamental para a realização da maior parte de suas atividades.
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A postura do ser humano depende de elementos como a adaptação
da espécie no processo evolutivo e as adaptações individuais desde o início do
desenvolvimento neuropsicomotor a fim de obter a postura bípede. Então,
entende-se que não se deve considerar somente o desenvolvimento da
bipedestação na espécie humana, mas também a individualidade, observando
cada e gesto e como cada ser humano se comporta no espaço.
Santos (2003), ao falar sobre postura corporal, menciona que as
grandes transformações anatomofisiológicas e sócio-culturais têm uma relação
de dependência com a postura vertical e com a marcha bípede, em virtude de
serem características exclusivas entre os mamíferos.
A mesma autora afirma
que, supostamente, esta temática se alicerça nos seus conceitos,
fundamentações e metodologias, num longo período histórico, sendo analisadas
de diversas formas dentro de várias perspectivas. Este assunto gera diversas
polêmicas quando referido ao estudo da postura corporal como um todo,
principalmente porque o contexto histórico serve de referência e dá suporte para
que novos estudos sejam desenvolvidos. Em qualquer área onde estes estudos
sejam realizados todos têm em comum um conceito básico: adaptação.
Portanto, é muito útil, ao analisar-se a postura corporal, observar os processos
adaptativos à postura bípede, a adaptação ao sedentarismo ou à inatividade e
suas repercussões no aparelho locomotor.
Para Magee (2002), postura correta é a posição na qual o mínimo
estresse é aplicado em cada articulação e exige mínima atividade muscular para
sua manutenção; qualquer posição que aumenta o estresse sobre as
articulações pode ser denominada postura defeituosa. Teixeira e Vanícula
(2001) comentam que o alinhamento corporal, além de facilitar o equilíbrio
estático, pode determinar um menor gasto energético e um menor desgaste
articular de todo o aparelho locomotor na manutenção da postura. A ação
integrada dos músculos que constituem as cadeias musculares é responsável
pela manutenção do alinhamento postural (MORAES, 2002).
Souchard (1996) coloca que o homem, na tentativa de manter-se
ereto, submete os músculos da estática a um estado de tensão constante, o
qual é responsável pela diminuição da flexibilidade do sistema locomotor
humano. Os músculos da dinâmica, após a contração inicial, retornam
completamente a um estado de relaxamento, sendo responsáveis pelos
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movimentos de grande amplitude. É possível, então, dizer que com o decorrer
dos anos torna-se visível o encurtamento natural da musculatura da estática e o
relaxamento da musculatura da dinâmica, o que favorece à compressão
articular, à alteração da posição óssea e, conseqüentemente, e ao
desenvolvimento de alterações posturais.
2.2 Alinhamento postural
É através dos músculos que o homem pode atuar sobre o meio
ambiente e com ele se inter-relacionar. Isto é válido tanto para as atividades
manuais do trabalho mais pesado quanto para a comunicação do pensamento
mais elaborado ou da emoção mais leve. Todos os movimentos que servem a
estas comunicações podem ser bem conduzidos quando é assumida uma
postura corporal compatível e alcançado um preciso arranjo no posicionamento
dos grupos musculares e articulações envolvidos.
Beloube et al (2003, p. 73) afirmam que [...] a estrutura e a função do
corpo proporcionam todas as potencialidades para obter e manter a boa postura
[...], o que contribui para o bem estar do indivíduo. Vieira e Souza (2002)
corroboram comentando que a boa postura é considerada fator importante à
saúde do sistema músculo-esquelético, pois se acredita que a mesma possa
evitar problemas álgicos e processos degenerativos.
A postura adequada é a posição na qual o mínimo de estresse é
aplicado em cada articulação (MAGEE, 2002). É o estado do contrapeso
muscular e esquelético que protege as estruturas do corpo que encontram
ferimento ou deformidade progressiva independente da atitude (ereto, se
inclinando, sentado) em que estas estruturas estão trabalhando ou
descansando. Sob tais circunstâncias, os músculos trabalham mais
eficientemente, e as posições ideais são alocadas aos órgãos torácico e
abdominal (PENHA et al, 2005).
Magee (2002, p. 726) coloca que:
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A manutenção da postura exige músculos fortes, flexíveis e facilmente
adaptáveis à alteração do ambiente. Estes sculos têm que
continuamente trabalhar contra a gravidade e em harmonia uns com
os outros para manter uma postura ereta.
Neto Júnior, Pastre e Monteiro (2004, p. 195) afirmam que [...] o
corpo está em perfeito equilíbrio quando a vertical traçada a partir de seu centro
de gravidade resulta exatamente na sua base de sustentação. Enfatizam que o
alinhamento postural é estabelecido por estruturas músculo-esqueléticas que
interagem por toda a vida, de acordo com as solicitações. No entanto, para que
o corpo permaneça em equilíbrio, qualquer alteração é compensada por um
desequilíbrio inverso, de mesmo plano e valor.
Como postura padrão, Kendall, McCreary e Provance (1995) colocam
que a coluna apresenta as curvaturas normais e os ossos dos membros
inferiores ficam em alinhamento ideal para sustentação do peso; a posição
neutra da pelve conduz ao bom alinhamento do abdômen, tronco e membros
inferiores; o tórax e a coluna superior ficam em uma posição que favorece a
função ideal dos órgãos respiratórios e a cabeça fica ereta em uma posição bem
equilibrada, que minimiza a sobrecarga sobre a musculatura cervical (figura 1).
[A] [B]
Figura 1: Ilustração que simula a projeção da linha de gravidade através das estruturas
corporais para efeito de alinhamento postural no plano sagital [A] e frontal [B], respectivamente.
Fonte: GROSS, FETTO e ROSEN, 2000.
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De acordo com Teixeira e Vanícula (2001), o corpo mantém-se mais
equilibrado se a projeção da linha de gravidade numa pessoa na posição ereta
passar sobre o centro de algumas articulações; no plano sagital: o lóbulo da
orelha, o centro da articulação do ombro, o centro da articulação do quadril, um
ponto posterior à patela no joelho e um ponto anterior ao maléolo fibular (Figura
2); no plano frontal, vista posterior: a linha média corporal, o centro da cabeça, o
centro dos processos espinhosos vertebrais e um ponto eqüidistante nas
extremidades inferiores; na vista anterior: o alinhamento entre a ponta do nariz /
processo xifóide / umbigo (linha anterior de referência) e um ponto eqüidistante
nas extremidades inferiores (Figura 3).
Figura 2:
Ilustração que apresenta as estruturas de referência para a passagem da linha de
gravidade para efeito de alinhamento postural no plano sagital.
Fonte: KENDALL; MCCREARY; PROVANCE, 1995.
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Figura 3: Ilustração que apresenta as estruturas de referência para a passagem da linha de
gravidade para efeito de alinhamento postural no plano frontal.
Fonte: KENDALL; MCCREARY; PROVANCE, 1995.
Para Bricot (2001), na estática normal, no plano sagital, o eixo
longitudinal passa no corpo pelo vertex, pela apófise odontóide de C2 e pelo
corpo vertebral de L3. Projeta-se no solo, no centro do quadrilátero de
sustentação, eqüidistante dos dois pés (Figura 4). O plano escapular e das
nádegas (plano glúteo) estão alinhados. No plano frontal, diferentes linhas
devem estar no mesmo plano horizontal: linha entre as pupilas, linha entre os
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dois tragus
2
, linha entre os dois mamilos, linha entre os dois ossos estilóides,
linha da cintura escapular e linha da cintura pélvica.
Figura 4:
Ilustração apresentando a projeção do quadrilátero de sustentação.
Fonte: BRICOT, 2001.
Magee (2002) considera que, na postura ereta adequada, a cabeça é
mantida ereta, os braços pedem relaxados com as palmas das mãos voltadas
para o corpo, cotovelos levemente flexionados, os ombros estão no mesmo
nível nos planos sagital e coronal, as escápulas estão de encontro à caixa
torácica, o abdômen deve ser plano, a frente da pelve e as coxas estão numa
linha reta, os glúteos o são proeminentes, o peso corporal é suportado
uniformemente sobre ambos os pés e o quadril está no mesmo nível, as pernas
são retas para cima e para baixo, o arco longitudinal medial do tem a forma
de uma hemicúpula e os dedos dos pés devem estender-se para frente em linha
com o pé (Figura 5).
2
Conjunto de pele e cartilagem situado no exterior do conduto auditivo (BRICOT, 2001).
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Figura 5: Alinhamento postural na postura bípede, plano frontal, vista anterior.
Fonte: BRICOT, 2001.
Para Bricot (2001, p. 24), quando a postura é equilibrada:
O
ângulo sacral é de 32°, o disco L3/L4 está estritamente horizontal, a
vétebra L3 é a mais anteriorizada, a lordose lombar é harmoniosa, as
articulações vertebrais posteriores relacionam-se harmoniosamente,
não existe qualquer força anormal, os istmos articulares estão livres e
a mobilidade é normal.
O objetivo primordial da postura é manter o equilíbrio do corpo, para
que o mesmo possa realizar determinadas funções como comer, escrever,
trabalhar, etc. Para manter o equilíbrio é preciso um controle postural que
garanta que o centro de gravidade (CG) caia dentro da área de estabilidade, e
que o peso do corpo se mantenha de forma segura (MARRERO, 2000;
BROWNE et al, 2002).
Existem fatores intr
ínsecos e extrínsecos que podem influenciar na
postura, como a hereditariedade, o ambiente ou as condições sicas em que se
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vive, o nível socioeconômico, os fatores emocionais, e as alterações
psicológicas devido ao crescimento e ao desenvolvimento humano (PENHA et
al, 2005).
2.3 Desenvolvimento da postura corporal
Através da evolução, os seres humanos assumiram uma postura
eretae bípede, sendo o único animal da sua espécie a locomover-se utilizando
apenas dois membros. Esta adaptação resultou em algumas desvantagens,
como uma sobrecarga aumentada sobre a coluna e os membros inferiores, e
dificuldades na respiração e na circulação sangüínea (LEMOS; SOUZA; LUZ,
2003; MAGEE, 2002). A vantagem de uma postura ereta é que ela habilita as
mãos a ficarem livres e os olhos mais longe do solo, de modo que o indivíduo
possa ver mais distante o que está à sua frente (MAGEE, 2002).
Segundo Souchard (1996) o homem, ao manter-se ereto, submete os
músculos estáticos a um estado de tensão constante, o que diminui a
flexibilidade do sistema locomotor humano. Já os músculos dinâmicos, após
uma contração, retornam a um estado de relaxamento.
Ao ser adotada a postura ereta, o centro corporal total de gravidade
fica adiante da coluna vertebral, o que a coloca sob um momento constante de
inclinação anterior. Para manter a posição corporal, esse torque deve ser
contrabalançado pela tensão nos músculos extensores do tronco (HALL, 2003).
2.3.1 Desenvolvimento da postura corporal na criança
Cada criança é um indivíduo com padrão e ritmo de desenvolvimento
de habilidades ligeiramente diferentes. Para Asher (1976, p. 1) à medida que a
criança cresce, ocorrem variações na postura, que podem ser consideradas
normais.
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Durante o período gestacional, o bebê encontra-se submerso no
líquido amniótico, que lhe proporciona um ambiente acolhedor. Nos primeiros
meses esse ambiente é espaçoso, permitindo-lhe uma movimentação livre sem
resistência da gravidade, porém nos últimos meses, devido ao seu crescimento
acelerado, este espaço torna-se menor, obrigando-o a adotar uma postura
flexora global, adotando o formato de uma bola (BRACCIALLI, 2000).
Durante as primeiras semanas de idade concepcional, a atitude
postural da coluna vertebral é constante e somente a curvatura convexa
primária das costas está presente. No entanto da 11ª e 12ª semana de
concepção, consegue-se observar a primeira curvatura secundária, a lordose
cervical, a qual atinge um valor de oito a doze graus. Por volta da 30° semana
de gestação, este ângulo amplia para 15° a 20° graus e mantém-se constante
até o nascimento. Ao mesmo tempo a curvatura torácica decresce, e estabiliza
entre 48 a 42° ao nascimento. A lordose lombar aparece entre a 25° semana
atingindo valores de 12° a 14° ao nascimento. Os primeiros anos de vida, devido
ao desenvolvimento neuropsicomotor, juntamente com adaptações posturais e
postura ereta parecem ser responsáveis pela acentuação das curvas
secundárias e diminuição da curva primária (BRACCIALI, 2000).
O centro de gravidade da criança se encontra ao nível da 12
a
vértebra
torácica. Com o crescimento o centro de gravidade desce, eventualmente
localizando-se ao nível da 12
a
vértebra sacra nos adultos (ligeiramente mais alto
nos homens) (MAGEE, 2002).
Dos três a quatro anos, a criança desenvolve uma postura mais
regular e estável, padrões motores mais rítmicos. No início da fase pré-escolar,
a criança necessita de controle postural adequado e das reações de equilíbrio
necessárias para permanecer sentada na cadeira. Crianças em idade pré-
escolar e, às vezes, também escolares das primeiras séries apresentam um
abdômen protruso quando na posição em pé, ao lado de hiperlordose lombar e
hiperextensão do joelho. E a postura modifica-se durante o surto de
crescimento, assumindo alinhamento mais adulto (BRICOT, 2001).
Rosa Neto (1991, p. 07) afirma que [...] dos sete aos doze anos, a
postura da criança sofre grande transformação na busca de equilíbrio
compatível com as novas proporções de seu corpo. Nesta idade a postura
adapta-se à atividade que ela está desenvolvendo.
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De acordo com Penha et al (2005), algumas alterações posturais são
próprias do desenvolvimento postural normal da criança e tendem a ser
incorporadas com o seu crescimento como o valgismo de joelho, a rotação
medial de quadril e a hiperlordose lombar. Outras, no entanto, caracterizam
assimetrias, consideradas patológicas em qualquer faixa etária, que podem ser
geradas por demandas diárias - como a escoliose.
Uma criança não tem o alinhamento padrão de um adulto porque uma
mobilidade e uma flexibilidade maiores ocorrem durante o desenvolvimento. A
grande escala do movimento na criança pode causar desvios provisórios no
alinhamento que seriam considerados anormais nos adultos. Ao mesmo tempo,
esta flexibilidade é uma maneira determinada de proteger o corpo antes que
uma má postura se fixe (PENHA et al, 2005).
Para Pires et al (1990, p. 46), as crianças em idade pré-escolar e de
primeiro grau:
Estão primariamente preocupadas em aprender a se mover
eficientemente. [...] No desenvolvimento infantil os movimentos sob o
controle, voluntário, envolvem o processamento do estímulo sensorial
com o armazenamento desta informação a nível cortical, formando o
acervo motor da criança.
De acordo com Pires et al (1990) o crescimento das partes do corpo é
diferenciado. Durante a infância o crescimento mais intenso é o do crânio,
depois o tronco. No 2º ano de vida os membros inferiores crescem mais
intensamente que o tronco, fato que ocorre até o início da puberdade.
Entre 7 e 12 anos de idade, a postura de uma criança submete-se a
uma transformação grande para alcançar um contrapeso compatível com as
novas proporções corporais (PENHA et al, 2005).
Marins (2001, p. 48), coloca que crianças entre sete e oito anos
possuem função total da musculatura abdominal ainda não plenamente
desenvolvida, o que viria a acontecer durante essa idade. Asher (1976);
Souchard (1985) e Pires et al (1990) comentam que, em crianças de 6 a 10
anos, principalmente a partir dos 7 anos, a pelve tende a inclinar-se
anteriormente, projetando o abdômen para frente, e tende a inclinar e
hiperextender os joelhos para a distribuição do peso no sentido ântero-posterior
(Figura 6).
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Figura 6:
Desenvolvimento postural conforme a faixa etária.
Fonte: MAGEE, 2002.
Lapierre (1982), Asher (1976) e Pires et al (1990) afirmam que a
presença de joelho valgo ou varo entre 2 e 6 anos é conseqüência do
desenvolvimento fisiológico - no caso do valgismo fisiológico, este proporciona
uma base mais ampla - havendo regressão após esta faixa etária.
Pinho e Duarte (1995) comentam que a protrusão de ombros é natural
no processo de desenvolvimento da criança, a qual ameniza a partir dos 10
anos.
2.4 Desalinhamento postural
A concepção de que alterações posturais causam patologais e algias
na estrutura osteoarticular e muscular é amplamente aceita e tem servido de
justificativa para as intervenções preventivas e terapêuticas. Neste sentido, a
literatura especializada (com base na anatomia, na cinesiologia e na
biomecânica) estabeleceu parâmetros que definem o modelo de postura
corporal adequada ao ser humano.
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O modelo biomecânico da coluna do homem o foi construído para
permanecer por longos períodos na posição sentada, mantendo posturas
estáticas e realizando movimentos repetitivos (BRACCIALLI; VILARTA, 2000). O
encurtamento muscular leva o indivíduo a adotar posturas incorretas, as
chamadas alterações posturais (MORAES, 2002). Pires et al (1990) relatam que
posturas inadequadas adotadas por crianças, em casa e na escola, levam a um
desequilíbrio na musculatura corporal, produzindo alterações posturais.
Diversas características anatômicas podem afetar a postura corporal
adequada; estes fatores podem ser intensificados ou causar problemas
adicionais quando combinados com estados patológicos ou congênitos. Como
causas de má postura podemos encontrar as posturais ou posicionais, as quais
estão relacionas com maus hábitos posturais, desequilibro muscular, dor, entre
outros; e as estruturais, as quais são resultado de anomalias congênitas,
doenças ou traumas que levam a alteração óssea (MAGEE, 2002).
2.4.1 Alterações posturais
As afecções posturais afligem o homem milhares de anos,
existindo relatos egípcios sobre o assunto. Nos dias atuais, estas afecções têm
sido consideradas problema de saúde pública, atingindo uma alta incidência na
população economicamente ativa e tornando-a incapaz temporária ou
definitivamente para atividades profissionais (BRACCIALLI; VILARTA, 2000).
A Revolução Industrial retirou o homem do campo, local onde os
movimentos físicos eram globais envolvendo todo o corpo, e colocou-o sentado
trabalhando por longos períodos, mantendo a mesma posição e movimentando
repetitivamente um segmento corporal. Diante desta evolução tecnológica, o
homem passou a adotar a posição sentada para realizar a maior parte de suas
atividades diárias. Esta adaptação acarretou em aumento dos distúrbios
músculo-esqueléticos por uma utilização incorreta da biomecânica humana
(LEMOS; SOUZA; LUZ, 2003).
Para Braccialli e Vilarta (2001, p. 66):
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A estrutura biológica deste homem encontra dificuldades em assimilar
e adaptar-se repentinamente a esta nova situação, refletidas em seu
próprio corpo, sobrecarregando estruturas e desencadeando
processos dolorosos. A coluna vertebral, por ser o suporte do corpo, é
a mais prejudicada com sobrecargas que resultam no aumento
significativo de problemas posturais da população mundial, tanto em
adultos como em crianças.
Posturas inadequadas durante períodos prolongados de tempo,
quando não corrigidas, podem tornar-se maus hábitos, levando eventualmente o
indivíduo ao desenvolvimento de alterações posturais (SÁ, 2003, p. 11). Estas
podem acarretar limitações funcionais, fraqueza, dores musculares, estresse
localizado e fadiga, contribuindo para o mal-estar do indivíduo.
A má postura é um relacionamento defeituoso entre diversas partes
do corpo que produz uma maior tensão nas estruturas de suporte (PENHA et al,
2005). Para Magee (2002), o problema postural mais comum é o mau hábito
postural, no qual, por qualquer razão, o indivíduo não mantém um bom
alinhamento. Este tipo de postura é, muitas vezes, observada em pessoas que
permanecem de pé ou sentadas durante longos períodos de tempo e começam
a relaxar-se e encurvar-se. Dentre outras causas estão os desequilíbrios
musculares, distúrbios dolorosos, condições respiratórias, e até mesmo as
emoções expressas em atitudes corporais.
De acordo com Pires et al (1990), as alterações posturais decorrem
da lei do desenvolvimento, a qual é formada por outras quatro leis a lei
pubertária; a lei das alternâncias, a lei das proporções e a lei das assimetrias.
