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ATIVIDADE FÍSICA HABITUAL E SAÚDE MULTIDIMENSIONAL DE IDOSOS NA
CIDADE DE GOIÂNIA – GO
Por
Andrea Cintia da Silva
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Física da
Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do
título de Mestre em Educação Física
Florianópolis – SC
Fevereiro / 2005
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE DESPORTOS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
A dissertação ATIVIDADE FÍSICA HABITUAL E SAÚDE MULTIDIMENSIONAL
DE IDOSOS NA CIDADE DE GOIÂNIA-GO
elaborada por Andrea Cintia da Silva,
e aprovada por todos os membros da Banca Examinadora, foi aceita pelo
Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal de
Santa Catarina, como requisito parcial à obtenção do título de
MESTRE EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Área de Concentração: Atividade Física Relacionada à Saúde
Linha de Pesquisa: Inter-relação Atividade Física, Aptidão Física e Saúde
Florianópolis, 23 de fevereiro de 2005.
_____________________________________________________
Prof. Dr. Adair da Silva Lopes
Coordenador do Programa de Mestrado em Educação Física
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________
Profª. Drª Maria de Fátima da Silva Duarte – UFSC
(Orientadora)
_________________________________________
Prof. Dr Markus Vinicius Nahas – UFSC (Membro)
_________________________________________
Prof. Dr Renato Peixoto Veras – UERJ (Membro)
_________________________________________
Profª. Drª Giovana Zarpellon Mazo – UDESC (Membro)
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Dedicatória
Minha Família . . .
Fernanda, minha maninha “bebê”, trouxe a música e a doçura à minha vida;
Nilton César, meu cunha “irmão”, trouxe a espiritualidade e a brandura à
minha vida;
Júlio César, meu mano “herói” e “coração de dragão”, trouxe a força e a
organização à minha vida;
Vilma, minha cunha “irmã”, trouxe o estudo e o trabalho à minha vida;
Juliane, Anashelle e Philippe, meus sobrinhos “filhos”, trouxeram
a alegria e a ternura à minha vida;
Marco Antonio, “meu bem”, trouxe o pensar e o amar à minha vida;
Hélia, “eterna criança”, trouxe o prazer de se cuidar e a vaidade à minha vida;
Meiry, minha madrinha ”chic”, trouxe a classe e a sofisticação à minha vida;
Pedro, Luzia, Henrique e Teodora, meu avós queridos,
trouxeram a fantasia e a saudade à minha vida;
Antonio e Elvira, meus amados pais, trouxeram o carinho, a admiração,
o respeito, a determinação e, nada menos que, a
Vida à minha vida;
E todos, trouxeram o Amor Verdadeiro à minha vida.
Muito Obrigada!!
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AGRADECIMENTOS
À professora, orientadora e amiga Profª Drª Maria de Fátima da Silva
Duarte, por seu exemplo de dedicação e compromisso, que a fez acreditar no
meu potencial, muito mais que eu mesma.
Ao professor Prof. Dr. Markus Vinicius Nahas, pela chance de lutar pelo
meu sonho, permitindo que eu me tornasse aprendiz no NuPAF, mesmo não
tendo nenhum pré-requisito.
À Profª Giovana Zarpellon Mazo e Prof. Renato Peixoto Veras, por todas as
maravilhosas contribuições que deram à este trabalho.
Ao Prof. Dr. Juarez Vieira do Nascimento, pela confiança depositada
mesmo quando eu era uma “estranha no ninho”, e pelo exemplo de ética e
profissionalismo no trabalho.
Ao Prof Dr. Adair da Silva Lopes, Prof. Dr. Édio Luiz Petroski e Joaquim
Felipe de Jesus, por terem estado presentes todas as vezes que precisei.
Ao Prof. Sidney Ferreira Farias, por todas as palavras de carinho e
sabedoria nas horas difíceis deste “Mestrado Compostela”.
À Profª Rosane Carla Rosendo da Silva por brilhar como uma estrelinha em
meu caminho.
À Profª. Drª Ana Márcia Silva e Prof. Dr Maurício Roberto da Silva, por
todas as “viagens filosóficas” ao mundo de Edgard Morin e Merleau-Ponty, onde
pude entender, pelo menos, que “nada sei, nada é o que parece, o nada é o tudo
e o tudo é o nada”.
Ao Prof. Júlio César Schmitt Rocha, Prof. Osni Jacó da Silva e Prof.
Luciano Lazzaris Fernandes pela simpatia e conversa boa e imediata.
Aos Prof. Jolmerson de Carvalho, Prof. Edson e Prof. Carlos Roberto
Duarte, pelas “Voltas à Ilha” e IRONMANs.
À Profª Tânia Rosane Bertoldo Benedetti e Profª Marize Amorim Lopes pelo
exemplo de dedicação e trabalho com os idosos.
Ao Prof. Pedro Alberto Barbetta, pela compreensão e dedicação com que
me ajudou a utilizar a estatística.
Aos colegas do NuPAF: Simone Storino Honda (pelas horas de ouvinte),
Lisandra Konrad (pelos “primeiros passos” na informática), Camila Vieira Hazan
(pelo seu sorriso), Jair Sindra Virtuoso Júnior, Themis Cristina Soares e Joseani
Simas (pelas horas de diversão e trabalho), Paola Neiza, Silvio Aparecido
Fonseca (pelo exemplo de competência e dedicação), Elto Legnani, Marcelo
Romanzini (pelas invasões ao NuBEM), Elusa Santina Oliveira (pelo artigo do
Prof. Ramos), Patty Zimba (por ser nossa mascote), Mauro Virgílio Gomes de
Barros (por reconhecer o meu esforço), Mathias Roberto Loch (pelas
intermináveis ajudas com a amostra), Clarissa Rios Simoni (pela flor), Lucinéia
Daleth da Silveira (pelos livros, carinho e sensação de família num começo muito
difícil), Aldemir Smith Menezes, Gustavo Sá Souza, Letícia de Matos Malavasi,
Catiana Leila Possamai (pela “irmandade” e carinho), e a TODOS pela amizade
sincera.
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Aos colegas do COAFiS: Eduardo Caldas da Silva, Júlia, Vinícius Moretto e
Helena Pereira pelo companheirismo e bom humor.
Aos colegas do NuCiDH: Roberto Jerônimo (pelos “braços abertos” na
minha chegada), José Henrique Ramos (por me dizer:”Vai lá!”), Marcelle de
Oliveira Martins (por me dizer: “Claro que é possível!”), Paula Mercedes Vilanova
Ilha e Rodrigo Siqueira Reis (pelas intermináveis horas de amizade e socorro para
o SPSS e Cia.), Cassiano Ricardo Rech (Dick Tracy), Sheila Tribess e Priscila
Marques.
Aos colegas do Mestrado: Rogerio Massarotto e Taise Soares Costa (pela
amizade, carinho, risos, música, dança, praias, melancias, trilhas, Rave Party...),
Marcelo Rosa (pelas horas de alegria e descontração na dança), Éden Peretti
(pelo encantamento dos corpos), Sérgio Dorenski e Cássia Hack (pelas horas de
reflexão), Luciane Arantes, Carla Lettnin, Charles Schnorr (pela amizade).
Às amigas da “Pensão da Dnª Anita”: Marisol Parra Alvarez, Ana Marilza
Pernas e Dorotéia Höfelmann, por me compreenderem e me admirarem, mesmo
com tanta “chatice”. Também, à Srª Anita Shulze e Sr. Heiz Shulze que cuidaram
de mim como à uma filha.
À todos os idosos que participaram voluntariamente deste trabalho, mas
em especial, àqueles que estiveram comigo num começo confuso e difícil: Maria
Rossetti, Denis Copetti, Laci Zamperetti Copetti, Neide Corrêa Marcus, Paulo
Corrêa Marcus, Maria Geralda Mota, Gildo Mota, Edla Kargel, Gerda Wolf, Maria
Mirtes, Nílcia, Dora, Romeu, Terezinha Vandernilde, Oswaldo Furlan, Raulino
Bussarelo, Zoraida Yazigi Mamede e Benevide Mamede.
Aos acadêmicos de Educação Física e Fisioterapia da UFG, UCG e UEG
que, por compreensão ou por interesse, colaboraram de forma imprescindível
com este trabalho.
Aos Funcionários do CDS: Natalino, Sônia, Cristiane, Naira, Jairo e
Novânia (pelas horas de paciência), Neuza (pelo carinho e lanchinhos), Olga
(pelas flores e lanchinhos).
Ao Prof. Marco Schultz que, com suas aulas de Yoga, ensinou-me a
trabalhar o interno mantendo “a mente quieta, a espinha ereta e o coração
tranquilo”.
À Profª Maria Zita Ferreira, Profª Izabel Alves Galvão Collus, Prof Valtuir
Laureano Marques, Prof. João Eduardo Batista e Prof. Paulo Roberto Vila
Ventura, funcionários Herênios, Leandro e Angélica (UCG), Prof. Marcus Fraga
Vieira, Profª Maria Sebastiana Silva, Prof. Francisco Luiz de Marchi Netto, Prof.
José Pedro de Oliveira Alvarenga, Prof. Juracy da Silva Guimarães e Prof.
Nivaldo Antonio Nogueira David (UFG), Prof. Ferdinand Eugene Persijin, Prof.
João Henrique Suanno e Profª Carmencita Márcia Balestra (UEG), pela forma
receptiva, amistosa e interessada com que me receberam em suas instituições de
ensino.
Aos amigos(as) Maria Fernanda Felipe Nogueira de Almeida, Cátia Dias
Marques, Keila Cristina Dutra Santos de Paiva, Luciano Carnaúba de Paiva,
Juliano Aarão, José Eduardo Silveira Vaula, por estarem sempre presentes, física
ou espiritualmente, nas horas em que mais precisei.
À turma da “Tia Ilka Natação”: Cláudia, Carla, Régis, Sandra, Érica e Ilka
por aceitarem a minha ausência e compreenderem a minha necessidade de
crescer.
Ao CNPq pelo incentivo financeiro, sem o qual, a minha jornada teria sido
muito mais difícil. À todos, o meu muitíssimo obrigada!
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CIRCUNLÓQUIO
A Estrada - Cidade Negra
Você não sabe o quanto eu caminhei, pra chegar até aqui.
Percorri milhas e milhas antes de dormir. Eu não cochilei!
Os mais belos montes escalei...
Nas noites escuras de frio chorei, hei, hei, ...hei, hei, hei , hei, heeeeei...
A vida ensina e o tempo traz o tom. Pra nascer uma canção.
Com a fé o dia-a-dia, encontrar solução. Encontrar solução!
Quando bate a saudade eu vou pro mar. Fecho os meus olhos e sinto você chegar.
Vocêê chegar,... físico, físico, físico!
Quero acordar de manhã do teu lado e aturar qualquer babado!
Vou ficar apaixonado, no teu seio aconchegado!
Ver você dormindo e sorrindo, é tudo que eu quero pra mim! Tudo que eu quero pra mim!
Quero acordar de manhã do teu lado e aturar qualquer babado!
Vou ficar apaixonado, no teu seio aconchegado!
Ver você dormindo é tão lindo! É tudo que eu quero pra mim! Tudo que eu quero pra mim!
Meu caminho só meu Pai pode mudar.
Meu caminho só meu Pai, meu caminho só meu Pai pode mudar.
O Mundo
- Capital Inicial
Você que já esteve no céu. Foi tudo divertido pra você?
Chega a hora então, de provar tudo que existe.
Tire agora os sapatos, jogue tudo pro alto. Sinta o chão!
Aprender a andar descalço, num mundo de asfalto e sem coração.
Até que o mundo gire ao seu redor.
Obrigado por passar, mas estou de saída. Tem alguma coisa nova pra fazer?
Vamos lá então, ter um dia diferente.
Eu só quero curtir, ficar a toa, viver numa boa.
E você quer respostas, exige provas, músicas novas.
Até que o mundo gire ao seu redor.
Vão falar que você não é nada. Vão falar que você não tem casa.
Vão falar que você não merece, que anda bebendo e está perdido.
E não importa o que você dissesse, você seria desmentido.
Vão falar que você usa drogas e diz coisas sem sentido.
Se eu for ligar para o que vão falar, não faço nada.
Eu procuro tentar entender, porque eu sou importante pra você.
Já que é, bem melhor, ser importante pra si mesmo.
Eu não quero mudar, ser mais discreto, ser mais esperto.
Já cansei de propostas, de dar respostas e ter que dar certo.
Até que o mundo gire ao seu redor.
Vão falar que você não é nada.Vão falar que você não tem casa.
Vão falar que você não merece, que anda bebendo, e está perdido.
E não importa o que você dissesse, você seria desmentido.
Vão falar que você usa drogas e diz coisas sem sentido.
Se eu for ligar para o que vão falar, não faço nada.
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Ser Idoso e ser Velho
“Idoso é aquele que tem muita idade; velho é aquele que
perdeu a jovialidade.
A idade causa a degenerescência das células; a velhice causa
a degenerescência do espírito.
Por isso, nem todo idoso é velho, e há velho que ainda nem
chegou a ser idoso.
Você é idoso, quando se pergunta se vale a pena; você é
velho, quando sem pensar responde que não.
Você é idoso, quando está pronto para correr riscos; você é
velho, quando corre dos riscos.
Você é idoso, quando sonha; você é velho, quando apenas
dorme.
Você é idoso, quando ainda aprende; você é velho, quando já
nem ensina.
Você é idoso, quando sente amor; você é velho, quando só
sente ciúme e possessividade.
Você é idoso, quando o dia de hoje é o primeiro do resto de
sua vida; você é velho, quando todos os dias parecem o último
de sua jornada.
Idoso é aquele que têm tido a felicidade de viver uma longa
vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência. O
idoso é a ponte entre o passado é o presente, assim como, o
jovem é a ponte entre o presente e o futuro. E é no presente
que os dois se encontram.
Velho é aquele que têm carregado o peso dos anos, que em
vez de transmitir experiência as gerações vindouras, transmite
pessimismo e desilusão. Para o velho, não existe ponte, existe
um fosso que o separa do presente pelo apego ao passado.
O idoso se renova a cada dia que começa; o velho se acaba a
cada noite que termina. Pois, enquanto o idoso tem seus olhos
postos no horizonte onde o sol desponta e a esperança se
ilumina, o velho tem sua miopia voltada para os anos que
passaram.
O idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e esperanças.
Para ele o tempo passa rápido, mas a velhice nunca chega. O
velho cochila no vazio de sua vidinha, e suas horas se arrastam
destituídas de sentido.
As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo
sorriso, já as do velho, foram marcadas pela amargura.
Sou idoso, tenho 73 anos, mas espero nunca ficar velho... “
José Ricardo (http://www.idoso.ms.gov.br/)
viii
viii
Resumo
ATIVIDADE FÍSICA HABITUAL E SAÚDE MULTIDIMENSIONAL DE IDOSOS NA
CIDADE DE GOIÂNIA – GO
Autora: Andrea Cintia da Silva
Orientadora: Profª Drª Maria de Fátima da Silva Duarte
Realizou-se um estudo descritivo transversal de inquérito (survey) exploratório,
com o objetivo de caracterizar o perfil de saúde multidimensional e o nível de
atividade física habitual de idosos, de ambos os sexos, residentes na zona
urbana da cidade de Goiânia – GO. A amostra do estudo constituiu-se de 420
idosos, com idade de 60 a 92 anos, residentes nas 11 regiões da cidade de
Goiânia, sendo 37,6% de homens e 62,4% de mulheres. Para a caracterização
da saúde multidimensional e do nível de atividade física habitual, foram utilizados
dois instrumentos na forma de roteiros de entrevista, já validados para a
população idosa: Questionário Brazil Old Age Schedule (BOAS) e o International
Physical Activity Questionnaire (IPAQ), adaptado para idosos. Para a
organização, registro dos dados e a elaboração dos relatórios estatísticos, foi
utilizado o programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 11.0.
Como resultados, o 5º Grupo/Região (Central/Campinas/Vale Meia Ponte), possui
maior concentração dos idosos estudados, onde 53,5% estão na faixa de idade
de 60 a 69 anos. Somente 12,4% dos idosos moram sozinhos. Sobre o nível de
escolaridade máxima, 50,5% completou o ensino fundamental e 11% completou
ensino superior. A maioria, 88,3% pertence às classes “B” e “C” tendo a
aposentadoria, a maior fonte de sustento para 71,3%. A auto-percepção do
estado de saúde, em geral, foi considerada positiva apesar de 80,2% referir ser
portador de até duas doenças crônicas não transmissíveis. Para o nível de
capacidade funcional 74,4% são ‘independentes’ fisicamente. Estão ‘socializados’
em sua comunidade 54,4%. Como suspeitos de debilidade cognitiva 15,9% e
11,8% com suspeita de depressão, onde as mulheres são a maioria com 20,9%.
Os idosos dos níveis ‘inativo’ e ’insuficientemente ativo’ (48,1%) têm idade
superior a 70 anos, reforçando a idéia de que o nível de atividade física habitual
declina com a idade. Já nos níveis ‘ativo’ e ’muito ativo’ 51,8% têm idades de 60
a 69 anos. As mulheres estão mais suscetíveis a estarem sem um companheiro
(ρ = 0,374). A auto-percepção do estado de saúde’ está associada à ‘satisfação
com a vida’ (ρ = 0,350), à ‘quantidade de doenças crônicas (ρ = 0,475) e à
suspeita de depressão (ρ = 0,425). Há associações entre capacidade funcional e
integração social (ρ = 0,357), capacidade funcional e atividade física total (ρ =
0,361). Para todas as associações p = 0,000. Pode-se concluir que, apesar dos
resultados positivos, de um modo geral, faz-se necessário compreender, o que
faz com que uma minoria de idosos não tenha condições favoráveis de saúde
multidimensional e de atividade física habitual para desenvolver ou manter um
envelhecimento bem sucedido.
Palavras-chave: Idosos, saúde multidimensional, atividade física.
ix
ix
Abstract
HABITUAL PHYSICAL ACTIVITY AND MULTIDIMENSIONAL HEALTH FROM
ELDERLY PEOPLE LIVING IN GOIÂNIA – GO
Author: Andrea Cintia da Silva
Advisor: Profª Drª Maria de Fátima da Silva Duarte
This research is a exploratory survey cross-sectional descriptive study with
purpose of characterizing the profile of the multidimensional health and habitual
physical activity level of old people , in both genders, that were inhabittants in
Goiânia - GO. The sample was constituted by 420 seniors from 11 areas of
Goiânia, composed by 37,6% of men and 62,4% of women. For the
characterization of the health multidimensional and the habitual physical activity
level, two instruments were utilized to interview the subjects and they were already
validated for this population: Questionnaire Brazil Old Acts Schedule (BOAS), and
International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). For the organization,
registration and elaboration of the statistical reports, it was used the Statistical
Package for Social Sciences (SPSS), version 11.0. It was identified that the 5th
Group/Area (Central/Campinas/Vale Meia Ponte) possesses the largest were
concentration of seniors, where 53,5% were in age group 60 to 69 years. Only
12,4% seniors live alone. When asked about education level, 50,5% answered
that they completed high school and 11% completed higher education. In relation
to socio economic status, it was identified that 88,3% belong to "B" and "C"
classes and their retirement income was the largest economical support for 71,3%.
The health self-perception condition in general was considered positive although
80,2% said that they have up to two chronic diseases not transmited. For the
funcional capacity level scale 74,4% are considered physically 'independent'. It
was also found that 54,4% socialize with the community. The ones who were
suspected with cognitive disability 15,9% and 11,8% has depression suspicion,
where women are most common with 20,9%. Seniors with 'inactive' and
'insufficiently assets' levels (48,1%) were over 70 years old, reinforcing the idea
that habitual fisical activity level reduces with age. In 'activate' and 'very active'
levels it was identified that 51,8% of the elderly were from 60 to 69 years old.
Women were more susceptible to be without a companion (p = 0,374). The health
self-perception condition was associated to 'life satisfaction' (p = 0,350), 'amount
of chronic diseases (p = 0,475), and to depression suspicion (p = 0,425). There
were also some associations between functional capacity, and social integration (p
= 0,357), functional capacity and total physical activity (p = 0,361). For all of
theses results, it can be said that after all this research more things need to be
done to understand this phenomenon, which is what makes a minority of seniors
not having favorable conditions of multidimensional health, and habitual physical
activity to develop or maintain an well and healthy aging.
Key-words: Elderly, multidimensional health, physical activity.
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ÍNDICE
Página
LISTA DE ABREVIATURAS...................................................................................xii
LISTA DE ANEXOS...............................................................................................xiii
LISTA DE FIGURAS..............................................................................................xiv
LISTA DE QUADROS............................................................................................xvi
LISTA DE TABELAS.............................................................................................xvii
Capítulo
I. O PROBLEMA .........................................................................................19
Introdução
Formulação da Situação Problema e Justificativa
Objetivos:
Geral
Específicos
Delimitação do Estudo
Limitações do Estudo
Definição de Termos
II. REVISÃO DE LITERATURA...................................................................27
Envelhecimento Populacional
Histórico dos Estudos Sobre Envelhecimento
Aspectos Multidimensionais
Marco Teórico
Dimensão Física
Envelhecimento e Saúde Funcional
Envelhecimento e Atividade Física
Dimensão Psíquica
Envelhecimento e Saúde Mental
Dimensão Social
Envelhecimento e Relações Sociais
xi
xi
III. METODOLOGIA.....................................................................................37
Modelo do Estudo
População
Seleção da Amostra
Instrumentos de Coleta
Critérios para Classificação Categórica dos Dados
Coleta de Dados
Tratamento Estatístico para Análise dos Dados
Estudo Piloto
Coleta Oficial
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................59
V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.................................................93
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................98
ANEXOS.............................................................................................................106
xii
xii
LISTA DE ABREVIATURAS
Abreviatura Significado
1. DCNTs .................................................... Doenças Crônicas Não Transmissíveis;
2. NCF ................................................................ Nível de Capacidade Funcional;
3. SCO .................................................................... Síndrome Cerebral Orgânica;
4. DCog ................................................................................. Debilidade Cognitiva;
5. Dp ................................................................................................. Depressão;
6. NAFH ............................................................ Nível de Atividade Física Habitual;
7. TCLE .......................................... Termo de Consentimento Livre e Esclarecido;
8. IMC ......................................................................... Índice de Massa Corporal;
9. NISP ................................................... Nível de Integração Social Participativa;
10. ATLs ....................................................................... Atividades no Tempo Livre;
11. AIVDs .................................................. Atividades Intermediárias da Vida Diária;
12. ABVDs ............................................................ Atividades Básicas da Vida Diária;
13. IPAQ ............................................. International Physical Activity Questionnaire
14. BOAS
……………………………………………………….Brazil Old Age Schedule
xiii
xiii
LISTA DE ANEXOS
Anexo Página
1. Folha de Rosto e Parecer Consubstanciado do Comitê de Ética
em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade
Federal de Santa Catarina........................................................................107
2. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE...................................110
3. Questionário Brazil Old Age Schedule – BOAS..............................................112
4. Questionário International Physical Activity Questionnaire – IPAQ
Versão 8 – IDOSOS..................................................................................149
5. Resultados do Estudo Piloto...........................................................................150
6. Matriz de Análise.............................................................................................157
xiv
xiv
LISTA DE FIGURAS
Figura Página
1. Marco teórico para investigação dos fatores determinantes da
incapacidade funcional do idoso, estruturado em blocos
hierarquizados (Rosa et al, 2003)...............................................................31
2. Identidade visual do projeto............................................................................55
3. Distribuição dos idosos por faixa de idade e sexo..........................................61
4. Distribuição dos idosos por sexo e região de moradia ..................................61
5. Distribuição dos idosos por companhia de moradia.......................................63
6. Distribuição dos idosos por sexo e nível de escolaridade..............................64
7. Distribuição dos idosos por sexo e atividade ocupacional..............................65
8. Fontes de sustento para os idosos.................................................................67
9. Faixas de renda para os idosos e suas famílias (1 SM = R$ 260,00).............68
10. Utilização dos serviços médicos e dentários pelos idosos.............................69
11. Setores de maior carência por parte dos idosos.............................................70
12. Prevalência de idosos com DCNT..................................................................72
13. Doenças crônicas não transmissíveis relatadas pelos idosos........................72
14. Comparação do estado de saúde atual..........................................................73
15. Utilização de próteses e órteses pelos idosos................................................73
16. Classificação do IMC dos idosos....................................................................74
17. Problemas causados pelo uso do fumo e do álcool........................................75
18. Problemas incapacitantes...............................................................................76
19. Classificação para NCF..................................................................................77
xv
xv
20. Distribuição dos idosos por tipo de atividade realizada no tempo livre..........78
21. Classificação para o NISP..............................................................................78
22. Classificação para SCO em relação à DCog..................................................80
23. Classificação para SCO em relação à Dp.......................................................80
24. Média de METs min/sem por AFH realizada..................................................81
25. Distribuição dos idosos por NAFH Ocupacional e faixa de idade...................82
26. Distribuição dos idosos por NAFH Deslocamento e faixa de idade................82
27. Distribuição dos idosos por NAFH Casa/Jardim e faixa de idade...................83
28. Distribuição dos idosos por NAFH Exercício/Lazer e faixa de idade..............83
29. Distribuição dos idosos por NAFH Total e faixa de idade...............................84
30. Sentido e força da correlação em função do coeficiente (ρ ou r) ...................85
31. Distribuição dos idosos por sexo e faixa de idade (Estudo
Piloto)........................................................................................................152
32. Distribuição dos idosos por companhia na moradia (Estudo
Piloto)........................................................................................................153
33. Fontes de sustento dos idosos (Estudo Piloto)............................................155
34. Distribuição dos idosos por tipo de atividade realizada no tempo
livre (Estudo Piloto)...................................................................................156
35. Problemas de saúde percebidos/referidos pelos idosos(Estudo Piloto).......157
xvi
xvi
LISTA DE QUADROS
Quadro Página
1. Tratamento estatístico.......................................................................................53
2. Matriz de análise para aspectos sócio-demográficos.....................................160
3. Matriz de análise para aspectos sócio-econômicos........................................162
4. Matriz de análise para aspectos de saúde física............................................165
5. Matriz de análise para aspectos de saúde funcional......................................167
6. Matriz de análise para aspectos de saúde mental..........................................168
7. Matriz de análise para aspectos de atividade física habitual..........................168
8. Matriz de análise para aspectos de avaliação do entrevistador.....................171
xvii
xvii
LISTA DE TABELAS
Tabela Página
1. Distribuição da população dos idosos por sexo e faixa de idade.....................38
2. Distribuição amostral por quota estratificada proporcional
(SEXO, GRUPO/REGIÃO e FAIXA DE IDADE)..........................................40
3. Limites de corte para IMC.................................................................................45
4. Escores e limites de corte para NCF................................................................47
5. Escores e limites de corte para NISP...............................................................48
6. Sistema de pontos para classificação econômica............................................49
7. Escore para classificação econômica...............................................................49
8. Peso e escore máximo para SCO.....................................................................50
9. Classificação para SCO....................................................................................50
10. Gasto energético estimado em METs.............................................................51
11. Escore contínuo para classificação do NAFH ................................................52
12. Aspectos sócio-demográficos dos idosos.......................................................62
13. Aspectos sócio-econômicos dos idosos.........................................................66
14. Utilização de serviços médicos e dentários pelos idosos...............................68
15. Auto-percepção do estado de saúde..............................................................71
16. Comportamentos de risco relacionados à saúde dos idosos..........................75
17. Média de tempo gasto sentado.......................................................................84
18. Associação em relação aos aspectos sócio-demográficos.............................86
19. Associação em relação aos aspectos sócio-econômicos...............................88
20. Associação em relação aos aspectos de saúde física....................................89
xviii
xviii
21. Associação em relação aos aspectos de saúde funcional..............................90
22. Associação em relação aos aspectos saúde mental......................................91
23. Associação em relação aos aspectos do NAFH.............................................92
24. Aspectos sócio-demográficos dos idosos (Estudo Piloto)............................152
25. Aspectos sócio-econômicos dos idosos (Estudo Piloto)..............................154
26. Aspectos de saúde funcional social dos idosos (Estudo Piloto)...................155
27. Aspectos de saúde funcional física e psicológica
dos idosos (Estudo Piloto).........................................................................158
19
19
CAPÍTULO I
O PROBLEMA
Introdução
A elevação da expectativa de vida populacional foi inicialmente observada
em países desenvolvidos. Recentemente, é nos países em desenvolvimento que
a população idosa tem aumentado de forma mais rápida (Lima-Costa et al,
2000a). Nestes países, o contingente de pessoas prestes a envelhecer é
proporcionalmente expressivo, quando comparado com o contingente do início do
século, nos países desenvolvidos. A tendência é haver transformações drásticas
na estrutura etária desses países, sem que as adaptações sociais tenham
ocorrido de uma maneira adequada à maioria da população.
O Brasil, como os demais países da América Latina, vive um processo de
envelhecimento populacional rápido e intenso. De acordo com estimativas e
projeções do IBGE-2000, de um total de 6,11%, em 1980, as pessoas com 60
anos ou mais, eram 8,23% em 2004, passarão a representar 14,26%, em 2025 e
21,93% em 2050. Em números absolutos, uma das maiores populações de
idosos do mundo (IBGE, 2000a).
Esse crescimento contínuo da população idosa nas sociedades modernas
tem se tornado o centro das atenções do mercado e dos especialistas. No Brasil,
atualmente, existem vários grupos de pesquisa que realizam estudos
epidemiológicos com o objetivo de caracterizar o idoso brasileiro. Esses grupos e
suas linhas de pesquisa podem ser encontrados na página do CNPq, na Internet
(www.cnpq.br >Diretório de Grupos de Pesquisa), utilizando-se das palavras-
chave: idosos, envelhecimento e epidemiologia.
As universidades para pessoas idosas estão sendo criadas mesmo no
interior de instituições que, durante séculos, foram pensadas como lugar da
juventude. A importância disso vem aumentando por meio das modificações
tecnológicas e sociais que ajudaram a prolongar a expectativa de vida. Saúde,
bem-estar, qualidade de vida e longevidade tornaram-se valores a serem
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alcançados, assim como campo de investimentos econômicos, intelectuais e
simbólicos. As ciências sociais estão dirigindo seu olhar para essa nova
realidade. O mercado gera, cada vez mais, produtos e serviços para os idosos:
casas residenciais ou de repouso, engenhos tecnológicos adequados às suas
necessidades, alimentos, transportes, lazer, educação, enfim, tudo aquilo que,
supõe-se, melhora a qualidade de vida dessas pessoas. A demanda gerada pelo
rápido crescimento da população idosa aumenta a necessidade de
planejamentos criteriosos e adequados a esta nova realidade populacional. Isto
faz com que o tema ganhe especial relevância como objeto de estudo, pois cada
vez mais, torna-se necessário conhecer as condições de vida das populações
idosas. Hoje, a tendência mundial é o estabelecimento de pesquisas envolvendo
estudos multidimensionais sobre o fenômeno do envelhecimento humano.
Estudos de base populacional sobre a saúde do idoso foram desenvolvidos
somente em algumas cidades brasileiras: Rio de Janeiro-RJ (Veras, 1992), São
Paulo-SP (Ramos et al, 1993, 1998); Fortaleza-CE (Coelho Filho & Ramos,1999);
Pelotas-RS (Santos, 1999); Bambuí-MG (Lima-Costa et al, 2000a); Veranópolis-
RS (Marafon et al, 2003); Florianópolis-SC (Benedetti et al, 2004b); São Carlos-
SP (Feliciano et al, 2004). Outras pesquisas demonstram, que os idosos estão
lutando pela autonomia e pela independência com estratégias diferenciadas,
agindo no campo das atividades físicas relacionadas à saúde, das associações
coletivas e da interação social, até mesmo, em níveis competitivos (Lovisolo,
1997).
Apesar dos recentes desenvolvimentos, os mecanismos biológicos básicos
envolvidos no processo de envelhecimento mantêm-se, em grande parte,
inexplicados. O envelhecimento é comum a todos os membros de uma espécie, é
progressivo e envolve mecanismos debilitantes que afetam a capacidade de
realizar diversas funções. A maneira como as pessoas envelhecem e
experimentam este processo, não depende apenas da constituição genética, mas
também do que se faz ao longo da vida, de como e onde se vive (estilo de vida).
Segundo Kane (citado por Heikkinen, 2003), a capacidade funcional pode ser
definida como condição de um indivíduo realizar as atividades associadas ao seu
bem-estar, ou também, o grau de facilidade com que o indivíduo pensa, sente,
age ou se comporta em relação ao seu ambiente e o gasto energético. Isto
representa, a integração de três aspectos multidimensionais: física, psíquica
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(cognitiva e afetiva) e social. Portanto, a avaliação multidimensional é derivada de
um modelo que observa como se dá a inter-relação dessas dimensões e como
ela contribui para os comportamentos e desempenhos ocorridos na vida diária.
Em idosos, as respostas adaptativas aos estímulos advindos de cada uma
dessas dimensões têm grande importância. Indicadores de saúde incluem:
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), condições atuais de saúde,
sintomas, deficiências, medicamentos utilizados, quantificação da utilização de
serviços médicos e auto-percepção de saúde (APS), escalas de capacidade
funcional, que se referem às atividades da vida diária (AVDs – banhar-se,
alimentar-se, vestir-se, deslocar-se, etc.) e àquelas atividades instrumentais da
vida diária (AIVDs – cuidar da casa, fazer compras, usar medicamentos, usar
meios de transporte, telefonar, cozinhar e administrar o dinheiro), geralmente
necessárias para uma vida independente. Doenças e limitações não são
conseqüências inevitáveis do envelhecimento, mas o uso de serviços
preventivos, eliminação de fatores de risco à saúde e adoção de hábitos de vida
saudáveis são importantes determinantes de um envelhecimento bem sucedido.
Formulação da Situação Problema e Justificativa
De acordo com informações fornecidas pelo Censo-2000, realizado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade de Goiânia, capital
do estado de Goiás, possui 1.093.007 habitantes, 99,34% vivendo na zona
urbana. Os idosos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são
pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, em países em desenvolvimento
e igual ou superior a 65 anos em países desenvolvidos. Em Goiânia, 75.695
pessoas, 6,93% da população, são idosos alfabetizados (76,81%) e residentes na
zona urbana (99,36%) (IBGE, 2000b).
Goiânia possui entidades da prefeitura e do estado, que proporcionam aos
idosos, de todas as classes sócio-econômicas, atividades de socialização,
orientação sobre saúde e lazer.
