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MARIA ISABEL ARTIGAS DE REBES
ANTONIO RUIZ DE MONTOYA
TESTEMUNHA DE SEU TEMPO
DISSERTAÇÂO DE MESTRÍA EM HISTÓRIA
Ärea de concentraçâo:
Estudos Ibero-Americanos
Orientadora:
Prof. Dra. MARIA CRISTINA BHON
MARTINS
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
2001
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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS-UNISINOS
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÂO EM HISTÓRIA
ANTONIO RUIZ DE MONTOYA
TESTEMUNHA DE SEU TEMPO
MARIA ISABEL ARTIGAS DE REBES
Sâo Leopoldo, Mayo de 2001
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ANTONIO RUIZ DE MONTOYA
TESTEMUNHA DE SEU TEMPO
MARIA ISABEL ARTIGAS DE REBES
Orientadora: Profª. Drª. MARIA CRISTINA BOHN MARTINS
Dissertaçâo apresentada como requisito parcial para a obtençâo do
grau de Mestre em Hostória, no área de concentraçâo em Estudos
Históricos Latino-Americanos.
Sâo Leopoldo, agosto 2001
4
980Artigas de Rebés, María Isabel: 266 Montoya,
Testemunha de seu tempo./María A 784 Isabel Artigas de
Rebés. 1ª ed. Sâo Leopoldo (RS, Brasil) : UNISINOS, 2001.
Subtítulo: Documentos para a História da América
1. Ruiz de Montoya, Antonio
2. América do Sul História
3. Indios da América do Sul
4. Guaranis História
5. Jesuítas Missôes
6. Título
II S. T.
5
AGRADECIMENTOS
Á organizaçâo universitária da UNISINOS, ao MESTRADO EM
HISTÓRIA e ao INSTITUTO ANCHIETANO DE PESQUISAS, com
seu valioso material de consulta e estudo.
Aos Profesores responsáveis pela adminsitraçâo do Curso: eles
possibilitaram os elementos necessários para a formaçâo acadêmica que
hoje permite-me a apresentaçâo deste trabalho.
Pela mâo estendida de cada um logrei conciliar experiências,
observaçôes, pesquisas, conhecimentos, técnicas, metodologías,
vivências e acima de tudo aprofundar o estudo da nossa história regional
em um momento chave para nossos povos.
6
À JOSE ERCILIO REBES
7
__________________
INTRODUÇÃO
8
INTRODUÇÃO
Este trabalho de compilação dos escritos do Padre ANTÔNIO
RUIZ DE MONTOYA procura sanar a dispersão dos mesmos e, com isso,
brindar uma contribuição ao quefazer historiográfico. A transcrição e
atualização ortográfica
1
dos escritos dos textos, permitirá, sem dúvida, um
análise crítica e um uso mais fácil e racional de uma das peças mais
fundamentais da historiografia missionária.
O Padre ANTÔNIO RUIZ DE MONTOYA, como missionário da
Companhia de Jesus na América do Sul, foi apóstolo dos índios e agente
tenaz de uma ação cultural, pastoral e apologética, como o foram os
primeiros Apóstolos do Cristianismo na América. A do franciscano
Bernardino de Sahagún na compreensão do idioma indígena que revela os
valores do idioma, os sons e sinais que facilitam a leitura; a do Padre José
de Anchieta, jesuíta que atuou tempos antes na catequese, tanto editando
vocabulários e catecismos, como também fundando escolas, aldeias e
orando na costa do Brasil; a do Padre Las Casas pelo ardor e a paixão na
defesa dos índios, forças estas que o levaram a enfrentar-se com os
conquistadores, Vice-reis, Governadores, Audiências, e até com as
autoridades da metrópole, para reivindicar contra as injustiças e evitar o
colapso do trabalho missionário.
1
Os escritos do missionário, datando do século XVII, são, por isto mesmo, de difícel leitura. Neste
trabalho, que pretende contribuir para a sua divulgação e utilização pelos pesquisadores, oferecemos a
sua revisão e tradução para o espanhol moderno.
9
Com o impulso de suas virtudes e o estímulo dos superiores
desenvolveu próximo ao Padres Roque González de Santa Cruz, americano
como ele, e os europeus, Francisco Diaz Taño, Simon Maseta, José
Cataldini entre outros, o projeto de um Cristianismo autêntico, comunitário e
recíproco que achou no povo guarani os elementos genuínos para
concretizar a empresa jesuítica. Registrou os principais eventos do seu
tempo em um as série extensa e variada de documentos, oficiais e privados,
que hoje constituem valiosos testemunhos para a reconstrução e revisão
historiográfica do sistema colonial Ibero-americano, do trabalho
evangelizador da Companhia de Jesus e das culturas indígenas.
O propósito deste trabalho, é compilar o trabalho documental do
Padre Antonio Ruiz de Montoya, sistematizá-lo e transcrevê-lo ao
castelhano corrente. Isto com o objetivo de levar a cabo uma contribuição à
história regional cujo conhecimento, análise e uso nos trabalhos históricos
permitirão entender e descobrir fundamentos e aspectos necessários de
nosso passado. Procuramos também, contribuir com a revisão histórica da
região platina, pela importância que ela possui na história da América.
Os documentos do Padre Montoya nos permitirão conhecer, além de
sua obra como missionário, muitos outros elementos que tornam a um
homem do seu tempo, personagem principal da realidade em que atuou, e
das pessoas que conheceu, procurou compreender e defendeu.
Como referência temporal é importante salientar o ingresso do
Padre Montoya na Companhia de Jesus em 12 de dezembro de 1606. A
partir desta data os escritos fazem referência a sua vida, desde o destino
missionário nas recém fundadas reduções de guaranis em 1612, à fundação
de outras reduções entre 1615 e 1620, suas incursões no Tibagi, Tayaoba e
Tayatí a partir de 1625; sua relação com caciques e xamãs, assim como o
grandioso êxodo de 12.000 indígenas em 1631.
10
Também sua viagem à Espanha para advogar em defesa dos índios
das reduções contra os paulistas e seus assaltos; a apresentação dos
memoriais ao Rei, e a publicação da “Conquista Espiritual” e de sua obra
lingüística entre 1638 e 1643; o regresso à Lima com seu reclamo aceso em
novas cartas e memoriais, até a sua morte em 1652.
As dificuldades da transcrição e atualização, ainda que muitas,
foram sendo superadas na medida em que o trabalho nos comprometia a
aumentar o esforço, e o entusiasmo pelo conteúdo de cada parágrafo era
estímulo para continuar com o próximo. Realizamos a transcrição ao
espanhol com ortografia atualizada; se a pontuação modificou levemente a
forma, tivemos especial cuidado para não modificar o sentido das frases.
Após a leitura de cada documento, efetuamos uma primeira
classificação dos mesmos; anotamos diferenças substanciais que sugeriam
a sistematização, para conseguir uma melhor compreensão e localização
dos textos. Assim registramos em primeiro lugar as relações e os
testemunhos, para seguir com as cartas e, finalmente, com os memoriais.
Esta etapa complicada no começo - nos facilitou a localização dos textos
nas bibliografias consultadas, sua precisa comparação e determinação das
particularidades específicas de cada um.
Consideramos conveniente adotar para sua apresentação, assim
como está na Monumenta Peruana
2
(cuja orientação seguimos) a seguinte
ordem:
2
MONUMENTA PERUANA. Edição de Antonio Egaña. Romae: Monumenta Historica Societatis Iesu,
1954-1981.
11
-
Título do documento: é o que aparece à continuação
do número de ordem, e responde ao conteúdo do texto; é o que
achamos mais conveniente para a presente edição.
- Texto: mencionamos aqui as caraterísticas do original,
lugar onde se encontra, seu estado, as cópias que existem, etc.
- Impressão: destacamos o autor, editor, título da obra,
volume e página onde o texto aparece, na maioria dos casos; é o
que nos serviu de base para nossa transcrição.
-
Edição: especificamos as caraterísticas da presente edição,
mencionando o autor, título, volume, editorial, e página do texto
transcrito, com ortografia atualizada, solução de abreviaturas e
notas de esclarecimento de termos antigos. Para a redação dessas
notas consultamos principalmente o dicionário de língua
espanhola, editora Garnier Hermanos, Madrid, 1891.
- Destinatário: faz referência as pessoas para as quais os escritos
eram dirigidos, a maioria dos textos vai destinado ao Padre
Provincial da Província Jesuítica do Paraguay mas também se
encontram os destinados ao Rei aos vice-reis, algumas cartas aos
governadores e correspondências com outros jesuítas, seus
colegas.
- Data: consta a data do documento, no caso das cartas
ao Padre Montoya incluídas nas Cartas Anuas, são mencionadas
as datas das Cartas Anuas.
Foi aqui que residiu um dos nossos maiores problemas: o “descuido
na cronologia” como dizem os historiadores, fator complicador como quando
aparecem dois escritos similares. Assim ocorre, por exemplo, na Carta Anua
12
de 1612, que o Padre Montoya volta a enviar devido a perda da primeira.
Na maior parte dos documentos, o ano é mencionado, dado que aparece de
forma explícita; caso contrário, é possível sua dedução pelos
acontecimentos mencionados. Um sem número de escritos não possuem
data; isso ocorre, em particular, naqueles transcritos pelo Padre Jarque. A
tarefa de localizá-las facilita-se através da constatação dos mesmos fatos
em outros documentos coetâneos, ou das obras históricas do Padre Pablo
Hernández (1913), e do Padre Pedro Lozano (1754-1755).
- Bibliografia: citamos as bibliografias que contêm os
dados identificadores do texto transcrito. Elas são as de Hugo Storni
(1984) Guillermo Furlong, (1964) e Efraim Cardozo (1979).
- Autores: aparecem aqui os autores que os documentos
citaram, comentaram ou transcreveram parcial ou totalmente.
À continuação aparecem outros autores que consideramos de
importância referir. Ao longo desta etapa organizamos os índices
onomástico, geográfico e por matéria.
O caudal de informações existente nos textos, constituiu o aspecto
chave que agilizou este trabalho. Nos estimulou a seguir em frente apesar
dos múltiplos inconvenientes, e deixa latente, quase como uma necessidade,
o propósito de continuar a investigação neste sentido. Isto porque, sem
dúvida, elas são suporte importante para alimentar as investigações de
cunho etno-histórico que contemporaneamente têm contribuído para revisar
a produção historiográfica sobre a história da América em geral e platina em
particular.
O historiador, em seu trabalho, muitas vezes, não faz mais do que
reter do passado, aquilo que ele quer entender ou justificar na sociedade em
que participa. Assim as “histórias tradicionais” relegaram para um segundo
plano as sociedades colonizadas pela expansão européia, inscrevendo na
13
“memória coletiva” (ou “história oficial”) o conjunto de informações que
pudesse justificar, pelo passado, suas ações de poder e seu domínio sobre
determinado território.
Um posicionamento diferenciado frente a culturas diferentes da
ocidental, pode abrigar-se nos estudos da etno-história, além de ser
absolutamente pertinente, no nosso caso - na América Latina - pela
fortaleza étnica e cultural dos milhões de indígenas que a habitam.
A leitura da documentação histórica costuma ser interpretada
desde outra hermenêutica, diferente da que a produziu. Segundo Bartomeu
Meliá, eferindo-se aos guarani junto aos quais atuou o Padre Montoya:
"..a etnohistória, ou mais precisamente a etnohistória
guarani, não é simplesmente uma história que trata
do índio guarani. Não é o guarani na história, nem o
guarani da história, mas sim a historia do guarani
enquanto que é este, quem sabe seus tempos e os
entende." (Meliá: 1991, p.2)
Uma das questões centrais para o estudo da história americana, é a
perspectiva desde a qual se analisam e identificam os dados, se interrogam
os documentos e se realizam comprovações teóricas ou práticas. Esta
análise, desde já, compreende o período dos primeiros contatos rumo à
frente, onde a presença do conquistador produziu uma série de informações,
desde sua posição européia e etnocêntrica.
O descobrimento e conquista da América tem para nós, uma
questão central; a “questão do outro”, como assinala Todorov:
“Duas razões fundamentaram a escolha deste tema
como primeiro passo no mundo da descoberta do
outro. Em primeiro lugar, a descoberta da América, ou
melhor, a dos americanos, é sem dúvida o encontro
mais surpreendente de nossa história. Na ´descoberta´
dos outros continentes e dos outros homens não existe,
realmente, este sentimento radical de estranheza. Os
europeus nunca ignoraram totalmente a existência da
África, ou da Índia, ou da China, sua lembrança esteve
14
sempre presente, desde as origens....No início do
século XVI, os índios da América estão ali, bem
presentes, mas deles nada se sabe, ainda que, como é
de se esperar, sejam projetadas sobre os seres
recentemente descobertos imagens e idéias
relacionadas a outras populações distantes.”(Todorov,
1983:4)
O estudo dos povos indígenas, em particular daqueles que
habitavam o território sul- americano, conta com uma importante
documentação etnográfica que inclui registros dos primeiros viajantes e dos
primeiros jesuítas que entraram em contato com eles, como foi o caso o
Padre Montoya. Estes registros escritos por terceiros, registros sobre
sociedades ágrafas, devem ser lidos conscientemente a partir de uma
interpretação diferente daquela que lhe deu origem. A abordagem etno-
histórica em toda sua amplitude, permite a formulação de generalizações
mais amplas sobre a organização das culturas indígenas e o câmbio nelas
produzido no contato com o mundo ocidental. Marshall Sahllins afirma que:
“... A história é ordenada culturalmente de diferentes
modos nas diversas sociedades, de acordo com os
esquemas de significação das coisas. O contrário
também é verdadeiro:: esquemas culturais são
ordenados historicamente, porque, em maior ou
menor grau, os significados são reavaliados quando
realizados na prática. A síntese desses contrários,
desdobra-se nas ações criativas dos sujeitos
históricos, ou seja, as pessoas envolvidas.” (Sahlins,
1972, p.7)
O termo “etno-história” e seus conceitos, segundo Horward F. Cline
(1972), entraram na literatura na década de 50 e ainda não são
completamente aceitos. Neste sentido, sua obra -Guia dos índios do meio
Oeste Americano- esclarece sobre a evolução do conteúdo e
desenvolvimento da etno-história. A importância deste trabalho está em
apresentar as várias investigações, realizadas em sucessivas etapas, a
partir de uma planificação rigorosa que teve como base o “Manual dos Índios
Sul-Americanos” (1946-59). Sem possuir um componente etno-histórico
importante, ele inclui artigos extremamente substanciais e idôneos que hoje
15
poderiam ser classificados como etno-históricos, em especial os artigos de
Rowe e os de Kubler.
A partir do terceiro Congresso Internacional de Ciências
Antropológicas e Etnológicas realizado em Filadélfia em 1956, um Comitê
teria a responsabilidade da planificação do Manual (HAML). O processo de
planificação, na sua primeira parte, apresentou um inconveniente
fundamental, a inadequada cobertura de materiais etno-históricos,
concluindo que ele “seria prematuro, dada a escassa base monográfica, a
desordem e a falta de conhecimento sobre as fontes necessárias, o
reduzido número de especialistas treinados em etno-história, e as visões
contrastantes quanto ao alcance e natureza da etno-história” (Cline, 1972:2)
O debate entretanto, iluminava alguns aspectos do problema, ao
requerer para o trabalho de reconstrução das sociedades primitivas, a
participação de historiadores com mentalidade antropológica, antropólogos
com inclinações históricas, arqueólogos e etnólogos, esses últimos com a
consciência de que os dados que os auxiliam em seus estudos podem ser
achados em registros escritos. Cline opina que:
“a diferença pode ser multiplicada embora, talvez
aqui, os aspectos mais importantes das variedades
de etno-história sejam aqueles onde coincidem os
interesses dos antropólogos, geógrafos e
historiadores (inclusive os historiadores da arte)
sendo mutuamente reforçados. O historiador acha
que sua tarefa está partida em três estágios, seja
qual for seu objetivo. O primeiro é o da identificação
e localização das fontes importantes, comumente
uma árdua tarefa bibliográfica, mas o principal de
sua incumbência. O segundo é a sujeição dessas
fontes a uma bateria (“standard”) de testes
padronizados, críticos, para, em primeiro lugar,
validar a autenticidade do material, depois, para
avaliar sua honestidade (confiabilidade), através do
exame da pessoa e das circunstâncias envolvidos
na produção do documento. Seu estágio final é o da
síntese, a expressão de seu problema e a
16
apresentação da evidência extrínseca que sustente
sua solução.” (Cline, 1972: 7)
Assevera ainda que, embora em determinados estágios do trabalho
os especialistas das diferentes matrizes disciplinares percorram trajetórias
diferenciadas, eles em algum momento, compartilham temas, fontes ou
preocupações comuns:
“antropólogos, geógrafos e historiadores podem ter
uma separação amigável de caminhos, implícita
desde o início. O historiador, pouco provavelmente,
terá uma urgência profissional em escrever uma
etnografia histórica muito ampla, ou, penosamente
em reconstruir os anais ou a ecologia de um único
vilarejo indígena, como o fariam, muito
adequadamente, o antropólogo ou o geógrafo. Mas,
até onde os objetivos de cada sociedade (ou
associação de historiadores, geógrafos, etc.)
apontarem em direções diversas e enfatizarem o
produto final, todos eles compartilharão
preocupações comuns sobre as fontes, seus nomes,
localização e, em especial, sua credibilidade e
relações, umas com as outras.” (Cline, 1972: 472)
Sobre a Etno-história, Alfredo Gimenez Nuñez, em relato
apresentado em 1973 em Sevilla, sustenta que ela não é uma ciência, mas
um método. Neste sentido sua conceitualização não deve considerá-la um
objeto de estudo, e a questão se reduziria a estabelecer sua posição com
respeito a ciência para qual serve como método:
“Mi primera afirmación es la siguiente: si al pasado
remoto o, em cualquer caso, o pasado carente de
otra fuente de información que no sean los restos de
cultural material, aplicamos el método arqueológico;
y si para el presente observable por el antropólogo
contamos con el método etnológico, debemos
también contar y desarrollar un método específico
que permita trabajar como antropólogos dentro de
los períodos históricos en los cuales la fuente
principal de información la constituye el documento
escrito. El método encargado de esta labor es al que
yo llamo etnohistórico y para mí etnohistoria no es
17
más ni es menos que un método y un nivel de
elaboración que caen plenamente dentro de la
Antropología [e a história, afirmaria eu] y que no
tiene más límites en cuanto a problemas, grupos
humanos, épocas o áreas que los límites que
impongan la documentación y la propia ciencia
antropológica.”(Nuñez Gimenez, 1973:97).
As questões que segundo Jiménez Núñez vêm conformando o
conceito de etno-história são a limitação de seu campo de estudo, e o lugar
que devia ocupar com respeito a Antropologia e a História. Quanto às fontes
da etno-história, sua posição é clara. Considera que os etno-historiadores
têm se ocupado quase de forma exclusiva de sociedades primitivas, em que
a documentação procede dos países ocidentais que mantiveram contato
com essas sociedades em uma situação de domínio. Mas entende que são
importantes também as daquelas sociedades e períodos onde a
documentação é abundante e diversa. Isto já que procede e trata todos os
setores existentes em uma sociedade complexa, sobre a qual é possível
obter informação escrita procedente de pessoas de outras sociedades que
mantiveram com ela alguma forma de contato. Conclui afirmando que as
fontes etno-históricas são as mesmas que utiliza o historiador, e inclusive
alguma que o historiador pode passar por alto ou brindar uma importância
menor.
Se estabelece assim uma divisão entre “informação primária” e
“informação secundária”. Por um lado, a informação secundária é a que
utilizam, preferentemente os etno-historiadores por ser mais abundante - ou
ser muito escassa, ou diretamente não existir a outra - nas situações que
investigam.
Esta é uma documentação que passou, pelo menos, por um
primeiro nível de elaboração por parte de seus autores que, em muitos
casos, foram missionários como Montoya, ao fazer história ou relação de
suas atividades ; cronistas ou historiadores que como testemunhas
presenciais ou próximas no tempo ou no espaço, recolheram fatos, notícias,
18
mitos, lembranças que ordenaram e, consciente ou inconscientemente,
transformaram de alguma maneira. Pode também provir do informe de um
funcionário público numa viagem de inspeção ou numa prestação de contas,
etc.
Nesta ordem de idéias, os documentos que integram este trabalho,
pertencem ao tipo de informação que chamamos secundária , porque foram
elaborados por um missionário, o Padre Antonio Ruiz de Montoya, membro
da Companhia de Jesus que, como tal, informava aos superiores os
pormenores de suas atividades, de igual maneira que a maioria dos
missionários que chegaram às terras americanas. Montoya representa,
porém, neste contexto, uma situação particular, porque sua atividade não
se limitou a informar somente seus atos; muitos de seus escritos - como as
cartas a outros padres, ao vice-rei, assim como os testemunhos - contém
uma importante descrição e análise crítica da situação em que os índios
viviam. Em alguns se destaca a situação de injustiça, pelo mal trato que
recebiam os índios, propondo soluções para evitá-las.
No ponto 3 do capítulo I, “Montoya e seus escritos ocacionais
analisamos os aspectos citados ao nos referirmos às cartas, relações,
testemunhos e memoriais subscritos pelo Padre Montoya. Nestes textos se
evidencia, não somente uma relação de um missionário que informa suas
atividades para seus superiores, mas também um analista crítico da
realidade social, econômica e política em que viviam os índios das colônias
espanholas.
Montoya aprofundou-se com admirável dedicação nos elementos da
cultura guarani. Aprendeu o idioma e elaborou a partir deste conhecimento -
e de sua atitude de investigador - “El Tesoro da Língua Guaraní”, primeiro
dicionário dessa língua e valioso - como seu nome o indica - não só para a
Evangelização, mas para o conhecimento da cultura guarani. Com o
conhecimento do idioma, avançou sobre aspectos fundamentais da vida do
guarani como são: os xamãs, as cerimônias, a embriaguêz ritual, a
19
organização familiar, as festas, os rituais de comensalidade, a ecologia, o
culto aos mortos e a religião. Chegou a perceber as diferenças entre os
distintos grupos que conhecia, buscando as causas e os motivos destes
elementos culturais.
Neste sentido, a documentação do Padre Montoya reúne em alguns
de seus documentos, também as características daquela que Jiménez
Núñez chama de “informação primária”, porque permite trabalhar-se com
documentação que surgiu espontaneamente da interação social; que não se
produziu pensando no futuro ou para cumprir nenhum objetivo acadêmico,
científico, religioso ou administrativo, senão que era parte do sistema de
comunicação entre os membros e instituições da sociedades.
É a informação contida nesses documentos o que os valoriza para o
trabalho etno-histórico: abundante, repetida, variada, minuciosa, diversa tal
qual como observou e escutou Montoya, e que, somadas a outra
documentação e achados arqueológicos, constitui-se nas fontes próprias da
etno-história.
A etnohistória, por estes elementos, permite completar o panorama
universal que interessa à antropologia, que junto a arqueologia e a
etnologia, não deixa de fora nenhum setor espaço-temporal. Ademais a
etno-história vem a ocupar um vazio no conhecimento do processo total da
humanidade, porque se presta a frutíferas relações com outros métodos.
Por exemplo, em relação com a ecologia e sobre a base de que a
persistência das condições naturais em certas áreas, e as conseguintes
relações homem-meio, permitem também uma continuidade cultural que
ajuda a preencher a fronteira entre o passado e o presente.
3
3
“La ecología andina, las cosechas andinas, las formas andinas de manejar la altitud o el agua, la
concepção andina de o que podía ser un recurso: todas estas cosas perdurablemente andinas necesitão
estudo etnohistórico. Dados los intereses dos antropólogos pela comunidad local e a comparação
cultural, su enfoque da etnohistória tiene un foco distinto y parte de premisas diferentes”. Murra in:
Current reserarach and prospect in Andean etnohistory, Latin American Reserarch Review, vol.5,
núm.1,6. Cit. Por: Jiménez Núñez, Alfredo, “El conceito de etnohistória”, ponencia na “Primeira
reunión de antropólogos espanoles”, Universidad de Sevilla, 1973.
20
Trigger (1975) em seu trabalho sobre problemas e perspectivas da
etno-história, considera que o entendimento da história americana nativa é
essencial para compreender a história colonial:
É evidente que a maior parte da documentação escrita sobre a que
se baseia a história nativa americana, é produto da colonização européia e
até é possível afirmar que a história nativa é primariamente uma extensão da
história colonial, mas Trigger (1975) demonstrou que era possível reproduzir
a história de um grupo nativo específico na qual os acontecimentos externos
são tratados somente em quanto eles afetarem a esse grupo e seus
membros. Afirma também que considera vital para a compreensão da
história colonial européia, a compreensão da história nativa americana.
As obras literárias do P. Montoya, assim como seus escritos
epistolares, constituem um caudal de informação importante para o
conhecimento das culturas indígenas com as quais teve contato e dos
acontecimentos contemporâneos, que têm relação com os diferentes
avanços da ocupação das colônias sul-americanas. Por isso, o objetivo
fundamental do presente trabalho, é aportar a documentação relacionada a
uma época determinada, de povos da família guarani, como fonte do
trabalho etno-histórico. Para uma melhor compreensão organizamos o
mesmo nos seguintes capítulos:
.
üü Introdução
üü Capítulo I: Montoya uma vida para uma missão
üü Capítulo II: Relações
üü Capítulo III: Cartas
üü Capítulo IV: Memoriais
üü Capítulo V: Conclusão
üü Capítulo VI: Apêndices
üü Bibliografia
21
Considerando fundamental para uma melhor compreensão dos
seus textos, conhecer a vida de Montoya e as circunstâncias que lhe
tocou viver - como também o contexto no qual surgiram os documentos
que aqui trazemos - iniciamos apresentando, no Capítulo I, intitulado
“Montoya uma vida para uma missão”, uma detalhada biografia do
missionário sob cuja obra detém-se este trabalho. Incluímos aí uma
perspectiva que vai desde seu nascimento na “Ciudad de los Reyes
4
,
sua vocação e formação religiosa, seus diferentes destinos como
missionário - em particular seu trabalho evangelizador no Guairá - suas
gestões junto a vice-reis e governadores, até sua viagem à Madrid e a
apresentação dos seus “memoriais“ ao Rei. Incluímos também uma
síntese das grandes obras de sua autoria, assim como de seus escritos
ocasionais.
Passamos então, conforme anunciamos anteriormente, a apresentar os
textos de sua produção, privados e oficiais, classificados como Relações, no
capítulo II, Cartas no número III, e, finalmente, os Memoriais no IV e último.
Isto, tomando o cuidado de sistematizá-los e, na sua transcrição, atualizá-los em
ortografia do espanhol corrente. Na medida do necessário, intentamos
complementá-los ainda, com notas de esclarecimento. Pretendemos assim,
facilitar o trabalho de análise daqueles que encontrarem nos escritos de
Montoya, fonte privilegiada para seus trabalhos de investigação. E, desta forma,
entendemos estar aportando uma contribuição à construção do conhecimento
histórico da região platina em geral e das missões, das quais ele foi um dos
maiores articuladores, em especial
4
Na apresentaçäo do nome, tanto das cidades quando dos povoados jesuítico-guaranis, mantivemos a
grafia em castelhano.
22
________________
CAPÍTULO I
MONTOYA UMA VIDA PARA UMA MISSÃO
23
1. Biografia:
1.1. Despertar de uma vocação
A história da conquista e colonização de América, põe de relevo a
ação daqueles que foram personagens principais de projetos alternativos,
ainda que dentro do sistema colonial, como o impelido para os Padres da
Companhia de Jesus que procurou, e resolveu, aspectos essenciais à
sobrevivência e evangelização de milhares de almas indígenas. Neste
contexto, a personalidade de Antônio Ruiz de Montoya adquire conotações
particulares, as quais avolumam-se ao aprofundarmos as investigações.
Ele tinha nascido em 13 de junho de 1585 na cidade de Lima de
los Reyes, vice-reinado do Peru, filho de Cristóbal Ruiz, cavalheiro andaluz
de Montoya e da senhora limenha, Ana Vargas. A solidão a qual a vida o
tinha exposto - com a perda prematura de seus pais - o levou, em várias
ocasiões, a resolver por si próprio, apesar de seus poucos anos, as
vicissitudes de sua situação de orfandade. Talvez ela ajude mesmo a
entender sua vocação para a coisa mística e sua decisão de entrar, a
pedido de um Padre jesuíta, para a “Real Escola de San Martin” de Lima.
Muito cedo a sua energia múltipla se tornaria uma força que o
impulsou a abandonar os estudos e seguir uma vida desorientada;
adolescente enfim, procurou as festas com os amigos e as aventuras.
Interiormente, contudo, permaneceu intata sua fé, como uma fonte que
depois transbordaria em um misticismo inesgotável. Uma vez passados os
tempos de desânimo, nos que sentiu freqüentemente chamadas de
advertências que urgiram que voltasse ao Seminário, foi acolhido e animado
em suas virtudes pelo P. Gonzalo Suarez.
1.2. De noviço a missionário
24
Entrou no Noviciado em 1606 depois de 11 meses de estudos
preparatórios. Lá percebe, de forma definitiva, a motivação que encoraja-o
para seguir sua vocação de missionário, defensor e promotor de uma vida
merecedora para os índios. O P. Jarque (1900), o seu primeiro biógrafo, e o
mesmo P. Antônio, na “Conquista Espiritual”, dizem:
“... en este punto le mostraron un grandísimo campo
de gentiles y algunos hombres que con armas en las
manos corrían tras ellos, y dándoles alcance los
aporreaban con palos, y cogiendo y cautivando a
muchos, los ponían en muy grandes trabajos. Vio
juntamente unos varones más resplandecientes que
el sol....Conoció ser de la Compañía de
Jesús....Aquellos varones procuraban con todo
conato arredrar a aquellos que parecían demonios,
que todo hacía una representación del juicio final,
como comúnmente lo pintan: a los ángeles
defendiendo las ánimas, y a los demonios
ofendiéndolas. Vio que hacían oficio de ángeles los
de la Compañía, con cuya vista se encendió en un
ardiente deseo de serles compañero en tan honroso
empleo. Siguióse luego el ver y sentir
experimentalmente que Cristo nuestro Señor bajaba
de lo alto.... y acercándose a El que estaba de
rodillas, le echó el brazo sobre sus hombros...Aquí
entendió que Cristo Jesús ...le escogía para la
provincia del Paraguay en donde había suma de
gentiles que sólo esperaban oír las dichosas nuevas
de las bodas del cordero imprimiéndoles en su alma
un ardiente deseo de emplearse en su conversión...”
(MONTOYA, 1639:25-27).
Convencido do seu destino missionário, ele implora aos seus
superiores para empreender com urgência a evangelização e defesa dos
índios, sem se interessar por um maior desenvolvimento de sua carreira
dentro da Ordem. Diego de Torres Bollo, primeiro provincial da Companhia
no Peru, em face à necessidade de padres para o imenso território que se
abria para o trabalho dos padres, aceitou o oferecimento do Irmão Antônio
Ruiz de Montoya, autorizando a sua ordenação sem grau acadêmico. O
mesmo P. Torres depois reconheceria como: “...varón perfecto, de mucha
oracion; en la conversión de la gentilidad acomete muchos traajos con riesgo
25
de la vida; de muy buen gobierno, fue pecado quitarle los estudios, porque
pudiera ser proincial; imita los pasos de nuestro San Francisco Xavier en
ánimo, trabajo y discreción”.(Cfr: FURLONG, Montoya, 1954: 11-12)
Em Santiago del Estero, a 2 de março de 1611 é ordenado padre
pelo Bispo Hernando de Trejo y Sanabria; na viagem de Córdoba foi
acompanhado pelo P. Francisco Vazquez de la Mota e os colegas de escola
Pedro Romero, Martin Javier Urtasum e Cristóbal Diosdado.
1.3. A redução ao idioma Guarani
Em princípios de setembro de 1611 chega a Asunción del Paraguay
devendo esperar mais de seis meses para continuar viagem rumo à Missão
do Guairá, onde, segundo carta do Padre Provincial de 23 de setembro de
1611, já tinha começado a atividade missionária:
“Digo que como a V.S. le consta yo tengo ocupados
seis sacerdotes de la Compañía en tres pueblos y
reducciones de los indios Guaycurús, Paraná y
Tabagiba, (Tibagí), los cuales se ocupan en reducir y
doctrinar dichos indios, y esto hice por orden e
instancia del señor Hernando Arias de Saavedra.”
(TORMO SANZ y BLANCO,1989:89)
Seguindo os trabalhos do Fray Luis Bolaños, do Padre Diego
González Holguín e do Padre Francisco de San Martín, conseguiu
aprofundar-se no estudo da língua, tendo-se previamente preparado com o
conhecimento básico da teoria, normas, esquemas e regras gramaticais.
Sua observação aguda deixou-o percebeu as diferenças, os distintos
26
matizes das expressões e as múltiplas variações de importância para uma
cabal compreensão da língua. Posteriormente, já no trabalho missionário
com os índios, adquiriu na prática cotidiana o domínio do idioma guarani.
Sabia, desde o começo, a natureza dos inconvenientes que estava
para enfrentar:
“Montoya aprendió del P. González Holguín algo
más que la estructura de las lenguas. Conoció
cuáles eran los atropellos, los vejámenes, las
crueldades que oprimían a los indios de la región
que ambos debían evangelizar. Afiló no sólo las
armas de las letras para vencer en el combate del
idioma, sino también el acero de una recta
conciencia con ideas claras y precisas para derrotar
violencia y desórdenes.”( TORMO SANZ y BLANCO,
1989:81)
1.4. Rumo ao Guairá
Depois de sua estada em Tacumbú, nas cercanias de Asunción,
tomou o caminho ao Guairá, seu primeiro destino como missionário, onde
já estavam trabalhando os Padres Cataldini e Maceta. Portugueses e
espanhóis disputavam entre si a força de trabalho dos índios: “... y hoy nos
encontramos entre dos fuegos: los vecinos de Sâo Paulo que quieren llevar
indios a trabajar en sus minas y los de aquí y Villa Rica que desean les
labren sus chacras.” (TORMO SANZ y BLANCO,1989:92)
27
Em Mbaracayú encontra ao Padre Cataldini quem, por gestões ante
as autoridades, se dirigia a Ciudad Real, prosseguindo juntos o caminho. O
Geral Antonio de Añasco tinha proposto aos caciques e missionários que se
estabelecessem cerca das cidades de espanhóis. Isto significava voltar atrás
no projeto missionário, despovoar às duas reduções já fundadas, e impedir
assim, outras novas.
Nesta circunstância chega à redução de Nossa Senhora de Loreto
(do Pirapó) onde encontra ao Padre Maceta que dispunha apenas dos
mínimos elementos de sobrevivência. Empreende de imediato suas viagens
pelas terras do Guairá com o Padre Cataldini, procurando contato com os
caciques para reuni-los e organizar novos povoados. Se encontra nesta
circunstância com Taubicí, Tabibí, Atiguayé, Maracaná e outros tantos
caciques que, de diferentes formas, foram aceitando a “redução” que
proponham os padres.
Em 1612 é enviado como Procurador da missão do Guairá à
Asunción para informar pessoalmente aos superiores sobre a situação das
reduções. Tinha sofrido o drama guairenho sob as pressões dos interesses
dos portugueses e espanhóis . Sua presença na cidade foi fundamental para
dissipar as múltiplas versões sobre os acontecimentos. Os resultados desta
gestão não significaram um passo positivo para o projeto missionário;
pesaroso e fatigado, regressa aos conflitos cotidianos do Guairá, com uma
tropa de gado vacun que seria a origem da pecuária do lugar.