Para as autoras, a lei mais importante é a das assimetrias, a qual diz que entre
os órgãos binários reina uma assimetria correlativa devido à hiperfunção, por
exemplo, em indivíduos destros o membro superior direito é mais longo e mais
hipertrofiado e o ombro é mais baixo; e a superioridade de comprimento e
tamanho que está à direita para o membro superior encontra-se à esquerda
para o membro inferior, o que determina uma superioridade funcional cruzada.
Adrian (1991) comenta que o desenvolvimento da maioria das
habilidades motoras com uma das mãos nos conduz a assumir posturas
respeitando o nosso tipo unilateral de habilidade motora, produzindo assim
posturas alteradas.
A lateralidade, e nossa educa
ção que a estimula, nos leva ao
desequilíbrio, mas não se pode considerar este fenômeno como normal. São
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raros os indivíduos perfeitamente equilibrados, os quais parecem corresponder
aos critérios da estática normal. Mais de 90% dos indivíduos apresentam pelo
menos um desequilíbrio postural, o qual pode ocorrer no plano sagital, no plano
frontal e no plano horizontal, geralmente em associação (BRICOT, 2001).
As deformidades e alterações posturais não devem ser analisadas
apenas no que diz respeito à estrutura óssea, mas sim, pelo conjunto funcional
(ROCHA; PEDREIRA, 2001, p. 226).
Uma posição que aumenta o estresse sobre as articulações pode ser
considerada uma postura defeituosa. Indivíduos com músculos fortes e flexíveis
têm a capacidade de modificar sua posição facilmente tornando os estresses
menos excessivos. Porém, em indivíduos rígidos, com músculos fracos e
encurtados, torna-se difícil manter um alinhamento adequado, resultando em
alguma patologia, por efeito cumulativo de pequenos e repetidos estresses
durante um longo período de tempo ou de constantes estresses anormais em
um curto período (MAGEE, 2002).
O equilíbrio postural pode ser separado em estático, o qual se refere
às posturas estáticas, e dinâmico, o qual acontece durante a movimentação ou
locomoção. Quando, por qualquer motivo, funcional ou anatômico, desregula-se
algum dos receptores do sistema tônico postural, surgem informações anormais
capazes de alterar o fino equilíbrio do sistema. Desta situação anômala surgem
esquemas corporais alternativos, cujo intuito é sempre reequilibrar todo o
sistema, produzindo fenômenos posturais estáticos e dinâmicos indesejáveis.
Este sistema é, portanto, capaz de funcionar em seu desequilíbrio, mas incapaz
de corrigir-se sozinho (BRICOT, 2001).
Os desequilíbrios estáticos são definidos nos três planos do espaço:
plano frontal, plano sagital e plano horizontal (transversal). Na maioria das vezes
essas alterações estão associadas e [...] realizam uma perturbação estática
mais ou menos complexa, responsável pelas grandes forças contrárias que
agem nas superfícies articulares posteriores das vértebras e pelas excessivas
solicitações músculo-ligamentares (BRICOT, 2001, p. 31).
Para Magee (2002), as alterações posturais mais comuns
relacionadas à coluna vertebral são:
hiperlordose lombar: acentuação da curvatura lordótica fisiológica na
região lombar (PIRES et al, 1990); está envolvida na chamada de postura
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lordótica, a qual é caracterizada por um aumento no ângulo lombossacro
(angulação fisiológica - 30º), hiperlordose lombar e um aumento na
inclinação pélvica anterior e flexão de quadril é freqüentemente vista
associada a uma hipercifose torácica e protração de cabeça (KISNER;
COLBY, 1998) (Figura 7);
hiperlordose cervical: acentuação da curvatura lordótica fisiológica na
região cervical (PIRES et al, 1990);
hipercifose torácica: acentuação da curvatura cifótica dorsal fisiológica
(PIRES et al, 1990); pode fazer parte de uma postura chamada de dorso
curvo, a qual é caracterizada pela hipercifose torácica, protração
escapular (protração de ombros) e protração de cabeça (caracterizada
por aumento na flexão da região cervical baixa e torácica alta, aumento
na extensão do occipital sobre a primeira vértebra cervical e aumento na
extensão das vértebras cervicais superiores) (KISNER; COLBY, 1998
(KISNER; COLBY, 1998) (Figura 7);
Retificação cervical: diminuição da curvatura lordótica cervical fisiológica,
pode estar relacionada a uma postura chamada achatamento do
pescoço, da qual também fazem parte o aumento da extensão axial
(KISNER; COLBY, 1998) (Figura 7);
Retificação dorsal: diminuição da curvatura cifótica torácica fisiológica,
pode estar relacionada a uma postura chamada dorso plano, da qual
fazem parte ainda depressão escapular, depressão clavicular e
retificação cervical (KISNER; COLBY, 1998) (Figura 7);
Retificação lombar: diminuição da curva lordótica lombar fisiológica, pode
estar relacionada a postura chamada achatamento lombar, a qual é
caracterizada por uma diminuição no ângulo lombossacro, diminuição na
lordose lombar fisiológica ou inclinação posterior da pelve (KISNER;
COLBY, 1998) (Figura 7);
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Figura 7:
Ilustração simulando alterações posturais no plano sagital, vista lateral esquerda.
Indivíduo sem alterações [A]; hiperlordose cervical e lombar [B]; dorso curvo (protração de
cabeça, protração escapular e hipercifose torácica) [C]; retificação dorsal [D]; retificação cervical,
dorsal e lombar [E].
Fonte: BRICOT, 2001.
escoliose: para Souchard e Ollier (2001), é uma deformação morfológica
tridimensional da coluna vertebral, caracterizada pela látero-flexão
vertebral no plano frontal (inclinação lateral), rotação vertebral no plano
horizontal e póstero-flexão no plano sagital (retificação ou diminuição da
cifose torácica), a qual, em função do grau, região de localização e
número de vértebras envolvidas, além das alterações biomecânicas pode
gerar alterações na função pulmonar devido à desvantagem mecânica
dos músculos respiratórios e à baixa complacência torácica causada pela
alteração da posição das costelas (BADARÓ et al, 1995) (Figura 8); já a
atitude escoliótica, também chamada de escoliose funcional, é a
curvatura lateral da coluna vertebral no plano frontal que se resolve com
mudança de posição corporal, quando não rotação vertebral
(SOUCHARD; OLLIER, 2001; PIRES et al, 1990).
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Figura 8:
Ilustração apresentado exame radiográfico de indivíduo com escoliose.
Fonte: SOUCHARD; OLLIER, 2001.
Além das alterações envolvendo predominantemente a coluna
vertebral, encontramos também as seguintes alterações posturais (KISNER;
COLBY, 1998):
Joelhos no plano frontal: valgo - a tíbia está abduzida em relação ao
fêmur, de modo que na posição em os joelhos se unem e fica um
espaço entre os pés (Figura 9A) e; varo - há adução da tíbia em relação
ao fêmur, ficando ambos, fêmur e tíbia, curvados (Figura 9B);
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[A] [B]
Figura 9: Ilustração apresentando indivíduo com joelhos valgos [A] e joelhos varos [B].
Fonte: BRICOT, 2001.
Joelho no plano sagital: em flexão - também chamado de genoflexo, se
caracteriza pela impossibilidade de extensão de joelho completa (Figura
10A) e; hiperextedido - também chamado de geno-recurvatum ou joelho
recurvado, caracterizado pela hiperextensão de joelho (Figura 10B);
[A] [B]
Figura 10: Ilustração apresentando indivíduo com joelhos em flexão [A] e hiperextendidos [B].
Fonte: KENDALL; MCCREARY; PROVANCE, 1995.
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Pé plano: também chamado de pé chato, caracterizado pelo apoio plantar
total no solo e ausência do arco longitudial medial do pé (Figura 11);
Figura 11: Ilustração apresentado indivíduo com pé plano.
Fonte: MARRERO, 2000.
Pé cavo: caracterizado pelo exagero do arco longitudinal medial do pé
(Figura 12);
Figura 12: Ilustração apresentado indivíduo com pé cavo.
Fonte: MARRERO, 2000.
Segundo Gross, Fetto e Rosen (2002), além das alterações posturais
descritas anteriormente, também é possível observarmos alterações posturais
em outros segmentos corporais, como segue:
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cabeça - desalinhamento e/ou assimetria no posicionamento no plano
sagital (anteriorização/protração e posteriorização/retração), no plano
frontal (inclinação) e no plano horizontal (rotação);
ombros - desalinhamento e/ou assimetria no plano sagital (protração ou
retração) e no plano frontal (elevação ou depressão);
desalinhamento dos mamilos;
desalinhamento da cintura escapular;
e desalinhamento da cintura pélvica.
Estas alterações morfológicas do sistema locomotor, muitas vezes
decorrentes dos hábitos posturais associados ao estilo de vida, constituem nos
dias de hoje uma das mais graves doenças no grupo das crônico-degenerativas
(BANKOFF, 1993).
2.4.2 Alteração postural em escolares
Lapierre (1982) e Asher (1976) colocam que os padrões de postura
assumidos durante a infância adquirem resultados que formam um novo padrão
para o futuro estabelecido pelo subconsciente, os quais, sem o desejo extremo
e persistente de modificar, torna-se permanente.
Para Eitner et al (1984) e Souchard (2001), uma das prováveis causas
de alterações posturais, principalmente os relacionados à coluna vertebral, é o
pouco trabalho muscular. Pinho e Duarte (1995) acrescentam que as alterações
posturais se relacionam também com a limitação de movimento na infância,
muitas vezes em função da má orientação postural nesta fase da vida.
Para Braccialli e Vilarta (2000), à medida que a criança assume uma
postura ortostática e passa a movimentar-se com o corpo ereto, naturalmente,
ocorre um encurtamento da musculatura estática e o relaxamento da
musculatura dinâmica, favorecendo a compressão articular e o desenvolvimento
de alterações posturais.
Durante a adolescência, as mulheres desenvolvem-se mais
rapidamente e mais cedo que os homens, dando início à puberdade entre 8 e 14
anos de idade, durando cerca de 3 anos. Já os homens iniciam esta fase entre
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9,5 e 16 anos de idade, com duração de 5 anos. É neste período que as
diferenças corporais entre os sexos têm origem. O sexo masculino caracteriza-
se por desenvolver pernas e braços mais longos, ombros mais largos, quadris
com menores diâmetros, e maior tamanho esquelético global que o sexo
feminino. Devido ao crescimento rápido, indivíduos podem parecer desajeitados,
e maus hábitos e alterações posturais tendem a ocorrer com mais freqüência
nesta idade (MAGEE, 2002).
Bracciali e Vilarta (2000) afirmam que as alterações posturais na
infância são consideradas um dos fatores que predise a condições
degenerativas da coluna no adulto, manifestada geralmente por um quadro
álgico, tornando-se válida uma intervenção precoce na infância como meio
profilático das doenças crônico-degenerativas.
Penha et al (2005, p.9) colocam que:
As alterações posturais são freqüentemente encontradas em crianças
e adolescentes. Nestas fases a postura sofre uma série de ajustes e
adaptações às mudanças no próprio corpo e a demanda psicossocial
que lhe é apresentada, ocorrendo uma grande transformação na busca
de um equilíbrio compatível com suas condições.
Alonso e Macon (2003) comentam que o principal fator de risco de
alteração postural em crianças e adolescentes está representado pelo
crescimento e pelos hábitos, mais particularmente durante o estirão de
crescimento uma época na qual se desenvolve fisiologicamente uma
hiperlordose lombar com tendência a hipercifose torácica. Para os autores se,
durante este período, a atividade sica é fonte de movimentos repetidos de
tronco em flexão, extensão e rotação, poderão surgir lesões características
como espondilólise e espondilolistese, além de estruturação das alterações
posturais como aumento ou diminuição das curvas fisiológicas da coluna
vertebral.
Com o desenvolvimento do raciocínio o homem passou a dar maior
importância ao aprendizado. A população de escolares nos diversos níveis
educacionais, hoje, constitui um grande grupo que executa, diariamente, por
vários anos, trabalhos na posição sentada. O Brasil, segundo De Vitta et al
(2004), educa aproximadamente 31 milhões de alunos. Com base na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (DE VITTA et al, 2004; ZAPATER et al, 2004),
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toda criança deverá completar o ensino fundamental, significando que todo
aluno utilizará a posição sentada, dentro das salas de aula, por, no mínimo, oito
anos consecutivos, cerca de quatro a cinco horas por dia; e de maneira muitas
vezes inadequada, o que já representa um fator de risco para sua saúde, pois a
permanência na postura sentada por mais de 45 a 50 minutos sem
interrupções não é aconselhável, uma vez que a mesma pode gerar várias
alterações músculo-esqueléticas na coluna, além de promover desconfortos na
região cervical e nos membros superiores.
Além da posição em sala de aula, crianças em fase de crescimento
permanecem grande partes de seu tempo em posições estáticas, sentadas por
longos períodos em atividades extracurriculares e em casa.
Atualmente, com a evolução da tecnologia de entretenimento, é cada
vez maior o tempo em que as crianças e adolescentes permanecem na posição
sentada favorecendo hábitos de inatividade, como os jogos de videogame, a
televisão e o computador (DE VITTA et al, 2004; SÁ, 2003).
Pires et al (1990, p. 47) coloca que [...] na maioria dos casos, as
crianças de 6 a 7 anos, encontram-se com reduzida atividade física e acentuada
quantidade de informação intelectual [...], o que induz a questionamentos sobre
a saúde destas crianças, principalmente em relação ao desenvolvimento
músculo-esquelético. Os autores comentam ainda que a inadequação de
posturas adotada, principalmente em casa e na escola, leva a um desequilíbrio
na musculatura global do corpo, produzindo alterações posturais e que a
reduzida atividade física associada à postura, leva a posições anormais das
estruturas anatômicas que compõe o tronco.
Além da manutenção da postura sentada e da inatividade, outras
circunstâncias podem facilitar o surgimento e desenvolvimento de alterações
posturais em escolares, como o mobiliário escolar inadequado, a relação
inadequada entre o peso do material escolar transportado pela criança e sua
constituição física ou simplesmente a falta de informação sobre o tema postura
corporal para a comunidade escolar (alunos, pais e professores).
Talvez a carência de dados antropométricos e biomecânicos da
postura da criança e do adolescente brasileiro possam justificar a permanência
de um mobiliário inadequado nas escolas e do excesso de peso transportado
como material escolar. Associa-se a isto a existência de uma desinformação por
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parte dos fabricantes no que se refere às dimensões adequadas do mobiliário
para cada faixa etária (BRACCIALLI; VILARTA, 2000). Moro (2000) identificou,
em seu estudo com 200 escolares do ensino público do município de
Florianópolis/SC, que, dos padrões posturais assumidos em sala de aula, as
crianças sentam-se na maior parte do tempo com o tronco flexionado e que a
maioria apresenta queixas na regiao do pescoço e da cabeça e utilizam o uso
da mão sobre o queixo durante as atividades na carteira escolar na tentativa de
aliviar o peso da cabeça. O autor ainda observou que o mobiliário utilizado nas
escolas públicas brasileiras, em geral, não proporciona ao aluno um sentar-se
favorável para a realização de suas tarefas, principalmente por não atenderem
às normas quanto aos tamanhos diferenciados que deveriam prover; por outro
lado, as normas (NBR 14006) não atendem às necessidades das escolas, em
função da falta de adequação aos tamanhos e à variação das turmas e graus de
escolaridade dos escolares que se utilizam de uma mesma sala de aula nos
diferentes turnos do dia.
2.5 Avaliação postural
Obviamente, é necessário conhecer as extensas variações de
normalidade no homem, de modo que, ao avaliar os indivíduos, seja possível
distinguir a condição normal (fisiológica) da condição anormal (patológica), sem
se cometer o erro de atuar sobre uma condição que não requer e nem merece
intervenção (SALTER; 2001).
Avaliação postural é o exame inicial que tem o propósito de conhecer
a expressão postural do indivíduo permitindo, assim, o diagnóstico cinesiológico
e a escolha da conduta a seguir; baseia-se no conhecimento dos aspectos
neuromusculares, psicomotores e comportamentais das desordens posturais
(PEREIRA, 2003).
Kendall, McCreary e Provance (1995) afirmam que, como em todos os
testes, deve haver uma padronização ao avaliar o alinhamento postural.
Fernandes, Amadio e Mochizuki (1999), comentam que uma questão
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fundamental em qualquer tipo de avaliação é o critério para determinação do
que é funcional e do que é patológico para as estruturas envolvidas na postura.
A avaliação da postura corporal através da posição ortostática tem
sido utilizada há várias décadas e por muitos autores como um instrumento para
verificar se a pessoa apresenta postura adequada. Nesta avaliação, o
alinhamento e a simetria dos segmentos corporais são os parâmetros utilizados
para a definição da boa postura, pressupondo-se que a verticalidade corporal e
a simetria representam o bom equilíbrio muscular e o bom funcionamento dos
sistemas ósteo-articular e muscular.
Para avaliar a postura, o indivíduo deve estar adequadamente
despido, para ser examinado em sua postura habitual relaxada, ou seja, a
postura que é adotada usualmente (MAGEE, 2002). Para Pereira (2003), os
parâmetros de avaliação da simetria morfo-postural humana são: a posição de
pé, ereta, dita ortostática; a observação nos planos frontal, sagital e transverso e
a linha gravitacional como eixo imaginário de simetria dos segmentos corporais
entre si e do corpo em relação ao espaço.
A preconização da utilização do fio de prumo como uma linha vertical
para a visualização e referência para a postura em foi realizada por Kendall,
McCreary e Provance (1995), para determinar se os pontos anatômicos de
referência do indivíduo estão alinhados com os pontos anatômicos considerados
de referência na postura padrão, assim, os desvios destes pontos referenciais a
partir do fio de prumo revelam a extensão do desalinhamento ou assimetria do
segmento corporal analisado.
Asher (1976) afirma que cada criança deve ser examinada em quatro
posições: lateral, posterior, anterior e sentada com as pernas estendidas. Rocha
(2000) diz que a avaliação postural é feita através de um exame subjetivo
estático nas vistas anterior, lateral, posterior e anterior com flexão de tronco.
Segundo Pereira (2003), uma revisão de literatura verificou que a
avaliação postural realizado nos moldes atuais é basicamente visual, sendo
encontrados entre os autores europeus os maiores esforços no sentido de
avaliar as disfunções posturais por meio de parâmetros mais objetivos; estas
avaliações, embora qualitativas, não têm conseguido satisfazer as necessidades
de precisão dos exames morfo-posturais. A autora comenta ainda que muitas
técnicas de mensuração dos desvios da coluna vertebral, que utilizavam
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instrumentos como réguas, fitas métricas, lápis dermatográfico e fio de prumo no
próprio corpo do indivíduo foram substituídos por mensurações radiográficas, o
que não permite a visualização da atitude postural estática do indivíduo,
havendo necessidade de instrumentos além do olho humano que possam
mensurar determinados padrões de simetria de partes do corpo e/ou do seu
conjunto.
Guerino et al (2001) comentam que é possível realizar dois tipos de
análises da postura corporal, as quais, para as autoras, se complementam: a
análise estática e a análise dinâmica. A análise estática tem como objetivo
atentar sobre o equilíbrio de cada segmento corporal, um sobre o outro, verificar
as condições de adaptação desse equilíbrio e segmentar as modificações
contínuas da base de sustentação e da posição da cabeça. a análise
dinâmica objetiva detectar o local e as causas do desequilíbrio muscular,
colocando em evidência a lógica das deformidades ou disfunções.
Santos (2003), coloca que existem diversos modelos para registro da
postura corporal e que, dependendo do objetivo da pesquisa e do tipo de análise
a ser realizada, estes modelos podem ser vistos como ferramentas úteis.
