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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
CAMPUS II – AREIA – PB
ASPECTOS BIOLÓGICOS DE Chrysoperla externa
ALIMENTADOS COM PULGÕES DA ERVA-DOCE
RONNY SOFFIANTINI LIRA
AREIA-PB
MAIO DE 2005
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
ASPECTOS BIOLÓGICOS DE Chrysoperla externa
ALIMENTADOS COM PULGÕES DA ERVA-DOCE
Ronny Soffiantini Lira
Orientador Prof. Dr. Jacinto de Luna Batista
Dissertação apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em
Produção Vegetal, como parte das
exigências para obtenção do título
de mestre.
AREIA-PB
MAIO DE 2005
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RONNY SOFFIANTINI LIRA
ASPECTOS BIOLÓGICOS DE Chrysoperla externa
ALIMENTADOS COM PULGÕES DA ERVA-DOCE
Aprovado em:___/___/___
- BANCA EXAMINADORA -
Dr.Jacinto de Luna Batista
Orientador/Professor UFPB
Dr. Iron Macedo Dantas
Examinador/Professor UERN
Dra. Nivânia Pereira da Costa
Examinadora/Bolsista CNPQ-FAPESq
vi
Aos meus pais:
Ronaldo Romero Lira
e
Renata Soffiantini Lira.
E a minha irmã
Renée Soffiantini Lira
DEDICO.
AGRADECIMENTOS
vii
A Deus, pela paz de espírito.
Ao meu avô; Pietro Soffiantini, pelo incentivo.
Ao Conselho Nacional de Pesquisa e desenvolvimento - CNPq pela
concessão de bolsa de estudo.
A EMBRAPA algodão - PB, por treinamento e doação de material para
pesquisa, nas pessoas de Maria Gorete de Macedo Almeida e Dr. Raul Porfírio
de Almeida.
Ao departamento de Fitotecnia da Universidade Federal da Paraíba
(DF/CCA/UFPB) pela concessão de recurso e oportunidade de estudo.
Ao curso de Pós-graduação em produção vegetal, na pessoa do Prof.
Dr. Genildo Bandeira Bruno por ter atendido as solicitações feitas e
principalmente por ter me indicado o caminho certo.
Ao Prof. Dr. Jacinto de Luna Batista, pela orientação, apoio e
principalmente pela calma que teve comigo na execução deste trabalho.
Aos funcionários do DF/CCA/UFPB: Severino Filho (Nino), pelo auxílio
amizade e companhia na condução dos experimentos e José Ribeiro Filho
(Zezinho) também pela amizade e companhia.
A bibliotecária Elisabete Sirino, pelo auxílio na organização das
referências bibliográficas.
A todos os colegas de turma, que como eu, passaram por várias
dificuldades, superando os obstáculos a caminho do sucesso.
A todos os funcionários da UFPB, e amigos que participaram
diretamente ou indiretamente dessa conquista.
SUMÁRIO
viii
Pág.
RESUMO......................................................................................................... Viii’
ABSTRACT..................................................................................................... iX’
1. INTRODUÇÃO............................................................................................ 01
2. REVISÃO DE LITERATURA....................................................................... 03
2.1. Importância dos Crisopídeos................................................................ 03
2.2. Importância dos Pulgões...................................................................... 06
2.3. Importância da Erva-doce..................................................................... 08
3. MATERIAIS E MÉTODOS.......................................................................... 11
3.1. Criação de manutenção de C. externa................................................. 11
3.2. tratamentos efetuados e parâmetros biológicos avaliados................... 12
3.2.1. Caracterização biológica......................................................... 13
4. RESULTADO E DISCUSSÃO..................................................................... 15
4.1. Período larval de C. externa................................................................. 15
4.2. Período pupal de C. externa................................................................. 17
4.3. Fase imatura (larva + pupa) de C. externa........................................... 18
4.4. Longevidade de C. externa................................................................... 19
4.5. Razão sexual.de C. externa................................................................. 20
4.6. Mortalidade da fase larval de C. externa.............................................. 21
4.7. Capacidade de predação de C. externa............................................... 22
5. CONCLUSÃO.............................................................................................. 23
6. SUGESTÃO................................................................................................. 24
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................... 25
ix
LISTA DE TABELAS
Pág.
TABELA 1. Duração em dias dos três estádios larvais (1°, 2° e 3° instar) de
C. externa com diferentes fontes de alimento.................................................
15
TABELA 2. Duração em dias do 2° e 3° estádios larvais de C. externa com
diferentes fontes de alimento...........................................................................
16
TABELA 3. Duração em dias dos estádios larvais de C externa com
diferentes fontes de alimentos.........................................................................
17
TABELA 4. Duração em dias do período pupal de C externa quando suas
larvas foram alimentadas com diferentes fontes de alimento no 1°, 2° e 3°
instares ...........................................................................................................
18
TABELA 5. Duração em dias da fase imatura (larvas + pupa) de C externa
com diferentes fontes de alimentos.................................................................
19
TABELA 6. Longevidade dos adultos de C externa, quando suas larvas
foram alimentadas com diferentes fontes de alimentos a partir do 1°, 2° e 3°
instar................................................................................................................
20
TABELA 7. Razão entre machos e fêmeas de C externa quando suas
larvas foram alimentadas com diferentes fontes de alimentos a partir do 1°,
2° e 3° instar....................................................................................................
21
TABELA 8. Taxa de mortalidade durante a fase imatura (larvas + pupa) de
C externa, alimentadas com diferentes fontes de alimentos, a partir do 1°,
2° e 3° instares................................................................................................
22
x
LIRA, R. S. ASPECTOS BIOLÓGICOS DE Chrysoperla externa
ALIMENTADOS COM PULGOES DA ERVA-DOCE. Areia – PB. 2005. 30p.
Dissertação (Mestrado em Produção Vegetal) Centro de Ciências Agrárias,
Universidade Federal da Paraíba.
RESUMO
Os insetos Neuropteros da família Chrysopidae têm sido considerados
promissores no controle biológico de pragas. Dentre as espécies mais
importantes no controle biológico aplicado, destaca-se a Chrysoperla externa,
pela capacidade de predação, grande número de presas e facilidade de criação
em laboratório. Considerando esses aspectos, e diante da necessidade de
buscar alternativas de controle ao pulgão da erva-doce no Estado da Paraíba,
objetivou-se avaliar os aspectos biológicos de C. externa e sua capacidade de
predação sobre o pulgão Hyadaphis foeniculi. A pesquisa foi desenvolvida no
Laboratório de Entomologia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade
Federal da Paraíba, em sala climatizada com temperatura média de 25+ 5 °C,
umidade relativa do ar de 80+ 5% e fotofase de 12 horas. A criação de C.
externa teve início a partir de exemplares de insetos fornecidos pelo Centro
Nacional de Pesquisa do Algodão – Embrapa de Campina Grande-PB. Os
tratamentos foram constituídos por: ovos de S. cerealella (Testemunha),
pulgões de 1° e 2° instares, pulgões de 3° e 4° instares e pulgões de diferentes
idades, ofertadas as larvas de C. externa, sendo cada tratamento composto por
10 repetições. Os adultos foram alimentados com levedo de cerveja+mel.