No momento de sua chegada, por iniciativa dos moradores de
Ciudad Real, mantém uma reunião para conciliar propostas sobre a atitude
a assumir ante as Ordenanças de Alfaro
5
e o serviço pessoal. Surge então a
5
El Rey de España Felipe II dispuso que el presidente de la Audiencia de Charcas inspeccionara las
regiones de su jurisdiccion con el objeto de producir un informe respecto del trato dado a los
indígenas. Se encomendó al oidor Francisco de Alfaro la misión de cumplimentar la ordenanza real.
Éste recorrió la región del Tucumán, Cuyo, Buenos Aires y Paraguay y en la ciudad de Asuncion
(1612) dio forma a las Ordenanzas que llevan su nombre. En ellas el oidor Alfaro cumplió toda la
legislacion referida a la sitiación del indio: - se reitera la supresion del trabajo servil de los indios; -se
establece que no podían ser trasladados a mas de una legua de distancia de su residencia habitual; -
declara nula toda compraventa de indios, fijando que todos aquellos que hubiesen sido traladados de
28
“declaração de injustiça“ desta prática de fato, um modo de escravidão e
determina-se a imediata liberdade dos índios para voltarem para suas
terras, os que assim o desejassem. Com respeito aos que preferiam
permanecer como gente de serviço pessoal, se estabeleceu um salário que
devia ser pago por seu trabalho.
Durante vários anos sua ação evangelizadora se desenvolveu como
missionário itinerante, ao estilo dos primeiros padres na área; administrando
batizados e celebrando missas chegou ao lugar que chamavam de Nossa
Senhora de Copacabana, em memória do já então bem conhecido Santuário
do Alto Peru, hoje Bolívia. Neste recorrido visitou aos índios “Cabelludos“ ou
“Coronados“, na região do Campo, continuando, depois, em Inheay; seu
trabalho.
De regresso à redução de Nossa Senhora de Loreto onde deve
assumir, muito a contragosto, o cargo de superior da missão, substituindo ao
Padre Cataldini que devia viajar para Asunción para realizar a profissão de
quatro votos e ir até Córdoba, para assistir à segunda Congregação
Provincial dos jesuítas paraguaios. Encontra aos Padres Maceta e Urtasum
como únicos companheiros para atender às duas reduções recém fundadas
e aos povos de índios anexos (Itamaracá, Araraa y Maracaná). Se bem que
tinha logrado um a certa convivência pacífica com os espanhóis das cidades
vizinhas, estes não haviam abandonado seu projeto de transladar as
reduções para as cercanias de Ciudad Real e de Villa Rica del Espíritu
Santo. A idéia não era compartilhada pelo Padre Antonio, embora tenha
deixado que os índios decidissem.
una encomienda a otra serían devueltos a su lugar de origen; - el indio tendría libertad de elegir
patrón, pero no podía comprometerse a servir al mismo más de un año; -se establece el pago de una
tasa anual de cinco pesos que podían ser pagados en productos de tierra o, en su defecto, con treinta
días de trabajo, debiendo encargarse del cobro el justicia mayor o los alcaldes; -se reglamenta la
formación de pueblos indígenas regidos por el alcalde indio; -se reglamenta la mita, estableciéndose
que la remuneración no podía pagarse en especies y el mitayo debería ser atendido o enviado a su
lugar de origen. Las ordenanzas de Alfaro fueron muy resistidas. Tanto en el Rio de la Plata como en
el Paraguay se levantaron voces interesadas en impedir la reivindicación del indígena, pero las
ordenanzas se aprobaron con algunas modificaciones.
29
Uma forte epidemia custou a vida de mais de 200 pessoas, entre
elas a do próprio pároco de São Inácio, o Padre Martín Javier Urtasum;
também o Padre Montoya sofreu o mal, mas conseguiu vencê-lo. Restavam
assim dois missionários para cinco populações indígenas. A necessidade de
contar com a ajuda para levantar novas populações, levou o Padre Montoya
até Ciudad Real onde recebe uma rotunda negativa por parte dos
guairenhos, aos quais não interessavam os estabelecimentos indígenas que
não estivessem ao alcance de sua mão para poderem servir em suas
cidades.
1.5. Um desterro esclarecedor
Outra contrariedade surge com o Visitador Canônico enviado pela
sede vacante assuncenha, o qual proclama a secularização das missões. O
Padre Montoya parte por este motivo, novamente para Asunción, na
qualidade de desterrado, mas com o profundo e firme propósito de lutar
contra a servidão dos indígenas, fato real e constantemente palpável a
medida em que avançava sua ação evangelizadora.
Esta vez o conflito era do tipo eclesiástico: o "cabildo" catedralício
propunha o desterro dos missionários devido às desavenças entre
franciscanos e jesuítas pela divisão dos territórios onde haveriam de
missionar.
O Visitador Geral do Bispado, encarregado da secularização, foi
Francisco Resquín, com a comissão do Licenciado Trejo, Comissário da
Inquisição em Buenos Aires. Resquín tratou por todos os meios de
desprestigiar aos jesuítas, o que produziu diversas reações entre os índios;
uns foram à Villa Rica outros navegaram Paraná abaixo, e outros se
refugiaram nas selvas. Somente os de São Inácio, chefiados por Miguel
Atiguayé, se apresentaram ante o Padre Antonio com estas palavras:
“...Ayer nos pasamos aquí, no tengo mi casa
acabada, ni tengo chácara, pero, con todo eso, el
amor que te tengo, no sufre que en este tiempo te
30
deje. Yo quiero ir contigo, y quiero que vayan dos
caciques para que digan en el Paraguay de que
manera estáis vosotros con nosotros, y la vida que
hacéis, y así ya estoy aparejado para llevarte y
volverte con el favor del Señor.” (LEONHARDT, CA
2, 1927:48)
Em 8 de maio de 1614 chegaram o Padre Montoya e os índios, a
Asunción; a ação desdobrada por Atiguayé em defesa dos missionários
levou-o perante o próprio Governador interino, D. Francisco González de
Santa Cruz, a D. Antonio de Añasco e ao Tenente General Andrés Lobato,
expondo a todos eles justificados argumentos para a continuação do projeto
evangelizador no Guairá. Um dos espanhóis se viu obrigado a responder em
tom de confissão:
“- Amigo Atiguayé, no puedo negar que los Padres
son como vos decís; y solamente por lo que se
oponen al servicio personal, como nos ha tocado en
lo vivo del interés, hemos dado en aborrecerlos; que
en otro tiempo, en que faltó ese incentivo, muy
cordialmente los amábamos. Por tanto, retractando
lo que antes dije, en fuerza del afecto, que reina,
digo una y mil veces que los améis y estiméis, para
que podáis aprovecharos de su doctrina.” (LOZANO,
1755: 745)
1.6. A missão do Guairá: consolidação e progressos
Comprovada a inocência das acusações contra o Padre Montoya, os
Superiores autorizam a continuação de seu trabalho no Guairá para onde
retornou com o Padre Cataldini que ficou responsável pela direção das
missões. Passaram-se assim cinco anos - de 1615 a 1620 - sem maiores
sobressaltos nem fortes acontecimentos como os ocorridos anos atrás.
O novo Provincial dos jesuítas do Paraguai, desde 1615 e até 1623,
foi o P. Pedro de Oñate, e o Governador, entre 1615 e 1618, foi D.
Hernandarias Saavedra. O salientável, talvez deste período, é que não se
produziram então controvérsias no Guairá; não há enfrentamentos com os
espanhóis. O governador é quem aplica as antes contestadas
31
determinações de Alfaro e, aparentemente, a oposição da população
espanhola contra os Padres se adormece.
Montoya se preocupou então, por consolidar a Redução de Nossa
Senhora de Loreto
“Erigió una iglesia, escribió un libro, plantó múltiples
árboles, crió ganado, enseñó a los niños y desterró
los principales vicios de que adolecía la comunidad a
su cargo... Ahora que se encontraban libres de toda
perturbación y miedo de invasiones enemigas
decidió aprovechar la paz para levantar el templo de
su pueblo y cubrirlo de tejas ... no habiendo sido
discípulo, ni aprendiz de albañil, hizo de maestro de
obras, enseñando a los indios a cortar madera, a
levantar pilares, amasar barro, cocer tejas y sus
alumnos salieron tan diestros como si hubiesen
aprendido aquellas artes de consumados artesanos.
A continuación del templo levantaron la escuela.
Colegio e iglesia iban a absorber su principal
actividad en este período. Cuatrocientos niños iban a
ser sus alumnos....”(TORMO SANZ y BLANCO,
1989:167):
Organizou a base econômica das missões com o gado vacun que
tinha trazido de Asunción. Mas, o mais importante no momento, sem dúvida,
foi o poder trabalhar e aperfeiçoar suas obras lingüisticas: “Tesouro, arte e
vocabulário da língua guaraní”, Segundo o P. Guillermo Furlong:
“... a obra é a culminação de três meses de teoria, e
mais de três anos de prática cotidiana com a ajuda
de espanhóis e índios. Conseguiu concluí-la graças
a serenidade daquele lustro.(1615-1620), daqueles
anos de trabalho humilde e silencioso. Essa obra
tem sido a que maior ressonância tem dado a seu
nome no mundo intelectual”. (FURLONG, 1964:157-
158)
Com a chegada de novos missionários se agiliza o trabalho de
reconhecimento de outros povoados indígenas aos que se dedica o P.
Montoya, enquanto os P. João Vaisseau e Diego de Salazar ficam
32
encarregados da redução. Em carta a seu Provincial, Padre Pedro de Oñate,
transcrita no Doc. N.º 45 deste trabalho, se adverte toda sua decisão e
estratégia para continuar com a expansão missionária no Guairá. O objetivo
a partir deste momento, foi recolher aos índios dispersos pelos matos,
consolidar a unidade ameaçada pelos mesmos índios congregados, pelos
índios de fora e pelos brancos; estabelecer os povos necessários, organizá-
los social e economicamente, para proceder os esforços de catequese a
seguir.
Os problemas com os espanhóis minoravam, mas ficava a latente
ameaça dos paulistas, junto aos quais não havia interesse das autoridades
em fazer cumprir as leis de proteção aos índios catequizados. As
expressões do Padre Montoya citadas por Jarque, são um testemunho
eloqüente desta realidade:
“Hagan sus mercedes lo que les estuviese mejor, que
yo les cito para el tribunal divino, y entiendan que,
aunque a los míos les faltan mosquetes y arcabauces,
no dejan de tener arcos y flechas y les sobra valor para
defender su libertad y perder todos la vida a costa de
las de sus enemigos, antes de dejarse llevar uno solo
cautivo.” (JARQUE, 1900, 2: 319-320)
1.7 Superior da Missão: novas fundações
Em dois de fevereiro de 1620 no templo da redução de Nossa
Senhora de Loreto fez-se a profissão solene de votos, máximo compromisso
da Ordem, concedido aos Padres Montoya e Maceta pelo Propósito Geral da
Companhia, Padre Mucio Viteleschi.
Montoya viaja, então, à Asunción com o coro de crianças indígenas
organizado pelo Padre Vaisseau. Quando chegaram, o Padre Provincial já
33
estava de viagem até Buenos Aires para buscar os reforços que o Padre
Vázquez Trujillo trazia da Europa; por isso seguiram navegando até
encontrá-lo na cidade de San Juan de Vera das Siete Corrientes, onde o
Padre Oñate, surpreendido pela atuação, lhes solicita que o acompanhem
até o porto de Buenos Aires. Ali gestionaram ante o Bispo, o Governador,
missionários e demais personalidades, enaltecendo o trabalho dos cantores
do coro e demonstrando que oração e canto eram uma mesma coisa para os
índios.
O Padre Pedro de Oñate, durante a viagem até Buenos Aires,
anuncia ao Padre Montoya a decisão da última Congregação Provincial de
nomeá-lo Superior da Missão do Guairá, designação que pouco o seduzia,
uma vez que não considerava-se digno da mesma. De regresso deve
enfrentar, junto aos outros missionários, uma epidemia de varíola a qual
dizimava os índios às centenas; morreram em virtude da doença, quase
todas as crianças do coro e, inclusive, o Padre Juan Vaisseau.
Tinham se passado quase 10 anos da isenção tributária conseguida
por Alfaro; à mesma época, o novo governador do Paraguay, Don Manuel de
Frías, autoriza novas fundações no Guairá, em 7 de agosto de 1622, no
seguintes termos:
“...cualesquiera que estuvieren en aquella comarca y
atraedlos, reducidlos en la parte y sitio que a los dichos
padres pareciere más a propósito y conveniente para
que ... se puedan conserva mejor más bien
sustentados y alimentado, así de sementeras como de
caza y pesquerías para que teniendo el sustento
necesario puedan permanecer y ser enseñados e
industriados en las cosas de nuestra santa fe católica”.
(CORTESÂO, MCA I,1951: 174-175)
Com a autorização continuam as fundações no Guairá (1625-1628),
neste caso a terceira redução: San Francisco Javier nos campos de
Ibitirembetá Marcava-se, assim, o começo de uma etapa florescente.
Recorridas por Tibagiba, Nautinguí, Tayaobas, Tajátí foram dando aos
34
missionários, e ao Padre Montoya em especial, uma idéia da necessidade
dos aldeamentos e da estratégia para as comunicações entre cada povo.
Os Padres Maceta, Cataldini, Días Taño e Montoya, a partir das
primeiras reduções (San Inacio e Loreto) estendem seus povoados; assim
surgem: San Jose, Nuestra Señora de la Encarnación, San Pablo,
Concepción de los Gualachos , Ángeles de Tayaoba. O trabalho demandou
a participação de Montoya em uma ação contundente de busca de alianças
e apoio a partir dos caciques e o concomitante isolamento e rechaço dos
xamãs.
Contrariedades e obstáculos cotidianos não diminuíram seu
ardoroso espírito missionário; dificuldades de todo tipo foram o desafio que
deveu enfrentar para salvar às almas da “idolatria” e para evitar que
fisicamente sofressem a imposição do “serviço pessoal” que o tanto
mortificava.
1.8. Ataques bandeirantes: o drama guairenho
A partir de 1629 começa a etapa de maior adversidade vivida no
século XVII pelos aldeamentos jesuítico-guaranis; os paulistas, agrupados
em “bandeiras“, fazem entradas no Guairá para escravizar aos índios que,
organizados pelos missionários, viviam nas reduções.
O capitão geral destas expedições, Raposo Tavares, e outros como
Manuel Prieto comandaram a destruição das populações do Guairá.
Dramáticas narrativas como a “Relación de Agravios”.... dos Padres Maceta
e Mansilla, testemunhos presenciais, e a “Relación de las horrendas
maldades”.... do Padre Juan da Guardia, escritas em 1629, nos reportam a
aqueles fatos. Em 20 de março deste ano destróem a redução de Jesús
María; em 23 San Miguel; posteriormente, Encarnación e San Pablo, Los
Ángeles e Santo Tomás Apóstol. O Padre Montoya manda evacuar os
35
habitantes das reduções em direção às duas que ainda se mantinham
firmes:: Loreto e San Ignacio.
“Inútil detenernos a relatar los crímenes y barbaridades
innominables perpetrados por los bandeirantes contra
los indios esclavizados y hasta contra los propios
Padres Maceta y Mansilla, en el camino de vuelta a
San Paulo, que duró meses. Estos, como buenos
pastores y por orden de Montoya, van a acompañar
aquel rebaño inmenso de sus neófitos cautivos, hasta
nada menos que la ciudad de Bahía, en donde está el
Gobernador General y Virrey, Diego Luis de Olivera.”
(TORMO SANZ y BLANCO, 1989: 208)
O Padre Provincial Vázquez Trujillo, não obstante, instava aos
Padres a que salvassem as duas reduções que estavam em pé. Sem
dúvida isto era uma impossibilidade: os paulistas já estavam de regresso
depois de terem levado milhares de índios, e dispostos a escravizar outros
tantos.
“Montoya y los seis Padres que le acompañaban,
“mandaron” luego a los selvícolas “construir” jangadas
ya canoas para bajar en ellas el Paranapanema y
seguir luego Paraná abajo, pues los paulistas estaban
ya de vuelta. Todos los míseros enseres de las dos
reducciones fueron llevados para la orilla del río. Con
ellos fueron también para la orilla del río, viejos y
mozos, hombres y mujeres, niños y niñas. No quedó
viva-alma en las dos aldeas. Hasta los cuerpos de tres
misioneros fueron desenterrados y llevados por los
retirantes. El número de estos era impresionante: en
700 jangadas y muchísimas canoas, embarcaron más
de 12.000 personas”. (TORMO SANZ y BLANCO,
1989:215)
Iniciava-se assim o chamado “êxodo guairenho” dirigido pelo Padre
Montoya e outros missionários, em sua travessia Paraná abaixo, transpondo
saltos, cruzando o território de índios inimigos e mil obstáculos mais, até
encontrar um lugar seguro para refundar as reduções e instalar
adequadamente aos índios.
36
1.9 Um missionário ante o Rei
O Padre Montoya e seus companheiros entenderam muito breve que
a migração realizada não significava uma solução para os índios: o perigo
dos paulistas estava latente. O Vice-rei do Brasil, Don Diego Luis de
Olivera, apesar das súplicas dos P. Maceta e Mansilla, não adotou
nenhuma medida para resolver a situação. A estratégia era, então, recorrer
ao Rei de Espanha, Felipe IV, com domínio sobre Portugal e as colônias do
Brasil. A Congregação Provincial designa ao Padre Montoya para expor ante
o Rei os acontecimentos que se sucediam no Guairá, Tape e Itatim e
reclamar medidas para enfrentá-los.
Montoya permanece cinco anos em Madrid em seus memoriais
informa detalhadamente às autoridades reais, principalmente ao Conde-
duque de Olivares - primeiro Ministro e verdadeira autoridade da Espanha -
os acontecimentos que se processavam em territórios platinos. A instância
deste ministro se reúne, em 1638, uma Junta composta por espanhóis e
portugueses, para propor as medidas a fim de evitar fatos como os
denunciados. De imediato estas determinações se convertem em lei,
significando um primeiro triunfo para as gestões do jesuíta. Por Cédula real,
se ordena armar aos índios para sua defesa; em 1639 ganhavam eles a
batalha de Caasapaguazú e, dois anos depois, em 1641, a de Mbororé.
Durante sua estada em Madrid, o Padre Montoya encontra a
oportunidade para imprimir a “Conquista Espiritual“, onde relata os principais
acontecimentos do trabalho missionário nas províncias do Paraguai, Paraná,
Uruguai e Tape; o “Tesouro da língua guarani”, A “arte e vocabulário da
língua guarani”, assim como um “Catecismo da língua guarani“. Só por
estas obras merece ele, até hoje, o reconhecimento científico de ter sido um
dos maiores lingüistas da América.
1.10. A última viagem à redução de Loreto
37
Em seu regresso, doente e angustiado pela falta de medidas efetivas
para a proteção dos índios, pretendendo instalar-se de novo em Loreto junto
aos seus catecúmenos, se dirige à Lima. Isto, sem deixar um instante a
pena, para reclamar - ante as autoridades civis e religiosas - e pedir aos
Padres da Companhia pelas medidas que, com toda justiça, deviam aplicar-
se para a segurança e bem-estar dos índios.
Sua justificada fama de zeloso missionário, fez que fosse reclamada
sua presença, tanto no vice-reinado do Peru como no Paraguai. O Padre
Diego de Boroa chegou a aconselhar seu regresso para a Espanha, a fim de
resolver outras grandes questões perante a Corte, o que finalmente não foi
necessário.
Quando enfim, partiu em direção a Asunción - depois de passar por
Charcas e entrevistar-se com as autoridades da Audiência deteve-se em
Salta. Ali seus Irmãos do Colégio lhe entregam algumas cartas do Provincial
Padre Vázques Trujillo, em que se ordena o seu regresso para a Lima, a fim
de defender os interesses das missões ante o Vice-rei, a Audiência e a
Inquisição
“Ya en su entierro, al que acudieron el Virrey y la
Real Audiencia y cuanto de más granado contenía la
ciudad, comenzó a brillar su fama de misionero
apostólico y santo. Clamó la Provincia del Paraguay
por poseer sus restos y clamaron también los indios,
sus hijos. No fue cosa fácil trasladarlos a tan gran
distancia y su conducción vino a ser un verdadero
triunfo.” (VARGAS UGARTE, 1941:86)
O Padre Furlong (1964) lamenta que nas Cartas Anuas de 1652 não
se faça menção a atuação do Padre Montoya nesse ano - nem à sua morte.
Adiciona que em outras fontes, sem especificar quais, consta que foram
quarenta índios de Loreto a quem se autorizou transladar os restos mortais
do missionário até essa redução. Quanto ao caminho que seguiu o cortejo,
afirma constar que, desde Lima, passou por Potosí, Salta, Tucumán,
38
Santiago del Estero e Córdoba, sendo recebido e saudado com simpatia
pela pessoas de todas estas cidades. Teria depois, seguido por via fluvial
em direção Asunción o que faz pensar que passou por Santa Fe, depois
pelas reduções localizadas ao sul, até Nuestra Señora de la Encarnación, -
e, a partir daí, à redução da Candelaria, San Ignacio Miní, e, finalmente, à
de Nuestra Señora de Loreto. No que foi a sacristia da igreja, ainda
segundo Furlong, depositaram-se os restos do Padre Antonio Ruiz de
Montoya, no coração da selva e, como era seu desejo, junto aos índios em
torno dos quais girou sua vida.
2. AS GRANDES OBRAS DE MONTOYA
“De todos modos, lo que en primer lugar traía a
Montoya a Madrid lo que pretendía con sus
memoriales, lo que le haría escribir la Conquista
Espiritual, era la libertad de los indios , de los
39
cautivos y de los que todavía en sus tierras vivían de
mil modos amenazados.” (MELIÁ, 1985:89)
2.1. A Conquista Espiritual
A tarefa evangelizadora do Padre Antonio Ruiz de Montoya, o
apóstolo dos guarani, está resumida nos trabalhos publicados em Madrid,
que vêm a ser um aporte lingüístico-literário às demandas apresentadas por
ele ante os membros da Coroa Espanhola. O relato da “Conquista
Espiritual“ são o compêndio dos fatos mais relevantes ocorridos no lapso de
sua gestão como missionário no Guairá que denota uma inteligência
estratégica para mobilizar a opinião pública, ao mesmo tempo que se
constitui em um sólido fundamento de seus reclamos.
Em carta ao Padre Provincial Diego de Boroa, (documento N.º 67
desta coleção) , Montoya relata os prolegômenos a respeito da correção e
impressão da “Conquista Espiritual”:
“...El señor Don Juan de Palafox, con ser electo y
publicado Obispo de la Puebla de los Ángeles, y
hasta ahora Oidor de Indias, me pidió escribiese
algo de esa Provincia [delParaguay]. En casa [en la
Casa Profesa] se leía entonces el Anua, edificados
todos de la materia, pero ofendidos del estilo, pues
como se hizo por el camino, no salió con el estilo
que para casa profesa, los Padres graves me
pidieron que la imprimiese: que fueron, el Padre
Agustín de Castro, predicador famoso del Rey, el
cual me dijo que si se imprimiese tendrán los
seglares estima de nuestra Compañía, la cual por
acá se iba perdiendo con el fervor, y que sería
bueno darla impresa al Rey.
El Padre Provincial me lo dijo; el Padre Eusebio
[Nieremberg], Padre Andrés de Montoya, Padre
Aguado, Padre [Luis de la ] Palma, y, finalmente,
toda esta casa, así Padres como Hermanos. Y
excusándome de mi corto estilo, me aconsejaron o
encomendase al Padre Eusebio. Diéronme batería
muchos días sobre ello; y hablo verdad, como es
razón en lo que digo. El P. Eusebio se excusó con
40
un Catecismo que hace. Otros dos Padres, que
dicen tienen buen estilo, se excusaron con sus
sermones.
Finalmente, yo me excusé con mi enfermedad y
poca vista para escribir, pero ofreciéronme un
escribiente pagado, con el cual puse el libro que
envío a V.R., o por mejor decir , dos cuerpos, uno
dedicado al Rey, y otro a mi bienhecho en uno, el
Marqués de Monesterio. Pedí licencia al P. Rector
de este Colegio para imprimirlo (si bien el P. Poza
trató de imprimirlo sin ella), porque me instó
muchísimo a que lo imprimiese. El Padre Rector
remitió su examen al Padre Eusebio, Padre Agustín
de Castro y Padre Andrés Montoya, los cuales
dieron sus aprobaciones, con que acudí al Ordinario,
el cual dio grata licencia...”
A primeira edição, realizada no ano 1639 em Madrid, leva como
frontispício:
“CONQUISTA //ESPIRITUAL//HECHA POR LOS //RELIGIOSOS
DE LA COMPAÑÍA//DE IESUS, EN LAS PROVINCIAS DE
PARAGUAY,//PARANÁ, URUGUAY, Y TAPE// ESCRITA //POR EL
PADRE ANTONIO RUIZ DE //LA MISMA COMPAÑÍA.//DIRIGIDA A
OCTAVIO CENTURIÓN//MARQUES DE MONASTERIO.//AÑO
1639//CON PRIVILEGIO.//EN MADRID. EN LA IMPRENTA DEL REY.//
(FURLONG, Montoya, 1964:110)
A segunda edição se apresenta bilingüe, em guarani e português;
ela data de 1879 e, segundo o Padre Guillermo Furlong, se publicou sobre a
base de um códice existente na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, que
contém a tradução guarani feita em 1733, provavelmente pelo Padre
Restivo. A tradução ao português corresponde a Baptista Caetão de Almeida
Nogueira, com a seguinte capa:
“ Aba Reta y Caray ey baecue Tupa/upe ynemboaguiye ucahague/pay
de la comp..ª de IHS/Poromboeramo/Aara Nee Rupi Yma/Cara
Mbohe/Hae/Pay Ambuae Ogueroba Aba/Nee Rupi Año de 1733 Pipe/S.
Nicolás/Pe./Ad Mayorem Dei Gloriam/(filete)/Primera Cetechese dos
Indios Selvagens/feita pelos Padres de Companhia de
Jesús/Originariam ent escripta em hispanhol (em lingua europea) pelo
padre/Antonio Ruiz//Antiguo Instructor de Gentío/ e d epois vertida en
abañeenga (em lingua indígena) por outro Padre/1733/S. Nicolao/ad
Mejorem Dei Gloriam. (FURLONG, Montoya, 1964:111)
41
Se reedita a obra em 1892 na “Imprenta do Coração de Jesús en
Bilbao”. A obra consta de LXXXI capítulos com títulos que abarcam:
Descrição da Província de Paraguai, cap. I a III; os primeiros trabalhos dos
jesuítas, cap. IV a XLVI; fundação de reduções, cap. XLVII a LXX;
irrupções dos paulistas, cap. LXXIII a LXXV; documentos, cap. LXXVIII a
LXXXI.
Em 1985 a Editorial Martins Livreiro de Porto Alegre, RS (Brasil)
apresenta uma nova edição. Esta foi intitulada “Conquista Espiritual. Feita
pelos religiosos da Companhia de Jesus nas Províncias do Paraguay,
Paraná, Uruguay e Tape”, com tradução, apresentação, revisão e notas
sob os cuidados do Padre Arthur Rabuske, SJ.
Uma nova edição, foi responsabilidade da “Equipo Difusor de
Estudios de História Iberoamericana“, em 1989, com um estudo preliminar
intitulado “La `Conquista Espiritual´ de Montoya y su alegato sobre las
misiones” y notas del Dr. Ernesto J.A. Maeder. Este volume está inspirado
nas caraterísticas gráficas da primeira edição de 1639. A continuação do
frontispício acompanha um mapa das regiões do Paraguai atribuído ao
Padre Luis Ernot (1647). A ortografia se apresenta modernizada, mantendo
os giros idiomáticos e as vozes originais. As notas que acompanham o texto
estão destinadas a esclarecer vozes ou expressões arcaicas, ou a dar
maiores detalhes históricos ou biográficos relativos ao texto.
Ernesto Maeder, introduzindo o texto, sustenta que:
“La Conquista Espiritual, en definitiva, es obra de
género mixto. Participa del método de una crónica
en tanto rescata del pasado hechos y nombres de la
acción evangelizadora de los jesuitas en el Paraguay
y los expone con sentido cronológico. Es también, al
menos en parte, un informe del estado de las
misiones en un momento dado, en el estilo de una
Carta Anua. Y es un alegato, porque apunta a referir
de modo especial, los agravios que encomenderos y
42
bandeirantes han causado a los indios.” (MAEDER,
1989, p.34)
No mesmo estudo preliminar dirá ainda:
“La mayoría de los historiadores ha dejado de lado la
Conquista Espiritual, en parte por las dificultades
que ofrece para su ubicación clara dentro del género
historiográfico, como por su descuido cronológico.
Sin embargo debe reconocerse que la obra es una
pieza clave para comprender los conflictos de
aquella época, y sobre todo, para apreciar el espíritu
y la independencia con que los jesuitas
emprendieron la evangelización de los guaraníes
preservándolo de las condiciones oprimentes que
ofrecía el régimen colonial en Paraguay (MAEDER,
1989, p.9)
O historiador paraguaio Efraín Cardozo, em sua investigação
sobre a obra de Montoya, formula um juízo esclarecedor que permite
outras apreciações da mesma:
“... Es la atenta lectura de esa obra, después de
leídas todas las páginas de ese notable historiógrafo
que hemos llegado a apreciar su enorme
trascendencia histórica y etnográfica, y lamentamos
haber mirado con desdén tan rica fuente de
información...” y continúa Cardozo: “... pocos fueron
los que se ocuparon específicamente de su obra
como primer historiador del nacimiento de las
famosos Misiones del Paraguay. Interesaron más a
biógrafos y críticos, sus extraordinarias hazañas
catequísticas y su labor como lingüista que por su
magnitud, nombradía y valor científico eclipsó desde
el primer momento la faz historiográfica de su
producción.” (CARDOZO, 1979:233-234)
Outros historiadores leigos, ignoram a obra histórica do Padre
Montoya, inclusive a edição de 1892. Já para os historiadores da
Companhia de Jesus, desde Techo (1673), ela se constituiu em uma
fonte fundamental de primeira importância, sendo seus relatos transcritos
literalmente em muitos capítulos. Schiaffino (1955) lhe assinala um
43
grande valor histórico por seu caráter autobiográfico. Mitre (1910) a
considera como un extraordinário documento histórico; Blanco Villalta
(1954) a menciona brevemente. Métraux (1948) afirma que é um
documento principal, quase único, sobre as práticas culturais guaranis no
momento da conquista.
O Padre Furlong em seu trabalho sobre Montoya, analisa as
opiniões vertidas por historiadores a respeito da ”Conquista Espiritual”, e
expõe sobre a particular:
“... capacidad intelectual para cumplir su designio
historiográfico no faltó a quien había sabido
aprisionar los matices de la compleja lengua
indígena ... Documentación tendría abundante a su
disposición, comenzando por las cartas anuas de las
que él fuera, durante años, principal redactor en lo
referente al Guayrá... su relato adolece, aparte de la
falta de método, de continuos trastrueques
cronológicos ... da asidero a la suposición de que su
libro fue escrito sin documentos, al compás de sus
recueros ... No es científico juzgar a Ruiz de
Montoya con criterio racionalista y escéptico, sino
colocándonos en la época y en el comento en que
se desarrolló su acción de misionero ... La Conquista
Espiritual ofrece la clase a quien lo sepa leer sin
prejuicios, del rotundo éxito de los misioneros
jesuitas con los bravos y hasta entonces insumisos y
supersticiosos guaraníes. Imposible comprender la
historia de esa creación h histórica sin penetrar el
sentido sociológico del tan menospreciado libro de
Ruiz de Montoya.” , (FURLONG, Montoya, 1964:
118-119)
Hoje, com este trabalho, apresentamos muitos documentos que
constituem a gênese da ”Conquista Espiritual”, as constâncias
fidedignas dos fatos em alguns casos conhecidos e, em outros, vividos
por Montoya, que são os fundamentos de sua crônica.
2.2. Tesouro da língua guarani
44
... hay que reconocer en Montoya una amplitud de
información lexicográfica que nunca ha sido
superada después. Su Tesoro de la Lengua
Guaraní, lo mismo que el Vocabulario son de hecho
la mejor descripción etnográfica que de los guaraní
coloniales tenemos ...” (Melià, 1988:256)
“Allí está cuanto el hombre de la selva amó y esperó en esta vida y
en la otra, el mundo de sus conceptos, su ideación, etc.” (Domínguez,
1912:193)
A primeira edição desta obra que consagra ao Padre Montoya como
lingüista, realizou-se em Madrid em 1639, possivelmente depois da
“Conquista Espiritual“, com o seguinte frontispício:
TESORO / DE LA LENGUA GUARANI./ COMPUESTA POR EL
PADRE /ANTONIO RUIZ DE LA COMPAÑÍA DE / JESÚS. / DEDICADO A
LA SOBERANA VIRGEN/ MARIA/ (Grabado en cobre de la Purísima
Concepción, con la leyenda alrededor: Sanabiles fecit nationes orbis
terrarum, Sap, cap. I) CONCEBIDA SIN / MANCHA DE / PECADO
ORIGINAL. / CON PRIVILEGIO. EN MADRID POR JUAN SÁNCHEZ. AÑO
1639. (FURLONG, Montoya, 1964: 120, Nº31)
Este trabalho é o fruto de trinta anos de convivência com os
indígenas e de sua eficaz dedicação, observação e estudo da língua “...tão
copiosa e elegante... tão própria em seus significados ... tão universal que
domina ambos mares ...” (FURLONG, Montoya, 1964:120)
Sobre suas caraterísticas e objetivos, o mesmo Padre Montoya
expressa:
“Tres cuerpos ofrezco impresos. El primero es un
Arte y Vocabulario en un tomo. El segundo intitulé
Tesoro, porque procuré revestirle con algo su
riqueza, que mi corto caudal ha podido sacar de su
mineral rico. El tercero es un Catecismo, que será de
alguna ayuda a los que tienen obligación de enseñar
donde hallarán materia para las ordinarias doctrinas;
y si la vida diere lugar ofrezco los sermones de las
dominícas del año, y Fiestas de los Indios. La
45
dificultad que he tenido en templar la armonía de
voces de esta lengua, verálo el que en una sola
partícula viere sentidos varios y aún contrarios (al
parecer) algunos; pero clado bien el destino,
descubre no mal su afinidad en sus alegoría. He
tenido por intérpretes a los naturales ...” (FURLONG,
1964: 120-121)
Efraim Cardozo escreveu sobre esta obra que:
“... al igual que las demás obras de Ruiz de
Montoya, el Tesoro fue reelaborado por el Padre
Paulo Restivo. Escrito sobre el habla de los indios
del Guairá, algunos de sus vocablos eran
desconocidos por los naturales de los nuevos
asientos reduccionales, al sud del Paraguay,
además de existir otros usuales no anotados por
Ruiz de Montoya. Restivo realizó la tarea de
“modernización”, pero ésta no fue impresa,
conservándose en el Museo Mitres, Buenos Ai res,
en primoroso códice manuscrito de letra que imita
los caracteres de imprenta.”
É de fazer notar que o Padre Pablo Restivo publicou uma espécie
de 2ª edição, corrigida e atualizada em 1724, na missão de Santa María
Mayor. Também refere Cardozo que esta foi a primeira das obra lingüísticas
publicadas, se bem que, no trabalho de elaboração, talvez a tenha
precedido a “Arte e Vocabuláriujo”.
