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Nesse instar, consomem cerca de 80% do alimento (CANARD e PRINCIPI,
1984 e CAETANO et al., 1996).
Ao estudar a biologia dos crisopídeos, Smith (1922) observou que
ocorrem três ecdises, sendo a última dentro do casulo. A duração das ecdises
e da fase larval é influenciada diretamente por fatores climáticos,
disponibilidade e qualidade dos alimentos, sendo que o alimento ingerido
durante a fase larval pode afetar, posteriormente, o processo de reprodução
(HAGEN, 1976 apud LIMA, 2004). Segundo Parra (1991), a quantidade e
qualidade do alimento consumido na fase larval afetam a taxa de crescimento,
tempo de desenvolvimento, peso, sobrevivência, bem como influenciam a
fecundidade, longevidade, movimentação e capacidade de competição de
adultos.
Ao utilizarem adultos de Sitotroga cerealella como alimento para larvas
de C. externa e C. cubana, Murata et al. (1996
a
) verificaram que este tipo de
substrato foi adequado ao desenvolvimento larval. E de mesma forma, Tulisalo
et al. (1997) observaram que o referido alimento levou a uma boa viabilidade
dos adultos de C. carnea, bem próximo a 90%.
Caetano et al. (1996) ao realizar teste de consumo com C. externa,
utilizando ovos de D. saccharalis, A. kuehniella e S. cerealella como alimento,
observou que a duração média do período pupal foi de 11,27; 11,30 e 11,16
dias, sendo a viabilidade pupal de 75,86%, 86,21% e 86,21% e a razão sexual
de 0,64; 0,56 e 0,44, respectivamente.
Os Crisopídeos são predadores extremamente vorazes (HASSAN et al.,
1985; CARVALHO, 1994 e MURATA, 1996). Apresentam alto potencial biótico,
alimentam-se de uma gama de insetos e ocorrem em várias culturas de
interesse econômico (SOUZA, 1999). São considerados importantes agentes
de controle biológico devido a sua voracidade e plasticidade ecológica, sendo
que várias espécies são citadas em diferentes agrossistemas associados a
diferentes pragas. FREITAS e FERNANDES (1996). constataram que as
culturas de algodão e citros apresentaram maior interação com os crisopídeos.
Segundo Ridgway e Murphy (1984) e Freitas e Fernandes (1996), os
crisopídeos atuam em diversos agroecossistemas, sendo eficientes tanto no
controle biológico natural, como em liberações inundativas. Ao realizarem
levantamentos populacionais, Murata et al. (1995) apud Lima (2004)