recipiente de titulação, o que resulta uma baixa freqüência analítica e elevado
consumo e descarte de reagentes.
Muitas das limitações das análises químicas em batelada, principalmente
em relação à automação, rapidez e consumo de reagentes, foram superadas após
o advento da análise em fluxo [15,16]. Em 1957, Skeggs [32] implementou, pela
primeira vez, um processo analítico em fluxo, o qual transportava a alíquota da
amostra e reagente(s) do ponto de introdução até a unidade de detecção. Além
da amostra e reagente, ar também era bombeado em direção ao detector. Esta
abordagem tem sido denominada Análise em Fluxo Contínuo. Em meados da
década de 70, outros sistemas em fluxo foram também propostos. Entre estes, a
Análise por Injeção em Fluxo (FIA, do inglês Flow Injection Analysis) foi o
mais difundido pela sua grande simplicidade e versatilidade. A injeção da
amostra, originalmente feita com uma seringa hipodérmica [33], que deu origem
ao nome da técnica, foi dando lugar a outros dispositivos mais eficientes como o
injetor proporcional [34,35], a válvula rotativa [36] e as válvulas de 6 e 8 vias
[37]. A facilidade de automação e a enorme freqüência de amostragem,
peculiares à análise em fluxo tornam a técnica extremamente adequada para
análises em laboratórios de rotina, principalmente quando um grande número de
amostras similares precisa ser analisado. Além disso, a técnica permite
minimizar custos e erros decorrentes da manipulação de soluções. Sistemas de
análise em fluxo costumam utilizar detectores eletroquímicos e
espectrofotométricos. Ao contrario da detecção eletroquímica, a detecção
espectrofotométrica apresenta a vantagem da amostra não entrar em contato
direto com o detector, o que evita efeitos de memória.
Um sistema híbrido de análise em fluxo-batelada (mais conhecido por
Flow-batch Analysis-FBA) foi proposto recentemente[18]. Sua concepção
resultou da busca por uma melhoria no processo de mistura entre as soluções de
amostra e reagentes a fim de evitar a formação de zonas de dispersão peculiar
aos sistemas FIA.