Em 1876 Julio Platzmann, em Liepzing, reproduziu as obras de
Montoya seguindo a ordem lógica em que as concebeu seu autor. Nesse
mesmo ano, o Visconde de Porto Seguro, Adolfo Varnhagen, editou em
Viena em um só volume a “Arte, Vocabulário e o Tesouro”, pela Imprensa
Imperial e Real.
2.3 ARTE E VOCABULÁRIO
46
Em carta ao Padre Provincial datada de 9 de outubro de 1617,
(documento N.º 43 desta coleção) , avisa:
“... El arte y vocabulario procuraré vaya en otra
ocasión que como V.R. me escribió no habría prisa y
las ocupaciones acá son tantas y yo tan para poco,
no puedo ir ahora; V.S. no lo reciba como cosa mía
que no lo es, sino de Nuestra Señora, que como mis
trabajuelos son suyos y la vida y corazón que tengo
se dignó hacer este arte porque después de haberle
yo escrito y leído hallé que no había hecho yo, y un
poco más abajo dice: Grandes cosas tiene Dios en
estos desiertos, grandes riquezas y maravillas hace
y lo que más muestra su grandeza es que me han
atraído a mi a ellos, criatura tan indigna y de servir a
sus hijos en la cocina gran Dios es y digno de ser
amado grandemente. No quiero causa de V.R. más
aunque con escribir estos renglones he descansado
en mi espíritu para llevar los trabajos an sin medida
que El envía sobre quien carga los de ésta
apostólica Provincia que yo aunque con mi
acostumbrada tibieza encomendé en el sacrificio de
la misa a V.R. de esta Reducción de Loreto 9 de
Octubre, etc.” (LEONHARDT, CA II: 156)
O Padre Provincial Pedro de Oñate sobre o mesmo tema, escrevia
na Carta Anua correspondente ao ano 1617: “... El Padre Antonio ha hecho
un Arte y Vocabulario de la lengua Guaraní y según me escriben los Padres
[que están con el Padre Ruiz] parece que le ha concedido el Señor don de
lenguas según la brevedad [o rapidez] y facilidad con que le habla...”
Em correspondência ao Padre Provincial - transcrita no Documento
N.º 67 (desta coleçâo) o Padre Montoya faz o seguinte raciocínio:
“... si convendría imprimir algún Arte, y cual, para
facilitar el aprendizaje de la lengua india. Y resolvió
que el Procurador llevase a Castilla el Arte Guaraní y
el Breve Catecismo de los misterios de la fe y un
Diccionario de la misma lengua, tan pronto como
estuvieran acabados de hacer por algún Padre
entendido, a quien lo había de encargar el Padre
Provincial. Y queriendo el Secretario ponerlos en mi
nombre, le dije que los pusiese en nombre del Padre
47
Francisco Díaz [Taño], haciéndose a mi [mismo]
agravio, de poder con ellos volverme a costa del
Rey, por haber gastado en las imprentas de los
libros de la lengua más de mil y quinientos pesos; y
las Misiones me dieron mil para mi venida y vuelta y
gastos que he hecho en estos negocios...”
Sobre o particular diz Mitre:
“... Este libro es muy importante, no sólo como
primer ensayo, sino también como texto y como
documento histórico porque sorprende el idioma
toma directamente de boca de los indígenas en el
momento en que lo hablaban en toda su fuerza
primitiva poco después de la conquista, por manera
que hoy se lenguaje es arcaico.” (MITRE, 1910, t.II:
63)
A capa da primeira impressão realizada em Madrid expressa o
seguinte :
ARTE, (Y) VOCABULARIO / LENGUA / GUARANI /
COMPUESTO POR EL PADRE / ANTONIO RUZ, DE LA COMPAÑÍA
DE/ IESUS //DEDICADO A LA SOBERANA VIRGEN / MARIA /
(Grabado en cobre de la Virgen, idéntico al descrito en Tesoro) /
CON PRIVILEGIO. EN MADRID POR JUAN SÁNCHEZ. AÑO 1640.
(CARDOZO 1, 1979:237)
Estas duas obras são reeditadas em 1722 e 1724 na imprensa das
reduções e, embora tipograficamente de menor qualidade, filológicamente
são muito valiosas. Esta reedição levava os seguintes frontispícios:
ARTE // DE LA // LENGUA GUARANÍ // POR EL // P.
ANTONIO RUIZ DE MONTOYA // DE LA // COMPAÑÍA // DE JESÚS //
CON LOS // ESCOLLOS, ANOTACIONES Y APÉNDICES // DEL // P.
PAULO RESTIVO // DE LA MISMA COMPAÑÍA // SACADOS DE LOS
PANELES // DEL PP. P. SIMÓN BANDINI // Y DE OTROS // EN EL
PUEBLO DE S. MARÍA LA MAYOR // EN AÑO DE EL SEÑOR M DCC
XXIV. // (FURLONG, Montoya, 1964: 126-127)
Y:
VOCABULARIO // DE // LA LENGUA GUARANÍ //
COMPUESTO // POR EL PADRE ANTONIO RUIZ // DE LA
48
COMPAÑÍA DE // JESÚS // RESTIVO, Y ARGUMENTADO // POR
OTRO RELIGIOSO DE LA MISMA // COMPAÑÍA // EN EL PUEBLO
DE S. MARÍA // LA MAYOR // EL AÑO DE M DCC XXII. //
(FURLONG, Montoya, 1964: 127)
Na reedição fac-similar feita em 1876 por Platzmann, o 1º volume
está ocupado com o texto da “Arte“ com a seguinte face principal:
ARTE / DE LA / LENGUA GUARANÍ / POR ANTONIO RUIZ
DE MONTOYA / PUBLICADO NUEVAMENTE SI ALTERACIÓN
ALGUNA / POR JULIO PLATZMANN / (EMBLEMA) / LEIPZIG / B.G.
TEUBNER / MDCCCLXXVI. (FURLONG, Montoya, 1964: 127)
Na outra reedição, efetuada em 1876, inclui-se:
Arte de la lengua guaraní, o más bien tupí, por el P.
Antonio Ruiz de Montoya, Natural de Lima, Misionero en la antigua
reducción de Loreto, junto al río Paranapanema del Brasil,
Superior en otras y Rector del Colegio de Asunción, etcétera.
Nueva edición: más correcta y esmerada que la primera, y con las
voces indias en tipo diferente. Viena, Faesy y Frick, 27 Graben.
París, Maisonneuve y Cía, 25 Quai Voltaire, 1876. (A la vuelta)
Imprenta de Carlos Gerold, hijo. (FURLONG, Montoya, 1964:127)
Realizou-se também uma edição da “Arte e Vocabulário“ em
Buenos Aires, distinta das anteriores, com data de impressão 1876. Porém,
na realidade, a edição foi 1877, como o demonstra Furlong (1964). Na
Biblioteca Nacional de Buenos Aires com o N.º 54.746 existe um exemplar
em cuja face interior se lê:
GRAMÁTICA / DEL / IDIOMA GUARANÍ/ ESCRITA/ PARA EL
USO DE LOS ANTIGUOS PUEBLOS DE MISIONES/ EDICIÓN
CORREGIDA EN OBSEQUIO Y CONSERVACIÓN DEL MISMO
IDIOMA/ POR EL R.P. EXDEFINIDOR/ FRAY JUAN N. ALEGRE/ DE
LA ORDEN SERÁFICA/ (BIGOTE)/ BUENOS AIRES/ IMPRENTA DE
PABLO E. CONI, ESPECIAL PARA OBRAS/ 70-CALLE POTOSÍ-
70/1877. (FURLONG, Montoya, 1964:128)
A última edição, por certo fac-similar do texto de 1640 - a primeira
que se publica no Paraguai, constitui um admirável trabalho de elaboração e
compaginação preparada em sua introdução e notas, pelo Padre Bartomeu
49
Meliá S.J. e, na transcrição, atualizada por Antonio Caballos.Trata-se de
mais uma obra sobre a língua guarani do Centro de Estudos Paraguaios
“Antonio Guasch” de Asunción del Paraguai realizada em 1993.
As numerosas edições realizadas das obras do Padre Montoya são
mais uma prova eloqüente da importância das mesmas, assim como de seu
interesse e utilidade para a Evangelização. Confirma também que os
sacerdotes, entre eles os que maior facilidade demonstravam em adquirir a
língua indígena, procuravam comunicar-se com os índios em sua mesma
língua; não houve aqui uma substituição do idioma como se deu na religião.
Sobre o valor dos trabalhos lingüísticos do Padre Montoya diz Carlos
Honoré:
“... entre una pléyade de estos varones ilustres
descuella sobre todo uno, el peruano y limeño Ruiz
de Montoya, quien dejó un trabajo de acumulación
de material lingüístico tan abundante, que él mismo,
a pesar de su modestia evangélica, pudo llamarlo
tesoro de la lengua guaraní. Contienen sus libros,
frases, discursos, enseñanzas tan numerosas y tan
bien coordinadas, que en ellos puede el hombre
estudioso apreciar las ideas de los indios y muchos
hechos anteriores de la época remota en que se
compilaron, vale decir, de 1600 a 1639.” (El guaraní
y los cua-tiá en “Congreso Científico
latinoamericano”, Bs.As., 180-181, citado por
FURLONG, Montoya, 1964: 132)
Efraim Cardozo em sua investigação bibliográfica sobre Montoya ao
citar a Mitre observa:
“Este es dice- el pan-léxico de la lengua Guaraní, y el
trabajo más acabado del autor sobre ella, que merece
el nombre de tesoro que él lleva por los ricos materiales
que contiene. Sin él el Guaraní que se habla todavía en
el Paraguay y en Corrientes, y también en el Brasil,
sería un idioma indescifrable para el filólogo. Es no sólo
un diccionario, que da la significación de las voces con
sus etimologías, sino que las descompone en sus
elementos, analizándolas gramaticalmente por sus
50
radicales y partículas de composición, de manera a
penetrar en su sentido primario y en su artificio de
frases. A la vez, trae por incidente detalles sobre las
costumbres de los indígenas y las producciones del
país, que dan al libro un valor etnográfico, y hasta
cierto punto científico.” (CARDOZO I,1979: 235-236)
A crônica histórica e os escritos de caráter lingüístico publicados
pelo Padre Antonio Ruiz de Montoya são o suporte intelectual e científico de
sua epopéia no Guairá. A configuração do contexto onde se desenvolviam
os acontecimentos por ele denunciados, como a situação colonial em que se
vivia, sua condição de membro da ordem de São Inácio de Loyola, a posição
política dos espanhóis e portugueses civis e funcionários reais, os princípios
econômicos da época, constituíam uma forte pressão contra seus reclamos.
O Padre Montoya concebeu esta estratégia intelectual, utilizando aquilo que
era o produto de seus estudos e de seu profundo conhecimento sobre o
indígena.
Em resumo, se dava nestes anos de 1639 e 1640, um a excepcional
oportunidade para a publicação destas inquestionáveis provas a favor de
sua causa.
2.4. Catecismo da língua guarani:
“... El [trabajo] que he tenido en treinta años
que he gastado en su enseñanza [la de la Doctrina
Cristiana a los indios ], me ha hecho sacar a luz este
Catecismo, que es el que corre en toda España, en
cuya interpretación he procurado cuanto he podido
ajustar a la propiedad do texto el idioma
Índico...”(FURLONG,Montoya,1964:122)
Assim o Padre Montoya introduzia o “Catecismo da Língua Guarani,
“ outra das obras publicadas em Madrid em 1640:
CATECISMO/ DE LA LENGUA GUARANÍ, COMPUESTO/
POR EL PADRE ANTONIO RUYZ/ DE LA COMPAÑÍA DE IESÚS/
51
DEDICADO A LA PURÍSIMA VIRGEN/ MARÍA. /CONCEBIDA SIN
PECA/DO ORIGINAL/ (ESCUDO DE LA COMPAÑÍA.) / CON
LICENCIA./ EN MADRID, POR DIEGO DIAZ DE LA CARRERA./ AÑO
M.DC.XXXX. (FURLONG, Montoya, 1964: 123)
O texto, como já notara o Padre Furlong, apresentando duas colunas
uma em guarani, outra em espanhol a partir da página 200 e até a página
289, inclusive, está em plana inteira uma em guaraní e a outra em
espanhol, mais logo sigue ate o final a duas colunas . Existe um códice no
Museu Mitre de Buenos Aires, que leva o seguinte cabeçalho:
EL / TEXTO / DE LA / DOCTRINA CHRIS / TIANA EN LENGUA
GUARANÍ / Y CASTELLANA. 69PP.LLEVA LA SIGUIENTE ANOTACIÓN:
“M.S. DE LAS MISIONES DEL PARAGUAY OFRECIDO POR EL SR.
JUAN PABLO LINCH, QUIEN LO ENCONTRÓ EN LA ASUNCIÓN (FALTA
1ª Y 2ª HOJA) [NO FALTA]. (FDO.). B. MITRE. NOTA: ESTE ES EL
TEXTO DEL CATECISMO DE LA LENGUA GUARANÍ QUE EL P.
ANTONIO RUIZ DE MONTOYA HA IMPRESO EN MADRID EN 1740 (SIC)
QUE POR SU PROCEDENCIA PUEDE CONSIDERARSE EL
MANUSCRITO ORIGINAL, COPIADO EN LAS MISIONES POR ALGÚN
NEÓFITO. LE FALTA LA ORACIÓN DESPUÉS DE LA MISA DE
VELACIONES Y EL ACTO DE CONTRICCIÓN QUE SE ENCUENTRA AL
FINAL DEL LIBRO IMPRESO.” (FURLONG, Monyoya, 1964:164)
Esta obra foi incluída na reedição fac-similar de 1876 por Julio
Platzmann, como volume quarto da série.
2.5 Sílex. Dedicado à incompreensível Majestade de Deus Trino
e Um, criador do Universo.
Para culminação da obra literária e demonstração de seu grande
fervor religioso, em consonância com a atitude de veneração e respeito
pelo sagrado que o caraterizou, escreve esta obra que recém veio a luz em
1991 em uma publicação do Fundo Editorial da Pontifícia Universidade
Católica do Perú , com Introdução, transcrição e notas de José Luis Rouillón
Arróspide. Sobre a origem deste livro, o mesmo Padre Montoya refere-se
em carta ao Padre Pastor em 1652 (Doc. N.º 71):
52
“... Cuanto a lo que V.R: me pregunta de mi libro, digo, que una
persona muy enamorada de Dios, y deseosa de servirle, me consultó el
modo que tenía de presencia de Dios, que era un perpetuo quebradero de
cabeza. Conocía que iba errada y que todo era perdimiento de tiempo con
poco fruto. Enséñele otro modo más suave y fácil, y ese es el argumento del
libro. (...)
Pensé escribir algún pliego de papel de estos puntos; pero
hallándome con la pluma en la mano y con el espíritu delante del Santísimo
Sacramento de la iglesia del Callao, que dista de la chácara dos leguas,
pidiendo a Nuestro Señor Luz para acertar, se me ofrecieron algunos
opúsculos, enderazdos a entablar su divina presencia, no ya fundada en
fuerza de imaginación o consideraciones, sino en un acto de viva fe.
A este librito llamé Silex del divino amor, dedicado a la
incomprensible Majestad de Dios Trino y Uno, criador del Universo.
Proseguí y acabé la obrilla con algún provecho mío; pero como yo
soy la misma ignorancia en abstracto y concreto, antes de entregarla a la
persona que me la pidió, la di al P. Francisco de Contreras, y se ofreció
alcanzar la licencia de nuestro Padre General sin la cual ningún libro en la
Compañía puede salir a luz.
Replíquele que no tenía con que hacer la costa.
- Conste V.R., dijo, que Dios es rico, y le dará con que.
Fuíme a mi celda confuso, porque mi primer ofrecimiento había
tenido de que fuese obra digna de salir a tanta luz.
Estándolo tratando con Nuestro Señor entró en mi celda el criado de
un clérigo santo que aquí vive, diciendo que su amo me enviaba aquellos
dos mil pesos para la impresión de aquel libro, y que daría más si más fuese
necesario.
...... Aquí no se puede imprimir por las láminas que se han de hacer.
Algunas personas se han aprovechado de los traslados. Uno se remitió a
Sevilla y la plata para el gasto de la impresión. Con que he respondido y
satisfecha a la carta de V.R.”
Este detalhado informe sobre os trâmites para sua publicação e os
fundos para concretizá-lo, demonstram a preocupação, tanto do Padre
Montoya como do Padre Francisco Contreras da Companhia de Jesús,
qualificador do Santo Oficio e Catedrático na Universidade dos Reis.
Na Autobiografia do Padre Francisco do Castillo, citada pelo Padre
Furlong, se faz menção aos motivos que levaram Montoya a escrever este
livro, assim como do título da obra e de seu conteúdo, nos seguintes
termos:
53
“...Contiene cuatro opúsculos: el primero, del
conocimiento de Dios especulativo por las criaturas;
el segundo contiene la pureza del alma en la
memoria, entendimiento y voluntad; el tercero, rapto
activo del alma, ya purgada en sus potencias:
memoria, entendimiento y voluntad; el cuarto Sílex
pasivo en el divino amor, en el entendimiento y
voluntad; y finalmente contiene esta obra un tratado
de la nobleza y descendencia del varón perfecto,
devoción de los santos, introducción para la oración,
avisos para ella, un breve resumen de los opúsculos
pasados y devoción con las benditas ánimas del
purgatorio, con un compendio de las mayores
indulgencias que hay para sacarlas de aquellas
penas.” (FURLONG,Montoya, 1964:143-144)
Como uma culminação de sua obra tão polifacética como
sacrificada, ela serve para uma maior compreensão de sua personalidade
assim como de seu profundo sentimento de amor a Deus. Consubstanciado
com a religião de seu tempo e com os princípios que ela tinha foi um líder,
um apóstolo e um conselheiro espiritual como poucos. Deixou escrito seus
melhores sonhos para que outros , como os que hoje desfrutamos de sua
leitura, continuemos sonhando com uma sociedade mais justa e em homens
identificados com seu tempo.
3. MONTOYA E SEUS ESCRITOS OCACIONAIS
Corpus Documental
Os documentos da História americana, do tempo dos primeiros
contatos, entre conquistadores e indígenas, constituem o núcleo do
trabalho etno-histórico, é por isto a importância e necessidade de sua
localização e sistematização.
54
No caso estranho do Padre Ruiz de Montoya que desenvolveu
atividades múltiplas entre os nativos da região, sendo somado isto o
interesse deles pelo idioma Guarani e o hábito de informar por escrito aos
seus superiores, a outros Padres e as autoridades eclesiásticas e civis, nos
provê um material historiográfico de valor incalculável.
Todos os documentos têm para pretende dar para saber os
eventos que aconteceram aos Padres da Companhia de Jesus na sua ação
evangelizando na Província Jesuítica do Paraguai, especificamente na
região do Guiará onde o desempenho do Padre Montoya era mais
significativa e mais intensa. Embora alguns documentos eram subscritos em
Lima ou em Madrid como é o caso dos Memoriais e algumas cartas, eles
recorrem à situação particular dos índios da Província Jesuítica do Paraguai.
Os documentos escritos pelo Padre Montoya foram analisados
cuidadosamente pelos historiadores da Companhia de Jesus:
a). - O Padre Hugo Storni na sua investigação sobre o Padre Ruiz de
Montoya publicada em Archivum Historicum Societati Iesu. Vol. LIII, Roma,
Fasc. 105, 1984, leva a cabo uma enumeração exaustiva dos éditos de
escritas e inédito e de uma importante bibliografia.
b). O Padre Guillermo Furlong na sua obra Antônio Ruiz de
Montoya e sua Carta para Comental (1645) resume em capítulos de XXII a
biografia do P. Montoya, e menciona uma bibliografia extensa de trabalhos
éditos e inéditos, e transcreve no final dois dos documentos.
c). - O P. Francisco Jarque, biógrafo e companheiro do P. Montoya,
em sua obra Antônio Ruiz de Montoya na Índia, (1900, 4t.) reconstrói a vida
e obra destes missionários, transcrevendo numerosos documentos entre
Memoriais e cartas que contribuem uma informação vasta.
55
d). - Também Efraím Cardozo na sua Historiografia Paraguaia:
Paraguai Indígena, Espanhol e Jesuíta, (1979, T1), publicado pelo Instituto
Panamericano de Geografia e História, ao se referir ao P. Montoya no
capítulo V - intitulado: “O primeiro colunista“ - , analisa as fontes, a biografia
e a bibliografia, com um interessante comentário de cada trabalho ou
documento.
A partir das bibliografias mencionadas, foi desenvolvida nossa
tarefa de localização, resumo, organização e transcrição dos documentos.
Para uma compreensão melhor, nós os ordenamos de acordo com sua
definição no que se refere a estilo e objetivos, continuando, em cada caso,
a ordem cronológica dos mesmos.
3.1. Relações:
São as que aparecem como tais nas Bibliografias consultadas, ou
os escritos que constituem histórias pelo seu conteúdo, em alguns casos
extremamente meticulosos de diversos eventos e circunstâncias.
O Padre Montoya tinha uma virtude particular para descrever
momento a momento aquilo que lhe acontecia. Também o que
experimentava, especialmente os sentimentos mais profundos, que nem
sempre são fáceis de expressar, como a comunicação espiritual ou essas
"visões" que experimentava quando estava em oração frente a
SantíssimaVirgem e o que ela lhe transmitia mentalmente.
Os eventos que determinaram o despertar da sua vocação, muito
clara e profunda, no final das contas com uma perspectiva da tarefa
evangelizadora e sacrifícios que ela insinuou, são parte do primeiro
documento intitulado "Benções recebidas de Nosso Senhor.... " que em
nosso entender é uma síntese profética do arriscado futuro de missionário
dos índios.
56
As descrições que realiza do estado das reduções, especificamente
quando se refere aos Anjos do Tayaoba, Jesus María e Conceição de
Gualachos (Doc. Nº5) incluem aspectos geográficos, sociais, costumes e
tradições que nos transmitem um vivência particular dos eventos, tanto
quanto o reconhecimento das regiões para missionar.
3.2. Testemunhos:
São transcritos neste capítulo os documentos que têm uma forma e
conteúdo jurídico, para o caráter de declaração de alguns, ou de certificação
de outros, como também respostas formais aos requerimentos ou abaixo-
assinados das autoridades espanholas.
Notamos como no documento N.º 11
6
, diante da resposta dos índios
no seu idioma
7
(e então traduzido pelo próprio P. Montoya) às Reais
Provisões, acompanha a certificação que dá veracidade ao ato, dos Padres:
José Cataldini, Cristóbal de Mendoza, Juan Suarez de Toledo, Francisco
Diaz Taño e o próprio Antonio Ruiz de Montoya, dando cada um por
separado, seu testemunho do modo como os índios eram tratados no erval
de Maracayú.
O Padre Montoya certifica ter estado presente no "raciocínio" dos
índios, adverte por isto, os excessos dos espanhóis, e busca, desta forma,
dar força à petição do Parlamento de Guarani.
O documento que certifica a entrada do Padre Montoya para a
Companhia de Jesus, ou a advertência sobre a vinda dos paulistas, a
informação sobre os danos produzidos pelos portugueses, ou sobre a
retirada das reduções do Guairá, ou se os índios tinham armas de fogo
antes deste fato, todos atestam situações cuja significação era de vital
6
Documento que acompaña a “Certificaçäo” que dá veracidade ao ato.
7
E entäo traducido pelo própio Padre Montoya.
57
importância para o futuro da ação evangelizadora e dos estabelecimentos
indígenas.
O leitor poderá observar nestes textos, o propósito de completar
um ato jurídico que no final das contas procura a defesa dos índios, baseado
em um bom trato e respeito aos aspectos básicos da sua cultura. Assim
também o direito de poder morar em um certo lugar sem as dificuldades e o
dano que produzem os interesses estranhos e altamente comerciais.
3.3. Cartas:
Os textos epistolares constituem a maior parte da riqueza
documental do Padre Montoya e um conjunto documental de valor
historiográfico imponderável.
As primeiras foram subscritas como missionário das reduções que
ele fundou e dirigiu, para o Superior da Província Jesuítica do Paraguai, as
que mais tarde passaram a fazer parte das Cartas Anuas que o Superior
remeteu o General da Companhia.
Estas cartas contêm resumos dos principais eventos do ano, com
referência as pestes, estado das plantações e gados (no caso que
existiram) trabalhos dos índios e Padres, relações com os portugueses e
espanhóis, construções, nascimentos e mortes, número de batizados,
casamentos, etc.
As outras cartas têm a característica de Cartas Anuas, por tê-las
escrito como Superior da Missão do Guairá, como é a do ano 1628, a única
carta anua completo e uma das peças documentais mais importante e
valiosa por seu conteúdo.
As cartas que remeteu a outros Padres nos dão a saber o afeto e
consideração que tinha para os membros da Companhia e a sua constante
58
preocupação por coordenar a ação missionária, informando todos os
acontecimentos, aos que, por circunstâncias diferentes, estavam em outros
lugares.
Ainda com breves bilhetes dirigia-se para os outros Padres notar,
informar ou mostrar certas circunstâncias ou assuntos.
Nós percebemos do contexto destes documentos, como uma
necessidade, uma força interior muito grande no Padre Montoya, por
comunicar, prevenir, observar, dizer, consertar, advertir principalmente tudo
o que constituiu seu "mundo" e que se mostrava como uma demanda para
aperfeiçoar as situações como também as relações entre as principais
personagens.
3.4. MEMORIAIS:
Eles são os documentos que mantêm a forma usada por aquele
tempo, para ser apresentado perante o Rei e de forma que um assunto de
importância seja considerado pelo Rei e o Conselho Supremo da Índia.
O Padre Montoya foi denunciar os abusos dos paulistas e
espanhóis, a necessidade que eles levaram armas de fogo para a defesa
das comunidades, algumas delas recentemente fundadas, a não-restituição
do Bispo Cárdenas para o Paraguai resumindo um relatório claro e direto na
sobre a situação criada na região do Guairá na coexistência de espanhóis,
portugueses, missionários e índios, pela disputa do território e, até da força
de trabalho indígena.
Realça sumariamente a ação da Companhia de Jesus através de
seus missionários e o benefício que significou para os índios o bom trato e
respeito com o seu próprio estilo de vida assim também como para o idioma
dos nativos. Os dois Memoriais foram apresentados pessoalmente ao Rei
59
Felipe IV, as cópias impressas tinham o propósito de ser distribuídas entre
os participantes da Reunião que trataria o assunto.
A força da pena do Padre Montoya como também a acusação
apaixonada seguida pela súplica para achar um remédio à injusta situação
vivida no Guairá comoveu o Rei de Espanha, que ordenou a análise e
estudo da questão colocada nos memoriais. Do texto do mesmo é deduzido
além da história dos fatos que prejudicaram a coexistência do guairenhos, a
proposta das ações a segui para achar uma solução à situação de cativeiro
e as posses da coroa neste continente.
Ao mesmo tempo que as violações e inconveniências eram
conhecidas além da situação de cativeiro dos índios, difundiu com o estilo
particular da ação da Companhia de Jesus para estas regiões e a
necessidade de pastores e apóstolos da fé católica.
Ele achou, na comunicação por escrito ante seus superiores, e o
Superior da Companhia, em face às autoridades da colônia e da metrópole,
o modo mais direto e verdadeiro para fazer saber os fatos que bloquearam o
projeto missionário desde sua ótica constituíam atos de injustiça contra os
nativo.
4. MONTOYA E OS ACONTECIMENTOS DO GUAIRÁ
4.1. Os Fatos:
Todos ou quase todos, principalmente esses que permitiram ou
bloquearam, o "ato" evangelizador, estão minuciosamente relacionados,
detalhes não abreviados, alguns no próprio idioma dos índios seguido pelo
seu significado.
60
Achamos em isto um valor etnográfico imponderável porque
permite-nos aproximar dos eventos, compara-los e associa-los para o seu
melhor estudo.
Quando nós dizemos todos ou quase todos, estamos fazendo
referência tanto a aqueles aspectos que fazem menção a sua vida privada,
cheia de penúrias até que seja afirmada a sua vocação, como às fundações
das reduções: o plano das sua ruas, a construção das casas dos índios, o
conselho de cidade e igreja, (não isenta de alusões referentes aos Padres
arquitetos e construtores) também da casa dos Padres, escolas, lojas,
plantações, etc.
O encontro com os nativo é um aspecto de particular significação,
porque em alguns casos são citadas ações de reação à presença européia,
seja esta evangelizadora ou não; em outro é manifestada uma atitude de
saudação inesperada e aceitação, como de disposição para a nova religião
(o caso de Tayaoba). Fica claro, da leitura, que os xamãs, em sua maioria,
resistiram a evangelização e organizaram rebeliões inflamadas contra os
Padres. Algumas delas chegaram a ter um final drástico como no caso
vivido pelo Padre Pedro de Espinosa (Leonhardt, CA 2, pp. 752-759. Doc. Nº
5). Os caciques receberam os Padres e mostraram-se menos reticentes em
aceitar a difusão da nova religião.
A ação dos paulistas e os espanhóis, fazem parte do interagir
próximo aos jesuítas e índios na disputa de território y en la mano de obra
para el trabalho en las colheitas.
O caso particular dos "encantadores", inflamados adversários e
oponentes cegos dos Padres, fazem parte de numerosas das histórias
registradas, versando sobre suas qualidades, conhecimento, influências,
reconhecimento na tribo, aceitação e respeito.
61
Traços importantes da cultura dos índios, expressos nas suas
festas e rituais, as caraterísticas dos trajes, os funerais, as cerimônias de
nascimento, constituem uma fonte de valor incomensuráel para o trabalho
historiográfico.
Um dos feitos memoráveis registrado nos textos aqui apresentados
é, sem dúvidas a transmigração de 12.000 índios - o chamado "êxodo
guairenho" - das primeiras reduç ões no Paranapanema, para a região
localizada entre o Paraná e o Uruguai como lugar mais seguro antes as
invasões dos paulistas. Este evento, conta e fundamenta de um modo
patético, que permite sentir a necessidade e desespero para salvar aos
índios, a verdadeira epopéia que consistiu a movimentação de milhares de
índios reduzidos para lugares em que estariam mais protegidos das
empresas de captura de mão-de-obra.
O espírito evangelizador do Padre Montoya, sua ação missionária
e sua visão a partir do projeto jesuítico, transmitem também, avaliações
ideologizadas, razão pela qual é necessário levar a cabo uma leitura que
relativize as fontes. . Não obstante são dados precisos e valiosos que
deveriam ser interpretados a partir de um critério etno-histórico de
aproximação. O valor destes documentos é baseado, exatamente neste
aspecto fundamental.
4.2. O Estilo:
Colunista, com o gênio de escritor, como é o caso do Padre
Montoya que recolhe em seu trabalho uma série de características muito
difícil de hierarquizar, mas, que permitem sua enumeração e análise.
62
O cuidado com a redação, as voltas idiomáticas característico desse
tempo, como também a ortografia são em essência os aspectos básicos dos
escritos.
Um propósito aparente de transmitir a realidade dos eventos como a
necessidade de fundamentar ações ou justificar objetivos do seu projeto,
como já foi dito, não só compreendia o evangelismo, antes, durante e
depois dedicou seus melhores esforços para achar estabelecimentos
apropriados; lutando contra aquilo que para os missionários eram ações
"bárbaras" como a antropofagia e a poligamia; organizando as aldeias e os
seus governos; questionando a organização colonial, perverso no tratamento
com os nativo e o desempenho do bispo Cárdenas, eles constituem a força e
a razão dos documentos que são estudados no trabalho.
Nós podemos observar que o estilo epistolar no general dos textos, é
formal e legal nos Testemunhos; fraternal e interessante nas notas e
algumas cartas; severo, reflexivo, crítico e apologético nos Memoriais.
Nós notamos que as expressões carregadas com simplicidade e
naturalidade não estão alheias ao contexto no qual são desenvolvidos os
acontecimentos.
Em vários documentos, o Padre Montoya os refere em terceira
pessoa, nos quais ele também, é um dos personagens principais.
Como Heródoto, sua extraordinária capacidade de observação o
transforma em um colunista que ao mesmo tempo vai escrevendo a história
e registrando aspectos importantes da geografia, os animais e as plantas da
região.
As obras glóticas deste missionário infatigável, não são capazes
por isso exposto, de permanecer nas estantes dos arquivos e bibliotecas,
bastante, eles deveriam ser difundidos, em dia para o espanhol, para
63
facilitar a sua leitura, estudadas, analisadas e criticadas por um número
maior de investigadores, professores, historiadores e estudantes
universitários que, de certo modo, reavaliarão a mensagem cultural do
Padre Montoya que dá validez a um fluxo documental de enorme valor
filológico e etnográfico.
4.3. As Cartas Anuas:
Seguindo as expressões do P. Carlos Leonhardt
8
(Cartas Anuas de
la Provincia del Paraguay ,Chile y Tucumán, de la Compañía de Jesús, T.1
(1609-1614) e 2 (1615-1637). Lojas CORP. Jacobo Marries Peuser, Ltda.
Buenos Aires. 1927. Documentos para la Historia Argentina. Iglesia.
pp.XVIII) "As Anuas, eram escritas pelos Provinciais, não só pára para
informar o General, mas também convidar o Jesuíta de outros Municípios da
Companhia ser dedicado às missões paraguaias. Por isso elas foram
traduzidas do rascunho espanhol ao latim e esta escritura definitiva, esses
mais que as vezes, leva a assinatura. Nós deveríamos nos felicitar, para
disser verdade, da propagação que foi dada ao Anuas por meio de cópias,
manuscritos e impressas, porque essas cópias, embora não têm a
autoridade dos manuscritos originais do Arquivo geral, da Companhia,
assinada pelo Provincial porém do Paraguai, eles os substituem às vezes
nos casos em que a cópia assinada não chegou a seu destino por causa de
naufrágios ou guerras marinhas."
As Cartas Anuas que estão no Arquivo Geral da Companhia de
Jesus, estão encadernadas em três volumes:
9
* Paraguary Litt. Annuae / Vol. I. 1608-1649;
* Paraguary Litt. Annuae / Vol II. 1650-1700;
8
Editor da Coleçäo “Cartas Anuas de la Provincia del Paraguay, Chile y Tucumán, de la Compañía de
Jesús”, T.1 (1609-1614) e 2 (1615-1637). Buenos Aires. Lojas CORP. Jacobo Marries Peuser,
Ltda..1927. (Documentos para la Historia Argentina.Iglesia) Ver Apéndice III con o detalhe das
cartas.
64
* Paraguary Litt. Annuae / Vol.III 1735-1743.
(Ver Apêndice com o detalhe das cartas.)
As Anuas publicadas pelo P. Leonhardt é a coleção mais cuidada
e completa, porque nos arquivos de Europa e América é só há pedaços
isolados e incompletos destes documentos.
Para conhecer o caráter e a estrutura das Anuas é importante
saber, que: o seu formato se reduz a três parágrafos principais:
1) observações gerais da Província inteiro; o número de indivíduos e
Casas da Companhia de Jesus;
2) cada Casa da Companhia e cada estação missionária em
particular;
3) a necrologia dos mortos na Companhia, somada em geral, à
informação que corresponde ao lugar onde aconteceu o seu decesso". (Cfr.