Foram avaliados os seguintes parâmetros biológicos de C. externa:
desenvolvimento e viabilidade larval; desenvolvimento e viabilidade pupal;
desenvolvimento e viabilidade de adultos e capacidade de predação. Após os
resultados alcançados, verificou-se a potencialidade desse predador como
agente de controle biológico do pulgão da erva-doce Hyadaphis foeniculi.
Palavras-Chave: Controle Biológico; Crisopídeos; Foeniculum vulgare; Pulgões
xi
LIRA, R. S. BIOLOGICAL ASPECTS OF Chrysoperla externa FEED URTH
APHID OF THE STAR-ANISE. Areia – PB. 2005 30p. Dissertation (Master in
Vegetal Production) Agrarian Science Center, Federal University of Paraíba.
ABSTRACT
The Neuropteros insects of the Chrysopidae family have been
considered promising in the biological control of pest, among the most important
especies in the applied biological control, it is prominent Chrysoperla externa,
for the predaction capacity, great number of prey and lasy creation in
laboratory. Considering these aspects and, front of the necessity to search
alternatives of control to the aphid of the Foeniculum vulgare in the State of
Paraíba, the objective was to evaluate biological aspects of C. externa and its
capacity of predaction on the aphid Hyadaphis foeniculum. The research was
developed In the entomology Laboratory of the Agrarian Sciences Center of the
Federal University of Paraíba, in room climatized with temperature of 25+ 5º.C,
relative humidity of the air of 80+ 5% and photo phase of 12 hours. The creation
of C. externa started from units of insects supplied by the National Cotton
Research Center - Embrapa Campina Grande-PB. The experimental parcel was
constituted of four treatments: Eggs of Sitotroga cerealella (Witness), aphids of
1° and 2° instars, aphids of 3° and 4° instars and aphids of varied instars
offered the larvae of C externa. Being each tratament composed of 10
repetitions. The adults were fed with yeast + honey. Being evaluated the
following biological parameters: development and larval viability, development
and pupal viability, development and viability of adults and capacity of
predaction. After the reached results, it was possible to verify the potentiality of
this predator as a biological control of the aphid of the Foeniculum vulgare
Hyadaphis foeniculum.
Key-words: Biological control; Crisopídeos; Foeniculum vulgare; Aphids.
xii
1. INTRODUÇÃO
A cultura da erva-doce (Foeniculum vulgare, Mill.) por se tratar de uma
planta de exploração, principalmente medicinal, assume uma importância
destacada junto a pequenos agricultores das microrregiões do Agreste e Brejo
da Paraíba e no estado de Pernambuco (WANDERLEY e MARÇAL, 1998). O
fruto seco é utilizado em chás e condimentos e o óleo essencial das sementes
é utilizado na fabricação de licores, perfumes, sabonetes e na indústria
alimentícia (RAMOS, 2002). Contudo, nos últimos anos a produção dessa
cultura está sendo inviabilizada em função do ataque do pulgão Hiadaphis
foeniculi (WANDERLEY e MARÇAL, 1998), pois esse inseto ataca
principalmente a inflorescência da planta, sugando a seiva e depauperando as
sementes.
O controle do pulgão da erva-doce tem sido feito rotineiramente através
do uso de agrotóxicos que ocasionam grandes impactos e desequilíbrios
ambientais com comprometimento da saúde humana. A utilização desses
inseticidas tem causado redução na população de inimigos naturais além de
contaminação do produto a ser comercializado, do solo e do ambiente
(RAMOS, 2002).
O interesse em relação ao estudo e pesquisa com crisopídeos aumentou
muito a partir da década de 60 (CANARD et al., 1984). Esses insetos são
predadores naturais de um número considerável de insetos-pragas. Os
primeiros relatos publicados sobre a taxonomia deste grupo foram de
Schneider em 1851, denominando-os de Chrysopina, tendo por base o gênero
Chrysopa Leach. Posteriormente, Newman no ano de 1853 modificou a
nomenclatura para Chrysopidae, sendo hoje a família conhecida em todo o
mundo (MURATA, 1996).
Os insetos da família Chrysopidae, conhecidos como crisopídeos, são
predadores encontrados em muitas culturas de interesse econômico,
exercendo um importante papel no controle biológico natural de pragas. O
potencial desses predadores como fator de redução da população de diversas
pragas tem sido relatado por vários autores, tais como Ehler e Van den Bosch
xiii
(1974), Bar et al. (1979) e Gravena (1980). Sendo, a espécie Chrysoperla
externa (HAGEN, 1861) (Neuroptera, Chrysopidae) encontrada nas mais
diversas culturas. No Brasil, os crisopídeos atuam sobre uma gama enorme de
presas, sendo mais comuns nos pulgões, cochonilhas, ovos e larvas pequenas
de lepidópteros, cigarrinhas, moscas brancas, tripes, ácaros, psilídeos e
psocópteros (PRINCIPI e CANARD, 1984) além de pequenos heterópteros da
família Tingidae (FREITAS e FERNANDES, 1996).
Diante dos problemas que podem ser causados pelo uso seqüencial e
indiscriminado dos inseticidas no controle aos insetos-pragas, aliado ao atual
interesse da sociedade no controle biológico para proteção de plantas motivado
pela preservação ambiental e desenvolvimento sustentável e considerando-se
a situação peculiar da cultura da erva-doce, tornam o uso do controle biológico
uma das alternativas mais promissoras. Dessa forma, esta pesquisa teve como
objetivo avaliar aspectos biológicos de C. externa alimentados com o pulgão da
erva-doce em condições de laboratório, visando fornecer subsídios para
utilização desse predador em programa de controle integrado na cultura da
erva-doce.
xiv
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. IMPORTÂNCIA DOS CRISOPÍDEOS
Dentre os neurópteros, os crisopídeos, os crisopídeos são importantes
predadores encontrados em muitas culturas de interesse econômico como
algodoeiro, citros, milho, soja, alfafa, fumo, videira, macieira, seringueira e
outras. Podem alimentar-se de ovos, lagartas neonatas, pulgões, cochonilhas,
ácaros e vários outros artrópodes de pequeno tamanho e de tegumento
facilmente perfurável (CARVALHO e SOUZA, 2000).