A “Vila Vida”, mantida pela Organização das Voluntárias de Goiás – OVG,
privilegia com residências, idosos que não apresentam dependência física nem
problemas mentais. Os idosos que têm onde morar, são atendidos como
freqüentadores e os que não tem residência são admitidos como moradores. Uma
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equipe comandada por profissionais especializados na área gerontológica
trabalha de forma integrada para apresentar soluções que atendam o problema
do idoso respeitando a situação especial de cada um. O trabalho da “Vila Vida”
estimula os idosos a retomar uma rotina ativa e participante, por meio de oficinas
ocupacionais e de atividades de convivência e lazer. Natação, dança, ginástica
diferenciada, hidroginástica, coral, oficinas laborativas e artísticas, forró e
palestras educativas sobre assuntos de interesse da comunidade idosa.
A Fundação Municipal de Desenvolvimento Comunitário – FUMDEC, desde
1999, é o órgão responsável pela implementação da Política de Assistência Social
em Goiânia. Este trabalho é feito dentro da perspectiva democrática e
participativa de busca da inclusão social, proposta pela administração municipal.
O Programa de Atenção à Terceira Idade, atende mais de 1800 idosos em 55
grupos, que funcionam nas unidades próprias e conveniadas instaladas nos
diversos bairros da cidade. Os idosos participam de palestras, oficinas laborativas
(bordado, crochê e macramê), atividades físicas (yoga e natação), oficinas de
teatro, jogos e coral.
A Universidade Católica de Goiás – UCG fundou em outubro de 1992, a
Universidade Aberta à Terceira Idade – UNATI. O programa é operacionalizado
por meio de uma abordagem interdisciplinar e interdepartamental,
fundamentando-se em pressupostos gerontológicos e de natureza sócio-política e
educativa.
Programas como estes, existentes na cidade de Goiânia, são realizados
na grande maioria das capitais brasileiras. E, embora haja todo um esforço, por
parte desses programas em atender às necessidades dos idosos, ainda existem
poucos estudos relativos às implicações sociais, econômicas e ambientais
causadas pela mudança na estrutura etária que vem ocorrendo na população
brasileira. As informações sobre as condições de saúde da população idosa e
suas demandas por serviços médicos e sociais são fundamentais para o
planejamento da atenção e promoção da saúde. Os estudos epidemiológicos com
base populacional, ou seja, aqueles que estudam idosos residentes na
comunidade, podem fornecer este tipo de informação, mas ainda são muito
escassos no país. De uma maneira semelhante, há uma carência na cidade de
Goiânia e no estado de Goiás, de estudos epidemiológicos na área da atividade
física relacionada à saúde integrando fundamentos científicos que caracterizem a
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população idosa nas dimensões física, psíquica e social, sob os aspectos sócio-
demográficos, sócio-econômicos, funcionais e de nível de atividade física
habitual. Quais as condições de saúde multidimensional e nível de atividade física
habitual destes idosos? A ausência de uma resposta reforça a crença na
relevância quanto à realização deste estudo que pretende caracterizar a
ATIVIDADE FÍSICA HABITUAL E SAÚDE MULTIDIMENSIONAL DE IDOSOS NA
CIDADE DE GOIÂNIA – GO.
Objetivos
Geral
O objetivo principal do estudo foi caracterizar o perfil de saúde
multidimensional e nível de atividade física habitual de idosos, de ambos os
sexos, residentes na zona urbana da cidade de Goiânia – GO.
Específicos
Mais especificamente, pretendeu-se:
a) identificar os aspectos sócio-demográficos (idade, sexo, estado conjugal,
escolaridade, composição familiar) e sócio-econômicos (renda, situação
ocupacional, local e situação do domicílio);
b) caracterizar a saúde física (auto-percepção de saúde, DCNTs, visão,
audição, dentição, IMC, uso de fumo e álcool), funcional (problemas de
saúde incapacitantes, AIVDs, ABVDs, ATLs e NISP), mental (suspeitos e
prováveis casos de SCO para Dcog e Dp);
c) classificar os idosos quanto ao NAFH para atividades ocupacionais, de
deslocamento, casa/jardim e exercício/lazer;
d) verificar a presença de diferenças estatisticamente significativas entre os
aspectos sócio-demográficos e sócio-econômicos com os aspectos de
saúde funcional e nível de atividade física habitual.
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Delimitação do Estudo
Este estudo delimitou-se em estudar idosos, de ambos os sexos,
residentes na zona urbana da cidade de Goiânia – GO, distribuídos nas 11
regiões (Oeste, Leste, Mendanha, Noroeste, Norte, Central, Campinas, Vale Meia
Ponte, Sudoeste, Sul e Sudeste), agrupadas em cinco grupos, para uma melhor
operacionalidade.
Limitações do Estudo
Os resultados e as conclusões deste estudo podem ter sido influenciados
por alguns fatores, como os que são citados a seguir:
a) o estado de saúde (física e mental), nível de escolaridade e cognição dos
idosos pode dificultar a aplicação da entrevista;
b) a aplicação de roteiros de entrevista como método de coleta de dados pode
influenciar a veracidade das respostas, mesmo sob a forma de entrevista face
a face; visto que, os resultados consistem, simplesmente, no que as pessoas
dizem que fazem ou no que dizem acreditar ou gostar ou desgostar (Thomas
e Nelson, 2002).
Definição de Termos
Atividades da Vida Diária (AVDs): Termo utilizado para descrever os cuidados
essenciais e elementares à manutenção do bem-estar do indivíduo, o que
compreende aspectos pessoais como: banho, vestimenta, higiene e alimentação,
e aspectos instrumentais como: realização de compras e cuidados com as suas
finanças (Gordilho,et al 2000).
Capacidade Funcional: Capacidade de o indivíduo manter as habilidades físicas
e mentais necessárias para uma vida independente e autônoma. A avaliação do
grau de capacidade funcional é feita mediante o uso de instrumentos
multidimensionais (Gordilho, et al 2000).
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Envelhecimento Bem Sucedido: É o processo de envelhecimento com
preservação da capacidade funcional, autonomia e qualidade de vida (Gordilho,
et al 2000).
Envelhecimento: A maioria dos autores conceitua como “uma etapa da vida em
que há um comprometimento da homeostase, isto é, do equilíbrio do meio
interno, o que fragilizaria o indivíduo, causando uma progressiva vulnerabilidade
do indivíduo perante uma eventual sobrecarga fisiológica” (Gordilho, et al 2000).
Estilo de vida: Conjunto de ações habituais que refletem as atitudes, os valores
e as oportunidades na vida das pessoas. Importante determinante da saúde dos
indivíduos, grupos e comunidades (Nahas, 2003).
Idoso: A Organização das Nações Unidas, desde 1982, considera idoso as
pessoas com idade igual ou maior a 60 anos para países em desenvolvimento e
65 anos para países desenvolvidos. (Gordilho, et al 2000)
Incapacidade Funcional: Presença de dificuldade no desempenho de certos
gestos e de certas atividades da vida cotidiana ou mesmo pela impossibilidade de
desempenhá-la (Rosa et al, 2003).
Morbidade “Percebida” ou “Referida”: Em inquéritos por interrogatório, a
morbidade, ou seja, o número de casos de agravos à saúde de maneira geral, é
“percebida” ou “referida” pelo indivíduo ou por um informante que tenha
conhecimento do estado de saúde da pessoa incluída no estudo. Os resultados
obtidos refletem “percepções” do agravo referidas durante a entrevista e não,
propriamente, freqüências da doença (Pereira, 1999).
Nível Insuficiente de Atividade Física Habitual: Prática de atividades físicas
por menos de 30 minutos por dia e com freqüência semanal de cinco dias por
semana ou duração de até 150 minutos por semana ou 450 MET min/sem.
(Pate et al, 1995).
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Saúde Funcional na Velhice: Bem-estar na velhice, ou saúde num sentido
amplo, resultado do equilíbrio entre as várias dimensões da capacidade funcional
do idoso (física, psicológica e social), sem necessariamente significar ausência
de problemas em todas as dimensões (Ramos, 2003).
Saúde: Condição humana com dimensões físicas, psíquicas e sociais, cada uma
caracterizada em um contínuo com pólos positivos e negativos. Saúde positiva
está associada com a capacidade de desfrutar a vida e resistir a desafios; isto
não sendo apenas ausência de doença. Saúde negativa está associada com
morbidade e, de modo extremo com mortalidade prematura. Assim, quando se
considera o modelo de atividade física para a promoção da saúde, deve-se
reconhecer a importância do bem-estar psicológico, bem como, a saúde física
(Bouchard et al citado por USDHHS, 1996).
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CAPÍTULO II
REVISÃO DE LITERATURA
Envelhecimento Populacional
O controle das doenças infecciosas e parasitárias iniciou-se no final do século
XIX em alguns países da Europa Ocidental, estendendo-se pelos países
desenvolvidos, aumentando a expectativa de vida das populações. Nas
últimas décadas, esse controle também pôde ser observado nos países em
desenvolvimento juntamente com a queda a fecundidade. No Brasil, a partir
dos anos 60, observou-se uma rápida e generalizada queda na fecundidade e,
conseqüentemente, um aumento na expectativa de vida da população.
Atualmente, a população brasileira é da ordem de 15 milhões de habitantes,
sendo que a proporção de idosos dobrou nos últimos 50 anos; passando de
4% em 1940, para 9%, no ano de 2000 (Camarano, 2002). Esse aumento na
expectativa de vida da população brasileira será, necessariamente, mais
rápido e com mudanças estruturais mais profundas do que nos países
desenvolvidos, por duas razões: o declínio da fecundidade, no país, deu-se
num ritmo maior e originou-se de uma população mais jovem do que aquela
dos países desenvolvidos (Carvalho & Garcia, 2003). Em 1900, no Brasil, a
expectativa de vida ao nascer era de 33,7 anos; nos anos 50 aumentou para
43,2 anos, e na década de 60, era de 55,9 anos. De 1960 a 1980, essa
expectativa ampliou-se para 63,4 anos, isto é, foram acrescidos vinte anos em
três décadas, segundo revela o Anuário Estatístico do Brasil – IBGE de 1982.
De 1980 a 2000, o aumento estimado foi de cinco anos, ou seja, esperança de
vida de 68,5 anos. As projeções para o período de 2000 a 2025 supõem uma
expectativa média de vida do brasileiro, próxima de 80 anos para homens e
mulheres (Kalache et al, 1987). Observa-se também, que o número de
mulheres idosas, se comparado ao de homens com 60 anos ou mais de idade,
é expressivamente maior.
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Deve-se considerar, também, o fato de que o estilo de vida, daquelas pessoas
que sobrevivem até idades mais avançadas nos países em desenvolvimento,
está associado a fatores de risco menos acentuados para determinadas
doenças. Kalache et al (1987), lembra que além do fumo, a hiperalimentação,
a relativa falta de atividade física e a exposição constante a fatores de
estresse, são todos componentes do estilo de vida do mundo moderno mais
desenvolvido, mas que agora já atingem também os países em
desenvolvimento e provocam o aumento da incidência de doenças
cardiovasculares, de certos tipos de câncer e de certos distúrbios, como o
diabetes. Por outro lado, as taxas de mortalidade por doenças infecciosas e
parasitárias são baixas na idade adulta, mesmo nos países em
desenvolvimento. Uma vez atingida a idade adulta, as causas de morte variam
pouco e, para a maioria das pessoas, está relacionada à doenças crônicas
não transmissíveis (DCNTs), quer vivam em países desenvolvidos ou não. Em
termos de saúde, o aumento do número de idosos em uma população está
intimamente relacionado com um maior número de problemas crônicos que,
freqüentemente, dispendem altos custos e tecnologias complexas para o
cuidado adequado.
Segundo Gordilho et al (2000), o processo de urbanização e a
conseqüente modificação do mercado de trabalho aceleram a redistribuição da
população entre as zonas rural e urbana do país. Em 1930, dois terços da
população brasileira vivia na zona rural; hoje, mais de três quartos vive na zona
urbana. Com o aumento da expectativa de vida, as famílias passaram a ser
constituídas por várias gerações, requerendo os mecanismos de apoio mútuo
entre as que compartilham o mesmo domicílio.
Histórico dos Estudos sobre Envelhecimento
Achenbaum (citado por Papaléo Netto, 2002), fala sobre Elie Metchnikoff,
renomada cientista, que em 1903, defendeu a idéia de uma nova especialidade, a
gerontologia, palavra derivada de gero (velhice) e logia (estudo). Metchnikoff
propunha um campo de investigação dedicado ao estudo exclusivo do
envelhecimento, da velhice e dos idosos, prevendo sua importância para o
alcance de uma velhice fisiológica normal, contra a simples aceitação da
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inevitabilidade da decadência e da degeneração do ser humano com o passar
dos anos.
Em 1909, Ignatz L. Nascher, médico vienense radicado nos Estados
Unidos propôs que se criasse uma nova especialidade médica, que visava tratar
das doenças dos idosos e da própria velhice, a geriatria. Nascher, que foi
considerado o pai da geriatria, fundou a Sociedade de Geriatria de Nova Iorque
em 1912; publicou o livro Geriatrics: the diseases of old age and their treatment,
including physiological old age, home and institucional care, and medico-legal
relations em 1914; e foi convidado para ser editor da sessão de geriatria da
revista The Medical Review of Reviews em 1917, despertando o interesse da
comunidade científica pelo assunto (Papaléo Netto, 2002).
Lopes (citado por Papaléo Netto, 2002), destaca também, a colaboração
de G. Stanley Hall, psicólogo que em 1922 publicou o Senescence: the last half of
life. Hall procurou comprovar em sua obra que as pessoas idosas tinham
recursos até então não apreciados, contradizendo a crença de que a velhice é
simplesmente o reverso da adolescência.
Porém, a gerontologia estava restrita aos aspectos biológicos do
envelhecimento e da velhice. E foi Majory Warren, em 1930 quem delineou os
primórdios da avaliação multidimensional e a importância da inter-disciplinaridade
no estudo do envelhecimento e da velhice (Papaléo Netto, 2002).
A partir de 1930, houve um aumento nos estudos em áreas da ciência do
envelhecimento e a criação de sociedades de interesse na área. Nos anos de
1980 e 1990, abriram-se novas áreas de interesse geradas pelas necessidades
sociais associadas ao envelhecimento populacional e à longevidade, como, por
exemplo, o apoio a familiares que cuidam de idosos dependentes, os custos dos
sistemas de saúde e previdenciário, a necessidade de formação de recursos
humanos, a necessidade de ofertas educacionais e ocupacionais para idosos e
pessoas de meia-idade (Neri, 2001).
Segundo Papaléo Netto (2002), apesar dos avanços na área das ciências
do envelhecimento, muitos obstáculos tiveram de ser superados. Dentre aqueles
associados às pesquisas biológicas, podemos citar a relutância dos modernos
cientistas por medo de arriscarem sua reputação em uma área vista com
desdém; a falta de fundamentação teórica que levasse a um planejamento
experimental adequado; a idéia de fatalismo fisiológico com relação ao
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envelhecimento. Quanto aos motivos de ordem social temos o interesse prioritário
das políticas de desenvolvimento das sociedades industrializadas e urbanizadas ,
na assistência materno-infantil e dirigida aos jovens, pois o investimento em uma
criança tem um retorno potencial de 50 a 60 anos de vida produtiva, enquanto
cuidados médico-sociais para a manutenção de uma vida saudável de um idoso
não são encarados como investimento. E, como principal causa, temos o fato dos
idosos constituírem um grupo etário politicamente ainda muito frágil, não sendo
atendidos, nem mesmo, em suas necessidades básicas.
Felizmente, as circunstâncias vêm mudando, seja pelo crescimento
acentuado do número de idosos, seja pela mudança na forma dos pesquisadores
pensarem sobre gerontologia. A criação e aprovação da Política Nacional de
Saúde dos Idosos (1999), e o Estatuto do Idoso (2003), são bons reflexos
políticos destas mudanças (Brasil, 1994, 1999, 2003).
Aspectos Multidimensionais
As dimensões (física, psíquica e social) definem o enfoque a ser dado na
caracterização dos aspectos (sócio-demográficos, sócio-econômicos, saúde
funcional e nível de atividade física habitual) aqui estudados.
Segundo Papaléo Neto (2002), para a tender-se a uma visão abrangente
de saúde deve-se levar em consideração a complexa inter-relação entre os
aspectos físicos, funcionais e psicológicos da saúde e da doença, além das
condições sócio-econômicas e dos fatores ambientais.
Marco Teórico
Para a investigação e análise dos quatro aspectos norteadores deste
estudo, utilizou-se o modelo teórico apresentado por Rosa et al (2003), incluindo-
se um questionamento sobre a influência no nível de atividade física habitual dos
idosos (Figura 1).
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Bloco Sócio-econômico: renda per capita, escolaridade,
situação ocupacional e local de residência.
Bloco Demográfico: sexo, estado civil, arranjo familiar e
idade.
Bloco Saúde: hospitalizações, problemas visuais e
auditivos, reumatismo, asma, hipertensão arterial, varizes,
diabetes, derrame, insônia, quedas e saúde mental.
Bloco Atividades de Relações Sociais:
receber e fazer visitas a amigos e parentes, ir
ao cinema, participar de obras voluntárias,
atividades físicas.
Bloco Avaliações Subjetivas: autopercepção
da própria saúde e comparada com a de outras
pessoas.
INCAPACIDADE FUNCIONAL
BAIXO NÍVEL DE ATIVIDADES FÍSICAS HABITUAIS?
Figura 1. Marco teórico para investigação dos fatores determinantes da incapacidade
funcional do idoso, estruturado em blocos hierarquizados (Rosa et al, 2003)
Dimensão Física
A Dimensão Física é aqui representa pelo conjunto de condições,
situações, atitudes e valores modificáveis e não modificáveis, relacionados à
saúde física e independência funcional, percebido e/ou presente no organismo
dos indivíduos resultantes dos hábitos de vida, de herança genética ou pré-
disposição orgânica.
A saúde funcional e a atividade física habitual podem representar bem esta
dimensão e, em paralelo com os resultados encontrados nas pesquisas define
melhor o campo de estudo.
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Envelhecimento e Saúde Funcional
No estudo realizado por Ramos (1993), na cidade de São Paulo – SP, em
relação ao estado de saúde de idosos, 86% referiram pelo menos uma doença
crônica não transmissível (DCNT). Sendo altamente relacionado com o local de
moradia, onde aqueles que têm melhor estado de saúde residiam na área central
e os idosos da área periférica foram os que mais referiram a presença de cinco
ou mais DCNT. Quanto a capacidade funcional, entre os idosos entrevistados,
quase 20% precisa de alguma ajuda para realizar suas AVDs, e 7% não as
realiza sem ajuda.
De acordo com o estudo de Rosa et al (2003), realizado em São Paulo –
SP, idosos com nível mais baixo de escolaridade (apenas lê e escreve /
analfabeto) apresentam chances cinco vezes maior de desenvolverem
dependência moderada/grave. A dependência nos idosos pode aumentar em seis
vezes por ocorrência de acidente vascular cerebral (AVC) e para aqueles
considerados possíveis “casos” de saúde mental (depressão ou demência).
Deficiência visual e auditiva apresentam chances de dependência
moderada/grave, maiores que quatro vezes.
Avaliações subjetivas mais pessimistas mostraram-se altamente
associadas com dependência moderada/grave. A chance foi de nove vezes maior
naqueles que perceberam sua saúde como sendo má ou péssima e 11 vezes
naqueles que, comparando sua saúde com a de outros, perceberam-na como
pior ou muito pior (Rosa et al 2003).
Lima-Costa (2003), em seu estudo com idosos brasileiros, incluídos na
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), encontrou para indicadores
da condição de saúde, 53,7% dos idosos com auto-percepção de saúde
regular/muito boa. Pelo menos uma doença crônica foi relatada por 69%, sendo
esta proporção maior entre mulheres (74,5%), aumentando com a idade, em
ambos os sexos. Para indicadores de capacidade funcional, 2% dos idosos
sofrem de incapacidades que os impedem de alimentar-se, tomar banho ou ir ao
banheiro.
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Envelhecimento e Atividade Física
No estudo de Rosa et al (2003), chances elevadas para dependência
moderada/grave foram observadas, em idosos de São Paulo – SP, que
responderam não freqüentar cinema e não praticar esportes, 16 e 15 vezes
maior, respectivamente.
Koltin (2001), realizou uma investigação para examinar a associação entre
atividade física e qualidade de vida em mulheres idosas dos Estados Unidos. Os
resultados indicaram que, as mulheres que viviam independentemente, tinham
níveis de atividade física significativamente mais altos quando comparadas com
mulheres levemente dependentes, bem como, qualidade de vida, estado de
saúde física, relacionamento social e ambiente. Análises de correlação revelaram
que os níveis de atividade física estavam significativamente correlacionados com
qualidade de vida e saúde física.
Chang et al (2001), estudaram a relação entre estado de aptidão funcional
e satisfação com a vida em idosos japoneses, em uma perspectiva de qualidade
de vida. Os resultados apontaram correlação positiva significativa entre alguns
fatores de satisfação com a vida e alguns fatores de aptidão funcional.
Kallinen et al (2002), em um estudo com mulheres de 76-78 anos,
treinadas por 18 semanas em exercícios de força e resistência aeróbica
constataram um aumento, ainda que pequeno, no pico de potência aeróbica no
cicloergômetro quando comparadas com não treinadas.
Okuma (citada por Freitas et al, 2002) salienta que a atividade física
aumenta a massa e diminui a perda óssea, independente de idade, sexo ou nível
de densidade óssea inicial. Na infância e na adolescência são idades ideais para
se começar a pensar na prevenção da osteoporose.
A atividade física deve ser constante e duradoura pois, pessoas com
história de atividades físicas habituais, apresentam maior densidade óssea do
que em inativos fisicamente (Freitas et al 2002).
Qualquer tipo de atividade física aumenta a massa muscular, mas são os
exercícios resistidos que estimulam melhor esse ganho. Exercícios de força,
ainda trazem benefícios gerais para a saúde do idoso, melhorando a mobilidade,
impedindo a atrofia muscular, revertendo quadros de hipertensão e alta
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freqüência cardíaca durante a realização das atividades da vida diária (AVDs)
(Fleck et al, 1997).
McArdle et al (1992), afirmam que ainda não se sabe se as alterações
cardiovasculares são conseqüência do envelhecimento ou da inatividade física,
mas que essas alterações podem ser minimizadas com a prática de atividade
física regular. Segundo ele, indivíduos treinados preservam o funcionamento
cardiovascular num nível muito acima do observado em indivíduos inativos
fisicamente.
Dimensão Psíquica
Para representar a Dimensão Psíquica considera-se o conjunto de
habilidades, conhecimentos, funções e atitudes do indivíduo frente aos papéis
(individual, familiar e profissional) assumidos e redefinidos ao longo dos eventos
de transição ocorridos durante a vida, bem como, suas conseqüências para a
saúde mental nos aspectos do ego e da cognição.
Envelhecimento e Saúde Mental
Segundo Darnton-Hill (1995), em geral entre as pessoas idosas, o estado
de saúde está fortemente associado com a satisfação com a vida. Os estudiosos
têm chegado à conclusão de que, é menos provável que, idosos com satisfação
de vida tenham fumado, abusado do álcool ou tiveram peso excessivo.
Ramos (1993), encontrou em seu estudo 27% dos idosos de São Paulo –
SP, com indícios de comprometimento da saúde mental.
DiPietro (1996), apresenta a função física como uma série de passos cada
vez mais integrados, começando com vários componentes básicos e progredindo
por três níveis mais integrados de atividades da vida diária, que incluem o
cumprimento do papel social (trabalho voluntário) ou atividades recreacionais.
Estes componentes básicos como força, equilíbrio, coordenação, flexibilidade e
resistência são necessários na construção de um desempenho mais integrado de
tarefas funcionais. Cada sucessivo nível de integração emprega mais e mais os
básicos, bem como, habilidades cognitivas, sensoriais e afetivas.
35
35
Grainer et al (1996), investigaram a baixa função cognitiva e subsequente
baixa independência para atividades da vida diária. Foram avaliadas as funções
cognitivas e físicas de 678 freiras idosas, dos Estados Unidos, em 1992/93 e 575
em 1993/94. As participantes com baixa função cognitiva na primeira avaliação
tinham dobrado o risco de perder independência em atividades da vida diária na
segunda avaliação, em relação àquelas com alta função cognitiva. A progressão
de uma baixa função cognitiva para uma função cognitiva deteriorada foi
associada com menos independência em atividades da vida diária.
Dimensão Social
Aqui representada pelo conjunto de acontecimentos que interferem nas
condições de vida das pessoas em sociedade como a renda, condições de
moradia, relações intergeracionais, capacidade para o trabalho, exercício de
papéis sociais, auto-integridade e a continuidade.
Envelhecimento e Relações Sociais
Coelho-Filho & Ramos (1999), em estudo epidemiológico sobre o
envelhecimento no Nordeste do Brasil, encontraram a maioria dos idosos (75,3%)
morando em domicílio multigeracional. Diferenças significativas foram
encontradas quanto aos arranjos familiares nas três áreas sócio-econômicas
(central, periférica e intermediária), sendo predominantes os domicílios de três
gerações, na região periférica (56,7%), idosos morando sozinhos (9,6%) ou em
domicílios de duas gerações (47,8%), na região central. O domicílio
multigeracional pode estar sendo um arranjo de sobrevivência, em vez de ser
uma opção cultural humanitária.
A situação ocupacional (aposentado e dona de casa) pode aumentar em
até oito vezes as chances de dependência moderada/grave. O sexo e a idade
estão fortemente associados à ocorrência de dependência sendo duas vezes
maior a chance para mulheres em relação aos homens e até 36 vezes maior
entre os idosos com mais de 80 anos. Todos os fatores de risco potenciais
referentes às relações sociais apresentam forte associação com dependência
36
36
moderada/grave; a chance é seis vezes maior para os idosos que responderam
não visitar os amigos e não visitar parentes (Rosa et al, 2003).
Ao observar-se o desenvolvimento dos estudos epidemiológicos, aqui
citados, atentou-se para o fato de que, na cidade de Goiânia-GO, ainda não foi
realizado um estudo semelhante.
Tendo, a presente revisão de literatura, contribuído para o embasamento e
caracterização do estudo, pretende-se também comparar os resultados
encontrados, no estudo realizado, com a literatura aqui apresentada.
37
37
CAPÍTULO III
METODOLOGIA
Modelo do Estudo
Segundo Pereira, 1999 este foi um estudo descritivo transversal de
inquérito (survey) exploratório, para determinar a prevalência, ou seja, o número
ou a proporção de idosos residentes na cidade de Goiânia, que percebe e/ou
refere saúde multidimensional negativa e nível insuficiente de atividade física
habitual para a aquisição e/ou manutenção da autonomia, independência e um
envelhecimento bem sucedido.
Este estudo foi submetido à apreciação do Comitê de Ética para Pesquisas
com Seres Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina, obtendo um
parecer favorável à sua realização. (ANEXO 1)
População
Tem-se como população os idosos, de ambos os sexos, residentes na
zona urbana da cidade de Goiânia que, segundo o Censo Demográfico 2000 –
IBGE, perfazem 75.695 idosos (6,93% da população total).
Critérios de Exclusão
Foram excluídos do estudo os idosos que apresentaram uma ou mais das
características abaixo:
a) se o idoso se encontrasse, física ou psicologicamente, incapacitado;
b) se o idoso se recusasse a responder a entrevista;
c) se o idoso estivesse hospitalizado ou internado em asilos.
38
38
Seleção da Amostra
Foram utilizadas como universo amostral os 62 setores censitários
selecionados pelo IBGE para a realização do Censo 2000, que estão contidos
nas 11 regiões da cidade (Oeste, Leste, Mendanha, Noroeste, Norte, Central,
Campinas, Vale Meia Ponte, Sudoeste, Sul e Sudeste); de acordo com o Mapa
Urbano Básico Digital de Goiânia de agosto de 2002. Para uma melhor
distribuição na quantidade de idosos em cada região, optou-se por agrupar os
setores censitários em cinco grupo/regiões: Norte (+ Noroeste), Sul, Leste (+
Sudeste), Oeste (+ Mendanha e Sudoeste), Central (+ Campinas e Vale do Meia
Ponte).
Para melhor visualização do universo amostral, observe-se a Tabela 1:
Tabela 1
Distribuição da população dos idosos por sexo e faixa de idade.
Goiânia Homens % Mulheres % Total %
60 a 64 anos 11.773 15,55% 14.386 19,01% 26.159 34,56%
65 a 69 anos 8.216 10,85% 10.805 14,27% 19.021 25,13%
70 a 74 anos 5.723 7,56% 7.910 10,45% 13.633 18,01%
75 a 79 anos 3.529 4,66% 5.023 6,64% 8.552 11,30%
80 anos ou mais 3.218 4,25% 5.112 6,75% 8.330 11,00%
Total 32.459 42,88% 43.236 57,12% 75.695 100,00%
O tamanho da amostra foi calculado segundo Barbeta (2001), que
apresenta a seguinte fórmula para o cálculo do tamanho mínimo de uma amostra
aleatória simples:
n
o
= 1 / E
o
2
Onde: n
o
tamanho mínimo da amostra total;
E
o
erro amostral tolerável.
Calculando:
n
o
= 1 / (0,05)
2
n
o
= 1 / 0,0025
n
o
= 400
39
39
O erro amostral foi admitido em 5% (0,05) por ser o usual para pesquisas
na área de Educação Física.
Para uma melhor distribuição da amostra, calculou-se o “n
e
em quotas
proporcionalmente estratificadas (sexo, grupo/região e faixa de idade), utilizando-
se da fórmula abaixo, também sugerida por Barbetta (2001):
Onde: N tamanho (nº de elementos) da população;
N
e
tamanho (nº de elementos) da população do estrato;
n
e
tamanho (nº de elementos) da quota proporcional estratificada;
n
o
tamanho mínimo da amostra total;
Aos valores de “n
e
amostral da quota proporcional estratificada, foram
acrescidos 10% (dez por cento) como margem de segurança. Então, o tamanho
da amostra deveria ser de 189 homens e 251 mulheres, num total de 440
pessoas.
A Tabela 2 apresenta a distribuição amostral por quota estratificada
proporcional seguida na Coleta Oficial dos dados:
n
e
= n
o
*(N
e
/ N)
40
40
Tabela 2
Distribuição amostral por quota estratificada proporcional (SEXO, GRUPO/REGIÃO e FX. DE IDADE).
GRUPO/REGIÃO
Ne
Homens
ne
ne
+ 10%
Ne
Mulheres
ne
ne
+ 10%
Ne
Total
ne
total
ne
Total
+10%
Norte/Noroeste 3.732 20 22 4.100 22 24 7.832 41 46
60 a 64 anos 1.440
8
8
1.511
8 9
2.951
16 17
65 a 69 anos 959
5
6
1.065
6 6
2.024
11 12
70 a 74 anos 626
3
4
725
4 4
1.351
7 8
75 a 79 anos 387
2
2
415
2 2
802
4 5
80 e + anos 320
2
2
384
2 2
704
4 4
Sul 5.392 28 31 7.161 38 42 12.553 66 73
60 a 64 anos 2.075
11
12
2.494
13 14
4.569
24 27
65 a 69 anos 1.350
7
8
1.693
9 10
3.043
16 18
70 a 74 anos 942
5
5
1.263
7 7
2.205
12 13
75 a 79 anos 542
3
3
835
4 5
1.377
7 8
80 e + anos 483
3
3
876
5 5
1.359
7 8
Leste / Sudeste 3.809 20 22 4.721 25 27 8.530 45 50
60 a 64 anos 1.452
8
8
1.629
9 9
3.081
16 18
65 a 69 anos 985
5
6
1.209
6 7
2.194
12 13
70 a 74 anos 614
3
4
860
5 5
1.474
8 9
75 a 79 anos 385
2
2
526
3 3
911
5 5
80 e + anos 373
2
2
497
3 3
870
5 5
Oeste / Mendanha /
Sudoeste
6.982 37
41 8.831 47 51 15.813 84 92
60 a 64 anos 2.652
14
15
3.162
17 18
5.814
31 34
65 a 69 anos 1.783
9
10
2.284
12 13
4.067
21 24
70 a 74 anos 1.216
6
7
1.548
8 9
2.764
15 16
75 a 79 anos 733
4
4
920
5 5
1.653
9 10
80 e + anos 598
3
3
917
5 5
1.515
8 9
Central / Campinas /
Vale Meia Ponte
12.544 66
73 18.423 97 107 30.967 164 180
60 a 64 anos 4.150
22
24
5.595
30 33
9.745
51 57
65 a 69 anos 3.140
17
18
4.546
24 26
7.686
41 45
70 a 74 anos 2.323
12
14
3.516
19 20
5.839
31 34
75 a 79 anos 1.483
8
9
2.331
12 14
3.814
20 22
80 e + anos 1.448
8
8
2.435
13 14
3.883
21 23
Total 32.459 172 189 43.236 228 251 75.695 400 440
Erro Padrão
7,64% 7,28%
6,62% 6,31%
5,00% 4,77%
Os bairros que compõem os cinco grupo/regiões são:
1º Grupo/Região: Norte/Noroeste
Norte: Aeroporto Internacional Santa Genoveva, Campus Universitário/Conjunto
Itatiaia, Goiânia II, Jaó, Jardim Guanabara, Santa Genoveva, Vila Jardim São
Judas Tadeu/Jardim Pompéia; Noroeste: Finsocial, Jardim Primavera (Área
Urbana Isolada), Mutirão/Curitiba, São Domingos.
41
41
2º Grupo/Região: Sul
Sul: Alto da Glória/Redenção, Bueno, Jardim América, Jardim Goiás, Marista,
Nova Suiça, Parque Amazônia, Pedro Ludovico/Bela Vista/Jardins das
Esmeraldas, Santo Antonio.
3º Grupo/Região: Leste/Sudeste
Leste: CEASA/Aldeia do Vale, Jardim Novo Mundo, Riviera/Água Branca, Santo
Hilário, Vila Pedroso; Sudeste: Autódromo ou Parque Lozandes, Parque das
Laranjeiras/Jardim da Luz.
4º Grupo/Região: Oeste/Mendanha/Sudoeste
Oeste: João Braz, Parque Bom Jesus, Parque Oeste Industrial, Vera Cruz, Villa
Rizzo; Mendanha: Cândida de Morais/Maria Dilce, Capuava, Chácaras São
Joaquim, Jardim Petrópolis, Vila Regina/Parque Industrial Paulista/Santos
Dumont; Sudoeste: Baliza-Itaipu, Caravelas, Celina Park/Recreio dos
Funcionários, Jardim Atlântico, Jardim Europa, Novo Horizonte/Faiçalville, Parque
Santa Rita, Sudoeste.
5º Grupo/Região: Central/Campinas/ValeMeiaPonte
Central: Aeroporto, Bairro Feliz, Central, Criméia Leste, Leste Universitário,
Negrão de Lima, Norte Ferroviário, Oeste, Sul, Vila Nova; Campinas: Aeroviários,
Campinas, Cidade Jardim, Coimbra, Marechal Rondon; Vale Meia Ponte: Jardim
Balneário Meia Ponte/Mansões Goianas, Urias Magalhães.