Leonhardt, CA 1, pág. 434, Nota 1)
O valor histórico destes documentos são as ricas informações em
diversos assuntos de caráter civil além das freiras, dados estatísticos,
geográficos e demográficos que não figuram em qualquer outra
documentação do época.
Neles o Provincial transcreveram literalmente numerosas cartas do
P. Montoya, por isto, que eles se constituíram em fontes importantes deste
trabalho.
9
Ver Apéndice III com o detalhe das cartas.
65
O próximo seguimento do trabalho, Capítulo II, inclui os
documentos escritos pelo P. Montoya, trancritos ao castelhano com um
atualização de termos e da estrutura da frase, sistematizados como
Relações: transcreve os detalhes dos acontecimentos observados pelo
missionário ou nos quais participou ativamente; constituem narrativas
minuciosas com referências a acontecimientos, lugares e pessoas .(
Documentos N.º 1 até 24).
66
____________
CAPITULO II
RELAÇOES
1. GRAÇAS RECEBIDAS DE NOSSO SENHOR POR INTERSEÇÃO DA
SANTISSIMA VIRGEM. ACORDAR DE SUA VOCAÇÃO.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia de Jesus (ARSI), Roma:
Paraq. 15, Necrol. 1598-1702, 5r - 14 v
67
- O FURLONG G.: Antonio Ruiz de Montoya y su carta a Comental (1645),
Documentos II, p.159-170. Ediciones Theoría. Buenos Aires, (1964). É uma
transcrição em espanhol levou a cabo graças a uma cópia do manuscrito
dada pelo P.Hugo STORNI S.J.
Impressão: FURLONG, Montoya, p. l59-170.
Edição: O texto é publicado pelo P. Guillermo FURLONG S.J. transcreve
com ortografia atualizada, solução de abreviações e notas explicativas de
condições velhas.
Destinatário: Para a justificação fora a que leva no princípio, este
documento foi dirigido ao Superior da Companhia de Jesus, P. Diego de
TORRES BOLLO.
Data: Córdoba, 1610.
Bibliografia: STORNI H., Antonio Ruiz de Montoya en Indias, em: Archivum
Historicum Societatis Jesus. Vol. LIII, 1984, pp. 428-442
Autores: FURLONG, Montoya, pp.140; 159-170; JARQUE Francisco, T.1,
Montoya en India, p.60 y sig.; VARGAS UGARTE, Un Místico del S. XVII,
pág. 102-107.
Texto
RELACION DE LAS GRACIAS RECIBIDAS DE NUESTRO SEÑOR
“La primera vez, que V.R. me mandó le enviase las grandes misericordias,
que la Divina Majestad me ha hecho por intercesión de la gloriosísima Virgen
María, Nuestra Señora, me pareció no hacerlo (en que confieso mi
desobediencia y culpa) por haber dado cuenta a V.R. de ellos ya de palabra,
pero visto que, segunda vez, me lo ordena V.R. y manda, quiérole hacer la
gloria y honra de Dios Nuestro Señor y de la Virgen, su Madre y Señora mía,
y para confusión y vergüenza de este miserable.
Desde bien pequeño sentí grandísimo afecto a Nuestra Señora y, en esa
edad, sentía siempre su favor casi milagroso en cosas, que aquella edad
trae consigo. En acabando de rezar el Rosario, me daba en los pechos con
una piedra, con toda mi fuerza, haciendo actos de amor, aunque entonces
no los conocía, de que se me hacían cardenales en los pechos. Gustaba
mucho encerrarme en mi aposento a oscuras sobre tarde, después de haber
tomado una disciplina (sin tener maestro humano) y estarme pensando en el
acto, si más discurso, conque me hallaba muy alentado. Dentro de algunos
días, me sonsacaron amigos y me distraje, de tal suerte, que ya no trataba
sino de holgarme y pasearme, y confesarme de año en año. Y llegó el punto
a tanto que, tres años, estuve sin confesarme.
En el último de estos tres años me sucedieron muchas desgracias y
peligros de perder la vida y de hacerle perder a otros, conque, por
68
momentos, estaba en la cárcel o retraído o sentenciado a destierro. Yo traía
miedo que, en una casa, me querían coger y hacerme algún gran mal. Y una
noche a la medianoche, quiso Nuestro Señor que queriéndome matar, me
estuve defendiendo como pude por espacio de media hora, hasta que ya de
cansados me dejaron. Yo traía entrecejos que, en esta casa, me habían de
matar sin confesión. Y así una noche, viniendo de la misma casa con dos
amigos, una noche muy oscura, como a las once o doce, cogióme un
pensamiento de que la justicia de Dios estaba conmigo muy enojada y que
ya estaba para descargar su brazo sobre mí y me parecía que ya sentía con
un grave castigo. Yendo yo embelezado con esto, díjome un compañero:
"Hola, aquí se debe de haber muerto de repente este hombre o le han
muerto a puñalada y echado aquí". Alboroto‚me dé suerte que, en lo restante
de la noche, no pude dormir y con un sudor grande. Ya que quería
permanecer, pareciese, estando en mi cama, que no había sido verdad lo de
la noche pasada sino sueño. Al fin me vestí sólo para ver si estaba allí aquel
cuerpo. Hallé‚ la señal en el suelo que como había hecho garra, lo que había
cogido el cuerpo no estaba mojado. Salí a la plaza y no vi en ella ningún
cuerpo. Pero pregunté‚ a un amigo si había oído decir que hubiesen muerto
a alguien. Respondió que sí y que lo habían llevado a cierta parroquia. Con
esto anduve muy atemorizado, pero el demonio me tiraba de los deleites,
conque me endulzaba la amargura de mi conciencia. Una noche me
cogieron en aquella casa y me dieron tres heridas encima del corazón, que
por bien poco no me dejan allí. Al fin me escapé‚ y hacía tan fría noche, y yo
estaba tan acongojado de mi conciencia, que penes‚ quedarme arrimado a
una pared muerto.
Al fin me pareció conveniente irme a Chile o hacer una larga ausencia,
porque me consideraba ya metido en el infierno. Hablé‚ al gobernador
Ramón, y él y yo al Conde de Monterrey, ofreciéndome a ir por dos años a
mi costa. Compré‚ armas y, estando ya en vísperas de ir y yo con buen
deseo, quiso el Señor, por medio de un amigo mío, hombre de autoridad y
honrado, disuadirme la ida, y me dio una buena excusa para con el virrey y
gobernador. Tuve luego deseo de irme a Tierra Firme y allí comprar media
docena de vestidos y volverme a Lima a romperlos, me pareció que con esta
ausencia todo se olvidaría. Me acordé que era muy fácil ahogarme e irme al
infierno, y para eso propuse de confesarme, me consoló que el andar bien
vestido no importaba para la confesión, que eso no me lo había de quitar el
confesor, ya que me quitase otras cosas. Fui a confesar con un Padre, que,
siendo yo pequeñuelo, me había confesado. El cual me había oído, me dijo
que no podía absolverme, que llamase al Padre Juan Domínguez, que era
hombre docto y él me confesaría. Quedé‚ tan desabrido que hice propósito
de no confesarme más, que, pues no me querían confesar, yo tampoco
quería. Pero en un instante sentí interiormente un grande impulso de que
volviese a la Compañía, que luego me confesarían. Volví y entrando en la
portería, me encuentro con el Padre, que no me quiso confesar, que iba
fuera de casa, y junto a él estaba el Padre Domínguez. Hablé con el otro
Padre y él me confesó generalmente de toda mi vida y me absolvió.
Entrando por este tiempo, que era cuaresma, a tomar disciplina en la
Compañía todas las noches, vi venir tras de mí un Padre, que por ser tan
oscuras las noches no lo conocía. El cual me llamaba y a mí me parecía que
69
llamaba a otro pero luego se quedaba el Padre parado. Hasta que al cabo de
algunos días, me cogió la delantera y, entonces dije entre mí que aquella
noche se había engañado el Padre del todo, pues me estaba hablando sin
conocerme. Este era el Padre Gonzalo Suárez, pero él me dio tan buenas
señas que le hube de dar crédito. Dos años, me dijo, que traía impulsos de
hablarme y rogarme que, a lo menos, no ofendiese a Nuestro Señor. El cual
quiso que aquella noche cobrase a este Padre tanta afición que no me
apartaba de él. Con cuyo trato me anima‚ mucho a vivir algo concertado,
pero no dejar el viaje que había propuesto y con el intento que lo hacía.
Un día de estos fui a oír misa a San Francisco, como solía hacer, en el altar
de la Concepción de Nuestra Señora, y habiendo oído y rezado el Rosario
de Nuestra Señora con los dedos, porque se me había perdido el Rosario, le
ofrecí a Nuestra Señora, y le dije que lo recibiese y me perdonase, que yo
compraría o buscaría otro Rosario. Acabadas de decir estas razones, me
pareció que desde la imagen de bulto, que en aquel altar está Nuestra
Señora, me dijo dentro de mí mismo, sin que yo oyese externamente nada:
"Hoy te daré un Rosario". Hasta este día no había experimentado cosa
semejante, ni yo entonces entendí cómo fue aquello. Pero no pude dejar de
releerlo en ninguna manera. Y así, humillándome hasta el suelo
interiormente, le hablé y dije que yo le aceptaba y que en su nombre lo
tendría. Y esto sin hacer discurso del modo con que me lo había de dar.
Desde este punto hquedé‚ tan cambiado, que yo mismo no me conocía. Y
luego, saliendo a la plaza, a cierto negocio que tenía, los hombres y las
cosas me parecían de otra manera y que todo era burla y juego, y que no
había otra cosa de que hacer caso sino de servir a Dios y a la Virgen. Y así,
desde este día, perpetuamente andaba con el Rosario dentro de la
faltriquera
10
y rezando Rosarios o haciendo actos, procurando andar
tratando con la Virgen. Este día en la tarde, que me sucedió aquello que dije
arriba, fui a la Compañía, olvidado de lo que me había prometido mi Señora,
la Virgen, y encontrado al Padre Suárez, me dijo que entonces le habían
acabado de dar un Rosario, y que luego lo aplicó para mí. Y en este punto
me acordé lo que me había pasado en el altar de la Concepció n, con lo cual
recibí un consuelo grandísimo. Este mismo día, acabadas de oír aquellas
palabras, me sentí muy aficionado, luego al punto a guardar castidad y así
hice un muy firme propósito de guardarla y de dejar las ocasiones que tenía
de caer. El cual propósito he guardado, aunque muy poco después hice voto
de ello. Lo restante de la Cuaresma gasté‚ en ayunos y penitencias, con
intención todavía de hacer mi viaje. El segundo día de Pascua me sentí en
un momento trocado y con deseo de estudiar y del todo dar de mano al
mundo y entrarme religioso en San Francisco. Lo cual al punto comuniqué‚
con mi confesor y aprobé el intento que tenía. Pero me aconsejó que antes
de empezar, entrase a hacer los Ejercicios y así lo hice. Antes que entrase a
hacerlos estando yo en la plaza, a mediodía, junto a un pilar de ella algo
debilitado porque ayunaba entonces, y algunos das comía de veinticuatro en
veinticuatro horas, estaba ofreciendo a Nuestro Señor aquella necesidad y
con harto consuelo, volviendo un poco el rostro hacia el pilar me pareció ver
de repente un demonio. Se me figuró de poca edad, la figura de un negro, el
10
Faltriquera: bolsillo.
70
hocico largo, los ojos encendidos, los pies y manos como demonio, aunque
proporcionados a su cuerpo. Pero lo que más me pareció que había que
reparar era que estaba atentísimo mirando al rostro. Me dio harto consuelo
por verlo apartado de mí.
Entré a hacer los Ejercicios. Los cuatro días primeros estuve muy
acongojado, porque ni parado ni de rodillas ni sentado podía estar. El cuerpo
me pesaba muchísimo. La imaginación todavía en las burlerías pasadas y lo
que más me atormentaba era lo que sentía dentro de mí: ¿"Para siempre
has de dejar los deleites, que ayer tenías, y a tus amigos y pasatiempos?".
Aunque más pena me daba el no poder reprimir este pensamiento que no él
dejarlos amigos y deleites que dejaba. Pero al fin, al cuarto día, estando de
rodillas, me pareció que, mientras más estaba así, menos me dolían y poco
a poco se me iban como adormeciendo los sentidos. Me daba gusto esto,
pero, de cuando en cuando, temía un poco y yo mismo me volvía a
despertar. Así como un hombre, que está en una sala llena de ventanas y
quiere quedarse en recogimiento a oscuras va cerrando poco a poco las
ventanas y mientras más ventanas cierran más recogimiento siente de sus
sentidos, hasta que del todo queda oscuras, sin ver, oír ni tocar nada, así le
sucedió a mi alma, que, poco a poco, me fueron adormeciendo los sentidos
sin ver, oír ni oler cosa, pero las potencias muy vivas. Estando yo en medio
de esta quietud y me dejó llevar, lo primero que sentí fue un grandísimo
despego de toda cosa criada, buena ni mala, de ser religioso ni de no serlo,
como si deseo ni concupiscencia hubiese en mi alguna. Estando en esto, me
pareció veía a los de la Compañía y no los conocí por el hábito, porque los
veía de blanco, de una cosa muy transparente, de suerte que todo lo que
tenía dentro de su cuerpo estaba patente. Yo no sé cómo los conocí, pero sé
que los conocí, aunque no sentí que me dijesen algo. Él verlos transparentes
entendí que era la claridad, que hay con los superiores, aunque entonces no
sabía yo que había regla de eso en la Compañía. Me pareció ver en un gran
campo muchos infieles. Me sentía muy aficionado a ayudarlos, para que se
salvasen, y, lo que más me incitaba a esto, era el ver a los de la Compañía
como que arremetían hacia ellos, encendidos de caridad para hacerlos
cristianos y que se salvasen. Conocí los muchos trabajos, que se habían de
padecer en esto. La obediencia de la Compañía, su instituto y que no
imitaban a hombre, sino al mismo Señor Jesucristo en el deseo de la
salvación de los gentiles. Al punto me pareció que Cristo Nuestro Señor
venía hacia mí y se me llegó tan cerca que su costado, que estaba manando
sangre, me llegó a mi boca. El consuelo que sentí no se puede decir. Y esto
último fue lo que más sensiblemente sentí. Evanuit desapareció y quedó‚ tan
consolado y tan tocado, que todo cuanto veía me pareció burlería y una
gana de la oración, que no podía pensar en otra cosa. Desde este día, tuve
mucha facilidad en la oración y sentimientos muchos espirituales. Fue tanto
el respeto que me quedó a los de la Compañía, que no me atreví a pedirla ni
dar cuenta de esto, porque me pareció que no me habían de recibir. La
Virgen fue la que me alcanzó todo esto y la que hizo que, dentro de un año y
medio, aprendiese el latín, que había menester para ser recibido en la
Compañía. Y así le hice luego voto de entrar en la Compañía, para
emplearme en infieles y que si por mis defectos no me recibiesen, de ir
donde yo sintiese que el Señor me llamaba a la conversión de gentiles, en
71
hábito de clérigo honesto, pidiendo limosna para mi sustento, el tiempo que
durasen los estudios.
En el Colegio de San Martín, por algunos días, saliendo del refectorio, que
iba a quiete
11
me parecía ver sobre mí un Cristo crucificado y vivo en la cruz,
pero esto pasaba muy presto como un resplandor. El efecto que hacía en mi
era no poder hablar de cosa del mundo, sino de cosas de virtud y de
perfección, y así buscaba alguno de los padres nuestros o seglar devoto,
con quien hablar de cosas santas. Todo el tiempo, que estuve estudiando en
San Martín, tuve por lo menos hora y media de oración mental, y los
domingos y fiestas tres y cuatro seguidas. La mayoría de las aveces con
grandes sentimientos. Otras sentía un tan gran dolor en las rodillas por todo
el muslo arriba. Y desde entonces me quedó un dolor en la derecha, el cual
ha poco que se me quitó, aunque sólo me dolía, estando arriba de una hora
en oración discursiva, de la otra no siento nada. Estando una noche debajo
de un árbol en oración, llorando, y como quejándome amorosamente de que
Nuestro Señor haba permitido que fuese hijo natural y no legitimo, y que por
esto no me habían de recibir en la Compañía, sentí dentro de mí: "Dios no
hace cosa acaso y así eso no lo fue, ni él haber destruido la hacienda que te
dejé. Todo es por tu bien, porque en nada fíes del mundo. En la Compañía
entrarás y la falta de naturaleza Dios la suplirá con su gracia."
En este ínterin oí decir que venía el Padre Diego de Torres, de Quito, por
Provincial del ParaguayErro! Indicador não definido. a socorrer aquella
gente miserable. Recordé lo que me había pasado en los primeros
Ejercicios Espirituales. Y así me determiné‚ esperarle y seguir su orden. Mi
confesor me daba prisa que entrase en la Compañía, porque los Consultores
estaban de su parecer. Pero como mi intento era ir al Paraguay, donde
conocía que el Señor me llamaba, me detenía diciendo que sabía muy poco
latín, que me dejasen estudiar cuatro meses más. Y esto sólo con intención
de ofrecerme al Padre Diego de Torres, porque me parecía no me dejarían ir
a otra provincia los del Perú Me vi algo confuso, hasta que me fui a un Padre
muy espiritual, con quien yo comunicaba mis cosas y le pedí parecer
informándole. Díjome: "No pierda esta ocasión, que si el Señor le ha
escogido para esa empresa Él le enviará, aunque todo el mundo no quiera".
Tuve sosiego con esto y entré‚ en la Compañía. Y estando un día llorando
mis grandes pecados, de repente, como un resplandor me pareció ver a
Cristo Nuestro Señor con una cruz en sus manos y que me la entregaba.
Creció con esto el deseo de trabajos y conversión de infieles. Por tres veces
en estos Ejercicios, me parecía estar hincado de rodillas junto a una cruz
muy grande y que me subían a ella con grandísima dulzura. En estos
Ejercicios tuve muy particulares sentimientos de amor de la Virgen, a quien
ofrecí mi vida y trabajos que padeciese en el Paraguay.
Dando un día cuenta a un superior del deseo, que el Señor me daba de
la conversión de los indios del Paraguay me dijo que, si el Padre Diego de
Torres viniese y preguntase que quien quería ir con él, que él traía licencia
para llevarle, en ninguna manera le hablase palabra. Así lo hice, pero
acordó‚ pedirle a quien podía más, por medio de la Virgen. Un día de noche,
en que me había determinado pedirlo a Nuestro Señor, estando en el cancel
11
Quiete: hora de recreo que se toma después de comer.
72
de la sacristía de Lima, empecé‚ a recogerme muy dentro de mí, y estando
suplicando, muy de veras, a la Virgen y al bienaventurado Javier, me pareció
oír estas palabras: "No tengas pena hijo, irás", las cuales salían de la Virgen.
El Señor solo sabe el gozo que tuve y certidumbre. Quería reventar y dar
voces. Y así decía entre mí: Ya no les tengo envidia a los que van, que todos
somos compañeros. Y aunque en muchos días no me dijeron los superiores
nada, no se me daba nada, porque ya yo lo tenía por imposible, hasta que
después me lo dijeron.
En los Ejercicios que hice, para venir al Paraguay se me ofreció pedir a la
Santa María su amor y que el mejor empleo que podía hacer era ese. Y así
entré‚ a ellos con determinación de alcanzar algún poco, por intercesión de
nuestro bienaventurado Padre Ignacio y bienaventurado Javier. Estando un
día en oración, fui perdiendo los sentidos, como arriba dije. Me pareció que
salía por un camino áspero y pedregoso cuesta arriba, por donde iba con
alguna aflicción. Al fin del cual está la Santa María muy hermosa, que
apenas se podía mirarla a causa del resplandor. Llegué a Ella con gran
confianza, cansado. Entré por una puerta, donde ella estaba como guarda, y
me guió por un prado muy ameno y tan oloroso que sólo el olor parece que
me adormecía y detenía el paso para pasar adelante. Esto no se puede dar
a entender, aunque se compare con cosas dulces y olorosas de la tierra,
porque sin encarecimiento son hediondas y agrias las cosas dulces y
olorosas de la tierra. Me pareció que la Virgen me hizo señal con la mano
que fuese hacia adelante, donde encontré a Cristo Nuestro Señor, puesto en
una cruz, vivo, tenía la una mano puesta en el costado y con los dos dedos
abriendo y haciéndome señas con la cabeza que me llegase a beber. Bebía
y no me hartaba. Parecía salir un vapor denso y que se entraba en todo mi
cuerpo, que me daba un gusto que quisiera estar así toda mi vida. Evanuit
[desapareció]. Pero aunque después estaba despierto y haciendo oficio
manual en la celda, me parecía verdaderamente oler las flores, y me quedó
esto por dos o tres días.
En estos Ejercicios pedí a Nuestro Señor que, si le placía me quitase las
consolaciones de la oración, porque andaba acongojado por haber oído
decir siempre que el modo de oración de la Compañía era mucha
mortificación y que lo demás era engaño y burla, conque pasaba algunos
ratos amargos. Pero en la oración siempre estaba certificado que era verdad
lo que me pasaba. Estando pues pidiendo esto a Nuestro Señor, de repente
me pareció estar metido dentro del costado de Cristo Nuestro Señor con
grandísimo gozo. Estando en esto, me parecía no tener más que desear, ni
pedir, en los cielos ni en la tierra. Pero vi que me faltaba un gran escalón que
subir. No veía nada, pero sí que era gran cosa la que me faltaba. Vi todo
como en liobrico. Entendía que era la contemplación de la esencia divina y
que hasta entonces lo que se me había mostrado era por cosas materiales y
que eso otro era muy superior sin comparación, aunque tampoco eso se
podía dar a entender sin algunas imágenes en esta vida. Acarreando un día
piedras de la huerta del noviciado, haciendo actos de amor a la Virgen, sentí
irme interiormente encendiendo en su amor. Le ofrecí mi corazón por medio
del Angel de mi guarda. Y aunque me cargaba muchísimo de piedras, de
rato en rato me parecía que no andaba por la tierra, ni que llevaba carga
chica ni grande, y que los Hermanos, que allí andaban, se me figuraban
73
ángeles. Luego tocaron a la oración de la tarde y yo fui con aquel
sentimiento a ella y luego pegó. Porque me puse delante de la Señora
Nuestra y yo le ofrecí mi corazón con todas las veras, y la Señora Nuestra el
suyo a mí, conque estaba el más consolado del mundo. Y luego tocaron a
salir, me pereció que entonces acababa de entrar. Quedé tan debilitado que
apenas me pude levantar. Al fin, arrimado a las paredes, me fui a mi celda
que tenía solo, donde quise rezar por haber tocado a ello. Y no podía abrir la
boca ni estar de rodillas, sino sentado en el suelo y arrimado. Con los
relieves pasados estaba como embobado. Y así se me pasé otra hora en un
soplo.
Yendo al refectorio, toda la comida me daba gana de echar las entrañas
al olerla. Al fin empecé‚ a comer esforzándome y parecía que comía un poco
de lana. Al ir a la quiete, no pude sufrir las voces y murmullo, y así pedí
licencia para recogerme. Sentía en todas estas cosas dar cuenta al superior,
porque se me ofrecía que por vanagloria las decía.
En Córdoba he tenido algunos sentimientos particulares. Los que tengo
apuntados son que un día, habiendo acabado de comulgar, ofrecí a Nuestro
Señor mi corazón para que se aposentase en él, donde me pareció que la
Hostia se había vuelto un hermoso niño, con quien me estaba regalando.
Otra vez, estando amando a mi Señora, me pareció verla con su Hijo en
sus brazos, y que me le entregaba. La castidad, que recibí entonces, no se
puede decir. Viniendo a Córdoba de Mendoza, se cayó una carreta y no
pudieron siete personas levantarla, por estar una rueda en el suelo encajada
y otra arriba. Y yo me encomendé‚ a la Virgen y me metí debajo de la rueda,
y dije a un indio que me ayudase. Y sin hacer yo fuerza de momento, se fue
volviendo la carreta, y el indio había hecho muy poco, como él lo dijo. Y esto
fue porque la Virgen nos ayudó.
En este mismo camino, habiéndose quedado atrás unos bueyes, toda una
noche y un indio con ellos, no podíamos pasar adelante y estábamos con
mucha incomodidad y pena, nos hubiesen metido con vacas cimarronas, que
había visto. Yo, viendo al Padre Rector acongojado, me aparté a un
montecillo y me puse en oración. Al cabo de un rato oí: "ya vienen". Abrí los
ojos, miré, y no vi nada. Volví a ponerme en oración y oí: "ya vienen". Volví a
mirar, no vi nada, me pareció engaño. Me postré en el suelo y oí: "ya
vienen". Miré y vi que asomaban muy lejos y los indios con ellos.
En la oración casi siempre, digo por un poco de tiempo, en Córdoba
sentía al demonio con tanta viveza que me vi forzado a salirme de la celda
por el gran horror que sentía. Al cual sentía de tres maneras: la primera
quien tira dardos de malos pensamientos derechamente al alma, para
inquietarla. La segunda, un horror grande que siente el alma y temor sin
figurarse nada. La tres, una figura de negro muy grande con un palo en la
mano muy grueso. Algunas veces era tanto el temor que casi no podía con
buenos pensamientos vencerlo, hasta que totalmente había pegado el alma
en su oración, que entonces no había temor ninguno.
Estando en oración hablando con la Virgen, me fui adormeciendo en los
sentidos, como otras veces. Pero experimenté‚ lo que nunca, y fue que
desde los pies parece que se me iba subiendo hacia arriba no sé qué. Yo
entendí entonces que era el espíritu, que desamparaba aquellas partes, y se
recogía hacia el pecho, donde sentía hacerse la obra del querer y amar.
74
Pero debía de ser el calor natural que desamparaba aquellas extremidades.
Dando cuenta a un superior, traté del acto de entendimiento y voluntad,
que eran distintos. Yo no había hecho reflexión de eso ni me cuidaba. Pero
luego, aquel día, me fui a la oración, y acabado de poner de rodillas,
empecé‚ a recogerme como otras veces y sentí las extremidades del cuerpo
desamparadas del calor natural y el pecho encendido, amando. Y al cabo de
muy poco, sentía todo aquel calor natural, que, como vapor, se iba subiendo
hacia la cabeza donde, habiéndose juntado, sentí grandísimo calor en ella. Y
en lo superior, en parte interna y suprema de la cabeza, vi yo mismo una
claridad. No podía ver con los ojos pero vi no sé cómo. Conocí que era el
entendimiento con que hemos de ver y conocer la divinidad. No vi nada con
el entendimiento, pero eché de ver que lo que se ve con él no es corpóreo,
como si viese yo con un ojo y por otra parte no viese nada. Esto es
algarabía, que no puedo dar a entender, pero bien la entendí.
En unos Ejercicios me pareció, estando en oración, ver a Nuestro Señor.
No le veía en figura humana, pero veía que era Él y que me decía: "Estudia,
que para esto te llamé‚", por los indios. Agradecida de esto, el alma hacía
voto de ayudarles con una humildad tan grande, que pedía al Señor que
siempre estuviese aquella arraigada en mi corazón. Deseaba el espíritu
deshacerse en servicio de Nuestro Señor, y aniquilarse. Pero no por eso
estaba triste, sino consoladísimo. Cuando de repente me pareció ver un solo
brazo crucificado, digo medio, cuatro dedos arriba del codo o más. No sé lo
que se quiso ser. Lo que yo sentí fue gran deseo de padecer y de meterme
debajo de la tierra por amor de Nuestro Señor.
Después de haber comulgado, me pareció ver a Cristo Nuestro Señor de
hasta dieciocho años, mancebo muy hermoso, vestido con una vestidura
azul y una tabla en la mano izquierda, arrimada al muslo, y con la derecha
apuntándose a que aprendiese allí. No vi nada escrito en la tabla, pero sentí
gran amor a la humildad y un muy gran despego de todas las cosas de la
tierra.
Después de haber comulgado, otra vez, y de haberme dado media forma
sola, me pesó, porque durarían menos las especies. Pero de repente sentí
en mi corazón a Cristo Nuestro Señor sentado en él, de perfecta edad,
dando a entender que en cualquiera partecica está entero. Y esto porque
había tenido un pensamiento leve si estaba allí, o no, Cristo Nuestro Señor.
El Jueves Santo me dio deseo de irme a dormir en la peana
12
de la
sacristía, donde suelen poner el Santísimo Sacramento, con intención de
hacerle compañía aquella noche. Me acosté en el suelo y estando
descansando un poco, sentí sobre mí que venían de tropel unos demonios y
me meneaban y despertaban. Pero todas las coyunturas de mi cuerpo
parecen que me tenían cogidas, que no me podía menear ni hablar. Me
acordé del Santísimo Sacramento, que estaba allí, y no podía invocarle. Iba
a llamar a la Virgen y no podía. Y ellos sobre mí como quien hacía burla,
despertándome. Al fin me levanté casi sin aliento, diciendo Jesús, y cansado
como si hubiera luchado mucho. Me encomendé al Señor, que allí estaba, y
volví a recostarme en el suelo. Al cabo de muy poco rato, vuelven a lo
mismo, meneándome, y yo con un temor grandísimo, que ni podía pedir
12
Peana: tarima que se coloca delante del altar.
75
socorro a Dios ni a las gentes. Bien oía a un Padre, que andaba encima del
monumento en la iglesia y a un indio, que estaba roncando en un aposento,
que está pegado a la sacristía, pero me tenían tan cogidos todos mis
miembros, que ni menearme, ni gritar, ni persignarme, ni interiormente decir
Jesús, ni llamar a la Virgen, todo lo probé, hasta que, de ahí a un poco, me
levanté tan despavorido y amedrentado, que al ir a la iglesia a visitar al
Santísimo Sacramento, que estaba encerrado, y volviendo a la sacristía, no
poda entrar en ella, con un temor tan extraordinario que me espantaba de mí
mismo al ver que estaba temblando, aunque me esforcé a entrar y andar por
la sacristía para vencerme. Acabado esto, me trajo una muy viva tentación,
diciendo que ya estaba muy aprovechado y que los demonios me querían
mal por eso.
Estando en el día de San Antonio rezando las horas menores en el coro,
empecé entre mí a decir, hablando con Nuestro Señor: "Es posible que no
pude yo alcanzar, Señor, no ser sacerdote sino coadjutor, porque de esa
manera fuera humilde y os sirviera más ". En esto sentí llenarme yo todo de
un consuelo y ternura tan grande, que salía del Santísimo Sacramento, que
estaba en el altar mayor, y desde allí se difundía en mi alma. Sentí un gran
deseo de hacer voto de emplearme siempre en los indios. Y así lo hice con
licencia. Fue con tanta vehemencia la impresión de gozo que tuvo mi
corazón entonces, cuando digo que salía del Santísimo Sacramento y se
difundía en todo mi cuerpo, que sentí entonces un vivo dolor en el corazón.
El cual no se me quitó hasta, de hoy a dos días, que muy poco a poco se iba
deshaciendo.
Otros sentimientos he tenido, pero estos me han parecido los más
particulares y de más cuenta. Bendito sea el Señor, que los ha dado a quien
ha merecido millones de veces el infierno y no los agradece. Los cuales
conozco haberme venido por mano e intercesión de la bendita Virgen María,
Señora Nuestra.”
2. VISITA DE UM CLÉRIGO. (Referência).
Texto: Cap. 13 de uma Relação manuscrita que é conservada no Arquivo
da Província, em Córdoba.
Impressão: O documento é inédito, ele só é conhecido pelos autores que o
comentaram.
Edição: A parte do documento transcrita referènciado pelo P. Pedro
LOZANO no T.2 de seu trabalho, Historia de la Compañía de Jesús en la
Província del Paraguai, Madrid, 1755, p.734. Com ortografia atualizada.
76
Destinatário: O Provincial da Província Jesuítica do Paraguai Padre Diego
de TORRES BOLLO.
Data: 1614.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.428.
Autores: LOZANO 2, 734.
Texto
RELAC ION MANUSCRITA SOBRE LA VISITA DE UN ECLESIASTICO
“... como todo lo escribe el Padre Antonio Ruiz de Montoya en el capitulo
13 de una Relación manuscrita, que se conserva en el Archivo de esta
Provincia y pudo ver su engaño el Doctor Jarque en lo que el mismo Padre
Antonio escribió en su Conquista Espiritual del Paraguay capítulo 16. Y que
tampoco muriesen a la lengua del agua, sino en las casas en que les asistió
el Padre Mazeta, consta por una Carta, que el Padre Cataldino escribió al
Padre Provincial Diego de Torres, en 18 de Septiembre de este año de 1614
y se guarda original en dicho Archivo. Añade sí el Padre Antonio Ruiz en la
relación manuscrita, que a la muerte del Canónigo Visitador precedió la de
un español, que ponía con el mucho calor en la mudanza, y fue a dar cuenta
a Dios de sus dañadas intenciones, muy poco después de los tres Caciques,
y después de éste, otro vecino de Ciudad Real, autor principal o primer móvil
de las revoluciones, y había influido más veneno en el ánimo del Visitador,
visitado tan presto por el Juez infalible.”
3. O APÓSTOLO LUCROS SAGRADOS NA MEMÓRIA DOS NATIVO.
Texto: Original no Arquivo da Província.
Impressão: O documento é inédito, ele só conhece pelos autores que
fizeram referência.
Edição: O texto é transcrito pelo P. LOZANO, Historia de la Compañía de
Jesús en la Provincia del Paraguay II, Madrid, 1755, con ortografía
actualizada y notas.
Destinatário: O Superior da Província Jesuítica do Paraguai Padre Pedro de
OÑATE.
77
Data: 1617 (?).
Bibliografia:
STORNI, Montoya, pág. 436.
Autores: Lozano, 2, pág. 719.
TEXTO
RELACION SOBRE EL APOSTOL SANTO TOMAS
“De esto es buena prueba el caso, que refiere el Venerable Antonio Ruiz
de Montoya en una Relación manuscrita, haber sucedido por este mismo
tiempo hacia el Marañon adonde habiendo penetrado cien vecinos
portugueses desde la Villa de San Pablo fueron recibidos de paz todo el
tiempo, que a los portugueses les duró en la boca. Conservaban los
bárbaros tan fresca la memoria de Santo Thomé
13
, y de sus prodigios, como
si ellos mismos le hubieran visto, y conocido: Por lo cual, como los
portugueses, para asegurarlos mejor, les dijeron iban a enseñarles la
palabra de Dios, los indios con extraña sencillez les traían difuntos, para que
los restituyesen a la vida, porque así (decían) lo hizo el Pay Zumé
14
, para
probar, que era palabra de Dios la que predicaba, cuando vino a estos
países.”
4. OS EVENTOS DO GUAIRA (1610-1622). (Referência
Texto: relação manuscrita que é conservada no Arquivo Geral da Província.
Impressão: O documento é inédito, ele só conhece pelos autores que
fizeram referência.
Edição: A parte do documento transcrita é referida pelo P. Pedro Lozano,
com ortografia atualizada.
13
Santo Thomé: por Santo Tomás, Apóstol.
14
Pay Zumé: por Santo Tomás, Apóstol.
78
Destinatário: O Provincial da Província Jesuítica do P. de Paraguai o Diego
de Torres Bollo onde isso está relacionado aconteceu nos primeiros doze
anos de evangelismo.
Data: 1622 (?)
Bibliografia: STORNI, Montoya, pág. 429.
Autores: LOZANO 2, 358.
TEXTO
RELACION DE LOS SUCESOS DEL GUAIRA (1610-1622).
(Referencia).