Os crisopídeos se destacam pela voracidade na fase jovem, facilidade
de criação em laboratório, elevado potencial de reprodução, além de não
necessitar de presas na fase adulta (FIGUEIRA, 2002).
A família Chrysopidae compreende um grande número de espécies,
sendo uma das mais importantes a espécie C. externa (MURATA et al., 1996a).
Segundo Canard et al. (1984) os adultos apresentam coloração geralmente
esverdeada, com o corpo delicado, asas membranosas reticuladas e pernas
ambulatórias normais. A cabeça é livre, hipognata, aparelho bucal mastigador e
antenas filiformes. Durante o dia são encontrados pousados nas faces
inferiores das folhas e a noite são vistos voando ou pousando perto de focos
luminosos (GALLO et al., 2002).
Com relação à longevidade de adultos de C. externa, Aun (1986)
verificou que os machos viveram 66,38 dias e as fêmeas 82,38, quando
alimentados com mel + lêvedo de cerveja na proporção de 1:1 em condições
de laboratório, resultados semelhantes à conclusão obtida por Murata (1996) o
qual conclui que as fêmeas normalmente vivem mais que os machos. Em
contra partida, Morais et al. (1989) ao trabalharem com as mesmas condições,
mas com adultos de C. cubana, verificaram longevidade média de 48,37 e
42,32 dias, para machos e fêmeas, respectivamente. Silva et al. (2001) da
mesma forma, ao estudarem a mesma espécie, observaram que os machos
viveram 117,86 dias e fêmeas 84,13 dias, mostrando que diferentes espécies
xv
de uma mesma família podem apresentar respostas diferentes a um mesmo
tipo de alimento. Os ovos são pedicelados, com comprimento variando de 4 a 8
mm, possuem forma elipsoidal, com a cor variando de verde claro até amarelo
esverdeado, tornando-se mais escuros próximos á eclosão.
Em se tratando de incubação dos ovos, ao estudar o ciclo de vida de C.
zastrowi alimentadas com várias espécies de presas à temperatura de 25ºC e
umidade relativa de 55%, Barnes (1975) observou que o período de incubação
foi, em média de 4 dias, enquanto que com ovos de C. carnea a duração média
foi de 4,2 dias. Ribeiro (1988) verificou que ovos de C. externa em mesmas
condições, apresentaram período de incubação médio de 4 a 5 dias, à 25+
2ºC,
com viabilidade média de 87,6%. Utilizando a mesma faixa de temperatura,
Moraes (1989) obteve, para ovos de C. cubana, período de incubação médio
de 5,08 dias, com viabilidade de 79%.
Segundo Gepp (1984), as larvas dos crisopídeos são campodeiformes,
com pernas ambulatórias normais, cabeça triangular e prognata, as mandíbulas
e maxilas são curvas e se fecham de maneira associada, formando um canal
para passagem do alimento. Alguns crisopídeos podem ou não carregar restos
de comida sobre seu dorso. No caso especifico da espécie C. externa, não há
a camuflagem.
Larvas de algumas espécies de crisopídeos apresentam o hábito de
cobrir o dorso com detritos ou carcaças de suas presas, por isso são também
conhecidos como “bicho-lixeiro”. De acordo com Adams e Penny (1985) as
espécies do gênero Chrysoperla não apresentam este hábito, como verificado
em larvas de C. externa, que apresentam um dorso livre de detritos.
Segundo New (1975), o canibalismo ocorre entre os crisopídeos e o
mais comum é entre as larvas recém eclodidas e os ovos de sua própria
espécie, embora esta tendência de canibalismo continue por todo o período
larval.
Os crisopídeos se apresentam mais eficientes como predadores na fase
larval, onde necessitam de substâncias ricas em proteínas e carboidratos na
sua alimentação (MURATA et al., 1996
a
). São de hábito livre e se alimentam de
várias presas, sendo que a eficiência da fase larval ocorre principalmente no
terceiro instar, quando possuem maior voracidade (MURATA et al., 1997).
xvi
Nesse instar, consomem cerca de 80% do alimento (CANARD e PRINCIPI,
1984 e CAETANO et al., 1996).
Ao estudar a biologia dos crisopídeos, Smith (1922) observou que
ocorrem três ecdises, sendo a última dentro do casulo. A duração das ecdises
e da fase larval é influenciada diretamente por fatores climáticos,
disponibilidade e qualidade dos alimentos, sendo que o alimento ingerido
durante a fase larval pode afetar, posteriormente, o processo de reprodução
(HAGEN, 1976 apud LIMA, 2004). Segundo Parra (1991), a quantidade e
qualidade do alimento consumido na fase larval afetam a taxa de crescimento,
tempo de desenvolvimento, peso, sobrevivência, bem como influenciam a
fecundidade, longevidade, movimentação e capacidade de competição de
adultos.
Ao utilizarem adultos de Sitotroga cerealella como alimento para larvas
de C. externa e C. cubana, Murata et al. (1996
a
) verificaram que este tipo de
substrato foi adequado ao desenvolvimento larval. E de mesma forma, Tulisalo
et al. (1997) observaram que o referido alimento levou a uma boa viabilidade
dos adultos de C. carnea, bem próximo a 90%.
Caetano et al. (1996) ao realizar teste de consumo com C. externa,
utilizando ovos de D. saccharalis, A. kuehniella e S. cerealella como alimento,
observou que a duração média do período pupal foi de 11,27; 11,30 e 11,16
dias, sendo a viabilidade pupal de 75,86%, 86,21% e 86,21% e a razão sexual
de 0,64; 0,56 e 0,44, respectivamente.
Os Crisopídeos são predadores extremamente vorazes (HASSAN et al.,
1985; CARVALHO, 1994 e MURATA, 1996). Apresentam alto potencial biótico,
alimentam-se de uma gama de insetos e ocorrem em várias culturas de
interesse econômico (SOUZA, 1999). São considerados importantes agentes
de controle biológico devido a sua voracidade e plasticidade ecológica, sendo
que várias espécies são citadas em diferentes agrossistemas associados a
diferentes pragas. FREITAS e FERNANDES (1996). constataram que as
culturas de algodão e citros apresentaram maior interação com os crisopídeos.
Segundo Ridgway e Murphy (1984) e Freitas e Fernandes (1996), os
crisopídeos atuam em diversos agroecossistemas, sendo eficientes tanto no
controle biológico natural, como em liberações inundativas. Ao realizarem
levantamentos populacionais, Murata et al. (1995) apud Lima (2004)
xvii
encontraram grande quantidade de Crisopídeos na cultura do sorgo, que pode
ser utilizada como reservatório natural desses inimigos naturais.