Para Fernandes, Amadio e Mochizuki (1997), existem duas
tendências norteando as técnicas utilizadas para análise postural: a observação
direta, realizada através de equipamentos que possibilitam a mensuração
quantitativa dos resultados; e a observação subjetiva, a qual utiliza material
escasso e a observação, determinando uma relação de dependência entre a
fidelidade dos resultados e a experiência do avaliador, caracterizando uma
avaliação que gera resultados quantitativos. Os autores, a partir de revisão
bibliográfica, classificaram e sistematizaram os métodos de avaliação postural
em quatro grupos distintos: [1] observação de pontos anatômicos (estático e
dinâmico), [2] avaliação através de modelos p-determinados, [3] cinemetria
(bidimensional e tridimensional) e [4] processamento de sinais biológicos.
Viton et al (2004) colocam que os métodos de análise da postura e do
movimento estão se aprimorando nos últimos 15 anos e que, atualmente, os
mesmos são de interesse da traumatologia do esporte, utilizando
instrumentação de alto custo como o exame de ressonância magnética (RM).
Santos et al (2005) comentam que diversos métodos de avaliação da
postura corporal são desenvolvidos, estudados e implementados como
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instrumento de trabalho em clínicas, academias, escolas de postura e cursos de
extensão universitária.
Na literatura, encontramos alguns protocolos de avaliação postural, os
quais foram utilizados por profissionais da saúde em seus estudos, como o New
York Postural Test e escoliômetro (RESENDE; SANCHES, 1992); o método de
análise postural da Portland State University (AGUIAR, 1996; SIMAS; MELO,
2000; SANTOS; MORO, 2005), teste de 1 minuto (FERRIANI et al, 2000;
BARROS; SOUZA, 2003), ficha de avaliação postural, e simetrógrafo
(BRIGHETTI; BANKOFF, 1986; PIRES et al, 1990; ROSA NETO, 1991; PINHO;
DUARTE, 1995; OLIVEIRA et al, 1998; PERTILLE et al, 1999; SOMAZZ et al,
2000; PALMARES; RODRIGUES; RODRIGUES, 2001; MARKWARDT, 2002;
CARENZI et al, 2004; CORREA; PEREIRA; SILVA, 2005), posturógrafo com fio
de prumo (FERRONATO; CANDOTTI; SILVEIRA, 1998; DETSCH; CANDOTTI,
2001), podoscópio (PANTANALI; ROSA NETO; CAON, 2005), simetrógrafo e
fotogrametria (PENHA et al, 2005), programa de análise computadorizada da
postura (SCHMIDT; BANKOFF, 1999; PEREIRA, 2003; SACCO et al, 2003),
entre outros.
2.5.1 Método de análise postural da Portland State University / PSU
O método PSU foi adaptado do New York Posture Test, por Althoff,
Heyden e Robertson (1988a e 1988b), com o objetivo de identificar sinais de
alteração postural, desalinhamento e/ou assimetria postural e os segmentos
corporais mais acometidos, dentro de uma perspectiva subjetiva (através da
inspeção visual).
O New York Posture Test faz parte do New York State Posture
Analysis Form e, para a avaliação postural propriamente dita, utiliza o New York
Posture Rating Chart um gráfico específico para o registro dos sinais de
alteração postural através de notas para cada segmento corporal (ADAMS,
1985) o qual também deu origem ao método Ohio State University.
Assim como o New York Posture Test, o método PSU é constituído
por 13 itens diferentes. A cada um destes itens são conferidas notas, as quais
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baseiam-se nos desenhos localizados no formulário de registro (ANEXO A).
Sendo assim, o método PSU permite ao avaliador quantificar, em percentual, o
Índice de Correção Postural (ICP) do avaliado, através do uso de equações
matemáticas estipuladas por um escore diagnóstico, ou seja, identificar o ICP
total e os ICPs segmentares (Santos et al, 2005).
Para tanto, o método PSU, assim como o New York Posture Test,
adota um sistema de escala de notas como critério de avaliação, como segue:
Os idealizadores da técnica optaram por atribuir valor (5) quando a
região anatômica observada demonstra coincidência com a figura proposta que
representa postura adequadamente esperada, ou seja, quando da observação
do ponto anatômico identifica-se uma simetria perfeita; valor (3) quando a região
anatômica observada demonstra coincidência com a figura que representa uma
situação intermediária entre a postura adequada e inadequada; (1) quando a
região anatômica observada demonstra coincidência com a figura proposta que
representa acentuado comprometimento postural.
No método PSU, assim como no New York Posture Test, a nota 1 em
um item isolado ou a nota total igual ou inferior a 39 (simulando que todos os 13
itens receberam nota 3) sugere a presença de sinais de alteração postural no
avaliado.
No método PSU, para a realização da análise postural, o corpo do
avaliado é dividido em segmentos corporais, a saber (Quadro1):
a. Sem desvio (5) b. Ligeiro desvio lateral (3) c. Acentuado desvio
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Plano Frontal vista posterior Plano Sagital vista lateral
1.1 Cabeça e pescoço
1.2 Ombros
1.3 Coluna
1.4 Quadril
1.5 Joelhos
1.6 Pés
1.7 Impressão plantar
2.1 Cabeça
2.2 Tórax
2.3 Ombros
2.4 Coluna torácica
2.5 Tronco
2.6 Abdomen
2.7 Coluna lombar
2.8 Joelhos
Quadro 1: listagem dos segmentos corporais avaliados no plano frontal, vista posterior e no
plano sagital, vista lateral, e seus respectivos números de referência.
Fonte: SANTOS et al, 2005.
O conjunto dos segmentos corporais apresentados forma regiões
corporais, as quais são apresentadas abaixo:
RCP Região da Cabeça e Pescoço = 1.1+1.2+2.1+2.2+2.3;
RCDL Região da Coluna Dorsal e Lombar = 1.3+2.4+2.5;
RAQ Região do Abdômen e do Quadril = 1.4+2.6+2.7;
RMI Região de Membros Inferiores = 1.5+1.6+1.7+2.8.
Já para a análise da região dos pés (impressão plantar), o método
preconiza a utilização de uma caixa contendo talco, na qual o avaliado se
posiciona para que se consiga a impressão bipodal do mesmo. Este
procedimento deve ser realizado por último, uma vez que o avaliado terá que
colocar seus pés dentro da caixa de talco (SANTOS et al, 2005).
Os autores supracitados comentam que é importante a utilização de
um fio de prumo posicionado ao lado do avaliado, a fim de servir como
referência para o nivelamento entre o chão e o avaliado (Figura 15).
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Figura 13: Ilustração simulando o posicionamento do fio de prumo ao lado do sujeito avaliado.
Fonte: MARRERO, 2000.
A partir da análise visual, na busca de sinais de assimetria,
desalinhamento e/ou alteração postural em cada região corporal, é conseguido
um valor de referência baseado no somatório das escalas relativas a cada
segmento da região corporal observada. Na RCP o valor máximo é de 25, na
RCDL de 15, na RAQ de 15 e na RMI de 20.
Na seqüência, é realizado o somatório dos escores de todas as
regiões corporais, o qual é dividido por 75 e multiplicado por 100, dando origem
ao percentual referente ao ICP do indivíduo avaliado, como segue:
Equação 1: Cálculo do Índice de Correção Postural (ICP).
Fonte: Santos et al, 2005.
Os escores são expressos em percentual, sendo que 100% equivale
ao máximo de correção postural e 65% (em adultos) e 85% (em crianças) são
RCP
Região da Cabeça e do Pescoço (1.1+1.2+2.1+2.2+2.3/25)x100
RCDL Região da Coluna Dorsal e Lombar (1.3+2.4+2.5/15)x100
RAQ Região do Abdômen e Quadril (1.4+2.6+2.7/15)x100
RMI Região de Membros Inferiores (1.5+1.6+1.7+2.8/20)x100
Índice de Correção Postural (
Ó/75)x100
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os pontos de corte associados a um menor índice de correção postural;
portanto, suspeito de algum comprometimento postural e que merece um
acompanhamento mais específico (ALTHOFF; HEYDEN; ROBERTSON,
1988a,1988b).
É importante salientar que a atribuição dos escores (5) (3) e (1) e,
conseqüentemente, os pontos de corte de 65% e 85%, foram sugeridos de
forma arbitrária. Não foram encontrados estudos na literatura que tenham
tentado validar os valores dos pontos de corte atribuídos ao instrumento.
Aparentemente, estes valores parecem ter sido propostos arbitrariamente por
alguns profissionais da área, baseados unicamente em uma lógica matemática e
não em qualquer outro indicador clínico (lógica matemática: o avaliado poderá
apresentar tão-somente um único valor (3) na região anatômica avaliada; todos
os demais valores terão que ser (5); se isto ocorrer, o avaliado vai apresentar
um ICP inferior a 85%).
Quanto à validação do instrumento, considerando a impossibilidade
de quantificar o constructo observado (alteração postural), parece-nos que
tornou-se possível tão-somente recorrer à validação lógica, ou seja,
comparações diretas entre os valores atribuídos nas observações realizadas e
radiografias das estruturas ósseas da região anatômica considerada, uma vez
que não foi encontrada nenhuma informação na literatura que descrevesse o
processo de validação do instrumento e/ou apresentasse seus indicadores de
validação.
Aparentemente o protocolo de avaliação postural discutido até o
momento é pouco utilizado como instrumentos de pesquisa, mas sim para a
realização de triagens no campo clínico para, quando for o caso, encaminhar o
indivíduo avaliado para uma análise postura mais específica. Como instrumento
de estudo, encontramos os estudos nacionais de Aguiar (1996), Simas e Melo
(2000) e Santos e Moro (2005). Entretanto, os autores direcionaram o método
PSU para amostras compostas por adultos: trabalhadores da construção civil
(AGUIAR, 1996), bailarinas (SIMAS; MELO, 2000) e trabalhadores de um centro
de informática (SANTOS; MORO, 2005).
A facilidade de utiliza
ção do método mostra suas vantagens,
entretanto não esconde algumas limitações do mesmo, apresentadas abaixo
(Quadro 2):
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Vantagens do Método PSU Limitações do Método PSU
É um método simples e de rápida
aplicação, facilitando a utilização no
ambiente escolar.
Auxilia na detecção de sinais de
assimetrias, desalinhamentos e/ou
alterações posturais, funcionando
como uma estratégia de triagem
postural.
Dificuldade na percepção dos pontos
anatômicos a serem observados,
principalmente para os avaliadores
iniciantes.
Dependência, em grande parte, da
experiência prática do avaliador
está intrinsecamente centrado na
subjetividade.
Atribuição arbitrária dos valores do
escore: (5), (3) e (1).
Necessidade de considerar-se tão
somente a validação lógica para a
técnica.
Quadro 2: Vantagens e limitações do método PSU.
No caso de utilização do todo PSU com escolares, Santos et al
(2005) colocam que alguns fatores devem ser levados em consideração no
momento da análise postural de escolares com a utilização do método PSU: a
fase de crescimento (massa corporal e estatura), desenvolvimento dos
caracteres secundários (mamas nas meninas) e a influência dos acessórios
escolares (material escolar, mochilas, mobiliário e posturas adotadas). Além
disso, recomenda-se o envio de uma carta-relatório aos pais das crianças que
apresentaram ICP abaixo de 85%, ressaltando o fato de que os sinais de
alteração encontrados e o valor do ICP não representam um diagnóstico clínico,
mas sim uma indicação de que as alterações podem existir ou estar se
instalando. Sendo assim, é importante sugerir aos pais que o escolar seja
encaminhado a um profissional da área de saúde (médico ou fisioterapeuta)
para a realização de um exame diagnóstico específico, a fim de confirmar ou
não o resultado da triagem postural realizada no ambiente escolar com o
referido método (ADAMS, 1985).
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2.5.2 Fotogrametria
Przysiezny (2003) coloca que vários autores descrevem esta
modalidade de análise, o registro de imagens fotográficas ou cinematográficas
das referências anatômicas de um indivíduo observado, como uma medida não
invasiva, de baixo custo, com precisão e boa reprodutibilidade dos resultados.
O mesmo autor comenta ainda que esta modalidade de análise se
apresenta como um método preciso, reprodutível, padronizado à metodologia,
adaptável a análise de causa e evolução do problema em questão, além de
possibilitar a realização de várias mensurações a partir de uma imagem
fotográfica.
Para Fernandes, Amadio e Mochizuki (1997), o uso da fotografia
permite o registro da imagem e o maior cuidado na sua análise, pois a
visualização rápida do indivíduo pode ser fonte de erros; a utilização de
marcações sobre a pele também apresenta características objetivas por permitir
a quantificação numérica do desvio.
2.6 Programas de detecção precoce de alterações posturais (Screening ou
triagem escolar)
A intuição sugere que tratando a doença no estágio anterior ao
aparecimento dos sintomas e complicações, haverá melhores chances de
controlar, impedir ou até reverter o processo patológico. A idéia de triagem em
populações aparentemente saudáveis para detectar doenças assintomáticas
tem sido amplamente considerada como um ideal que o sistema de saúde deve
procurar alcançar (FLYNN, 1991).
O objetivo de um programa de detecção precoce, também chamado
de triagem ou screening, como o método PSU, é identificar qualquer doença ou
alteração não reconhecida. Esta estratégia não tem a intenção diagnóstica,
sendo, portanto, uma ferramenta para identificar aqueles indivíduos que têm a
maior probabilidade de ser portadores da condição em questão.
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Os casos identificados como positivos nos programas de detecção
devem ser encaminhados para exame específico, a fim de definir o diagnóstico
e, se necessário, para tratamento.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) apud POSNA (2001) definiu
princípios para o sucesso dos programas de detecção ou triagem: a condição
que está sendo investigada deve ser um problema importante, a história natural
deve ser compreendida, os testes de detecção devem ser apropriados e aceitos
pela população-alvo, assim que a doença for identificada deve haver um
tratamento aceitável disponível, e, finalmente, o programa deve ser custo-
efetivo.
Segundo Flynn (1991), triagens para detecção precoce de doenças
têm sido praticadas como uma forma de medicina preventiva na Inglaterra
desde que o exame regular de escolares foi introduzido nas bases nacionais,
por volta de 1910.
Velezis, Sturm e Cobey (2002) colocam que, tradicionalmente, as
triagens de saúde pública são convenientes somente se o diagnóstico precoce
for realizado antes de o indivíduo ser sintomático. No caso de triagem de
qualquer doença, os seguintes critérios devem ser encontrados: ser um
importante problema de saúde pública com relação à morbidade, mortalidade e
custo; existir facilidades para diagnosticar e tratar a doença na comunidade;
haver um tratamento efetivo que melhore os resultados de saúde do grupo
triado.
Programas de triagem de saúde pública são geralmente instituídos e
reconhecidos após encontrar critérios evidentes. Além disso, devem ser um
modo rápido, cuidadoso e de baixo custo para a identificação da maioria ou de
todos os casos não reconhecidos de outra forma. Para tanto, os testes de
triagem devem ser facilmente reproduzíveis e ter poucos falsos positivos e
falsos negativos (RENSHAW, 1988).
A efetividade da triagem é mensurada pela capacidade de selecionar
aqueles indivíduos com a doença (sensibilidade), identificar corretamente
aqueles com a doença e estimar a freqüência com que os testes positivos
realmente predizem a doença (valor preditivo positivo) (VELEZIS; STURM;
COBEY, 2002).
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Muitos países hoje têm programas de triagem escolar para
deformidades na coluna, como os Estados Unidos, Japão, Grécia, Alemanha,
Itália, entre outros. O mais precoce programa de triagem de deformidades da
coluna iniciou em Minnesota, em 1947 e desenvolvido por um grupo de
enfermeiras, num esforço de detectar o desenvolvimento de deformidades na
coluna após a epidemia de poliomielite de 1946. Em 1960, iniciou-se a triagem
escolar de escoliose e outros problemas ortopédicos nas escolas de Delaware,
a qual, em no ano letivo de 1962-1963, tornou-se governamental. Em 1974, a
Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos (AAOS American Academy of
Orthopaedic Surgeons) apoiaram o conceito de triagem escolar para a detecção
precoce de deformidades da coluna em crianças (RENSHAW, 1988). Em 1980,
o poder legislativo da Califórnia determinou que programas de triagem escolar
de escoliose fossem implementados naquele estado (ADLER; CSONGRADI;
BLECK, 1984). Em 1988, 19 estados americanos exigem a triagem postural de
escolares. Segundo a POSNA (2001), nos Estados Unidos a detecção precoce
é requerida por lei em quinze estados e cinco outros estados possuem
regulamentos administrativos que requerem a detecção. E a Sociedade de
Pesquisa em Escoliose recomenda a triagem anual de todas as crianças entre
10 e 14 anos (RENSHAW, 1988).
O Japão é o único país com um programa de triagem mantido pelo
governo federal (ADLER; CSONGRADI; BLECK, 1984) e, neste país, o teste de
flexão do quadril para verificar incidência de escoliose em escolares foi instituído
como uma triagem obrigatória nas escolas (TEIXEIRA, VANÍCULA, 2001).
Historicamente, os sistemas escolares têm apoiado programas de
atenção preventiva com procedimentos de triagem visual. Escolas oferecem o
acesso mais completo, eficiente e de baixo custo para a população com risco de
desenvolver deformidades da coluna crianças de 9 a 15 anos.
Segundo Renshaw (1988), existem alguns tópicos que devem ser
considerados na estruturação de um programa escolar de triagem postural, a
saber:
O programa deve constar de quatro componentes básicos um trabalho
de base preliminar, a triagem propriamente dita, os procedimentos de
acompanhamento e a análise dos dados do programa;
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O trabalho de base preliminar consiste em recrutar a assistência do
conselho escolar, administração escolar e outros funcionários da escola;
As pessoas que farão o exame deverão ser designadas e treinadas no
método de avaliação postural um examinador de triagem treinado, mais
frequentemente uma enfermeira escolar ou um professor de Educação
Física, podem rapidamente realizar um exame reproduzível e simples
com um mínimo de recursos;
Médicos, da escola ou da comunidade, devem ser recrutados para servir
como consultores do programa de triagem;
A triagem é melhor realizada na aula de Educação Física escolar;
aqueles alunos que normalmente estão dispensados desta disciplina
devem estar presentes no dia da triagem;
A análise das crianças deve ser individualizada e privada;
O examinador deve observar se existe a presença de sinais de
assimetrias no nível dos ombros, proeminência das escápulas, distâncias
desiguais entre os membros superiores e a região lateral do tronco,
desalinhamento pélvico e alinhamento da cabeça, entre outras coisas;
Durante os estágios precoces do programa de triagem, é sensato que as
crianças nas quais foram identificados sinais positivos de alteração
postural sejam examinadas por um examinador mais experiente
geralmente o coordenador do programa de triagem para a confirmação
da presença do critério de referência;
Quando há confirmação de que os critérios foram encontrados, os pais da
criança devem ser informados por uma carta e, se possível, um
telefonema enfatizando a necessidade de acompanhamento por um
médico ou fisioterapeuta de confiança da família;
O componente final, e importantíssimo, do programa escolar de triagem
postural é a análise dos dados somente tendo dados completos e
meticulosos os resultados dos programas podem validar as informações
sobre a prevalência de alterações posturais;
O valor de qualquer programa de triagem postural depende em parte da
exatidão do desempenho do examinador realizando o exame;
Uma estimativa dos custos da triagem deve incluir [1] o tempo da pessoa
ou pessoas que treinam os examinadores, [2] o tempo que os
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examinadores gastam nos treinamentos, [3] o tempo de planejamento do
programa de triagem montando a triagem e instruindo os alunos, pais e
funcionários da escola, [4] o tempo gasto realizando a triagem, [5] o
tempo de atividades de acompanhamento e [6] o custo dos materiais,
educativos e impressos, e dos equipamentos (nos Estados Unidos, o
conjunto destes procedimentos tem o custo médio de 24 centavos de
dólar a 1,75 dólares por criança);
Os custos do processo de triagem devem ser separados dos custos dos
procedimentos de acompanhamento do programa, uma vez que os
custos do acompanhamento excedem os custos da triagem incluem
consultas médicas, exames complementares, tempo dos pais e custos de
transporte (nos Estados Unidos, o custo médio destes procedimentos gira
em torno de 50 a 150 dólares por criança).