Instrumentos de Coleta
Quando os dados não existem em registros rotineiros, de modo que não é
possível preparar estatísticas, nem fazer levantamentos, uma alternativa viável
para obtê-los é a realização de um inquérito. Este termo é usado com o sentido
amplo de investigação não-experimental, na qual os indivíduos da amostra são
interrogados ou examinados para determinar o nível, a presença e a ausência
das características de interesse. Desta maneira, procede-se a inquirição direta
42
42
das pessoas nos postos de saúde ou em domicílios, obedecendo a um protocolo
previamente definido (Pereira, 1999).
Segundo Pereira (1999), o inquérito realizado seguiu a caracterização
abaixo:
a) quanto à forma de obtenção das informações – ENTREVISTA (Questionário
Brazil Old Age Schedule – BOAS e International Physical Activity
Questionnaire - IPAQ );
b) quanto à extensão de alcance – LOCAL (cidade de Goiânia);
c) quanto ao tipo de evento investigado em particular ou grupo de condições
afins – ESPECÍFICO (saúde funcional e nível de atividades físicas habituais)
d) quanto à função estimativa – PREVALÊNCIA (idosos que percebem/referem
saúde funcional negativa (SFN), ou seja, presença de doenças crônicas não
transmissíveis (DCNT), incapacidades funcionais (IF), nível insuficiente de
atividade física habitual (NIAFH), auto-percepção negativa de saúde (APNS) e
suspeitos de Síndrome Cerebral Orgânica (SCO));
e) quanto à base de dados – POPULAÇÃO (idosos residentes nas 11 regiões -
Oeste, Leste, Mendanha, Noroeste, Norte, Central, Campinas, Vale Meia
Ponte, Sudoeste, Sul e Sudeste - da zona urbana da cidade de Goiânia);
f) quanto à unidade de observação – DOMICÍLIO (processo de seleção
conveniente para cumprir as quotas da amostra).
Para a caracterização da saúde funcional multidimensional e do nível de
atividade física habitual foram utilizados dois instrumentos na forma de inquérito
por entrevista (survey), já validados para a população idosa.
Questionário Brazil Old Age Schedule – BOAS
, (Veras & Dutra, 2000)
(ANEXO 3)
O Questionário BOAS é um questionário de avaliação funcional
multidimensional, que visa cobrir as áreas consideradas mais importantes da vida
do idoso: saúde física, saúde mental, condição social, condição econômica e
atividades do dia-a-dia. Foi desenvolvido para a população idosa de um centro
urbano (Rio de Janeiro), baseado em outros instrumentos que encontram padrões
aceitáveis de validade e confiabilidade, como os questionários CARE, para a
43
43
seção de saúde mental, e OARS e o PAHO, para as demais seções. Veras et al
(1989), realizaram um estudo de confiabilidade e validação para a seção de
saúde mental do BOAS. O estudo-piloto, que fazia parte do projeto de doutorado
do Prof. Renato Peixoto Veras, foi realizado no distrito de Copacabana em 18
idosos, selecionados a partir de um levantamento das pessoas com 60 anos ou
mais, residentes nos setores censitários incluídos aleatoriamente no universo da
pesquisa. Os resultados apontaram para a necessidade de melhoria da
especificidade e aplicação do instrumento em um número maior de pessoas.
Seções do Questionário
O questionário é composto por 75 questões, distribuídas em nove seções.
Juntas, estas seções objetivam assegurar informações sobre as principais
características, necessidades e problemas da população idosa de um grande
centro urbano. Cada seção específica pretende explorar com alguma
profundidade as áreas consideradas importantes devido ao seu impacto nos
padrões de vida do grupo etário em estudo.
As seções de I a VIII contêm perguntas dirigidas ao entrevistado. Existem
muitas perguntas ao longo das seções que são subdivididas em perguntas
relacionadas. Na seção IX as perguntas são dirigidas ao entrevistador e devem
ser respondidas ao final da pesquisa.
International Physical Activity Questionnaire – IPAQ / Versão 8 – Idosos
(Benedetti et al, 2001, 2004a) (ANEXO 4)
O Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) foi inicialmente
proposto por um grupo de pesquisadores durante uma reunião científica em
Genebra, Suíça, em abril de 1998. Como parte da Organização Mundial da Saúde
– Comitê Internacional em Atividade Física e Saúde, o Centro de Estudos do
Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS) foi um dos 12
selecionados pelo mundo (Austrália, Canadá, Finlândia, Guatemala, Itália, Japão,
Portugal, África do Sul, Suécia, Inglaterra e Estados Unidos), para desenvolver o
IPAQ e ajudar outros centros da América Latina, já que exerce um importante
44
44
ponto de liderança na International Council of Sport Science and Physical
Education (ICSSPE), para países em desenvolvimento.
O IPAQ se propõe a medir o nível de atividade física, sendo utilizado
internacionalmente, o que possibilita a realização de um levantamento mundial da
prevalência de atividade física. Muito pouco é conhecido sobre os hábitos de
atividade física de pessoas que vivem em países em desenvolvimento, embora
isto possa ser razoavelmente especulado que a AF no tempo livre seja realizada
em pequenas proporções na atividade total.
Matsudo et al (2001), realizaram um estudo com o objetivo de determinar a
validade e reprodutibilidade do questionário internacional de atividade física
(IPAQ-versão 8) em uma amostra de sujeitos brasileiros. Os resultados
mostraram que os coeficientes de validade e reprodutibilidade assemelham-se a
outros instrumentos internacionalmente utilizados, com a vantagem de ser prático,
rápido e possibilitar levantamentos de grandes grupos populacionais, tanto na
forma curta como na forma longa, representando uma boa alternativa para
comparações internacionais.
O IPAQ é um instrumento que permite estimar o tempo semanal gasto na
realização de atividades físicas de intensidade moderada a vigorosa e em
diferentes contextos da vida (trabalho, tarefas domésticas, transporte e lazer). Há
a possibilidade de estimar o tempo despendido em atividades passivas
(realizadas na posição sentada). Benedetti et al (2004a) realizaram o estudo de
validação para a aplicação do IPAQ em pessoas idosas.
Seções do Questionário
O IPAQ divide-se em 13 questões distribuídas por cinco seções:
a) Seção I: Atividade Física no Trabalho
b) Seção II: Atividade Física como Meio de Transporte
c) Seção III: Atividade Física em Casa, Tarefas Domésticas e Atenção à Família
d) Seção IV: Atividade Física de Recreação, Esporte, Exercício e Lazer
e) Seção V: Tempo que Passa Sentado
45
45
Critérios para Classificação Categórica dos Dados
Algumas variáveis foram utilizadas para calcular níveis de classificação
categórica para a amostra estudada. Para tanto, foram utilizados os critérios
abaixo descritos:
Critério de Classificação do Índice de Massa Corporal (IMC)
O peso (kg) e estatura (m) utilizados no cálculo do IMC não foram aferidos
diretamente e sim, auto-referidos pelos idosos entrevistados. Segundo Fonseca
et al (2004), o peso e estatura auto-referidos têm sido utilizados em estudos
epidemiológicos, principalmente para favorecer a economia de recursos e a
simplificação do trabalho de campo. Trata-se de indicadores válidos, com níveis
aceitáveis de validade, até mesmo entre os obesos (que poderiam subestimar o
peso) e entre grupos com baixa escolaridade. Algumas limitações estão no fato
de há uma tendência de subestimação dos valores de peso (mais marcante entre
mulheres), superestimação dos valores de estatura (mais marcante entre
homens) e, além disso, a prevalência populacional de obesidade também pode
estar subestimada, principalmente entre mulheres e idosos. Para Cabrera &
Jacob Filho (2001), o nível de definição das categorias do IMC não se diferencia
para população idosa, apesar de uma tolerância maior dos idosos com o aumento
do IMC podendo ser definidas em um patamar mais elevado nesta faixa etária.
Em seus estudos, Cabrera & e Jacob Filho (2001); Anjos (1992); Barreto (2003) e
Marcenes (2003) adequaram os limites de corte do IMC, sugeridos pela OMS, em
função da faixa de idade acima dos 60 anos. A Tabela 3 mostra os limites de
corte utilizados nestes estudos com idosos.
Tabela 3
Limites de corte para IMC.
Faixa em kg/m
2
Classificação
19,99*
Baixo peso
20* a 24,99 Faixa recomendável
25 a 29,99 Sobrepeso
30
Obesidade
*Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) igual a 18,5.
46
46
Critério de Classificação do Nível de Capacidade Funcional (NCF)
Mazo et al (2001), apresenta as diferentes classificações sobre as
atividades da vida diária (AVDs) propostas pela American Geriatrics Society:
a) Atividades Básicas da Vida (ABVDs): auto-cuidados como: alimentar-se,
vestir-se, pentear os cabelos, caminhar em superfície plana, deitar-se e
levantar-se da cama, tomar banho e ir ao banheiro em tempo;
b) Atividades Intermediárias da Vida Diária (AIVDs): auto-cuidados,
manutenção e independência como: sair de casa utilizando meios de
transporte coletivo ou particular, caminhar curtas distâncias pela
vizinhança, preparar refeições, arrumar a casa, tomar remédios,
subir/descer escadas, cortar as unhas dos pés;
c) Atividades Avançadas da Vida Diária (AAVDs): funções necessárias para
se viver sozinho; entre elas, estão as funções ocupacionais, recreacionais
e prestação de serviços comunitários.
A partir desta classificação Spirduso (1995) apresenta uma classificação para
o Nível de Capacidade Funcional:
a) Nível I - Fisicamente Dependente: indivíduos que realizam apenas
algumas ou nenhuma das ABVDs, são dependentes de outras pessoas
para alimentar-se, vestir-se, tomar banho e ir ao banheiro. Não realizam
nenhuma das AIVDs;
b) Nível II - Fisicamente Frágil: indivíduos que podem realizar todas as
ABVDs, mas realizam apenas algumas ou nenhuma das AIVDs. Realizam
tarefas domésticas leves como: preparar as refeições, fazer compras,
caminhar curtas distâncias pela vizinhança.
c) Nível III - Fisicamente Independente
: indivíduos que podem realizar todas
as ABVDs e todas as AIVDs. Vivem de modo independente, usualmente
sem sintomas de doenças crônicas, mas com baixo nível de saúde e de
condicionamento físico por não realizarem atividades físicas de forma
regular.
d) Nível IV - Fisicamente Condicionado: indivíduos que exercitam-se, pelo
menos, duas a três vezes por semana para sua saúde, prazer ou bem-
estar. Realizam atividades físicas habituais de intensidade moderada no
47
47
trabalho, nos deslocamentos, no lar ou como exercício físico, esporte,
recreação e lazer.
e) Nível V – Atletas de Elite: indivíduos que treinam uma modalidade
esportiva quase diariamente, podendo competir em sua categoria em nível
nacional e internacional.
Os pontos de corte e escores foram gerados a partir da definição arbitrária,
de peso: ‘0’ para respostas ‘NÃO’, tanto nas ABVDs como nas AIVDs, ‘2’ para
respostas ‘SIM’ nas ABVDs e ‘1’ para respostas ‘SIM’ nas AIVDs. O número de
questões assinaladas com ‘SIM’ é multiplicado pelo peso da AVD chegando-se
ao escore para classificação do NCF. A Tabela 4 mostra estes pontos de corte e
escores.
Tabela 4
Escores e limites de corte para NCF.
Classificação ABVDs AIVDs Escore
Ponto de corte (nº de questões
marcadas com ‘sim’)
Ponto de corte (nº de questões
marcadas com ‘sim’)
(pts. Mín e
Máx.)
Dependente
0 a 4 questões 0 questões 0 a 8 pts
Frágil
4 a 7 questões 1 a 5 questões 9 a 19 pts
Independente
7 questões 6 a 8 questões 20 a 22 pts
Critério de Classificação do Nível de Integração Social Participativa (NISP)
As atividades de integração social participativa (AISP) foram classificadas
arbitrariamente em três níveis, a saber:
a) Atividades Individualistas (AIs)
: atividades desenvolvidas de forma
individual sem, necessariamente haver a presença de outra pessoa. Ouvir
rádio, assistir televisão, fazer compras, trabalhos manuais, ler revistas e/ou
livros;
b) Atividades de Contato Moderado (ACMs)
: atividades desenvolvidas em
contato com pessoas de convívio mais próximo ou íntimo ao indivíduo.
Receber visitas, andar pelo bairro, visitar parentes, ler jornais, ir ao cinema
ou teatro, jogos de salão e jardinagem;
c) Atividades em Grupo (AGs): atividades desenvolvidas em contato com
pessoas conhecidas ou não, de caráter comunitário e lúdico. Ir a jogos de
campo e quadra, praticar esportes e/ou exercícios físicos, ir à passeios
48
48
longos e/ou excursões, participar de encontros sociais e/ou comunitários, ir
à cultos religiosos e visitar amigos.
Dependendo do tipo e do número de atividades desenvolvidas, segue-se a
classificação para o NISP:
a) Nível I – Socialmente Isolado: indivíduos que realizam nenhuma ou até
três das AIs. Realizam nenhuma ou até três das ACMs. Realizam
nenhuma ou até uma das AGs;
b) Nível II – Comportamento Sociável: indivíduos que realizam de três a
quatro das AIs. Realizam duas a cinco das ACMs. Realizam duas a três
das AGs;
c) Nível III – Socialmente Integrado: indivíduos que realizam quatro ou todas
AIs. Realizam quatro ou todas ACMs. Realizam quatro ou todas AGs.
Os pontos de corte e escores também foram gerados a partir da definição
arbitrária, de peso: ‘0’ para respostas ‘NÃO’, tanto nas AIs, ACMs como nas AGs.
Quando a resposta for ‘SIM’ nas AIs vale ‘1’, nas ACMs vale ‘2’ e nas AGs vale’
‘3’. O número de questões assinaladas com ‘SIM’ é multiplicado pelo peso da
AISP chegando-se ao escore para classificação do NISP. A Tabela 5 mostra
estes pontos de corte e escores.
Tabela 5
Escores e limites de corte para NISP.
Classificação AIs ACMs AGs Escore
Ponto de corte (nº
de questões
marcadas com
‘sim’)
Ponto de corte (nº
de questões
marcadas com ‘sim’)
Ponto de corte (nº
de questões
marcadas com
‘sim’)
(pts. Mín e
Máx.)
Isolado
0 a 3 questões 0 a 3 questões 0 a 1 questão 0 a 12 pts
Sociável
3 a 4 questões 2 a 5 questões 2 a 3 questões 13 a 23 pts
Integrado
4 a 5 questões 4 a 6 questões 4 a 6 questões 24 a 35 pts
Critério de Classificação Econômica Brasil
Este critério enfatiza sua função de estimar o poder de compra das
pessoas e famílias urbanas, abandonando a pretensão de classificar a população
em termos de classes ‘sociais’. A divisão do mercado definida é, exclusivamente,
de classes ‘econômicas’ (ANEP, 2000). A pontuação adotada é apresentada na
49
49
Tabela 6 (considerou-se, para efeito de cálculo, a presença de apenas um item
para bens e benefícios) e a classificação econômica na Tabela 7
Tabela 6
Sistema de pontos para Classificação Econômica.
Item Pontos
Escolaridade máxima
Nenhuma 0
Primário (até 4º ano) 1
Ginásio ou 1º grau completo (Ensino Fundamental) 2
2º grau completo (Ensino Médio) 3
Curso Superior (Graduação) 5
Pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado, pós-doutorado) 5
Bens e Benefícios
Água encanada 1
Eletricidade 1
Ligação com a rede de esgoto 1
Geladeira / congelador 2
Rádio 1
Televisão 2
Vídeo-cassete 2
DVD 2
Computador 2
Telefone 2
Automóvel 2
Tabela 7
Escore para Classificação Econômica.
Classe Econômica Escore % no Brasil
A (1 e 2)
25 a 34 pontos 6%
B (1 e 2)
17 a 24 pontos 23%
C
11 a 16 pontos 36%
D
6 a 10 pontos 31%
E
0 a 5 pontos 4%
Critério de Classificação para Síndrome Cerebral Orgânica (SCO)
Para se chegar a classificação para SCO, à cada questão da Seção de
Saúde Mental do Brazil Old Age Schedule (BOAS), foi dado um peso à cada
questão, de acordo com a sugestão de Veras & Dutra (2000) (Tabela 8). A
classificação foi feita utilizando-se os pontos de corte sugeridos por Veras &
Coutinho (1991) (Tabela 9).
50
50
Tabela 8
Peso e Escore máximo para SCO.
Questões do BOAS Seção VII – Saúde Mental Peso da questão
Debilidade Cognitiva (DCog)
Q.10 1 ponto
Q.52 até Q.59 1 ponto cada Q.
Escore máximo
9 pontos
Depressão (Dp)
Q.60a até Q.69 1 ponto cada Q.
Q.69b 1 a 4 pontos
Q.70 1 a 3 pontos
Q.71 1 a 2 pontos
Q.72 1 ponto
Q.72a 1 ponto
Q.73 1 ponto
Escore máximo
29 pontos
Tabela 9
Classificação para SCO.
Síndrome Cerebral Orgânica Pontos de Corte
Debilidade Cognitiva (DCog)
Sem suspeita 0 a 1 ponto
Suspeitos 2 a 3 pontos
Prováveis casos 4 a 9 pontos
Depressão (Dp)
Sem suspeita 0 a 6 pontos
Suspeitos 7 a 8 pontos
Prováveis casos 9 a 29 pontos
Critério de Classificação para Nível de Atividade Física Habitual (NAFH)
Para calcular-se os METs min/sem necessários para a classificação do
NAFH, utilizou-se a fórmula sugerida pelo IPAQ Research Committee (2004):
METs min/sem AF Questão = dias/semana X minutos/dia X MET estimado por intensidade
da AF
METs min/sem AF por Seção = MET min/sem AF_Q.a + Q.b +Q.c +Q.d
METs min/sem AF Total = MET min/sem AF Ocupacional + Deslocamento + Quintal/Jardim
+ Casa + Exercício/Lazer
O gasto energético estimado em MET, indicado para cada seção de
atividade física do IPAQ versão longa, foi sugerido por Craig et al (2003) (Tabela
51
51
10). Para as atividades de caminhada e andar de bicicleta, utilizou-se o ritmo
moderado para o MET estimado.
Tabela 10
Gasto energético estimado em METs.
Dimensão de Atividade
Física
Tipo de atividade ou
intensidade
Ritmo informado MET estimado*
(Q.1b) Vigorosa 8
(Q.1c) Moderada 4
Vigorosa 5
Moderada 3,3
Ocupacional
(Q.1d) Caminhada
Leve 2,5
(Q.2a) Sentado 1
Vigorosa 5
Moderada 3,3
(Q.2c) Caminhada
Leve 2,5
Vigorosa 8
Moderada 6
Deslocamento
(Q.2b) Bicicleta
Leve 4
(Q.3a) Vigorosa 5,5
Quintal e Jardim
(Q.3b) Moderada 4
Dentro de Casa (3c) Moderada 3
(Q.4b) Vigorosa 8
(Q.4c) Moderada 4
Vigorosa 5
Moderada 3,3
Exercício e Lazer
(Q.4a) Caminhada
Leve 2,5
(Q.5) Dias de semana 1
Sentado**
(Q.5) Fim de semana 1
*Os MET’s estimados foram baseados no Compendium of Physical Activities (Ainsworth et al, 2000) **O tempo
sentado deve ser analisado separadamente.
Fonte: (Craig et al, 2003).
Finalmente, para o cálculo do escore contínuo da classificação do NAFH,
recorreu-se a uma comunicação pessoal, via e-mail com o Prof. Timóteo Leandro
de Araújo
1
, do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São
Caetano do Sul (CELAFISCS). Nesta comunicação, o Prof. Timóteo falou sobre a
classificação do NAFH por MET min/sem, que vem sendo utilizada em estudos do
CELAFISCS, sugerida pelo Dr. Adrian Bauman, membro do IPAQ Research
Committee. O Prof. Timóteo, reforçou ainda que, o ponto de corte para a
classificação, enviado por ele, foi elaborado para ser usado no IPAQ versão
curta. Porém, o ponto de corte em MET min/sem para o IPAQ versão longa, ainda
não está disponível na página do IPAQ, apesar de ter sido prometido para
1
Agradecemos imensamente as contribuições do Prof. Timóteo para o nosso estudo. Sem suas sugestões, este
trabalho não teria alcançado seus objetivos. Obrigada! [comunicação pessoal via e-mail em 11 / novembro / 2004].
52
52
novembro de 2004. Sendo assim, acatou-se a sugestão dada pelo Prof. Timóteo,
que é apresentada na Tabela 11.
Tabela 11
Escore contínuo para Classificação do NAFH.
Classificação Escore contínuo em METs min/sem
Inativo
MET min/sem AF Total < 600 MET min/sem
Insuf. Ativo
MET min/sem AF Total 600 a < 1500 MET min/sem
Ativo
MET min/sem AF Total 1500 a < 3000 MET min/sem
Muito Ativo
MET min/sem AF Total 3000 MET min/sem
Fonte: Araújo, 2004.
Coleta de Dados
Devido à falta de recursos financeiros, a pesquisa não pôde ser divulgada
por meios de comunicação como rádio, televisão e imprensa. Então, a divulgação
do projeto foi feita de forma direta pelos pesquisadores, de uma maneira clara e o
mais explicativa possível, para alcançar uma maior credibilidade por parte dos
participantes. Os idosos foram convidados a participar da pesquisa de maneira
voluntária, sendo reforçada a importância desta contribuição para o melhoramento
dos programas de atendimento ao idoso. Aqueles que se dispuseram a participar,
assinaram, antes da realização da entrevista, o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (em duas vias), ficando uma via do termo sob guarda do entrevistado
e outra com o pesquisador principal (ANEXO 2).
O presente estudo não expôs seus participantes a riscos, danos ou
constrangimentos que pudessem prejudicar sua integridade física, psíquica,
moral, social ou religiosa. Visto que, os instrumentos aplicados já foram testados,
validados e aplicados em outros estudos semelhantes.
Para a coleta de dados, seguiu-se os seguintes passos:
1. composição de uma equipe de apoio com pesquisadores voluntários
(estudantes de Educação Física e Fisioterapia);
2. realização de um Estudo Piloto com o objetivo de padronizar os
procedimentos de entrevista e treinar os entrevistadores quanto ao tempo
de resposta (máx. 60 minutos) e forma de abordagem;
53
53
3. seleção conveniente dos idosos, atendendo às quotas por grupo/região,
faixa de idade e sexo, de acordo com a Tabela 2.
Tratamento Estatístico para Análise dos Dados
O tratamento estatístico adotado para análise dos dados do estudo, seguiu
duas técnicas:
a) descritiva: amostragem, seleção, coleta, tabulação dos dados, descrição
das observações coletadas;
b) indutiva: análise das observações, testes de associação e significância,
estimativa de proporções para a amostra estudada.
Para a organização, registro dos dados e a elaboração dos relatórios
estatísticos, foi utilizado o programa Statistical Package for Social Sciences –
SPSS, versão 11.0 e as sugestões de análise de Barros & Reis (2003).
Para a análise dos dados foram utilizados procedimentos de análise
univariada para organizar os dados, verificar-se a distribuição de freqüências,
medidas de posição, dispersão e normalidade dos dados. Num segundo
momento, a análise bivariada foi utilizada para observar-se o relacionamento
entre duas variáveis (p.e.: sexo X nível de atividade física habitual).
O Quadro 1 apresenta o tratamento estatístico adotado de acordo com a
escala de medida da variável estudada. Para todos os procedimentos foi adotado
um nível de significância de p0,05.
Quadro 1
Tratamento estatístico.
VARIÁVEL ESCALA ESTATÍSTICA GRÁFICOS
Categórica
Nominal e
Ordinal
Distribuição de freqüências;
“U” de Mann-Whitney;
Kruskal-Wallis;
Qui-quadrado;
Correlação de Spearman
Barras;
Pizza;
Dispersão
Linhas
Contínua
Intervalar e
Razão
Ordenação dos dados;
Média;
Desvio padrão;
Teste “t” para amostras independentes;
ANOVA;
Post-hoc de Scheffé;
Correlação de Pearson;
Histogramas;
Pontos;
Caixas e
bigodes
54
54
A matriz de análise foi dividida a partir dos aspectos estudados: sócio-
demográficos, sócio-econômicos, saúde física, saúde funcional, saúde mental e
atividade física habitual (ANEXO 6)
Estudo Piloto
Devido ao fato de estar-se utilizando instrumentos já validados para
a população idosa, este Estudo Piloto teve como objetivo, somente, padronizar os
procedimentos de entrevista, treinar os pesquisadores quanto ao tempo de
aplicação e forma de abordagem, bem como, familiarizá-los com as variáveis de
estudo e exercitar a descrição dos dados. Não pretendeu-se, neste momento,
fazer associações entre as variáveis.
Procedimentos
Aquisição do Material
Várias foram as tentativas para conseguir-se um financiamento para a
realização da pesquisa. Foram consultados, em vão, vários órgãos competentes
como a Prefeitura de Goiânia, Secretaria Municipal de Saúde, Conselho Estadual
do Idoso e Organização das Voluntárias de Goiás. A resposta obtida foi a espera
que, até este momento, se mantém. Sendo assim, a pesquisa teve de ser
financiada com recursos financeiros próprios da pesquisadora e por empréstimos.
Foi criada uma identidade visual para o projeto (Figura 2), a qual foi
elaborada por uma estudante de Design da Universidade Católica de Goiás
(UCG). Esta identidade, elaborada a partir do conceito do projeto, teve o
propósito de dar maior visibilidade e credibilidade ao mesmo, na fase de coleta
de dados. A versão colorida foi utilizada nas camisetas dos pesquisadores e a
versão em escala de cinza nos roteiros de entrevista e documentos impressos
referentes ao projeto.
55
55
Adquiriu-se o material de papelaria (tinta para impressora, CD-R, papel A4,
canetas, crachás), foram confeccionados 550 (quinhentos e cinqüenta) roteiros
de entrevista e 60 (sessenta) camisetas.
Seleção dos Pesquisadores
Para a seleção dos pesquisadores voluntários, foram realizadas visitas à
Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG), ao
Departamento de Educação Física e Desportos da Universidade Católica de
Goiás (DEFD/UCG) e à Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia do
Estado de Goiás da Universidade Estadual de Goiás (ESEFFEGO/UEG), nos
cursos de Educação Física e Fisioterapia. A Diretoria e Coordenação de
Pesquisa e Pós-Graduação das três faculdades, nas pessoas do Prof. Dr. Marcus
Fraga Vieira e Profª Drª Maria Sebastiana Silva (FEF/UFG); Profª Ms. Maria Zita
Ferreira e Prof. Ms. Paulo Roberto Vila Ventura (DEFD/UCG); Prof. Ferdinand
Eugene Persijin e Prof. Ms. João Henrique Suanno, autorizaram prontamente a
entrada da pesquisadora nas salas de aula para efetuar o convite aos alunos
para participarem como pesquisadores voluntários na coleta de dados do projeto.
Ao todo, foram visitadas 24 salas.
Atividade Física e Saúde
de Idosos de Goiânia - GO
Atividade Física e Saúde
de Idosos de Goiânia - GO
Figura 2: Identidade visual do Projeto (Silva, F. C., 2004).
56
56
Treinamento dos Pesquisadores
O treinamento dos pesquisadores foi elaborado segundo Veras et al (1988;
1989). Foram realizadas reuniões de apresentação do projeto e cadastro dos
alunos interessados em participar da pesquisa como pesquisadores voluntários.
Houve presença satisfatória dos alunos às reuniões, com o cadastramento de 56
(cinqüenta e seis) pesquisadores.
Após três convocações para as reuniões de treinamento, que seriam
realizadas no decorrer de um mês, a falta de coro por parte dos pesquisadores
voluntários convocados, forçou a pesquisadora principal a decidir por reduzir o
número de dias de treinamento devido à aproximação dos prazos para a entrega
do relatório final. Infelizmente, as reuniões para o treinamento e distribuição dos
roteiros de entrevista para a coleta de dados do Estudo Piloto, contou com a
presença de, somente, 30 (trinta) pesquisadores. Na primeira semana da Coleta
Oficial, outros 18 (dezoito) pesquisadores voluntários foram incluídos para
trabalharem na pesquisa, recebendo seu treinamento antes de iniciar as
entrevistas. O treinamento aplicado é apresentado a seguir:
a) primeiro dia: Apresentação detalhada da justificativa, objetivos,
revisão de literatura e metodologia adotada para o projeto; apresentação do
roteiro de entrevista a ser utilizado e das diretrizes a serem seguidas na
entrevista (abordagem ao entrevistado, condução e duração da entrevista);
b) segundo dia: Distribuição de um roteiro de entrevista em branco à
cada dupla de pesquisadores (realização de um simulado entre eles);
esclarecimento das dúvidas; entrega de um crachá e dois roteiros de
entrevista à cada um dos pesquisadores presentes, para a coleta de dados do
Estudo Piloto;
c) terceiro, quarto e quinto dias: Aplicação externa do roteiro de
entrevista (coleta do Estudo Piloto). Os pesquisadores deveriam entrevistar
familiares ou pessoas conhecidas nas quais, os critérios de inclusão, se
aplicassem;
d) sexto dia: Recolhimento dos roteiros de entrevista (piloto)
preenchidos; identificação e esclarecimento das dúvidas; distribuição de uma
camiseta, 10 (dez) roteiros de entrevista e das quotas da coleta oficial, para
cada um dos pesquisadores, separadas por grupo/região, setor censitário,
57
57
sexo e faixa de idade para coleta de entrevistas. As quotas, dos cinco
grupo/regiões da cidade (Norte/Noroeste, Sul, Leste/Sudeste,
Oeste/Mendanha/Sudoeste, Central/Campinas/Vale Meia Ponte), foram
distribuídas respeitando-se o local de moradia do pesquisador para facilitar a
coleta das entrevistas.
Análise de Dados do Estudo Piloto
Durante a análise dos dados obtidos no Estudo Piloto, pôde-se testar e
definir quais os procedimentos estatísticos que melhor descreveriam o futuro
conjunto de dados da Coleta Oficial.
Algumas variáveis contínuas de escala de razão foram transformadas em
variáveis categóricas, de escala nominal e ordinal, para que pudessem ser
melhor descritas e analisadas. Os resultados encontrados no Estudo Piloto são
apresentados no ANEXO 5.
Considerações
Pelo decorrido no processo de treinamento dos pesquisadores e pelo
exercício de descrição dos dados, entende-se que este Estudo Piloto, cumpriu
bem sua função de preparar os pesquisadores para a Coleta Oficial e para a
redação do relatório final.
O estudo das associações entre as variáveis do Estudo Piloto, será
realizado posteriormente, com publicação dos resultados.
Coleta Oficial
A escolha dos domicílios para Coleta Oficial foi feita de maneira
conveniente, utilizando-se de indicações de pessoas que conheciam idosos
residentes nas regiões e bairros de coleta, cujas características, satisfaziam a
quota designada à cada pesquisador. Os idosos eram contatados pessoalmente
ou por telefone. Se estavam disponíveis para a entrevista, naquele momento,
eram entrevistados; se não, marcava-se um horário de sua preferência.
Infelizmente, por um descuido operacional, não foram contabilizados o número de
idosos que recusaram-se a participar do estudo, por pensarem que era uma
58
58
pesquisa de fundo político (a coleta foi realizada em período eleitoral municipal),
que era algum “golpe” para cancelar suas aposentadorias, que ao informarem
sobre seus bens poderiam ser assaltados (semanas antes da coleta, houve
assaltos em várias casas de um dos setores censitários, depois de uma falsa
pesquisa domiciliar sobre itens domésticos eletro-eletrônicos).
O trabalho de Coleta Oficial foi iniciado em 16 de setembro de 2004 e
finalizado em 22 de outubro de 2004. Ao final de cada semana, houve uma
reunião com o supervisor para recolhimento dos roteiros de entrevista
preenchidos, esclarecimento de dúvidas e inclusão de novos pesquisadores. Na
primeira semana, houve desistência de três pesquisadores e a inclusão de outros
18 (dezoito) novos pesquisadores. Na segunda semana, mais duas desistências.
Na terceira semana, a equipe se manteve. Na quarta e última semana de coleta,
mais cinco pesquisadores abandonaram o projeto, finalizando-se a coleta com 38
(trinta e oito) pesquisadores voluntários.
Entende-se como didaticamente importante mencionar, as observações
feitas em relação aos pesquisadores voluntários, que contribuíram para a
realização deste trabalho.
Eram todos muito jovens e com muitas expectativas ‘imediatas’ para o
futuro. Alguns bastante maduros, outros “ainda crescendo”.
Eles podem ser classificados em cinco categorias de profissionais:
1ª- aqueles que compreenderam sua importância para a pesquisa e a
importância da pesquisa para si. Esforçaram-se, discutiram, perguntaram,
sugeriram e cumpriram sua quota de entrevistas;
2ª- aqueles que, mesmo compreendendo sua importância, não foram
organizados o suficiente, ou por motivos de força maior, não cumpriram sua quota
de entrevistas;
3ª- aqueles que não compreenderam sua importância, mas cumpriram sua
quota pelo certificado;
4ª- aqueles que não compreenderam sua importância para a pesquisa,
nem a importância da pesquisa para si, e não cumpriram sua quota;
5ª- aqueles que, infelizmente, desprezando todos os valores éticos,
científicos e humanos, forjaram as entrevistas, somente pelo certificado.
Felizmente, a dinâmica da vida se encarregará de presentear cada
profissional de acordo com seu merecimento.
59
59
CAPÍTULO IV
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados deste estudo e sua discussão apresentam-se descritos, em
análise descritiva e indutiva, sob a forma de seções, como são apresentadas à
seguir:
a) aspectos sócio-demográficos: idade, sexo, região de moradia, país de
nascimento, região e estado brasileiro de nascimento, estado conjugal,
escolaridade máxima, composição familiar;
b) aspectos sócio-econômicos: situação ocupacional, renda, classificação
econômica, situação do domicílio, relacionamento familiar e social,
utilização de serviços médicos e dentários, principal carência social;
c) aspectos de saúde física: auto-percepção geral de saúde, problemas de
saúde percebidos, utilização de próteses e órteses, índice de massa
corporal (IMC), uso de fumo e álcool
d) aspectos de saúde funcional: auto-percepção de problemas de saúde
incapacitantes, nível de capacidade funcional, participação em atividades
no tempo livre,
e) aspectos de saúde mental: suspeitos de serem portadores de Síndrome
Cerebral Orgânica, em relação à debilidade cognitiva (DCog) e
depressão (Dp);
f) aspectos de atividade física habitual: MET min/sem gastos em atividades
ocupacionais, de deslocamento, domésticas, de exercício e lazer,
classificação para o nível de atividades físicas habituais (NAFH).