2.2. IMPORTÂNCIA DOS PULGÕES
Em algumas culturas a presença dos pulgões não constitui ameaça,
muito pelo contrário, a infestação inicial por afídios facilita a colonização de
uma gama de inimigos naturais potenciais tanto dos pulgões como também de
outros insetos e ácaros fitófagos. No entanto, quando se trata de transmissão
de viroses, a simples presença de um pulgão pode ser caracterizada como
praga. Na cultura da erva-doce, apesar dos pulgões não serem transmissores
de viroses, eles sugam as inflorescências, secando-as e inviabilizando-as
economicamente, por isso são importantes e merecem muita atenção pelo
difícil controle e amplo potencial de multiplicação.
De acordo com Carreira (1973) apud Brito (2003), são estes insetos
daninhos as plantas não só por sugar-lhe a seiva, mas também pelos
ferimentos que lhes causam com as picadas, dando assim oportunidade a que
germes patogênicos ou toxinas possam penetrar no vegetal. Segundo Feplam
(1979) os pulgões sugam a seiva das plantas provocando o enfraquecimento
do vegetal, bem como o predispõe ao ataque de doenças e outras pragas.
Entre os insetos que causam maiores danos as propriedades agrícolas
estão os pulgões (GUERRA, 1985). Os afídeos, segundo Gallo et al. (2002)
são insetos muito pequenos, geralmente desprovidos de asas, de corpo frágil,
que medem de 1 a 5 mm de comprimento, o corpo é ovóide ou piriforme, sendo
predominantemente de cor preta ou verde, em diversas tonalidades. Vivem em
colônias encontradas nas partes mais tenras dos vegetais. Os danos causados
por eles são ocasionados por inoculação de vírus, pela introdução de toxinas,
quando sugam a seiva, e em alguns casos, pela própria ação mecânica do ato
de introduzir as peças do aparelho bucal no tecido vegetal, produzindo
deformações (GUERRA, 1885).
De modo geral, a picada dos afídeos depaupera as plantas, pois implica
importantes perdas de seiva. As folhas podem reagir com distorções diversas e
com queda antecipada. A floração e a frutificação podem ser gravemente
xviii
afetadas ou até suprimidas. Culturas atacadas por grandes populações de
afídeos sofrem perdas diretas na sua produção podendo atingir os 100%
(ILHARCO,1992).
Com muita freqüência, as populações de afídeos são procuradas por
formigas, dado que estas muito apreciam o “honeydew” excretado por aqueles
insetos. Esta substância além de provocar queimaduras, contribui para o
surgimento de fungos negros saprófitos, as fumaginas, cuja proliferação
revestem a superfície foliar, afetando a fotossíntese. No caso de viroses,
apenas um inseto pode contaminar várias plantas, não sendo necessárias
grandes populações da praga (ILHARCO, 1992).
A reprodução dos afídeos é por partenogênese que é o tipo de
reprodução a partir de fêmeas vírgens, na qual os óvulos sofrem completo
desenvolvimento, sem terem sido fecundados. Ela é dita telítoca quando
origina apenas fêmeas, como é o caso dos pulgões em regiões de clima
tropical, como ocorre na Região Nordeste (GALLO et al., 2002). Cada fêmea
pode gerar até 100 descendentes, podendo haver mais de 30 gerações anuais.
A grande capacidade de reprodução desse grupo proporciona condições para
que muito facilmente as populações atinjam níveis prejudiciais, colocando em
risco a cultura que lhe serve como hospedeira (GUERRA, 1985).
Segundo Ferreira e Silva, 2004. Em Pernambuco, atualmente, a área
cultivada de erva-doce está em torno de 300 ha. E em função dos prejuízos
relacionados aos ataques dos pulgões, realizou-se uma visita às áreas de
plantio de erva-doce nos municípios de Garanhuns e Caetés. Os afídeos
coletados diretamente sobre os hospedeiros foram identificados como
Hyadaphis foeniculi (Passerini, 1860) (Hemiptera: Aphididae). Este é o primeiro
registro da espécie no Estado de Pernambuco. No Brasil, a ocorrência desta
espécie foi mencionada anteriormente no Estado de São Paulo, sobre P.
anisum, por Bergamin (1957) e em Daucus carota L., 1753 (Umbelliferae), por
Costa et al. (1972). No Estado do Paraná, foram coletados com armadilha
amarela, instalada em área da Serra do Mar, por Lazzarotto & Lázzari (1998).
Também foram observados em plantas de endro, (Umbelliferae), em Recife,
PE.
Trabalhos realizados na região de Guanambi-Bahia, mostraram que os
pulgões Aphis gossypii e Myzus persicae são uma das principais pragas do
xix
algodoeiro, sendo de ocorrência geral na região. Além de produzir redução na
produção, esta praga quando não controlada eficientemente, chegou a afetar,
em alguns anos, as qualidades tecnológicas da fibra do algodoeiro (LIMA et al.,
1983)
O pulgão Myzus persicae é uma espécie cosmopolita com mais de 500
espécies de plantas hospedeiras, em 50 famílias. Apresenta grande
importância na transmissão de viroses, tendo sido relatado como vetor de mais
de 120 doenças de plantas e tem desenvolvido resistência a diversos
inseticidas (SAMPAIO et al., 2001).
Diminuir os prejuízos do ataque do pulgão implica em estudos básicos
de biologia e comportamento desse inseto no campo e em laboratório, bem
como do conhecimento dos inimigos naturais desses insetos-pragas. A maioria
dos inimigos naturais dos afídeos são espécies polífagas, isto é, alimentam-se
de várias espécies de afídeos, umas com interesse econômico por serem
pragas de culturas, outras por criarem a sua volta complexos de inimigos
naturais que urge preservar (ILHARCO, 1992).
2.3. IMPORTÂNCIA DA ERVA-DOCE
A erva-doce Foeniculum vulgare (Gaetn) é originaria do Mediterrâneo,
norte da África, oeste da Ásia e sul da Europa. É conhecida desde os romanos,
gregos e egípcios. No Brasil foi introduzida pelos primeiros colonos, sendo
cultivada em escala comercial em alguns países desenvolvidos como Estados
Unidos, Alemanha e Japão. É cultivada na maioria das regiões temperadas e
tropicais (SANTANA, 1994). É uma planta herbácea e perene com altura média
em torno de 70 cm, chegando a atingir dois metros de altura. Pertence a família
das Umbelíferas, tendo como características principais o caule ereto, liso e
ramoso, com folhas invaginantes, excessivamente recortadas, possuindo uma
cor verde-amarelada (SANTANA,1994), com pequenas flores amarelas (GUIA
RURAL, 1988 apud BRITO, 2003).