No Brasil, não se encontrou na literatura informação sobre a
existência de algum programa escolar de triagem postural que receba o apoio
do governo, em qualquer um de seus níveis (municipal, estadual ou federal);
quando os programas acontecem escolas brasileiras, públicas ou privadas,
geralmente partem de uma iniciativa voluntária.
Existem estudos nacionais e internacionais relacionados à realização
de triagem postural em escolares, principalmente no que se refere à detecção
precoce de escoliose no ambiente escolar. Entre os internacionais, encontramos
os de Lonstein (1977); Adler, Csongradi e Bleck (1984); Andersen et al (2000),
Souccacos (2000), Sugita (2000), Grivas et al (2002a), Grivas et al, (2002b),
Velezis, Sturm e Cobey (2002) e Lippold et al (2003), entre outros. Entre os
estudos nacionais, encontramos os dePires et al (1990); Venancio, Elias e
Rodrigues (1990); Elias e Teixeira (1992); Resende e Sanches (1992); Pertile et
al (1999), Ferriani et al (2000), Somazz et al (2000) e Barros e Souza (2003).
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2.7 Postura corporal nos programas de Educação Física Escolar
O mercado de trabalho do profissional de Educação Física se ampliou
muito nos últimos anos, sua atuação hoje passa por cinco grandes áreas:
escola, saúde, lazer, esporte e empresa (OLIVEIRA, 2000).
O Conselho Federal de Educação Física/CONFEF, no Art. 1
o
da
Resolução n. 046/02 a qual dispõe sobre a Intervenção do Profissional de
Educação Física e suas respectivas competências e define os seus campos de
atuação profissional, resolveu que o profissional de Educação Física é
especialista em atividades físicas nas suas diversas manifestações, inclusive na
prestação de serviços que favoreçam o desenvolvimento da educação e da
saúde e na prevenção de problemas posturais (CONFEF, 2003). Tubino (2003)
coloca que, a partir do Congresso Mundial FIEP de Educação Física de Foz do
Iguaçu de 2000, quando foi lançado o Manifesto Mundial da Educação sica
FIEP 2000, houve uma reconceituação da Educação sica, e um dos pontos
abordados foi o fato de que a Educação Física, por ser uma educação, tem de
educar para alguma coisa que possa lhe dar sentido. Nesta nova concepção, a
Educação Física constitui-se um meio para um Estilo de Vida Ativo durante toda
a existência das pessoas. Para tanto, a Educação Física tem de ser uma
educação para a saúde e para o lazer, desenvolvendo hábitos, atitudes e
conhecimentos.
Oliveira (2000) comenta que as ações do profissional de Educação
Física são importantes nas fases primária, secundária e terciária da saúde. Nas
ações primárias este profissional atua de forma preventiva no estabelecimento
e/ou fixação de débitos funcionais e o desenvolvimento de seu trabalho
apresenta efeitos restauradores importantes na profilaxia de disfunções
cinéticas-posturais no jovem em idade escolar.
Entretanto, a Educação Física tem sido quase sempre direcionada
para uma abordagem tática das modalidades esportivas, priorizando aqueles
alunos que dominam os fundamentos esportivos, ficando todo o processo,
então, com características elitistas ou recreativas na maior parte das aulas do
ensino fundamental e médio. Os alunos, muitas vezes, freqüentam as aulas de
maneira descompromissada com o que está sendo ensinado, por não
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possuírem a performance requerida em tais circunstâncias (PINTO; LOPÉS,
2001).
Em sua atuação, o profissional de Educação Física pode desenvolver
atividades de avaliação do alinhamento corporal dos alunos e atividades que
contribuam para a otimização deste alinhamento (TEIXEIRA; VANÍCOLA, 2001).
Rodriguez e Garcia (2004) comentam que o professor de Educação Física não
deve se esquecer de que o fisioterapeuta reabilita ou recupera uma alteração ou
lesão, entretanto os professores de Educação Física podem atuar antes e, com
um bom trabalho, fazer com que um aluno nunca tenha que chegar ao
fisioterapeuta por um problema que poderia ter sido prevenido.
Apesar da postura corporal ser sempre citada nos conteúdos de
Educação Física, observa-se que este tema não tem sido trabalhado de forma
muito eficiente, haja vista o grande número de pessoas que apresentam maus
hábitos posturais, e dores decorrentes destes, na vida adulta (TEIXEIRA;
VANÍCOLA, 2001).
Santos (1998) coloca que a postura corporal tem sido tema de
estudos e discussão entre estudiosos da Educação Física, variando de
pesquisas que apontam a atividade física como causa de alterações posturais
até aqueles que a apontam como fator preventivo e/ou corretivo.
Entretanto, a aparente falta de conhecimento geral (tanto por parte
dos professores de Educação Física quanto por parte da comunidade) sobre
postura corporal pode estar associada, para Teixeira e Vanícola (2001), ao
próprio currículo de graduação em Educação Física, o qual, muitas vezes,
apresenta este tema aos futuros profissionais de forma inconsistente, fato que
reflete diretamente na atuação profissional quando observamos uma
preferência destes profissionais aos jogos e atividades esportivas em detrimento
de aulas de Educação Física Escolar práticas e/ou teóricas que trabalhem
temas como noções sobre o corpo e cultura corporal. Daólio (1994) considera
que no currículo das faculdades que preparam os professores de Educação
Física, de maneira geral, predominam as disciplinas teórico-práticas, levando os
profissionais a uma falta de embasamento teórico; falta esta que dificultaria a
transformação da prática dos professores e, conseqüentemente, a educação da
comunidade.
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Knüsel e Jelk (apud BRACCIALLI; VILLARTA, 2000) colocam que um
trabalho de orientação aos professores das escolas primárias sobre a
importância da profilaxia das dores nas costas, decorrentes da má postura, teria
um grande efeito na redução de alterações posturais em adultos.
Para Santos (1998), independente das leis de crescimento (lei
pubertária, lei da alternância, lei das proporções e lei das assimetrias) e das
alterações posturais específicas que derivam destas leis, a atuação preventiva
em escolares deve ser enfatizada. Daí a importância da Educação Física
Escolar, pois cabe ao profissional de Educação Física orientar seus alunos
sobre as posições adequadas que o corpo deve assumir perante diferentes
atividades diárias, além de alertá-los para que sejam fiscais de si mesmos em
relação à postura.
Weis e Müller (1992), por acreditarem que os professores de
Educação Física têm papel importante na área da Saúde, principalmente no
aspecto primário da prevenção, elaboraram um manual para instrumentalizar os
profissionais para a realização de um exame biométrico que considerasse as
atitudes posturais de seus alunos. A orientação do manual é que, detectada
alguma alteração postural, que o profissional de Educação Física encaminhe o
aluno para um exame especializado, a fim de viabilizar dados fidedignos que
fundamentem a prescrição de exercícios e atividades coerentes com a condição
individual dos alunos.
Para os autores supra-citados, através da realização da avaliação
postural o professor de Educação Física está iniciando a conscientização dos
alunos em relação à importância da boa postura para uma vida mais saudável,
além de garantir segurança na prescrição de atividades corporais.
Para Braccialli e Villarta (2000), avaliações antropométricas,
psicomotoras e posturais simplificadas, como o teste de um minuto, e um exame
físico da atitude postural deveriam constar como elemento do planejamento de
qualquer escola, uma vez que, comprovadamente, tais estratégias mostram-se
eficientes, seguras e de baixo custo na detecção e intervenção precoce de
futuras alterações posturais e no acompanhamento do desenvolvimento da
criança e do adolescente.
Harsha (1995) coloca que estudos realizados na d
écada de 90
indicaram que as crianças atualmente são provavelmente menos preparadas do
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que as de 20 anos atrás. São mais preguiçosas e/ou inativas e tendem a
apresentar maior sobrepeso. Rowland e Freedson (1994) comentam que um
efeito salutar na saúde de um adulto resulta, geralmente, de exercício físico
durante a infância, o qual serviu como uma base para um estilo de vida ativo.
Uma vez que os hábitos posturais e a mecânica corporal estão
unidos na vida adulta, parece razoável que a educação postural seja iniciada
durante a infância (CARDON; CLERQ; BOURDEAUDHUIJ, 2002). Para Harsha
(1995), as escolas são os melhores meios de entrar em contato e
sistematicamente promover saúde em crianças. Para o autor, nenhum outro
mecanismo é disponível para alcançar um grande número de jovens em um
ambiente protetor e bem-aceito.
No Brasil, de acordo como Censo Escolar 2000, existem 345.527
escolares no país, sendo 221.852 de ensino fundamental, em idades
privilegiadas para a formação de valores e hábitos favoráveis à saúde
(ZAPATER et al, 2004).
Sendo assim, parece interessante que haja a implantação de
programas de educação postural em ambiente escolar, desenvolvidos por
profissionais de Educação Física e que englobem toda a comunidade escolar
(alunos, pais, professores e funcionáarios), nos quais a etapa de triagem
postural seja uma ferramenta, com o intuito de direcionar os escolares para
estratégias específicas de trabalho corporal, afim de preparar os mesmos de
forma adequada para a vida adulta no que se refere à postura corporal e
utilização adequada da mecânica corporal.
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3 MÉTODO
Neste capítulo serão abordados os procedimentos metodológicos
utilizados neste estudo, especificamente no que diz respeito à caracterização da
pesquisa, procedimentos para a seleção da amostragem, coleta de dados e o
tratamento estatístico utilizado.
3.1 Caracterização do estudo
Segundo Silva (2005), esta pesquisa caracterizou-se como do tipo
aplicada, do ponto de vista da sua natureza; quantitativa, quanto à abordagem;
descritiva-exploratória de corte transversal, quanto aos objetivos e de
levantamento, quanto aos procedimentos técnicos.
Sendo assim, a mesma apresentou interesse em conhecer e
interpretar a realidade, sem nela interferir ou modificá-la, visando a descrição,
observação, registro, análise e correlação dos fatos ou fenômenos sem
manipulá-los especificamente, visando a familiarização com o fenômeno de
estudo (RUDIO, 1986; CERVO; BERVIAN, 1996; THOMAS & NELSON, 2002).
Este estudo objetivou investigar a prevalência de alterações posturais
em escolares de 7 a 10 anos de idade, matriculados no ensino fundamental da
rede municipal de Florianópolis/SC, estimando o índice de correção postural
(ICP) dos escolares, traçando o perfil postural de escolares, identificando o tipo
de alteração postural prevalente nos escolares, comparando os resultados
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encontrados entre os gêneros e faixas etárias e relacionando o índice de
correção postural (ICP) com o gênero, faixa estaria e índice de massa corporal
(IMC) dos escolares.
O método foi selecionado a partir do problema estabelecido e com
base no referencial teórico, visando atingir os objetivos propostos conforme
ilustrado na figura 14, a seguir.
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Figura 14: Fluxograma da pesquisa.
PROBLEMA
Qual a preval
ência de alterações posturais em escolares de 7 a 10 anos de
idade, matriculados no ensino fundamental da rede municipal de
Florian
ópolis/SC?
Método
Pesquisa descritiva
explorat
ória de corte
transversal
Estudo piloto
Coleta de
dados
Sujeitos: 256 escolares
7 a 10 anos
Ambos os g
êneros
Procedimentos
Caract. Sujeitos
Objetivos 1, 2, 3, 4, 5
Características posturais
Características morfológicas
Instrumentos:
Balan
ça digital Fita métrica
Podoscópio Método de análise postural PSU
Plataforma de avaliação postural rotatória Máquina digital
Resultados
Análise de dados
Discussão dos resultados
Objetivo geral
Investigar a preval
ência de alterações posturais
em escolares de 7 a 10 anos de
idade,
matriculados no ensino fundamental da rede
municipal
de Florianópolis/SC
.
Objetivo específico 1
Estimar o
índice de correção postural (ICP) dos
escolares
do ensino
fundamental do
município
de
Florianópolis/SC
.
Objetivo específico 2
Tra
çar o perfil postural dos escolares.
Objetivo específico 3
Identificar o tipo de altera
ção
postural
prevalente nos escolares
.
Objetivo específico 5
Relacionar o
índice de correção postural (ICP)
com o gênero, e idade.
CONCLUSÕES
Estatística descritiva
Correlação de Spearman
Teste de Wilcoxon
Objetivo específico 4
Comparar os resultados referentes
à análise
postural encontrados entre os gêneros e faixas
etárias.
Análise de regressão
múltipla
Referencial Teórico
* Postura corporal
* Alinhamento postural
* Desenvolvimento da
postura corporal
* Desenvolvimento da
postura corporal na crian
ça
* Desalinhamento postural
* Altera
ções posturais
* Altera
ção postural em
escolares
* Avalia
ção postural
* M
étodo de análise postural
da Portland State
University/PSU
* Fotogrametria
* Programas de detec
ção de
alterações posturais
(screening ou triagem
escolar)
*
Área de atuação,
habilidades e competências
do profissional de Educação
Física
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3.2 População e amostra
O município de Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina
(Figura 2), com área de 436,5 km², está localizado entre os paralelos de 27º50
de latitude sul e entre os meridianos de 48º25de longitude oeste. Os limites
geográficos do município estão assim configurados: município dividido em duas
porções de terras, uma refere-se à Ilha de Santa Catarina com área de 424,4
km², e a outra porção localizada na área continental, com área de 12,1 km².
Estas duas porções do município (insular e continental) são unidas por três
pontes (PMF, 2005). De acordo com o censo 2000, contava com uma população
de 342.315 habitantes, sendo 165.694 homens e 176.621 mulheres (IBGE,
2005) (Figura 15).
Figura 15:
Localização do município de Florianópolis no mapa político brasileiro.
Fonte: Instituto de Planejamento e Urbanismo de Florianópolis (IPUF), 2005.
A população deste estudo foi constituída por 6.108 escolares de
ensino fundamental da rede pública municipal da cidade de Florianópolis/SC,
Brasil, matriculados em turmas de 1ª a 4ª série de escolas básicas, entre 7 e 10
anos de idade, de ambos os gêneros.
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3.2.1 Seleção da amostragem
Uma vez que as escolas públicas municipais de Ensino Fundamental
de Florianópolis não estão distribuídas uniformemente nos 12 distritos que
compõem o município (Figura 16) e para atender a uma representação
significativa da população escolar levando em consideração as possíveis
variações dos níveis socioeconômicos e culturais, para este estudo foi
considerada a divisão distrital apresentada pela Prefeitura Municipal de
Florianópolis (PMF, 2005), como segue:
Canasvieiras: sede de Canasvieiras, praias de Canasvieiras, Daniela, Jurerê
Internacional, Forte e as localidades de Vargem Pequena, Ponta Grossa e
Lamim.
Cachoeira do Bom Jesus: Cachoeira do Bom Jesus, Vargem do Bom Jesus,
Vargem Grande, Ponta das Canas e Lagoinha.
Ingleses do Rio Vermelho: praias de Ingleses, Brava e Santinho as
localidades de Capivari e Aranhas.
São João do Rio Vermelho: Moçambique, Parque Florestal, São João do Rio
Vermelho.
Ratones: a própria sede.
Santo Antônio de Lisboa: Cacupé, Sambaqui, Barra do Sambaqui e Santo
Antônio de Lisboa.
Sede (Centro): área continental Balneário, Canto, Estreito, Capoeiras,
Coloninha, Bom Abrigo, Abraão, Monte Cristo, Pro-Morar, Sapé, Vila o
João; área insular Monte Verde, Saco Grande I e II, Itacorubi, Trindade,
Santa Mônica, Córrego Grande, Pantanal, Saco dos Limões, Costeira do
Pirajubaé, José Mendes, Prainha e Centro.
Lagoa da Conceição: Costa da Lagoa, praia e parque da Galheta, praia da
Joaquina, Lagoa da Conceição, Canto da Lagoa, Retiro da Lagoa, Praia
Mole e Porto da Lagoa.
Ribeirão da Ilha: Alto Ribeirão, Barro Vermelho, Caiacangaçu, Caeira da
Barra do Sul, Carianos, Costeira do Ribeirão, Freguesia do Ribeirão, Praia
de Naufragados, Tapera e Sertão do Peri.
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Pântano do Sul: Praia da Solidão, Praia do Saquinho, Praia do Pântano do
Sul, Lagoinha do Leste, Praia do Matadeiro, Praia da Armação, Lagoa do
Peri e Costa de Dentro.
Campeche: Morro das Pedras, Praia do Campeche, Campeche e Rio
Tavares.
Barra da Lagoa: localidade da Barra da Lagoa e Fortaleza.
A estes estratos foram agrupados os escolares do Ensino
Fundamental matriculados nas escolas básicas públicas municipais localizadas
em cada região.
Figura 16: Município de Florianópolis dividido por distritos.
Fonte: Instituto de Planejamento e Urbanismo de Florianópolis (IPUF), 2005.
De acordo com a Divisão de Planejamento da Secretaria Municipal de
Educação de Florianópolis DIPLAN (2005), através dos dados do Censo
Escolar do ano de 2004, Florianópolis conta, na rede pública, com 25
instituições de ensino fundamental (1ª a 4ª série) escolas básicas, perfazendo
um total de 6.108 escolares (Tabela 1).
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Tabela 1: Número de alunos matriculados por série em escolas básicas da rede
municipal de ensino de Florianópolis/SC e percentual correspondente (1ª a
série).
Série Matriculados Percentual por estrato (%)
1ª série 1601 26
2ª série 1483 24
3ª série 1568 26
4ª série 1456 24
TOTAL 6108 100
Fonte: Divisão de Planejamento da Secretaria Municipal de Educação (DIPLAN), 2005.
Sendo assim, os procedimentos para seleção da amostra foram
realizados obedecendo a três estágios, um com unidade amostral por
estabelecimento escolar, outro por classe escolar e o outro por escolar, ou seja,
através de uma amostragem estratificada (BARBETTA, 2004; TRIOLA, 1999;
SILVA et al, 1995).
Inicialmente, a seleção foi realizada por sorteio por região (aleatória
por distrito) e, a partir de um agrupamento de classes escolares (agrupamento
por conveniência, considerando a disponibilidade da instituição escolar), foi
selecionada uma amostragem estratificada de escolares por classe escolar
(aleatória por sorteio), para chegar-se ao número de alunos por classe escolar
determinados pelo cálculo para definir o tamanho da amostra (BARBETTA,
2004; TRIOLA, 1999; SILVA et al, 1995) (Tabela 2).
Tabela 2: Unidade amostral e procedimento de seleção da amostra por estágio.
Estágios Unidade
amostral
Seleção
I Escola
Aleatória estratificada por sorteio, pela região de
localização da escola
Distritos Canasvieiras, Cachoeira do Bom Jesus,
Ingleses do Rio Vermelho, São João do Rio Vermelho,
Ratones, Santo Antônio de Lisboa, Sede (Centro), Lagoa
da Conceição, Ribeirão da Ilha, Pântano do Sul,
Campeche e Barra da Lagoa.
II Classe escolar
Estratos (agrupamento por conveniência) de todas as
turmas de 1ª série, 2 série, série e série de cada
escola selecionada no estágio I.
III Escolares Aleatória estratificada por sorteio em classe escolar
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No estágio I foi utilizada uma relação nominal com o número de
registro das instituições de ensino fundamental da rede pública municipal,
cedida pela Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis para a realização
da seleção daquelas onde seria realizada a coleta de dados. Em cada uma das
doze regiões foi selecionada de forma aleatória, por sorteio, uma escola de cada
área (distrito) para garantir a representatividade em relação a cada região
geográfica (utilizando a tabela de números aleatórios). No caso de recusa de
alguma instituição de ensino sorteada em participar do estudo, foi realizado
novo sorteio referente àquela região.
O estágio II foi referente à formação dos estratos por classe escolar,
através do agrupamento por conveniência das turmas de mesma série em cada
estabelecimento de ensino selecionado no estágio I.
Com relação ao estágio III, houve uma seleção aleatória por sorteio
entre os escolares matriculados nas turmas de 1ª série, série, série e
série, por turno, em cada escola selecionada no estágio I, processo realizado
pelos professores das referidas turmas nas escolas selecionadas. Para tanto, foi
utilizado o número de registro escolar (ou número de matrícula) de cada aluno
matriculado nas escolas selecionadas. No caso de sujeitos sorteados que não
puderam fazer parte da amostra (falta de autorização dos pais ou recusa em
participar), foi realizado novo sorteio para substituí-los no número total por
escola.