Análise Descritiva dos Dados
Para a Coleta Oficial dos dados, definiu-se quotas de 10 e 11 roteiros de
entrevista para cada pesquisador. Na primeira semana de coleta, o projeto
60
60
contava com a participação de 45 pesquisadores voluntários, totalizando em 446
o número de roteiros de entrevista destinados para a coleta.
Dos 446 roteiros de entrevista distribuídos para a Coleta Oficial, foram
realizadas 420* (94,17%) entrevistas. Das entrevistas não realizadas 5,8%
(n=26), cinco (19,23%) não foram realizadas por desistência do entrevistado
durante a entrevista, 13 (50%) por falta de tempo do pesquisador e 8 (30,76%)
por recusa do idoso selecionado após realizada a entrevista.
O tempo para aplicação das entrevistas na Coleta Oficial foi de 40 a 60
minutos para 66,59% (n=279) delas, 61 a 120 minutos ou mais para 32,22%
(n=135) e seis (1,19%) das entrevistas não tiveram seu tempo de aplicação
anotado pelo pesquisador. De acordo com a opinião dos pesquisadores, 97,1%
(n=407) das entrevistas têm respostas confiáveis, 96,2% (n=403) dos idosos
compreenderam bem as perguntas formuladas, somente 4,5% (n=19) tiveram
uma reação negativa à entrevista e 57% (n=239) responderam à entrevista na
presença somente do pesquisador. Dos pesquisadores que participaram como
voluntários 23,4% (n=11) são homens e 76,6% (n=36) são mulheres com média
de idade de 21,5 anos (DP ± 4,73).
Aspectos Sócio-demográficos
A amostra do estudo constituiu-se de 420 idosos residentes nos cinco
grupo/regiões da cidade de Goiânia, sendo 37,6% (n=158) homens e 62,4%
(n=262) mulheres. A idade dos idosos variou de 60 a 92 anos, sendo a média de
idade entre os homens de 70,16 anos (DP ± 7,57) com moda de 60 anos e entre
as mulheres de 70,03 anos (DP ± 8,42) com moda de 64 anos. A Figura 3 mostra
a distribuição dos idosos por faixa de idade e sexo. Pode-se observar que a
amostra estudada era, em geral, relativamente jovem, com 53,5% (n=223) com
idade abaixo de 70 anos e 14,9% (n=62) com 80 anos ou mais. Estes dados
equivalem-se aos dados encontrados em estudo realizado na região
metropolitana de São Paulo onde, 58% estão abaixo dos 70 anos e 10% acima
de 80 anos (Ramos et al, 1993).
* Sete roteiros de entrevista foram inutilizados e substituídos devido a ilegitimidade dos dados.
61
61
10,3
10,6
5,5
5,8 5,8
17,5
15,1
13,2
9,1
7,2
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
60 a 64
anos
65 a 69
anos
70 a 74
anos
75 a 79
anos
80 e +
anos
% de idosos entrevistados (n = 420
)
masculino
feminino
Figura 3: Distribuição dos idosos por faixa de idade e sexo.
O grupo/região Central/Campinas/Vale Meia Ponte possui maior
concentração dos idosos estudados (Figura 4), onde 53,5% (n=223) estão na
faixa de idade de 60 a 69 anos. Dos 62 setores censitários utilizados como
universo amostral do estudo, 44 (70,96%) foram contemplados com, pelo menos,
dois idosos selecionados para entrevista, alcançando uma média de 9,54 idosos
por setor censitário (DP ± 8,43).
5,2
6,9
5,5 5,5
14,5
7,9
11,9
6,9
25,0
10,7
0
5
10
15
20
25
30
norte /
noroeste
sul leste /
sudeste
oeste /
mendanha /
sudoeste
central /
camp /
vmponte
% de idosos entrevistados (n = 420
)
masculino
feminino
Figura 4: Distribuição dos idosos por sexo e grupo/região de moradia.
62
62
A Tabela 12, mostra a distribuição dos idosos conforme algumas variáveis
sócio-demográficas. Segundo o país de nascimento, apenas 1,2% (n=5) não
nasceram no Brasil sendo imigrantes de Portugal, Áustria, Itália e Argentina.
Quanto à região brasileira de nascimento 46,7% (n=196) são oriundos da Região
Centro Oeste seguida pelas Regiões Nordeste e Sudeste, que vêm equilibradas
com 21,7% (n=91) e 26,4% (n=111) respectivamente. Para os idosos que vieram
de outras cidades, a média de anos de moradia em Goiânia é de 37,91anos (DP
± 15,8). Dos idosos estudados 51,2% (n=215) declararam-se casados ou
morando junto com um companheiro, com uma média de 41,96 anos (DP ±
12,56) de união e média de idade dos cônjuges ou companheiros de 67,14 anos
(DP ± 10,91), no entanto, outros 29,8% (n=125) estão viúvos. Sobre a
composição familiar tem-se que, somente 12,4% (n=52) dos idosos moram
sozinhos, 336 (80,4%) moram em domicílios multigeracionais com até cinco
pessoas (média = 2,71 / DP ± 2,06), sendo que, além da companhia dos
cônjuges ou companheiros para 51% (n=214), eles contam com a presença de
filhos 36% (n=151), filhas 31,9% (n=134) e netos(as) 31,9% (n=134). A média de
filhos por idoso é de 4,54 (DP ± 3,15) (Figura 5). Ramos et al (1993), em seu
estudo em São Paulo, encontrou 10% dos idosos morando sozinhos, 34%
morando com cônjuge e/ou filhos(as) e/ou genros e/ou noras e 25% morando
também com os netos(as). Em estudo semelhante realizado por Coelho Filho e
Ramos (1999) em Fortaleza – CE, 6,3% moravam sozinhos, 40,3% com cônjuge
e/ou filhos(as) e/ou genros e/ou noras.
Tabela 12
Aspectos sócio-demográficos dos idosos.
Variáveis N (%)
Homens Mulheres Total
País de Nascimento Brasil 155 (36,9) 259 (61,7) 414 (98,6)
Outro País 3 (0,7) 2 (0,5) 5 (1,2)*
Não respondeu 0 1(0,2) 1(0,2)
Região brasileira de nascimento Norte 3 (0,7) 9 (2,1) 12 (2,9)
Nordeste 41 (9,8) 50 (11,9) 91 (21,7)
Sudeste 44 (10,5) 67 (16,0) 111 (26,4)
Sul 1 (0,2) 3 (0,7) 4(1,0)
Centro-Oeste 66 (15,7) 130 (31,0) 196 (46,7)*
Não se aplica 3 (0,7) 2 (0,5) 5 (1,2)
Não respondeu 0 1 (0,2) 1 (0,2)
Estado conjugal
Casado(a)/morando junto 123 (29,3) 92 (21,9) 215 (51,2)*
Viúvo 18 (4,3) 107 (25,5) 125 (29,8)
Divorciado(a)/separado(a) 10 (2,4) 44 (10,5) 54 (12,9)
Nunca casou-se 7 (1,7) 19 (4,5) 26 (6,2)
63
63
Nº de pessoas que moram com o
idoso
mora sozinho 9 (2,2) 43 (10,3) 52 (12,4)
1 a 5 pessoas 136 (32,5) 200 (47,8) 336 (80,4)*
6 a 10 pessoas 13 (3,1) 14 (3,3) 27 (6,5)
11 a 15 pessoas 0 2 (0,5) 2 (0,5)
16 e + pessoas 0 1 (0,2) 1 (0,2)
*As proporções destacadas em negrito, assim estão, para chamar-se atenção à uma observação mais
atenta. NÃO sendo representação de diferença estatisticamente significativa entre os sexos.
30,0
10,3
1,4
20,0
4,8
21,4
8,1
0,7
0
1,0
0
2,6
10,5
1,0
11,9
16,0
0,5
2,2
0,2
1,7
21,0
20,0
0
5
10
15
20
25
30
35
mor
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nho
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pai/mãe
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amigos
(
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empregad
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N
S
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N
R
% de idosos entrevistados (n = 420)
masculino
feminino
Figura 5: Distribuição dos idosos por companhia na moradia.
Quando perguntados sobre a escolaridade máxima que possuem, 21,4%
(n=90) dos idosos, afirmou não saber ler e escrever, ou sabe ler e escrever, mas
nunca freqüentou a escola, 50,5% (n=212) completou o ensino fundamental e
11% (n=46) completou a graduação e/ou pós-graduação (Figura 6). Benedetti et
al (2004) cita dados do IBGE, que informam uma média nacional de 4,2% de
idosos com nível superior de escolaridade. No estudo de Ramos et al (1993), a
população estudada possuía 35% de analfabetos, 47% que completaram o
ensino fundamental e 18% o chamado pós-elementar (fundamental, médio e
superior).
64
64
5,7
24,8
10,5
11,9
2,4
6,2
5,7
0,7
5,0
0
10,0
3,6
7,6
3,3
1,2
1,4
0
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10
15
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25
30
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N
S/
N
R
% de idosos entrevistados (n = 420)
masculino
feminino
Figura 6: Distribuição dos idosos por sexo e nível de escolaridade.
Aspectos Sócio-econômicos
A seguir, demonstra-se como as variáveis sócio-demográficas estudadas
estão representadas na amostra. Os idosos exerceram uma média de 32,21 anos
(DP ± 13,61) de ocupação remunerada durante a vida, onde a ocupação mais
exercida pelos homens foi a de trabalhos rurais 7,4% (n=31) como: agricultor,
criador de animais e administrador de fazendas. Para as mulheres, foi a de
trabalhos domésticos 9,8% (n=41) como: faxineira, lavadeira, cozinheira,
passadeira, empregada doméstica e babá; sem levar em conta que 25% (n=105)
delas atuavam somente como donas de casa (Figura 7). Em Pernambuco, 39,9%
das idosas também exerceram somente a função de donas de casa, na maior
parte de suas vidas (Barreto et al, 2003b)
65
65
5,0
25,0
9,8
1,0
1,9
1,2
7,4
1,7
2,6
1,7
4,5
5,5
5,0
0
0
0,7
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4,8
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5
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25
30
nun
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dona de cas
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ais
NS/NR
% de idosos entrevistados (n = 420)
masculino
feminino
Figura 7: Distribuição dos idosos por sexo e atividade ocupacional remunerada durante a vida.
A Tabela 13, mostra que somente 18,7% (n=78) dos idosos entrevistados ainda
exerce alguma atividade ocupacional remunerada. Mais da metade, 64,4%
(n=269) pertence às classes “C” e “D” de acordo com os Critérios de
Classificação Econômica para o Brasil (ANEP, 2000), estando 71,8% (n=300) dos
idosos morando em domicílio próprio ou do casal. Esta característica, pode ter
sofrido um viés, devido ao fato de que os pesquisadores (alunos de curso
superior) selecionaram seus entrevistados de maneira conveniente, ou seja,
idosos conhecidos, mais próximos e mais receptivos. Os idosos, em 77,7%
(n=325) dos casos, informaram que sua situação financeira atual está ‘melhor’ ou
‘igual’ há quando tinham 50 anos de idade, mesmo tendo, atualmente, uma renda
mensal que ‘dá na conta certa’ ou ‘sempre falta um pouco’ (70,1% n=293 ) para
suprir suas necessidades básicas. No estudo de Barreto et al (2003b), 75,3% das
idosas declararam morar em domicílio próprio ou do casal e 42,5% declararam
perceber sua situação econômica atual melhor do que quando tinham 50 anos.
Os dados de Florianópolis – SC, também são equivalentes onde, 18,3% dos
idosos ainda trabalham, 79,2% moram em domicílio próprio ou do casal, 71,2%
dizem que sua situação financeira atual está ‘melhor’ ou ’igual’ há quando tinham
66
66
50 anos e 64,1% que sua renda mensal ‘dá e sobra’ ou ’sempre falta um pouco’.
(Benedetti et al, 2004).
Tabela 13
Aspectos sócio-econômicos dos idosos.
Variáveis N (%)
Homens Mulheres Total
Trabalha atualmente
Sim 42 (10,0) 36 (8,6) 78 (18,7)*
Não 116 (27,8) 224 (53,6) 340 (81,3)
Classificação econômica ANEP Classe “A” 0 5 (1,2) 5 (1,2)
Classe “B” 65 (15,6) 78 (18,7) 143 (34,2)*
Classe “C” 81 (19,4) 145 (34,7) 226 (54,1)*
Classe “D” 12 (2,9) 31 (7,4) 43 (10,3)
Classe “E” 0 0 0
Não respondeu 0 1 (0,2) 1 (0,2)
Situação do domicílio
Próprio do idoso(a)/casal 126 (30,1) 174 (41,6) 300 (71,8)*
Próprio do cônjuge 4 (1,0) 7 (1,7) 11 (2,6)
Alugado pelo idoso(a) 7 (1,7) 30 (7,2) 37 (8,9)
Cedida sem custo ao idoso(a) 13 (3,1) 37 (8,9) 50 (12,0)
Outra categoria de moradia 8 (1,9) 11 (2,6) 19 (4,5)
Não respondeu 0 1 (0,2) 1 (0,2)
Situação financeira atual X com
50 anos de idade
Melhor 63 (15,1) 113 (27,0) 176 (42,1)*
Igual 58 (13,9) 91 (21,8) 149 (35,6)*
Pior 36 (8,6) 55 (13,2) 91 (21,8)
Não respondeu 0 1 (0,2) 1 (0,2)
Relação renda X necessidades
básicas Dá e sobra 30 (7,2) 42 (10,0) 72 (17,2)
Dá na conta certa 73 (17,5) 101 (24,2) 174 (41,6)*
Sempre falta um pouco 42 (10,0) 77 (18,4) 119 (28,5)*
Sempre falta muito 13 (3,1) 36 (8,6) 49 (11,7)
Não respondeu 0 1 (0,2) 1 (0,2)
*As proporções destacadas em negrito, assim estão, para chamar-se atenção à uma observação mais
atenta. NÃO sendo representação de diferença estatisticamente significativa entre os sexos.
A Figura 8 mostra que, a aposentadoria, é a fonte de sustento mais
importante no orçamento familiar de 71,3% (n=298) dos idosos, seguida pela
ajuda ou pensão do cônjuge para 31,3% (n=131) deles. Estes dados se
equivalem aos que foram encontrados em Florianópolis – SC onde, os idosos
estudados têm a aposentadoria (70,3%) e a ajuda ou pensão do cônjuge (41,9%)
como fonte de sustento mais importante (Benedetti et al, 2004).
67
67
29,7
5,0
6,9
9,1
10,0
41,6
26,3
12,0
10,8
15,6
0
5
10
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20
25
30
35
40
45
próprio trabalho aposentadoria ajuda/pensão
do cônjuge
parentes e
amigos
aluguéis/invest.
% de idosos entrevistados (n = 420)
masculino
feminino
Figura 8: Fontes de sustento para os idosos.
Sobre a renda média mensal dos idosos e de suas famílias, pode-se
verificar pela Figura 9, que tanto os idosos 25,6% (n=107) como suas famílias
21,8 (n=91) mantêm-se com uma renda de 1 a 3 salários mínimos (R$ 260,00 a
R$ 780,00). Também se vê, que a renda mensal familiar é inferior à renda dos
idosos em três categorias (< 1 SM, 1-3 SM e 3-5 SM), isto se deve a um déficit de
informação resultante do desconhecimento ou da desconfiança dos idosos em
informar seus valores aos pesquisadores. A proporção de idosos (26,3%) e
famílias (24,9%) que vivem com uma renda de 1 a 3 salários mínimos também é
semelhante no estudo de Benedetti et al (2004).
68
68
6,2
8,4
29,9
18,4
25,6
11,7
13,2
21,8
8,9
22,7
5,3
4,1
13,9
10,0
0
5
10
15
20
25
30
35
< 1 SM 1 a 3 SM 3 a 5 SM 5 a 10 SM 10 a 15 SM > 15 SM NS/NR
% de idosos entrevistados (n = 420)
da família
do idoso
Figura 9: Faixas de renda para os idosos e suas famílias (1 SM= R$ 260,00).
Tabela 14
Utilização de serviços médicos e dentários pelos idosos.
Variáveis N (%)
Homens Mulheres Total
Satisfação com os serviços
médicos
Satisfeito 100 (23,8) 179 (42,6) 279 (66,4)*
Insatisfeito 50 (11,9) 76 (18,1) 126 (30,0)
Não procura/não precisa há
muito tempo 8 (1,9) 7 (1,7) 15 (3,6)
Consultas e atendimentos nos
últimos 3 meses
Médicos 95 (22,6) 193 (46,0) 288 (68,6)*
Exames clínicos 86 (20,5) 180 (42,9) 266 (63,3)*
Fisioterapia 16 (3,8) 27 (6,4) 43 (10,2)
Socorro de emergência 12 (2,9) 23 (5,5) 35 (8,3)
Medicação no hospital 36 (8,6) 73 (17,4) 109 (26,0)
Internação 21 (5,0) 26 (6,2) 47 (11,2)
Dentista 33 (7,9) 45 (10,7) 78 (18,6)
*As proporções destacadas em negrito, assim estão, para chamar-se atenção à uma observação mais
atenta. NÃO sendo representação de diferença estatisticamente significativa entre os sexos.
Quanto à utilização dos serviços médicos, 66,4% (n=279) dos idosos
dizem-se satisfeitos com a prestação dos serviços médicos (Tabela 14), sendo
que, quando há a necessidade de utilização destes serviços, a categoria mais
procurada é a de plano de saúde 55,2% (n=232), seguida do serviço público
gratuito 31,4% (n=132). Para tratamentos dentários, o serviço mais utilizado é o
particular 39,3% (n=165), no entanto, 35,2% (n=148) não procura um dentista há
muito tempo ou não têm a quem recorrer em caso de necessidade odontológica
(Figura 10). A prevalência pela procura por estes atendimentos também pode ser
percebida quando observamos que, 68,6% (n=288) dos idosos procurou por
69
69
consultas ou atendimentos médicos nos últimos três meses, 63,3% (n=266)
realizou exames clínicos e 11,2% (n=47) referiram pelo menos uma internação.
Porém, apenas 18,6% (n=78) procurou atendimento dentário nos últimos três
meses. No estudo de Coelho Filho e Ramos (1999), 61,4% dos idosos informou
ter procurado serviços de saúde, pelo menos uma vez, nos últimos três meses e
6,6% estiveram internados. No estudo de Benedetti et al (2004) foram
encontrados valores semelhantes aos encontrados em Goiânia – GO. Quanto à
utilização de serviços de saúde 45,8% procuram atendimento em instituição
pública e 43,5% utiliza plano de saúde. Para atendimento dentário 33,1% utiliza
atendimento particular e 52% não tem ninguém ou não procura um dentista há
muito tempo.
0,5
0,2
35,2
8,3
9,5
55,2
31,4
3,1
0,2
1,2
15,7
39,3
0
10
20
30
40
50
60
ninguém/não
procura há muito
tempo
público gratuito plano de saúde particular outros
atendimentos
NS/NR
% de idosos entrevistados (n = 420)
atendimento médico
atendimento dentário
Figura 10: Utilização dos serviços médicos e dentários pelos idosos.
Em relação à vida de uma maneira geral, 87,6% (n=368) dos idosos
informaram estarem satisfeitos. Nos relacionamentos com a família, amigos e
vizinhos 85,2% (n=356), 95,9% (n=401) e 92,6% (n=387), respectivamente,
relataram estar satisfeitos. Concordando com os 88,6% de idosos satisfeitos com
seus relacionamentos sociais do estudo realizado em Bambuí – MG (Lima-Costa
et al, 2000a) e também com o estudo de Barreto et al (2003b), realizado em
70
70
Pernambuco, onde 90,6% das idosas entrevistadas afirmaram estar satisfeitas
com sua vida em geral. Os idosos de Goiânia – GO, quando perguntados sobre
suas maiores carências, responderam que nos setores econômico 50,5%
(n=211), de segurança 44,0% (n=184) e de saúde 44,5% (n=186) são os mais
importantes para os idosos entrevistados (Figura 11). O estudo de Lima-Costa et
al (2000a), realizado em Bambuí – MG, com o objetivo de identificar os fatores
preditores de problemas de saúde, também apresentou uma proporção de 43,5%
de idosos que relataram ter a saúde como sua maior carência. Em Florianópolis
os idosos entrevistados, informaram que as maiores necessidades são:
econômicas para 45,3% deles, necessidades de cuidados à saúde para 32,8% e
necessidades de segurança para 21,7%, são os três problemas que mais os
afetam (Benedetti et al, 2004).
44,0
44,5
6,7
24,2
50,5
9,6
25,6
29,4
0
10
20
30
40
50
60
econômica moradia transporte lazer segurança saúde alimentão companhia
% de idosos entrevistados (n = 420)
Figura 11: Setores de maior carência por parte dos idosos.
Aspectos de Saúde Física
A auto-percepção do estado de saúde, em geral, foi considerada positiva
visto que 75% (n=315) dos idosos informaram perceber que sua saúde está de
’boa’ a ‘ótima’ (Tabela 15). Situação esta, mais otimista do que a relatada pelos
idosos de Bambuí – MG, onde somente 25% dos idosos diz perceber sua saúde
de ‘boa’ a ’ótima’ (Lima-Costa et al, 2000a). Mesmo assim, em Goiânia – GO,
80,2% (n=337) refere ser portador de até dois problemas crônicos de saúde,
18,8% (n=79) de três a cinco e 1% (n=4) mais de seis doenças crônicas não
transmissíveis (DCNT) (Figura 12). As seis doenças crônicas referidas, mais
71
71
freqüentemente, foram: hipertensão 34,8% (n=146), incontinência urinária 32,4%
(n=136), problemas de coluna 14,5% (n=61), osteoporose ou osteopenia 12,6%
(n=53), diabetes 10,7% (n=45) e disfunção cardíaca 10,5% (n=44) (Figura 13),
havendo também, uma prevalência de 72,9% (n=306) que refere uso de remédios
(Tabela 15). No estudo de Ramos et al (1993), 86% dos idosos referiram pelo
menos uma DCNT.
Dos idosos estudados 69,8% (n=293) avaliaram sua visão como estando
de ‘boa’ a ’ótima’, e 80,2% (n=337) avaliaram as condições auditivas no mesmo
grau de satisfação. Esta proporção é bem mais otimista do que a que foi
encontrada por Coelho Filho e Ramos (1999), onde, 65,2% dos idosos avaliaram
suas condições visuais como ‘ruim’ ou ’péssima’ e 26,8% avaliaram a acuidade
auditiva como ‘ruim’. Porém, quando se fala sobre as condições odontológicas
dos idosos, 73,8% (n=310) avaliam o estado de seus dentes como estando de
‘bom’ a ’ruim’ (Tabela 15).
Tabela 15
Auto-percepção do estado de saúde.
Variáveis N (%)
Homens Mulheres Total
Auto-percepção do estado de
saúde
Ótima 29 (6,9) 39 (9,3) 68 (16,2)*
Boa 99 (23,6) 148 (35,2) 247 (58,8)*
Ruim 29 (6,9) 64 (15,2) 93 (22,1)
Péssima 1 (0,2) 11 (2,6) 12 (2,9)
Percebe/refere uso de remédios
Sim 97 (23,1) 209 (49,8) 306 (72,9)*
Não 61 (14,5) 53 (12,6) 114 (27,1)
Auto-percepção do estado da
visão Cego 2 (0,5) 0 2 (,5)
Ótima 29 (6,9) 33 (7,9) 62 (14,8)*
Boa 96 (22,9) 135 (32,1) 231 (55,0)*
Ruim 28 (6,7) 74 (17,6) 102 (24,3)
Péssima 3 (0,7) 20 (4,8) 23 (5,5)
Auto-percepção do estado da
audição
Ótima 41 (9,8) 60 (14,3) 101 (24,0)*
Boa 87 (20,7) 149 (35,5) 236 (56,2)*
Ruim 29 (6,9) 47 (11,2) 76 (18,1)
Péssima 1 (0,2) 6 (1,4) 7 (1,7)
Auto-percepção do estado dos
dentes Ótimo 16 (3,8) 25 (6,0) 41 (9,8)
Bom 79 (18,8) 124 (29,5) 203 (48,3)*
Ruim 47 (11,2) 60 (14,3) 107 (25,5)*
Péssimo 14 (3,3) 42 (10,0) 56 (13,3)
Não sabe/Não respondeu 2 (0,5) 11 (2,6) 13 (3,1)
*As proporções destacadas em negrito, assim estão, para chamar-se atenção à uma observação mais
atenta. NÃO sendo representação de diferença estatisticamente significativa entre os sexos.
72
72
46,9
14,5
1,0
0,0
33,3
4,3
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
< 2 DCNT 3 a 5 DCNT > 6 DCNT
% de idosos entrevistados (n = 420)
masculino
feminino
Figura 12: Prevalência de idosos com DCNT.
10,7
10,5
6,7
5,2
5,0 5,0
4,8
3,3 3,3 3,3
3,1 3,1
19,0
34,8
32,4
14,5
12,6
0
5
10
15
20
25
30
35
40
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s
% de idosos entrevistados (n = 420)
Figura 13: Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) relatadas pelos idosos.
Ao fazerem comparações em relação ao seu estado de saúde, 84%
(n=353) dos idosos dizem que sua saúde atual está ‘igual’ ou ’piorou’ nos últimos
cinco anos, no entanto, quando a comparação é com seus pares 85,5% (n=359)
diz que sua saúde está ‘igual’ ou ‘melhor’ que a deles (Figura 14).
73
73
56,0
16,0
45,2
38,8
0,0
29,5
5,5
9,0
0
10
20
30
40
50
60
melhor igual pior NS/NR
% de idosos entrevistados (n = 420)
saúde atual X últimos 5 anos
saúde atual X pares
Figura 14: Comparação do estado de saúde atual.
A utilização, tanto de próteses dentárias como de óculos e/ou lentes de
contato, foi referida por 79% (n=332) dos idosos (Figura 15). Uma estimativa mais
positiva do que a que foi encontrada em Pernambuco onde, 95,2% das idosas
utilizavam óculos e/ou lentes de contato (Barreto et al, 2003b)
1,0
2,1
53,6
51,4
1,7
0,5
0,5
27,6
25,5
1,2
0,5
3,8
0
10
20
30
40
50
60
prótese
dentária
óculos /
lente de
contato
aparelho
de surdez
bengala muleta cadeira de
rodas
% de idosos entrevistados (n = 420)
masculino
feminino
Figura 15: Utilização de próteses e órteses pelos idosos.
A média de peso encontrada foi de 66,2 kilos (DP ± 13,1) com moda de 70
kilos, a estatura média foi de 1,63 metros (DP ± 0,09) com moda de 1,60 metros,
o Índice de Massa Corporal (IMC) médio foi de 25,09 kg/m
2
(DP ± 4,20) e moda
de 25,00 kg/m
2
. A classificação do IMC leva 70,4% (n=292) dos idosos a uma
74
74
oscilação entre as categorias de ‘faixa recomendável’ e de ‘sobrepeso’ (Figura
16)
4,3
22,4
18,1
2,9
13,5
2,2
16,4
3,1
5,1
12,0
0
5
10
15
20
25
b
a
i
xo
p
es
o
fai
x
a rec
o
me
n
d
á
vel
so
b
re
p
e
so
o
b
e
s
idad
e
NS
/
NR
% de idosos entrevistados (n = 420)
masculino
feminino
Figura 16: Classificação do IMC dos idosos.
Em relação à dois comportamentos de risco relacionados à saúde, como o
uso de fumo e álcool, a maioria dos idosos apresentou bom comportamento
onde, 63,1% (n=265) nunca fumou e 62,4% (n=262) nunca bebeu ou bebe
somente quando, participa de eventos sociais. Os que pararam de fumar 25,7%
(n=108), pararam há uma média de 19,12 anos (DP ± 13,16) e os que pararam
de beber, pararam há uma média de 16,33 anos (DP ± 13,20) (Tabela 16). Sobre
os problemas de saúde, relacionamentos e financeiros causados pelo uso de
fumo e de álcool, o fumo foi maior causador de problemas que o álcool, sendo,
saúde a categoria mais prejudicada (Figura 17).
75
75
Tabela 16
Comportamentos de risco relacionados à saúde dos idosos.
Variáveis N (%)
Homens Mulheres Total
Uso de fumo Sim 21 (5,0) 26 (6,2) 47 (11,2)
Não, nunca fumou 79 (18,8) 186 (44,3) 265 (63,1)*
Parou de fumar 58 (13,8) 50 (11,9) 108 (25,7)
Uso de álcool Sim 54 (12,9) 41 (9,8) 95 (22,6)
Não, nunca bebeu / bebe raramente 66 (15,7) 196 (46,7) 262 (62,4)*
Parou de beber 36 (8,6) 25 (6,0) 61 (14,5)
Não respondeu 2 (0,5) 0 2 (0,5)
*As proporções destacadas em negrito, assim estão, para chamar-se atenção à uma observação mais
atenta. NÃO sendo representação de diferença estatisticamente significativa entre os sexos.
1,7
1,0
4,3
11,7
0,0
2,6
0
2
4
6
8
10
12
14
saúde relacionamento financeiro
% de idosos entrevistados (n = 420)
problemas causados pelo uso do fumo
problemas causados pelo uso do álcool
Figura 17: Problemas causados pelo uso do fumo e do álcool.
Aspectos de Saúde Funcional
Analisando os aspectos de saúde funcional, 35,2% (n=148) dos idosos,
informaram que sua saúde, de modo geral, o impossibilita de realizar suas
atividades diárias. Mais especificamente, a visão e a dentição precária são
motivos de incapacidade funcional para 21% (n=88) deles (Figura 18). Filhos e
filhas seriam as pessoas procuradas por 52,8% (n=222) dos idosos em caso de
doença ou incapacidade física, esposos(as) e companheiros(as) por 34%
(n=143). Vale ressaltar que, 6,5% (n=27) dos idosos não têm ninguém ou não
sabem a quem recorrer em caso de doença ou incapacidade física. No estudo de
Barreto et al (2003b), foram encontrados dados semelhantes, visto que, em caso
76
76
de incapacidade ou doenças, 42,5% das idosas recorreriam às filhas e 8,44%
não têm ninguém ou não sabem a quem recorrer em caso de doença ou
incapacidade física. Porém, somente 8,44% recorreria aos cônjuges.
10,2
0,0
80,0
21,0
77,4
1,7
0,0
26,2
0,7
37,9
35,2
21,0
0,2
69,5
9,3
9,8
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
sim não NS/NR NA
% de idosos entrevistados (n = 420)
saúde incapacitante
visão incapacitante
audição incapacitante
dentão incapacitante
Figura 18: Problemas incapacitantes.
O nível de capacidade funcional (NCF) pode ser avaliado como positivo,
visto que, de acordo com os dados coletados, 74,4% (n=312) dos idosos
puderam ser classificados como ‘independentes’ fisicamente, sendo capazes de
realizar, sem ajuda de outra pessoa, todas as atividades básicas da vida diária
(ABVDs) e todas as atividades instrumentais da vida diária (AIVDs) (Figura 19).
Ainda assim, 75,4% (n=316) têm ajuda de algum familiar ou empregado(a) para
realizar suas tarefas domésticas. Em São Paulo, 53% dos idosos referiram
autonomia total para realizar suas atividades da vida diária (AVDs), 39%
necessitavam de ajuda parcial e 7% era completamente dependente (Ramos et al
1993). Em Fortaleza – CE, 52,3% mostraram-se independentes, 44,9% frágeis e
2,8% dependentes (Coelho Filho e Ramos, 1999). Em Florianópolis, 62% foram
classificados como totalmente independentes, 35,4% como parcialmente
independentes e 2,7% como dependentes (Benedetti et al, 2004).
77
77
46,5
15,0
0,7
8,6
27,9
1,2
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
independente frágil dependente
% de idosos entrevistados (n = 420)
masculino
feminino
Figura 19: Classificação para o NCF.
Ao observar-se a distribuição dos idosos entrevistados por tipo de
atividade sócio-participativa, percebe-se que 90,9% (n=381) estão satisfeitos.
Equivalendo aos 83,8% de idosos, em Bambuí – MG e os 77,27% das idosas em
Pernambuco, satisfeitos com suas atividades realizadas no tempo livre (Lima-
Costa et al, 2000a). As atividades que têm a dedicação de mais da metade dos
idosos pesquisados são: ler jornais 51,8% (n=217), ouvir rádio 70,2% (n=294), ir
à cultos religiosos 71,8% (n=301), visitar amigos 76,6% (n=321), visitar familiares
78,5% (329), fazer compras 79,7% (n=334), caminhar pelas ruas de seu bairro
80,4% (n=337), receber visitas 87,1% (n=365) e, 90% (n=377) dedicam-se a ficar
sentados, por algumas horas do dia, em frente a TV enquanto, somente, 32,7%
(n=137) realizam jogos de salão (xadrez, quebra-cabeças, bingo, dominó, cartas)
e 31,7% (n=133) pratica esportes e exercícios físicos em seu tempo livre (Figura
20). À partir da realização destas atividades, pôde-se classificar os idosos quanto
ao nível de integração social participativa (NISP), onde 54,4% (n=228) foi
classificado como estando ‘socializado’ em sua comunidade (Figura 21). As
atividades mais realizadas pelos idosos em Florianópolis, assemelham-se às
deste estudo. Ler jornais 35,7%, ouvir rádio 74,3%, ir à cultos religiosos 60,2%,
visitar amigos 69,4%, visitar familiares 72,8%, fazer compras 75,8%, caminhar
pelas ruas de seu bairro 79,8%, receber visitas 85,2% e, 93,5% assistem
78
78
televisão. Porém, somente 7% pratica esportes e exercícios físicos em seu tempo
livre (Benedetti et al, 2004).
87,1
26,3
80,4
71,8
15,3
31,7
79,7
76,6
78,5
44,2
43,9
34,1
32,7
46,8
51,8
90,0
70,2
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
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u
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j
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g
o
s
d
e
s
a
l
ã
o
% de idosos entrevistados (n = 420)
Figura 20: Distribuição dos idosos por tipo de atividade realizada no tempo livre.
16,0
34,1
12,2
6,0
11,5
20,3
0
5
10
15
20
25
30
35
40
integrado socializado isolado
% de idosos entrevistados (n = 420)
masculino
feminino
Figura 21: Classificação para o NISP.
79
79
Aspectos de Saúde Mental
Pode-se dizer que, a saúde psicológica apresentou resultados positivos,
haja vista que, temos 76% (n=316) dos idosos fora de suspeita para Síndrome
Cerebral Orgânica (SCO) no que se refere à debilidade cognitiva (DCog) e 61,6%
(n=257) para depressão (Dp) (Figura 22). Todavia não se deve descuidar dos
15,9% (n=66) com suspeita e dos 8,2% (n=34) prováveis casos de DCog. Deve-
se estar atento também, para os 11,8% (n=49) com suspeita e os 26,6% (n=111)
prováveis casos de Dp, onde as mulheres são a maioria com 20,9% (n=87)
(Figura 23). Apesar destes dados, 92,1% (n=385) sentem-se, de maneira geral,
felizes nos dias atuais. O estudo de Benedetti et al (2004), aponta para 86,2% de
idosos sem indicadores de DCog, 10,2% com DCog leve e 3,7% com DCog
grave; 80,3% sem indicadores para Dp, 13,8% com Dp leve e 5,9% com Dp
severa. No estudo de Coelho Filho e Ramos (1999), 26,4% dos idosos
entrevistados foram identificados como ‘casos’ para síndrome cerebral orgânica.