Os pecíolos possuem no extremo superior de 7 a 20 raios, dispostos em
umbelas compostas que produzem flores hermafroditas de 5 pétalas amarelo-
esverdeado, tendo o bordo apical voltado para dentro. Eles geram frutos,
xx
vulgarmente chamados de sementes, de formato levemente oval ou oblongo, e
de cor inicialmente verde-azulado. Seu comprimento fica entre 4 a 10 mm e 3 a
4 mm de espessura. São glabros e achatados de um lado e convexos de outro,
sendo indeiscentes com 5 estrias longitudinais quando secos. As sementes
bem amadurecidas mudam sua cor para verde-pardacento ou pardo-amarelado
(SANTANA, 1994). Estas são alongadas e estriadas com cerca de três
milímetros de espessura e sem pêlos (GUIA RURAL, 1988 apud BRITO, 2003).
No Brasil, plantas de erva-doce são encontradas em terrenos baldios,
em beira de estradas e vias férreas, cultivado em jardins e hortas como planta
alimentícia, forrageira, ornamental e medicinal (CASTRO, 1995). Na região
Nordeste do Brasil, especialmente nos estados da Paraíba e Pernambuco, a
cultura da erva-doce assume uma importância destacada junto a pequenos
agricultores, sendo a produção normalmente comercializada em feiras livres e
pequenos mercados, justamente na época de escassez de chuvas (outubro a
janeiro) (WANDERLEY e MARÇAL, 1998).
A erva-doce vegeta bem em diversos tipos de clima. As regiões de clima
ameno ao nível do mar ou tropical elevado apresentam as melhores produções
em qualidades aromáticas e medicinais. O solo deve ser leve, bem drenado,
não ser ácido e receber bastante luz solar. As sementes são colhidas quando
estiverem passando de verde-escura para verde-amarelado ou acinzentado. A
colheita ocorre por volta dos 120 dias após o plantio (GUIA RURAL, 1988 apud
BRITO, 2003).
Quando cultivadas em escala comercial, a cultura pode ser conduzida
como anual, bianual e trianual. Uma cultura bem sucedida produz em média de
uma a duas toneladas de semente por hectare (SANTANA, 1994).
Conforme Carriconde e Moraes (1988) apud Brito (2003) a erva é usada
para os problemas de asma, digestão difícil, excitação nervosa, insônia e
cãibras. Como dentifrício, serve para refrescar a boca, purificar o hálito, clarear
os dentes e tonificar as gengivas. As partes da planta mais rotineiramente
utilizadas são as sementes, raízes e folhas, pois as mesmas possuem
propriedades terapêuticas como: estomática, diurética, aperitivo, favorece a
lactação, anti-inflamatório, bactericida, espasmolítico.
O uso de erva doce, segundo conhecimento popular também pode ser
usado no combate a gases do estômago e intestino, mau hálito, facilita o parto
xxi
e provoca o sono. Evita também, a epilepsia, desmaios, vômitos e enjôos
durante a gravidez e parto. Mantém a juventude do rosto e é estimulante.
Utilizada também no combate a tosse e catarros. Tem bons resultados contra
diarréias, especialmente em crianças; contra cólicas do ventre, favorecendo a
ação digestiva. É também, bom para azia. Aumenta o leite das lactantes e o
azeite das sementes é indicado para matar piolhos.
O óleo essencial em pequenas doses estimula a respiração e a
circulação e em doses elevadas provoca perda de memória, problemas visuais
e sonolência. A essência tem suas propriedades, devida ao anetol, sendo este
princípio pouco tóxico. A menor toxicidade por via oral e as pequenas
concentrações de anetol em preparações farmacêuticas eliminam as
propriedades dos efeitos tóxicos no homem.
xxii
3. MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa foi desenvolvida no Laboratório de Entomologia do
Departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade
Federal da Paraíba, campus II, Areia-PB, em condições de temperatura média
de 25 ± 5 °C, umidade relativa do ar de 80 ± 10%, e fotofase de 12 horas.
3.1. CRIAÇÃO DE MANUTENÇÃO DE Chrysoperla externa
A criação da espécie C. externa teve início com a obtenção de
exemplares fornecidos pelo Laboratório de Controle Biológico da Embrapa –
Algodão, de Campina Grande – PB. O estabelecimento da criação de C.
externa no Laboratório de Entomologia foi realizado adaptando-se a
metodologia proposta por Moraes (1989).
Os casais de C. externa foram mantidos em gaiolas cilíndricas de PVC
(Cloreto de polivinila) de 20 cm de altura por 20 cm de diâmetro com uma
tampa de alumínio de um lado e um de filme de polietileno do outro, revestidas
internamente com papel ofício, onde as fêmeas depositavam seus ovos.
Na alimentação dos adultos, utilizou-se uma dieta à base de lêvedo de
cerveja e mel misturados em partes iguais 1:1 até a obtenção de uma pasta
que era aplicada em uma espuma e posta no interior de um fundo de um copo
descartável de 200ml. Procedimento semelhante foi adotado para o
fornecimento de água. Ofertados de dois em dois dias, coincidindo com a
limpeza das gaiolas e retiradas dos ovos.
Os adultos eram mantidos numa mesma gaiola por um período de dois a
três dias para que ocorresse a oviposição, sendo então transferidos para outra
gaiola. As gaiolas, contendo os ovos de C. externa, eram fechadas na parte
superior com filme de polietileno e mantidas em prateleiras até eclosão das
larvas. Para evitar o canibalismo, logo após a eclosão, as larvas eram
individualizadas em tubos plásticos e alimentadas com ovos de Sitotroga
xxiii
cerealella, até o estágio de pupa. Estes ovos de S. cerealella eram provinientes
da EMBRAPA - algodão.
3.2. TRATAMENTOS EFETUADOS E PARÂMETROS BIOLÓGICOS
AVALIADOS
Os tratamentos efetuados para fins de avaliação das variáveis biológicas
foram implementados na fase larval de C. externa, através de uma dieta padrão
com ovos de S. cerealella (T1), e de pulgões da erva-doce, separados em: 1º.
e 2º. instares (T2); pulgões de 3º. e 4º. instares (T3); e pulgões de diferentes
instares (T4). Cada tratamento foi composto por 10 repetições.
As avaliações foram procedidas considerando que:
1) No tratamento T1, as larvas de C. externa (1°, 2° e 3° instar) foram
alimentadas somente com ovos de S. cerealella.