Com relação à determinação do número necessário de escolares a
serem selecionados em cada um dos quatro estratos por classe escolar (1ª
série, série, série e série) para compor a amostra, utilizou-se a
estratégia de dividir o tamanho da amostra do estudo em quatro amostras por
estrato de tamanho igual, uma vez que o contingente de cada estrato foi
aproximadamente o mesmo (conforme apresentado na Tabela 3), não se
mostrando necessário um cálculo de proporcionalidade. Entretanto, não foi
possível preencher o número determinado no estrato por série em todas as
instituições escolares (Tabela 4).
A partir do processo descrito, as escolas selecionadas foram as
apresentadas na tabela a seguir (Tabela 3).
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Tabela 3: Área distrital, bairros selecionados e suas respectivas escolas básicas
(com seus números de identificação).
Área distrital Bairro Escola básica selecionada e
número de identificação
Sede (Centro) Córrego Grande 1 E.B. João Alfredo Rohr
Barra da Lagoa Barra da Lagoa 2 E.B. Garibaldi São Thiago
Ingleses do Rio Vermelho Ingleses 3 E.B. Gentil Mathias da Silva
Canasvieiras Jurerê 4 E.D. Agenor Manoel Gaia
Cachoeira do Bom Jesus Ponta das Canas 5 E.B. Osvaldo Machado
Ratones Ratones 6 E.B. Mâncio Costa
Campeche Campeche 7 E.B. Brigadeiro Eduardo Gomes
Pântano do Sul Praia da Armação 8 E.B. Dilma Lúcia dos Santos
Lagoa da Conceição Lagoa da Conceição 9 E.B. Henrique Veras
Ribeirão da Ilha Alto Ribeirão 10 E.B. Batista Pereira
Santo Antônio de Lisboa Santo Antônio de Lisboa
11 E.B. Paulo Fontes
São João do Rio Vermelho Rio Vermelho 12 - Escola Básica Antonio Paschoal Apóstolo
3.2.2 Tamanho da amostra
Para estabelecer o tamanho da amostra foi utilizada a fórmula
proposta por Triola (1999) e Silva et al (1995) para determinação de
amostragens com população conhecida, considerando um erro amostral de
5,5% e nível de confiança de 95%, como segue:
Equação 2: Fórmula para estabelecer o tamanho da amostra.
Fonte: Triola (1999) e Silva et al (1995).
Sendo:
n: tamanho (número de elementos) da amostra;
z: 1,96 - valor tabelado correspondente ao nível de confiança da pesquisa ;
p: 27% (ou 0,27) - percentual de casos na pré-amostra de 45 sujeitos que
não apresentaram alteração postural, ou seja, apresentaram um Índice de
Correção Postural (ICP) igual ou superior a 85;
n = z²pqN / e²(N-1) + z²pq
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n = 1,96² x 0,27 x 0,73 x 6108
______________________
0,055² x 6107 + 1,96² x 0,27 x 0,73
n
= 240 escolares
q: percentual de casos na pré-amostra de 45 sujeitos que apresentaram
alteração postural, ou seja, apresentaram um Índice de Correção Postural
(ICP) inferior a 85;
N: 6108 - tamanho (número de elementos) da população;
e: 0,055 - erro amostral tolerável.
A pré-amostra correspondeu à amostragem utilizada no estudo-piloto
que foi realizado (descrito posteriormente neste capítulo, em item específico), do
qual fizeram parte 45 escolares.
Com a aplicação da fórmula, utilizando os dados coletados com a
pré-amostra, obteve-se um tamanho de amostra de 240 escolares, como segue:
O tamanho final da amostragem deste estudo foi de 256 escolares,
conforme apresentado na tabela que segue (Tabela 4).
Tabela 4: Distribuição da freqüência na amostra por gênero, escola e idade
(n=256).
Escola 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos Total
1 7 4 7 3 5 9 10 1 29 17
2 4 3 1 6 0 2 2 5 7 16
3 0 2 2 2 1 0 0 3 3 7
4 2 11 2 8 8 4 6 4 18 27
5 1 0 0 0 2 6 1 8 4 14
6 0 0 0 0 0 2 2 6 2 8
7 3 0 0 8 1 4 0 1 4 13
8 2 1 0 2 0 2 0 3 3 8
9 0 0 0 0 0 2 9 6 9 8
10 4 0 2 2 2 4 4 3 12 9
11 1 2 0 3 4 4 5 9 10 18
12 0 0 0 0 3 0 2 5 5 5
Total f 24 23 15 34 26 39 41 54 106 150
Total % 9,37 8,98 5,86 13,28 10,16 15,23 16,01 21,09 41,41 58,59
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3.2.3 Critérios de exclusão
Foram adotados os seguintes critérios de exclusão da amostra do
presente estudo:
I) recusa do escolar em participar do estudo;
II) não entregar o termo de consentimento livre e esclarecido assinado pelos
pais ou responsáveis;
III) não entregar o questionário encaminhado aos pais respondido pelos
mesmos.
3.3 Variáveis do estudo
3.3.1 Características Posturais
Os dados das características posturais foram coletados com base no
protocolo da Portland State University (PSU), adaptado do New York Posture
Rating Chart por Althoff, Heyden e Robertson (1988) (Anexo I).
3.3.2 Características Morfológicas
Massa corporal (MC)
As medidas de massa corporal foram realizadas com a utilização de
uma balança analógica devidamente calibrada para este fim. Para tanto, o
sujeito avaliado foi posicionado no centro da plataforma da balança, descalço e
com o mínimo de roupas possível (meninos - 1 peça; meninas - 2 peças), onde
era mensurada a sua massa corporal em quilogramas com a resolução de 1
casa decimal.
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Estatura (Est)
A medida da estatura foi realizada através de uma fita métrica fixada
na parede, com o ponto zero fixado no nível do solo. O sujeito avaliado foi
orientado a manter a posição fundamental posição ortostática, olhar horizontal,
antepés voltados para frente e braços ao longo do corpo (BEHNKE, 2004), onde
o valor era dado em metros, com resolução de 2 casas decimais.
3.4 Instrumentos utilizados para a coleta de dados
Foram utilizados para implementação deste estudo:
1. Método de análise postural da Portland State University (PSU) (Anexo A):
protocolo adaptado do NewYork Posture Rating Chart por Althoff, Heyden e
Robertson (1988), o qual usa os sentidos visuais (observação) dentro de
uma perspectiva subjetiva, cujo principal objetivo é detectar sinais de
assimetria e de possíveis alterações posturais relacionadas aos seguintes
segmentos corporais - cabeça, ombros, coluna, tronco, tórax, abdômen,
quadril, joelhos, pés e impressão plantar; permitindo ao avaliador suspeitar
da presença de alterações na postura corporal do avaliado, possibilitando a
identificação das alterações posturais mais freqüentes, além de viabilizar a
análise da impressão bipodal.
Segundo Santos et al (2005), o instrumento quantifica o Índice de
Correção Postural (ICP) do avaliado, em percentual, através de equações
matemáticas, as quais são estipuladas por um escore diagnóstico (total e por
regiões corporais), o qual adota como critério de avaliação a seguinte escala:
No que se refere à classificação da postura corporal em crianças, os
autores consideram o percentual igual ou superior a 85% como aceitável para
uma boa postura corporal em crianças.
a) Sem desvio (5) b) Ligeiro desvio lateral (3) c) Acentuado desvio lateral(1)
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Para a realização do lculo do ICP total, utiliza-se a equação 1, ou
seja, deve-se somar os escores regionais, dividir este resultado por 75 e
multiplicar por 100, resultando no percentual de ICP corporal, como é
apresentado no escore diagnóstico a seguir:
2. Podoscópio: instrumento da marca Carci, constituído de estrutura em aço
(com altura de 34cm por 45cm de comprimento), vidro temperado (com
dimensões de 35cm X 35cm) para suportar até 100kg, e espelho de cristal
posicionado em um ângulo de 45° para refletir a imagem da planta dos pés,
os quais ficam apoiados sobre o vidro temperado; utilizado para avaliação da
impressão plantar (figura 17);
Figura 17
: Instrumento utilizado para aquisição da imagem fotográfica da impressão plantar,
conhecido como podoscópio.
3. Câmeras fotográficas digitais Sony Cyber-shot DSC P73, 4.1 mega pixels,
com lente zoom de 10x fixada em tripés: uma utilizada para a aquisição de
imagens nos planos frontal e sagital e outra para a aquisição da imagem da
impressão plantar, para análise posterior.
RCP
Região da Cabeça e do Pescoço (1.1+1.2+2.1+2.2+2.3/25)x100
RCDL Região da Coluna Dorsal e Lombar (1.3+2.4+2.5/15)x100
RAQ Região do Abdômen e Quadril (1.4+2.6+2.7/15)x100
RMI Região de Membros Inferiores (1.5+1.6+1.7+2.8/20)x100
ICP
Índice de Correção Postural (
Ó/75)x100
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4. Plataforma para avaliação da postura vertical rotatória com suporte: 2
superfícies de madeira compensada de 60cm X 60cm sobrepostas e unidas
por um eixo que permite a rotação da superfície de apoio sobre a base fixa.
A superfície superior, de 4cm de altura, apresenta um calço na parte
posterior para posicionar e bloquear os calcanhares e um calço em cunha de
30º entre os dois antepés e calcanhares unidos - para aumentar a
estabilidade (GAGEY; WEBER, 2000); a superfície inferior tem 7cm de
altura. A referida prancha serviu como indicador da posição adequada dos
pés do avaliado durante a aquisição das imagens e, através do suporte
rotatório, foi possível posicionar o sujeito da amostra para aquisição de
imagem no plano frontal e sagital sem que o mesmo precisasse realizar a
mudança de posição de forma ativa (Figura 18).
Figura 18: Plataforma para avaliação da postura vertical
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3.5 Procedimentos utilizados para a coleta de dados
Para a realização da coleta de dados foi necessária a realização de
alguns procedimentos preliminares, conforme pode ser visualizado na figura 19.
Figura 19:
Fluxograma dos procedimentos metodológicos para a coleta de dados.
ETAPAS METODOLÓGICAS
PARA
COLETA
DE DADOS
Aprovação do projeto
de pesquisa pelo
Comit
ê de Ética
Estudo-Piloto
Contato com as Escolas
(carta de apresenta
ção)
Termo de Consentimento
(pais)
Participantes do estudo
(amostra)
Agendamento e realização das coletas
Características
posturais
Aquisição de imagens
fotográficas nas escolas
Estatura
IMC
ENCERRAMENTO DA
PARTICIPA
ÇÃO DA AMOSTRA
Triagem postural /
PSU
Convite-participação
(pais)
Características
morfológicas
Massa corporal
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3.5.1 Procedimentos preliminares
Inicialmente foi realizada uma visita à Secretaria Municipal de
Educação de Florianópolis (SME), para esclarecimento sobre os objetivos e
metodologia da pesquisa e solicitação de autorização para a realização do
levantamento de dados nas escolas básicas do ensino fundamental do
município de Florianópolis, confirmada por declaração de autorização assinada
pela diretora do Departamento de Educação Fundamental de Florianópolis
(Apêndice A).
Em seguida, o projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética
em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina
(CEP/UFSC), no qual foi aprovado (Anexo II), e à qualificação pelos
componentes de uma banca examinadora formada por professores doutores
cadastrados ao Programa de Mestrado em Educação Física do Centro de
Desportos (CDS) da UFSC.
Após a aprovação do presente projeto de pesquisa pelo CEP/UFSC e
atendidas às recomendações sugeridas pelos componentes da banca
examinadora, foi realizado contato telefônico e visitação às instituições de
ensino selecionadas para participar do estudo, quando foi apresentada à direção
de cada escola a carta de apresentação elaborada pela Secretaria Municipal de
Educação (Apêndice B), confirmando a autorização para realização da coleta de
dados pela referida secretaria, precedendo o convite da pesquisadora para que
a escola visitada participasse do estudo, mediante autorização formal
(documento escrito) da direção da escola.
Em cada estabelecimento de ensino foi solicitada à direção uma lista
atualizada dos escolares matriculados, para a seleção da amostra parcial, bem
como um local adequado para realização da análise postural.
Em cada escola, após a seleção dos sujeitos da amostra (conforme
descrito anteriormente), foi encaminhada aos pais dos alunos selecionados, com
a anuência da direção da escola, uma carta-convite (Apêndice C) e o termo de
consentimento livre e esclarecido (TCLE) (Apêndice D), para formalização da
autorização da participação de seus filhos no estudo, esclarecendo quanto aos
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propósitos da pesquisa, procedimentos a serem realizados e voluntariedade da
participação.
3.5.2 Procedimentos para a coleta de dados
Os procedimentos de coleta foram definidos a partir das conclusões
do estudo-piloto previamente realizado (Apêndice E), sendo realizados
individualmente e obedecendo a rotina descrita a seguir.
A coleta de dados foi realizada em dois momentos: o primeiro foi de
caracterização da amostra dados pessoais (idade, gênero) e características
morfológicas (massa corporal e estatura); no segundo momento foram coletados
os dados referentes às características posturais.
a) Tomada de medidas antropométricas: foi realizada com a utilização da
balança e fita métrica, para verificação da massa corporal e estatura, sempre
precedendo a aquisição das imagens fotográficas, e os dados foram registrados
em fichas próprias para este fim (Apêndice F).
b) Aquisição das imagens fotográficas - coletadas para análise posterior, foram
seguidas as seguintes considerações:
as fotografias digitais foram realizadas nas dependências das instituições
de ensino selecionadas, em uma sala adequada liberada pela direção da
escola para este fim. As áreas destinadas para as fotografias foram
preparadas pela pesquisadora, a fim de obter melhor qualidade na
imagem, permanecendo no local somente o sujeito, a pesquisadora,
eventualmente os pais da criança, e os instrumentos necessários à coleta
de dados;
o registro fotográfico foi realizado com uma máquina fotográfica digital
fixada em um tripé com um nível que permitia o paralelismo entre o
equipamento fotográfico e o solo, a qual foi posicionada a uma distância
fixa de 2,55 metros do escolar, com o centro da lente a 1 metro do solo;
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foi utilizado um fio de prumo fixado no teto ou na parede posterior à
plataforma de análise postural, ao lado do local de posicionamento dos
escolares, para balizar o posicionamento da máquina fotográfica digital,
simular a passagem da linha de ação da gravidade e facilitar a
identificação da presença de sinais de desalinhamento e/ou assimetrias
corporais nos sujeitos da pesquisa;
os escolares foram orientados a comparecer à escola, no dia agendado
para a aquisição das imagens fotográficas digitais, com biquíni 2 peças
(meninas) e sunga (meninos) por baixo da roupa, a qual foi retirada
somente no momento da coleta dentro da sala reservada para este fim;
em cada sujeito, após a aquisição dos dados relativos às características
morfológicas (massa corporal e estatura), foram demarcados pontos de
referência (com adesivos circulares de cor vermelha) em C7 (vista
posterior) e na articulação têmporo-mandibular (ATM) (vista lateral) os
quais foram selecionados em função da facilidade e rapidez no processo
de palpação, com a intenção de servir como referência para a
identificação da presença de sinais observáveis de alteração postural;
os indivíduos foram fotografados com a roupa adequada (biquíni 2 peças
ou sunga), descalços, na postura bípede, ereta e estática, e foram
orientados a relaxar os membros superiores ao lado do corpo e a manter
o olhar horizontal;
cada sujeito teve três imagens coletadas: uma no plano frontal - vista
posterior [A], uma no plano sagital - vista lateral direita [B] (Figura 20), e
mais uma da impressão plantar refletida no podoscópio; todas foram
armazenadas para posterior análise utilizando o protocolo de análise
postural PSU (Figura 21);
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[A] [B]
Figura 20: Imagem fotográfica de sujeito da amostra no plano frontal (vista posterior) [A] e no
plano sagital (vista lateral) [B].
Figura 21: Imagem fotográfica da impressão plantar de sujeito da amostra conseguida com a
utilização do podoscópio.
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todas as fotos foram identificadas por um número de registro que iniciava
com o número correspondente à escola onde estava sendo realizada a
coleta de dados;
a instrumentação utilizada para a coleta de dados foi disposta nas salas
reservadas pela direção de cada escola para a aquisição das imagens
fotográficas conforme a figura 22.
Legenda:
1
Tecido preto para fundo de
foto;
2
Fio de prumo fixado em
base im
óvel;
3
Plataforma para exame
vertical da postura;
4
Distância entre a plataforma
de exame vertical da postura e
o trip
é;
5
Tripé;
6
Número de registro do
sujeito;
7
Podoscópio
9
Balança;
10
Fita métrica fixada à
parede.
Figura 22: Foto ilustrando a disposição da instrumentação utilizada no estudo para a aquisição
das imagens fotográficas no ambiente escolar durante a coleta de dados.
Todos os dados relativos à postura dos escolares foram coletados através de
fotometria para análise posterior, tendo como instrumento para esta análise o
método de análise postural PSU.
2
1
3
4
5
6
7
8
9
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3.5.3 Procedimentos para obtenção dos resultados
Para a análise das imagens fotográficas, utilizou-se o programa Corel
DRAW 9®. No intuito de viabilizar a análise postural e identificação da presença
de sinais de desalinhamento e/ou assimetrias corporais característicos de
alteração postural, foi traçada uma linha vertical à frente de cada imagem
fotográfica, a partir dos pontos demarcados em C7 (vista posterior) e ATM (vista
lateral), simulando a passagem da linha de gravidade no sentido vertical (crânio-
caudal), nos planos frontal e sagital, conforme preconizado por Kendall,
McCreary e Provance (1995).
A análise foi pautada na contagem de células de uma grade de
sobreposição utilizada como referência para a identificação de sinais de
alteração postural, a qual tinha as seguintes medidas:
largura - 1145.472 mm;
comprimento - 1145.472 mm.
A referida grade de sobreposição utilizada nos planos sagital e frontal
(Figura 23 [A] e [B], respectivamente) era formada por 330 células, sendo que
cada uma apresentava as seguintes medidas:
largura 2.109 mm;
comprimento 2.109 mm.
Obs: na figura 23 [A] e [B] há uma diferença nas medidas das células, em
função da desconfiguração da imagem ocorrida na transferência de um software
para outro (do Coreal Draw para o Microsoft Word).
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Figura 23: Fotos ilustrando a disposição da grade de sobreposição utilizada como referência
para a análise postural de sujeito da amostra no plano sagital [A] e no plano frontal [B].
[B]
[A]
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Os segmentos corporais foram analisados seguindo a seqüência
determinada pelo protocolo de análise postural PSU no plano frontal e no plano
sagital, além de serem identificadas e registradas alterações complementares
(aquelas que foram evidenciadas nas imagens fotográficas, mas que não foram
contempladas na seqüência de análise do PSU).
Para que se pudesse obter a melhor visualização da região anatômica
a ser analisada, adotou-se como critério trabalhar com uma resolução de zoom
de 650%.
Com base nos objetivos propostos, as informações foram organizadas
e tabuladas em planilhas eletrônicas geradas pelo programa Microsoft Excel for
Windows® 2000, seguida de conferência manual para identificação de valores
equivocados e/ou erros de digitação, os quais foram corrigidos, quando
necessário.
3.6 Tratamento dos dados
Pela característica exploratória deste estudo, o tratamento estatístico
foi constituído de uma análise descritiva, amparada por dados organizados
através de tabelas de distribuição de freqüência, percentagem e medidas de
tendência central (média) e de dispersão (desvio-padrão e coeficiente de
variação) para os objetivos 1 e 2.
Com relação aos objetivos 3 e 4, a fim de analisar as diferenças entre
os grupos, utilizou-se o teste de Wilcoxon para amostras independentes. Para a
comparação entre os índices segmentares de correção postural foi utilizada a
análise de regressão múltipla.