Segundo Veras e Coutinho (1994), estudos da década de 80 sugerem que esta
prevalência pode ser alta demais, sugerindo que não ultrapasse 4,5% para
levantamentos domiciliares. Visto que, estas prevalências são mais aceitáveis
para populações institucionalizadas, onde a prevalência de SCO é mais alta.
Outra observação de Veras e Coutinho (1994), é que considerando-se, a
hipótese de que o nível de instrução pode alterar significativamente a avaliação
da SCO, ainda que apenas para uma minoria de idosos, este problema
metodológico contribui para o aumento nas taxas de prevalência em estudos em
regiões pobres.
80
80
45,4
10,8
5,8
5,0
30,5
2,4
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
sem suspeita de DCog suspeitos de DCog prováveis casos de
DCog
% de idosos entrevistados (n = 420)
masculino
feminino
Figura 22: Classificação para SCO em relação à DCog.
33,1
8,2
20,9
3,6
28,5
5,8
0
5
10
15
20
25
30
35
sem suspeita de Dp suspeitos de Dp prováveis casos de Dp
% de idosos entrevistados (n = 420)
masculino
feminino
Figura 23: Classificação para SCO em relação à Dp.
81
81
Aspectos de Atividade Física Habitual
Quanto aos aspectos que descrevem a atividade física habitual (AFH), ao
fazer-se a média de METs gastos por atividade física (AF) (Figura 24), a AF
vigorosa no trabalho com média de 436,3 METs min/sem (DP ± 2.523,1) e a AF
vigorosa no Jardim/Quintal com média de 221,6 METs min/sem (DP ± 1.295,2)
foram as que tiveram maior variação, elevando ainda mais a variação da média
dos METs min/sem das AF Ocupacional Total (média= 1050,9 ; DP ± 3621,2) e
AF Casa/Jardim Total (média= 1584,2 ; DP ± 3173,3). Esta grande variação pode
ser devido às diferentes interpretações dos idosos sobre o que seja AF vigorosa,
visto que, tem-se cinco faixas de idade diferentes (60-64, 65-69, 70-74, 75-79 e
80 e + anos) e o que é uma AF vigorosa para um idoso de 75 a 79 anos pode não
ser para um idoso de 60 a 64 anos.
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
A
F Vig. Trab.
AF
M
od. Trab.
AF Caminhada Trab.
A
F
Oc
up
.
AF Desloc. Bicicleta
A
F
D
esloc.Caminhada
A
F
D
esloc.
AF Vig
.
Jardim / Quintal
A
F
Mod
. Jardim
/ Qui
nt
al
AF Mod.Dentro de Casa
A
F
C
asa/Ja
rdim
A
F
C
a
minhada
E
x
er
cício/Lazer
AF Vig.Exercício/Lazer
AF
Mo
d. E
xe
rcíc
io/L
azer
AF Exercício/Lazer
Média
Desvio Padrão
Figura 24: Média de METs min/sem por AFH realizada.
Ao analisar-se separadamente a classificação por nível de atividade física
habitual (NAFH), pode-se obter maior clareza dos dados coletados.
A distribuição dos idosos por NAFH Ocupacional mostrada na Figura 25,
onde, 84,3% (n=349) foram classificados como ‘inativos’, já era esperada, visto
que, 81,3% (n=340) dos idosos já não exercem mais atividades ocupacionais
remuneradas.
82
82
1,4
20,5
1,0
5,1
1,7
23,2
0,5
0,5
16,2
0,7
0,5
1,2
11,8
0,5
0,0
0,5
12,6
0,7
0,5
1,0
0
5
10
15
20
25
Inativo (n=349 / 84,3%) Insuf. Ativo (n=16 / 3,9%) Ativo (n=10 / 2,4%) Muito Ativo (n=39 / 9,4%)
% de idosos entrevistados (n = 420)
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 e + anos
Figura 25: Distribuição dos idosos por NAFH Ocupacional e faixa de idade.
Para a distribuição dos idosos por NAFH Deslocamento, 78,9% (n=326)
foram classificados como ‘inativos’ (Figura 26). Dos idosos entrevistados, 92,9%
(n=390) informaram não utilizar a bicicleta como meio de deslocamento em
nenhum dos dias da semana e 38,1% (n=160) que não se deslocam caminhando
em nenhum dos dias da semana. Estes idosos, quando necessário, dirigem seu
próprio carro ou são levados aos lugares (médicos, passeios, supermercados)
por seus filhos, de carro ou de táxi.
0,2
0,7
22,0
5,1
1,7
3,4
19,9
0,7
0,0
0,2
3,1
15,3
0,2
1,0
1,2
10,4
0,0
0,2
3,1
11,4
0
5
10
15
20
25
Inativo (n=326 / 78,9%) Insuf. Ativo (n=66 / 16%) Ativo (n=16 / 3,9%) Muito Ativo (n=5 / 1,2%)
% de idosos entrevistados (n = 420)
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 e + anos
Figura 26: Distribuição dos idosos por NAFH Deslocamento e faixa de idade.
Quanto ao NAFH Casa/Jardim (atividades domésticas), 53,9% (n=223) são
‘inativos’, sendo 20,8% (n=86) com idade de 75 anos ou mais. Porém, 46,1%
(n=191) estão entre ‘insuficientemente ativos’ e ’muito ativos’, sendo a categoria
de AF mais equilibrada em número de idosos inativos e ativos (Figura 27).
83
83
7,0
10,6
4,1
6,3
3,4
10,9
6,3
5,3
11,6
2,4
2,7
1,9
8,9
2,4
0,7
0,7
11,8
1,2
0,0
1,7
0
2
4
6
8
10
12
14
Inativo (n=223 / 53,9%) Insuf. Ativo (n=80 / 19,3%) Ativo (n=53 / 12,8%) Muito Ativo (n=58 / 14%)
% de idosos entrevistados (n = 420)
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 e + anos
Figura 27: Distribuição dos idosos por NAFH Casa/Jardim e faixa de idade.
Concordando com os aspectos de saúde funcional no que se refere às
atividades realizadas no tempo livre onde, 90% (n=377) dos idosos preferem
assitir TV; a classificação do NAFH Exercício/Lazer tem, em sua maioria, idosos
‘inativos’ (Figura 28). Para AF vigorosas de Exercício/Lazer 92,6% (n=389) não
realizam nenhum dia por semana; para AF moderadas 80,7% (n=339). Quanto a
AF de caminhada como Exercício/Lazer, 64,8% (n=272) não realizam nenhum dia
por semana, 8,1% (n=34) realizam de um a dois dias por semana, 16,2% (n=68)
realizam de três a cinco dias por semana e 9,5% (n=40) realizam seis ou sete
dias de caminhada como Exercício/Lazer por semana.
1,0
1,7
19,1
6,3
1,2
6,3
17,9
0,5
0,0
0,7
2,9
15,0
0,5
0,0
1,0
11,4
0,2
0,5
1,0
13,0
0
5
10
15
20
25
Inativo (n=316 / 76,3%) Insuf. Ativo (n=72 / 17,4%) Ativo (n=17 / 4,1%) Muito Ativo (n=9 / 2,2%)
% de idosos entrevistados (n = 420)
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 e + anos
Figura 28: Distribuição dos idosos por NAFH Exercício/Lazer e faixa de idade.
84
84
Observando-se a Figura 29, vê-se um equilíbrio de percentuais entre os
níveis ‘inativo’ e ’muito ativo’. Isso se reforça ao agregarmos os percentuais dos
níveis ‘inativo’ e ’insuficientemente ativo’, onde tem-se 48,1% (n=199) e nos
níveis ‘ativo’ e ’muito ativo’ com 51,8% (n=214). Buscando-se uma particularidade
entre estas semelhanças, percebeu-se que os idosos dos níveis ‘inativo’ e
’insuficientemente ativo’ são, em sua maioria, idosos com idade superior a 70
anos, reforçando a idéia de que o NAFH declina com a idade. Já nos níveis ‘ativo’
e ’muito ativo’ os idosos, em sua maioria, têm idades de 60 a 69 anos.
4,8
4,1
7,0
12,1
9,2
5,1
4,6
6,8
6,5
3,6
3,6
4,8
5,8
3,1
1,9
1,9
8,0
2,4
1,5
2,9
0
2
4
6
8
10
12
14
Inativo (n=122 / 29,5%) Insuf. Ativo (n=77 / 18,6%) Ativo (n=86 / 20,8%) Muito Ativo (n=128 / 31%)
% de idosos entrevistados (n = 420)
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 e + anos
Figura 29: Distribuição dos idosos por NAFH Total e faixa de idade.
Sobre o tempo que permanece sentado durante deslocamentos em
veículos a motor, 69,5% (n=292) utiliza veículos a motor em até três dias/sem e
81% (n=340) o faz em até uma hora/dia. Para o tempo gasto sentado, excluindo-
se o tempo de deslocamento acima, 71,2% (n=299) fica de 1,5h a 8h sentado
(assistindo TV, conversando, fazendo trabalhos manuais, lendo) durante os cinco
dias de semana e, 69,8% (n=293) durante os dois dias do final de semana. A
Tabela 17 mostra a média dos tempos gastos sentado.
Tabela 17
Média de tempo gasto sentado.
Tempo sentado min/dia
média DP
Durante deslocamentos em veículos a motor (média de 3 dias/sem)
41,3 (0,7 horas) 58,7 (1 hora)
Durante a semana
276,1 (4,6 horas) 195,8 (3,3 horas)
Durante o final de semana
284,4 (4,7 horas) 203,6 (3,4 horas)
85
85
Análise Indutiva dos Dados
As análises das observações e os testes de associação com sua
significância (p0,05), serão apresentadas segundo as seções descritas no início
do capítulo.
Para que se possa compreender com clareza os valores dos coeficientes
de correlação linear (Spearman (ρ) ou Pearson (r)) encontrados no presente
estudo, antes, faz-se necessário alguns esclarecimentos sobre como se deu o
processo de correlação dos dados.
De acordo com Barbeta (2001), para um conjunto de dados, o valor do
coeficiente de correlação (ρ ou r) sempre estará no intervalo de -1 a 1. Será
positivo, quando os dados apresentarem correlação (associação) linear positiva;
será negativo quando apresentarem correlação linear negativa. Quando os dados
estão correlacionados positivamente, são diretamente proporcionais entre si, ou
seja, à medida que o valor de uma variável aumenta, o valor da variável
associada também aumenta. Quando os dados estão correlacionados
negativamente, são inversamente proporcionais entre si, ou seja, à medida que o
valor de uma variável aumenta, o valor da variável associada diminui. O valor do
coeficiente de correlação (ρ ou r), será tão mais próximo de -1 ou de 1, quanto
mais forte for a associação entre os dados observados (Figura 30).
valor do coeficiente de correlação (ρ e r)
-1 - 0,90 - 0,50 - 0,30 0,0 + 0,30 + 0,50 +0,90 +1
Figura 30: Sentido e força da correlação em função do coeficiente (ρ ou r).
Ainda é preciso dizer, que será necessário considerar o valor do código
adotado para cada variável categórica nominal ou ordinal. À medida que o valor
do código das variáveis cresce ou decresce, é que a leitura das tabelas de
associação entre as variáveis, faz sentido. Veja ANEXO 6.
Correlação
negativa
perfeita
Negativa
forte
Negativa
moderada
Negativa
fraca
Ausência
de
correlação
Positiva
forte
Positiva
moderada
Positiva
fraca
Correlação
positiva
perfeita
86
86
Aspectos sócio-demográficos
Para encontrar diferenças no comportamento dos dados em relação à
variável sexo foi utilizado o teste U de Mann-Whitney. As diferenças entre o sexo
masculino e feminino são estatisticamente significativas em relação ao estado
conjugal (U = 12254,500; p=0,000), aos anos de união conjugal (U = 10493,500;
p=0,000) e ao número de pessoas que moram com o idoso (U = 18188,500;
p=0,005).
Utilizando-se do teste de Kruskal-Wallis buscou-se a variação no
comportamento dos dados de algumas variáveis, em relação às cinco regiões de
moradia do idoso. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas
para: as faixas de idade (X
2
= 13,717; p=0,008), os anos de moradia em Goiânia
(X
2
= 20,373; p=0,000), a alfabetização (X
2
= 28,868; p=0,000) e número total de
filhos(as) (X
2
= 11,461; p=0,022).
As diferenças entre as médias foram analisadas aplicando-se o teste
ANOVA one-way e comparações Post-Hoc de Scheffé. A média de anos de união
conjugal é estatisticamente diferente em relação às faixas de idade (F=3,228;
p=0,013), sendo mais significativas entre 70 a 74 e 75 a 79 anos. Para faixas de
idade também há uma variação entre a média do número total de filhos(as)
(F=11,065; p=0,000), sendo significativas para todas as faixas.
Para se realizar testes de associação entre as variáveis categóricas
utilizou-se o teste de correlação de Spearman (ρ) e o de Pearson (r) para
variáveis contínuas. A Tabela 18, apresenta as associações mais significativas.
Tabela 18
Associação em relação aos aspectos sócio-demográficos.
Variáveis
Coeficiente de
correlação
Spearman (ρ)
Coeficiente de
correlação
Pearson (r)
Nível de
significância
alcançado no
teste
Sexo versus
Estado conjugal 0,374 0,000*
Anos de uso de álcool -0,259 0,000
Quantidade de DCNT 0,238 0,000
Uso de prótese dentária -0,216 0,000
Uso de remédios -0,200 0,000
Classificação para Dp 0,226 0,000
METs min/sem para AF
de Deslocamento -0,191 0,000
METs min/sem para AF
Moderada dentro de
casa
0,225 0,000
NAFH Casa/Jardim 0,235 0,000
87
87
Faixas de idade versus METs min/sem para AF
Total -0,227 0,000
Minutos/dia de semana
que passa sentado 0,248 0,000
Minutos/dia de final de
sem que passa sentado 0,218 0,000
Min/dia de
deslocamento em
veículos a motor -0,210 0,000
Estado conjugal versus
Nº de pessoas
morando
com o idoso -0,358 0,000*
Satisfação com o
relacionamento
familiar -0,301
0,000*
*As associações destacadas em negrito são as que têm maior coeficiente de correlação.
Apesar de estarem associadas e com o nível de significância desejado, a
força de correlação entre as variáveis e os aspectos sócio-demográficos foi fraca.
Mesmo assim, veja-se que o valor do código da variável ‘sexo’ aumenta a medida
que aumenta o valor do código da variável ‘estado conjugal’ (ρ = 0,374), obtendo-
se uma associação positiva; o valor do código da variável ‘estado conjugal’
diminui a medida que aumenta o ‘número de pessoas que moram com o idoso’,
associação negativa (ρ = -0,358) o mesmo acontecendo em relação à variável
‘satisfação com o relacionamento familiar’ (ρ = 0,301).
Aspectos sócio-econômicos
O teste U de Mann-Whitney mostrou que entre as faixas de classificação
econômica (U = 18377,500; p=0,044), e a relação necessidades básicas X
ganhos (U = 18099,500; p=0,032) existem diferenças estatisticamente
significativas por sexo. Em relação à faixa de renda mensal do idoso, aplicando-
se o teste ‘t’, também foram encontradas diferenças por sexo (t=2,874; p=0,004).
Algumas variáveis sócio-econômicas também sofreram variação em
relação à região de moradia. Pelo teste de Kruskal-Wallis pôde-se encontrar
diferenças estatisticamente significativas na faixa de renda mensal do idoso (X
2
=
23,171; p=0,000), na faixa de renda mensal da família (X
2
= 25,664; p=0,000) e
na faixa de classificação econômica (X
2
= 34,466; p=0,000).
Os resultados do teste de associação (Spearman (ρ)) entre as variáveis
estudadas e os aspectos sócio-econômicos, são apresentados na Tabela 19.
88
88
Tabela 19
Associação em relação aos aspectos sócio-econômicos.
Variáveis
Coeficiente de
correlação
Spearman (ρ)
Nível de
significância
alcançado no teste
Faixa de renda mensal Procura por atendimento
do idoso versus médico -0,264 0,000
Procura por atendimento
dentário -0,205 0,000
Para os aspectos sócio-econômicos, também houve associações
negativas fracas entre a ‘faixa de renda mensal’ e a ‘procura por atendimento
médico e dentário’.
Aspectos de saúde física
Pelo teste U de Mann-Whitney foram encontradas diferenças
estatisticamente significativas entre homens e mulheres quanto à auto-percepção
dos estado de saúde geral (U = 18360,000; p=0,028), categoria do IMC (U =
18157,000; p=0,057), auto-percepção do estado da visão (U = 16622,500;
p=0,000) e incontinência urinária (U = 17830,000; p=0,004).
De acordo com o teste de Kruskal-Wallis a auto-percepção do estado de
saúde geral (X
2
= 16,535; p=0,002), a comparação saúde atual X pares (X
2
=
9,295; p=0,054), auto-percepção do estado de audição (X
2
= 12,327; p=0,015) e
auto-percepção do estado dos dentes (X
2
= 28,655; p=0,000) têm diferenças
estatisticamente significativas em relação à região de moradia.
A Tabela 20, apresenta os aspectos de saúde física analisados à luz do
teste de associação (Spearman (ρ)). O teste de Pearson (r) apresentou
associação significativa somente para uso de álcool X uso de fumo (r= 0,213; p=
0,000).
89
89
Tabela 20
Associação em relação aos aspectos de saúde física.
Variáveis
Coeficiente de
correlação
Spearman (ρ)
Nível de
significância
alcançado no teste
Auto-percepção do
estado de saúde versus Procura por atendimento
dentário -0,252 0,000
Satisfação com a vida 0,350 0,000*
Quantidade de DCNT 0,475 0,000*
Uso de remédios -0,287 0,000
Problema de saúde
incapacitante -0,528 0,000*
Uso de álcool 0,180 0,000
NCF por AVDs -0,216 0,000
NISP -0,316 0,000*
Classificação p/ DCog 0,209 0,000
Classificação p/ Dp 0,425 0,000*
NAFH Exerc/Lazer -0,207 0,000
NAFH Total -0,177 0,000
Quantidade de DCNT
versus
Sexo 0,238 0,000
Problema de saúde
incapacitante -0,750 0,000*
NCF por AVDs -0,175 0,000
NISP -0,260 0,000
Classificação p/ DCog 0,183 0,000
Classificação p/ Dp 0,413 0,000*
*As associações destacadas em negrito são as que têm maior coeficiente de correlação.
Com relação aos aspectos de saúde física, as variáveis mostraram-se
moderadamente associadas. Com associação positiva moderada com a variável
‘auto-percepção do estado de saúde’ tem-se: ‘satisfação com a vida’ (ρ = 0,350),
‘quantidade de DCNT (ρ = 0,475),’classificação para Dp (ρ = 0,425) (ρ = 0,425),
onde, quando o valor do código de uma variável aumenta, o valor do código da
variável associada também aumenta. Associadas de maneira negativamente
moderada tem-se: ‘problemas de saúde incapacitante’ (ρ = -0,528) e ’NISP’ (ρ =
0,316) associadas com ‘auto-percepção do estado de saúde’; ‘problemas de
saúde incapacitante’ (ρ = -0,750) associada com ‘quantidade de DCNT’.
Aspectos de saúde funcional
Pelo teste U de Mann-Whitney foram encontradas diferenças
estatisticamente significativas entre homens e mulheres, quanto à problemas de
saúde incapacitante (U = 17212,000; p=0,002) e classificação para NCF (U =
16873,000; p=0,001).
90
90
A classificação para o NCF (X
2
= 9,516; p=0,049) e para o NIS (X
2
= 9,878;
p=0,043) difere de maneira estatisticamente significativa, de uma região para
outra de acordo com o teste de Kruskal-Wallis.
O teste ANOVA one-way e comparações Post-Hoc de Scheffé
apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre as médias para
classificação do NCF e para o NIS, em relação às faixas de idade sendo,
(F=15,234; p=0,000) e (F=10,554; p=0,000) respectivamente, sendo significativas
para todas as faixas de idade.
A Tabela 21, apresenta os aspectos de saúde funcional analisados por
meio do teste de associação (Spearman (ρ)).
Tabela 21
Associação em relação aos aspectos de saúde funcional.
Variáveis
Coeficiente de
correlação
Spearman (ρ)
Nível de
significância
alcançado no teste
NCF por AVDs versus
NISP 0,357 0,000*
Classificação p/ DCog -0,386 0,000*
Classificação p/ Dp -0,243 0,000
NAFH Exerc/Lazer 0,207 0,000
NAFH Total 0,361 0,000*
NIS participativa versus Problema de saúde
incapacitante 0,256 0,000
Classificação p/ DCog -0,300 0,000*
Classificação p/ Dp -0,246 0,000
NAFH Ocupacional 0,187 0,000
NAFH Deslocamento 0,189 0,000
NAFH Casa/Jardim 0,171 0,000
NAFH Exerc/Lazer 0,272 0,000
NAFH Total 0,314 0,000*
*As associações destacadas em negrito são as que têm maior coeficiente de correlação.
Para os aspectos de saúde funcional, as associações estão positivamente
moderadas entre ‘NCF’ e ‘NISP’ (ρ = 0,357), ‘NCF’ e NAFH Total (ρ = 0,361),
‘NISP’ e ‘NAFH Total’ (ρ = 0,314). Negativamente associadas estão: ‘NCF’ e
‘classificação para DCog’ (ρ = -0,386), ‘NISP’ e ‘classificação para DCog’ (ρ = -
0,300).
Aspectos de saúde mental
Diferenças estatisticamente significativas foram encontradas, aplicando-se
o teste U de Mann-Whitney para diferenças na classificação para DCog (U =
91
91
17803,000; p=0,016) e para Dp (U = 15708,000; p=0,000) entre homens e
mulheres.
Utilizando-se do teste de Kruskal-Wallis encontrou-se, diferenças
estatisticamente significativas para a classificação de Dcog (X
2
= 11,300;
p=0,023) e para Dp (X
2
= 9,969; p=0,041) em relação às regiões estudadas.
Para classificação de DCog .(F=11,090; p=0,000) e Dp.(F=2,354;
p=0,053), em relação às faixas de idade, o teste ANOVA one-way e comparações
Post-Hoc de Scheffé apresentaram diferenças estatisticamente significativas
entre as médias, sendo mais significativas entre 60 a 69 e 80 e + anos. A Tabela
22, apresenta os resultados do teste de associação (Spearman (ρ)).
Tabela 22
Associação em relação aos aspectos de saúde mental.
Variáveis
Coeficiente de
correlação
Spearman (ρ)
Nível de
significância
alcançado no teste
Classificação p/ DCog versus Problema de saúde 0,000
incapacitante -0,193 0,000
NAFH Exerc/Lazer -0,159 0,001
NAFH Total -0,279 0,000
Classificação p/ Dp versus
Problema de saúde
incapacitante -0,417 0,000*
NAFH Exerc/Lazer -0,109 0,026
*As associações destacadas em negrito são as que têm maior coeficiente de correlação.
Nos aspectos de saúde mental tem-se ‘classificação para Dp’ associada
negativamente com ‘problemas de saúde incapacitante’ (ρ = -0,417) de modo
que, à medida que aumentam os valores dos códigos para uma variável,
diminuem os valores dos códigos para a outra variável.
Aspectos de atividade física habitual
Para os aspectos de atividade física habitual foram encontradas diferenças
estatisticamente significativas, para as médias de METs min/sem, entre homens
e mulheres. Aplicando-se o teste ‘t’ encontrou-se diferenças para METs min/sem
AF Ocupacional Total (t=2,015; p=0,045), METs min/sem AF Deslocamento
(t=3,321; p=0,001), METs min/sem AF Casa/Jardim (t=2,988; p=0,003). Porém
não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas para METs
min/sem AF Exercício/Lazer e para METs min/sem AF Total.
92
92
Em comparação com as cinco regiões de moradia as médias para METs
min/sem mostraram diferenças estatisticamente significativas quando aplicou-se
o teste de Kruskal-Wallis. Encontrou-se diferenças para METs min/sem AF
Deslocamento (X
2
= 12,230; p=0,016), METs min/sem AF Casa/Jardim (X
2
=
15,942; p=0,003) e para METs min/sem AF Total (X
2
= 9,910; p=0,042).
Para encontrar diferenças estatisticamente significativas entre as médias
METs min/sem em relação às faixas de idade, aplicou-se o teste ANOVA one-
way e comparações Post-Hoc de Scheffé. Diferenças significativas entre todas as
faixas de idade, foram encontradas para METs min/sem AF Ocupacional
(F=3,419; p=0,009), METs min/sem AF Casa/Jardim (F=7,067; p=0,000), METs
min/sem AF Exercício/Lazer (F=2,691; p=0,031), METs min/sem AF Total
(F=8,885; p=0,000), min/dia de semana que passa sentado (F=9,008; p=0,000) e
minutos/dia de final de semana que passa sentado (F=8,475; p=0,000).
A Tabela 23, apresenta os aspectos de saúde física analisados à luz do
teste de associação (Spearman (ρ)).
Tabela 23
Associação em relação aos aspectos do NAFH.
Variáveis
Coeficiente de
correlação
Spearman (ρ)
Nível de
significância
alcançado no teste
NAFH Ocupaciona versus Problema de saúde
incapacitante 0,172 0,000
NAFH Deslocamento
versus
Faixa de renda mensal
do idoso -0,181 0,000
NAFH Casa/Jardim
versus
Sexo 0,235 0,000
NAFH Exerc/Lazer versus Problema de saúde
incapacitante 0,175 0,000
NAFH Total versus
NAFH Ocupacional 0,460 0,000
NAFH Deslocamento 0,373 0,000
NAFH Casa/Jardim 0,692 0,000
NAFH Exerc/Lazer 0,404 0,000
*As associações destacadas em negrito são as que têm maior coeficiente de correlação.
Aqui, não se tem associações pertinentes de serem relatadas, visto que,
as que o foram, já foram relatadas nas seções dos aspectos anteriores.
93
93
CAPÍTULO V
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Sendo, o objetivo principal deste estudo, caracterizar o perfil de saúde
multidimensional e nível de atividade física habitual de idosos, de ambos os
sexos, residentes na zona urbana da cidade de Goiânia – GO, à partir dos
resultados apresentados no capítulo IV, pôde-se chegar a algumas conclusões
sobre a amostra estudada.
Quanto aos aspectos sócio-demográficos, os idosos estudados foram
considerados idosos jovens, sendo, em sua maioria, mulheres. Os idosos estão
mais populosamente concentrados no grupo/região Central/Campinas/Vale Meia
Ponte, provavelmente, por conter os bairros mais antigos da cidade. São
oriundos da Região Centro-Oeste do País, mais especificamente do estado de
Goiás. Apesar de uma maioria de idosos casados ou morando junto com um
companheiro, em domicílios multigeracionais, com filhos(as), genros, noras e
netos, há que se ter uma atenção especial àqueles 12,4% que moram sozinhos.
Sugere-se que, em análises futuras, busque-se compreender quais as influências
deste tipo de moradia para a auto-percepção de saúde, prevalência de DCNTs,
NCF, NISP, NAFH, suspeita de DCog e Dp enfim, como estes idosos se sentem
em relação ao fato de morarem sós. Mais da metade completou somente o ensino
fundamental, talvez, sendo um reflexo da cultura dos anos 60 onde, alguns jovens
de menor poder aquisitivo, abandonavam os estudos para dedicarem-se ao
trabalho.
Dentro dos aspectos sócio-econômicos, a atividade ocupacional mais
exercida pelas mulheres durante a vida, era o serviço doméstico como atividade
ocupacional remunerada e, um quarto, exerceu somente a função de dona de
casa. Mais da metade pertence às classes econômicas ‘B’ e ’C’ com uma renda
94
94
de 1 a 3 salários mínimos, morando em domicílio próprio ou do casal. A fonte de
sustento mais importante para os idosos é a aposentadoria e, dizem estar
satisfeitos com a prestação de serviços médicos, utilizando, quando necessário,
planos de saúde ou serviço público gratuito. Para tratamentos dentários a escolha
é o atendimento particular, estando, esta procura, associada à renda mensal
média do idoso; o que força uma maioria a não fazer tratamentos dentários há
muitos anos. Têm, em geral, um bom relacionamento com familiares, amigos e
vizinhos. Porém, o que dizer de 29,4% que sente carência de lazer e de 24,2%
que sente falta de uma companhia? É possível, que a falta de lazer esteja
relacionada às carências econômicas, de segurança e de saúde. Já, para a falta
de companhia, é necessário compreender se há uma solidão acarretada pelo
abandono familiar e social, que também, pode estar aumentando o número de
suspeitos de DCog e Dp. Os conflitos familiares e a preocupação com os filhos e
netos também merecem atenção.
Para os aspectos de saúde física, apesar dos idosos referirem perceber
sua saúde, de uma maneira geral, de ‘boa’ a ’ótima’, existe um quarto de idosos
que têm uma percepção de ‘ruim’ a ‘péssima’ sobre sua saúde. Esta percepção
negativa pode estar sendo provocada pela prevalência de DCNTs, já que, 18,8%
possui de uma a cinco doenças, estando a hipertensão e a incontinência urinária
presentes em cerca de 34% dos idosos. Quando comparam seu estado de saúde
atual com o de há cinco anos atrás, uma maioria de 84%, diz que está ‘igual’ ou
’pior’, mas se comparado aos pares, pouco mais da metade sente que está em
’melhores’ condições de saúde que eles. A composição corporal precisa de
cuidados. Apesar de ser uma pequena proporção, 6,5% dos idosos foi
classificado com baixo peso, provavelmente, por não se alimentarem de forma a
suprir suas necessidades nutricionais ou por causa de incapacidades
odontológicas. Também, não se pode deixar de pensar nos 39,6% que estão na
faixa de ‘sobrepeso’ e ‘obesidade’, muito provavelmente, devido à falta de
atividades físicas e a maus hábitos alimentares. Análises futuras poderão trazer
um melhor esclarecimento destas associações. O uso do fumo e do álcool, não
são comportamentos preocupantes nesta população de idosos, mas o incentivo à
eliminação total dos vícios é sempre válida.
95
95
Nos aspectos de saúde funcional, a saúde física é motivo de incapacidade
funcional para 35,2% dos idosos, muitos têm dificuldade de ler e até mesmo sair à
rua ou alimentar-se devido à falta de óculos ou de dentes. As ABVDs e as AIVDs
são desempenhadas de maneira independente, mas a falta de atividades físicas
como deslocamento e exercício/lazer pode estar transformando, 23,6% dos
idosos, em pessoas frágeis fisicamente. Os idosos estão muito satisfeitos com
suas atividades sociais participativas, mesmo utilizando seu tempo livre para ficar
sentado em frente à televisão, receber visitas ou caminhar pelas ruas do bairro;
sendo categorizados como ‘socializados’ em sua comunidade.
Sobre os aspectos de saúde mental, a maioria está fora de suspeita tanto
para DCog como para Dp, mas há uma minoria que não pode ser ignorada.
Alguns idosos relataram sentirem-se sós, abandonados, ignorados e
desrespeitados pela sociedade e pelos familiares, principalmente filhos, mesmo
que estes, estejam morando na mesma casa. Abaixo, estão alguns relatos feitos
por eles:
“Você pode me ajudar de alguma maneira?”
“Nós idosos, precisamos de ajuda! Eu vejo as entidades na TV dizendo que estão
fazendo isso e aquilo, mas eu não sei como fazer para receber ajuda!”
“Agora, quando eu precisar de ajuda, vou te procurar?”.
“Os atendimentos, ditos especiais para idosos, na verdade, estão é marginalizando o
idoso!”
“Sinto muita tristeza com essa minha situação. A gente cria os filhos, e eles não estão
nem aí para nada que eu preciso. Aqui em casa, eu até pago aluguel para eles!”
“Depois que você se formar, você vai cuidar dos idosos?”
“O que me conforta em tanta solidão e sofrimento é a religião. Se minha vida é assim,
é porque Deus quer!”
“Eu penso que os idosos, no Brasil, não são valorizados, nem respeitados pelos
governantes, nem pela sociedade! Na verdade, nós somos mais explorados que
respeitados!”
“Porque o idoso sofre tanta discriminação, se a história mostra que o idoso é
experiente e, essa experiência, é válida e útil aos mais jovens?”
“O desamor, o descaso e o abandono são muito ruins! Gera depressão!”
“Uma boa alternativa para a solidão dos idosos, era viabilizar animais domésticos
treinados.”
96
96
“Ah! Se o jovem soubesse e o velho pudesse!”
“Para quê esta pesquisa? Para quando teremos resultados?[...] É... tenho prazer em
ajudá-lo... mesmo que eu não viva para usufruir dos benefícios, ao menos, algum dia,
os idosos serão amparados e respeitados como merecem!”
“Minha avó já tentou suicídio! Nossa!! Eu nem sabia disso!!! [fala de um pesquisador]”
Há a necessidade de se analisar, se o nível de escolaridade, as atividades
no tempo livre e até mesmo o NAFH total, estão influenciando nesta prevalência
de 24% de idosos suspeitos ou prováveis casos de Dcog e 38,5% suspeitos ou
prováveis casos de Dp. A quantidade de DCNT, NCF, NISP, DCog e Dp estão
associadas à auto-percepção de saúde.
Os aspectos de atividade física habitual merecem uma atenção especial. Em
termos de deslocamento, os mais inativos são os mais jovens (60 a 65 anos).
Provavelmente, porque ainda dirigem seu próprio carro ou utilizam-se de outros
veículos automotores em seus deslocamentos. Em casa ou no jardim, os mais
idosos são os menos ativos, isso pode estar agravando o estado de fragilidade ou
dependência física, sendo as mulheres, mais ativas que os homens. No
exercício/lazer, são na maioria inativos, independente da idade ou do sexo.
Algumas hipóteses a serem analisadas futuramente, são as de que estes idosos
não têm acesso às informações básicas para uma prática autônoma de atividades
físicas, estão isolando-se socialmente por desconhecimento dos programas de
atendimento aos idosos que acontecem nas universidades, ou ainda, o baixo
rendimento mensal seja uma das justificativas para esta inatividade no
exercício/lazer. Quando se analisa o NAFH Total, percebe-se claramente o
declínio do NAFH com o passar dos anos. É de se preocupar que, a maioria dos
idosos, passe até 8h sentado durante os dias de semana e final de semana. O
NCF e o NISP estão associados ao NAFH Total.