2) Para o tratamento T2, as larvas de C. externa foram avaliados sob
três regimes alimentares:
a) Quando foram alimentadas somente com pulgões de 1° e 2°
instares. Neste caso avaliou-se os parâmetros biológicos de todo
o período larval de C. externa, ou seja, o 1°,2° e 3° instar.
b) Quando as larvas de 1° instar de C. externa foram alimentadas
com ovos de S. cerealella e os demais instares (2° e 3°) foram
alimentadas com pulgões de 1° e 2° instares e neste caso foram
avaliados os parâmetros biológicos referentes ao 2° e 3° instares
de C. externa.
c) Quando as larvas de 1°e 2° instares de C. externa foram
alimentadas com ovos de S. cerealella e o 3° instar alimentado
com pulgões de 1° e 2° instares. Neste último caso, foram
avaliados os parâmetros biológicos referentes somente ao 3°
instar de C. externa.
3) Para o tratamento T3, as larvas de C. externa foram avaliadas sob
três regimes alimentares semelhantes ao descrito no caso 2 (T2), entretanto
foram ofertados pulgões de 3° e 4° intares.
xxiv
4) Para o tratamento T4, efetuou-se também procedimento semelhante
ao descrito no caso 2 (T2), porem foram ofertados pulgões de diferentes
instares.
Em cada tratamento foram avaliados os seguintes parâmetros
biológicos:
* Período e viabilidade larval
* Período e viabilidade pupal
* Razão sexual
* Capacidade e viabilidade de postura
* Longevidade de adultos
* Capacidade de predação
3.2.1. Caracterização biológica
Para cada tratamento foram avaliadas 10 larvas provenientes da quarta
geração de C. externa obtida no Laboratório de Entomologia da UFPB.
As larvas eram individualizadas em tubos plásticos transparentes com 5
cm de comprimento e 2 cm de diâmetro. Em cada tubo era colocado
diariamente uma média de 0,5 g de ovos de S. cerealella ou 25 pulgões, cuja
idade foi caracterizada no item 3.2.
O número de pulgões utilizado em cada parcela experimental foi
determinado através de estudos preliminares, e a quantidade de ovos de S.
cerealella estabelecida através das referências na literatura especializada.
a) Período e viabilidade larval
O período larval foi determinado considerando-se o tempo de
alimentação e atividade biológica de cada larva até o início da ecdise. A
viabilidade larval, considerada pela diferença entre o número de larvas e o de
pupas obtidas.
b) Período e viabilidade pupal
xxv
O período pupal foi determinado considerando-se o tempo
compreendido entre o final do período larval até a emergência do adulto. A
viabilidade pupal, considerada pela relação entre o número de pupas e o
número de adultos considerados sem defeitos aparentes.
c) Razão sexual
A razão sexual de C. externa foi calculada pela contagem entre o
número de machos e fêmeas após a emergência dos insetos para cada
tratamento através da fórmula: n° de fêmeas / n° de machos + n° de fêmeas.
d) Capacidade e viabilidade de postura, e longevidade dos adultos
Após a emergência, os insetos foram colocados em gaiolas de criação
(semelhantes às utilizadas na criação de manutenção), para observação da
capacidade de postura, viabilidade dos ovos, e do tempo de vida dos insetos
adultos.
e) Capacidade de predação
A capacidade de predação de C. externa foi avaliada para os três
estádios larvais. Nesse ensaio eram colocados 10 pulgões acima da
capacidade de alimentação da larva, que era em média de 20,5 + 1,5 pulgões
(definida em testes preliminares) para que se pudesse proceder a contagem
diária do número de pulgões consumidos. A idade dos pulgões oferecidos foi
mesma estabelecida no item 3.2.
f) Análise estatística
Empregou-se o delineamento inteiramente casualizado. Os dados foram
submetidos análise de variância e as médias de tratamentos comparadas pelo
teste de Tukey a 5% de probabilidade.
xxvi
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. PERÍODO LARVAL DE C. externa
Para as larvas de C. externa alimentadas com as diferentes fontes de
alimentos avaliadas a partir do 1º instar, observou-se prolongamento do estádio
larval no 2º. instar para os tratamentos T2 e T3 e no 3º. instar para todos os
tratamentos com pulgões (Tabela 1). Que pode ter ocorrido pela mobilidade e
tamanho dos pulgões, dificultando a captura pelo predador. Quando as larvas
de C externa foram alimentadas com pulgões de diferentes instares (T4),
verificou-se uma tendência de redução no estádio larval (Tabela 1). Fato que
pode-se justificar que com a variabilidade em tamanhos o predador procura a
presa mais accessível e assim diminui o gasto energético.
Tabela 1. Duração em dias dos três estádios larvais (1°, 2° e 3° instar) de C.
externa com diferentes fontes de alimento. T= 25+ 5 °C, UR= 10%, Fotofase de
12h
Instares
Tratamentos 1° Instar 2° Instar 3° Instar
T1-Ovos de S. cerealella
2,1 a 2,2 b 2,2 b
T2-Pulgões de 1° e 2° instares
2,5 a 3,5 a 3,7 a
T3-Pulgões de 3° e 4° instares
2,6 a 3,7 a 4,1 a
T4-Pulgões de dif. instares
2,3 a 2,6 b 3,7 a
C. V (%)
19,72 16,29 14,35
D. M. S.
0,56 0,59 0,59
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem estatisticamente a 5% de
probabilidade pelo teste de Tukey.
As larvas de C. externa alimentadas a partir do 2º. instar com pulgões,
apresentaram prolongamento do período larval apenas no tratamento T3
(pulgões de 3º. e 4º. instares) (Tabela 2). Quando a fonte de alimento foi
xxvii
variada para as larvas de C externa do 3º. instar, não observaram-se
diferenças significativas no período larval (Tabela 3). Fato esse já discutido
anteriormente.
Avaliando-se os dados expostos nas Tabelas de 1 a 3, pode-se inferir
que as larvas de 3º. estádio de C. externa são menos seletivas ou apresentam
maior adaptação à fonte de alimento em condições de laboratório, muito
embora haja diferenças para as larvas do 1º. e 2º. estádios, o valor
proporcional não é muito divergente.
A menor duração de cada estádio de desenvolvimento larval de C.
externa alimentada com ovos de Sitotroga em comparação com larvas
alimentadas com pulgões já foi observada por diversos autores para outras
espécies de pulgões. Lima (2004) observou uma duração do estádio larval de
3,40; 4,43; e 3,00 dias, para 1º.,2º.,e 3º. instares de C. externa alimentada com
pulgão Brevicoryne brassicae e um período ainda mais prolongado para as
larvas alimentadas com o pulgão Toxoptera citricidus.
Esta redução pode está relacionada à qualidade alimentar, onde um
ciclo de vida menor é resultado de uma boa nutrição, e com isso mais
rapidamente o predador se adapta.