Para identificar a correlação entre as variáveis ICP e faixa etária,
relacionada ao objetivo específico 5, foi utilizada a estatística inferencial,
amparada pelo teste não-paramétrico para identificar o coeficiente de correlação
de Spearman. Para a análise entre as variáveis ICP e gênero foi utilizado o teste
de Wilcoxon para amostras independentes (BARBETTA, 2004; TRIOLA, 1998;
SILVA et al, 1995; THOMAS, NELSON, 2002).
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Para tanto, os dados foram transportados e analisados com o
programa estatístico STATISTICA (Stat Soft Inc.), versão 6.0, ano 2001,
Tulsa/OK/USA. Em todos os procedimentos estatísticos foi adotado o nível de
significância de p0,05 e intervalo de confiança de 95%.
Ao término do tratamento e discussão dos dados, foram gerados
relatórios com os resultados por escola (discriminando o nome do aluno
avaliado e seus respectivos resultados), para serem entregues à direção e
equipe pedagógica de cada instituição de ensino para que tomassem as
providências que considerassem mais adequadas.
3.7 Controle de erros
Para a aquisição das imagens fotográficas, principalmente durante
a fixação das marcas anatômicas, os erros humanos foram
minimizados com o uso de procedimentos uniformes e
padronizados, sendo que tanto a coleta de dados quanto a análise
dos mesmos foram realizadas sempre pelo mesmo indivíduo (no
caso, a pesquisadora principal) diminuindo, assim, os vieses
introduzidos pela variabilidade individual entre examinadores.
As análises das imagens fotográficas foram realizadas 3 vezes em
cada segmentos, a fim de eliminar os possíveis erros de
transcrição, confirmando a repetição do resultado.
3.8 Limitações do estudo
Admite-se que em situação de pesquisa, devido às exigências
metodológicas, onde os sujeitos deveriam permanecer somente
com a roupa adequada para a aquisição das imagens fotográficas
(biquíni 2 peças para as meninas e sunga para os meninos), pôde
ter originado algum tipo de constrangimento, com pequenas
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alterações de padrões de comportamento postural, bem como, em
função da própria situação de estar em uma sala preparada como
se fosse um estúdio fotográfico, acompanhado somente pela
pesquisadora principal.
As imagens fotográficas foram obtidas no plano, ou seja, em 2D
(bidimensionalmente), o que pôde gerar algum erro de perspectiva;
O registro manual dos dados a partir da análise das imagens
fotográficas, sendo que o ideal seria o registro automático.
Algumas intercorrências ocorreram durante o período de coleta de
dados, as quais merecem ser listadas por interferirem no aspecto operacional da
fase de coleta de dados:
Ocorrência de fenômenos climáticos que impossibilitaram o
agendamento da coleta de dados em várias das escolas
selecionadas por ausência dos escolares (ciclone extra-tropical);
Ocorrência de paralisação do professores do ensino municipal por
aproximadamente 1½ mês;
Eventos de última hora determinados pela Secretaria Municipal da
Educação (reuniões, palestras, etc), impossibilitando a realização
da coleta no dia agendado na instituição de ensino e gerando a
necessidade de reagendamento para datas cada vez mais
distantes;
Durante todo o período de coleta de dados, a pesquisadora
principal continuo a exercer a sua profissão (docente do ensino
superior, com 44 h/a semanais alocadas).
Todas as intercorrências listadas contribuíram, em maior ou menor
grau, para estender o período de coleta muito além do que o previsto no
cronograma do projeto de dissertação.
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4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Os resultados obtidos através da coleta e tratamento de dados,
segundo os objetivos propostos deste estudo, serão apresentados e discutidos
neste capítulo, confrontando-os aos dados encontrados na literatura referente a
esta temática.
Para tanto, os dados serão arrolados e divididos nos seguintes itens,
a saber: (a) Caracterização e comparação do grupo avaliado quanto as
indicadores antropométricos (Índice de Massa Corporal / IMC); quanto ao Índice
de Correção Postural (ICP); e, quanto à análise postural. (b) Relação entre a
variável ICP e as variáveis gênero, faixa etária e IMC.
4.1 Caracterização e comparação do grupo avaliado
4.1.1 Índice de Correção Postural (ICP)
Na tabela 5, apresentam-se os valores correspondentes à média,
mínimo, máximo e desvio-padrão referentes aos valores do Índice de Correção
Postural (ICP) e dos índices segmentares de correção postural (RCP Região
da Cabeça e Pescoço; RCDL Região da Coluna Dorsal e Lombar; RAQ
Região do Abdômen e do Quadril; RMI Região de Membros Inferiores)
encontrados na amostra estudada.
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Tabela 5: Valores correspondentes à média, mínimo, máximo e desvio-padrão
referentes aos valores do ICP e índices segmentares de correção postural
encontrados na amostra total (n=256).
Índice Média (%) nimo (%) Máximo (%) DESVPAD
ICP 71,95 49,3 97,3 ±9,83
RCP 16,58 7,0 25,0 ±3,43
RCDL 11,69 5,0 15,0 ±2,80
RAQ 10,26 5,0 15,0 ±2,17
RMI 15,45 4,0 20,0 ±2,37
Legenda: ICP Índice de Correção Postural; RCP Região da Cabeça e Pescoço; RCDL
Região da Coluna Dorsal e Lombar; RAQ Região do Abdômen e do Quadril; RMI Região de
Membros Inferiores
O resultado da média encontrado para o ICP foi de 71,95%, para a
RCP foi de 16,58%, para a RCDL foi de 11,69%, para a RAQ foi de 10,26% e
para a RMI foi de 15,45%.
Pode-se observar, na figura 24, a distribuição da freqüência e os
esboços das curvas normais dos valores dos índices segmentares de correção
postural verificados na amostra de 256 escolares, através da avaliação postural.
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Índices Segmentares de Correção Postural
RCP
RCDL
RAQ
RMI
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28
0
20
40
60
80
100
120
Freqüência
Figura 24: Gráfico da distribuição de freqüência dos índices segmentares de correção postural
obtidos na amostra de 256 escolares.
Pela característica das curvas de freqüência dos índices segmentares
de correção postural, as mesmas apontam para uma distribuição de valores
aproximadamente normal, ou seja, apresentam uma característica simétrica,
com uma grande concentração de casos no centro e que proporcionalmente
decaem em ambos os lados da curva.
Através do teste de análise de regressão múltipla, constatou-se que
todos os índices segmentares de correção postural apresentaram o mesmo
nível significante para o computo do cálculo do ICP, ou seja, todos os índices
segmentares contribuem com o mesmo peso para o valor do ICP.
Na figura 25, apresenta-se a distribuição da freqüência de casos por
valor da variável ICP na amostra deste estudo, além dos valores da média,
desvio-padrão, máximo e mínimo da mesma.
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ÍNDICE DE CORREÇÃO POSTURAL (ICP)
40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105
ICP
0
10
20
30
40
50
60
Freqüência
ICP: N = 256, Média = 71.9535156, Desvio-padrão = 9.8304363, Máximo = 97.3, Mínimo = 49.3
Figura 25: Gráfico da distribuição de freqüência do ICP obtido na amostra de 256 escolares.
Pela característica da curva de freqüência do ICP, a mesma aponta
para uma distribuição de valores aproximadamente normal, ou seja, apresenta
uma característica simétrica, com uma grande concentração de casos no centro
e que proporcionalmente decaem em ambos os lados da curva.
No que se refere aos valores do ICP, a tabela 6 apresenta os valores
de freqüência e percentual dos índices iguais ou superiores a 85 (considerados
normais) e dos índices com valores inferiores a 85 (considerados como não-
normais) encontrados na amostra, conforme faixa etária e gênero.
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Tabela 6: Valores de freqüência e percentual do ICP (normais e não-normais)
na amostra, conforme faixa etária e gênero.
ICP*
Idade
85 (normal)
/
<85 (não-normal)
/
Total f
/
7 4 / 3 20 / 20 24 / 23
8 3 / 3 12 / 31 15 / 34
9 1 / 2 25 / 37 26 / 39
10 8 / 2 33 / 52 41 / 54
f por gênero 16 /10 90 / 140 106 / 150
% por gênero 15,09 / 6,66 84,90 / 93,33 100,00 /100,00
f na amostra 26 230 256
% na amostra 10,16 89,84 100,00
*Valores de ICP iguais ou superiores a 85 são considerados aceitáveis para uma boa
postura corporal em crianças.
Para a análise mais detalhada da distribuição do ICP na amostra do
estudo, a distribuição da freqüência e percentual por intervalos dos valores
encontrados após a análise postural, conforme faixa etária e gênero, são
apresentados na tabela 7.
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Tabela 7: Distribuição da freqüência e percentual por intervalo referentes aos
Índices de Correção Postural, conforme faixa etária e gênero, encontrados na
amostra (n=256).
Legenda: ICP Índice de Correção Postural; - meninos; - meninas
Conforme os dados apresentados na figura 25, tem-se que o valor do
ICP teve uma média de 71,96% (±9,83) na amostra estudada, o que nos levaria
a considerar que os escolares apresentaram, de um modo geral, um padrão
postural considerável como adequado. Entretanto, através dos dados da tabela
6, observa-se que 89,84% da amostra (230 sujeitos) apresentou valores de ICP
abaixo de 85%, índice este considerado como referência para considerar-se a
postura corporal como adequada ou aceitável (SANTOS et al, 2005). Ou seja, a
maioria da amostra apresentou sinais de presença de, pelo menos, uma
alteração postural.
Os valores de ICP mais prevalentes no gênero masculino foram
aqueles entre 80-85%, correspondendo a 19,81% dos sujeitos deste gênero.
no gênero feminino, a prevalência aconteceu no intervalo entre os valores de
65-70%, o que correspondeu a 23,33% da amostra; logo, em ambos os gêneros,
a prevalência de valores do ICP ficou abaixo de 85%.
No que se refere
à prevalência dos valores do ICP nas faixas etárias
estudadas, conforme a tabela 7, observa-se que aos 7 anos 25% dos meninos
apresentaram ICP entre 70-75% e 16,7% das meninas apresentaram ICP entre
cada um dos intervalos entre 55-60%, 70-75%, 75-80% e 80-85%; aos 8 anos
Idade
ICP
7
f /
8
f /
9
f /
10
f /
Total
f /
Total
% /
Total
f %
45-50 1 / 0 0 / 0 0 / 0 0 / 0 1 / 0 0,94 / 0 1 / 0,39
50-55 1 / 0 0 / 0 1 / 3 1 / 1 3 / 4 2,83 / 2,66 7 / 2,73
55-60 0 / 4 0 / 4 4 / 6 5 / 9 9 / 23 8,49 / 15,33 32 / 12,50
60-65 2 / 1 1 / 0 4 / 5 5 / 3 12 / 9 11,32 / 6,00 21 / 8,20
65-70 5 / 3 2 / 12 3 / 8 4 / 12 14 / 35 13,21 / 23,33 49 / 19,14
70-75 6 / 4 0 / 6 4 / 6 6 / 15 16 / 31 15,09 / 20,66 47 / 18,36
75-80 4 / 4 2 / 5 1 / 3 7 / 9 14 / 21 13,21 / 14,00 35 / 13,67
80-85 1 / 4 7 / 4 8 / 6 5 / 3 21 / 17 19,81 / 11,33 38 / 14,84
85-90 3 / 3 2 / 3 0 / 2 6 / 1 11 / 9 10,38 / 6,00 20 / 7,81
90-95 1 / 0 0 / 0 1 / 0 2 / 1 4 / 1 3,77 / 0,66 5 / 1,95
95-100 0 / 0 1 / 0 0 / 0 0 / 0 1 / 0 0,94 / 0 1 / 0,39
Total f 24 / 23 15 / 34 26 / 39 41 / 54 106 / 150 100,0 / 100,0 256 / 100,00
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46,7% dos meninos apresentaram ICP entre 80-85% e 35,29% das meninas
apresentaram ICP entre 65-70%; aos 9 anos 30,77% dos meninos tiveram seu
ICP entre 80-85% e 20,51% das meninas tiveram seu ICP entre 65-70%; e,
finalmente, aos 10 anos 17,07% dos meninos tiveram seu ICP entre 75-80% e
27,8% das meninas tiveram ICP entre 70-75%.
Os resultados apresentados evidenciam que os valores do ICP mais
inferiores ao valor do ponto de corte do escore do método PSU (85% em
crianças), encontrados tanto no gênero feminino quanto no gênero masculino,
são predominantes aos 7 anos (entre 70 e 75% no meninos e entre 55 e 60%
nas meninas), o que pode ser explicado pela presença das chamadas
alterações de desenvolvimento, características desta faixa etária e
evidenciadas na avaliação postural.
Ao confrontar os resultados encontrados com a literatura, observa-se
que, no que se refere à utilização do método PSU e, conseqüentemente, do
ICP, como forma de análise da postura corporal, existem poucos estudos e os
que existem foram desenvolvidos com amostras formadas por indivíduos adultos
(trabalhadores da construção civil, bailarinas e trabalhadores da área de
informática) (AGUIAR, 1996; SIMAS; MELO, 2000; SANTOS; MORO, 2005).
No que se refere a estudos realizados com escolares, mas que
utilizaram métodos diferenciados de análise postural, encontramos resultados
que corroboram os dados deste estudo, onde mais de 50% da amostra
apresentou pelo menos uma alteração postural (CARENZI et al, 2004;
BARROS; SOUZA, 2003; MARKWARDT, 2003; DETSCH; CANDOTTI, 2001;
FERRONATO; CANDOTTI; SILVEIRA, 1998; RESENDE; SANCHES, 1992;
PINHO; DUARTE, 1995). Em contrapartida, existem estudos nacionais em que
os escolares que apresentaram sinais de alteração postural constituíram um
grupo inferior a 50% da amostra de cada estudo (FERRIANI et al, 2000;
SOMAZZ et al, 2000 e PERTILLE et al, 1999)
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4.1.2 Análise postural
Na tabela 8, a seguir, está representada a distribuição da freqüência e
percentual dos valores do escore da avaliação postural na vista lateral, realizada
com o método PSU, encontrados no gênero masculino da amostra.
Tabela 8: Distribuição da freqüência e percentual referentes aos valores do
escore da avaliação postural na vista lateral, realizada com o método PSU,
encontrados nos 106 escolares do gênero masculino da amostra.
Legenda: *1 = alteração acentuada; 3 = alteração intermediária; 5 = ausência de alteração.
Conforme a tabela 8, observa-se que, em relação às alterações
consideradas acentuadas na vista lateral, aos 7 anos houve uma maior
freqüência no segmento da cabeça, seguido do segmento lombar; aos 8 anos
nos segmentos da cabeça, ombros e lombar; aos 9 anos nos segmentos dos
ombros e cabeça e aos 10 anos nos segmentos da cabeça e ombros, logo,
pode-se dizer que na vista lateral houve uma prevalência de alterações
acentuadas nos segmentos da cabeça, ombro e lombar dos escolares do
gênero masculino.
Na análise da freqüência das alterações intermediárias na vista
lateral, encontrou-se aos 7 anos uma maior freqüência no segmento do
abdômen e aos 8, 9 e 10 anos o segmento da coluna lombar foi o mais
freqüente.
Respostas*
Segmentos
1 / 3 / 5
7 anos (f)
1 / 3 / 5
8 anos (f)
1 / 3 / 5
9 anos (f)
1 / 3 / 5
10 anos (f)
1 / 3 / 5
Total
f
1 / 3 / 5
Total %
Cabeça 9 / 5 / 10 2 / 5 / 8 9 / 14 / 3 17 / 17 / 7 37 / 41 / 28 34,90 / 38,68 / 26,41
Tórax 0 / 2 / 22 0 / 0 / 15 0 / 4 / 22 0 / 4 / 37 0 / 10 / 96 0 / 9,43 / 90,57
Ombros 4 / 15 / 5 2 / 11 / 2 11 / 13 / 2 15 / 21 / 5 32 / 60 / 14 30,18 / 56,60 / 13,21
Coluna torácica 2 / 13 / 9 1 / 3 / 11 3 / 13 / 10 5 / 19 / 17 11 / 48 / 48 10,38 / 45,28 / 45,28
Tronco 2 / 11 / 11 1 / 2 / 12 0 / 10 / 16 4 / 12 / 25 7 / 35 / 64 6,60 / 33,02 / 60,38
Abdomen 3 / 17 / 4 2 / 10 / 3 8 / 15 / 3 9 / 26 / 6 22 / 68 / 16 20,75 / 64,15 / 15,09
Coluna lombar 7 / 16 / 1 1 / 12 / 2 4 / 21 / 1 11 / 27 / 3 23 / 76 / 7 21,70 / 71,70 / 6,60
Joelhos 1 / 13 / 10 0 / 10 / 5 0 / 15 / 11 2 / 21 / 18 3 / 59 / 44 2,86 / 55,66 / 41,51
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Com relação à ausência de alteração postural na vista lateral no
gênero masculino da amostra, a maior freqüência encontrada em todas as
idades foi no segmento do tórax.
Portanto, no gênero masculino, no que se refere à avaliação postural
na vista lateral, as alterações consideradas acentuadas tiveram o seu maior
percentual, de 34,90%, no segmento da cabeça; as alterações intermediárias
tiveram 71,70% de freqüência na coluna lombar e a ausência de alterações
aconteceu em 90,57% no tórax.
Na tabela 9, a seguir, está representada a distribuição da freqüência e
percentual dos valores do escore da avaliação postural na vista lateral, realizada
com o método PSU, encontrados no gênero feminino da amostra.
Tabela 9: Distribuição da freqüência e percentual referentes aos valores do
escore da avaliação postural na vista lateral pelo método PSU, encontrados nas
150 escolares do gênero feminino da amostra.
Legenda: *1 = alteração acentuada; 3 = alteração intermediária; 5 = ausência de alteração
Conforme a tabela 9, observa-se que, em relação às alterações
consideradas acentuadas na vista lateral, aos 7 anos houve uma maior
freqüência nos segmentos da cabeça e ombros; aos 8 anos nos segmentos da
cabeça, ombros e lombar; aos 9 anos nos segmentos da cabeça, lombar e
ombros e aos 10 anos nos segmentos da coluna lombar, cabeça e ombros, logo,
pode-se dizer que na vista lateral houve uma prevalência de alterações
acentuadas nos segmentos da cabeça, ombro e lombar dos escolares do
gênero feminino.
Respostas*
Segmentos
1 / 3 / 5
7 anos (f)
1 / 3 / 5
8 anos (f)
1 / 3 / 5
9 anos (f)
1 / 3 / 5
10 anos (f)
1 / 3 / 5
Total f
1 / 3 / 5
Total %
Cabeça 12 / 7 / 4 14 / 15 / 5 23 / 14 / 2 24 / 26 / 4 73 / 62 / 15 48,66 / 41,33 / 10,00
Tórax 0 / 10 / 13 0 / 9 / 25 0 / 7 / 32 0 / 7 / 47 0 / 33 / 117 0 / 22,00 / 78,00
Ombros 8 / 13 / 2 14 / 16 / 4 16 / 22 / 1 23 / 27 / 4 61 / 78 / 11 40,66 / 52,00 / 7,33
Coluna torácica 0 / 9 / 14 0 / 19 / 15 2 / 25 / 12 7 / 33 / 14 9 / 86 / 55 6,00 / 57,33 / 36,67
Tronco 0 / 6 / 17 0 / 17 /17 3 / 18 / 18 9 / 21 / 24 12 / 62 / 76 8,00 / 41,33 / 50,67
Abdomen 4 / 14 / 5 7 / 23 / 4 14 / 20 / 5 18 / 26 / 10 43 / 83 / 24 28,67 / 55,33 / 16,00
Coluna lombar 2 / 18 / 3 13 / 17 / 4 17 / 18 / 4 25 / 24 / 5 57 / 77 / 16 38,00 / 51,33 / 10,67
Joelhos 0 / 11 / 12 0 / 14 / 20 1 / 18 / 20 1 / 20 / 33 2 / 63 / 85 1,33 / 42,00 / 56,67
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Na análise da freqüência das alterações intermediárias na vista
lateral, encontrou-se aos 7 anos uma maior freqüência no segmento da coluna
lombar; aos 8 anos no segmento do abdômen; aos 9 anos no segmento da
coluna torácica e aos 10 anos no segmento dos ombros.