“Cayó enfermo en aquel pueblo uno de los soldados, que intervinieron en
las presas del de Taubici
15
, y llamando para ajustar las cuentas de su
conciencia el Padre Montoya, se negó a oír su confesión, si primero no ponía
en libertad una india que allí hurtó, y se la restituía a sus padres.
Durísimo se le hizo al doliente, sin poderse resolver a la restitución por
más batería
16
que le dio el Confesor con eficaces razones, que apretaba
más, cuanto más por la posta le veía correr a la muerte.
Lo mismo le persuadió el Padre Cataldino, pero sin efecto, hasta que
destituído de fuerzas, aún para hablar, vino a entregarla. Al punto que espiró
entraba a su cuarto otro amigo, que viendo salir por su puerta un bulto
negro, muy fiero, recibió de él en el pecho un fuerte golpe, que le derribó en
tierra sin sentidos, y se juzgó era el espíritu maligno, que había asistido al
difunto, y endurecido el corazón para no soltar la presa.
Prosiguieron ambos su viaje a Ciudad RealErro! Indicador não definido.
donde por fin hallaron al General Don Antonio [de Añasco]
17
, y cuando
imaginaban hallar en su persona el reparo de los males, y que haría
justicia a los naturales conforme a las Ordenanzas, pasó todo al contrario,
pues a ninguna India permitió se le diese libertad de restituirse a su nativo
15
“Llegado por fin el Teniente al pueblo de Taubici tenía éste ya puesto en cobro sus hijos, mujeres,
mucha parte de sus vasallos, y de sus alhajas más estimables, y sólo quedarían como trescietas
personas, que no se quisieron poner en fuga con su cacique, y recibieron de paz a los guayreños, a
quienes avisaron cuan fácilmente todos serían prisioneros, y con el cacique valeroso no quisieron
probar las armas; gente tan ruin, que tan valiente se mostraba con los inocentes rendidos, como
cobarde con los esforzados, que pudieran hacer frente.” (Cfr: LOZANO, Historia de la Compañía
II:364)
16
Batería: conjunto de palabras. Peticiones repetidas conque se importuna a alguien.
17
“La prohibición de hacer malocas en el Guayra ordenada por Añasco se encuentra en el Archivo
General de Indias. Audiencia de Charcas, legajo 120. Fue publicada en extracto por Pastells en su
Historia de la Compañía en el Paraguay (tomo I, p. 153). Se guarda una copia meconografiada de la
misma, en la colección inedita de este Padre que existe en la Biblioteca de la villa de San JoséErro!
Indicador não definido. (Pablo Aranda 3, Madrid). Existe una copia coetáea en la Colección Pedro
de Angelis (I-29-2-2) de la Biblioteca nacional de Río de Janeiro, la cual fue publicada por Jaime
Cortesâo en su obra jesuitas y Bandeirantes no Guayra (137). Tambien fue publicada en los Annais do
Museu Paulista. (tomo I, segunda parte, p. 147-148) (Cfr: TORMO SANZ Y BLANCO, Montoya:
101, Nota 4)
79
suelo. Así lo escribe en una cumplida Relación de todos los sucesos de esta
Misión en los doce primeros años el Padre Antonio Ruiz, y se guarda original
en el Archivo de esta Provincia.”
5. ESTADO DAS REDUÇÕES DE LOS ANGELES DEL TAYAOBA,
JESUS MARÍA E CONCEPCION DE GUALACHOS.
Texto: Autógrafo original em Coleção de Angelis: I-29-1-36. Biblioteca
Nacional. Rio de Janeiro.
Impressão: Manuscritos da Coleçao De Angelis, Jesuitas e Bandeirantes no
Guairá T.1 (1549-1640), Introduçao notas e glossario de Jaime Cortesâo.
Río de Janeiro, Biblioteca Nacional, Diviâo de obras raras e publicaçôes,
1951.
Edição: Edita-se o texto que transcreve Jaime Cortesâo, MCA I, com
ortografia atualizada e notas com explicaçâo de condiçôes velhas.
Destinatário: O Provincial da Companhia de Jesus, Padre Francisco
Vázquez Trujillo.
Data: 1630.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.431; CARDOZO I, p.248, N°3.
FURLONG, Montoya, pág. 106 n°22.
Autores: CORTESÃO, MCA I, 342-351.
TEXTO
LA REDUCCION DE LOS ANGELES
“Están en esta reducción los Padres Pedro de Espinosa y el Padre
Nicolás Ernacio muy fervorosos obreros de la viña del Señor, los cuales con
su gran celo y solicitud han puesto aquella reducción muy buena haciendo
nuestra casa e Iglesia muy capaz que con haber en esta reducción tanta
gente, toda cabe en ella, trabajando en lo espiritual sin cansarse y en lo
temporal de manera que puede competir con las antiguas, tienen ya vacas,
cabras y ovejas y se da todo muy bien, es tierra muy fértil y con el cuidado
de los Padres dentro de pocos años habrá mucha abundancia de todo, han
plantado una buena viña y cañaveral y hecho una buena huerta con que
tendrán mucho regalo. El ganado comienza ya a parir con que tienen ya
leche y manteca y hacen quesos . Hay ya muy buena multiplicación del
ganado de cerdo. Ha, Nuestro Señor probado estos nuevos Cristianos como
80
suele, lo primero con la peste de las viruelas de que murieron muchos,
llevando nuestro Señor gran número de infantes acabados de bautizar, hay
otros adultos con la misma disposición que por ser esto tan común y haber
en otras anuas especificado muchos casos no lo hago en esta, y por la falta
de papel, que por esta causa he dejado de referir en particular muchas
cosas.
Ha tomado lo segundo con estos portugueses que han andado muy
cerca de allí, los cuales aunque no cautivaron a nadie de allá, pero oían
decir que amenazaban aquella reducción con que han estado y están con
gran temor, no tanto por el temor de perder su libertad, cuanto por el temor
de la vida por haber visto ellos con sus ojos los cuerpos muertos y hechos
pedazos por manos de los Portugueses, y pasar por este río muchos
cuerpos muertos que los mismos portugueses habían echado al río, cuando
se iban por estar enfermos, y no los podían llevar porque no se les
volviesen los que llevaban por amor de sus Padres o conocidos que
quedaban y es cosa que suelen hacer estos salteadores.
Ha tomado esta gente las cosas de nuestra fe de manera que nos
admiramos porque siendo gente tan cruel y guerrera, comedora de carne
humana y que tan en el corazón tenían la venganza. Ahora son tan humildes
y caritativos y amadores de sus enemigos, que echan de ver bien en ellos
los efectos de la gracia. Hechóse esto de ver en el trato y acogida que hacen
estos indios a los gualachos. Eran estas dos naciones enemigas mortales
matándose y cautivándose perpetuamente de una parte y de otra sin
remedio alguno que para esto se pusiese.
Pero ahora después que han recibido el Santo evangelio así estos como
aquellos ya no como enemigos capitales, pero como unos muy grandes
amigos se tratan todos ellos, viniendo los gualachos al Tayaoba y estos
yendo a la tierra y pueblos de los gualachos. Hiciéronse estas amistades
ahora año y medio o cerca de dos años.
La ocasión que hubo, fue que yendo el Padre Francisco Diaz [Taño] a
llevar el Santo evangelio y dar principio a la reducción de la Concepción
fueron en su compañía los indios de esta reducción y aunque en el camino le
acometieron los gualachos entendiendo que eran enemigos y les iban a
hacer guerra como se hacían pero sabiendo que les llevaban Padre se les
hicieron muy amigos, y habiendo yo de venir desde la Concepción a los
Angeles traje por guía algunos de estos indios que habían ido con el Padre
Francisco Díaz [Taño] para que me trajesen por los pueblos de los
gualachos que estaban más cercanos a los de los Angeles, pero no les
hallamos en sus pueblos por estar comiendo piñones, y así pasó‚ de largo,
pero ellos vieron el rastro y sabiendo Que éramos nosotros nos fueron a
alcanzar para hablarnos, pero no nos alcanzaron, y habiendo ido unos indios
de los Angeles en esta ocasión a buscar yerba los encontraron y hablaron
dándose sus donecillos de una parte y de otra en señal de amor y paz y con
ellos se vinieron algunos a los Angeles y les regalaron mucho y después
vinieron muchos más. Y corrió la fama del amor con que les trataban que
luego se mudaron los gualachos del lugar donde solían estar haciendo sus
casas y pueblo junto a los yerbales del Tayaoba y pidieron que viniese un
Padre a verles y bautizar los niños, y así avisándome el Padre Pedro de
Espinosa le dije fuese a verlos, y así fue y viendo la instancia que le hacían
81
para que les bautizase los niños, los bautizó y aunque pareció había sido
mucha prisa pero nuestro Señor tenía ya escogidos aquellos niños para el
cielo, porque de todos aquellos que el Padre bautizó han quedado muy
pocos de una enfermedad que les dio de que murieron, y hubiera muerto sin
bautismo, porque el Padre se volvió luego a los Angeles después de haberle
hablado y regalado, desde entonces no cesan de ir al Tayaoba muy a
menudo, ni los de los Angeles cesan de usar con ellos de muy grande
caridad.
Este afecto y estima de las cosas de nuestra fe se echó mucho de ver en
el mismo Tayaoba, el cual desde el día que le bauticé que fue una noche en
un aprieto de que venían los enemigos a dar sobre nosotros, y él con
instancia me pidió el bautismo diciendo que querían morir cristianos
defendiéndome y así le bauticé a él y a su hijo Pablo Tayaoba, y desde
entonces el buen Tayaoba nunca dejó de oír misa todos los días así en días
de fiesta como entre semana. Yéndose a trabajar acabado de oír misa y
volviéndose a la noche al pueblo para oírla el día siguiente, y viniendo
conmigo a estas reducciones antiguas para ver al gobernador, oía todas las
misas que se decían de rodillas que causaba mucha devoción, y volviéndose
a su tierra cayó enfermo en la reducción de San Javier y agravándose la
enfermedad de que murió se dispuso muy bien para morir dejando grandes
prendas de su salvación, y este afecto y devoción han heredado sus hijos y
todo aquel pueblo.
Tiene esta reducción más de mil setecientos indios , aunque a los Padres
les parece que tiene dos mil, por la mucha gente que le ha entrado después
de que se hizo la matrícula en que se hallaba de la primera vez que se
matricularon 2.400, y tener experiencia de que nunca se descubren todos de
la primera vez. Tiene ya quinientos indios cristianos y casados. Los demás
se van catequizando y casando. Del río arriba va entrando cada día mucha
gente. Los últimos que vinieron llegaron ahora cuando yo venía y me
contaron una cosa notable, y es que ellos no querían reducirse sino estarse
en sus pueblos por causa de dos ídolos que tienen allá semejantes a los
que quemamos en la EncarnaciónErro! Indicador não definido. pero
Nuestro Señor ha tenido misericordia de ellos y dignado llamarlos con una
cosa notable, que dicen todos que las todas se les han vuelto amargas de
suerte que les mata las batatas , zapallos y raíces de las chácaras hasta los
frisoles y maíz se les han vuelto amargas y viendo esto, reconociendo era
por castigo de su rebeldía se van viniendo y dicen que detrás vienen ya
muchos y vendrán todos."
LA REDUCCION DE JESUS MARIA
"Esta reducción aunque los Portugueses se llevaron toda la gente que
había reducido el Padre Simón Maseta como hemos dicho arriba. Pero con
la vuelta de Guiraberá y con la mudanza que Nuestro Señor ha hecho en él,
que siendo tan contrario nuestro y de la fe, antes predicando contra
nosotros, viendo lo que el Padre Simón [Maseta] había hecho con él y había
padecido por causa de los indios, ahora es predicador de nuestras cosas,
alabándonos, diciendo que somos sus Padres verdaderos, y el que tenía por
dios y que lo que nosotros hacíamos era por su orden y mandato, ahora
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entra en la doctrina con mucha humildad. Rezando con los indios y
preguntándole quien es dios responde lo que el catecismo dice, con grande
humildad y acude todos los días dos veces a casa a ver al Padre y cuando
ha de ir a su chácara viene a avisar y pedir licencia.
Tuvo principio esta con este indio después de haber vuelto de las
reducciones de Nuestra Señora y San Ignacio, adonde le había enviado
para que viese aquel los pueblos y de vuelta lo vestí y lo envié a que hablase
a la gente que había quedado y luego fuese a los Angeles a llevar un Padre
a su tierra para dar principio a la reducción, lo cual hizo con gran gusto y
diligencia, y sabiendo que yo había llegado a los Angeles, fue luego allá
para llevar al Padre y así fue con él el Padre Ignacio Martínez fervoroso
misionero, a quien Nuestro Señor le ha dado gran celo de las almas y
particular gracia para tratar a estos naturales y a los españoles.
Había llegado el Padre de una misión que hizo por los pueblos de los
indios de los españoles confesándolos y sacramentándolos con gran
edificación y gloria de Nuestro Señor y honra de la Compañía.
Fue el Padre con este Guiraberá y comenzó a recoger la gente, no en el
lugar que había estado antes donde los Portugueses la habían destruido,
sino en otro más cómodo y a propósito para nuestra habitación y
comunicación con las demás reducciones adonde se iban juntando muchos
caciques. En esta ocasión llegaron los nuevos de la destrucción de San
Pablo y así el Padre con gran acierto luego recogió a la gente y se fue a la
reducción de los Angeles para que allí ayudándose los Padres y los indios
pudiesen socorrerse mejor los unos a los otros.
Volvió ahora el Padre con sus hijos a hacer el pueblo, adonde se
juntaron muchos por ser apetecible aquel puesto y tener allí el yerbal cosa
tan deseada de los indios, y ser aquel puesto muy sano, allá se han recogido
ya algunos de los que quedaron de San Pablo, y los demás irán después,
que ahora andan esparcidos por causa del hambre tan universal que hay en
toda esta tierra caus ada por estos Portugueses que no han dejado trabajar a
los indios con sus inquietudes y maldades."
LA REDUCCION DE LA CONCEPCION DE LOS GUALACHOS.
"Ha estado en esta reducción el Padre Francisco Díaz [Taño] hasta
ahora, fue en su lugar el Padre Diego de Salazar. Es esta Reducción de
diversa lengua de la guaraní, aunque no muy dificultosa a los que saben las
oraciones y catecismos y rezan en ella todos los días y cantan y saben ya
las oraciones los niños y niñas con gran admiración de los españoles que los
han visto rezar, diciendo que ellos ha tanto años que tratan con estos indios
y los han tenido en sus casas y no han podido aprender su lengua y que la
Compañía, luego la aprendió para enseñarles la fe.
Cuando fui a visitarles hice juntar en la Iglesia toda la gente y me consolé
grandemente de ver lo que Nuestro Señor va obrando en estos pobres por
medio de la Compañía a cada uno le di su donecillo, y a los que sabían las
oraciones mejorándoles con que se han animado mucho. Son estos indios
de estatura alta y por la mayor parte blancos, viven en pueblecitos cada
cacique de por sí, los cuales ordinariamente tienen hasta cien vasallos. Las
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casas son redondas a manera de hornos, duermen en el suelo sobre paja
cubiertos con unas mantas grandes que hacen de malvas, el fuego tienen
en medio de la casa y todos se acuestan a la redonda los pies hacia el
fuego. Los indios andan vestidos en el pueblo, pero yendo a cazar van
desnudos. Las indias aun desde niñas andan vestidas, y ninguna se ve sin
vestido aun en sus casas, traen dos vestidos un faldelin
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pequeño que les
cubre desde los pechos hasta las rodillas y con este trabajan, y sobre este
suelen traer cuando salen de casa y van a la iglesia una manta grande que
las cubre desde los hombros hasta los pies, esta les sirve también para
traer el niño que lo traen en las espaldas. No tienen más de una mujer no
porque tengan algún genero de contrato natural o matrimonio verdadero,
sino porque ellas no consienten a otra en su compañía y sobre esto se
suelen aporrear y reñir y la que más puede quedar por señora de la casa.
Estas mujeres las tienen el tiempo que ellas quieren y suele ser todo el
tiempo que el indio trae mucha caza del monte y miel, porque sino es
cazador no se quiere casar con ellos, y si acontece que va el marido muchas
veces al monte y no les trae nada los dejan y toman otro, aunque tengan
hijos de él, y el indio se queda con sus hijos aunque sean pequeños y él
busca quien se los críe, y esta es la causa porque hay mucha dificultad en
casarse in facie ecclesie, porque suelen decir que no podían buscar otro
marido, si el que con quien se casaron no les trae caza o trata mal.
Tienen conocimiento de Dios y que es criador de todas las cosas y que
está en el cielo pero con esto tienen otras cosas bárbaras, hechos como de
personas que no tienen lumbre de la fe. Dicen que pueden ellos enviar
las ánimas de sus difuntos al cielo para lo cual luego que muere alguno no lo
entierran, sino le hacen un lecho en alto y le cubren muy bien con paja, y allí
lo dejan para que se sequen y le suelen llevar chicha, todo el tiempo que
está allí y le van a visitar a menudo y ver si se ha secado, y en este mismo
tiempo todos los días el tiempo que el sol sale y se pone hacen los de su
casa un llanto muy solemne, en el cual suelen sacar y mostrar en público las
cosas que han quedado del difunto con que se aumenta más el llanto y
cuando el cuerpo está ya seco buscan mucha miel y hacen mucho vino y
convidan a todos los del pueblo para enviar el alma del difunto al cielo y para
esto se van al monte y hacen una buenas cargas de leña y las traen
corriendo con muchas trompetas y gritería a casa del cacique adonde están
todos juntos indios e indias, y de allí salen corriendo diciendo todos estas
palabras rica rica tapa tapa que quiere decir sube sube del campo, llevando
aquellas cargas de leña dando una vuelta alrededor del cuerpo, y luego le
pegan fuego, diciendo nîyî chî cây catú taplî, humo negro sube al cielo,
dando grandes voces todos al tiempo que se quema y si el humo sube
derecho dicen que va su alma al cielo, y si se esparce casilla muy pequeña y
la cubren y le suelen llevar de comer, y tienen tanta fe en esto que suelen
decir que hacen esto concurriendo todos al convite para que otros hagan lo
mismo cuando murieren y por esta causa al principio encubrían los enfermos
para que no los bautizasen por enterrarlos de aquel modo. Pero quien podrá
resistir a la divina voluntad y predestinación eterna.
18
Faldelín: falda corta.
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Estaba un niño de hasta tres años enfermo y lo encubrían al Padre sus
padres por enterrarlo a su usanza. Vino un día un viejo, que son los
enterradores y componedores de estos lechos, a avisar al Padre como
querían ir a una chácara a enterrar un niño que había muerto. Preguntó el
Padre si era cristiano dijo que no riñóle muy bien porque no le había avisado,
para bautizar, se fue el viejo adonde decían estaba el niño muerto y estuvo
allá todo aquel día, vino a la tarde cerca de las Aves Marías y viéndole el
Padre preguntóle si había enterrado el niño, dijo que no porque había vuelto
a vivir, volvió a preguntar el Padre si era cristiano, afirmaron todos los que
allí estaban que lo era ya, y que le habían bautizado cuando las viruelas.
Con todo el Padre quería ir, pero decían que era cierto, lo era. Estando en
esto venía de la chácara un indio de la misma casa del niño enfermo.
Llamóle el Padre y preguntándole si el niño vivía aún, dijo que si y que no
era cristiano porque solamente había bautizado a sus hermanos pero que a
este no por estar lejos en la chácara. Salió el Padre aquella hora en busca
del niño de noche y hallóle en las últimas boqueadas, bautizóle y luego se
murió. El día siguiente hizo el Padre que lo trajesen al pueblo y por ser el
primer difunto que se enterraba en la iglesia, lo enterró con el mejor ornato y
solemnidad que pudo, de que se espantaron los gentiles y lo estimaron y
desde entonces traen a sus hijos a bautizar sin dificultad.
Son estos indios muy guerreros, así unos con otros como con las naciones
vecinas principalmente con los guaranís de que tienen aún muchos cautivos,
y aún cristianos de los Pueblos de la Villa de los cuales hemos rescatado
algunos y enviándoles a sus mujeres. Ejercítanse todos los días en armas,
como en flechar a un blanco, en correr y en llevar cargas pesadas, y algunas
veces se llevan unos a otros corriendo para que si se ven vencidos en la
guerra y huyendo puedan traer a cuestas a los heridos. Después que se
comenzó esta reducción riñeron dos pueblos en un campo raso flechándose
de una parte y otra muchos. Acudió el Padre a hacer las paces y curar los
heridos, pero el cacique, que más gente tenía herida, se hallaba obligado a
vengarse diciendo que así lo usaban, y que sino lo hacían los vasallos los
dejaban diciendo que no volvían por ellos, y así se estaba apercibiendo de
flechas y había convocado a otros caciques para que le ayudasen. Procuró
el Padre estorbarles, pero no podía sacarle de aquella determinación, y
viendo que no podía por bien comenzóle a amenazarles, que había de avisar
al gobernador de como se mataban y andaban en pendencias para que les
castigase, pero ni aún de esto hacían caso. Amenazóles con Nuestro Señor
y que permitiría Nuestro Señor que sus vasallos y aún él murieron muchos
en la guerra, conque temieron y dejaron por entonces de ir a la guerra, pero
que después de algunos meses lo habían de hacer, conque el Padre se
contentó, y después el Padre poco a poco les habló hasta que trajo al
cacique agraviado al pueblo del otro cacique e hizo que le regalasen y
festejasen con que hizo las paces, de suerte que decían los infieles que esto
era buen modo de vivir en el cual se perdonaban unos a otros y ser cosa
muy dificultosa en ellos el juntarse con otro y reducirse. Luego dijo que se
quería venir allí con toda su gente, y lo mismo dijeron todos los otros
caciques y lo habían hecho si no lo hubiera estorbado el Gobernador con los
soldados que envió a visitarlos como dijimos arriba diciéndoles que no se
85
meneasen
19
de sus puestos y pueblos señalándoles por puestos y
reducciones los que al presente tenían, y lo mismo han hecho otros
españoles con poco temor de Dios diciéndoles que nosotros les mentíamos
y que no nos creyesen que solo les queríamos juntar para llevarles sus hijos
y mujeres al Paraguay con que se han retirado y vuelto a sus enemistades
antiguas y no contento con esto han hablado a un Cacique muchas veces
para que no se reduzca, el cual lo ha hecho así y ha procurado estorbar que
otros lo hagan no sólo en esta reducción Si no en la de San Pedro como
después diremos.
Aunque entre todos los infieles de estas partes se halla el vicio de la
borrachera en estos es tan feroz que se puede dudar si en las demás
naciones hay cosa semejante, porque hacen un vino de miel de abejas tan
fuerte, que luego al punto los priva de sentido y los hacen tan más que tigres
imitándolos en sus obras y bramidos. Es cosa horrible ver una borrachera de
estos indios , adonde juntan todos y unos braman como toros, otros como
tigres, unos lloran, otros cantan, unos bailan, otros riñen aporreándose y
flechándose, adonde el padre aporrea al hijo y el hijo al padre, y pocos días
ha que en un pueblo cerca de éste de la Concepción un indio mató a su
mismo padre dándole a manteniente con una flecha con que le atravesó las
entrañas, en estas borracheras suele cada uno contra hacer lo que el estima
que hace. Y así unos hacen que flechan pájaros, otros que corren, otros que
están en la guerra flechándose y a veces se le antoja que los que están allí
son sus enemigos y coge el arco y flechas y comienza a flecharlos y los más
borrachos son los que menos hacen por no poderse levantar del suelo
donde la fortaleza del vino los derriba. Los que comienzan a beber son los
feroces y aunque los indios de otras naciones son los que se suelen
emborrachar, pero en esta las indias son las que más tienen de esto y por
causa de ellas son las pendencias, y ellas mismas suelen coger las flechas
de las manos de los indios y clavarlas con sus mismas manos en los que
tienen delante, y si Nuestro Señor no hubiese proveído que las mozas y
mozos que no tienen hijos aún y son de poca edad no bebiesen los cuales
suelen esconder los arcos y flechas de los que beben, se hubieran ya
acabado todos en estas borracheras en ellas suelen los que no están
contentos con sus mujeres dejar las que tienen y tomar otras, y lo mismo
hacen ellas con sus maridos. Pero es cosa maravillosa que casándose in
facie ecclesie nunca los dejan aunque sean viejas. El cacique de esta
reducción fue bautizado antiguamente por el Padre [Juan] Salonio y le casó,
y jamás dejó su mujer ni ella a él aunque hacía años que estaba muy
enferma, ni buscó otro ni se amancebó, y los suelen ellos repetir
ordinariamente y algunos han dicho holgadamente que esta mi mujer se
hiciese cristiana por que nos casamos para que no me dejase jamás.
No inventó el enemigo del género humano estas borracheras solamente
para que se maltratasen tanto, pero en ellas tiene el maligno aún mayor
ganancia no sólo con los pecados deshonestos que cometen, pero en las
continuas desesperaciones que suceden ahorcándose ellos mismos por
cualquier disgusto que hayan tenido y así si los mozos no están con cuidado,
luego los borrachos suelen quitar al arco la cuerda y meterse al monte, y
19
Meneasen: cambiarse, mudarse de lugar.
86
colgarse de un árbol y no ha mucho que un cacique Principal y valiente a
quien el Padre había dado vara y quería reducirse, se ahorcó habiéndolo
hecho primero un hijo suyo con pena de habérsele muerto su mujer, y el
cacique con la pena de la muerte de su hijo. Ha sido de mucha gloria de
Nuestro Señor lo que la Compañía va obrando en estos pobres. Le ha el
Padre entablado en que no beban teniendo los arcos y flechas en las manos,
por evitarles las muertes, lo cual recibieron muy bien. También ha hecho que
el vino que solían beber en un día lo beban en dos con que se ha ido
ganando tierra y finalmente ya el Padre tenía autoridad entre ellos de suerte
que no sólo estando con su juicio, sino aún en las mismas borracheras
aunque están muy furiosos luego se humillan y sujetan de suerte que puede
ya el Padre castigarles aunque con mucho tiento. Pero tienen una cosa
singular que al que les castiga le reconocen como a superior y le respetan
más y le regalan y cobran amor, cosa que si la experiencia no lo hubiera
enseñado no se podía creer. Hay entre estos indios algunos ministros del
demonio, que llamamos hechiceros y suelen ser los muy viejos. Son
chupadores y curadores, y hablan con el demonio por medio de la yerba, y
les dice cosas ausentes, como cuando vienen españoles a rescatar, y suelen
ellos decir esto dice la yerba, etc. Sale el Padre desengañando diciéndoles
que aquel es el demonio. El día de la natividad de Nuestra Señora habló el
hechicero con la yerba y preguntóle que es lo que el Padre hacía en la misa
y principalmente aquel día, díjoles que aquel día había bajado el hijo del
Dios del cielo en la misa y estaba en aquel pan que el Padre había levantado
en la misa y enseñaba a los cristianos, y que por ser día de Nuestra Señora
había la virgen bajado también en su compañía, alborotóse el Pueblo y
vinieron a casa a preguntar al Padre lo que había dicho el hijo de Dios y
Nuestra Señora cuando bajaron en la misa. Pero el Padre les preguntó como
habían sabido que había bajado, y diciendo que la yerba lo había dicho, les
riñó porque hablaban al demonio, y que aunque había dicho verdad de que
el hijo de Dios estaba en la hostia y bajaba del cielo cuando el sacerdote
consagraba que mirasen que mentía mucha veces y sólo hacía aquello para
engañarles, y los más ladinos abominan ya aquella mala costumbre y lo
prohiben a los demás. (Mucho hacen aprecio de las cosas de Nuestra Santa
Fe, llamando luego el Padre por cualquier enfermedad que tengan.
Auméntaseles más, con ver que unos indios del río del Ycetu encomendados
a los españoles que están de esta reducción dos días de camino trajeron
desde allí a cuestas un enfermo sólo para que el Padre lo confesase y
estando ya muy al cabo Nuestro Señor cooperó a su devoción que luego
sanó).
En medio de estas espinas va Nuestro Señor cogiendo las rosas de sus
predestinados. Seis niños se han muerto, pocos días después de haberles
bautizado y un viejo que estando muy enfermo avisaron al Padre, fue a verle
el cual pidió al Padre con grande instancia el Santo bautismo,
catequizándole, el Padre y bautizóle y luego se murió. Junto a este pueblo
de la Concepción está un cacique que al principio quería reducirse aquí y
porque se lo estorbaron los españoles con sus malas hablas no lo ha hecho,
el cual sabiendo que el gobernador los quería encomendar y repartir entre
los vecinos de la villa y que había escrito al Rey sobre ello, quería irse a los
campos y meterse tierra adentro. El Padre fue a disualirle, el cacique se
87
alegró de ver al Padre allí en su pueblo y para festejarle hizo traer mucho
vino y convidó al Padre para que fuese a su casa, el Padre le dijo como
nosotros no bebíamos vino ni tratábamos de eso, ni andábam os por las
casas de los indios , si no era a ver los enfermos, y lo mismo le dijeron otros
indios de esta reducción que iban con el Padre. Respondió el indio, que
entendía que éramos como otros clérigos que habían venido allí, pero que
ya que no queri............ beber que allí había dos enfermos que los fuese a
ver. Fue a verlos el Padre y los halló ya acabando pero con sentido. El uno
dijo al Padre: "o Padre ya que buena hora has venido luego que supe que
llegabas quise ir arrastrando a tu rancho a pedir que me bautices y no lo
hice porque ya ves que tal estoy". Bautizóles el Padre y volvióse al pueblo y
el día siguiente le dijeron como había muerto el uno y luego después murió
el otro. Se han hecho en esta reducción hasta cien bautismos entre infantes
y adultos, tres casamientos que por ser cosa para ellos tan nueva es
necesario ir poco a poco hasta que Nuestro Señor les vaya dando la
disposición que su divina Majestad fuere servido y sabe es necesario, pero
se espera que con la divina gracia se cogerá gran mies y se hubiera cogido
y se hubieran reducido muchos si no fueran los españoles que lo impiden
mucho. (Como esta reducción está junto al tambo donde los españoles
cultivan el , ha acudido el Padre a la administración de los sacramentos así
de los españoles como de los indios que han enfermado allí edificándose
aun los que no nos tienen afecto por el cuidado que el Padre temía de acudir
yendo a pie un día de camino que está de la reducción). Se han hecho
algunas confesiones generales dando principio a ellas un español que días
hacía Nuestro Señor le daba deseos de enmendarse, pero él lo dilataba
mucho hasta que un día entre sueños le pareció que veía una escalera que
llegaba al cielo por donde subían allá muchos y que queriendo él subir
llegaron a él dos demonios y le agarraron diciendo: preso por la divina
justicia y mirando al cielo vio al fin de la escalera a Cristo Señor y pidiéndole
que le librase, etc., le dijo que cumpliese los buenos deseos que tenía de
confesarse bien e hízolo y el demonio lo dejó. Pero se descuidó y dilatólo,
etc., y pareciéndole que había ido a la hermita a ver a Nuestra Señora y no
la podía ver, etc., propuso ir a buscar luego confesor etc. hizolo muy bien
quedando muy consolado animando a otros a lo mismo y contándoles lo que
le había pasado, etc. debióse de descuidar desp........... y lo que le pasó en
Nuestra Señora, etc.”
20
6. VIDA E MORTE EXEMPLAR DO PADRE PEDRO DE ESPINOSA
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia, ARSI, Roma. Tomo I,
fs.207-296. (Pertence à IV Carta Anua relativo aos anos 1635-37).
20
El texto quedó interrumpido a lo que parece por falta de papel. Del contexto se deduce claramente
que se trata de una carta anua parcial, redactada por el Padre Antonio Ruiz (de Montoya).
Compréndese, en particular, lo que dice sobre el bautismo de Taiaoba hecho por él, con lo que ya
afirmara en carta anterior, transcripta por el Provincial (Nicolás) Durán (Mastrilli), en su anua de
1627, y en la parte referente a la reducción de Los Angeles. (Nota: CORTESÃO, MCA I, p. 351.)
88
Impressão: Cartas Anuas de Provincia del Paraguay, Chile y Tucumán de la
Compañía de Jesús, Vol.2, (1615 - 1637), con advertencia de Emilio
Ravignani e introducción de Carlos Leonhardt. Buenos Aires, Talleres S.A.
Casa Jacobo Peuser, 1929. (Documentos para la historia argentina, Tomo
XX, Iglesia).
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. Leonhardt com ortografia
atualizada e notas.
Destinatário: O General da Companhia de Jesus, P. Mucio Viteleschi,
Roma.
Data: Córdoba, antes de 15 1637 de agosto.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.432.
Autores: LEONHARDT, CA 2, p.752-759; CORTESÃO, MCA III,: 211.
TEXTO
RELACION DE LA VIDA Y MUERTE DEL PADRE PEDRO DE
ESPINOSA
21
“Sirvan las siguientes líneas por coronación de la presente historia. Nació el
Padre Pedro en Andalucía en la ciudad de Baeza y tenía padres muy
buenos. Tenían ellos cinco hijos, entrando los cuatro varones a la Compañía
y la única hermana guardó su virginidad, muriendo en olor de santidad. El
poeta Bonilla celebró en elegante verso a estos cuatro hermanos apóstoles.
Nuestro Pedro estaba, desde su niñez, relacionado con nuestros Padres,
hallándose más entre ellos, que en su propia casa. Estaba desde aquella
temprana edad, muy aficionado a recibir con frecuencia los santos
sacramentos de confesión y comunión y por consiguiente, se portaba
siempre muy bien. Una vez, no se había presentado una semana entera a
los Padres, por lo cual se arrepintió grandemente después de esta ingratitud.
Siempre tenía gran deseo de irse a las Indias, creciendo este deseo
todavía más durante el tiempo de sus estudios en Córdoba de España. Echó
aceite a aquel fuego el vaticinio de un hermano suyo, el cual, enviando al
Perú, advirtió a sus padres por carta, fechada en Cartagena de América, que
educasen bien a Pedro, todavía niño, porque estaba destinado por Dios a
ser misionero de indios y mártir.
21
Sobre la parcialidad de los indios que dieron muerte al Padre Pedro Espinosa existen diversas
opiniones. Charlevoix, t.II, p. 355, afirma que lo mataron los indios guapalaches; el Padre Leonhardt
dice que el texto latino que informa sobre la muerte indica como actores a los indios gaychirienses
(guaycurúes?). La muerte del Padre Espinosa figura en las anuas de 1635-1637 y el Padre Montoya en
su Conquista Espiritual (1892) menciona el hecho en p. 192-194. En la lista de los mártires existentes
en el Archivo de Loyola informa que fueron los charrúas los auatores de dicha muerte (leg.16,
Calatayud; es una carta de Cardiel fechada en Faenza el 17 de Abril de 1771). En las Cartas de los
Generales constan que el Padre Boroa en octubre de 1636 dio aviso del fallecimiento del Padre
Espinosa. (Cfr: LEONHARDT, CA 2: 774-775)
89
Confirmó la exactitud de la profecía otro prodigio. Ya era escolar de la
Compañía y estaba un día orando fervorosamente en la iglesia de nuestro
colegio de Córdoba, cuando se vió un espíritu arrojado al suelo por unos
bárbaros, arrastrado, apaleado y luego tendido en el suelo, donde se vió
aplastado a porrazos. Todo esto vió muy claramente, como hecho delante de
sus ojos y lo contó a un compañero suyo ya antes de salir de Europa.Erro!