Tabela 2. Duração em dias do 2° e 3° estádios larvais de C. externa com
diferentes fontes de alimento. T= 25+ 5 °C, UR= 10%, Fotofase de 12h
Instares
Tratamento 2° Instar 3° Instar
T1-Ovos de S. cerealella
2,3 a 2,3 b
T2-Pulgões de 1° e 2° instares
2,4 a 2,7 b
T3-Pulgões de 3° e 4° instares
2,6 a 3,4 a
T4-Pulgões de dif. instares
2,3 a 2,7 b
C. V (%)
20,83 17,72
D. M. S.
0,60 0,59
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem estatisticamente a 5% de
probabilidade pelo teste de Tukey.
Tabela 3. Duração em dias do 3° estádio larval de C. externa com diferentes
fontes de alimento. T= 25+
5 °C, UR= 10%, Fotofase de 12h
Tratamento Dias
xxviii
T1-Ovos de S. cerealella
2,2 a
T2-Pulgões de 1° e 2° instares
2,4 a
T3-Pulgões de 3° e 4° instares
2,6 a
T4-Pulgões de dif. instares
2,3 a
C. V (%)
20,46
D. M. S.
0,58
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem estatisticamente a 5% de
probabilidade pelo teste de Tukey.
4.2. PERÍODO PUPAL DE C. externa
A variação do período pupal de C. externa quando suas larvas foram
alimentada com ovos de Sitotroga e com pulgões foi relativamente pequena,
não ultrapassando os 25%. O menor valor do período pupal (10,2 dias) foi
verificado para larvas alimentadas com ovos de S. cerealella, desde o 1º.
instar, e maior (13,5 dias) para larvas alimentadas com pulgões de 3º. e 4º.
instares a partir do 2º. estádio (Tabela 4). Como era de se esperar a diminuição
significativa do período pupal foi verificada quando a fonte de alimento das
larvas foi ovos de S. cerealella (Tabela 4). Pois não a gasto de energia para
captura destas presas.
Novamente fica claro que o tamanho das presas e sua mobilidade
dificultam a captura pelo predador e conseqüentemente aumenta o ciclo
biológico, observado em todo o tratamento T3 (tabela 4).
O período pupal de C. externa observado nesse trabalho encontra-se
entre os limites médios verificados por diversas pesquisas onde foram
utilizadas outras fontes de alimentos para esse crisopídeo. Nunez (1988 apud
LIMA, 2004) observou que o período pupal de C. externa alimentadas com
ovos de Sitotroga foi em torno de 11 dias. Caetano et al. (1996) avaliando o
efeito nutricional de ovos de diferentes lepidópteros, verificaram um período
pupal médio de 11,16 a 11,30 dias. Uma pequena redução no período pupal de
C. externa, em relação a esses valores apresentados, foi verificado por Lima
(2004) quando observou período pupal médio de 9,9 dias para larvas
alimentadas desde o 1º.instar com B. brassicae.
xxix
Tabela.4 Duração em dias do período pupal de C. externa com diferentes
fontes de alimento, a partir do 1°, 2° e 3° instares. T= 25+ 5 °C, UR= 10%,
Fotofase de 12h
Tratamento 1° Instar 2° Instar* 3° Instar**
T1-Ovos de S. cerealella
10,20 b 10,75 b 10,71 b
T2-Pulgões de 1° e 2° instares
11,80 a 12,75 a 12,29 a
T3-Pulgões de 3° e 4° instares
12,80 a 13,50 a 12,71 a
T4-Pulgões de dif. instares
12,60 a 12,50 a 10,86 b
C. V (%)
5,82 6,39 6,36
D. M. S.
1,25 1,66 0,31
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem estatisticamente a 5% de
probabilidade pelo teste de Tukey.
*Nesta análise deve-se considerar que as larvas de C.externa de 1° instar foram alimentadas
com ovos de S. cerealella
**Nesta análise deve-se considerar que as larvas de C.externa de 1° e 2° instares foram
alimentadas com ovos de S. cerealella
4.3. FASE IMATURA (LARVA + PUPA) DE C. extena
Considerando o somatório do período de larva+pupa de C. externa
alimentada em sua fase larval, desde a eclosão, com as fontes de alimentos já
descritas, verificou-se redução de aproximadamente 7 dias nesse período para
as larvas alimentadas somente com ovos de Sitotroga em relação a
alimentação com pulgões de 3º. e 4º. instares. Diferença que foi reduzida em
praticamente 50% quando a alimentação das larvas foram os pulgões de
diferentes idades (Tabela 5).
Esses resultados foram muito interessantes do ponto de vista prático em
virtude da presença no campo de pulgões em diferentes fases de
desenvolvimento, o que propiciaria ao predador maior capacidade ou chance
de adaptação e maior potencial biótico.
Outro fator importante no período de duração do ciclo imaturo é de que
em laboratório para uma produção massal seja mais rápido pois assim tem-se
um maior número de indivíduos ao passo que em campo é interessante que
este período dure mais tempo pois são nestas fases em que há o consumo de
presas.
xxx
Tabela 5. Duração em dias da fase imatura (larva + pupa) de C. externa com
diferentes fontes de alimentos. T= 25+ 5 °C, UR= 10%, Fotofase de 12h
Tratamento Dias
T1-Ovos de S. cerealella
17,50 c
T2-Pulgões de 1° e 2° instares
22,0 ab
T3-Pulgões de 3° e 4° instares
23,75 a
T4-Pulgões de dif. instares
20,25 b
C. V (%)
6,26
D. M. S.
2,74
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem estatisticamente a 5% de
probabilidade pelo teste de Tukey.
4.4. LONGEVIDADE DE C. externa
O tempo de vida dos insetos adultos de C. externa (longevidade) variou
de 63,8 a 67,8 dias, considerando o resultado de todos os tratamentos (Tabela
6). Esses resultados encontram-se dentro da faixa média de vida desses
predadores publicado por diversos autores, como por exemplo Aun (1986) que
verificou uma longevidade de 66,38 e 82,38 dias para machos e fêmeas de C.
externa, respectivamente sob as mesmas condições aplicadas neste
experimento. Estes resultados estão próximos aos encontrados por Murata
(1996). Em contrapartida, Morais et al. (2001) constataram longevidade média
de 48,37 e 42,32 dias para machos e fêmeas de C. cubana o que pode ter
ocorrido devido a espécie não ter se adaptado ao tipo de alimentação
(nutrição).