Com relação à ausência de alteração postural na vista lateral no
gênero feminino da amostra, a maior freqüência encontrada aos 7 anos foi no
segmento do tronco e aos 8, 9 e 10 anos foi no segmento do tórax. Assim, no
gênero feminino, no que se refere à avaliação postural na vista lateral, as
alterações consideradas acentuadas tiveram o seu maior percentual, de
48,66%, no segmento da cabeça; as alterações intermediárias tiveram 57,33%
de freqüência na coluna torácica e a ausência de alterações aconteceu em 78%
no tórax. Logo, pode-se dizer que, tanto no gênero masculino quanto no
feminino, na vista lateral houve uma prevalência de alterações acentuadas nos
segmentos da cabeça, ombros e coluna lombar; de alterações intermediárias na
coluna vertebral (segmento lombar nos meninos e segmento torácico nas
meninas) e o segmento do tórax foi o que mais se mostrou inalterado em ambos
os gêneros.
Na tabela 10, a seguir, está representada a distribuição da freqüência
e percentual dos valores do escore da avaliação postural na vista posterior,
realizada com o método PSU, encontrados no gênero masculino da amostra
Tabela 10: Distribuição da freqüência e percentual referentes aos valores do
escore da avaliação postural na vista posterior, realizada com o método PSU,
encontrados nos 106 escolares do gênero masculino da amostra.
Legenda: *1 = alteração acentuada; 3 = alteração intermediária; 5 = ausência de alteração
Respostas*
Segmentos
1 / 3 / 5
7 anos (f)
1 / 3 / 5
8 anos (f)
1 / 3 / 5
9 anos (f)
1 / 3 / 5
10 anos (f)
1 / 3 / 5
Total f
1 / 3 / 5
Total %
Cabeça 4 / 12 / 8 0 / 8 / 7 1 / 15 / 10 1 / 18 / 22 6 / 53 / 47 5,71 / 50,00 / 44,34
Ombros 4 / 16 / 4 1 / 6 / 8 3 / 16 / 7 1 / 22 / 18 9 / 60 / 37 8,49 / 56,60 / 34,90
Coluna 2 / 9 / 13 0 / 4 / 11 1 / 11 / 14 0 / 14 / 27 3 / 38 / 65 2,83 / 35,85 / 61,32
Quadril 0 / 0 / 24 0 / 0 / 15 0 / 3 / 23 0 / 1 / 40 0 / 4 / 102 0 / 3,77 / 96,23
Joelhos 7 / 12 / 5 3 / 9 / 3 4 / 18 / 4 4 / 30 / 7 18 / 69 / 19 16,98 / 65,09 / 17,92
Pés 1 / 8 / 15 0 / 5 / 10 2 / 7 / 17 4 / 15 / 22 7 / 35 / 64 6,60 / 33,02 / 60,38
Impressão plantar 2 / 6 / 16 0 / 1 / 14 1 / 4 / 21 1 / 8 / 32 4 / 19 / 83 3,77 / 17,92 / 78,30
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Conforme a tabela 10, observa-se que, em relação às alterações
consideradas acentuadas na vista posterior, aos 7 anos houve uma maior
freqüência nos segmentos dos joelhos, cabeça e ombros; aos 8 anos nos
segmentos dos joelhos e ombros; aos 9 anos nos segmentos dos joelhos,
ombros e pés e aos 10 anos nos segmentos dos joelhos e pés. Percebe-se que
em todas as idades houve uma maior freqüência no segmento dos joelhos, logo,
pode-se dizer que na vista posterior houve uma prevalência de alterações
acentuadas no segmento dos joelhos dos escolares do gênero masculino.
Na análise da freqüência das alterações intermediárias na vista
posterior, encontrou-se aos 7 anos uma maior freqüência no segmento dos
ombros e aos 8, 9 e 10 anos o segmento dos joelhos foi o mais freqüente.
Com relação à ausência de alteração postural na vista posterior no
gênero masculino da amostra, a maior freqüência encontrada em todas as
idades foi no segmento do quadril. Portanto, no gênero masculino, no que se
refere à avaliação postural na vista posterior, as alterações consideradas
acentuadas tiveram o seu maior percentual, de 16,98%, no segmento dos
joelhos; as alterações intermediárias tiveram 65,09% de freqüência também no
segmento dos joelhos e a ausência de alterações aconteceu em 96,23% no
quadril.
Na tabela 11, a seguir, está representada a distribuição da freqüência
e percentual dos valores do escore da avaliação postural na vista posterior,
realizada com o método PSU, encontrados no gênero feminino da amostra.
Tabela 11: Distribuição da freqüência e percentual referentes aos valores do
escore da avaliação postural na vista posterior pelo método PSU, encontrados
nas 150 escolares do gênero feminino da amostra.
Legenda: *1 = alteração acentuada; 3 = alteração intermediária; 5 = ausência de alteração
Respostas*
Segmentos
1 / 3 / 5
7 anos (f)
1 / 3 / 5
8 anos (f)
1 / 3 / 5
9 anos (f)
1 / 3 / 5
10 anos (f)
1 / 3 / 5
Total f
1 / 3 / 5
Total %
Cabeça 1 / 16 / 6 3 / 20 / 11 1 / 30 / 8 1 / 38 / 15 6 / 104 / 40 4,00 / 69,33 / 26,67
Ombros 4 / 14 / 5 5 / 17 / 12 5 / 24 / 10 4 / 33 / 17 18 / 88 / 44 12,00 / 58,67 / 29,33
Coluna 1 / 10 / 12 0 / 15 / 19 2 / 15 / 22 1 / 23 / 30 4 / 63 / 83 2,67 / 42,00 / 55,33
Quadril 0 / 3 / 20 0 / 1 / 33 0 / 4 / 35 0 / 2/ 52 0 / 10 / 140 0 / 6,67 / 93,33
Joelhos 3 / 14 / 6 6 / 25 / 3 9 / 26 / 4 7 / 44 / 3 25 / 109 / 16 16,67 / 72,67 / 10,67
Pés 1 / 8 / 14 0 / 12 / 22 0 / 14 / 25 6 / 17 / 31 7 / 51 / 92 4,67 / 34,00 / 61,33
Impressão plantar
0 / 5 / 18 1/ 10 / 23 1 / 10 / 28 1 / 14 / 39 3 / 39 / 108 2,00 / 26,00 / 72,00
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Conforme a tabela 11, observa-se que, em relação às alterações
consideradas acentuadas na vista posterior, aos 7 anos houve uma maior
freqüência nos segmentos dos ombros e joelhos, enquanto que aos 8, 9 e 10
anos houve uma maior freqüência no segmento dos joelhos e ombros, logo,
pode-se dizer que na vista posterior houve uma prevalência de alterações
acentuadas nos segmentos dos joelhos e ombros dos escolares do gênero
feminino.
Na análise da freqüência das alterações intermediárias na vista
posterior, encontrou-se aos 7 anos uma maior freqüência no segmento da
cabeça e aos 8, 9 e 10 anos o segmento dos joelhos foi o mais freqüente.
Com relação à ausência de alteração postural na vista posterior no
gênero feminino da amostra, a maior freqüência encontrada em todas as idades
foi no segmento do quadril. Portanto, no gênero feminino, no que se refere à
avaliação postural na vista posterior, as alterações consideradas acentuadas
tiveram o seu maior percentual, de 16,67%, no segmento dos joelhos; as
alterações intermediárias tiveram 72,67% de freqüência também no segmento
dos joelhos e a ausência de alterações aconteceu em 93,33% no quadril. Logo,
pode-se dizer que, tanto no gênero masculino quanto no feminino, na vista
posterior houve uma prevalência de alterações acentuadas e intermediárias no
segmento dos joelhos e o segmento do quadril foi o que mais se mostrou
inalterado em ambos os gêneros.
Os resultados encontrados no presente estudo, relativos à análise
postural de meninos e meninas, diferem dos apresentados por Rosa Neto
(1991) e se assemelham aos identificados por Pinho e Duarte (1995), Carenzi et
al (2004), Penha et al (2005) e Correa, Pereira e Silva (2005).
Rosa Neto (1991) encontrou, em seu estudo com escolares de 1ª a
série de ambos os gêneros, que a protusão de ombro foi a alteração postural
mais freqüente na amostra e que no gênero masculino prevaleceu a protusão de
ombros e no gênero feminino ocorreu grande freqüência de hiperlordose e
genovaro. No estudo de Pinho e Duarte (1995), os pesquisadores identificaram
que as principais alterações posturais que aconteceram foram hiperlordose e
protrusão de ombros para ambos os sexos. Carenzi et al (2004) encontraram
em sua amostra uma maior prevalência de alterações nos ombros e Carenzi et
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al (2004) identificaram uma maior freqüência de alterações do tipo escoliose,
valgo e hiperlordose.
Entre os estudos nacionais relativos à análise postural de escolares, o
que se mostrou mais adequado para comparação dos resultados foi o de Pinho
e Duarte (1995), uma vez que os autores também realizaram a análise
agrupando os resultados com relação ao gênero e faixa etária da amostra. Os
resultados encontrados pelos pesquisadores corroboram, em parte, os
resultados deste estudo, uma vez que os mesmos encontraram no gênero
masculino, aos 7 anos de idade, uma maior prevalência de protusão de ombros
e dorso curvo; aos 8 anos, encontraram uma maior freqüência de escoliose,
protusão de ombro e hiperlordose lombar; aos 9 anos tiveram alto número de
casos de escoliose e hiperlordose lombar e aos 10 anos as alterações mais
freqüentes foram a protusão de ombros e dorso curvo.
Com relação ao gênero feminino, os resultados de Pinho e Duarte
(1995) também se assemelham, em parte, aos encontrados neste estudo. Os
autores encontraram, aos 7 anos, a presença de escoliose e joelhos valgos e
aos 8, 9 e 10 anos, hiperlordose e protusão de ombros.
Penha et al (2005), em estudo realizado com uma amostra de 133
escolares do gênero feminino, encontraram aos 7 anos uma prevalência de
rotação de tronco e protusão de ombros; aos 8 anos, desalinhamento de ombros
e rotação de tronco; e aos 9 anos e 10 anos, rotação de tronco e protusão de
ombros.
Com relação à prevalência de alterações do segmento da cabeça
encontrada em ambos os gêneros neste estudo, Weis e Muller (1994) afirmam
que o alto índice de crianças com alterações na coluna cervical, geralmente
associados a alterações da posição da cabeça no plano frontal e sagital
(inclinação, rotação e protusão) indica que muitos alunos em idade escolar não
apresentam uma postura adequada da cabeça durante as atividades,
principalmente em sala de aula, o que provoca uma acentuada curva na região
cervical, prejudicando o equilíbrio corporal.
No que se refere
às alterações do segmento de ombro, inicialmente a
protusão de ombro, Brighetti e Bankoff (1986) colocam que a abdução escapular
que acompanha os ombros protusos resulta de um trabalho prolongado com os
membros superiores mantidos à frente do tronco; ou seja, a sustentação dos
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membros superiores à frente do corpo, principalmente quando não suporte
para os mesmo, mantém as escápulas abduzidas. Além disso, os autores
comentam que a presença de protusão de ombro está intimamente relacionada
com a grande prevalência de dorso curvo e vice-versa, uma vez que ambas
propiciam o surgimento da outra. Entretanto, neste estudo a alta prevalência de
protusão de ombros não se mostrou acompanhada pela presença de dorso
curvo. É importante ressaltar que se encontrou uma grande prevalência de
protusão de ombros em todas as idades, havendo uma maior freqüência aos 10
anos de idade, no gênero feminino, o que poderia ser explicado pelo início do
desenvolvimento das mamas. Sendo assim, mostra-se necessário pensar que a
protusão de ombros podem ser o ponto de partida para uma hipercifose dorsal,
pois um desvio favorece a instalação de outro e é muito comum que ambos
apareçam juntos como uma alteração única (FERRONATO; CANDOTTI;
SILVEIRA, 1998).
Com relação ao desalinhamento de ombros, no plano frontal, Penha
et al (2005) dizem que ele está relacionado ao lado dominante do sujeito. O
ombro mais baixo corresponde ao lado dominante; o ombro direito é
freqüentemente mais baixo do que o lado esquerdo. Esta alteração postural
pode estar associada com a assimetria muscular, desvio lateral da coluna ou
com inclinação pélvica, tornando-se perigosa quando se acentua.
Sobre a hiperlordose lombar, Detsch e Candotti (2001) comentam que
até os 9 anos de idade a presença da hiperlordose lombar é considerada como
uma alteração do desenvolvimento, uma vez que não estabilidade postural,
gerando a necessidade de busca pelo equilíbrio corporal através da protusão
abdominal e aumento da inclinação pélvica anterior. A partir dos 9 anos de
idade, este processo não é mais necessário e a hiperlordose lombar passa a ser
mesmo uma alteração postural patológica, que deve receber intervenção
terapêutica, a fim de evitar a agravação do problema. Penha et al (2005)
colocam que a anteversão pélvica, a hiperextensão de joelho e a hiperlordose
lombar são alterações posturais que tem como causa comum a deficiência do
trabalho abdominal. Durante o desenvolvimento da criança, o trabalho
abdominal inicia mais ativo entre os dez e doze anos, com a diminuição da
protusão abdominal e, conseqüentemente, diminuição da hiperlordose lombar.
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Com relação ao joelho valgo, Correa, Pereira e Silva (2005) colocam
que vários estudos afirmam que a referida alteração é mais freqüente nas
crianças que sentam com o tronco entre os pés, pois esta posição é capaz de
provocar o alongamento dos ligamentos da face medial do joelho. O grau do
valgismo de joelho tende a regredir à medida que a criança cresce, a partir dos
6 anos de idade, embora seja considerado fisiológico um pequeno grau de valgo
de joelho, em virtude da relação entre o fêmur e a pelve, bem como em função
do ângulo entre o fêmur e a tíbia. É comum que a presença desta alteração
preocupe os pais, entretanto, na maioria dos casos a mesma regride ao longo
do tempo, sem nenhuma intervenção terapêutica. Penha et al (2005) colocam
que o joelho valgo fisiológico em crianças também pode ocorrer para medializar
o centro de gravidade e, então, aumentar o equilíbrio.
Uma criança não deveria apresentar um alinhamento postural de um
adulto, em função da grande mobilidade e flexibilidade que acontece durante o
desenvolvimento. A grande extensão de movimento na criança pode causar
alterações temporárias no alinhamento que seriam consideradas anormais no
adulto. Ao mesmo tempo, esta flexibilidade é uma maneira de proteger contra a
estruturação do desalinhamento postura (PENHA et al, 2005).
Neste estudo, das 256 crianças avaliadas, cerca de 100% da amostra
apresentou sinais de pelo menos uma alteração postural. Este resultado é
corroborado pelos estudos de Ferronato, Candotti e Silveira (1998), no qual
100% apresentou abdução escapular; e o de Carenzi et al (2004), no qual 80%
da amostra apresentou sinais de pelo menos uma alteração postural.
O grande número de escolares que apresentaram possíveis
alterações posturais encontradas neste estudo pode ser considerado como uma
conseqüência fisiológica e natural do desenvolvimento e crescimento, além de
também poder estar associado à postura corporal adotada pelas crianças em
seu cotidiano, em função de seus hábitos de vida, das exigências de suas
atividades de vida diária, dos equipamentos e mobiliários que utilizam no dia-a-
dia, além do possível uso inadequado da mecânica corporal e do estilo de vida
cada vez mais voltado para a inatividade.
A tabela 12, a seguir, apresenta a compara
ção entre os dois grupos
de escolares com uma análise de freqüência das alterações posturais na vista
lateral. Para tanto, todos os escores [1] e [3], apresentados nas tabelas 8 e 9,
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foram considerados como presença de alteração postural e o somatório das
freqüências destes escores no gênero masculino foram comparados ao
somatório das freqüências dos escores no gênero feminino, através do teste de
Wilcoxon para amostras independentes (p< 0,05).
Tabela 12: Resultados da comparação entre os escolares, por gênero, com uma
análise de freqüência das alterações posturais na vista lateral através do teste
de Wilcoxon para amostras independentes.
Alteração postural
Segmento
f f Valor de z
cal
Cabeça 78 135 2,83*
Tórax 10 33 - 1,71
Ombros 92 139 - 1,88
Coluna torácica 59 95 0,60
Tronco 42 74 - 1,31
Abdômen 90 126 - 0,82
Coluna lombar 99 133 - 1,64
Joelhos 62 65 2,12*
*Valor de z
cal
que aponta a existência de diferença significativa entre os resultados.
___p< 0,05
Comparando os resultados da análise postural realizada na vista
lateral nos dois grupos de escolares, observou-se que houveram diferenças
significativas nas freqüências encontradas nos segmentos da cabeça e dos
joelhos. No que se refere à cabeça, as meninas apresentaram uma freqüência
sensivelmente maior do que os meninos (90% e 73,58% das amostras por
gênero, respectivamente); no caso dos joelhos, os meninos apresentaram
uma prevalência significativamente maior do que as meninas (58,49% e 43,33%
das amostras por gênero, respectivamente).
A tabela 13, a seguir, apresenta a comparação entre os dois grupos
de escolares com uma análise de freqüência das alterações posturais na vista
posterior. Para tanto, todos os escores [1] e [3], apresentados nas tabelas 10 e
11, foram considerados como presença de alteração postural e o somatório das
freqüências destes escores no gênero masculino foram comparados ao
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somatório das freqüências dos escores no gênero feminino, através do teste de
Wilcoxon para amostras independentes (p< 0,05).
Tabela 13: Resultados da comparação entre os escolares, por gênero, com uma
análise de freqüência das alterações posturais na vista posterior através do
teste de Wilcoxon para amostras independentes.
Alteração postural
Segmento
f f Valor de z
cal
Cabeça 59 110 - 2,14*
Ombros 69 106 11,99*
Coluna 41 67 - 0,78
Quadril 4 10 - 0,39
Joelhos 87 134 - 0,78
Pés 42 63 0,28
Impressão Plantar 23 42 - 0,87
*Valor de z
cal
que aponta a existência de diferença significativa entre os resultados.
___p< 0,05
Ao se comparar os resultados da análise postural realizada na vista
posterior nos dois grupos de escolares, observou-se que houveram diferenças
significativas nas freqüências encontradas nos segmentos da cabeça e dos
ombros. Tanto no que se refere à cabeça quanto aos ombros, as meninas
apresentaram uma freqüência prevalência significativamente maior do que os
meninos na cabeça 73,33% e 55,66% das amostras por gênero,
respectivamente e nos ombros 70,67% e 65,09% das amostras por gênero,
respectivamente.
Rosa Neto (1991) coloca que até os 9 anos de idade não existem
diferenças significativas entre os gêneros. Entretanto, os resultados encontrados
neste estudo mostram o inverso, uma vez que houveram diferenças
significativas com relação a presença de alterações posturais em alguns
segmentos corporais, como cabeça e joelhos na vista lateral e cabeça e ombros
na vista posterior. Os dados da comparação entre os resultados do gênero
masculino e feminino no estudo de Pinho e Duarte (1995) não se equivalem aos
encontrados neste estudo, uma vez que os autores encontraram diferenças
significativas no ombro (vista lateral), coluna torácica (vista lateral), coluna
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lombar (vista lateral), joelhos (vista posterior) e encurtamento da perna
esquerda.
Oliveira et al (1998) avaliaram 42 escolares do ensino público do
município de Londrina/PR, de 7 a 12 anos, de ambos os gêneros, e, diante dos
resultados obtidos (73,8% dos sujeitos apresentaram hiperlordose lombar,
54,8% protusão de ombros, 52,3% joelho valgo/varo/recurvatum, 42,8 inclinação
de cabeça, 23,8% atitude escoliótica e 9,5% hipercifose torácica) concluíram
que a maioria das crianças analisadas apresentou algum grau de alteração
postural e que os altos índices de alterações possam advir da falta de
conhecimento de pais e professores, e da inexistência de um trabalho escolar
preventivo. Os mesmo autores afirmam que, as atitudes educativas são bem
aceitas pela comunidade escolar, principalmente nas instituições que
apresentam carência das informações básicas e programas de prevenção, pois
ao ministrar as palestras, os pesquisadores verificaram grande interesse por
parte dos alunos, principalmente daqueles com idades entre 7 e 10 anos.