Faz-se necessários, estudos futuros que apresentem outras associações
destas variáveis estudadas, para que possa-se compreender melhor o universo
de saúde multidimensional dos idosos estudados. Além disso, sugere-se estudos
mais específicos sobre os aspectos de saúde mental e nível de atividade física
habitual, onde inclua-se: testes mais detalhados para saber-se mais sobre a
97
97
intensidade da debilidade cognitiva e depressão, bem como, testes que avaliem a
aptidão física relacionada à saúde destes idosos.
De toda esta jornada, o que fica é o aprendizado com a experiência dos
idosos e com a ansiedade dos jovens. O percurso foi longo e árduo e, tem-se a
certeza, de não haver arrependimentos. Somente o desejo de que, todo este
trabalho, possa reverter-se à curto, médio e longo prazo, em benefícios para a
comunidade como um todo, mais especialmente, para aquelas pessoas que
preenchem nossa vida com sabedoria, histórias e saudades – OS IDOSOS.
98
98
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ANEXOS
107
107
ANEXO 1
Folha de Rosto e Parecer Consubstanciado do Comitê de Ética em Pesquisa
com Seres Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina.
108
108
109
109
110
110
ANEXO 2
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE
111
111
112
112
ANEXO 3
Questionário Brazil Old Age Schedule – BOAS
113
113
QUESTIONÁRIO MULTIDIMENSIONAL PARA ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
DA POPULAÇÃO IDOSA
BRAZIL OLD AGE SCHEDULE – BOAS
Descrição das Seções
Seção I: Informações Gerais (perguntas 1 a 10)
Esta seção do questionário, destina-se a obter informações sobre o sexo,
idade, naturalidade, grau de instrução e estado conjugal do idoso, composição
geral do lar que ele(a) vive, e nível geral de satisfação em relação à sua vida. A
informação obtida fornecerá uma idéia geral da situação pessoal e doméstica da
pessoa idosa permitindo relacionar-se características demográficas com possíveis
problemas de saúde a serem investigados na seção seguinte.
Seção II: Saúde Física (perguntas 11 a 24 + E1 a E4b)
Na seção saúde física inclui-se perguntas com o sentido de verificar a
opinião do entrevistado em relação ao seu estado geral de saúde, como este se
compara com os últimos anos de sua vida e com outras pessoas de sua faixa
etária; seus maiores problemas de saúde, e como estes podem afetar seus
padrões habituais de atividade. São incluídas também perguntas sobre problemas
específicos que afetam os padrões funcionais do idoso. Foram acrescentadas ao
instrumento original quatro questões EXTRAS (perguntas E1 a E4b): duas sobre
peso e estatura; outras duas relacionadas ao uso de fumo e álcool.
Seção III: Utilização de Serviços Médicos e Dentários (perguntas 25 a 31)
O propósito desta seção é obter informações quanto ao conhecimento,
direitos, uso e grau de satisfação por parte do idoso em relação a vários tipos de
serviços médicos.
As informações obtidas darão uma indicação da saúde do idoso, das
instituições e serviços que ele faz uso, dos problemas em ter atendidas suas
114
114
necessidades médicas e dentárias, e de possíveis deficiências institucionais ou de
programas que exigem atenção. São incluídas também perguntas destinadas a
verificar a ajuda ou a assistência que a pessoa idosa pode obter, na área da
saúde, de sua família ou de outros. Incluem-se perguntas relativas aos tipos de
ajuda e/ou apoio utilizados pelo idoso, seus hábitos de consumo de
medicamentos e as dificuldades para adquiri-los. Por fim, há uma pergunta
relativa à freqüência com que nos últimos três meses utilizou-se dos serviços
médicos e dentários.
Seção IV: Atividades da vida diária (AVD) (perguntas 32 a 35a.)
Esta seção inclui um total de seis perguntas. A primeira compreende um
total de quinze itens que, juntos, indicam graus relativos de autonomia funcional
na execução das atividades do dia-a-dia. As outras são voltadas para a
verificação de assistência real ou potencial nessas atividades identificando a
pessoa que mais ajuda o entrevistado. Assim, pode ser feita uma pesquisa do
grau de dependência e relativa adaptabilidade do idoso com o seu ambiente físico
e social. Também há perguntas que visam a verificar sua participação social, as
atividades domésticas e comunitárias e o grau de satisfação com as mesmas.
Seção V: Recursos Sociais (perguntas 36 a 41)
As perguntas nesta seção objetivam avaliar vários aspectos e dimensões
de satisfação do idoso nas suas relações com família e vizinhos, os tipos de ajuda
e/ou assistência recíprocas, o grau de interação familiar e comunitária e/ou de
isolamento.
Seção VI: Recursos Econômicos (perguntas 42 a 50)
O propósito desta seção é obter informações sobre a situação de
trabalho/aposentadoria do idoso. Assim, destina-se a mostrar o tempo em que
esteve vinculado ao mercado de trabalho, sua condição atual frente ao mesmo, a
regularidade e a fonte de renda atual; o padrão de renda recebida, a participação
dessa renda na manutenção doméstica. Incluem-se perguntas relativas às
115
115
condições de conforto doméstico e ao tipo de ocupação do imóvel. Por fim, há
perguntas que buscam a comparação de renda atual com a dos anos anteriores e
o grau de satisfação do idoso em relação às suas necessidades básicas supridas
pela sua renda.
Seção VII: Saúde Mental (perguntas 51 a 73)
Esta seção inclui perguntas destinadas a detectar, no quadro de saúde
mental do idoso, os casos de depressão e demência. Todas as perguntas são
completamente estruturadas, e o entrevistador não precisa fazer avaliações
pessoais. Pontos de cortes foram desenvolvidos para indicar a presença de
“casos” (“suspeitos”).
Seção VIII: Necessidades e Problemas que afetam o Entrevistado (perguntas
74 a 75)
Esta seção inclui perguntas destinadas a fornecer uma indicação mais
específica dos tipos de necessidades que o idoso experimenta em sua vida diária,
a extensão em que essas necessidades se verificam, e os problemas que ele
considera mais importantes. Fornecerá também informações sobre a relação
entre as atitudes do idoso e as condições objetivas em que ele vive.
Seção IX: Avaliação do Entrevistador (itens 1 a 6)
Esta seção do questionário inclui perguntas que devem ser respondidas pelo
entrevistador no final da entrevista. Essas informações possibilitarão que se avalie
a confiabilidade das informações obtidas do entrevistado.
116
116
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC
CENTRO DE DESPORTOS - CDS
PROGRAMA DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
NÚCLEO DE PESQUISA EM ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
QUESTIONÁRIO MULTIDIMENSIONAL PARA ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS DA
POPULAÇÃO IDOSA
BRAZIL OLD AGE SCHEDULE – BOAS
Número do questionário: (001 a 999)
Grupo/Região: (01 a 05)
Setor Censitário: (01 a 62)
Nome do Entrevistado:
Endereço: (Rua, Av.)
Nº:
Bairro:
Cidade: Goiânia CEP: 74. -
Telefone: (62) -
Nome do Entrevistador:
Data da Entrevista: / /2004.
117
117
Seção I: Informações Gerais (perguntas 1 a 10)
1. Sexo do Entrevistado:
ENTREVISTADOR: Indique o sexo da pessoa entrevistada
(1) Masculino
(2) Feminino
2. Quantos anos o(a) Sr.(a) tem?
_______ (anos completos)
(998). N.S./N.R
3. Em que país o(a) Sr.(a) nasceu?
(1) Brasil
(2) Outros países (especifique):____________________________________________
(8) N.S/N.R
ENTREVISTADOR: Se 1 (Brasil) vá para questão 3a., se 2 (outros países) vá para questão 4 e
marque N.A. na questão 3a.
3a. Em que estado do Brasil o(a) Sr.(a) nasceu?
Nome do estado: ______________________________________________________________
(1) Região Norte
(2) Região Nordeste
(3) Região Sudeste
(4) Região Sul
(5) Região Centro-Oeste
(7) N.A.
(8) N.S./N.R
4. Há quanto tempo (anos) o(a) Sr.(a) mora nesta cidade?
__________(anos completos)
(98) N.S./N.R.
5. O(a) Sr.(a) sabe ler e escrever?
(1) Sim
(2) Não (Vá para questão 6 e marque N.A. para a questão 5a.)
(8) N.S./N.R.
5a. Qual é sua escolaridade máxima completa?
(1) Nenhuma
(2) Primário (até o 4º ano)
(3) Ginásio ou 1º grau completo (Ensino Fundamental)
(4) 2º grau completo (Ensino Médio)
(5) Curso superior (Graduação)
(6) Pós-Graduação (especialização, mestrado, doutorado, pós-doutorado?)__________
(7) N.A.
(8) N.S./N.R.
118
118
6. Atualmente qual é o seu estado conjugal? ENTREVISTADOR: Marque apenas uma
alternativa
(1) Casado/morando junto
(2) Viúvo (a) (Vá para questão 7 e marque N.A. para as questões 6a. e 6b.)
(3) Divorciado(a) / separado (a) (Vá para questão 7 e marque N.A. para as questões 6a.
e 6b.)
(4) Nunca casou (Vá para questão 7 e marque N.A. para as questões 6a. e 6b.)
(8) N.S./N.R.
6a. Há quanto tempo o(a) Sr.(a) está casado(a) / morando junto?
ENTREVISTADOR: A pergunta se refere ao casamento atual
__________ (anos completos)
(97) N.A.
(98) N.S./N.R
6b. Qual a idade de seu (sua) esposo (a)?
__________ (anos completos)
(97) N.A.
(98) N.S./N.R.
7. O(a) Sr.(a) teve filhos (as)? (em caso positivo, quantos?) ENTREVISTADOR: Especifique o
número.
________ filhos
________ filhas
________ (número total de filhos/as)
(00) Nenhum
(98) N.S./N.R.
8. Quantas pessoas vivem com o(a) Sr.(a) nesta casa?
_______ pessoas
(00) Entrevistado(a) mora só. (Vá para questão 9 e marque N.A. para a questão 8a.)
(98) N.S./N.R.
8a. Quem são essas pessoas? ENTREVISTADOR: Para cada categoria de pessoas
indicada pelo entrevistado marque a resposta SIM.
SIM NÃO NA NS/NR
(a) Esposo(a) / companheiro(a) 1 2 7 8
(b) Pais 1 2 7 8
(c) Filhos 1 2 7 8
(d) Filhas 1 2 7 8
(e) Irmãos(ãs) 1 2 7 8
(f) Netos(as) 1 2 7 8
(g) Outros parentes(especificar)_____________________ 1 2 7 8
(h) Amigos (as) 1 2 7 8
(i) Empregado(a) 1 2 7 8
119
119
9. Como o(a) Sr.(a) se sente em relação à sua vida em geral ?
ENTREVISTADOR: Leia para o entrevistado as alternativas listadas.
(Marque apenas uma opção).
(1) Satisfeito(a) (Vá para a questão 10 e marque N.A. para a questão 9a.)
(2) Insatisfeito(a)
(8) N.S./ N.R.
9a. Quais são os principais motivos de sua insatisfação com a vida?
ENTREVISTADOR: Não leia para o entrevistado as alternativas listadas
SIM NÃO NA NS/NR
(a) Problema econômico 1 2 7 8
(b) Problema de saúde 1 2 7 8
(c) Problema de moradia 1 2 7 8
(d) Problema de transporte 1 2 7 8
(e) Conflito nos relacionamentos pessoais 1 2 7 8
(f) Falta de atividades 1 2 7 8
(g) Outro problema (especificar)_____________________ 1 2 7 8
10. OBSERVAÇÃO DO ENTREVISTADOR:
O entrevistado informou sua idade na questão 2. Você acha esta informação:
(1) Idade plausível/ consistente/ correta
(2) O entrevistado informou idade que não corresponde à impressão do observador; ou é
obviamente errada ou não sabe ou forneceu resposta incompleta.
Seção II: Saúde Física (perguntas 11 a 24)
“Agora, eu gostaria de lhe fazer algumas perguntas sobre sua saúde”.
11. Em geral, o(a) Sr.(a) diria que sua saúde está:
ENTREVISTADOR: Leia para o entrevistado as alternativas de 1 a 4.
(Marque apenas uma opção).
(1) Ótima
(2) Boa
(3) Ruim
(4) Péssima
(8) N.S./N.R
12. Em comparação com os últimos 5 anos, o(a) Sr.(a) diria que sua saúde hoje é:
ENTREVISTADOR: Leia para o entrevistado as alternativas de 1 a 3.
(Marque apenas uma opção)
(1) Melhor
(2) Mesma coisa
(3) Pior
(8) N.S./N.R
120
120
13. Em comparação com as outras pessoas de sua idade, o(a) Sr.(a) diria que sua saúde
está:
ENTREVISTADOR: Leia para o entrevistado as alternativas de 1 a 3.
(Marque apenas uma opção).
(1) Melhor
(2) Igual
(3) Pior
(8) N.S./N.R.
14. Atualmente o(a) Sr.(a) tem algum problema de saúde ?
(1) Sim
(2) Não (Vá para questão 15 e marque N.A.para as questões. 14a, 14b. e 14c.)
(3) N.S./ N.R.
14a. Quais são os principais problemas de saúde que o(a) Sr.(a) está
enfrentando?ENTREVISTADOR: Especifique os problemas.
NA NS/NR
(a) (especificar)_____________________________________________ 97 98
(b) (especificar)_____________________________________________ 97 98
(c) (especificar)_____________________________________________ 97 98
14b. Há quanto tempo?
ENTREVISTADOR: Anote em meses o período de duração dos problemas
MESES
96 meses ou mais
(8 anos)
NA NS/NR
(a) (especificar)_________________________ 96 97 98
(b) (especificar)_________________________ 96 97 98
(c) (especificar)_________________________ 96 97 98
14c. Este problema de saúde atrapalha o(a) Sr.(a) de fazer coisas que precisa ou
quer fazer ?
(1) Sim
(2) Não
(7) N.A.
(8) N.S./N.R.
15. Por favor, responda se o(a) Sr.(a) sofre de algum destes problemas:
ENTREVISTADOR: Leia para o entrevistado todas as alternativas listadas.
(Marque as respostas correspondentes).
SIM NÃO NS/NR
(a) Problema nos pés que inibe sua mobilidade (Ex.: joanete, calos,
dedos torcidos,unha do pé encravada, etc.) 1 2 8
(b) Problemas nas articulações dos braços, mãos, pernas, pés. 1 2 8
(c) Falta algum braço, mão, perna, pé. 1 2 8
121
121
15a. O Sr.(a) recebeu alguma ajuda, tratamento de reabilitação
ou alguma outra
terapia para este problema ?
(1) Sim
(2) Não
(7) N.A.
(8) N.S./N.R.
16. O(a) Sr.(a) teve alguma queda(tombo) nos últimos 3 meses ?
(1) Sim
(2) Não (Vá para questão 17 e marque N.A. para as questões 16a. e 16b.)
(8) N.S./N.R.
16a. O(a) Sr.(a) pode se levantar sozinho(a) do chão ?
(1) Sim (Vá para questão 17 e marque N.A. para a questão 16b.)
(2) Não
(7) N.A.
(8) N.S./ N.R.
16b. Quanto tempo o(a) Sr.(a) ficou no chão até receber ajuda?
_________ minutos
(997) N.A.
(998) N.S./N.R.
17. Em geral, o(a) Sr.(a) diria que sua visão (com ou sem a ajuda de óculos) está:
ENTREVISTADOR: Leia para o entrevistado as alternativas de 1 a 4.
(Marque apenas uma opção).
(0) o entrevistado é cego(a)
(1) Ótima (Vá para questão 18 e marque N.A. para a questão 17a.)
(2) Boa (Vá para questão 18 e marque N.A. para a questão 17a.)
(3) Ruim
(4) Péssima
(8) N.S./N.R.
17a. Este seu problema de visão atrapalha o(a) Sr.(a) de fazer as coisas que o(a)
Sr.(a) precisa / quer fazer ?
(1) Sim
(2) Não
(7) N.A.
(8) N.S./N.R.
18. Em geral, o(a) Sr.(a) diria que sua audição (com ou sem a ajuda de aparelhos) está:
ENTREVISTADOR: Leia para o entrevistado as alternativas de 1 a 4.
(Marque apenas uma opção).
(1) Ótima (Vá para questão 19 e marque N.A. para a questão 18a.)
(2) Boa (Vá para questão 19 e marque N.A. para a questão 18a.)
(3) Ruim
(4) Péssima
(8) N.S./N.R.
122
122
18a. Este seu problema de audição atrapalha o(a) Sr.(a) de fazer as coisas que o(a)
Sr.(a) precisa / quer fazer ?
(1) Sim
(2) Não
(7) N.A.
(8) N.S./N.R.
19. Em geral, qual é o estado dos seus dentes ?
ENTREVISTADOR: Leia para o entrevistado as alternativas de 1 a 4.
(Marque apenas uma opção).
(1) Ótimo
(2) Bom
(3) Ruim
(4) Péssimo
(8) N.S./N.R.
20. Está faltando algum dos seus dentes ?
ENTREVISTADOR: Leia para o entrevistado as alternativas de 1 a 4.
(Marque apenas uma opção).
(1) Não estão faltando dentes
(2) Estão faltando poucos dentes
(3) Está faltando a maioria ou todos os dentes
(8) N.S./N.R.
21. O(a) Sr.(a) tem algum dente postiço, dentadura, ponte...?
(1) Sim
(2) Não
(8) N.S./N.R.
22. O(a) Sr.(a) tem algum problema de dente que lhe atrapalhe mastigar os alimentos?
(1) Sim
(2) Não
(8) N.S./N.R.
“Com o passar da idade, é bastante normal aparecerem alguns problemas de bexiga ou
intestino. Eu gostaria de lhe fazer duas perguntas sobre este assunto”.
23.Já aconteceu de o senhor(a) perder um pouco de urina e se molhar acidentalmente; seja
porque não deu tempo de chegar ao banheiro, ou quando estava dormindo, ou quando
tosse, espirra, ou faz força?
(1) Sim
(2) Não (Vá para questão 24 e marque N.A. para a questão 23a.)
(8) N.S./N.R.
123
123
23a. Com que freqüência isso acontece?
(1) Uma ou duas vezes por dia
(2) Mais de duas vezes por dia
(3) Uma ou duas vezes por semana
(4) Mais do que duas vezes por semana
(5) Uma ou duas vezes por mês
(6) Mais de duas vezes por mês
(7) N.A.
(8) N.S./N.R.
24. OBSERVAÇÃO DO ENTREVISTADOR: Há sinais de incontinência? (cheiro de urina)
(1) Sim
(2) Não
QUESTÕES EXTRAS
E1. Pode me dizer quantos kilos o Sr. (a) pesa, atualmente? (massa corporal)
_________Kg.
(998) N.S./N.R.
E2. Qual a sua altura? (estatura)
_________metros.
(998) N.S./N.R.
E3. O Sr. (a) fuma? (cigarro, palha, cachimbo, charuto)
(1) Sim (Vá para a questão E3a)
(2) Não, nunca fumou. (Vá para a questão E4 e marque N.A. para a questão E3a e E3b)
(3) Parou de fumar (Vá para a questão E3a)
(8) N.S./N.R.
E3a. Há quanto tempo?
________anos
OU ________meses
OU ________semanas
(997) N.A
(998) N.S./N.R.
E3b. O Sr. (a) tem algum problema causado pelo seu uso de cigarro?
SIM NÃO NA NS/NR
(a) Saúde (tosse, enfisema, câncer) 1 2 7 8
(b) Relacionamento (familiares, amigos, trabalho) 1 2 7 8
(c) Financeiro (dívidas, empréstimos) 1 2 7 8
124
124
E4. O Sr. (a) toma bebida alcoólica?
(1) Sim (Vá para a questão E4a)
(2) Não, nunca bebeu. (Vá para a questão 25 e marque N.A. para a questão E4a e E4b)
(3) Parou de beber (Vá para a questão E4a)
(8) N.S./N.R.
E4a. Há quanto tempo?
________anos
OU ________meses
OU ________semanas
(997) N.A
(998) N.S./N.R.
E4b. O Sr. (a) tem algum problema causado pelo seu uso de bebidas alcoólicas?
SIM NÃO NA NS/NR
(a) Saúde (cirrose, úlcera, câncer) 1 2 7 8
(b) Relacionamento (familiares, amigos, trabalho) 1 2 7 8
(c) Financeiro (dívidas, empréstimos) 1 2 7 8
Seção III: Utilização de Serviços Médicos e Dentários (perguntas 25 a 31)
“Agora, eu gostaria de lhe perguntar sobre os serviços médicos que o(a) Sr.(a) tem direito
de usar.”
25. Quando o Sr.(a) está doente ou precisa de atendimento médico, onde ou a quem o(a)
Sr.(a) normalmente procura?
ENTREVISTADOR: Se 0.(Ninguém), faça a pergunta 25a.; se 1,2,3,4 ou 8, vá para questão 26 e
marque N.A. para a questão 25a.
(Marque apenas uma alternativa)
Nome de onde ou a quem procura: ________________________________________________
(0) Ninguém ou o entrevistado não procura o médico há muito tempo.
(1) Serviço médico de uma instituição PÚBLICA GRATUITA.
(2) Serviço médico credenciado pelo seu PLANO DE SAÚDE
(3) Médicos/ Clínica PARTICULARES
(4) Outros (especifique): __________________________________________________
(8) N.S. /N.R.
25a. O Sr.(a) não procura um médico há muito tempo porque não precisou ou
porque tem dificuldade para ir ao médico? Que dificuldade?
SIM NÃO NA NS/NR
(a) Porque não precisou 1 2 7 8
(b) Dificuldade de locomoção/transporte 1 2 7 8
(c) Dificuldade de acesso/demanda reprimida 1 2 7 8
(d) Dificuldade financeira para pagar 1 2 7 8
(e) Porque não tem ninguém para levar 1 2 7 8
(f) Porque tem medo de ir ao médico 1 2 7 8
(g) Por outra razão (especificar)_____________________ 1 2 7 8
125
125
26. O(a) Sr.(a) está satisfeito com os serviços médico que utiliza normalmente?
(1) Sim
(2) Não
(3) Não utiliza serviços médicos ou não precisa consultar médico há muito tempo
(Vá para questão 27 e marque N.A. para a questão 26a.)
(8) N.S. /N.R.
26a. Em geral, quais os problemas que mais lhe desagradam quando o(a) Sr.(a)
utiliza os serviços médicos?
ENTREVISTADOR: Não leia para o entrevistado as alternativas listadas.
Classifique as respostas nas categorias listadas, de acordo com as instruções do Manual para
esta pergunta. Na dúvida, registre a resposta do entrevistado no item “h”. Outros problemas.
SIM NÃO NA NS/NR
(a) O custo dos serviços médicos 1 2 7 8
(b) O custo dos medicamentos que são prescritos 1 2 7 8
(c) Os exames clínicos que são prescritos 1 2 7 8
(d) A demora para a marcação das consultas /exames 1 2 7 8
(e) O tempo de espera para ser atendido(a) no consultório 1 2 7 8
(f) O tratamento oferecido pelos médicos 1 2 7 8
(g) O tratamento oferecido pelo pessoal não médico 1 2 7 8
(h) Outro problema (especificar)_____________________ 1 2 7 8
27. Quando o(a) Sr.(a) necessita de tratamento dentário, onde ou a quem o(a) Sr.(a)
normalmente procura?
ENTREVISTADOR: Classifique a resposta e marque apenas uma alternativa
Nome de onde ou a quem procura: ________________________________________________
(0) Ninguém ou o entrevistado não procura o dentista há muito tempo. (Vá para questão
28 e marque N.A. para a questão 27a.)
(1) Serviço dentário de uma instituição PÚBLICA GRATUITA.
(2) Serviço dentário credenciado pelo seu PLANO DE SAÚDE
(3) Dentista PARTICULAR
(4) Outros (especifique): __________________________________________________
(8) N.S. /N.R.
27a. O Sr.(a) não procura um dentista há muito tempo porque não precisou ou
porque tem dificuldade para ir ao dentista? Que dificuldade?
SIM NÃO NA NS/NR
(a) Porque não precisou 1 2 7 8
(b) Dificuldade de locomoção/transporte 1 2 7 8
(c) Dificuldade de acesso/demanda reprimida 1 2 7 8
(d) Dificuldade financeira para pagar 1 2 7 8
(e) Porque não tem ninguém para levar 1 2 7 8
(f) Porque tem medo de ir ao dentista 1 2 7 8
(g) Por outra razão (especificar)_____________________ 1 2 7 8
126
126
28. Nos últimos três meses, o(a) Sr. (a):
SIM NÃO NS/NR
(a) Consultou o médico no consultório ou em casa 1 2 8
(b) Fez exames clínicos 1 2 8
(c) Fez tratamento fisioterápico 1 2 8
(d) Teve de ser socorrido(a) na Emergência 1 2 8
(e) Foi ao hospital / clínica para receber medicação 1 2 8
(f) Esteve internado em hospital ou clínica 1 2 8
(g) Foi ao dentista 1 2 8
28a. Dos serviços acima, qual (is) o(a) Sr.(a) utilizou mais de uma vez?
ENTREVISTADOR: Repita para o entrevistado apenas os itens citados na pergunta acima como
utilizados. Para os não utilizados marque NA.
SIM NÃO NA NS/NR
(a) Consultou o médico no consultório ou em casa 1 2 7 8
(b) Fez exames clínicos 1 2 7 8
(c) Fez tratamento fisioterápico 1 2 7 8
(d) Teve de ser socorrido(a) na Emergência 1 2 7 8
(e) Foi ao hospital / clínica para receber medicação 1 2 7 8
(f) Esteve internado em hospital ou clínica 1 2 7 8
(g) Foi ao dentista 1 2 7 8
29. O(a) Sr.(a) normalmente usa:
SIM NÃO NS/NR
(a) Dente postiço, dentadura, ponte 1 2 8
(b) Óculos ou lente de contato 1 2 8
(c) Aparelho de surdez 1 2 8
(d) Bengala 1 2 8
(e) Muleta 1 2 8
(f) Cadeira de rodas 1 2 8
29a. Atualmente, o(a) Sr.(a) está precisando ter ou trocar:
ENTREVISTADOR: Leia para o entrevistado apenas as ajudas mencionadas na questão anterior.
Marque as respostas correspondentes.
SIM NÃO NS/NR
(a) Dente postiço, dentadura, ponte 1 2 8
(b) Óculos ou lente de contato 1 2 8
(c) Aparelho de surdez 1 2 8
(d) Bengala 1 2 8
(e) Muleta 1 2 8
(f) Cadeira de rodas 1 2 8
(g) Outros (especificar)________________________________ 1 2 8
30. O(a) Sr.(a) toma remédio?
(1) Sim
(2) Não (Vá para questão 31 e marque N.A. para as questões 30a., 30b.
e 30c.)
(8) N.S./N.R.
127
127
30a. Que remédios o(a) Sr.(a) está tomando atualmente?
ENTREVISTADOR Se nenhum, vá para a questão 31 e marque NA para as questões 30b. e 30c.
NA NS/NR
(a) (especificar)__________________________________________ 97 98
(b) (especificar)__________________________________________ 97 98
(c) (especificar)__________________________________________ 97 98
30b. Quem receitou?
NA NS/NR
(a) (especificar)__________________________________________ 97 98
(b) (especificar)__________________________________________ 97 98
(c) (especificar)__________________________________________ 97 98
30c. Em geral quais são os problemas ou as dificuldades mais importantes que o(a)
Sr.(a) tem para obter os remédios que toma regularmente?
SIM NÃO NA NS/NR
(a) Problema financeiro 1 2 7 8
(b) Dificuldade de encontrar o remédio na farmácia 1 2 7 8
(c) Dificuldade em obter a receita de remédios controlados 1 2 7 8
(d) Outro problema ou dificuldade (especificar)__________ 1 2 7 8
31. No caso de o(a) Sr.(a) ficar doente ou incapacitado(a), que pessoa poderia cuidar do(a)
Sr.(a)?
(0) Nenhuma
(1) Esposo(a) / companheiro(a)
(2) Filho
(3) Filha
(4) Outra pessoa da família (especificar)______________________________________
(5) Outra pessoa de fora da família (especificar)_______________________________
(8) N.S./N.R.
128
128
Seção IV: Atividades da vida diária (AVD) (perguntas 32 a 35a.)
32. O(a) Sr.(a), capaz de fazer sozinho(a) as seguintes atividades:
ENTREVISTADOR: Leia para o entrevistado todas as perguntas e marque as alternativas
correspondentes.
No caso de o entrevistado ter colostomia ou usar cateter, marque NÃO em “o”.
SIM NÃO NS/NR
(a) Sair de casa utilizando um transporte (ônibus, van, táxi, etc.) 1 2 8
(b) Sair de casa dirigindo seu próprio carro 1 2 8
(c) Sair de casa para caminhar curtas distâncias pela vizinhança 1 2 8
(d) Preparar sua própria refeição 1 2 8
(e) Comer a sua refeição 1 2 8
(f) Arrumar a casa, a sua cama 1 2 8
(g) Tomar os seus remédios 1 2 8
(h) Vestir-se 1 2 8
(i) Pentear seus cabelos 1 2 8
(j) Caminhar em superfície plana 1 2 8
(k) Subir/descer escadas 1 2 8
(l) Deitar e levantar da cama 1 2 8
(m) Tomar banho 1 2 8
(n) Cortar as unhas dos pés 1 2 8
(o) Ir ao banheiro em tempo 1 2 8
33. Há alguém que ajuda o(a) Sr.(a) a fazer algumas tarefas como limpeza arrumação da
casa, vestir-se, ou dar recados quando precisa?
(1) Sim
(2) Não (Vá para questão 34 e marque N.A. para a questão 33a.)
(8) N.S./N.R.
33a. Qual a pessoa que mais lhe ajuda nessas tarefas?
ENTREVISTADOR: marque apenas uma alternativa
(1) Esposo(a) / companheiro(a)
(2) Filho
(3) Filha
(4) Uma outra pessoa da família (quem?)_____________________________________
(5) Um(a) empregado(a)
(6) Outro (quem?)_______________________________________________________
(7) N.A.
(8) N.S./N.R.
129
129
34. No seu tempo livre o(a) Sr.(a) faz (participa de) alguma dessas atividades:
ENTREVISTADOR: Leia para o entrevistado todas as perguntas e marque as alternativas
correspondentes.
SIM NÃO NS/NR
(a) Ouve rádio 1 2 8
(b) Assiste à televisão 1 2 8
(c) Lê jornal 1 2 8
(d) Lê revistas e livros 1 2 8
(e) Recebe visitas 1 2 8
(f) Vai ao cinema, teatro, etc 1 2 8
(g) Anda pelo seu bairro 1 2 8
(h) Vai à igreja (culto religioso) 1 2 8
(i) Vai a jogos (esportes) 1 2 8
(j) Pratica algum esporte, exercício físico 1 2 8
(k) Faz compras 1 2 8
(l) Sai para visitar os amigos(as) 1 2 8
(m) Sai para visitar os parentes 1 2 8
(n) Sai para passeios longos (excursão, viagens) 1 2 8
(o) Sai para encontros sociais ou comunitários (bailes, feiras, beneficentes) 1 2 8
(p) Costura, borda, tricota, faz crochê, pinta 1 2 8
(q) Faz alguma atividade para se distrair (bingo, cartas, xadrez, jardinagem) 1 2 8
(r) Outros (especifique)__________________________________________ 1 2 8
35. O(a) Sr.(a) está satisfeito(a) com as atividades que desempenha no seu tempo livre?
(1) Sim (Vá para questão 36 e marque N.A. para a questão 35a.)
(2) Não
(8) N.S./N.R.
35a. Quais são os principais motivos de sua insatisfação com as atividades que o(a)
Sr.(a) desempenha no seu tempo livre?
ENTREVISTADOR: Marque apenas uma alternativa
SIM NÃO NA NS/NR
(a) Problema com o custo financeiro 1 2 7 8
(b) Problema de saúde que o(a) impede 1 2 7 8
(c) Problema com falta de motivação para fazer as coisas (tédio, aborrecimento) 1 2 7 8
(d) Problema de transporte que limita seu acesso aos lugares que deseja ir 1 2 7 8
(e) Outras razões (especificar)________________________________________ 1 2 7 8
Seção V: Recursos Sociais (perguntas 36 a 41)
“Nesta seção, eu gostaria de lhe fazer algumas perguntas a respeito de suas relações de
amizade com as outras pessoas e a respeito de recursos que as pessoas idosas costumam
usar na sua comunidade.”
36. O (a) Sr.(a) está satisfeito(a) com o relacionamento que tem com as pessoas que moram
com o(a) Sr.(a)?
(0) Entrevistado(a) mora só
(1) Sim
(2) Não
(8) N.S./N.R.
130
130
37. Que tipo de ajuda ou assistência sua família oferece? (familiares que vivem / ou que não
vivem com o entrevistado).
ENTREVISTADOR: Leia para o entrevistado as alternativas listadas.
SIM NÃO NS/NR
(a) Dinheiro 1 2 8
(b) Moradia 1 2 8
(c) Companhia / cuidado pessoal 1 2 8
(d) Outro tipo de cuidado / assistência(especificar)________________________ 1 2 8
38. Que tipo de ajuda ou assistência o(a) Sr.(a) oferece para sua família?
ENTREVISTADOR: Leia para o entrevistado as alternativas listadas.
SIM NÃO NS/NR
(a) Dinheiro 1 2 8
(b) Moradia 1 2 8
(c) Companhia / cuidado pessoal 1 2 8
(d) Cuidar de criança 1 2 8
(e) Outro tipo de cuidado / assistência(especificar)________________________ 1 2 8
39. O(a) Sr.(a) está satisfeito(a) com o relacionamento que tem com seus amigos?
(0) Entrevistado(a) não tem amigos
(1) Sim
(2) Não
(8) N.S./N.R.
40. O(a) Sr.(a) está satisfeito(a) com o relacionamento que tem com seus vizinhos?
(0) Entrevistado(a) não tem relacionamento com seus vizinhos
(1) Sim
(2) Não
(8) N.S./N.R.
41. Na semana passada o(a) Sr.(a) recebeu visita de alguma destas pessoas?
SIM NÃO NS/NR
(a) Vizinhos / amigos 1 2 8
(b) Filhos(as) 1 2 8
(c) Outros familiares (especificar)_____________________________________ 1 2 8
(d) Outras pessoas (especificar)______________________________________ 1 2 8
Seção VI: Recursos Econômicos (perguntas 42 a 50)
42. Que tipo de trabalho (ocupação) o(a) Sr.(a) teve durante a maior parte de sua vida?
ENTREVISTADOR:
Anote o tipo de trabalho: _______________________________________
(01) Nunca trabalhou (Vá para questão 43 e marque N.A. para a questão 42a.)
(02) Dona de casa (Vá para questão 43 e marque N.A. para a questão 42a.)