É fato que a longevidade é função da espécie e das condições bióticas e
abióticas as quais estão submetidos os insetos, entretanto, pelo que se pode
observar para a espécie C. externa, a alimentação dos adultos a base de mel e
lêvedo tem promovido um equilíbrio na longevidade independente da
alimentação na fase larval para os alimentos aqui testados. O maior período de
longevidade caracteriza-se como importante principalmente, quando associada
a esta característica biológica encontra-se o período e capacidade de
oviposição, uma vez que a capacidade de predação desses insetos é
fundamentalmente na fase larval.
xxxi
Tabela 6. Longevidade dos adultos de C. externa quando suas larvas foram
alimentadas com diferentes fontes de alimentos a partir do 1°, 2° e 3° instar. T=
25+ 5 °C, UR= 10%, Fotofase de 12h
Tratamento 1° Instar 2° Instar* 3° Instar**
T1-Ovos de S. cerealella
66,6 a 67,8 a 67,4 a
T2-Pulgões de 1° e 2° instares
67,6 a 67,4 a 67,4 a
T3-Pulgões de 3° e 4° instares
63,8 a 63,8 b 66,8 a
T4-Pulgões de dif. instares
67,6 a 67,4 a 67,2 a
C. V (%)
3,20 2,91 1,97
D. M. S.
3,85 3,50 2,39
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem estatisticamente a 5% de
probabilidade pelo teste de Tukey.
*Nesta análise deve-se considerar que as larvas de C.externa de 1° instar foram alimentadas
com ovos de S. cerealella
**Nesta análise deve-se considerar que as larvas de C.externa de 1° e 2° instares foram
alimentadas com ovos de S. cerealella
4.5. RAZÃO SEXUAL DE C. externa
A relação de machos e fêmeas é uma característica fundamental para o
sucesso de um programa de controle biológico, e o alimento pode ser
determinante nesse sentido. De acordo com os resultados expostos na Tabela
7, pode-se verificar que a razão de insetos fêmeas sempre foi igual ou superior
a de insetos machos, independentemente do tratamento (fonte de alimento), ou
início da época de alimentação. Dados semelhantes foram observados por
Kubo (1993) para C. cubana alimentada com ovos de Diatraea saccharalis e
por Lima (2004) com a espécie C. externa alimentadas com pulgões B.
brassicae em mesmas condições.
Tabela 7. Razão entre machos e fêmeas de C. externa quando suas larvas
foram alimentadas com diferentes fontes de alimentos a partir do 1°, 2° e 3°
instar. T= 25+ 5 °C, UR= 10%, Fotofase de 12h
Tratamentos 1° instar 2° instar* 3° instar**
T1-Ovos de S. cerealella
0,50 0,71 0,50
xxxii
T2-Pulgões de 1° e 2°
instares
0,66 0,50 0,62
T3-Pulgões de 3° e 4°
instares
0,75 0,60 0,57
T4-Pulgões de dif. instares
0,66 0,57 0,50
*Nesta análise deve-se considerar que as larvas de C.externa de 1° instar foram alimentadas
com ovos de S. cerealella
**Nesta análise deve-se considerar que as larvas de C.externa de 1° e 2° instares foram
alimentadas com ovos de S. cerealella
4.6. MORTALIADE DA FASE LARVAL DE C. externa
As maiores taxas de mortalidade foram verificadas quando os
crisopídeos eram alimentados com pulgões de 3º. e 4º. instares, principalmente
quando as larvas de C. externa estavam no 1º. e 2º. estádios (Tabela 8). Esses
resultados são plenamente justificáveis em função do tamanho proporcional
entre os pulgões mais “velhos“ e as larvas do 1 e 2 estádios do
predador.Pode-se inserir nesse contexto também a capacidade de fuga da
presa em relação à mobilidade do predador.
A mortalidade média observada pelos pesquisadores para C. externa
sob condições de laboratório é muito variável. Aun (1986) encontrou valores de
mortalidade de 29,32%, 22,82% e 15,64% para o 1º, 2º. e 3º. instares,
respectivamente, quando as larvas foram alimentadas com ovos de S.
cerealella.
A temperatura, a umidade relativa do ar e o fotoperíodo podem afetar o
potencial reprodutivo e o desenvolvimento dos insetos, atuando positiva ou
negativamente sobre o número de indivíduos de uma população. Muitas
pesquisas têm evidenciado as melhores condições para a manipulação dos
insetos da Família Chrysopidae em laboratório, existindo inúmeros relatos
acerca da temperatura ótima visando ao sucesso das criações (Figueira et al.
2000, Fonseca et al. 2001).
Tabela.8 Taxa de mortalidade durante a fase imatura (larvas + pupas) de C.
externa alimentados com diferentes fontes de alimentos, a partir do 1°, 2° e 3°
instares. T= 25+
5 °C, UR= 10%, Fotofase de 12h
Mortalidade(%)
Tratamento 1° Instar 2° Instar* 3° Instar**
xxxiii
T1-Ovos de S. cerealella
20 20 20
T2-Pulgões de 1° e 2°
instares
40 40 20
T3-Pulgões de 3° e 4°
instares
60 50 30
T4-Pulgões de dif. instares
40 30 20
*Nesta análise deve-se considerar que as larvas de C.externa de 1° instar foram alimentadas
com ovos de S. cerealella
**Nesta análise deve-se considerar que as larvas de C.externa de 1° e 2° instares foram
alimentadas com ovos de S. cerealella
4.7. CAPACIDADE DE PREDAÇÃO DE C. externa
Foi observado um consumo médio de 25 + 5 pulgões diariamente, para
o 1° e 2° instares larval e 30 + 5 pulgões para o 3° instar. Esses resultados
foram superiores aos encontrados por Lima (2004) que obteve consumos
diários de 13,91; 16,36; 19,26 para 1°, 2° e 3° instares de C. externa
alimentados com B. brassicae.
Considerando a capacidade de predação de C. externa ao pulgão da
erva-doce, verifica-se grande potencialidade de adaptação desse predador à
presa em condições de laboratório.
Segundo Wigglesworth (1965), a oviposição pode ser influenciada pela
alimentação da larva, pois parte das reservas para a formação dos ovos é
garantida nesse estágio. Rousset (1984) mencionou que alimentação larval
deficiente leva à formação de casulos menores e, conseqüentemente, após a
emergência, as fêmeas terão um desenvolvimento mais lento dos ovários e
menor capacidade de oviposição.
xxxiv
5. CONCLUSÃO
As características biológicas de Chrysoperla externa referentes a:
período larval, período pupal, longevidade, proporção sexual e capacidade de
predação avaliadas sob condições de laboratório, viabilizam o uso desse
predador como potencial agente de controle biológico do pulgão da Erva-Doce
Hyadaphis foeniculi.
xxxv
6. SUGESTÃO
A necessidade de agentes de controle biológico na cultura da erva-doce
é um fato. A potencialidade do uso de C. externa no controle ao pulgão é
viável, no entanto, há necessidade da implementação de novas pesquisas,
principalmente em nível de campo para que se possa avaliar a adaptação e
eficiência desse predador.
xxxvi
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