Indicador não definido. Por el año 1617 desembarcó en Sevilla el Padre
Francisco Vazquez Trujillo, procurador del Paraguay lo cual hizo más
probable el cumplimiento de sus deseos. Consultó este asunto con su
hermano el Padre Agustín. Convencióse éste, que Dios le llamaba y escribió
en este sentido a nuestro Padre General, el cual concedió la partida de su
hijo querido, sabiendo que era su mayor felicidad cumplir la voluntad de
Dios.
Así, ordenado de sacerdote se embarcó en Sevilla y partió al Paraguay
donde concluyó el estudio de la teología e hizo la Tercera probación,
siempre con el mismo fervor religioso. Después fue enviado a las en aquel
entonces, muy florecientes reducciones del Guairá Erro! Indicador não
definido., donde aprendió pronto la lengua indígena y manifestó su
fervoroso espíritu apostólico. Tenía un don especial para domesticar a los
bárbaros, arrancarlos de sus costumbres salvajes y conducirlos suavemente
a la fe. Además una gran habilidad para construir iglesias. En Nautingui
Tayaoba y CaaróErro! Indicador não definido., no sólo delineó los templos,
sino dirigió su construcción hasta su terminación. Un cuarto, levantado en
Loreto con su sagrario cómodo y elegante, se debe igualmente a la habilidad
de nuestro Pedro. De Nautingui se fue a Tayaoba, por mandato de los
superiores, siéndole este destino tanto más grato, cuanto más trabajo le
esperaba allí, por el salvajismo de sus habitantes. Pero supo ganar las
simpatías de los bárbaros, cosa muy rara entre aquella gente. Logró reunir
allí unas 2.000 familias y fundó con ellas una reducción. Su principal energía
la tuvo en emplear, en desarraigar la antropofagia, costumbre antigua y
común en aquella gente. Venció Pedro todas las dificultades con su
tenacidad asistida por la divina gracia, la cual alcanzó por medio de
oraciones y penitencias.
Su comida ordinaria era una sopa de maiz [o harina de mandioca cocida
en agua] sin sal. A veces había un pancito cocido bajo rescoldo
22
, lo que le
parecía y aun banquete. Se acostumbró tanto a esta frugal comida, que
perdió el gusto de los platos más sabrosos. A veces le echaron a perder su
alimento sus muchachos de servicio, inexpertos en el arte culinario, así que
su mismo olor era insoportable pero lo comía sin embargo Pedro, sin que lo
quejase nunca, porque dominaba sus pasiones.
Por ser abnegado era también muy amante de la santa pobreza, como lo
prescriben nuestras reglas. Durante toda su permanencia en el Paraguay él
mismo se confeccionó su ropa, la cual, aunque sencilla, usada ya mucho
tiempo y remendada, era sin embargo, limpia y decente.
No pudo estar nunca desocupado, por aborrecer el ocio como orígen de
los vicios así que hasta en sus frecuentes viajes estaba ora rezando, o
22
Rescoldo: ceniza caliente que conserva en sí alguna brasa muy menuda.
90
componiendo su ropa y demás cosas de su uso, alegrándose de estas
ocupaciones humildes.
Con la mayor delicadeza guardaba su pureza virginal. Antes de hacer su
último viaje que le costó la vida, hizo una confesión general, en la cual se vió
claramente a que altura legaba su virtud angelical. Contó, pues, a su director
espiritual que siendo él todavía muy niño y acostado en su camita, se había
arrodillado delante de ella su madre, y dijo a este nuestro Pedro entre
lágrimas: Hijo mío, yo te quisiera ver muerto antes, que verte manchado de
grave pecado. -Cuidado que nunca faltes contra la pureza y huye de
cualquier ocasión de perderla, más que de la peste! Hijo mio, mi más
grande consuelo ha de ser, si te comprometes a no consentir nunca en
semejante pecado.
Estas palabras pronunciadas por una madre buenísima y con tanta
seriedad y con tantas lágrimas, impresionaron a nuestro Pedro de tal
manera, que luego le dió la palabra exigida, la cual la cumplió fielmente. Esto
fue la causa de sus graves enemistades contra las inclinaciones sensuales,
ruina del pudor, para la cual no sólo fatigaba su cuerpo en el contínuo
trabajo, sino que lo maltrataba con ayunos y penitencias cotidianas. Para
mayor provecho espiritual pidió a veces, que le permitieran los superiores,
hacerse azotar por un Hermano coadjutor.
Dintinguióse mucho por su obediencia, siendo ella la virtud predilecta de
la Compañía. No se precisaba mandarle algo expresamente, porque bastaba
un simple deseo de parte de los superiores, para que lo cumpliera
enseguida. No se arredraba ni por los calores, no por las lluvias torrenciales,
ni por los ríos que hubo que atravesar, sino que día y noche estaba listo y
dispuesto a emprender cualquier trabajo pesado. Obedecía a los superiores
como a Cristo, sin la menor señal de repugnancia. Cuando había que alegrar
unas razones en contra, lo decía con tanta modestia, e indiferencia religiosa,
que evidenció no buscar su propia comodidad, sino la gloria de Dios.
Enviado al Caaró, para construir aquella iglesia, también levantó la casa
habitación para nuestros Padres, delineó todas las calles del pueblo y sus
dependencias campestres, de una manera ingeniosa y admirable. En esto
fue inesperadamente llamado a otra parte. Dejó tranquilamente todos los
trabajos que tenía entre las manos, aunque faltaba poco, para concluirlas.
Igualmente grande era su caridad para con los bárbaros aunque a
algunos parecía algo excesiva. El hecho es que Pedro era incansable. Se
hacía esclavo de los pobres y enfermos y se dedicaba a civilizar los
bárbaros aún con peligro de vida. Todo soportaba, aunque era delicado de
salud.
Su inclinación a la piedad, virtud más importante, era eximia, teniendo
ella, por supuesto, su principal objeto en el culto del Santísimo Sacramento y
de la Virgen Santísima.Ya la dedicación de los templos , construidos por él, lo
indican.
Estando él todavía en España,Erro! Indicador não definido. intervino en
los debates sobre el misterio de la Inmaculada Concepción, obligándose él
por voto a defenderla hasta la muerte. Compuso además una novena en
preparación para la fiesta que conmemora este misterio, exponiendo en ella
los méritos de la Virgen y sus prerrogativas, con mucho entusiasmo
religioso.
91
Así había llegado el Padre Pedro de Espinosa a la cumbre anhelada de
sus trabajos y amaneció el día de su glorioso triunfo. En efecto, por las
repetidas transmigraciones [y la subsiguiente destrucción de los telares]
estaban escasos de ropa los habitantes de las reducciones. El Padre
Superior de Misiones Antonio Ruiz de Montoya, procuró remediar esta falta,
encargando en la ciudad de Santa Fe ganado lanar. Ofrecióse nuestro Padre
Pedro, para esta difícil empresa de arrear este ganado. Al principio parecía
algo degradante semejante trabajo para un hombre de su talla. Sin embrago,
parecía por otro lado, útil su autoridad y experiencia.
Marchóse con una escolta de indios y un baqueano español. Muy
grandes eran los trabajos del largo y difícil camino, pero para nuestro Pedro
eran cosa acostumbrada. Habían salido de madre los ríos y peligraba la vida
de los viajeros. Por haberse puesto, en la vuelta, invadeable cierto río, hubo
de trasladar los animales por medio de balsas. Ya había pasado la mitad
[¿es decir unas?] ochocientas ovejas a la otra banda cuando a la comitiva se
le oc urrió hacer fuego para calentarse y secarse, y descansar de tanto
trabajo. El humo que subió los traicionó a los indios infieles gayquirenses, los
cuales luego despacharon espías.
Estos descubrieron entre la comitiva del Padre desgraciadamente
algunos españoles. Pues un día antes habían pasado por allí algunos
comerciantes españoles, los cuales habían maltratado. Estos instigaron a
sus paisanos a no dejar pasar esta buena ocasión para tomar venganza. A
media noche asaltaron a nuestra gente y mataron a cinco indios que
dormían al lado del Padre Pedro. Este se despertó y preguntó que había
sucedido. Luego pusieron manos en él los bárbaros, le derriban a porrazos y
le quitan la ropa. El Padre pronunció los santos nombres de Jesús y María.
Dícenle los bárbaros: En vano clamas por Jesús y María. No te pueden
salvar. En esto le asaltaron con más fuerza, aplastándole a repetidos golpes
de una grande macana. Hallóse después sólo un brazo de él, juntos los
dedos [¿como para persignarse con la señal de la Santa Cruz?] Se suponía,
que habían echado el cuerpo en un lugar escondido, para ocultar su crímen
pues afirman los bárbaros ahora, que habían muerto al Padre sin saber,
porque querían matar sólo a los españoles.
Sintieron sobremanera los indios y españoles la pérdida de este gran
hombre, tan benemérito de ellos, el cual bien había merecido una vida más
larga. Pero estaba destinado para él desde la eternidad este día de su
glorioso triunfo, por el cual, bañado en la púrpura de su sangre, se fue al
cielo, adornado con la doble corona de la caridad y obediencia.
Al mismo tiempo, en que fue derribado, apareció en sueño a unos de los
Padres misioneros del Itatí, 200 leguas distante, resplandeciendo en su
mortal gloria y le dijo: -Dios te bendiga mi hermano Julián. Ya me voy al
cielo! Al otro día contó su sueño este Padre a sus compañeros. Después se
sacó la cuenta del tiempo de ambos sucesos y coincidieron por lo cual se
atribuyó al sueño carácter de visión. Fin de las Anuas.”
7. CASO DE UM DIABÓLICO, AÇÃO DO PADRE ANTÔNIO RUIZ DE
MONTOYA
92
Texto: Referido pelo P. Francisco Jarque, como uma carta do P. o Antônio
Ruiz de Montoya para um grande amigo.
Impressão: JARQUE, Montoya 4, pág. 49-109.
Edição: Transcribe-se o texto referido ao P. F. JARQUE, Montoya 4, Capt.
XVII, pág. 49-109.
Destinatário: Um grande amigo do P. Antonio Ruiz de Montoya.
Data: 1642.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.435; FURLONG, Montoya, n§36 de
p.134.
Autores: URIARTE 2, 113-114 n.1872; JARQUE, Montoya 4, 49-109.
TEXTO
LANZA AL DEMONIO DEL CUERPO Y DEL ALMA DE UNA MUJER
"En cierta ciudad de España vivía una doncella, hija de padres honrados, la
cual desde sus tiernos años se había consagrado al servicio de Dios, y como
era de lindo natural, muy dócil e inclinada a todo ejercicio de piedad, iba
creciendo mucho en la virtud, singularmente devota de la Santísima Virgen.
Viéndola el demonio ya a los trece años tan anciana en la cordura, tan
enamorada de Cristo, tan ansiosa de la perfección, temió que Dios le había
de hacer grandes mercedes, y envidioso de ellas, comenzó a combatirla
para derribarla inquietábala con sugestiones diabólicas y tentaciones
deshonestas, particularmente en los seis años antecedentes a este suceso.
Encendió en su corazón una afición torpe a cierto eclesiástico, si bien
siempre con pretexto de lícita benevolencia y cortesía. Ya que se recato y
retiro no daba lugar a más familiar correspondencia, el demonio halló traza
para introducirla, a título de que la enseñase a rezar y a leer bien latín.
Diéronle fácilmente licencia, con la seguridad que tenían de su pureza de
angel. Eralo en la hermosura del cuerpo, con que pudo aquél atizar el fuego
y soplar la llama con que ya se abrasaban ocultamente los dos... Lo que al
principio fue espíritu de devoción, vino a parar en lascivia de carne. Y ciegos
con la pasión y olvidados cada uno de las obligaciones de su estado, no
guardaban más que la ocasión para ejecutar y perderse. Tuvo noticia de lo
que pasaba otro sacerdote, confesor de la doncella, y procuró con toda
eficacia estorbar la comunicación de los dos.
Viendo el maligno espíritu despintada esta traza y a la doncella ya rendida
a su sucio apetito, trocóle la vehemente afición que al sacerdote tenían, a un
criado de su casa, tan feo, que causaba horror el mirarle a la cara.
Era el mozo simple, que solamente servía de acarrear leña y agua, y otras
cosas de escalera abajo necesarias para la casa. A ella le pareció tan galán
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y tan amable, que cuando entraba en la cocina con la leña o carbón lo
halagaba, tomándole las manos y llegándole al rostro con el suyo, teniendo
aquél por burlas estos favores.
Pero como ella perseverase en sus caricias, y el demonio hiciese su oficio,
vino el creado a abrasarse como bruto en los amores de su señora, y del pie
que esta le daba, quiso a fuer de villano tomarse la mano y ejecutar sus
torpes deseos. Pero como ella no había perdido del todo la verguenza ni el
cariño de su honestidad y virtud, ni la devoción de la Virgen, viendo que el
mozo desenfrenado intentaba violencia dio voces desenfrenada y aunque a
ellas acudieron los domésticos, ninguno pudo sospechar en el vil criado
semejante atrevimiento, y menos que ella le hubiera dado ocasión para
descomponerse.
Aunque no se le logró al domonio este lance, no por eso desistió de la
conquista, prosiguiendo en abrasar los corazones de los dos con fuego de
amor deshonesto. Tan locamente se amaban, que parecía hechizo, y ni
pensaban de día ni soñaban de noche sino en escogitar trazas para verse a
solas juntos ya él estaba pesaroso de su encogimiento, y ella de su
resistencia arrepentida. A este estado miserable llegan los que no la hacen
muy a los principios a la tentación.
No pudiendo ya disimular el dasafuero de su pasión, se concertaron de huir
una noche y peregrinar desconocidos por el mundo. Esto también vino a
noticia del prudente y santo confesor, a quien nunca perdió el respeto y
amor, la que al mismo Dios había ya perdido el miedo.
Dio aquel orden secreto para que al mozo lo echasen de casa, y con su
mucha autoridad lo consiguió fácilmente. El salió desesperado, y ella quedó
con su ausencia más cariñosa y ciega de su amor, de suerte que hacía
extremos en que parecía haber dado al través con el juicio, o que algún
maligno espíritu se había apoderado de ella.
De esta tentación sensual pasó el demonio a otra no menos grave de
desesperación, persuadiéndola que ya no había en Dios misericordia para
ella, representándole la gravedad y muchedumbre de sus culpas y deseos
consentidos, y moviéndola a aborrecimiento de Dios, porque le había
permitido caer en ellos, y a invocar en su favor al mismo demonio, pidiéndole
que viniese y se apoderase de ella.
No lo dijo al sordo ni al perezoso. Enseñoreóse el infernal tirano de su
cuerpo y de su alma, y desde entonces no hablaba ni obraba sino lo que
aquel quería.
Verdad es que ella no quería persuadirse estuviese endemoniada,
aunque sentía los efectos que hace en el alma y cuerpo que posee.
El proseguir en frecuentar Sacramentos le pareció forzoso, por no perder
la buena opinión, pero callaba sus pecados y comulgaba sacrílegamente.
Tan descompuestas eran algunas de sus acciones y palabra en el mismo
Sacramento de la penitencia, que el confesor vino a dudar si estaba
endemoniada, y le dijo sencillamente su duda y la razón que tenía para
temerlo.
Ella negaba, atribuyendo aquellos disparates a vehemencia de su lesa
imaginación. Con todo, se resolvió valerse para averiguarlo de los
exhorcismos que usa la santa Iglesia. En cuya virtud, aunque el
demonio procuraba encubrirse, no siempre podía, pero daba a entender que
94
era locura de la doncella. Con que el buen confesor se vio obligado a
consultar hombres doctos seculares y religiosos.
Unos dijeron que era delirio, otros que embuste, como la experiencia
enseña en varias mujeres, que por motivos ocultos se fingen endemoniadas,
otros, finalmente, que si era demonio, no poseedor, sino asistente, y por eso
quedaba a ratos totalmente libre en lo exterior, aunque interiormente
perseveraba en abrasarla con incendios deshonestos.
No hallando seguridad el confesor entre tanta variedad de pareceres,
acudió al divino oráculo encomendóla muy de veras a Dios, pidiendo lo
mismo a otras personas santas, particularmente a las religiosas de un
monasterio donde se había criado la niña, que lo hicieron con gran fervor por
el amor que la tenían, añadiendo a las oraciones varias penitencias y
comuniones, ayunos, cilicios, disciplinas, largos ratos de oración delante del
Santísimo.
Con todas estas diligencias por sus ocultos juicios permitió el Señor que
el enemigo no se descubriese del todo y que unos se persuadiesen que lo
fingía, otros que estaba loca y ella misma lo atribuyese a enfermedad a
fuerza de imaginación y melancolía, aunque conocía que los ardores de
torpe amor que le abrasaban las entrañas, en lugar de remitir, cada día iban
creciendo, y ella sentía en la voluntad grandes impulsos para aborrecer a
Dios y desconfiar de su misericordia.
Fue Nuestro Señor servido que el P. Antonio Ruiz [de Montoya], con
particular luz del cielo, y asistencia del Espíritu Santo descubriese los
enredos de éste demonio, y como realmente estaba apoderado de aquella
pobre doncella, que fue el único principio de su remedio, como se dirá en el
capítulo siguiente.
CAPITULO XVIII
CON ESPECIAL ILUSTRACION CONOCE EL P. ANTONIO [RUIZ DE
MONTOYA] QUE LA DONCELLA ESTA ENDEMONIADA Y TRATA DE
SU CURA, MEDIANTE LOS EXHORCISMOS DE LA IGLESIA
Tuvo noticia aquel buen sacerdote, confesor de la doncella, de la venida
del P. Antonio Ruiz [de Montoya, a quien solamente conocía por la fama de
su santidad. Fue luego en busca suya, informólo del estado infeliz de aquella
pobre alma, y rogóle que pues celaba tanto la salvación de todas, se
encargase de su cura.
Compadecióse el Padre y fuese con él, y habiendo visto y hablado a la
doncella, pidió al confesor que en supresencia le repitiese los exhorcismos.
Ella estuvo muy quieta mandóle doblase las rodillas y obedeció puntual. Lo
mismo hizo el Padre con profunda reverencia al Santísimo, en cuya
presencia estaba.
A las primeras oraciones comenzó la endemoniada a mudar el color de su
rostro de blanco y encendido en pálido y amortiguado como si fuera difunta,
y a decir a voces:
-¿ Para qué‚ se cansan conmigo y me dan pesadumbre, que yo no estoy
95
endemoniada?
Pero luego se enfureció de manera contra el exhorcista, que pareció se lo
quería comer a bocados mir balo de hito en hito con unos ojos infernales, por
los cuales, como por ventanas, parece que se asomaban ya los demonios,
que eran señores de la casa. Y aunque la tenían bien asida cinco personas
de buenos pulsos, como son mayores, los del demonio, la levantó con tanto
ímpetu a lo alto, que entrellando su cabeza con la del exhorcista le hizo una
herida que tuvo bien que curar para muchos días.
Sufrió el golpe con gran paciencia que fue para los enemigos gran desquite
y recia bofetada. Prosiguió con todo su dolor en los exhorcismos, y llegando
a la oración con que se implora el favor de la Santísima Virgen, dijo el mal
espíritu despechado y rabioso:
-Esta mujer me mata, ésta me atormenta, ésta fue la que me quebró la
cabeza. Malditos sean los que bien la quieren, que todo cede en daño mío.
Todos los que aquí están la quieren mucho.
Y volviéndose al P. Antonio [Ruiz de Montoya] que estaba en fervorosa
oración pidiendo al Señor misericordia, dijo:
-Principalmente, aquel santurrón que la ama mucho. Maldito sea él y el
cleriguillo que acá lo trajo para mi mal.
Con esto se conoció manifiestamente el daño que la pobre doncella tenía.
No obstante este indicio tan evidente, acabados los exhorcismos y estando
tan quebrantado del mal tratamiento que el demonio le había hecho, afirmó
que no estaba endemoniada. Así se lo hacía creer el mismo demonio y lo
mismo a algunos de los circunstantes, a pesar de aquella experiencia.
Conoció el P. Antonio [Ruiz de Montoya] a luz superior la astucia del
enemigo. Habló a la paciente, que al parecer estaba en su sano juicio y sin
accidente alguno, y solamente se querellaba de que la infamaban sin
fundamentos pero el Padre hablando, no ya con ella, que juzgaba en esta
parte ilusa, sino con el demonio, como si la viera, le dijo:
-Con la potestad que tengo como sacerdote de Dios, aunque indigno, te
mando que aunque eres padre de la mentira, me confieses aquí la verdad y
me digas si estás, como yo creo, en el cuerpo de esta pobre doncella, y por
qué causa entraste en ella.
Compelido el maligno de la virtud de Dios, respondió ser verdad que
estaba en aquel cuerpo, aunque calló la posesión que tomado había de su
alma y voluntad, con aquella afición deshonesta a su criado y que había
entrado para perderla, y con ella otras muchas religiosas y seglares. Y que
ya entre las monjas con quien se crió había comenzado a sembrar zizaña de
discordia y bandos, con que esperaba destruir aquel convento. Que había
hecho los esfuerzos posibles para que concibiese de aquel mozo, y viéndose
preñada se huyese con él, que haría presto lo aborreciese y parase en
pública ramera que siendo tan hermosa le serviría de lazo para prender a
muchos y llevarlos al infierno.
Apretóle el P. Antonio de nuevo por medio de los exhorcismos, para que
dijese en virtud de que santo o reliquia había de salir de aquel cuerpo.
Respondió que de ninguno, sino del Santísimo Sacramento y de la
Purísima Virgen.
Añadió lamentándose:
- Sola María ¡-ay de mi! es la que me ha de echar, y el Santísimo del
96
altar, estos son los que más me atormentan.
Diciendo esto, ponía los gritos en el cielo, afligiendo no poco a la
doncella. Torcíale la boca a las orejas con espantosos visages, y decía no le
nombrasen a la Virgen, que la aborrecía mucho.
Preguntándole el Padre qué razón tenía para aborrecer a la que sabía ser
madre de Dios si creía que lo era y que había sido siempre Virgen y
concebida sin pecado original?
- Todo lo creo, dijo el demonio.
- Pues, ¿por qué la aborreces?
- Por eso mismo, y porque fue tan santa y tan humilde Triste de mí, que
esta y la comunión me han de echar de esta mi posada. Porque ese
(entendía el Santísimo y yo) no cabemos en una casa juntos.
Aquí dijo el Padre:
- Yo tengo gran confianza en este soberano Señor, que ha de entrar en
esta doncella, y salvarla, y lanzarte a ti a lo profundo del infierno.
Aquí el demonio a grandes voces:
- Al infierno no, a otra parte sí. -Ay de mí y qué de tormentos he de pasar. Y
hablando de la paciente, añadió: - ¿ Qué se le da de la gloria que puede
gozar en el cielo? Más vale que ahora se alegre y goce de su libertad y
regalo, que no es tan para ser temida la pena que se padece en el infierno.
Arguyóle el Padre, muy a sazón con su mismo testimonio.
- Ven acá , maldito si no es de temer el infierno, ¿cómo tú muestras tanta
repugnancia en entrar en él?
.....................
Díjole el P. Antonio:
-Tú, perverso, irás a donde dices, que esta ha de ser santa y se ha de
salvar y cuando en el día del juicio la veas a la mano derecha, escogida para
la gloria que tú perdiste, quedarás corrido y avergonzado.
Dijo entonces el demonio al Padre:
- ¿Quién me ha de echar de ella, tú?
Respondió el Padre:
- Yo con la ayuda de Dios y de su Santísima Madre.
Instó aquel:
- No te metas en eso acude al despacho de tus negocios, que harto tendrán
en que entender.
- No me estorban a mí, mis negocios, replicó el Padre, para hacerte cruda
guerra y sacarte de esta alma y echarte al infierno.
..................
CAPITULO XIX
DESCUBRE EL DEMONIO LOS EMBUSTES CON QUE HABIA
ENGAÑADO A ESTA DONCELLA LAS DILIGENCIAS QUE HACE PARA
QUE NO COMULGUE.
Había concurrido alguna gente a los exhorcismos pretendió el demonio
infamar a la doncella publicando los pecados en que le había hecho caer.
Púsole silencio el P. Antonio, y lo que le permitió fue que delante de su
confesor, que ya tenía noticia de todo, y en presencia suya, manifestase los
embustes con que la había engañado.
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Salieron los demás, quedaron solos el confesor, el Padre y su compañero
y el padre de las mentiras, puesto con los exhorcismos a cuestión de
tormento, comenzó a cantar la verdad.
Primeramente refirió todo lo que había urdido por medio de aquel
eclesiástico que la enseñaba a rezar, abrasándolos a los dos en amor
deshonesto. Que viendo despintada aquella ocasión la había enamorado
torpemente del criado feo y lagañoso. Que su intento fue que ella perdiese la
honra y la virginidad, y que huyendo su infamia se fuese perdida por el
mundo, tropiezo con su hermosura de mucha nobleza y juventud.
Que de allí pasó a persuadirla que ya para ella no había en Dios
misericordia, y pues no se había de salvar, soltase la rienda a sus bestiales
apetitos. Que desde el punto que ella desesperó había hecho asiento en su
corazón y la tenía tan sujeta que no hacía más de lo que él quería. Que con
él asistían a la custodia de este castillo cuatro legiones, cuyo caudillo él era
que procuraron con todo su conato callase sus pecados en la confesión y
que comulgase sacrílegamente.
Que por tres veces habiendo recibido en su inmunda boca la forma
consagrada se la habían hecho escupir y arrojar en tierra con irreverencia
execrable, de lo que ellos recibieron gran contento. Que otra vez, sacándose
la forma de la boca y envolviéndola en un papel, la habían echado en un
pozo. Otra la envolvió en un lienzo, y puesta en el seno la llevó a su casa.
Todo esto dijo el demonio, y refiriéndose a la doncella cuando volvió en
sí, afirmó que en todo había dicho verdad, y añadió que la hostia que puso
en el seno, yéndose a acostar para dormir, la acomodó sobre el pecho, y
cuando despertó no pudo hallar ni hostia ni lienzo.
Dijo más, que aquel incendio de la suya que el demonio levantó en su
pecho era tan infernal, que le parecía quemarse viva y que sentía salir un
hedor intolerable por boca y narices.
No hay duda sino que el Señor estaría justamente enojado por ofendido
con culpas tan enormes y desacatos tan detestables, pero cum iratus fueris
miseric ordiae recordaberis, no olvidó la grandeza de su misericordia.
Efecto suyo fue darle a conocer a esta pobre doncella su miserable
estado, abriéndose los ojos del alma, y aún haciéndose ver con los del
cuerpo las penas que merecía y el peligro en que estaba de dar en ellas.
La primera vez le representó a la vista un profundo pozo, como boca de
infierno, que arrojaba espantosas llamas y olor insufrible, y que sin apelación
había de ser lanzada en él, y que estando ya para echarla, cierta persona
muy sierva de Dios, que la conocía y la había criado, la tenía fuertemente
asida para que no cayese.
Dijo más, que aquí comenzó a hacer concepto de la gravedad de sus
pecados, porque hasta allí el demonio se los había pintado muy ligeros y
vendado los ojos para que no viese su malicia. Otra vez le pareció que toda
la casa se venía al suelo con un terremoto y que su cuerpo había de quedar
sepultado en la ruina, y en el infierno el alma.
Ni bastaron estos avisos de la misericordia ni estas amenazas y temores
de la justicia para reducirla, porque el demonio estaba muy señor del
homenaje de la voluntad, y a esta la arrastraba el apetito de los sensuales
deleites, a que se hallaba del todo rendida.
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Ya mudando derumbo no le pintaba sus pecados ligeros, como en otro
tiempo, sino tan graves que la memoria de ellos la impelía a desesperación.
Hacíala comulgar sacrílegamente para conservar la buena opinión que
había adquirido con la frecuencia de los Sacramentos.
Entre las tinieblas de esta oscura y borrascosa noche, no le faltaban
relámpagos de la divina luz que le hacía ver de lejos el remedio de sus
males. Entendía estar este librado con una buena confesión y comunión,
pero pasaba como rayo aquella ilustración y ella proseguía en su ceguera y
despeño.
Atormentá bale el alma el repique de las campanas a jubileo, y cuando se
hallaba en alguna capilla donde se administraba la comunión, sentía
mortales angustias y trasudores. Los mismos padecía de solo ponerse al
lado de alguna persona que aquel día hubiese comulgado.
Al mismo pan material le puso el demonio tal asco y aborrecimiento, que
ni verlo ni comerlo podía. Mandóle el P. Antonio que comiese un pedazo y
obedeció con grande repugnancia. Preguntóle al espíritu maligno por qué no
dejaba comer pan a aquella pobre mujer?
Respondió que él había sido angel de las supremas jerarquías, a quien
entre otros misterios del Verbo Encarnado, se le propuso el de la sagrada
Eucaristía, y que no había tropezado tanto en que Dios se hubiese de hacer
hombre y morir por los hombres, cuanto en que se les hubiese de dar en
comida y bebida para más extrañarse con ellos, que esto fue lo que no pudo
llevar en paciencia.
Y que si bien aborrecía todos los Sacramentos, pero contra este era su
odio mayor, y de ahí provenía el buscar tantas trazas para apartar a los
hombres de esta mesa del cielo y para que tantos se sentasen a ella sin la
veste nupcial de la gracia, callando pecados en la confesión y comulgando
en pecado. Y que como el pan era la materia de este sacramento, quisiera
que nadie lo tuviera por alimento de su vida. Aquí era el dar grandes voces:
- Dios ha hecho pan para sustento del hombre -Todo para el angel! Esta
es mi rabia, este mi furor.
Oyendo esto el P. Antonio, como quien conocía bien el entrañable amor
que Cristo había mostrado a los hombres en darles a comer este pan divino,
se enterneció de suerte que no pudo reprimir las lágrimas, y arrebatado de
su fervor echó mano de un devoto crucifijo que estaba en el altar, y lo adoró
con singular ternura y devoción, estampando sus labios en las llagas del
costado, de manos y pies, y dándole amorosos abrazos.
Y volviéndose santamente indignado contra el demonio, le dijo:
- Bestia maldita, obstinada en tu maldad ¿ no reconoces a este Señor
por tu Dios y Criador?
Respondió:
- Sí lo reconozco. - ¿ No crees que es hijo de Dios verdadero?
- Sí, creo.
- ¿No crees que nació de madre Virgen?
- También lo creo.
- ¿Y que murió por los hombres en una cruz ?
Aquí el maligno con furia diabólica:
- Por vosotros murió por mí no murió nada le debo todo por el nombre y
nada por el angel. Por eso le aborrezco.
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Díjole el Padre:
- Sí quieres tú gozar los tesoros de su preciosísima sangre, dí como yo
diré: Señor mío Jesucristo.
Sonrióse el demonio y dijo mal pronunciado entre dientes:
- Señor mío Jesucristo.
- A mí me pesa.
- Eso no respondió impaciente. Pesarme a mí, no es posible.
Hízole instancias el Padre para que adorase al santo crucifijo.
No hubo remedio, cerrando los ojos, retirando el rostro y haciendo
visajes. Besándole el Padre las llagas de costado y pies, le dijo:
- Mira, traidor, cómo yo lo adoro y lo reconozco por mi Dios y Señor y lo
amo sobre todas las cosas, y me pesa en el alma y en el corazón de haberle
ofendido.
Cerróse el mal espíritu con decir:
-Bésalo tú y adóralo, que tienes obligación porque murió por tí y te ha
hecho muchos beneficios, que yo nada le debo.
Habíale oído decir al demonio el P. Antonio, obligado del tormento de los
exhorcismos que solamente le podrían echar de aquel cuerpo la comunión y
la intercesión de la SantísimaVirgen. Y así, habiendo tomado por singular
abogada para la empresa de la expulsión a esta soberana Señora, puso todo
su cuidado en disponerla a doncella para que hiciese una buena confesión
general y limpia el alma con ella pudiese recibir más dignamente el
Santísimo Sacramento.
Deseó la penitente hacer esta confesión con el P. Antonio, por el
concepto que había hecho de su santidad pero el Padre juzgó ser más
conveniente la hiciese con su confesor, para que él pudiese hacer campo
con el enemigo con menos escrúpulo y más libertad.
Procuró éste impedirla con desmayos que le causaba cuando trataba de
hacerla, con espantos, con mil dificultades que le oponía pero venciólas
todas con la gracia de Dios y confesóse tanto dolor de sus culpas y con tan
firme propósito de la enmienda, que así ella como su confesor quedaron
satisfechos de que se hizo con todas sus circunstancias buena.
Con esto trató el Padre de que comulgase, esperando que entrando en
ella Cristo había de salir Belial. Estando ya bien dispuesto y de rodillas para
comulgar y el sacerdote con el Santísimo en la mano, de repente el demonio
le mudó el semblante, poniéndoselo de blanco y hermoso tan negro y tan feo
que causaba horror el mirarla dióle luego un desmayo mortal, hacia visages
horribles y abría una boca disforme y luego la cerraba, rechinando los
dientes como una rabiosa.
Acudió el Padre Antonio que le estaba al lado con los exhorcismos y agua
bendita con que se aquietó y volvió en si.
Muy gozosos quedaron los presentes, pareciéndoles que con esto podría
comulgar, no advirtiendo que no era paz, sino breves treguas que daba el
enemigo para engañar y volver con más brío a la defensa de su fuerza, que
tan de grado se le había rendido y entregado. Revolvió, pues, con mayor
furia, dando dentro del mismo pecho de la paciencia grandes gritos.
- Ea, malditos, no os canséis, que no ha de comulgar, no ha de entrar ese
acá , porque él y yo no cabemos en un pecho.
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Comenzó de nuevo a atormentarla con tal impiedad, que parecía que ella
misma se había de despedazar a bocados. Repitió los gestos y horrendos
visages, y segunda vez, y segunda vez vino a quietarse con los
exhorcismos.
Preguntáronla si quería comulgar.
Dijo que sí. Púsole el sacerdote la forma consagrada en la boca, sin dejarla
de la mano. Al punto la retiró con ímpetu, como si le hubieran puesto una
brasa en ella. Quedó desmayada, y oyóse una voz del pecho que decía:
- Yo soy Moncaron, que le impido la comunión no ha de comulgar, ese no
ha de entrar acá .
Recorrióse a los exhorcismos. Volvió con ellos del desmayo y pidió con
grandes ansias la comulgasen. Volvió el sacerdote a ponerle la Forma en la
lengua, y quien no las vió, mal podrá formar concepto de las acciones que
hizo. Arrollóle la lengua y se la retiró hacia adentro, de suerte, que teniendo
ella abierta la boca de un palmo, y mirándola con toda atención, pareció que
se la había tragado. Y fue que el demonio ocupó el paso estrecho de la
garganta por donde había de introducirse en la plaza el socorro.
Pero obligado con las armas de la Iglesia, desplegó la lengua y la sacó
fuera y la entumeció de suerte que parecía imposible recogerla otra vez
parecía una grande berengena morada parósele el rostro feísimo y negro
como los carbones, los ojos en blanco, embargada la respiración. Todos la
dieron por muerta, porque el demonio había amenazado que la había de
matar, y dicho, aunque con mentira, que tenía ya para ello licencia.
Causaba por una parte compasión, por otra horror, el mirarla. Viéronse
bullir en la extremidad de la lengua muchedumbre de gusanos entre cuero y
carne, que salían de lo interior, y no eran gusanos, sino demonios viéndose
el movimiento que hacían, y cómo se impelían los unos a los otros.
Crecieron los temores de que la había ahogado. Volvió el demonio a
gritar de adentro: - No se cansen, que no ha de comulgar. Corten esa
lengua maldita que ha tocado a ese y no nos atormente a nosotros con su
entrada y presencia.