(98) N.S./N.R.
131
131
42a. Por quanto tempo?
__________anos
(97) N.A.
(98) N.S./N.R.
43. Atualmente o(a) Sr.(A) trabalha? Por trabalho quero dizer qualquer atividade produtiva
remunerada.
(1) Sim (Vá para questão 44 e marque N.A. para a questão 43a.)
(2) Não
(8) N.S./N.R
43a. Com que idade o(a) Sr.(a) parou de trabalhar?
_________anos completos
(97) N.A.
(98) N.S./N.R.
44. De onde o(a) Sr.(a) tira o sustento de sua vida?
SIM NÃO NS/NR
(a) do próprio trabalho 1 2 8
(b) da própria aposentadoria 1 2 8
(c) da ajuda/pensão do(a) seu (sua) esposo(a)/companheiro(a) 1 2 8
(d) da ajuda de parentes ou amigos 1 2 8
(e) de aluguéis, investimentos 1 2 8
(f) Outras fontes (especificar)______________________________________ 1 2 8
45. Em média, qual é a sua renda mensal?
ENTREVISTADOR: Caso haja mais de uma fonte, anote a soma destes valores.
Rendimento mensal (Atenção! Valor líquido): R$ ____ ____. ____ ____ ____ ___, _0_ _0_
N.S./N.R. 8 0 0 0 0 0 0 8
45a.Qual é a renda média mensal das pessoas que vivem nesta residência? Não
preciso saber o valor exato, basta dizer-me o valor aproximado.
ENTREVISTADOR: Se o entrevistado vive sozinho e tem rendimento, repita o valor informado na
questão 45. Se o entrevistado vive sozinho e não tem rendimento, marque N.A. nesta questão e
na questão 45b.
Rendimento mensal (Atenção: valor líquido): R$ ____ ____. ____ ____ ____ ___, _0_ _0_
N.A 7 0 0 0 0 0 0 7
N.S./N.R. 8 0 0 0 0 0 0 8
45b. Quantas pessoas vivem do seu rendimento familiar, incluindo o(a) Sr.(a).
(Renda do entrevistado)
____________ pessoas incluindo o entrevistado.
(97). N.A.
(98) N.S./N.R.
132
132
46. Por favor, informe se, em sua casa / apartamento, existem ou estão funcionando em
ordem os seguintes itens:
ENTREVISTADOR: Leia para o entrevistado as alternativas listadas:
SIM NÃO NS/NR
(a) Água encanada 1 2 8
(b) Eletricidade 1 2 8
(c) Ligação com a rede de esgoto 1 2 8
(d) Geladeira/congelador 1 2 8
(e) Rádio 1 2 8
(f) Televisão 1 2 8
(g) Vídeo–cassete 1 2 8
(h) DVD 1 2 8
(i) Computador 1 2 8
(j) Telefone 1 2 8
(k) Automóvel 1 2 8
47. O(a) Sr.(a) é proprietário(a), aluga, ou usa de graça o imóvel onde reside?
ENTREVISTADOR: Para cada uma das três categorias (PROPRIEDADE, ALUGUEL OU USA DE
GRAÇA) verifique em qual o entrevistado se enquadra.
(Especifique apenas uma alternativa).
(1) Propriedade da pessoa entrevistada ou do casal
(2) Propriedade do cônjuge do entrevistado
(3) Alugado pelo entrevistado
(4) Morando em residência cedida sem custo para o entrevistado
(5) Outra categoria (especifique)____________________________________________
(5) N.S./N.R.
48. Em comparação a quanto o(a) Sr.(a) tinha 50 anos de idade, a sua atual situação
econômica é:
ENTREVISTADOR: Leia para o entrevistado as alternativas listadas.
(Marque apenas uma opção)
(1) Melhor
(2) A mesma
(3) Pior
(8) N.S./N.R.
49. Para suas necessidades básicas, o que o(a) Sr.(a) ganha:
ENTREVISTADOR: Leia para o entrevistado as alternativas listadas de 1 a 4.
(Marque apenas uma opção).
(1) Dá e sobra
(2) Dá na conta certa
(3) Sempre falta um pouco
(4) Sempre falta muito
(8) N.S./N.R.
50. OBSERVAÇÃO DO ENTREVISTADOR
: Qual é a condição da residência do(a)
entrevistado(a)?
(1) Ótima
(2) Boa
(3) Ruim
(4) Péssima
133
133
Seção VII: Saúde Mental (perguntas 51 a 73)
“É bastante comum as pessoas terem problemas de memória quando começam a
envelhecer. Deste modo, eu gostaria de lhe fazer algumas perguntas sobre este assunto.
Algumas perguntas talvez, não sejam apropriadas para o(a) Sr.(a), outras bastante
inadequadas, no entanto, eu gostaria que o(a) Sr.(a) levasse em conta que tenho que fazer
as mesmas perguntas para todas as pessoas.“
51. Esta pesquisa está sendo realizada pela UFSC – Universidade Federal de Santa
Catarina. Eu gostaria que o(a) Sr.(a) repetisse para mim este nome e guardasse na memória.
(1) Repete UFSC ou algo próximo
(2) Não consegue/não repete/não responde
52. Em que ano o(a) Sr.(a) nasceu? Ano do nascimento: _________________________
(1) Ano do nascimento aparentemente correto
(2) Informa ano do nascimento que: não corresponde à impressão do observador; ou é
inconsistente com a data anteriormente obtida; ou é obviamente errada; ou não sabe
ou fornece resposta incompleta.
53. Qual é o endereço de sua casa?
(1) Informa endereço correto
(2) Informa endereço incorreto; ou não sabe ou fornece informação incompleta
54. Há quanto tempo o(a) Sr(a) mora neste endereço? ____________anos
(1) Informação sobre tempo de residência aproximadamente correto/plausível
(2) Informa tempo de residência obviamente errado, ou não sabe.
55. O(a) Sr.(a) sabe o nome do atual presidente do Brasil?
(Anotar):_________________________________________________________________
(1) Nome do presidente correto/quase correto
(2) Informa nome incorreto ou não recorda nome do presidente
56. Em que mês do ano nós estamos? (Anotar): ________________________________
(1) Mês correto
(2) Informa incorretamente o mês ou não sabe
57. Em que ano nós estamos? (Anotar): ______________________________________
(1) Ano correto
(2) Informa incorretamente o ano ou não sabe
134
134
58. Eu gostaria que o(a) Sr.(a) colaborasse, fazendo alguns pequenos exercícios.
O(a) Sr.(a) poderia colocar as mãos sobre os seus joelhos?
ENTREVISTADOR: Marque SIM para correto e NÃO para incorreto.
SIM NÃO
(a) Por favor, toque com a mão direita o seu ouvido direito 1 2
(b) Agora com a mão esquerda o seu ouvido direito 1 2
(c) Agora com a mão direita o seu ouvido esquerdo 1 2
59. O(a) Sr.(a) se lembra do nome da Universidade que está realizando esta
pesquisa? Anotar: _____________________________________________________________
(1) UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina (ou algo próximo)
(2) Não se lembra ou fornece outros nomes
“Agora, eu gostaria de fazer-lhe algumas perguntas a respeito de como o(a) Sr.(a)
vem se sentindo ultimamente em relação a certas coisas. Vou começar perguntando sobre
suas últimas quatro semanas”.
60. O(a) Sr.(a) sentiu-se solitário(a) durante o último mês?
(1) Sim
(2) Não (Vá para questão 61 e marque N.A. para a questão 60a.)
(8) N.S./N.R.
60a. Com que freqüência o(a) Sr.(a) se sentiu solitário(a)?
(1) Sempre
(2) Algumas vezes
(7) N.A
(8) N.S./N.R.
61. O Sr.(a) esteve preocupado durante o último mês?
(1) Sim
(2) Não (Vá para questão 62 e marque N.A. para a questão 61a.)
(8) N.S./N.R.
61a. O(a) Sr.(a) esteve preocupado(a) no último mês em relação a que tipo de
coisa?
Anotar: _________________________________________________________________
ENTREVISTADOR: após esta introdução, segue-se o complemento desta pergunta:
O(a) Sr.(a) diria que se preocupa em relação a quase tudo?
(1) Sim
(2) Não
(7) N.A.
(8) N.S/N.R.
135
135
62. O(a) Sr.(a) tem alguma dificuldade para dormir?
ENTREVISTADOR: Se o entrevistado NÃO TEM DIFICULDADE PARA DORMIR, marque
NÃO na opção “a” e N.A. na opção “b”. Se ele tiver dificuldade em dormir, CONTINUE a questão,
sondando, como se segue:
O que impede o(a) Sr.(a) de dormir ou lhe faz acordar no meio da noite?
Anotar: _________________________________________________________________
O que é que o(a) Sr.(a) fica pensando quando está acordado na cama?
Anotar: _________________________________________________________________
O(a) Sr.(a) tem problema em dormir porque se sente tenso(a) ou preocupado(a)?
Anotar: _________________________________________________________________
Ou porque o(a) Sr.(a) se sente deprimido(a)?
Anotar: _________________________________________________________________
Ou devido a outras razões?
Anotar: _________________________________________________________________
SIM NÃO NA NS/NR
(a) Dificuldade para dormir 1 2 7 8
(b) Dificuldade para dormir devido a preocupação ou ansiedade,
depressão ou pensamento depressivo
1 2 7 8
63. O(a) Sr.(a) teve dor de cabeça no mês passado?
(1) Sim
(2) Não
(8) N.S./N.R.
64. O(a) Sr.(a) tem se alimentado bem no último mês?
(1) Sim (Vá para questão 65 e marque N.A. para a questão.64a.)
(2) Não
(8) N.S./N.R.
64a. Qual é o motivo do(a) Sr.(a) não estar se alimentando bem?
Anotar: _________________________________________________________________
(1) Não tem se alimentado bem por falta de apetite ou por estar deprimido(a)
preocupado(a)/nervoso(a)
(2) Outras razões
(7) N.A.
(8) N.S./N.R.
65. O(a) Sr.(a) sente que está ficando mais lerdo(a) ou com menos energia?
(1) Sim
(2) Não (Vá para questão 66 e marque N.A. para as questões 65a., 65b. e 65c.)
(8) N.S./N.R.
136
136
65a. Em alguma hora do dia o(a) Sr.(a) se sente mais lento(a) ou com menos
energia?
(0) Mais lento(a), com menos energia no período da manhã
(1) Mais lento(a), com menos energia em outros períodos do dia ou não especifica período
determinado.
(7) N.A.
(8) N.S./N.R.
65b. No último mês o(a) Sr.(a) tem estado com menos energia ou como de
costume?
(1) Com menos energia
(2) Como de costume ou com mais energia
(7) N.A.
(8) N.S./N.R.
65c. Atualmente o(a) Sr.(a) sente falta de energia para fazer suas coisas no
seu dia-a-dia?
(1) Sim, sinto falta de energia
(2) Não, não sinto falta de energia
(7) N.A.
(8) N.S./N.R.
66. Durante o último mês o(a) Sr.(a) se sentiu mais irritado(a)/zangado(a) do que de
costume?
(1) Sim
(2) Não
(8) N.S./N.R.
67. O(a) Sr.(a) sai de casa sempre que precisa ou quer sair?
(1) Sim (Vá para Q.68 e marque N.A. na Q.67a.)
(2) Não
(8) N.S./N.R.
67a. Como o(a) Sr.(a) se sente a respeito?
Anotar:__________________________________________________________________
(1) Fica chateado(a)/ aborrecido(a)
(2) Não fica chateado(a)/ aborrecido(a)
(7) N.A.
(8) N.S./N.R.
“Agora mais algumas perguntas rápidas sobre como o(a) Sr.(a) se sente:”
68. O(a) Sr.(a) tem se sentido triste ou deprimido(a) durante o último mês?
(1) Sim
(2) Não (Vá para questão 69 e marque N.A. para as questões 68a., 68b. e 68c.)
(8) N.S./N.R.
137
137
68a. O(a) Sr.(a) tem se sentido desta maneira por um período de apenas
poucas horas (ou menos) ou este estado se mantém por mais tempo?
(1) Triste ou deprimido(a) por um período maior que poucas horas
(2) Triste ou deprimido(a) por um período de poucas horas ou menos
(7) N.A.
(8) N.S./N.R.
68b. Quando o(a) Sr.(a) está se sentindo triste ou deprimido(a) a que horas
do dia o(a) Sr.(a) se sente pior?
(1) Pior no início do dia
(2) Pior em outros períodos ou em nenhum período particular
(7) N.A.
(8) N.S./N.R.
68c. O(a) Sr.(a) tem sentido vontade de chorar?
ENTREVISTADOR: Em caso negativo, anote a resposta Não, em caso afirmativo
pergunte:
O(a) Sr.(a) chorou no último mês?
Anotar: _________________________________________________________________
(1) Sim
(2) Não
(7) N.A.
(8) N.S./N.R.
69. Alguma vez durante o mês o(a) Sr.(a) sentiu que viver não valia a pena?
(1) Sim
(2) Não (Vá para questão 70 e marque N.A. para as questões 69a. e 69b.)
(8) N.S./N.R.
69a. No último mês o(a) Sr.(a) alguma vez sentiu que seria melhor estar
morto(a)?
(1) Sim
(2) Não (Vá para Q.70 e marque N.A. na Q.69b.)
(7) N.A.
(8) N.S./N.R.
69b. O(a) Sr.(a) pensou em fazer alguma coisa para acabar com sua vida?
ENTREVISTADOR: Em caso negativo marque resposta 1, caso afirmativo, pergunte:
a. Com que freqüência o(a) Sr.(a) teve este pensamento?
Anotar: _________________________________________________________________
b. O que o(a) Sr.(a) pensou em fazer para acabar com sua vida?
Anotar: _________________________________________________________________
c. O(a) Sr.(a) chegou a tentar acabar com sua vida?
Anotar: _________________________________________________________________
(1) Rejeita suicídio
(2) Apenas pensamentos suicidas
(3) Considerou seriamente um método de suicídio mas não o pôs em prática
(4) Tentou suicídio
(7) N.A.
(8) N.S./N.R.
138
138
70. O(a) Sr.(a) tem algum arrependimento em relação aos anos anteriores da sua
vida?
ENTREVISTADOR: Caso negativo marque resposta 0, caso afirmativo pergunte:
a. Existe alguma coisa que o(a) Sr(a) se culpa? O que?
Anotar: _________________________________________________________________
b. O(a) Sr.(a) pensa bastante no assunto?
Anotar: _________________________________________________________________
(0) Sem arrependimento
(1) Arrepende-se mas não se culpa
(2) Arrepende-se, culpa-se mas atualmente não pensa no assunto
(3) Arrepende-se, culpa-se e pensa bastante sobre o assunto
(8) N.S./N.R.
71. Quando o(a) Sr.(a) olha para o futuro, como o(a) Sr.(a) se sente, quais são as
suas expectativas para o futuro?
(1) Menciona expectativas e pensa no futuro
(2) Não menciona expectativas mas também não refere a nenhuma afirmação
negativa
(3) O futuro é descrito negativamente ou amedrontador ou insuportável
(8) N.S./N.R.
72. Atualmente o(a) Sr.(a) sente que perdeu o interesse ou a satisfação pelas
coisas?
(1) Sim
(2) Não (Vá para questão 73 e marque N.A. para a questão 72a.)
(8) N.S./N.R.
72a. O que o(a) Sr.(a) acredita ser a causa disto?
ENTREVISTADOR AVERIGUAR:”Isso é por que o(a) Sr.(a) tem se sentido doente,
deprimido(a) ou nervoso(a)?
(1) Perda de interesse causada por depressão/nervosismo
(2) Perda de interesse causada por outros motivos
(7) N.A.
(8)N.S./N.R.
73. De um modo geral, o(a) Sr.(a) se sente feliz nos dias atuais?
(1) Sim
(2) Não
(8) N.S./N.R
139
139
Seção VIII: Necessidades e Problemas que afetam o Entrevistado (perguntas
74 a 75)
74. Atualmente (da lista abaixo), quais são as suas principais necessidades ou
carências?
ENTREVISTADOR: Leia para o entrevistado todas as perguntas e marque as alternativas
correspondentes.
SIM NÃO NS/NR
(a) Carência econômica 1 2 8
(b) Carência de moradia 1 2 8
(c) Carência de transporte 1 2 8
(d) Carência de lazer 1 2 8
(e) Carência de segurança 1 2 8
(f) Carência de saúde 1 2 8
(g) Carência de alimentação 1 2 8
(h) Carência de companhia e contato pessoal 1 2 8
75. Para finalizar esta entrevista, eu gostaria que o(a) Sr.(a) me informasse qual o
problema mais importante do seu dia-a-dia.
ENTREVISTADOR: Anote apenas uma alternativa
(0) Entrevistado(a) não relata problemas importantes
(1) Problema econômico
(2) lema de saúde (deterioração da saúde física ou mental)
(3) O medo da violência
(4) Problema de moradia
(5) Problema de transporte
(6) Problemas familiares (conflitos)
(7) Problemas de isolamento (solidão)
(8) Preocupação com filhos/netos
(09) Outros problemas (especifique)_________________________________________
(98)N.S/N.R.
ENTREVISTADOR: LEIA PARA O(A) ENTREVISTADO(A) 0 PARÁGRAFO SEGUINTE:
“Muito obrigado(a) pela sua colaboração”.
O(a) Sr.(a) tem alguma pergunta que gostaria de fazer?
Anotar: _________________________________________________________________
________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
O(a) Sr.(a) gostaria de acrescentar alguma coisa a mais sobre o que já mencionou?
Anotar: _________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
140
140
Seção IX: Avaliação do Entrevistador (itens 1 a 6)
“Estas perguntas deverão ser respondidas pelo entrevistador imediatamente após
deixar a residência do(a) entrevistado(a)”
1. Tempo de duração da entrevista (especifique) ______________minutos
2. No geral, as respostas são confiáveis?
(1) Sim
(2) Não
3. No geral, o(a) entrevistado(a) entendeu as perguntas formuladas?
(1) Sim
(2) Não
4. Qual foi a reação do entrevistado com a entrevista:
(1) Positiva
(2) Negativa
5. Durante a entrevista, havia alguma outra pessoa presente:
(1) Sim
(2) Não(Vá para questão 6 e marque N.A. para as questões 5a. e 5b.)
5a. Você diria que a presença de uma outra pessoa afetou a qualidade da entrevista
em algum aspecto importante?
(1) Sim
(2) Não
(7) N.A
5b. Que efeito a presença desta pessoa teve na qualidade da entrevista?
(1) Positiva
(2) Negativa
(7) N.A
6. Por favor, faça alguma outra observação sobre a entrevista, que você julga
importante.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
141
141
ENTREVISTADOR: POR FAVOR, LEIA E ASSINE SEU NOME
Eu reli o questionário após a entrevista e certifico que todas as respostas às perguntas
formuladas foram anotadas de acordo com as respostas dadas pelo entrevistado e que todas as
colunas e espaços que requerem preenchimentos foram completados de acordo com as
instruções recebidas. Eu me comprometo a manter sob estrita confidencialidade o conteúdo das
perguntas, das respostas e dos comentários do entrevistado, como também sua identidade.
NOME DO ENTREVISTADOR:
__________________________________________________
SEXO DO ENTREVISTADOR
(1) Masculino
(2) Feminino
IDADE DO ENTREVISTADOR: ______________ ANOS COMPLETOS
______________________________________________________
ASSINATURA DO ENTREVISTADOR
DATA: ______/______/________.
NOME DO SUPERVISOR: __________________________________________________
142
142
ANEXO 4
Questionário International Physical Activity Questionnaire – IPAQ / Versão 8
– IDOSOS
143
143
QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE
FÍSICA – IPAQ
VERSÃO 8 / IDOSOS (FORMA LONGA, SEMANA TÍPICA)
DESCRIÇÃO DAS SEÇÕES
Seção I: Atividade Física no Trabalho
Esta seção, inclui atividades que a pessoa faz no seu trabalho, seja
remunerado ou voluntário. Incluindo atividades que faz na universidade, faculdade
ou escola. Não devem ser incluídas atividades domésticas como: cuidar do jardim
e da casa ou da família. Estas atividades serão incluídas na Seção III.
Seção II: Atividade Física como Meio de Transporte
As perguntas desta seção, estão relacionadas às atividades que a pessoa
realiza para deslocar-se de um lugar para outro. Devem ser incluídos os
deslocamentos para o trabalho (se a pessoa trabalha), encontros em grupo
comunitário, cinema, supermercado, lojas ou qualquer outro local.
Seção III: Atividade Física em Casa, Tarefas Domésticas e Atenção à Família
Esta seção, relaciona-se com às atividades que a pessoa realiza na sua
casa e ao redor de sua casa. Nestas atividades estão incluídas as tarefas no
jardim ou quintal, manutenção da casa e aquelas que a pessoa faz para tomar
conta da família.
Seção IV: Atividade Física de Recreação, Esporte, Exercício e Lazer
As perguntas desta seção, estão relacionadas às atividades que a pessoa
realiza em uma semana normal (habitual) unicamente por recreação, esporte,
exercício ou lazer. Devem ser incluídas somente as atividades físicas realizadas
144
144
por pelo menos dez minutos contínuos. Não incluir atividades que já foram
relatadas para as seções anteriores.
Seção V: Tempo que Passa Sentado
Esta seção contém uma pergunta sobre quanto tempo, em média, a
pessoa passa sentada em cada dia da semana. Devem ser incluídos o tempo que
passa sentado em casa, no trabalho, lendo, assistindo TV, visitando amigos,
sentado no ônibus, etc.
145
145
QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA
Versão 8 – Idosos (forma longa, semana típica)
Nome: ___________________________________________________________
Data da entrevista: _____/_____/_____ Idade: _____ anos completos
Nesta entrevista, estou interessado em saber que tipo de atividades físicas o (a)
Sr. (a) faz em uma semana normal (típica). Suas respostas ajudarão a entender
quão ativos são os idosos.
As perguntas que irei fazer estão relacionadas ao tempo que o (a) Sr. (a) gasta
fazendo atividades físicas no trabalho, em casa (no lar), nos deslocamentos a
ou de bicicleta e no seu tempo de lazer (esportes, exercícios, recreação).
y
Orientações ao Entrevistado
Portanto, o (a) Sr. (a) deve considerar como ATIVIDADES FÍSICAS, todo
movimento corporal que envolva algum esforço físico. Lembre-se que as
atividades físicas LEVES são aquelas atividades realizadas com tranqüilidade,
sem alteração nos batimentos cardíacos ou na respiração. As atividades físicas
MODERADAS são aquelas que exigem algum esforço físico e aumentam UM
POUCO os batimentos cardíacos e a respiração. E as atividades físicas
VIGOROSAS são aquelas que precisam de um GRANDE ESFORÇO FÍSICO,
fazem o coração bater MUITO FORTE e a respiração ficar ofegante.
Seção 1- Atividade Física no Trabalho
Esta seção, inclui as atividades que o (a) Sr. (a) faz no seu trabalho, seja ele remunerado ou
voluntário. Inclua as atividades que o (a) Sr. (a) faz na universidade, faculdade ou escola. O (a)
Sr. (a) NÃO deve incluir as tarefas domésticas, cuidar do jardim e da casa ou tomar conta da sua
família. Estas serão incluídas na Seção 3.
1a. Atualmente o (a) Sr. (a) tem ocupação remunerada ou faz trabalho voluntário fora de sua
casa?
___ Sim ___ Não
(Vá para a Seção 2 - Transporte)
y
Orientações ao
Entrevistado
9 As próximas questões são em relação ao tempo que o (a) Sr. (a)
passa no trabalho (fora de casa) seja ele remunerado ou voluntário.
9 Por favor NÃO INCLUA o transporte para o trabalho.
9 Pense apenas, naquelas atividades que durem pelo menos 10
minutos contínuos.
1b. Em quantos dias, de uma semana normal o (a) Sr. (a) participa (realiza) atividades
físicas VIGOROSAS, de forma contínua por PELO MENOS 10 MINUTOS (ex.: trabalho de
construção pesada, levantar e transportar objetos pesados, cortar madeira, cortar grama,
pintar casa, cavar valas)?
___ DIAS por semana ___ NÃO FAZ atividades físicas vigorosas
(Vá para a questão 1c)
DIA Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom
hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min.
TEMPO
146
146
1c. Em quantos dias, de uma semana normal o (a) Sr. (a) participa (realiza) atividades físicas
MODERADAS, de forma contínua por PELO MENOS 10 MINUTOS (ex.: levantar e transportar
pequenos objetos, limpar vidros, varrer ou limpar o chão, carregar crianças no colo, lavar
roupas com as mãos)?
___ DIAS por semana ___ NÃO FAZ atividades físicas moderadas
(Vá para a questão 1d)
DIA Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom
hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min.
TEMPO
1d. Em quantos dias, de uma semana normal o (a) Sr. (a) participa (realiza) CAMINHADAS
no seu trabalho, de forma contínua por PELO MENOS 10 MINUTOS?
y
Orientações ao
Entrevistado
9 Lembre-se que NÃO DEVE INCLUIR a caminhada que o (a) Sr. (a)
realiza COMO DESLOCAMENTO da sua casa para o trabalho ou do
trabalho para casa.
___ DIAS por semana ___ NÃO FAZ caminhadas
(Vá para a Seção 2 - Transporte)
DIA Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom
hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min.
TEMPO
Seção 2 - Atividade Física como Meio de Transporte
y
As perguntas desta seção estão relacionadas com as atividades que o (a) Sr. (a)
realiza para deslocar-se de um lugar para outro. O (a) Sr. (a) DEVE INCLUIR os
deslocamentos para o trabalho (se trabalha), encontros com grupos da Terceira Idade,
cinema, supermercado, lojas, etc.
2a. Em quantos dias, de uma semana normal, o (a) Sr. (a) anda de carro, ônibus, metrô ou
trem?
___ DIAS por semana ___ NÃO UTILIZA veículos a motor
(Vá para a questão 2b)
DIA Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom
hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min.
TEMPO
y
Orientações ao
Entrevistado
9 Agora, pense somente em relação aos deslocamentos que o (a) Sr.
(a) realiza A PÉ OU DE BICICLETA para ir de um lugar para outro.
NÃO INCLUA as atividades que você faz por diversão ou exercício.
2b. Em quantos dias, de uma semana normal o (a) Sr. (a) ANDA DE BICICLETA, por PELO
MENOS 10 MINUTOS contínuos, para ir de um lugar para outro?
___ DIAS por semana ___ NÃO anda de bicicleta
(Vá para a questão 2c)
DIA Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom
TEMPO hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min.
147
147
2c. Em quantos dias, de uma semana normal o (a) Sr. (a) CAMINHA, por PELO MENOS 10
MINUTOS contínuos, para ir de um lugar para outro?
___ DIAS por semana ___ NÃO FAZ caminhada
(Vá para a Seção 3)
DIA Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom
hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min.
TEMPO
Seção 3 - Atividade Física em Casa, Tarefas Domésticas e de Atenção à Família
y
As perguntas desta seção estão relacionadas com as atividades que o (a) Sr. (a)
realiza EM SUA CASA E NOS ARREDORES. Nestas atividades, ESTÃO INCLUÍDAS
as tarefas no jardim ou quintal, manutenção da casa e aquelas que o (a) Sr. (a) faz
para cuidar da sua família.
3a. Em quantos dias, de uma semana normal o (a) Sr. (a) participa (realiza) atividades físicas
VIGOROSAS, no jardim ou no quintal, de forma contínua por PELO MENOS 10 MINUTOS
(ex.: levantar e transportar objetos pesados, cortar madeira, cortar grama, pintar casa)?
___ DIAS por
semana
___ NÃO FAZ atividades físicas vigorosas
NO JARDIM OU QUINTAL
(Vá para a questão 3b)
DIA Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom
hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min.
TEMPO
3b. Em quantos dias, de uma semana normal o (a) Sr. (a) participa (realiza) atividades
físicas MODERADAS, no jardim ou no quintal, de forma contínua por PELO MENOS 10
MINUTOS (ex.: levantar e transportar pequenos objetos, limpar a garagem, jardinagem,
caminhar ou brincar com crianças)?
___ DIAS por semana ___ NÃO FAZ atividades físicas
moderadas NO JARDIM OU QUINTAL
(Vá para a questão 3c)
DIA Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom
hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min.
TEMPO
3c. Em quantos dias, de uma semana normal o (a) Sr. (a) participa (realiza) atividades físicas
MODERADAS, dentro de sua casa, de forma contínua por PELO MENOS 10 MINUTOS (ex.:
limpar vidros ou janelas, lavar roupas à mão, limpar banheiro, esfregar o chão, carregar
crianças pequenas no colo)?
___ DIAS por semana ___ NÃO FAZ atividades físicas
moderadas DENTRO DE CASA
(Vá para a seção 4)
DIA Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom
hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min.
TEMPO
148
148
Seção 4 - Atividade Física de Recreação, Esporte, Exercício e Lazer
y
As perguntas desta seção estão relacionadas com as atividades que o (a) Sr. (a)
realiza em uma semana normal (habitual) UNICAMENTE por recreação, esporte,
exercício ou lazer. Pense somente na atividades físicas que o (a) Sr. (a) realiza por
pelo menos 10 minutos contínuos. Por favor, NÃO INCLUA atividades que você já
tenha citado em seções anteriores.
3a. No seu tempo livre, SEM INCLUIR qualquer caminhada que você já tenha citado nas
questões anteriores, em quantos dias, de uma semana normal o (a) Sr. (a) CAMINHA, de
forma contínua por PELO MENOS 10 MINUTOS?
___ DIAS por
semana
___ NÃO FAZ caminhadas no tempo
livre
(Vá para a questão 4b)
DIA Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom
hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min.
TEMPO
4b. No seu tempo livre, durante uma semana normal em quantos dias, o (a) Sr. (a) participa
(realiza) atividades físicas VIGOROSAS por PELO MENOS 10 MINUTOS contínuos (ex.:
correr, nadar rápido, pedalar rápido, remo, musculação, esportes em geral)?
___ DIAS por semana ___ NÃO FAZ atividades físicas vigorosas
no tempo livre
(Vá para a questão 4c)
DIA Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom
hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min.
TEMPO
4c. No seu tempo livre, em uma semana normal, em quantos dias, de uma semana normal o
(a) Sr. (a) participa (realiza) atividades físicas MODERADAS, por PELO MENOS 10 MINUTOS
contínuos (ex.: pedalar em ritmo moderado, voleibol recreativo, natação, hidroginástica,
ginástica, dança)?
___ DIAS por semana ___ NÃO FAZ atividades físicas
moderadas no tempo livre
(Vá para a seção 5)
DIA Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom
hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min.
TEMPO
Seção 5 – Tempo que passa Sentado
y
Nesta última pergunta, preciso saber quanto tempo EM MÉDIA, o (a) Sr. (a) passa
sentado em cada dia da semana. INCLUA TODO O TEMPO que passa sentado EM
CASA, NO TRABALHO, LENDO, ASSISTINDO TV, CONVERSANDO COM OS
AMIGOS, SENTADO NO ÔNIBUS.
DIA Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom
hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min. hs. min.
TEMPO
149
149
ANEXO 5
Resultados do Estudo Piloto
150
150
Resultados do Estudo Piloto
Para a realização do Estudo Piloto definiu-se uma quota de duas
entrevistas por pesquisador. Nas datas de realização do Estudo Piloto o projeto
contava com apenas, 30 pesquisadores voluntários, totalizando em 60 o número
de entrevistas que deveriam ser realizadas no prazo de três dias.
Dentre os 60 roteiros distribuídos, foram realizados somente 33 (55%).
Das entrevistas não realizadas (n=27), cinco (19%) não foram realizadas por
desistência do entrevistado durante a entrevista, 10 (37%) por falta de tempo do
pesquisador e 12 (44%) por recusa do idoso selecionado.
O tempo para aplicação das entrevistas, em média, foi de 40 a 60 minutos
para 66% (n=22) delas, e de 61 a 120 minutos ou mais para 34% (n=11). De
acordo com a opinião dos entrevistadores, todas as entrevistas realizadas têm
respostas confiáveis, 97% (n=32) dos idosos compreenderam bem as perguntas
formuladas, somente 9,1% (n=3) tiveram uma reação negativa à entrevista e
60,6% (n=20) responderam à entrevista na presença somente do pesquisador.
Dos 33 idosos entrevistados para o Estudo Piloto, 7 (21,2%) eram homens
e 26 (78,8%) mulheres, a idade dos entrevistados variou de 60 a 78 anos, com
média de 66,76 (DP ± 11,7) e moda de 73 anos. Um dos entrevistados não
informou a idade. Quanto à região de moradia em Goiânia, os idosos estão
distribuídos em número de 12 (36,4%) para a Região Central/Campinas/Vale
Meia Ponte; 7 (21,2%) para a Região Oeste/Mendanha/Sudoeste; 5 (15,2%) para
a Região Leste/Sudeste; 6 (18,2%) para a Região Sul e 3 (9,1%) para a Região
Norte/Noroeste. A Figura 31 mostra a distribuição dos idosos por faixa de idade e
sexo. Pode-se observar uma maioria de mulheres para todas as faixas de idade.
151
151
9,4
3,1
0
9,4
18,8
25
28,1
6,3
0
5
10
15
20
25
30
60 a 64
anos
65 a 69
anos
70 a 74
anos
75 a 79
anos
% de idosos entrevistados (n = 33
)
masculino
feminino
Figura 31: Distribuição dos idosos por sexo e faixa de idade (Estudo Piloto).
A Tabela 24, mostra a distribuição dos idosos conforme algumas variáveis
sócio-demógraficas. Segundo a região brasileira de nascimento 42,45% dos
idosos residentes em Goiânia nasceram em estados da Região Centro-Oeste e
outros 30,3% nasceram em estados da Região Sudeste. Uma grande maioria
93,9% informa saber ler e escrever, mas somente 54,5% completou o ensino
fundamental. Quanto ao estado conjugal, 51,5% informou estar casado ou
morando junto com um companheiro e outros 30,3% estão viúvos. Dos idosos
entrevistados, somente três moram sozinhos, estando a maioria 90,9% morando
em domicílios multigeracionais.
Tabela 24
Aspectos sócio-demográficos dos idosos (Estudo Piloto).