Rebelatto, Caldas e Vitta (1991) investigaram o peso do material
escolar em 197 escolares do ensino privado do município de São Carlos/SP, de
ambos os gêneros, com idade entre 8 e 14 anos. Os autores constataram que
os indivíduos do gênero masculino transportavam, em suas mochilas, pesos
médios entre 4,33 kg e 5,47 kg, e que entre os indivíduos do gênero feminino os
valores médios foram entre 4,43 kg e 4,63 kg. Os valores ximos encontrados
foram próximos em ambos os gêneros, variando entre 6,40 kg e 7,60 kg, sendo
que para os meninos o maior valor se localiza na faixa de 11 a 12 anos e, para
as meninas, na faixa de 8 a 10 anos. Também foi observado que, aquelas
crianças que transportavam o material em mochilas com fixação dorsal
apresentaram um pronunciamento da flexão anterior do tronco, aumentando a
pressão discal na região lombar, sendo maior em meninas. Aquelas crianças
que utilizavam mochila com fixação escapular apresentaram modificações no
plano látero-lateral, desenvolvendo curvaturas laterais na coluna vertebral.
Para Negrini e Carabalona (2002), todos os profissionais envolvidos
com o tratamento de crianças sabem que carregar o peso do material escolar é
percebido pelos pais dos escolares como um problema social. Os autores
comentam que em alguns países, campanhas da imprensa focam esta questão,
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com artigos publicados em jornais e revistas de grande circulação, geralmente
coincidindo com o início de cada ano letivo.
Alguns estudos, nacionais e internacionais, se preocuparam em
identificar a prevalência de alterações posturais em crianças em fase escolar, ou
seja, com idade entre 7 e 14 anos, em função de nesta faixa etária, onde a
morfologia se define para o futuro, a criança estar suscetível a modificações no
sistema ósseo, no sentido de facilitar tanto a formação quanto a correção
postural (LAPIERRE, 1982).
Rosa Neto (1991) analisou a situação postural de escolares do ensino
privado do município de Florianópolis/SC, com idade entre 7 e 12 anos, de
ambos os gêneros, e as alterações posturais identificadas que apresentaram um
percentual elevado foram: joelhos fletidos (24,8% - 197 alunos), protusão de
ombro (17,4% - 138 alunos) e anteversão pélvica (15,2% - 121 alunos). As
alterações posturais identificados para efeito de encaminhamento médico foram:
joelho valgo (11,6% - 92 alunos), inclinação lateral de ombro (3,4% - 28 alunos),
joelho varo (1,8% - 15 alunos), padrão hiperlordótico lombar (1,8% - 15 alunos)
e padrão hipercifótico (0,6% - alunos). Analisando os desvios separadamente,
por gênero e idade, verificou-se a mesma tendência para os resultados, não
havendo diferença significativa.
Correa, Pereira e Silva (2005) avaliaram 72 escolares do ensino
privado, de ambos os gêneros, com idades entre 8 e 15 anos, e identificaram
que 58,35% apresentaram alterações posturais. Nesta poão da amostra
foram observadas as seguintes alterações: escoliose em 38,88% dos
escolares do sexo feminino e 13,88%, no sexo masculino; 5,5% das meninas
apresentaram hipercifose torácica, enquanto que nos meninos o percentual
foi de 22,22%; a hiperlordose lombar evidenciou-se no sexo feminino, sendo
esta encontrada em 27,77% das meninas e 8,33% dos meninos.
Entre os estudos nacionais envolvendo detecção de sinais indicativos
de presença de alteração postural realizados com escolares com faixa etária
entre 6 e 17 anos, além dos descritos anteriormente, encontramos ainda:
Brighetti e Bankoff (1986), Pires et al (1990), Venancio, Elias e Rodrigues
(1990), Elias e Teixeira (1992), Resende e Sanches (1992), Esteves (1993),
Pinho e Duarte (1995), Ferronato, Candotti e Silveira (1998), Pertile et al (1999),
Ferriani et al (2000), Somazz et al (2000), Detsch e Candotti (2001), Melo et al
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(2001), Markwardt (2002), Barros e Souza (2003), Carenzi et al (2004),
Pantanali, Rosa Neto e Caon (2005), Penha et al (2005), entre outros.
Entre os estudos internacionais, realizados com a mesma intenção,
estão os de Gurr (1977), Lonstein (1977), Adler, Csongradi e Bleck (1984),
Renshaw (1988), Andersen et al (2000), Souccacos (2000), Sugita (2000),
Grivas et al (2002a), Grivas et al, (2002b), Velezis et al (2002), Lippold et al
(2003), entre outros. A maior parte destes estudos foi desenvolvida com o intuito
principal de identificar sinais da presença de escoliose em escolares, uma vez
que esta alteração postural é considerada como problema de saúde pública em
alguns países (RENSHAW, 1988). Os resultados dos estudos concluem que a
prevalência de escoliose é de, aproximadamente, 2 a 3% em grupos de
escolares na faixa etária entre 10-16 anos (VELEZIS et al; 2002).
Massara apud Schmidt e Bankoff (1999) coloca que as alterações
morfológicas são constantes em qualquer faixa etária, entretanto, deve haver
um acompanhamento periódico através de metodologias de avaliação postural
para que seja possível identificar sinais da presença de alteração postural,
diagnosticar e aplicar a prevenção ou reeducação postural.
4.2 Relação entre a variável ICP e as variáveis gênero e faixa etária
Para a verificação da presença de correlação entre as variáveis ICP e
gênero foi utilizado o teste de Wilcoxon para amostras independentes com 95%
de confiança, onde foi encontrado um valor de z= -2,39.
Com base na amostra de 256 escolares, os resultados apontaram a
existência de diferença entre o ICP de meninos e meninas. Observando as
amostras parciais por gênero, percebe-se que os meninos tendem a ter valores
de ICP superiores aos encontrados nas meninas, conforme tabela que
apresenta os valores de ICP em meninas e meninos (Apêndice G), ou seja, no
geral, existe uma tendência de os meninos apresentarem uma melhor postura
corporal do que as meninas.
No que se refere
à relação entre as variáveis ICP e faixa etária, para a
verificação da presença de correlação foi utilizado o teste do coeficiente de
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correlação de Spearman, no qual foi encontrado o valor de 0,077536, valor este
que demonstra não haver correlação entre as variáveis.
Sendo assim, neste estudo não foi constatado que crianças com faixa
etária maior apresentaram maior prevalência de alterações posturais em relação
às crianças com idades inferiores. As alterações posturais apresentaram-se em
todas as idades com índices variados; o mesmo acontecendo com o IMC.
No que se refere à relação entre o ICP e a faixa etária, os resultados
deste estudo corroboram os encontrados por Pinho e Duarte (1995) e Correa,
Pereira e Silva (2005).
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5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES
Tendo em vista os objetivos estabelecidos e a partir dos resultados
obtidos neste estudo, destacam-se as seguintes conclusões:
Das 256 crianças avaliadas, aproximadamente 100% da amostra
apresentou sinais de presença de, pelo menos, uma alteração postural,
uma vez que 89,84% dos escolares apresentou valores de ICP abaixo de
85%, índice este considerado como referência para considerar-se a
postura corporal como adequada ou aceitável.
Os resultados apontaram a existência de diferença entre o ICP de
meninos e meninas, percebeu-se que os meninos tendem a ter valores
de ICP superiores aos encontrados nas meninas, ou seja, no geral, os
meninos tendenciam a apresentar uma melhor postura corporal do que as
meninas.
Em resumo, os resultados deste estudo mostram que a postura assumida
pela criança é modificada durante o processo dinâmico do desenvolvimento
neupsicomotor. Observa-se muitas vezes que o desalinhamento postural pode
ser fisiológico durante uma certa fase do desenvolvimento do sistema músculo-
esquelético, mas mais tarde pode ser inadequado e causar prejuízos para o
corpo.
Este estudo apresentou uma alta prevalência de alterações posturais
em escolares de sete a dez anos de idade. Algumas das alterações
encontradas, como o joelho valgo e a hiperlordose lombar, podem ser
consideradas como alterações de desenvolvimento; entretanto a presença de
alterações de cabeça e ombro são assimetrias que podem ser causadas pelas
demandas diárias, incluindo as rotinas escolares (o tempo de manutenção da
postura sentada, a participação nas aulas de Educação sica Escolar), o estilo
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de vida pouco ativo, o uso de mochilas e o uso de sapatos inadequados para a
idade e tipo de atividade.
Acredita-se, também, que a falta de informação e, em alguns casos, a
falta de interesse dos pais e responsáveis, além da falta de um trabalho
preventivo sobre postura corporal no ambiente escolar, podem ser aspectos que
contribuam para a alta prevalência de sinais de alteração postural encontrada
neste estudo. Esta situação reflete o descaso, tanto do sistema escolar quanto
do profissional de Educação Física inserido neste âmbito, em relação ao
desenvolvimento integral da criança.
Sendo assim, parece-nos que se justifica a necessidade da inclusão
de programas de triagem postural escolar na rotina dos professores de
Educação Física, quem sabe iniciando pelas instituições de ensino público
alvo deste estudo, a fim de acompanhar o desenvolvimento postural dos
escolares e, se necessário, identificar as alterações posturais que não são
consideradas fisiológicas para a faixa etária analisada, possibilitando a tomada
de decisão precoce e a garantia da promoção de saúde nesta população.
Considerando-se os resultados obtidos e de acordo com as
conclusões o presente estudo, sugere-se:
Maior incentivo dos órgãos governamentais para a sistematização de
programas de triagem postural escolar pelo menos uma vez ao ano,
levando informação à comunidade escolar (alunos, pais, professores e
funcionários) sobre os sinais e as conseqüências das alterações
posturais em escolares, como meio de promoção de saúde e como
contribuição para a melhoria da qualidade de vida da comunidade,
principalmente dos escolares.
Realização de estudos com amostras mais expressivas, de cunho
epidemiológico, viabilizando análises mais específicas e com maior
diversidade, possibilitando assim delinear melhor o perfil postural dos
escolares de 7 a 10 anos.
Aperfeiçoamento do instrumento de pesquisa utilizado neste estudo, o
método PSU, a fim de minimizar suas limitações;
Realização de estudos que possam levantar as causas da presença de
alterações posturais patológicas em escolares de 7 a 10, para assim
projetar-se intervenções mais precisas.
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A discussão, com mais ênfase, dos conteúdos referentes à postura
corporal principalmente dos escolares, nos programas das disciplinas
relacionadas à saúde que fazem parte do Projeto Político Pedagógico dos
cursos de graduação em Licenciatura em Educação Física e,
conseqüentemente, nos programas da disciplina de Educação Física
Escolar.
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APÊNDICES
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APÊNDICE A Declaração de autorização para coleta de dados elaborado pela
Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis
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APÊNDICE B Carta de apresentação elaborada pela SME de Florianópolis
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APÊNDICE C Carta-convite para participação dos escolares na amostra
enviada aos pais
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC
CENTRO DE DESPORTOS - CDS
PROGRAMA DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA PPGEF
CARTA-CONVITE AOS PAIS
Prezados pais,
Sou aluna do Programa de Pós-Graduação em Educação Física do Centro de
Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina (CDS/UFSC) e, neste
momento, estou iniciando a coleta de dados para a elaboração de minha dissertação
de mestrado, intitulada Estudo da prevalência de alterações posturais em
escolares do ensino fundamental de Florianópolis/SC, sob orientação do Prof.
Dr. Antonio Renato Pereira Moro.
Neste sentido, venho através desta convidar seu(sua) filho(a) para participar
da pesquisa, a qual será realizada na própria escola.
Para tanto, o(a) Sr.(ª) deverá consentir que seu(sua) filho(a) seja
fotografado(a) de costas e de lado, por isso, pedimos que ele(ela) venha com
short/sunga (meninos) ou biquíni (meninas) por baixo da roupa no dia agendado
para a avaliação o qual será avisado com antecedência.
O Sr.(ª) está convidado(a) a acompanhar seu(sua) filho(filha) durante todo o
processo, mas para que ele(ela) possa participar do estudo é necessária a SUA
AUTORIZAÇÃO por escrito no final do termo de consentimento anexo. Peço que leia
este termo, pois nele estão descritos os procedimentos que serão realizados
detalhadamente, e que o devolva assinado.
Declaro que os dados coletados serão mantidos em sigilo, de acordo com o
que se propõe a pesquisa, além de garantir que a identidade de seu(sua) filho(a)
será preservada.
Certa de contar com o seu apoio, agradeço antecipadamente a atenção
dispensada e coloco-me ao seu dispor para quaisquer esclarecimentos.
____________________________________________
Prof. Esp. Inês Alessandra Xavier Lima Pesquisadora Principal
Fone: (48) 348-6037/9961-4371
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APÊNDICE D Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC
CENTRO DE DESPORTOS - CDS
PROGRAMA DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA PPGEF
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
A Universidade Federal de Santa Catarina, através da acadêmica do Mestrado
em Educação Física INÊS ALESSANDRA XAVIER LIMA, sob a orientação do Professor
Antônio Renato Pereira Moro, está desenvolvendo uma pesquisa intitulada Estudo
da prevalência de alterações posturais em escolares do ensino fundamental de
Florianópolis/SC.
Esta pesquisa acontecerá nas escolas públicas do município de Florianópolis,
em seus 12 distritos, e tem como objetivo principal avaliar a postura corporal das
crianças de 1ª a série com idades compreendidas entre 7 a 10 anos. Não existem
riscos associados à pesquisa, uma vez que a coleta de dados consta apenas da
obtenção de fotografias das crianças na posição em (de lado e de costas),
vestidas de short (meninos) ou biquíni (meninas). Será avaliado o alinhamento de
partes do corpo, ou seja, se estas estruturas que compõem o corpo estão em
desarmonia, e as suas possíveis relações com os hábitos posturais.
Este estudo se justifica pela necessidade de se conhecer a situação da saúde
postural das crianças, a fim de alertar para problemas futuros e de contribuir para o
estabelecimento de condutas de prevenção de alterações posturais através da
prática da Educação Física e de programas educativos.
Se o Sr.(ª) estiver de acordo que seu filho(a) participe, garantimos que as
informações fornecidas serão confidenciais e serão utilizadas neste trabalho. Da
mesma forma, se houver alguma dúvida em relação aos objetivos e procedimentos
da pesquisa ou se o Sr.(ª) quiser que seu filho(a) desista do mesmo, poderá, a
qualquer momento, entrar em contato conosco pelos telefones (48) 348-6037 / 331-
8530 / 9961-4371 ou pessoalmente no referido colégio.
Obrigado!
Prof. Dr. Antônio Renato Pereira Moro
INÊS ALESSANDRA X. LIMA
Pesquisador Responsável/Orientador Pesquisadora Principal
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TERMO DE CONSENTIMENTO PÓS-INFORMADO
Eu,___________________________________________________,
portador(a) do RG nº.
_________________,
fui informado sobre todos os
procedimentos da pesquisa e declaro que recebi de forma clara todas as explicações
pertinentes ao projeto. Eu compreendo que neste estudo a participação de
meu(minha) filho(a) requer que sejam feitas fotos de seu corpo e que ele(ela) não
será identificado(a), pois todos os dados a respeito dele(a) serão sigilosos e será
mantido o caráter confidencial das informações relacionadas a privacidade dele(a).
Declaro, também, que fui informado de que tenho a liberdade de retirar meu
consentimento e que meu(minha) filho(a) pode deixar de participar do estudo a
qualquer momento; e de que tenho a garantia de receber a resposta qualquer
pergunta ou esclarecimento a dúvidas sobre procedimentos, riscos, benefícios e
outros relacionados à pesquisa.
Nome da Criança:
__________________________________________________________________
Escola:
_________________________________
Série:
_________________________________
Florianópolis, ____/___/___ Assinatura: _________________________________
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APÊNDICE E - Estudo-piloto
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O estudo piloto foi realizado em 2 etapas, em diferentes dias, na Escola
Básica João Alfredo Rohr, no bairro Córrego Grande. Houve participação de um
total de 45 indivíduos, 21 no dia 05/07/05 (turno matutino) e 24 no dia 06/08/05
(turno vespertino), distribuídos conforme a tabela 18:
Tabela 18: Distribuição da freqüência na amostra do estudo-piloto, por gênero,
escola e idade (n=45)
Idade
Gênero
7 anos 8 anos 9 anos 10 anos Total
Masculino 8 7 5 10 30
Feminino 3 2 9 1 15
Total f 11 9 14 11 45
Total % 24,444 20 31,111 24,444 100
Os objetivos do estudo foram:
1. determinar o protocolo para a coleta de dados,
2. prever o tempo gasto com a aquisição dos dados antropométricos e com
a aquisição das imagens fotográficas,
3. verificar o número de pesquisadores necessário para o bom andamento e
otimização da coleta,
4. confirmar a fidedignidade dos instrumentos utilizados na coleta de dados.
1.1 Procedimentos Metodológicos
Inicialmente, uma sala de aula da escola fornecida pela direção da
mesma foi preparada para a realização do estudo. Com a preparação concluída,
os sujeitos foram buscados na sala de aula, um por um, sendo direcionados à
sala da coleta de dados.
Preparação do sujeito: foi solicitado que os sujeitos de pesquisa viessem
com uma roupa confortável, trajando biquíni 2 peças ou sunga por baixo da
roupa. Antes do início da coleta, os sujeitos foram demarcados com adesivos
coloridos em C7 e na ATM.
1.1.1 Estimativa de tempo de coleta dos dados antropom
étricos e aquisição
das imagens fotográficas
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Inicialmente foram registrados os dados pessoais dos sujeitos da
pesquisa e em seguida foi realizada a mensuração da estatura e massa
corporal, utilizando uma fita métrica e balança analógica, conforme previsto na
metodologia. Os dados foram anotados em uma ficha para este fim (Apêndice
G).
Os sujeitos foram orientados a colocar-se sobre a plataforma de análise
postural, com os pés encaixados no calço em forma de V de 30º, na posição
fundamental e o mais relaxado possível, de costas para a máquina digital
acoplada ao tripé. Após a aquisição da imagem no plano frontal - vista posterior,
a pesquisadora rodava a base superior da plataforma, posicionando o sujeito no
plano sagital para a aquisição da 2ª foto. Posteriormente, os sujeitos eram
orientados a sair da plataforma e colocar-se sobre a base de vidro do
podoscópio, para a aquisição da foto referente à impressão plantar. Ao término
do processo, os sujeitos recolocavam suas roupas e retornavam para a sala de
aula.
Percebeu-se que durante toda a coleta de dados houve tempo para
explicar os procedimentos do estudo, deixando os escolares mais à vontade.
Constatou-se que o procedimento de coleta foi rápido, sendo realizado
em cerca de 10 minutos por sujeito.
1.2 Resultados e definições metodológicas
Através da realização do estudo piloto foi possível:
- Verificar que o tempo necessário para realização dos procedimentos de coleta
de dados com cada sujeito foi de cerca de 10 minutos;
- Constatar que somente a pesquisadora poderia dar conta da coleta, mas que a
presença de mais 1 pesquisador poderia transformar a coleta em um processo
mais tranqüilo e dinâmico, diminuindo o tempo de permanência dos escolares
fora da sala de aula.
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APÊNDICE F Ficha para o registro dos dados antropométricos
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Dados de identificação:
Número de registro: __________________
Idade: ____________
Gênero: ( ) masculino [1] ( ) feminino [2]
Medidas antropométricas
Massa: ______________kg
Estatura: _____________cm
FICHA PARA COLETA DE DADOS ANTROPOMÉTRICOS
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ANEXOS
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ANEXO I Método de avaliação postural da Portland State University (PSU)
Plano frontal - Vista posterior/dorsal e vista lateral/perfil
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ANEXO II - Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da
Universidade Federal de Santa Catarina (CEP/UFSC)
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