Luego aparecieron sobre la lengua unos pedacitos como de estiercol o
carbón quemado, y toda la lengua parecía un tizón muerto. No es decible el
pavor que a los circunstantes causaba la vista de este espectáculo.
El mismo P. Antonio Ruiz, que escribió como testigo de vista este suceso,
dice en su relación que deseó mucho estuvieran presentes todos los
pecadores, y particularmente los herejes que niegan la presencia de Cristo
en el soberano Sacramento.
En este aprieto se acudió al remedio de ponerle sobre la lengua los dedos
consagrados, y fue cosa admirable que al punto los demonios se retiraron y
desaparecieron aquellos gusanos infernales.
Deshízose como tramoya de farsa todo aquel fantástico y diabólico
embelezo. La lengua volvió a su lugar, y se admiró de repente en su estado
natural, tan limpia, tan colorada, tan sana y jugosa como si nada hubiera
pasado por ella.
No se porfió más en darle la comunión, lastimados los presentes de lo
que la habían visto padecer, venerando los secretos juicios de Dios, y no
alcanzando la causa por que permitía Su Majestad que aquel demonio se
mostrase tan rebelde y cruel.
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Habiendo vuelto en sí la combatiente y tomado alientos de la pasada
refriega, dijo que estaba admirada de lo que había visto en la fuga de aquel
mal tratamiento que el demonio le hizo porque vio que éste le tenía su alma
en prisiones muy fáciles de romper, y que por eso pidió con tanta instancias
el Santísimo, porque conoció que era medio eficaz para quebrantarlas y
restituírla en su libertad.
De lo que ella dijo coligió el P. Antonio en que estaba la dificultad de no
poder recibirlo, y que había algún impedimento oculto de algún pacto con
que la pobre se había ligado con el demonio.
Examinóla despacio si había dejado de confesar algún pecado por
verguenza. Dijo que no. Si había tenido dolor verdadero y propósito firme. Y
repondió: Que aunque con la boca decía le pesaba, por ser ofensa de Dios,
no iba de todo corazón, y que la mayor pena que tenía era por la que ella
padecía en poder de aquellas legiones de tiranos, y por la que daba en sus
exhorcismos, y no puramente por haber ofendido a Dios. Con que el Padre
temió con más fundamento que no estaba aún bien dispuesta para recibir a
Nuestro Señor, y que por eso les permitía Su Majestad a los enemigos tanta
resistencia y rebeldía.
Vino también a sospechar que sin duda aquella cadena con que se había
vista presa del demonio, era algún pacto entre los dos; y que por no haberlo
confesado ni retratado debidamente, y según fuero divino no había quedado
suelta de su prisión. Y no fue su juicio temerario, sino muy prudente, como
se puede ver en el capítulo siguiente.
CAPITULO XX
DESCUBRE EL P. ANTONIO EL PACTO QUE ESTA DONCELLA TENIA
CON EL DEMONIO.
Volvió el P. Antonio a examninar de nuevo y con especial atención a esta
pobre endemoniada, para averiguar si tenía algún pacto explícito o implícito
con el demonio, y aunque ella negó firmemente, con todo el Padre la exhortó
y animó a hacer de todo su corazón actos de dolor de sus pecados por
motivos superiores y a que esforzase su voluntad, para que ayudada de la
gracia amase a Dios sobre todas las cosas, y renunciase cualquier género
de pacto que hubiese hecho con el demonio, aunque por entonces no se
acordase de él.
Obedeció la penitente, y con todas veras se esforzó a ejecutarlo que el
Padre le aconsejaba. Cuando llegó a protestar que le pesaba de haber
ofendido a Dios por quien era, y a renunciar cualquier pacto, al punto se
enfureció el demonio, y dijo a voces:
-¿ Quién me toca en la voluntad, que no es ya suya, sino mía?
Maltratóla mucho; hacíale dar recios golpes con la cabeza por las paredes
y que ella misma se martirizase por su mano, añudándole la lengua.
Mandó el Padre al demonio, en nombre de Jesucristo, la dejase hablar.
Obedeció, y vuelto en sí, le dijo el Padre:
-Advierta, hija, que ahora me confirmo está ligada de este demonio con
algún pacto, aunque ella me lo niega. Yo le ruego por amor del Señor, y por
lo que deseo su bien temporal y eterno, vaya continuando en hacer actos de
102
contrición. Yo le enviaré por escrito una fórmula de detestación, de cualquier
pacto que hubiere hecho, aunque no se acuerde. Pídole que de rodillas lo
lea delante del Santísimo Sacramento con todo su corazón.
Fuese el Padre, y la pobre, con deseo de verse libre de la tiranía de aquel
demonio que tanto la atormentaba, envió a pedir al Padre por su mismo
confesor la fórmula del acto que había de hacer; el Padre se la envió del
tenor siguiente:
Digo yo N. sierva y esclava de mi Señor Jesucristo, que si por algún caso,
con libertad o sin ella, instigada o engañada el demonio, le hubiere hecho
entrega de mi voluntad, condicional o absoluta, o de cualquier manera que
haya sido, digo que por la presente cédula, de todo mi corazón y con plena
voluntad y deliberación me desdigo y anulo, y doy por ninguno el dicho pacto
y cualesquiera palabras que yo haya dado u ofertas que haya hecho al
demonio, porque como hija legítima que soy de la Iglesia Católica Romana,
creo firmemente todo lo que ella me enseña y me manda creer, y conozco a
sólo mi Dios y Señor por creador de todo el Universo, a quien infinitamente
me pesa de haber ofendido solo por ser él quien es, y porque lo amo sobre
todas las cosas, y me pesa de lo poco que me pesa, y de lo mal que he
correspondido a su inmenso amor. Y propongo firmemente con su divina
gracia, de apartarme de todo lo que fuere ofensa suya. Y de esta detestación
de todo pacto y declaración de mi última voluntad, pongo por testigos a los
santos, mis abogados, particularmente a la SacrantísimaVirgen María. Y
ruego a mi confesor firme conmigo esta cédula, para que sea notoria mi
voluntad a todos los demonios, particularmente a Moncaron, mi mortal
enemigo y a todos sus compañeros. A todos los cuales maldigo y aparto de
mí, entregándome de todo mi corazón a mi Señor Jesucristo que con su
sangre me redimió, y por la cual espero ser sana y salva.
Envióle el P. Antonio [Ruiz de Montoya] este papel cerrado y sellado
porque nadie lo leyese. Apenas llegó el confesor a la puerta con él, cuando
comenzó a alborotarse el demonio pidiendo que no entrase.
Entró y entregósele, y aquel se inquietó más, instándola que sin abrirlo ni
leerlo lo hiciese pedazos. Detúvola el respeto que tenía al Padre. Comenzó
a leerlo y lo leyó todo, y se halló con más fuerzas espirituales y fue luego a la
iglesia, y al paso que se iba acercando a ella, sentía más facilidad en leerlo
otra vez.
Llegó, y puesta de rodillas delante del Santísimo, lo leyó con mucha
devoción y nuevos deseos de salir de la esclavitud de tiranos tan perniciosos
y de asentar un nuevo modo de vida en servicio de Nuestro Señor. Y
después de leído lo cosió en el vestido sobre su corazón, proponiendo de
enterrarse con él después de muerta. Con esta diligencia cobró notables
alientos y esperanzas de conseguir su deseada libertad.
Volvió el P. Antonio [Ruiz de Montoya] a la estacada a hacer nueva guerra
con los exhorcismos al enemigo. Díjole la doncella:
- Padre, hasta ahora nunca pude declarar bien la causa de mi desdicha;
ahora ya, gracias a Dios, me veo libre y con ánimo para manifestarla. El
caso fue que atormentándome el demonio con bascas
23
y aflicciones
interiores, todas las veces que había de comulgar, yo buscaba remedios
23
Basca: ansia, inquietud en el estómago cuando se quiere vomitar. Inapetencia.
103
para verme libre de este oculto y penoso martirio. El maligno espíritu me
prometió librarme de él si yo le engregaba mi alma, y que asimismo, sin la
pena de aquel remordimiento podría perseverar en amar torpemente a aquel
mancebo. Desde este punto quedé muy consolada y alegre, y con más
desahogo lograba los gustos de su torpe amor. Entoncer sin duda se
enseñoreó el demonio de mi alma y de mi voluntad, porque todo el amor que
antes tenía a Cristo se convirtió en un odio tan grande, que siempre que veía
alguna imagen suya me parece que la quisiera despedazar. Lo mismo hacía
con el Santísimo Sacramento, y así cuando alzaba el sacerdote la hostia,
cerraba los ojos para no verla; asimismo aborrecía a los que lo alavaban o
trataban de su devoción. Solamente me duraba el cariño y devoción a la
Santísima Virgen, y me holgaba de ver y adorar sus imágenes, y me
encomendaba a ella de todo corazón.
Animóla el Padre a repetir el acto de detestación que le había enviado, y
que fiase en Dios, que la sacaría del poder de aquel dueño intruso.
Pero todas las diligencias sobredichas no fueron bastantes para libertarla,
porque quería Su Majestad que la victoria se atribuyese a su santísimo
cuerpo Sacramentado y a la intersección de su purísima madre.
El P. Antonio Ruiz [de Montoya], acordándose de lo que dijo el Salvador en
el Evangelio a sus apóstoles que hay linaje de demonios que no se lanzan ni
si in oratione & ieiunio, acudió con particular fervor al ayuno y oración; gastó
en esta toda aquella noche, suplicando a Nuestro Señor usase de
misericordia con aquella pobre alma y mandase al demonio que la dejase en
su libertad, para que pudiese consagrarse toda a su divino servicio y reparar
las ruinas pasadas. Puso por medianera a la Santísima Virgen. Salió muy
consolado de la oración, y con grandes esperanzas de feliz suceso.
Con esta previa dispisición volvió al palenque con su adversario y lo
apretó fuertemente, para que le dijese el día en que había de dejar libre
aquella pobre doncella que había engañado, y que, a pesar suyo, había de
ser santa. Enfurecióse el demonio contra el Padre y amenazólo que se lo
había de pagar.
El P. Antonio [Ruiz de Montoya], sin hacer caso de sus retos, le instaba
que señalase el día de su salida. Respondió que en día del Corpus, que
estaba cerca. Luego se embraveció de manera que seis personas de buenas
fuerzas no la podían tener, y la levantó en el aire, y con gran violencia dio en
tierra con ella, poniéndole el rostro feo y abominable. Y revolviendo furioso
contra el Padre, le dijo:
- Maldito enemigo, cómo me has desposeído de la voluntad que ella
misma me dio. Con papelillos le has trabucado el juicio.
Aquí era la compasión, porque ya la hacía rebuznar como jumento, ya
ahullar como perro, ya gruñir como cebón
24
cuando lo deguellan. Púsole de
nuevo el rostro cárdeno
25
e hinchado porque le apretaba la garganta con
ademán de ahogarla, quejábase del tormento que le daban los exhorcismos.
Díjole el Padre:
- Si tanto te atormenta la batería que con ellos te doy, dí, traidor, ¿por qué
no desamparas la fuerza, siquiera por verte libre de esta pesadumbre? Eres
24
Cebón: el puerco y otros animales cebados.
25
Cárdeno: lo que es de color amoratado.
104
necio en mantenerte en ella, porque ves el fruto que en muchas almas se
hace, a vista de la crueldad con que tratas a los que se profesan tuyos.
Respondió que por solo estorbar una comunión sufriría mayores
tormentos, porque no podían caber en un pecho ellos con su mayor
enemigo. Y añadió:
-Buena guerra nos has hecho esta noche con tus ruegos importunos a
María. Dime, pues la quieres tanto, y se lo suplicas con tantas veras, que me
destierre de aquí, ¿cómo no lo has conseguido?
Respondió el Padre:
- Porque mis pecados hacen mis oraciones de poco valor. Y porque del
mal que le hace sabe sacar Dios grandes bienes. Mira cuántas confesiones
generales se han hecho estos días: cuántas almas han hecho propósito de
servir de veras a Dios. A más que ahora que ya está reconocida de sus
culpas y pesarosa de ellas, quiere Dios darle el purgatorio en esta vida; y
que escarmentada tan a costa suya en tus embustes, no dé más grata
audiencia a tus diabólicas sugestiones y ordene de suerte su vida, que con
mucha confusión tuya la veas en el día del juicio en alto grado de gloria. Ella
parará en el cielo, y tú y todos los tuyos sereís sepultados para siempre en
las cárceles del infierno.
Aquí dio el demonio horribles bramidos, querellándose de que lo habían
desalojado de aquella voluntad, donde se hizo fuerte y pensó estar muy
seguro.
-¿Es posible, decía rabioso, que unos hombrecillos me han de sujetar a
mí, tan grande, tan sabio, tan poderoso?
Remató amenazando al Padre que muy presto le pagaría la burla que le
había hecho. No tardó mucho en intentar la ejecución de su venganza; tres
veces embistió el día siguiente al P. Antonio; pero de todos tres combates
salió con las manos en la cabeza. El primero fue con la traición que aquí
diré:
Vino por la mañanita al Colegio imperial una mujer a quien el Padre
nunca había visto, a rogarle fuese servido de llegarse a consolar a una hija
suya que tenía gravemente enferma.
Creyendo el Padre que se quería confesar, fue allá y la mujer salió con
una hija suya de hasta dieciocho a veinte años, muy hermosa y con toda
gala y curiosidad ataviada.
Comenzó a llorarle, diciendo que tenía un muslo muy malo, con
agudísimos dolores, que no la dejaban reposar de noche ni de día, y que por
más remedios que le habían hecho médicos y cirujanos, no hallaba el menor
alivio; que por amor de Dios la viese y tocase con sus manos santas y
cons agradas, que del contacto de varón tan santo esperaba la salud.
No era necesaria tanta luz del cielo como la que el P. Antonio tenía para
descubrir el ardid y lazo del demonio.Recogióse interiormente a implorar el
auxilio del cielo, y respondióle muy mesurado:
-Pésame mucho, señora, que para esto se haya cansado en llamarnos.
Yo no soy médico ni me entiendo de curar achaques del cuerpo, sino del
alma. Lo que yo haré ser encomendarla a Nuestro Señor en mis pobres
oraciones, y exhortarla con todas veras, como lo hago, procure no ir al
infierno, porque si este dolorcillo le parece insufrible, ¿qué ser padecer por
105
toda una eternidad aquel agregado de agudísimos e intolerables ardores;
arder y más arder para siempre?
Con esto se despidió y volvió a su retiro victorioso, dando infinitas gracias
a Dios porque lo había sacado salvo de aquel peligro.
El segundo combate fue aquella misma noche en su aposento,
acometiéndole con feísimas representaciones pero triunfó de ellas con no
menos gloriosa victoria.
Del tercero, dice el mismo Padre que no es para referido con casta
lengua y religiosa pluma.
Cuando el soberbio Luzbel vio al Salvador del mundo incontrastable a los
tiros de las dos primeras tentaciones, quiso probar ventura con la de
vanagloria. Putabat malignus, quem gula non vicerat, vana gloria superari.
Persuadióse el astuto enemigo, que al que no rindió con la gula ni con la
avaricia había de atropellar con la vanagloria. Lo mismo hizo con este
soldado valiente de la Compañía de Jesús.
Continuó éste el día siguiente la batería de los exhorcismos. Sonrióse el
demonio, y díjole:
- Díme. ¿cómo te fue ayer?
Respondió el Padre:
- A mí muy bien, por la misericordia divina, pero a tí muy mal, que por tres
veces quedaste vilmente vencido.
Y queriendo el demonio relatar el suceso y alabarlo para desvanecerlo, el
Padre, con severo precepto, le dió un tapaboca y le hizo callar.
Quedaron los circunstantes deseosos de saberlo que había pasado, pero
no se les logró la curiosidad.
Prosiguió en los exhorcismos, porque con ellos se conoció que el
enemigo iba perdiendo tierra y ganando cielo la paciente. Comenzó aquel a
dar grandes voces:
- Dejadme, no me atormentéis más, sujetándome a ese vuestro Cristo,
porque es la cosa que m s aborrezco.
....................
Obligó el Padre a la endemoniada que dijese esta oración, que es muy
eficaz contra los espíritus malignos: Domine Jesu Christi, ego sum creatura
illa, quam tu per ignominiosisimam mortem redemisti ab omni potestate
inimici. Tu ergo solus imperium & potestatem babes super me, miserere mei
& salvame. Comenzó la doncella a decir la oración, y no le dejaba proseguir
el demonio; pero mandándole el Padre a fuerza de preceptos y golpes de
estola, no lo pudo impedir. Cuando llegó a aquellas palabras: Tu solus
imperium habes & potestatem superáme, daba alaridos el demonio:
- Esto no; ¿él sólo ha de tener potestad? Eso no.
Púsose ferocísimo como un tigre desatado. Rogaba la pobre al Padre que
la ayudase y defendiese de su furia. Lo que hacía con notable valor y
caridad.
Volvió el demonio contra él y díjole:
-Enemigo maldito, que a solo atormentarme has venido de las Indias, y a
sacarme de la casa que pacíficamente he poseído tantos años. ¿A esto
viniste, maldito? ¿A quitarme esta alma que tenía por mía? ¿Es posible que
se ha de burlar de mí un hombrecillo, siendo yo angel y príncipe tan
poderoso?. Maldita sea tu venida, pues ha sido para descubrir mis marañas.
106
Y enfureciéndose de nuevo contra la endemoniada, la voló en alto, y le
hizo dar un grande golpe en el pavimento. En este conflicto acudió el Señor
a la paciente con soberanos auxilios, y le dio a conocer que no romp¡a del
todo sus prisiones, porque ella no acababa de arrepentirse de sus pecados,
puramente, por ser ofensas de Dios. Y así con extraordinario fervor,
comenzó a decir:
-Solo por ser quien eres, me pesa, mi Dios, mil veces de haberte
ofendido; y rogaba al Padre le dijese a Dios en su nombre lo mismo,
protestando que ella amaba a Dios sobre todas las cosas, y que renegaba
del demonio; que deseaba salir de su servidumbre, y ser humilde y perpetua
esclava de su Señor Jesucristo y de su Madre Purísima.
Apenas hizo estos actos cuando le dio un súbito desmayo; quedó con el
rostro pálido y difunto, yertas y heladas las manos, afilada la nariz, hundidos
y eclipsados los ojos Todos se persuadieron que era ya muerta y la
comenzaron a llorar. Habíansele hecho en la garganta unos tumores
grandes, como de paperas.
El P. Antonio [Ruiz de Montoya], que tenía en Dios puesta su confianza ,
los tocó con los dedos consagrados, y al mismo punto se deshicieron, y la
paciente volvió en sí y el demonio comenzó a dar voces:
- Ya estoy vencido, ya no tengo fuerzas, ya estoy fuera de la voluntad que
poseía.
Desde este punto comenzó a flaquear, y para acabar de rendirlo y
expelerlo, trató el Padre de darle la Sagrada Comunión.
CAPITULO XXI
ACUDE EL P. ANTONIO [RUIZ DE MONTOYA] AL REMEDIO DE LA
SAGRADA COMUNION PARA EXPELER AL DEMONIO.
Aunque este remedio se juzgó siempre por muy eficaz, dilatóse a fin de
disponer la penitente con una sincera confesión general, no ya por razones
humanas, sino por motivos divinos.
Grandes esfuerzos hizo el demonio para estorbar esta confesión, y para
que de nuevo la admitiese en su voluntad, de la cual los exhorcismos y
detestación de todo pacto lo habían expelido. Hizo su asiento en los pies y
de allí hacia sus subidas y asaltos a la cabeza. Ya la enmudecía, ya la
privaba del uso de los sentidos, ya le ofuscaba el entendimiento y le
confundía la memoria. Dejábala como muerta; irritábala contra el confesor y
contra el P. Antonio, dándole a entender que ellos habían turbado su paz y
tenían la culpa de todo lo que padecía. Hacíale mil promesas, amenazábala
con rigores, todo para que de nuevo le diese entrada en la voluntad, de
donde a vivas violencias lo habían expelido; pero no pudo salir con su
intento, porque ella, cuando más combatida, más alentada acudía a Nuestro
Señor, y Su Majestad la socorría con eficaces auxilios, y el P. Antonio por su
parte y el buen confesor por la suya, con saludables consejos y sufragios de
misas y oraciones, le ayudaban a pelear y vencer aquel porfiado enemigo.
A despecho de éste, concluyó suconfesión, quedando así ella como el
confesor muy consolados y satisfechos de que se había hecho con todos los
requisitos.
107
Con esto se previnieron las cosas para darle la comunión, y porque los
demonios no subiesen de los pies a impedirla, como solían, le pusieron al
cuello una estola, y por consejo de una piadosa señora que se hallaba
presente, la ciñeran con otra el cuerpo y con otra los pies, si no les hubiera
ido a la mano el mismo demonio, que sabedor del intento que tenían, dijo:
-¿Y será decencia que los sacerdotes le vean y toquen los pies?
Aquí el honestísimo P. Ruiz [de Montoya]:
-Huelgóme, respondió, de verte tan modesto y tan celoso de la castidad,
habiendo blasonado que eres supremo fautor
26
de la lascivia
27
.
Solamente se le puso al cuello la estola. Tomó el confesor la Forma
sagrada, y sin dejarla de la mano se la puso en la boca.
Al punto el demonio le hizo hurtar el rostro y todo el cuerpo.
El Padre, que le tenía aplicada a la garganta la estola, sintió que los
demonios a manera de gusanos, rebullían en ella para saltar a la lengua, y
que al contacto de la estola y dedos consagrados, huían hacia abajo.
Conque se le pudo dar la Forma; pero antes de recibirla, la hizo desmayar el
demonio de suerte que parecía difunta.
Volvióla en sí el Padre con los exorcismos. Repitió el desmayo, pero no la
privó como la primera vez de los sentidos. Y así ella pidió por señas le
diesen la comunión y le dejasen en la boca la Hostia para sumirla. Hízose
así, y al punto fugitivos bajaron a los pies aquellos gusanos infernales, y ella
pasó sin dificultad la Forma, y luego se le puso el rostro con su natural color,
hermoso y agradable. Quedó como arrobada
28
, y estuvo así sin hacer
movimiento todo el tiempo que pudieron durar sin consumirse las especies
Sacramentales.
Las señoras que se hallaron presentes, unas lloraban de puro contento,
otras a voces daban gracias al Padre de las misericordias por la grande que
había usado con aquella pobre doncella, metiéndola salva en tan seguro
puerto, después de tantas tormentas y persecución de corsarios; otras se
llegaban a ella y le tocaban el rostro y las manos, y quedaban admiradas de
ver que no se movía. No había quien las arrancase de allí
Estuvo todo este tiempo, según ella dijo después como si estuviera en
gloria, gozando la presencia de su divino Señor. Consumidas ya las
especies, los demonios, que se habían retirado al fondo de los pies, la
comenzaron otra vez a inquietar, porque volviendo ella en sí y viendo que la
tocaban las mujeres, la incitaron a impaciencia, juzgando que ellas le habían
interrumpido la bienaventuranza que en aquel rapto gozaba; y así se levantó
de allí con aires de impaciente, cubriéndose el rostro, y se retiró a un rincón,
sin querer mirar ni ser vista de nadie.
Conoció el Padre que aquel era ardid del demonio, que por aquel camino
pretendía turbar la paz de su alma, y díjole:
-Mucho me huelgo, Moncaron, de verte tan recatado y humilde. ¿Dónde
está tu poder? ¿Dónde tu sabiduría, de que te jactaste tanto?
Arremetió como rabioso perro con la boca abierta a morder al Padre, el cual
le ofreció los dedos consagrados para que los mordiese.
26
Fautor: el que favorece y ayuda a otro. Instigador con mal fin.
27
Lascivia: propensión a los deleites carnales. Lujuria.
28
Arrobada: rapto, éxtasis en que se eleva el alma a Dios. Elevarse quedar fuera de sí.
108
Huyó luego, y cerró los dientes y labios fuertemente. Hizo risa el Padre de
esta acción del demonio. Y este dijo colérico:
-Maldito, ¿de qué te ries? ¨Haces burla de mi por verme ya rendido?
Confieso que lo estoy, ya nada tengo mío en esta voluntad.
Y prosiguió lamentándose:
-¡Ay de mí, que ya ha llegado el día de mi triste partida a los infiernos a
los infiernos. Desdichado de m¡ y cual me han de tratar aquellos demonios,
pues al cabo de tanto tiempo no llevo presa alguna, habiendo yo dado
palabra de llevar esta alma! Y lo que más siento es que siendo yo tan
poderoso me hayan vencido unos hombrecillos.
Aunque él mismo se daba ya por vencido, ni salió este día ni el del Corpus,
en que prometió había de salir, siempre permanecía retirado en los pies.
Trató el Padre que recibiese otras dos veces la comunión en aquella octava
del Santísimo, y las dos veces hizo el demonio de las que solía para
impedirla.
La primera vez fue en el mismo día del Corpus. Tomó el Padre la
Custodia para comulgarla, y aunque el demonio la hizo desmayar como solía
y dio con ella en tierra, poniéndola disforme el rostro en figura de culebra, y
la llevó arrastrando como si lo fuera, con movimientos de serpiente, que
causaban a los presentes grande espanto. Así llegó a los pies del Padre, el
cual, para más humillar al demonio, le puso el pie sobre la cerviz, diciendo lo
del Salmo 90: Super aspidem & basiliscum ambulabis & concalcabis leonem,
& draconem.
Hizo el soberbio demonio extremos de sentimiento de este ultraje.
Mandóle el Padre de parte de aquel Señor que tenía en sus indignas manos,
la dejase comulgar y que se fuese al infierno. Dejóla luego, y volviendo en sí
comulgó y luego se le puso el rostro como de un angel, y quedó arrobada
con gran quietud como la primera vez. Conoció que con la sagrada
comunión a ella se le aumentaban las fuerzas y al contrario, se enflaquecían
las suyas.
Andaba ya el demonio en vigilia de desamparar aquella fuerza y dejarla a la
obediencia de su legítimo Señor. Y aquella noche se apareció a la doncella
en figura ridícula de un hombrecillo negro y viejo con una candela en la
mano. En la misma figura y noche se le apareció en su celda al Padre
Antonio, y por despedida le dijo palabras torpes. A la paciente amenazó
que la había de matar; pero animóla el Padre a que no hiciese caso de sus
fieros, que ya el desventurado andaba con la candela en la mano.
Respondió entonces el demonio:
¿Al fin, que estoy ya para espirar con la vela en la mano? Así me viste tú
también en tu celda. ¿No te acuerdas de las palabras que allí te dije?
Y queriéndolas repetir, le puso el Padre silencio, porque no inficionase
con ellas las orejas castas.
Llegó al fin el día deseado de la perfecta victoria, y fuga del enemigo.
Advirtió este que antes de salir tenía que decir, y convidó a los oyentes, que
fueron muchos, deseosos de ver en que paraba aquella batalla tan reñida.
Hizo el demonio un largo razonamiento de sus proezas y de los embustes
que usaba para engañar a las almas, y que a muchas doncellas de buena
cara las hacía pobres, para que obligadas de la nececidad buscasen por
medios ilícitos el sustento y a costa del alma diesen gusto a sus cuerpos.
109
En este sentido estaba la doncella haciendo actos muy fervorosos,
sacrificándole al Señor su alma, su voluntad y corazón, suplicándole que
pues ya era toda suya la sacase del poder de aquel demonio. Barruntó
29
éste lo que aquella hacía, y díjole:
-¿Que quieres de mí, mujer? Válgante cuantos demonios hay en el
infierno. Yo te quería llevar conmigo, y tú no quieres venir.
-No la llevará ese maldito, le dijo el Padre.
A lo cual respondió:
-Otras he llevado mejores que esta.
Instó el Padre de nuevo a la doncella que renovase con el posible fervor
el acto de contrición y detestación del pacto. Hízolo así, y entonces dijo el
demonio:
-Ya esto está acabado, ya aquí no tengo que hacer. Yo me doy por
vencido; el Sacramento me echa; yo quiero cumplir mi palabra.
Mandóle el Padre diese alguna señal de su partida. Respondió el
demonio:
-¿Qué señal queréis? ¿Algún cuarto hurtado como otros hacen? Yo lo
hiciera luego, pero me han mandado no dé otra señal sino la comunión, y
por fiadora a María. Y así bien puede comulgar de aquí adelante, que la paz
con que comulgará será la señal más cierta de mi ida. Buena fiadora ha
tenido en María. María me echa.
Y añadió temblando:
-¿Qué esto? ¿Ha llegado el día del juicio? Esta fue la última palabra, y no
se sintió más.
Quedó la paciente muy quieta; confesóse con mucho sentimiento, comulgó
con igual devoción, sin contradicción alguna, ni rastro de los disturbios
pasados, y prosiguió en adelante frecuentando los Sacramentos,
empleándose toda en el servicio de Dios, y edificando a todos con su
ejemplar vida.
Visitóla el P. Antonio Ruiz [de Montoya], pasados algunos días, y la halló
con el mismo sosiego y muy agradecida, a lo que había trabajado en
restituirle su libertad. Cuando, hubo de partir de España para volver a las
indias, la visitó otra vez , la cual reconoció después de Dios al valimiento que
con Su Majestad tenía el P. Antonio, dándole de nuevo las gracias por el
beneficio que por su mano y tan a costa suya había recibido.”
8. DEDICAÇÃO DO TEMPLO DE NUESTRA SEÑORA DE LORETO
Impressão: Jarque 1, 1900: 313-315.
Edição: É editado o texto transcrito pelo P. Francisco Jarque com ortografia
atualizada, e notas.
29
Barruntó: preveer, conjeturar por algún indicio.
110
Destinatário: O Superior da Província Jesuítica do Paraguay P. Nicolás
Mastrilli Durán.
Data: 1622 (?)
Autores: JARQUE 1, pp.313-315; MONTOYA, Conquista, Cap. 18.
TEXTO
“En el Loreto
30
dedicamos un templo a la soberana Virgen en una de sus
festividades. En la noche de la vigilia se hallaban juntas al regocijo más de
sesenta personas.
Todas estas vieron clara y distintamente que de la iglesia vieja, que estaba
enfrente de la nueva, salían tres personas vestidas de un rico y celestial
ropaje, blanco como los ampos de la nieve, lucido como bruñida plata. Sus
rostros parecían tres soles, con unas cabelleras como hebras de oro,
derribadas sobre sus hombros. En medio de ambas iglesias, vieja y nueva,
estaba arbolada una hermosísima cruz , con tres gradas por pie, y subiendo
por ellas con pasos llenos de majestad, se arrimaron a la cruz, mirando con
cariño al altar de la iglesia nueva, que aún no tenía puertas.
Estaba la gente absorta contemplando la hermosura y gallarda disposición
de aquellos tres personajes, en la cual todos tres diferenciaban, porque
ninguno era de la medida del otro.
Unos niños que allí se hallaron, con más simplicidad que respeto o miedo,
se encendieron en amor de aquella peregrina belleza, y atraídos de ella se
iban acercando a ellos para estar en su compañía y gozar más de cerca de
tan agradable es pectáculo. Pero ellos se retiraron poco a poco y volvieron a
la iglesia vieja, de donde habían salido.
Quedaron todos con mucha pena, culpando la osadía inocente de los
niños, pareciéndoles que por su causa les había durado tan poco la visión de
aquella gloria.
Discurrióse con piedad que podían ser las tres personas de la Trinidad
Beatísima, a cuya deidad se consagran los templos, o los ángeles que
asisten a la majestad de Cristo sacramentado, y quisieron dar a entender lo
mucho que gusta Dios de que se le consagren en la tierra templos a su
grandeza divina.”
9. NO CASO DE UM APARECIMENTO.
30
“...Habiendose detenido el P. Antonio Ruiz toda la cuaresma en Buenos Aires, y edificado con los
grandes ejemplos de su santidad, no menos a los externos que a los domésticos, volvió al Paraguay
llevando consigo al P. Bernardino Tello y una imagen de mazonería, hermosísima y devotísima de
Nuestra Señora de Loreto, que en el navío vino de España, y ha obrado en aquella reducción milagros,
con otras muchas alhajas para ornato de sus iglesias y adelantamiento del culto divino.” (Cfr:
JARQUE, 2:18)
111
Impressão: Jarque 1, 1900: 315-316.
Edição: O texto transcrito é publicado pelo Padre Francisco Jarque com
ortografia atualizada.
Destinatário: Os Padres da Companhia de Jesus.
Data: 1622 (?)
Autores: JARQUE 1, pp.315-316.
TEXTO
RELATO DE UNA APARICION
31
“Estaba durmiendo en el aposento, y sería como la media noche, cuando
soñó que se le representaba una alma muy triste y como vestida de luto, que
por una calle del pueblo iba dando suspiros con muestras de mucho pesar y
sentimiento; que después vino a la iglesia, entró por la puerta principal y en
medio de ella se puso de rodillas, haciendo fuertes actos de contrición,
hiriendo con recios golpes los pechos; de allí a buen rato salió por otra
puerta, que también estaba cerrada, y llegó al medio de la plaza, donde la
perdió de vista.
Despertó con la pesadilla y dando por verdad lo que pudo ser puro sueño,
pues no iba en ello a perder, ofreció por el alma que juzgaba ser, algunas
oraciones. Dudó si le diría la misa, pero quiso primero averiguar si alguno del
pueblo, que madrugan y trasnochan mucho, habría visto despierto lo que él
dormido.
Apenas salió de su rincón, cuando vió un corrillo de gente, que confería
alguna novedad. Llegó uno de ellos, y dióle noticia cómo estando a la media
noche bien despierto a la puerta de su casa, había visto pasar una que le
pareció alma venida de la otra vida. De este informe tuvo harto el Padre para
ir luego y ofrecerle la misa, que para este fin permite el Señor apariciones
semejantes. En muchas otras ocasiones se le aparecieron algunos difuntos,
implorando el socorro de sus sacrificios y oraciones.”
10. ADVERTÊNCIA SOBRE A CHEGADADA DOS NATURAIS
CAPITANEADOS PELOS FEITICEIROS. FUNDAÇÃO DA REDUÇÃO DE
SÃO FRANCISCO XAVIER.
31
Este caso le sucedió al P. Antonio Ruis de Montoya él mismo lo cuenta como de tercera persona.
(Cfr. JARQUE 1, p.315)
112
Impressão: Jarque 2, 1900: 67-71.
Edição: É editado o texto transcrito pelo P. Francisco Jarque, com
ortrografía atualizada.
Destinatário: O Superior da Província Jesuítica do Paraguai Padre Nicolás
Duran Mastrilli.
Data: 1627 (?).
Autores: JARQUE 2, pp.67-71.
TEXTO
AMENAZA DE INVASION DE LOS HECHICEROS, FUNDACION DE LA
REDUCCION DE SAN FRANCISCO XAVIER
Apenas tuvieron noticia que habíamos llegado a sus tierras, aquellos
malditos hechiceros que martirizaron por casto al indio cristiano, cuando
amotinaron los pueblos para sacarnos del mundo. Desgalgábanse a ruín el
postrero como perros o tigres rabiosos por aquellas sierras, compitiéndose
sobre quien sería el primero que llegase a hacer suerte en nuestras vidas.
Las mujeres del pueblo, que como más piadosas ya nos tenían respeto y
amor, comenzaron ya a lamentarnos por muertos los vecinos bien quisieran
defendernos, pero reconocían sus pocas fuerzas para resistir a tan resuelta
y desesperada muchedumbre.