Variáveis N (%)
Homens Mulheres Total
Região brasileira de
nascimento
Norte 0 2 (6,1) 2 (6,1)
Nordeste 1 (3,0) 4 (12,1) 5 (15,2)
Sudeste 3 (9,1) 7 (21,2) 10 (30,3)
Sul 0 1 (3,0) 1 (3,0)
Centro-Oeste 3 (9,1) 11 (33,3)
14 (42,45)
Alfabetização Sabe ler e escrever 7 (21,2) 24 (72,7)
31 (93,9)
Não sabe ler e escrever 0 2 (6,1) 2 (6,1)
152
152
Escolaridade máxima Nenhuma 0 1 (3,0) 1 (3,0)
Primário (até 4º) ano 4 (12,1) 10 (30,3)
14 (42,4)
1º Grau (ensino
fundamental)
1 (3,0) 3 (9,1) 4 (12,1)
2º Grau (ensino médio) 0 9 (27,3) 9 (27,3)
Curso superior (graduação) 2 (6,1) 1 (3,0) 3 (9,1)
Estado conjugal Casado(a)/morando junto 6 (18,2) 11 (33,3)
17 (51,5)
Viúvo 1 (3,0) 9 (27,3) 10 (30,3)
Divorciado(a)/separado(a) 0 4 (12,1) 4 (12,1)
Nunca casou-se 0 2 (6,1) 2 (6,1)
Com quem mora Mora sozinho(a) 0 3 (9,1) 3 (9,1)
De 1 a 5 pessoas 7 (21,2) 23 (69,7)
30 (90,9)
A Figura 32 mostra o grau de relacionamento das pessoas que moram
com o idoso. Pode-se perceber, que a proporção de cônjuges 45,5%, aparece
equilibrada à proporção de filhas 42,4% e netos(as) 39,4%, confirmando a
prevalência acentuada de domicílios multigeracionais.
90,9
45,5
3
18,2
42,4
6,1
39,4
12,1
9,1
0
20
40
60
80
100
mo
r
a
sozin
h
o
1
a 5 p
e
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o
a
s
c
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n
j
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filhos
f
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s
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n
e
t
o
s
(
a
s)
o
u
t
r
o
s
p
a
rente
s
% de idosos entrevistados (N=33)
Figura 32: Distribuição dos idosos por companhia na moradia (Estudo Piloto).
As variáveis sócio-econômicas apresentadas na Tabela 25, mostram que
63,6% dos idosos entrevistados não mais exercem alguma atividade ocupacional
remunerada. A grande maioria 94% pertence às classes “B” e ”C” de acordo com
os Critérios de Classificação Econômica para o Brasil (ANEP, 2000), estando
63,6% dos idosos morando em domicílios de propriedade dos mesmos ou do
casal. Os idosos, em 87,9% dos casos, informaram que sua situação financeira
atual está melhor ou igual há quando tinham 50 anos de idade, mesmo tendo
153
153
uma renda atual que “dá na conta certa” ou que “sempre falta um pouco” (75,8%)
para suprir suas necessidades básicas.
Tabela 25
Aspectos sócio-econômicos dos idosos (Estudo Piloto).
Variáveis N (%)
Homens Mulheres Total
Trabalha atualmente Sim 2 (6,1) 10 (30,3) 12 (36,4)
Não 5 (15,2) 16 (48,5)
21 (63,6)
Classificação econômica
ANEP
Classe “E” 0 0 0
Classe “D” 0 2 (6,1) 2 (6,1)
Classe “C” 5 (15,2) 14 (42,4)
19 (57,6)
Classe “B” 2 (6,1) 10 (30,3)
12 (36,4)
Classe “A” 0 0 0
Situação do domicílio Próprio do idoso(a)/casal 5 (15,2) 16 (48,5)
21 (63,6)
Próprio do cônjuge 0 1 (3,0) 1 (3,0)
Alugado pelo idoso(a) 0 3 (9,1) 3 (9,1)
Cedida sem custo ao idoso(a) 2 (6,1) 6 (18,2) 8 (24,2)
Situação financeira atual X
com 50 anos de idade Melhor 3 (9,1) 9 (27,3)
12 (36,4)
Igual 4 (12,1) 13 (39,4)
17 (51,5)
Pior 0 4 (12,1) 4 (12,1)
Relação renda X
necessidades básicas
Dá e sobra 2 (6,1) 5 (15,2) 7 (21,2)
Dá na conta certa 4 (12,1) 11 (33,3)
15 (45,5)
Sempre falta um pouco 1 (3,0) 9 (27,3)
10 (30,3)
Sempre falta muito 0 1 (3,0) 1 (3,0)
A Figura 33 mostra que, a aposentadoria, é a fonte de sustento mais
importante no orçamento familiar de 69,7% dos idosos entrevistados.
154
154
69,7
21,2
36,40
0
20
40
60
80
próprio trabalho aposentadoria ajuda de
parentes/amigos
% de idosos entrevistados (N=33
)
Figura 33: Fontes de sustento dos idosos (Estudo Piloto).
Sobre o envolvimento do idoso em atividades sociais, pode-se sugerir,
com base nos dados apresentados na Tabela 26 que, os entrevistados estão
relativamente saudáveis sob os aspectos de saúde funcional social. Somente
6,1% informou estar insatisfeito com sua vida em geral, 57,6% são atendidos por
algum plano de saúde, 42,4% se mostraram integrados socialmente a partir de
suas atividades realizadas no tempo livre tendo, as mesmas, uma aprovação de
90,9% deles.
Tabela 26
Aspectos de saúde funcional social dos idosos (Estudo Piloto).
Variáveis N (%)
Homens Mulheres Total
Satisfação geral com a vida Satisfeito(a) 6 (18,2) 25 (75,8)
31 (93,9)
Insatisfeito(a) 1 (3,0) 1 (3,0) 2 (6,1)
Atendimento médico que
procura
Público gratuito 3 (9,1) 6 (18,2) 9 (27,3)
Plano de saúde 2 (6,1) 17 (51,5)
19 (57,6)
Particular 2 (6,1) 3 (9,1) 5 (15,2)
Classificação participativa em
atividades no tempo livre Isolado(a) 2 (6,1) 5 (15,2) 7 (21,2)
Sociável 3 (9,1) 9 (27,3) 12 (36,4)
Integrado(a) 2 (6,1) 12 (36,4)
14 (42,4)
Satisfação com atividades no
tempo livre Satisfeito(a) 6 (18,2) 24 (72,7)
30 (90,9)
Insatisfeito(a) 1 (3,0) 2 (6,1) 3 (9,1)
155
155
Ao observar-se a distribuição dos idosos entrevistados por tipo de
atividade realizada no tempo livre, percebe-se que assistir TV (93,9%), fazer
compras (84,8%), receber visitas e/ou visitar familiares (78,8%) e ir à cultos
religiosos (75,8%), são as cinco atividades mais procuradas pelos idosos. É
lamentável que, atividades como ler jornais, revistas e livros, ir à cinemas e
teatros e participar de jogos de salão como xadrez, quebra-cabeças, bingo,
dominó, cartas, não estejam fazendo parte do universo social destes idosos
(Figura 34)
54,5
93,9
0,0 0,0
78,8
0,0
63,6
75,8
12,1
45,5
84,8
69,7
78,8
51,5
45,5
42,4
0,0
0
20
40
60
80
100
ouve
di
o
assist
e
TV
jornal
l
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de
quadr
a/
cam
po
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s
f
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r
abal
hos
man
uais
jogos de s
al
ão
% de idosos entrevistados (n = 33)
Figura 34: Distribuição dos idosos por tipo de atividade realizada no tempo livre (Estudo Piloto).
Nos aspectos de saúde funcional física e psicológica, os dados
encontrados pedem uma reflexão mais atenta à esta dimensão. Apesar de 63,6%
dos idosos haverem informado que se auto-percebem em bom estado de saúde,
84,8% pensam que seu estado de saúde se manteve ou piorou nos últimos cinco
anos. Porém, quando se comparam a seus pares, relatam estar em melhores
condições de saúde que eles (66,7%). Quando se observa, os aspectos de
percepção da presença de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), 72,7%
referem possuir, pelo menos duas delas, dando maior destaque à hipertensão
39,4% (Figura 35). A classificação do Índice de Massa Corporal (IMC) leva 85,7%
156
156
21,2
9,1
12,1
39,4
9,1
6,1 6,1
33
9,1
0
5
10
15
20
25
30
35
40
art
r
ite/ar
t
r
o
se
col
una
diabetes
gastrite
hi
pe
r
t
ensão
osteoporose
varizes
m
ialgi
a
outras
% de idosos entrevistados (N=33
)
dos idosos à uma classificação que supera a “faixa recomendável” pela de
“sobrepeso”. Em relação a dois comportamentos de risco relacionados à saúde
como o uso de fumo e álcool, os idosos apresentaram um bom comportamento;
onde, 75,8%, nunca fumou e 63,6% nunca bebeu ou bebe somente quando,
raramente, participa de eventos sociais. Quanto ao nível de capacidade funcional
(NCF), 69,7% foram classificados como ‘independentes’. A saúde psicológica não
apresentou dados alarmantes, visto que, 90,6% foram classificados como fora de
suspeita para Síndrome Cerebral Orgânica (SCO) no que se refere a deficiência
cognitiva e 57,6% para depressão. Quanto ao nível de atividade física habitual
(NAFH), 57,6% dos idosos foram classificados como “ativos” ou “muito ativos” a
partir da soma dos METs min/semana gastos em atividades ocupacionais, de
deslocamento, domésticas e de exercício/lazer (Tabela 27)
Figura 35: Problemas de saúde percebidos/referidos pelos idosos (Estudo Piloto).
157
157
Tabela 27
Aspectos de saúde funcional física e psicológica dos idosos (Estudo Piloto).
Variáveis N (%)
Homens Mulheres Total
Auto-percepção do estado de
saúde
Ótima 2 (6,1) 3 (9,1) 5 (15,2)
Boa 3 (9,1) 18 (54,5)
21 (63,6)
Ruim 2 (6,1) 5 (15,2) 7 (21,2)
Saúde atual X últimos 5 anos Melhor 1 (3,0) 4 (12,1) 5 (15,2)
Igual 4 (12,1) 13 (39,4)
17 (51,5)
Pior 2 (6,1) 9 (27,3)
11 (33,3)
Saúde atual X pares Melhor 4 (12,1) 18 (54,5)
22 (66,7)
Igual 3 (9,1) 7 (21,2) 10 (30,3)
Não respondeu 0 1 (3,0) 1 (3,0)
Percebe/refere problemas de
saúde (DCNT)
Sim 4 (12,1) 20 (60,6)
24 (72,7)
Não 3 (9,1) 6 (18,2) 9 (27,3)
Classificação do IMC Baixo peso 0 1 (3,6) 1 (3,6)
Faixa recomendável 3 (10,7) 8 (28,6)
11 (39,3)
Sobrepeso 4 (14,3) 9 (32,1)
13 (46,4)
Obesidade 0 3 (10,7) 3 (10,7)
Não informaram peso ou
estatura
2 (6,1) 3 (9,1) 5 (15,2)
Uso de fumo Sim 2 (6,1) 2 (6,1) 4 (12,1)
Nunca fumou 4 (12,1) 21 (63,6)
25 (75,8)
Parou de fumar 1 (3,0) 3 (9,1) 4 (12,1)
Uso de álcool Sim 3 (9,1) 5 (15,2) 8 (24,2)
Nunca bebeu/bebe raramente 3 (9,1) 18 (54,5)
21 (63,6)
Parou de beber 1 (3,0) 3 (9,1) 4 (12,1)
Classificação do NCF por AVDs Frágil 3 (9,1) 7 (21,2) 10 (30,3)
Independente 4 (12,1) 19 (57,6)
23 (69,7)
Classificação para SCO DCog Sem suspeita 5 (15,6) 24 (75,0)
29 (90,6)
Suspeitos 1 (3,1) 1 (3,1) 2 (6,3)
Prováveis casos 1 (3,1) 0 1 (3,1)
Classificação para SCO Dp Sem suspeita 4 (12,1) 15 (45,5)
19 (57,6)
Suspeitos 1 (3,0) 3 (9,1) 4 (12,1)
Prováveis casos 2 (6,1) 8 (24,2) 10 (30,3)
Classificação do NAFH por
METs min/sem
Inativo 3 (9,1) 5 (15,2) 8 (24,2)
Insuf. Ativo 2 (6,1) 4 (12,1) 6 (18,2)
Ativo 0 5 (15,2)
5 (15,2)
Muito Ativo 2 (6,1) 12 (36,4)
14 (42,4)
Sobre o tempo que permanece sentado durante uma semana e um final de
semana habitual, encontrou-se os seguintes intervalos:
Tempo sentado min/dia
Média DP
Durante a semana 242,7 (4 a 4,5h) 137,3 (2 a 2,5h)
Durante o final de semana 229,9 (3,5 a 4h) 147,3 (2 a 2,5h)
158
158
ANEXO 6
Matriz de Análise
159
159
Quadro 2
Matriz de análise para aspectos sócio-demográficos
Variável Categoria Cód. Critério Escala
Aspectos Sócio-demográficos
Sexo Masculino 1 Referido Categ./nominal
Feminino 2 Referido Categ./nominal
Idade em anos completos Referido Cont./razão
Faixa de idade 60 a 64 1 Discretização Categ./ordinal
65 a 69 2 Discretização Categ./ordinal
70 a 74 3 Discretização Categ./ordinal
75 a 79 4 Discretização Categ./ordinal
80 e + 5 Discretização Categ./ordinal
País de nascimento Brasil 1 Referido Categ./nominal
Outros 2 Referido Categ./nominal
Região brasileira de
nascimento
Região Norte 1 Referido Categ./nominal
Região Nordeste 2 Referido Categ./nominal
Região Sudeste 3 Referido Categ./nominal
Região Sul 4 Referido Categ./nominal
Região Centro-Oeste 5 Referido Categ./nominal
Tempo de moradia em Goiânia Referido Cont./razão
Faixa de tempo de moradia
em Goiânia
< 10 anos 0 Discretização Categ./ordinal
11 a 20 anos 1 Discretização Categ./ordinal
21 a 30 anos 2 Discretização Categ./ordinal
31 a 40 anos 3 Discretização Categ./ordinal
41 a 50 anos 4 Discretização Categ./ordinal
51 a 60 anos 5 Discretização Categ./ordinal
> 61 anos 6 Discretização Categ./ordinal
Escolaridade máxima Nenhuma 1 Referido Categ./ordinal
Primário (até o 4º
ano)
2 Referido Categ./ordinal
Ginásio ou 1º grau
completo (Ensino
Fundamental)
3 Referido Categ./ordinal
2º grau completo
(Ensino Médio)
4 Referido Categ./ordinal
Curso superior
(Graduação)
5 Referido Categ./ordinal
Pós-Graduação 6 Referido Categ./ordinal
Estado conjugal
Casado/morando
junto
1 Referido Categ./nominal
Viúvo (a) 2 Referido Categ./nominal
Divorciado(a) /
separado (a)
3 Referido Categ./nominal
160
160
Nunca casou 4 Referido Categ./nominal
Tempo de união conjugal Referido Cont./razão
Faixa de tempo de união
conjugal
< 10 anos 0 Discretização Categ./ordinal
11 a 20 anos 1 Discretização Categ./ordinal
21 a 30 anos 2 Discretização Categ./ordinal
31 a 40 anos 3 Discretização Categ./ordinal
41 a 50 anos 4 Discretização Categ./ordinal
51 a 60 anos 5 Discretização Categ./ordinal
> 61 anos 6 Discretização Categ./ordinal
Idade do cônjuge Referido Cont./razão
Faixa de idade do cônjuge 60 a 64 1 Discretização Categ./ordinal
65 a 69 2 Discretização Categ./ordinal
70 a 74 3 Discretização Categ./ordinal
75 a 79 4 Discretização Categ./ordinal
80 e + 5 Discretização Categ./ordinal
Nº da prole Filhos Referido Cont./razão
Filhas Referido Cont./razão
Total Referido Cont./razão
Faixa de nº total de filhos(as) Nenhum 0 Discretização Categ./ordinal
1 a 5 1 Discretização Categ./ordinal
Faixa de nº total de filhos(as) 6 a 10 2 Discretização Categ./ordinal
11 a 15 3 Discretização Categ./ordinal
16 e + 4 Discretização Categ./ordinal
Nº de pessoas que moram
com o idoso
Referido Cont./razão
Faixa de nº de pessoas que
moram com o idoso
Ninguém 0 Discretização Categ./ordinal
1 a 5 1 Discretização Categ./ordinal
6 a 10 2 Discretização Categ./ordinal
Quem mora com o idoso
Esposo(a) /
companheiro(a)
1 Referido Categ./nominal
Pais 1 Referido Categ./nominal
Filhos 1 Referido Categ./nominal
Filhas 1 Referido Categ./nominal
Irmãos(ãs) 1 Referido Categ./nominal
Netos(as) 1 Referido Categ./nominal
Outros parentes 1 Referido Categ./nominal
Amigos (as) 1 Referido Categ./nominal
Empregado(a) 1 Referido Categ./nominal
Ninguém 2 Referido Categ./nominal
Observação do entrevistador Idade aceitável 1 Referido Categ./nominal
Idade incorreta 2 Referido Categ./nominal
161
161
Quadro 3
Matriz de análise para aspectos sócio-econômicos
Variável Categoria Cód Critério Escala
Aspectos Sócio-econômicos
Auto-percepção da vida em
geral
Satisfeito 1 Referido Categ./ordinal
Insatisfeito 2 Referido Categ./ordinal
Motivos de insatisfação com
a vida
Financeiro 1 Referido Categ./nominal
Saúde 1 Referido Categ./nominal
Moradia 1 Referido Categ./nominal
Transporte 1 Referido Categ./nominal
Relacionamentos 1 Referido Categ./nominal
Ociosidade 1 Referido Categ./nominal
Nenhum 2 Referido Categ./nominal
Tipo de trabalho durante a
vida
Nunca trabalhou 1 Referido Categ./nominal
Dona de casa 2 Referido Categ./nominal
Outro tipo de trabalho Administrativo 1 Referido Categ./nominal
Comércio 1 Referido Categ./nominal
Constr. civil 1 Referido Categ./nominal
Outro tipo de trabalho Func. público 1 Referido Categ./nominal
Manutenção 1 Referido Categ./nominal
Motorista 1 Referido Categ./nominal
Professor 1 Referido Categ./nominal
Rural 1 Referido Categ./nominal
Trab. domésticos 1 Referido Categ./nominal
Trab. manuais 1 Referido Categ./nominal
Tempo de trabalho Referido Cont./razão
Faixa de tempo de trabalho < 10 anos 0 Discretização Categ./ordinal
11 a 20 anos 1 Discretização Categ./ordinal
21 a 30 anos 2 Discretização Categ./ordinal
31 a 40 anos 3 Discretização Categ./ordinal
41 a 50 anos 4 Discretização Categ./ordinal
51 a 60 anos 5 Discretização Categ./ordinal
> 61 anos 6 Discretização Categ./ordinal
Trabalho atual Sim 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Idade que parou de trabalhar < 49 anos 1 Discretização Categ./ordinal
50 a 54 anos 2 Discretização Categ./ordinal
55 a 59 anos 3 Discretização Categ./ordinal
60 a 64 anos 4 Discretização Categ./ordinal
65 a 69 anos 5 Discretização Categ./ordinal
70 a 74 anos 6 Discretização Categ./ordinal
162
162
> 75 anos 7 Discretização Categ./ordinal
Renda média mensal do
idoso
Referido Cont./razão
Faixa de renda média
mensal do idoso
> R$ 3.901,00 0 Discretização Categ./ordinal
R$ 2.601,00 a R$ 3.900,00 1 Discretização Categ./ordinal
R$ 1.301,00 a R$ 2.600,00 2 Discretização Categ./ordinal
R$ 781,00 a R$ 1.300,00 3 Discretização Categ./ordinal
R$ 261,00 a R$ 780,00 4 Discretização Categ./ordinal
< R$ 260,00 5 Discretização Categ./ordinal
Renda média mensal da
família
Referido Cont./razão
Faixa de renda média
mensal da família
> R$ 3.901,00 0 Discretização Categ./ordinal
R$ 2.601,00 a R$ 3.900,00 1 Discretização Categ./ordinal
R$ 1.301,00 a R$ 2.600,00 2 Discretização Categ./ordinal
R$ 781,00 a R$ 1.300,00 3 Discretização Categ./ordinal
R$ 261,00 a R$ 780,00 4 Discretização Categ./ordinal
< R$ 260,00 5 Discretização Categ./ordinal
Pontuação ANEP A (1 e 2) 1 Categ./ordinal
B (1 e 2) 2 Categ./ordinal
C 3 Categ./ordinal
D 4 Categ./ordinal
E 5
ANEP, 2000
Categ./ordinal
Tipo do domicílio Próprio/do casal 1 Referido Categ./nominal
Próprio 2 Referido Categ./nominal
Alugado 3 Referido Categ./nominal
Cedido 4 Referido Categ./nominal
Outra 5 Referido Categ./nominal
Comparação renda atual X
50 anos de idade
Melhor 1 Referido Categ./ordinal
Igual 2 Referido Categ./ordinal
Pior 3 Referido Categ./ordinal
Rendimentos X
necessidades básicas
Dá e sobra 1 Referido Categ./ordinal
Dá na conta certa 2 Referido Categ./ordinal
Sempre falta um pouco 3 Referido Categ./ordinal
Sempre falta muito 4 Referido Categ./ordinal
Procura por atendimento
médico
Ninguém/não procura há
muito tempo
0 Referido Categ./nominal
Público gratuito 1 Referido Categ./nominal
Plano de saúde 2 Referido Categ./nominal
Particular 3 Referido Categ./nominal
Outros 4 Referido Categ./nominal
Satisfação com os serviços Sim 1 Referido Categ./nominal
163
163
médicos
Não 2 Referido Categ./nominal
Procura por atendimento
dentário
Ninguém/não procura há
muito tempo
0 Referido Categ./nominal
Público gratuito 1 Referido Categ./nominal
Plano de saúde 2 Referido Categ./nominal
Particular 3 Referido Categ./nominal
Outros 4 Referido Categ./nominal
Atendimentos nos últimos 3
meses
Médico 1 Referido Categ./nominal
Exames Clínicos 1 Referido Categ./nominal
Fisioterapia 1 Referido Categ./nominal
Emergência 1 Referido Categ./nominal
Medicação no hospital 1 Referido Categ./nominal
Internação 1 Referido Categ./nominal
Odontológico 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Satisfação com
relacionamento familiar
Mora só 0 Referido Categ./nominal
Sim 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Satisfação com
relacionamento com os
amigos
Não tem 0 Referido Categ./nominal
Sim 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Satisfação com
relacionamento com os
vizinhos
Não se relaciona 0 Referido Categ./nominal
Sim 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Principal
necessidade/carência
Econômica 1 Referido Categ./nominal
Habitacional 1 Referido Categ./nominal
Transporte 1 Referido Categ./nominal
Lazer 1 Referido Categ./nominal
Segurança 1 Referido Categ./nominal
Saúde 1 Referido Categ./nominal
Nutricional 1 Referido Categ./nominal
Companhia pessoal 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Principal problema diário Nenhum 0 Referido Categ./nominal
Econômica 1 Referido Categ./nominal
Saúde 2 Referido Categ./nominal
Violência 3 Referido Categ./nominal
Moradia 4 Referido Categ./nominal
Transporte 5 Referido Categ./nominal
Conflitos familiares 6 Referido Categ./nominal
164
164
Solidão 7 Referido Categ./nominal
Preocupação c/ filhos 8 Referido Categ./nominal
Outros 9 Referido Categ./nominal
Quadro 4
Matriz de análise para aspectos de saúde física
Variável Categoria Cód Critério Escala
Aspectos de Saúde
Física
Auto-percepção da
saúde
Ótima 1 Referido Categ./ordinal
Boa 2 Referido Categ./ordinal
Ruim 3 Referido Categ./ordinal
Péssima 4 Referido Categ./ordinal
Comparação saúde X
últimos 5 anos
Melhor 1 Referido Categ./ordinal
Igual 2 Referido Categ./ordinal
Pior 3 Referido Categ./ordinal
Comparação com os
pares
Melhor 1 Referido Categ./ordinal
Igual 2 Referido Categ./ordinal
Pior 3 Referido Categ./ordinal
Problema de saúde
atualmente
Sim 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Problema de saúde
referido
Artrite/artrose 1 Referido Categ./nominal
Cataratas 1 Referido Categ./nominal
Depressão 1 Referido Categ./nominal
Diabetes 1 Referido Categ./nominal
Disfunção cardíaca 1 Referido Categ./nominal
Dislipidemia 1 Referido Categ./nominal
Doença de Chagas 1 Referido Categ./nominal
Gastrite 1 Referido Categ./nominal
Hipertensão 1 Referido Categ./nominal
Incontinência
urinária
1 Referido Categ./nominal
Labirintite 1 Referido Categ./nominal
Osteoporose/osteop
enia
1 Referido Categ./nominal
Prob. Coluna 1 Referido Categ./nominal
Respiratórios 1 Referido Categ./nominal
Reumatismo 1 Referido Categ./nominal
Varizes 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Auto-percepção do
estado da visão
Cego(a) 0 Referido Categ./ordinal
Ótima 1 Referido Categ./ordinal
165
165
Boa 2 Referido Categ./ordinal
Ruim 3 Referido Categ./ordinal
Péssima 4 Referido Categ./ordinal
Auto-percepção do
estado da audição
Ótima 1 Referido Categ./ordinal
Boa 2 Referido Categ./ordinal
Ruim 3 Referido Categ./ordinal
Péssima 4 Referido Categ./ordinal
Auto-percepção do
estado dos dentes
Ótimo 1 Referido Categ./ordinal
Bom 2 Referido Categ./ordinal
Ruim 3 Referido Categ./ordinal
Péssimo 4 Referido Categ./ordinal
Dentes que faltam Não faltam 1 Referido Categ./ordinal
Faltam poucos 2 Referido Categ./ordinal
Falta a maioria 3 Referido Categ./ordinal
Uso de prótese dentária Sim 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Peso (kg) Referido Cont./razão
Estatura (m) Referido Cont./razão
MC (Kg)
Índice de Massa
Corporal (IMC)
(ESTATURA)
2
Cont./razão
Classificação do IMC Baixo peso 0 Categ./ordinal
Faixa recomendável 1 Categ./ordinal
Sobrepeso 2 Categ./ordinal
Obesidade 3
Critério de Cabrera
& e Jacob Filho,
2001; Anjos, 1992;
Barreto, 2003 e
Marcenes, 2003
Categ./ordinal
Uso de fumo Sim 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Anos de uso de fumo Referido Cont./razão
Anos que parou de fumar Referido Cont./razão
Problemas causados
pelo uso do fumo
Saúde 1 Referido Categ./nominal
Relacionamento 1 Referido Categ./nominal
Financeiro 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Uso de álcool Sim 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Anos de uso de álcool Referido Cont./razão
166
166
Anos que parou de usar
álcool
Referido Cont./razão
Problemas causados
pelo uso do álcool
Saúde 1 Referido Categ./nominal
Relacionamento 1 Referido Categ./nominal
Financeiro 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Uso de próteses e/ou
órteses
Dentária 1 Referido Categ./nominal
Visual 1 Referido Categ./nominal
Auditiva 1 Referido Categ./nominal
Bengala 1 Referido Categ./nominal
Muleta 1 Referido Categ./nominal
Cadeira de rodas 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Refere uso de remédios Sim 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Quadro 5
Matriz de análise para aspectos de saúde funcional
Variável Categoria Cód Critério Escala
Aspectos de Saúde Funcional
Problema de saúde incapacitante Sim 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Problema de visão incapacitante Sim 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Problema de audição incapacitante Sim 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Problema dentário incapacitante Sim 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Cuidador em caso de
doença/incapacidade Ninguém 0 Referido Categ./nominal
Esposo(a) /
companheiro(a) 1 Referido Categ./nominal
Filhos
2 Referido Categ./nominal
Filhas
3 Referido Categ./nominal
Outro parente 4 Referido Categ./nominal
Outra pessoa 5 Referido Categ./nominal
Nível de Capacidade Funcional
(NCF)
Arbitrário p/
pontos de corte e
escores
Cont./razão
167
167
Classificação do NCF Dependente 1 Categ./ordinal
Frágil 2 Categ./ordinal
Independente 3
Mazo et al (2001)
e Spirduso (1995)
Categ./ordinal
Nível de Integração Social
Participativa (NISP)
Arbitrário p/
pontos de corte e
escores Cont./razão
Classificação do (NISP) Isolado 1 Categ./ordinal
Sociável 2 Categ./ordinal
Integrado 3
Arbitrário p/
pontos de corte e
escores Categ./ordinal
Satisfação com atividades sócio-
participativas Sim 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Quadro 6
Matriz de análise para aspectos de saúde mental
Variável Categoria Cód Critério Escala
Aspectos de Saúde Mental
Pontos para Debilidade
Cognitiva (DCog)
Veras & Dutra (2000) Cont./razão
Classificação para Dcog Sem suspeita 1 Categ./ordinal
Suspeitos 2 Categ./ordinal
Prováveis casos 3
Veras & Coutinho
(1991
Categ./ordinal
Pontos para Depressão (Dp) Veras & Dutra (2000) Cont./razão
Classificação para Dp Sem suspeita 1 Categ./ordinal
Suspeitos 2 Categ./ordinal
Prováveis casos 3
Veras & Coutinho
(1991)
Categ./ordinal
Quadro 7
Matriz de análise para aspectos de atividade física habitual
Variável Categoria Cód Critério Escala
Aspectos de Atividade
Física Habitual
Exerce ocupação
remunerada/voluntária
Sim 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Dias/semana de AF Referido Cont./razão
168
168
vigorosa no trabalho
Minutos/dia de AF vigorosa
no trabalho
Referido Cont./razão
MET min/sem para AF
vigorosa no trabalho
IPAQ Research Committee
(2004) & Craig et al (2003) Cont./razão
Dias/semana de AF
moderada no trabalho Referido Cont./razão
Minutos/dia de AF
moderada no trabalho Referido Cont./razão
MET min/sem para AF
moderada no trabalho
IPAQ Research Committee
(2004) & Craig et al (2003) Cont./razão
Dias/semana de AF
caminhada no trabalho
Referido Cont./razão
Minutos/dia de AF
caminhada no trabalho Referido Cont./razão
MET min/sem para AF
caminhada no trabalho
IPAQ Research Committee
(2004) & Craig et al (2003) Cont./razão
MET min/sem para AF
Ocupacional
IPAQ Research Committee
(2004) & Craig et al (2003) Cont./razão
Classificação do NAFH
Ocupacional por MET
min/sem Araújo, (2004) Categ./ordinal
Dias/semana de AF
deslocamento com veículos
a motor
Referido Cont./razão
Minutos/dia de AF
deslocamentos com
veículos a motor Referido Cont./razão
Dias/semana de AF
deslocamento com bicicleta Referido Cont./razão
Minutos/dia de AF
deslocamentos com
bicicleta Referido Cont./razão
MET min/sem para AF
deslocamentos com
bicicleta
IPAQ Research Committee
(2004) & Craig et al (2003)
Cont./razão
Dias/semana de AF
deslocamento por
caminhada Referido Cont./razão
169
169
Minutos/dia de AF
deslocamentos por
caminhada Referido Cont./razão
MET min/sem para AF
deslocamentos por
caminhada
IPAQ Research Committee
(2004) & Craig et al (2003)
Cont./razão
MET min/sem para AF
Deslocamento
IPAQ Research Committee
(2004) & Craig et al (2003)
Cont./razão
Classificação do NAFH
Deslocamento por MET
min/sem
Araújo, (2004) Categ./ordinal
Dias/semana de AF
vigorosa no jardim ou
quintal Referido Cont./razão
Minutos/dia de AF vigorosa
no jardim ou quintal Referido Cont./razão
MET min/sem para AF
vigorosa no jardim ou
quintal
IPAQ Research Committee
(2004) & Craig et al (2003)
Cont./razão
Dias/semana de AF
moderada no jardim ou
quintal Referido Cont./razão
Minutos/dia de AF
moderada no jardim ou
quintal Referido Cont./razão
MET min/sem para AF
moderada no jardim ou
quintal
IPAQ Research Committee
(2004) & Craig et al (2003)
Cont./razão
Dias/semana de AF
moderada dentro de casa Referido Cont./razão
Minutos/dia de AF
moderada dentro de casa
Referido Cont./razão
MET min/sem para AF
moderada dentro de casa
IPAQ Research Committee
(2004) & Craig et al (2003) Cont./razão
MET min/sem para AF
Casa/Jardim
IPAQ Research Committee
(2004) & Craig et al (2003) Cont./razão
Classificação do NAFH
Casa/Jardim por MET
min/sem Araújo, (2004) Categ./ordinal
Dias/semana de AF
caminhada no tempo livre
Referido Cont./razão
170
170
Minutos/dia de AF
caminhada no tempo livre
Referido Cont./razão
MET min/sem para AF
caminhada no tempo livre
IPAQ Research Committee
(2004) & Craig et al (2003) Cont./razão
Dias/semana de AF
vigorosa no tempo livre Referido Cont./razão
Minutos/dia de AF vigorosa
no tempo livre Referido Cont./razão
MET min/sem para AF
vigorosa no tempo livre
IPAQ Research Committee
(2004) & Craig et al (2003) Cont./razão
Dias/semana de AF
moderada no tempo livre
Referido Cont./razão
Minutos/dia de AF
moderada no tempo livre Referido Cont./razão
MET min/sem para AF
moderada no tempo livre
IPAQ Research Committee
(2004) & Craig et al (2003) Cont./razão
MET min/sem para AF
Exercício/Lazer
IPAQ Research Committee
(2004) & Craig et al (2003) Cont./razão
Classificação do NAFH
Exercício/Lazer por MET
min/sem Araújo, (2004) Categ./ordinal
MET min/sem AF Total
IPAQ Research Committee
(2004) & Craig et al (2003) Cont./razão
Classificação do NAFH por
MET min/sem Araújo, (2004) Categ./ordinal
Dias de semana que passa
sentado Referido Cont./razão
Minutos/dia de semana que
passa sentado
Referido Cont./razão
Dias de final de semana que
passa sentado
Referido Cont./razão
Minutos/dia de final de
semana que passa sentado Referido Cont./razão
171
171
Quadro 8
Matriz de análise para aspectos de avaliação do entrevistador
Variável Categoria Cód Critério Escala
Avaliação do Entrevistador
Tempo de duração da entrevista Referido Cont./razão
Faixa de tempo de duração da entrevista 40 a 50 min 1 Referido Categ./ordinal
51 a 60 min 2 Referido Categ./ordinal
61 a 90 min 3 Referido Categ./ordinal
91 a 120 min 4 Referido Categ./ordinal
> 120 min 5 Referido Categ./ordinal
Respostas confiáveis Sim 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Bom entendimento das questões Sim 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Reação à entrevista Positiva 1 Referido Categ./nominal
Negativa 2 Referido Categ./nominal
Presença de outra pessoa Sim 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Outra pessoa afetou a entrevista Sim 1 Referido Categ./nominal
Não 2 Referido Categ./nominal
Efeito da presença de outra pessoa Positiva 1 Referido Categ./nominal
Negativa 2 Referido Categ./nominal
***Para todas as questões: Julgamento do pesquisador
Não aplicável (NA) = 7 Categ./nominal
Não sabe/não respondeu (NS/NR) = 8 Categ./nominal
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