Creían en el pueblo la turbación, en nuestros pechos el gozo de ver que se
nos acercaba un tan dichoso fin.
Lleguéme al P. Jose Cataldino, y díjele aquellas palabras de San Ignacio
mártir: Frumentum Chhristi sum dentibus bestiarum molar ut panis mundus
inveniar, y que juzgaba que aquel día sería el último de nuestra
peregrinación, y que esperaba en la divina bondad, nos veríamos en el cielo.
Respondióme con mucha paz y sereno semblante:
- Cúmplase en todo la voluntad de Dios - y vuelto a los indios que
estaban fabricando una choza que sirviese de iglesia, entre tanto que se
hacía la principal, les dio orden de lo que habían de hacer y prosiguió en
asistir a su obra.
Este fue el susto que tuvo aquel varón santo viendo la muerte vecina,
porque toda la vida no había hecho otro que disponerse para una buena
muerte.
Algo más fue esto que lo del otro matemático que avisándole que el
enemigo entraba la ciudad, que acudiese al remedio, o a ponerse en salvo,
respondió con mucha flema que le dejasen perfecionar unos círculos que
estaba echando con el compás en la mano.
Aquel pudo tener esperanzas de buen cuartel, pues la invasión no era
contra su vida aquí los religiosos Padres ningún arbitrio de piedad podían
113
esperar de aquellas fieras sedientas de su sangre. Con todo, ninguna
prevención o mudanza hicieron, ni trataron de huir, ni de esconderse más
que si los buscaran para hacerles algún solemne recibimiento, lo que no
poco admiraron los mismos gentiles que trabajaban en la obra.
Había venido a visitarnos poco antes un cacique principal, traído sin duda
de la divina Providencia, para tutor de nuestras vidas, estimado por su
sangre, y entre ellos de grande autoridad por entendido y elocuente, en
quien se verificó lo del poeta: Si forte virum quem, conspexere silent. Este,
viendo ya que se acercaban las furiosas tropas con las flechas en sus
arcos , solióles al encuentro y fue poderoso para detenerlos. Hízoles un
elegante y grave razonamiento, representándoles que nuestra entrada no
era de enemigos que iban a conquistarlos, que era agravio de su valor tener
miedo a dos desarmados extranjeros y santos sacerdotes, ni era de
mercaderes codiciosos de plata y oro, pues no ignoraban que en sus tierras
no había minas. Que el fin de su venida no era otro que enseñarles a bien
vivir, con más policía, más virtud y honestidad de costumbres, y por este
camino hacerlos hijos de Dios y ponerlos en el de su eterna salvación, que
ninguna honra ni provecho se les podía seguir en manchar sus manos en
aquella sangre inocente.
Pudieron tanto con ellos las razones de este cacique, que cada lobo
volvió por su senda desistieron de la empresa y dieron la vuelta a sus
lugares. Conque pacíficamente pudimos dar principio a una reducción con
nombre de San Francisco XavierErro! Indicador não definido. la cual en
pocos meses creció a mil y quinientos vecinos. La virtud de la fe, el santo
bautismo y la divina palabra, domesticaron aquellas fieras y las convirtieron
en mansos corderos.”
11. DIFICULDADES ESBOÇADAS DURANTE O SONHO
Impressão: Jarque 2, 1900: 72-73.
Edição: É editado o texto transcrito pelo P. Francisco Jarque com ortografia
atualizada e especificação de termos antigos.
Destinatário: O Superior da Província Jesuítica do Paraguai p. Nicolás
Mastrilli Duran.
Data: 1627?.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p. 430, n§33.
Autores: JARQUE 2, 72-73.
TEXTO
INSTRUCCION PARA LA REDUCCION DE SAN JAVIER
114
“Vencidas graves dificultades en la jornada a cierta provincia de gentiles,
partió para ella con los compañeros, y habiendo caminado dos días, estando
una noche recogido en su hamaca, vio delante de sí un hombre con negro
y despreciable vestido, y la cabeza cubierta con un sombrero viejo, el cual le
dijo: "Tú no pasarás de aquí, por que no es para tí la empresa que intentas.
Para otros Padres que te han de suceder la tiene Dios guardada. Por tanto,
lo que te conviene es volver a donde saliste". Todo esto fue entre sueños.
Despertó encomendándose a Dios porque temió que habían de poner algún
grande obstáculo los demonios, que eran muy señores de aquellas almas,
aunque los trataban como muy tiranos.”
12. PRIMEIRA JORNADA TRÁGICA PARA A CONVERÇÃO DO CACIQUE
TAYAOBAErro! Indicador não definido..
Impresión: JARQUE 2, 1900: 77-87.
Edición: O texto transcrito pelo P. Francisco Jarque com ortografía
atualizada e especificação de termos antiguos.
Destinatário: Os Superiores e Padres missionários, além de difundir a ação
apostólica y evangélica, que requería um cuidado especial na converção
dos indios .
Data: 1627 (?).
Autores: JARQUE 2, pp.77-87; MONTOYA, Conquista, Cap.30.
TEXTO
“Tenía esta provincia mucha gente y muy arraigada la observancia de sus
gentílicas costumbres, particularmente en la bárbara de alimentarse con
carne hum ana.
Hallábanse aquellos valles y sierras pobladas de infinitos hechiceros, llenos
de mil errores y supersticiones, que aborrecían peregrinas religiones,
predicando la suya por cierta y verdadera. Algunos se mentían dioses,
fingiendo mil patrañas en testimonio de su divinidad, creída fácilmente de la
ignorante plebe. Porque como es grande la natural elocuencia de estos
embusteros, la gente ordinaria los oye boquiabierta y los venera, dando
crédito a sus mal forjadas mentiras.
Prosiguiendo mi viaje llegué a un pueblo pequeño de hasta sesenta vecinos
y me recibieron con mucho amor. Paguéles el agasajo predicándoles la Ley
de Dios, y todos la recibieron y se bautizaron.
Llamábase este pueblo YtacurúErro! Indicador não definido., tomando el
115
nombre de su cacique. Detúveme en él dos meses, así para instruirlos en la
fe como para informarme de los usos, o abusos de las costumbres y fueros y
otras cosas particulares de la nación, y darles desde allí algunas noticias
precisas del fin de mi venida.
La llave o puerta de toda la provincia era un pueblo distante una jornada.
Envié a sus moradores algunos donecillos de anzuelos, cuchillos, cuentas y
otras brujerías que ellos estiman más que piedras preciosas, conque
vinieron algunos a visitarme. Recibieron con todo agrado y díjeles cómo
deseaba entrar en su tierra a anunciarles la eterna salud. Aseguráronme que
hallaría franca la entrada y que sería muy bien recibido. Con esto partí por el
río en canoas.
Llegué a su lugar con sol. Dieron aquel día muestras de recibirme con
gusto y fueron fingidas, porque avisados los vecinos de la comarca de mi
llegada, toda aquella noche fue bajando gente armada de todas las sierras
circunvecinas con ánimo de degollarme, y hacerme de mis carnes banquete,
como también de las de otros quince indios que iban en mi compañía.
Como después supe, deseaban probar a lo que sabían las de los
sacerdotes cristianos, porque sus hechiceros les habían persuadido que
eran más sabrosas que las demás. Pasé desvelado aquella noche
preparándome para todo lo que podía suceder.
Apenas rompió el día cuando entró en mi choza un grande hechicero, y
hallándome de rodillas en oración, sentóse con mucho silencio; yo proseguí
por buen rato, pidiendo a Nuestro Señor alumbrase aquella gente ciega,
para que saliendo de los errores se convirtiese a su fe.
Levantéme y hallé que con el primero se habían juntado otros ocho
caciques tan hechiceros como él, y habiéndolos saludado con amorosas y
corteses palabras les signifiqué como sólo el deseo de su bien me había
traído a sus tierras, no en busca de oro y plata, que bien sabía no lo tenían,
sino de sus almas para traerlas al conocimiento de su criador y de su hijo y
Redentor de los hombres Jesucristo, que había bajado del cielo y tomado
carne humana en las entrañas de una Virgen para librarnos del cautiverio de
Satanás y de las penas del infierno; y llegando a tratar de la eternidad de
estas con que en él son castigados los malos, uno de ellos me atajó la
plática, diciendo a voces:
-Este hombre miente.
Lo mismo repitieron los otros ocho, y salieron corriendo a buscar sus
armas, que por no causar recelo las habían dejado escondidas, y en guarda
de ellas otra mucha gente que quedaba emboscada en un monte vecino.
Quedé consolado de haber anunciado a aquellos bárbaros el Evangelio y
sin moverme del puesto en que estaba me resolví de esperarlos,
arrojándome en los brazos de la Providencia divina.
Uno de los indios que me acompañaban entró en mi choza rogándome
saliese de ella y nos fuésemos de allí porque sin duda nos armaban alguna
traición.
No hice movimiento.
Entró segunda y tercera vez y echándome los brazos al cuello, me dijo:
-Padre mío, vámonos, por amor de Dios, que a tí y a nosotros nos han de
hacer pedazos.
116
Movióme a salir pareciéndome ver en él, no un indio, sino un angel del
cielo. Apenas salimos cuando los enemigos comenzaron por las espaldas a
llover sobre nosotros una nube de flechas. Cayeron a mis dos lados
muertos siete indios de mis compañeros, sin que mi dicha me encaminase
alguna para serlo en la muerte de los que tan lealmente me acompañaron en
la vida, sin otro fin que ayudarme en la predicación del Evangelio. Habíanse
preparado el día antes con la confesión y comunión, y con grande ánimo me
dijeron:
-Ea, Padre, vamos a predicar la fe, que nosotros en su defensa habemos
de perder las vidas. No les faltó sino decir con los Apóstoles: Eamus & nos,
& moriamur cum eo.
Estaba junto a mí aquel indio que me había sacado de la choza, y
viéndome cercado de tanta flechería y en manifiesto peligro, y que
distinguiéndome por el vestido habían de hacerme todos terrero
32
de sus
saetas, con una fineza grande de caridad, por salvar mi vida, quiso exponer
la suya a mayores riesgos.
Sin hablarme palabras me arrebató de los hombros la ropa y de la cabeza
el sombrero y diciendo a los demás indios amigos "metes al Padre en el
monte" él, vestido de mi hábito, se puso en huída sólo por un campo a vista
de los enemigos, para que creyendo estos que aquel era el sacerdote que
buscaban corriesen todos en seguimiento suyo, y descargasen sobre él la
tempestad de sus flechas.
Imitó este buen indio la grandeza de aquella caridad con que el hijo de Dios
viendo a su eterno Padre con el arco flechado para tirar saetas de
indignación contra los rebeldes pecadores, se vistió del hábito de nuestra
mortal naturaleza. Et habitus inventus ut homo y con esa semejanza de
carne pecadora: In similitudinem carnis peccati, nos libró de la muerte
eterna, recibiendo sobre sí los flechazos que nuestras culpas merecían.
Con este estratagema que al fidelísimo indio le dictó el amor tierno que
me tenía, me dió tiempo para que yo me guareciese con los demás en el
vecino bosque que era muy espeso. En esta retirada oí gritar a los
enemigos, viendo a mi buen indio con mi ropa y sombrero:
-Allí va el sacerdote; todos en él; tiradle y matámosle.
Hace mención de este suceso tan digno de eterna memoria, el P. Juan
Eusebio Nieremberg en el libro de sus Estromas.
Y fue singular providencia de Dios que habiendo cargado sobre aquel
pobre indio toda la furia de los bárbaros, siendo flecheros tan diestros y
llovido una infinidad de saetas, ninguna le tocó.
Yo me metí por el monte con tres indios, y por no dejar rastro, nos
dividimos por cuatro partes, bien que unos a vista de otros, ardid usado en
aprietos semejantes.
El indio fiel, que por mi vida se expuso a la muerte, corrió gran rato sin que
los contrarios pudiesen darle alcance, y juzgando que yo estaría ya en salvo
en el bosque, se acogió a guarecerse en él, dejando burlados y amargos a
los que le seguían sedientos de su sangre, o no, si no de la mía. Alcanzóme,
restituyó la ropa y sombrero, y temiendo no viniesen los bárbaros en
seguimiento mío, con nueva fineza y alarde de valor, volvió a ver el rumbo
32
Terrero: que pertenece o toca la tierra.
117
que tomaban, y viendo que se recogían al pueblo, se resolvió intrépido de
seguirlos, fiado en la ligereza de sus pies y vecindad de la selva.
Dejó entrar la noche, y ayudado de sus tinieblas, se acercó a la choza de
donde me había sacado. Sintió dentro de ella la gente inhumana con gran
fiesta y algazara que se estaban partiendo las carnes de los siete indios sus
compañeros. No pudo sufrir tan cruel carnicería y dio la vuelta en busca mía
y de mis compañeros. Que prosiguiendo nuestro viaje sin saber a dónde,
encontramos por buenaventura una oculta senda por un acequión,
revolcadero de los jabalíes, profundo en la tierra hecho un inmundo lodazar,
bien disimulado con la espesura de los juncos. Era tan estrecho que uno
había de pasar tras de otro; su altura tan poca, que era fuerza arrastrar las
rodillas y brazos por el hediondo cieno, lo que hacía el tránsito molesto y
difícil. Grandemente se me afligió el corazón en este asquerosísimo
estrecho, todo él embarazado de aguas espinas.
Todos salimos encenegados y yo con la cabeza lastimada de las puntas
agudas de los juncos, que son más fuertes que los europeos, corriendo por
el rostro la sangre que con lágrimas en sus ojos, de compasión, me limpió
uno de mis compañeros.
Dábanme prisa que caminase, teniendo por cierto que nos habían de seguir
los enemigos. Pero iba yo tan fatigado y tan atravesado el corazón con las
muertes de mis siete compañeros, y con el sentimiento de no haber
merecido ser lo suyo en tan gloriosa demanda, que les rogué me dejasen y
que ellos se pusiesen en salvo por no dejar viudas a las mujeres y huérfanos
a sus hijos. Respondieron que ni de hijos ni de mujeres se acordaban, y que
por ningún caso se habían de apartar de mí hasta la muerte. Que
considerase la infamia que se les había de seguir de haberme dejado solo
entre gentiles enemigos.
Entre estas piadosas contiendas nos hallamos sin pensar a la ribera del
río por donde el día antecedente habíamos subido. Oímos ruído de
palam enta
33
y juzgamos ser bajeles
34
enemigos que ven¡an en busca
nuestra.
Con este recelo nos acogimos otra vez al bosque, pero juzgando no era
acierto huir sin averiguar de quien, roguéles me esperasen allí, que yo iría a
rec onocer la costa y que embarcaciones eran aquellas. No vinieron en
dejarme; todos volvimos al río y descubrimos dos indios caciques conocidos
y amigos del pueblo de donde habíamos salido el día antes en una canoa.
Preguntéles la causa de su venida. Respondieron que habían sabido el
suceso y que venían en busca mía.
Quedé admirado de su lealtad, y más de la providencia divina. Porque
eran camino de ocho horas para muy alentados remeros, y estos dos viejos
de ochenta años lo habían hecho en menos de dos.
Embarcámonos y llegamos al pueblo, donde se renovó mi dolor, porque
salieron a recibirnos todos, hombres y mujeres, niños y viejos, llorando
nuestro trabajo. Quedé sin ornamento para decir misa, porque aquellos
bárbaros me lo robaron y presentaron a un famoso hechicero, a quien todos
prestaban obediencia y veneración. Hicieron pedazos la patena para colgarla
al cuello por gala; quitáronme una hamaca, que era todo mi ajuar, quedando
33
Palamenta: el conjunto de remos de una embarcación.
34
Bajeles: nombre genérico de cualquier embarcación en que se puede navegar en alta mar.
118
solamente con el pobre vestido; suplicó la lumbre su falta porque era tiempo
de invierno y riguroso el frío.
13. RESPEITO ÀS IMPRESSÕES DO GLORIOSO APÓSTOLO SANTO
TOMAS.
Impressão: Jarque 2, 1900: 93-94.
Edição: É editado o texto transcrito pelo P. Francisco Jarque com ortografia
atualizada.
Destinatário: Aos Padres missionários como um conforto de assunto
caminhar nas impressões santificaram pelo Apóstolo.
Data: 1628 (?).
Autores: JARQUE 2, pp.93-94; MONTOYA, Conquista, Cap.22.
TEXTO
“Vimos, mis compañeros y yo un camino que no tenía ocho palmos de
ancho, en cuyo espacio nace una yerba muy menuda, y a los dos lados
crecen, casi media vara, las malezas y aunque agostada
35
la yerba, se
queman aquellos campos , siempre vuelve a nacer del mismo modo.
Corre este camino por toda aquella tierra, y me han certificado algunos
portugueses que vienen muy seguido desde el Brasil y que comunmente le
llaman el camino de San Tomé; y nosotros hemos tenido la misma relación
de los indios de nuestra espiritual conquista. Otros argumentos hay de haber
honrado el santo Apóstol aquellas provincias, de que se hará mención en su
lugar.”
14. INFORMAÇÃO SOBRE A DESORDEM COM OS MAMELUCOS.
Impressão: Jarque 3, 1900: 47-52.
Edição: O texto transcrito é publicado pelo P. Francisco Jarque com
ortografia atualizada.
Destinatário: É um informacão que levou a cabo o P. Montoya a seus
superiores apesar de não ter estado presente no fato.
35
Agostada: tierra seca, sembraos abrasados por el calor excesivo.
119
Data: 1628 (?).
Autores: JARQUE 3, pp.47-52; MONTOYA, Conquista, pp. 145-147.
TEXTO
“Entraron en el aposento del P. Simón Maceta, esperando hallar en ‚l un
gran tesoro, y de verdad lo hallaron, sino que no lo conocieron en la pobreza
de Cristo, uth illius inopia vos divites essetis. Vieron dos camisas hechas de
remiendos, una sotana de lienzo basto de algodón muy vieja. No era eso lo
que ellos buscaban; pero en lugar de edificarse de ver tanto desprecio del
mundo y de sí mismos, tanto descuido de sus comodidades en aquellos
apostólicos varones, haciendo banderolas de sotana y camisas, las
mostraban a los indios y les decían:
Mirad los pobretones que tenéis en vuestras tierras, que por no tener que
comer y no morir de hambre, o no trabajar en las suyas, vienen a engañaros
con estos embustes e hipocresías. Los que para sí no alcanzan más, ¿cómo
tendrán para daros a vosotros? Nosotros sí, que vamos bien vestidos y
tenemos qué daros y con qué cubrir vuestra vergonzoza desnudez y matar
vuestra hambre. Por eso venimos a desterrarlos de toda esta región, que
esta tierra es nuestra y no del rey de Castilla.
Llegó un indio como a sagrado, a favorecerse del P. Maceta, huyendo de
uno de estos homicidas que lo seguía para matarlo, y estando abrazado del
Padre lo mató de un mosquetazo sin lesión del ministro de Dios, con que dió
a entender Su Majestad que era santo a prueba de afilado estoque
36
, pues
no pudo cortarle la cerviz
37
, y a prueba de mosquete pues no le penetraron
las balas, que fue lo que el otro soldado español, en caso semejante, dijo del
santo Carlos Borromeo. No se fue alabando el agresor de su crueldad.
Afeósela el Padre con sentidas razones, amenazólo con el castigo del cielo,
hizo burla de las amenazas, y dando a entender que estaba tocado, como el
otro de arriba, del contagio de la herejía, respondió: que a pesar de Dios se
había de salvar, pues bastaba creer. No hizo poco si se salvó, porque
después, en cumplimiento de lo que el Padre le había profetizado, lo
mataron de un carabinazo, sin confesión. Diéronle sepultura con duda si la
merecía, y reconociéndola después no hallaron en ella el cadáver, con que a
muchos dio que pensar era uno de los que en cuerpo y alma arden en el
infierno. El suplicio de éste blasfemo desdichado fue muy público y notorio
en Paraguay y Brasil y a muchos sirvió de escarmiento.
Otros muchos desacatos hicieron a Dios aquel día en su sagrado templo,
ultrajando los sacros ornamentos, derribando la pila de agua bendita,
robando los vasos de los santos óleos, comiendo carne en tiempo de
Cuaresma, no faltándoles otros manjares en abundancia; con estas fiestas y
profanos banquetes, celebraron su victoria.
Tuvieron noticia como la noche antecedente había venido gente de la
reducción de Santo Tomé, donde residía el P. Francisco Díaz Taño, y dado
36
Estoque: especie de espada angosta.
37
Cerviz: parte posterior del cuello.
120
aviso cómo habían llegado a ella muchos Guañañas, a quienes temen los
Tupíes y Mamalucos por la destreza y valentía con que pelean, y pesadas
burlas que les han hecho, y recelaban que si fuesen sabedores de sus robos
habían de salirles al camino y quitarles la presa, diéronse prisa toda aquella
noche en despachar tropas de cautivos.
Cuando se supo en la reducción de Santo Tomé las atrocidades que
habían ejecutado en el pueblo de Jesús María y llegó la misma nueva al
Tayaoba los indios de estas dos reducciones hicieron leva
38
de un buen
ejército a cargo de caciques valerosos, y con ellos los P. Francisco Díaz
Taño y Pedro [de] Espinosa. Marcharon los Tayaobas con el silencio y
tinieblas de la noche por sierras tan ásperas y montuosas, tan llenas de
hondables arroyos, que para no decaerse y volver atrás fue bien necesario el
brío con que iban al socorro de sus hermanos.
Llegaron al amanecer a la reducción saqueada del P. Simón Maceta
halláronlo hecho un mar de lágrimas, aunque muy conforme con la divina
voluntad. Mientras llegaba el P. Pedro de Espinosa con el ejército de Santo
Tomé, que estaba más distante, visitaron las chozas por si acaso había
quedado en ellas algún herido o enfermo.
Hallaron muchos hechos pedazos con los alfanges
39
y entre ellos algunas
indias doncellas de doce a catorce años, pasadas a cuchillo y puestas
desnudas con excecrable indecencia a las puertas de sus casas, y por
relación de algunos indios que habiendo huído del enemigo volvieron al
pueblo, se supo las habían degollado por la resistencia que valerosas
hicieron en defensa de su castidad, porque el honestísimo Padre las tenía
muy enseñadas y persuadidas que era la torpeza grave ofensa de Dios, y
menos mal perder la vida que cometer tan abominable pecado.
Aunque caminaban aprisa los indios de guerra, no pudieron llegar a tiempo
porque la oscuridad era grande, los caminos fragosos, los arroyos con
arrecifes resbaladizos. Pasando por uno el P. Pedro de Espinosa se le
fueron ambos pies y cayó de cerebro con tal violencia que estuvo sin sentido
más de tres horas, con que hubieron de volver algunos con él a la reducción
a ponerlo en cura.
Todo fue disposición divina, pues si se hubieran juntado todas nuestras
fuerzas hubieran acometido cuerpo a cuerpo al ejército enemigo y fuera la
matanza grande de ambas partes. Sin tanta efusión de sangre obraron los
nuestros mucho, armándole al enemigo en el camino varias emboscadas, el
cual, como no sabía el poder de los que le acometían, más cuidaba de su
defensa y de ponerse en salvo, que de conservar la presa. Siempre entendió
que tenía sobre sí dos naciones tan belicosas como los Tayaobas y
Guañañas, con que muchos de los indios cautivos de fueron deslizando y se
acogieron a los nuestros. Así lo hicieron los gentiles y lo pusieron en su
templo, donde, como queda dicho, hablaba por él el demonio.”
38
Leva: reclutamiento forzoso, enganche de gente para las armas.
39
Alfanges: especie de sable corvo, corto y de un filo.
121
15. DIFICULDADES DO P. O ANTÔNIO RUIZ DE MONTOYA E O P.
CRISTÓBAL DE MENDOZA, COM OS FEITICEIROS.
Impressão: Jarque 3, 1900: 77-82.
Edição: É editado o texto publicado pelo P. Francisco Jarque com ortografia
atualizada e notas.
Destinatário: É outros dos textos dedicado à difusão dos eventos que
aconteceram durante a evangelizaçâo.
Data: 1628 (?).
Autores: JARQUE 3, 77-82,; MONTOYA, Conquista, Cap.XXVIII.
TEXTO
“Al P. Cristóbal de Mendoza y a mí se nos dilató algo más el gozo de
nuestra buenaventura.
Caminamos toda la noche montando sierras y cruzando valles y aún
vadeando lagunas, con la prisa que nos daba y bríos que infundía el deseo
de llegar a ver la cara al enemigo y encontrar con aquellos demonios.
Serían ya las ocho de la mañana cuando el guión que llevávamos nos
metió en el templo. Diónos su vista un alegrón, juzgando que ya no podía
escapar de nuestras manos, pero duró poco, porque no hallamos sino
algunos despojos de las ofrendas que los gentiles les hacían.
Casi perdimos las esperanzas de ser dichosos con el hallazgo, porque la
guía sabía muy bien el lugar, pero no adonde habían transportado el
cadáver, y era cierto que habían hecho aquella noche la translación, como
nos lo dijo luego el rastro que resolvimos seguir.
Entre muchos caminos que se nos ofrecieron a la vista, echamos por el
más trillado. Topamos por él un muchacho gentil. Examinámoslo, y aunque
al principio se cerró de campiña y negó pertinazmente, no faltó quien nos
dijo era el sacristán o monaguillo del templo. Atámoslo para asegurarnos
deél, y ya con amenazas, ya con promesas, procuramos sacarle la verdad.
No lo conseguimos, pero dijo que él nos guiaría, y lo hizo por unos riscos
que daban en una grande profundidad; pasámoslos con gran peligro,
asiéndonos de las mismas breñas.
40
Vencido este reventón, topamos una choza medio fabricada.
Persuadímonos se labraba para morada del demonio, y que para más
asegurarlo, habían pasado sus portadores adelante con él. Quiso Dios, autor
de nuestra buena suerte, que topamos un indio el cual nos sacó de duda y
nos hizo la siguiente relación:
-A media noche, dijo, el cadáver que en aquel templo que hallásteis
vacío, era adorado, dio voces del interior de su sepulcro, pidiendo a sus
ministros le favoreciesen y sacasen de aquel pues to. "Llevadme, decía,
40
Breña: Tierra quebrada con peñas y malezas.
122
porque vienen aquellos malos hombres, mis enemigos, a prederme para
quemarme, y si tal intentaren, haré que llueva sobre ellos fuego del cielo y
los consuma, que crezcan los ríos y que los ahoguen.Convocar‚ los
Mamalucos del Brasil para que venguen el agravio que me hiciere su
desacato. Presto, presto, amigos, que vienen ya cerca los Padres."
Con el aviso de estas voces, los que le guardaban, no solamente
cuidaron de sacar éste, sino también otro cuerpo muerto, que estaba de allí
bien distante; parecióles que los dos demonios juntos se defenderían mejor
de los dos Padres que venían a hacerles guerra, y fue providencia divina,
para que los cogiésemos a los dos.
Supimos después que este indio era uno de los que iban acompañando
los cuerpos, pero viendo lo que el demonio nos temía y que iba huyendo de
nosotros, concluyó con su buen discurso que nuestro poder era mayor que el
suyo, y así antepuso ala suya nuestra amistad.
Eran ya las dos de la tarde, y aunque no habíamos descansado un punto,
alentados de nuevo con esta relación, proseguimos en el alcance, y quiso
Dios que a las cinco lo dimos. Luego que nos vieron echaron a huir. Quedó
con ellos una su sacerdotisa, que compadeciéndose del trabajo de sus
dioses en aquella fuga, los había seguido para regalarlos por su mano, y
llevaba unos vasos grandes en que ponía brasas para templarles la
humedad y frío de aquellos montes. Sólo dos indios tuvieron nimo para
esperarnos y aún quitarnos la vida; flecharon sus arcos pero no se atrevieron
a tirarnos; llegamos a ellos y los prendimos y maniatamos.
Dimos gracias a Dios por el buen suceso. Abrimos las redes y vimos unos
hediondos huesos, aunque bien adornados con vistosa plumería.
[El] cuerpo era de un hechicero de mucho nombre y muy antiguo. El otro
era también de hechicero más moderno, que alcanzamos vivo en nuestra
primera entrada en aquella provincia. Juzgámoslo en el aspecto de ciento
veinte años y nos aseguraron que los tenía.
Muchas veces lo habíamos convidado con el bautismo, pero nunca lo
aceptó hasta que en lo último de su vida lo bautizó a petición suya el P.
Simón Maceta. Enterráronlo en una pequeña iglesia, que después dejamos
por otra más capaz. Y afirman muchos que desde la sepultura se oían
voces que daba diciendo:
-Sacadme de aquí, que me ahogo, sacadme luego.
Así lo hicieron los gentiles y lo pusieron en su templo, donde, como queda
dicho, hablaba por él el demonio.”
16. CONVERSÃO E BATISMO DE UM FEITICEIRO.
Impressão: Jarque 3, 1900: 102-104.
Edição: É editado o texto publicado pelo P. Francisco Jarque com
ortografia atualizada e especificação de condições velhas.
Destinatário: Em geral difundir as mudanças da ação evangelizadora.
123
Data: 1632.
Autores: JARQUE 3, pp.102-104; MONTOYA, Conquista,
TEXTO
“Llegó la Pascua del Nacimiento del Señor, juntáronse a su celebridad en
el pueblo muchas tropas de indios comarcanos. Parecióme la ocasión nacida
para desautorizar a revueltas del público regocijo este pernicioso demonio.
Hícele saber cuán solemne era para todos sus feligreses aquel día y que
aquel año lo sería mucho más si él se dignase de honrar y regocijar con su
presencia la fiesta. Vino luego. Halló a los vecinos entretenidos con un juego
entre ellos muy ordinario, que llaman de la gallina ciega. Rogáronle todos
hiciese él este papel, como lo hacían otros de los más principales caciques,
y vino en ello.
Vendáronle muy bien los ojos, y prometiéronle, si cogiese a alguno, y
adivinase quien era, muy buen premio. Todo lo pudo el interés. Teníamos ya
prevenidos unos mozo, hijos de padres muy cristianos, para dar principio al
juego, y bien amaestrados en las burlas que le habían de hacer.
Juntóse gran número de gente forastera y del pueblo; comenzó el
regocijo y los muchachos a hacerle cocos, y a remedar tan graciosamente
su modo de andar, que causó a todos mucha risa. Tirábanle de la ropa,
dábanle golpes y empellones hasta derribarlo en tierra. El, empeñados para
conseguir el prez
41
, hacía esfuerzos para agarrar alguno.
Admirados los circunstantes y aún sentidos, de que aquel hombrecillo
desventurado, risa y escarnio de aquellos rapaces, pretendiese soberbio ser
adorado por Dios, no pudieron contenerse, sino que dando sobre él unos y
otros a porfía, lo pararon tal, que la compasión me hizo quitarlo de sus
manos, y la venda de los ojos, con que comenzó a abrir los del
entendimiento, y a conocer su ceguera, su locura y perdición.
Por estas burlas comenzó Dios las veras con que luego trató de reducirse
a la fe. Dijo que no quería volver más a su infernal y lóbrega cueva, sino
quedar por vecino de aquel pueblo, y desde allí desengañar con sus
palabras, y más con la mudanza de su vida, a todos los que había llevado
embaucados.”
17. INSTRUÇÃO PARA OS MISSIONÁRIOS DE SÃO XAVIER, RSPEITO
AO TRATO COM O GUIRAVERA ENCANTADOR.
Impressão: Jarque 3, 1900: 118.
Edição: É editado o texto transcrito pelo P. Francisco Jarque com
ortografía tualizada.
41
Prez: el honor, estima o consideración que se adquiere o gana con a lguna acción gloriosa.
124
Destinatário: Os Padres jesuítas das reduções.
Data: 1629 (?).
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.430.
Autores: JARQUE 3, p.118.
TEXTO
INSTRUCCION A LOS MISIONEROS DE SAN JAVIER.
“Envió a los Padres una instrucción del modo con que se habían de
portarse con él, y que aunque quisiese irse no lo detuviesen con violencia
alguna, antes le diesen con mucha caridad todo el avío y viático necesario
para volver a su tierra.”
18. SOFRIMENTOS NOS TRABALHOS APOSTÓLICOS
Texto: É inédito, só conhece isto a ele para os autores que comentam isto.
É um dos textos escrito pelo P. MONTOYA em terceira pesoa.
Impressão: JARQUE 3, p.184.
Edição: é editado o texto transcrito pelo P. Francisco JARQUE com
ortografia atualizada e notas.
Destinatário: É uma testificacão dos eventos que lhe aconteceram,
dedicado aos seus superiores.
Data: l632 (?).
Autores: JARQUE 3, pág. 184.
TEXTO
“La fuerza, dice, de los trabajos que padeció, sólo el Señor lo sabe. Por
mucho tiempo, a lo mejor del sueño, sele alteraba el corazón dándole tan
recios latidos, que parecía o querer saltarase del cuerpo o hacerse pedazos.
Era necesario y único remedio levantarse con presteza y ponerse de rodillas
delante de Dios y arrojarse en sus brazos con confianza, porque las
125
angustias eran tales, que no extrañara quedar a su rigor muerto de
repente.”
42
19. O ASSALTO DOS PAULISTAS E O INCÊNDIO DA IGREJA.
Impressão: JARQUE 3, pp.165-167.
Edição: É editado o texto transcrito pelo P.Francisco JARQUE com
ortografia atualizada.
Destinatário: É uma informação sobre os eventos que lhe aconteceram,
dedicado aos seus superiores e, a difundir a ação evangelizadora.
Data: 1632 (?).
Autores: JARQUE 3, pp.165-167; MONTOYA, Conquista, Capt. 36.
TEXTO
“Fue creciendo la libertad de los del Brasil por falta que hubo de castigo.
Y desde el año 1628 hasta este tiempo no han cesado de develar cristianos
de estas provincias y llevarlos cautivos a las suyas y venderlos para
esclavos como lo hacen los moros con los cristianos en la plaza de Argel
Entraron con maña en la reducción de San Francisco Xavier, reducción
pueblo de mucha vecindad, donde hacía tiempo que estaba colocado el
Santísimo.
Los vecinos, bien informados de la crueldad de estos alarbe
43
Brasiles,
con solo el nombre de cristianos, muchos se escondieron en los bosques
con sus hijos y mujeres, de donde salían a sus sembrados a buscar la
comida, y allí daban en manos de los enemigos, que los hacían prisioneros,
y daban tormento para que confesasen donde habían dejado su familia, en
busca de la cual iban, y la llevaban cautiva a su fortín en que recogían la
presa.
En estas ocasiones no hay que hacerles resistencia, porque al que hace
alguna, con los alfanges le parten la cabeza, con que atemorizan a los
demás.
Dudamos si saldríamos con el Santísimo en las manos, para reprimir la
furia de estos enemigos. Pareciónos más acertado consejo consumirlo,
temiendo algún desacato o incendio en el pueblo.
Con la poca gente con que nos hallábamos hicimos una palizada
pequeña porque no nos cogiesen descuidados. A la una del día, con mucha
algazara, y bárbaro estruendo se metieron en nuestro patio; salimos al ruído,
metimos la gente en lo interior de la casa. Y mientras los deás arrebataban a
los que alcanzaban a ver, uno de ellos, en hábitro de beato, con una ropa
42
El mismo Padre Montoya testifica en tercera persona el hecho.
43
Alarbe: el hombre inculto.
126
talar de lienzo colchada de algodón, con su escopeta al hombro, su espada
ceñida y un rosario de ermitaño en la mano, se puso a hablar con uno de los
Padres de cosas espirituales y puntos delicados de oración. Hacía como que
rezaba e iba pasando a gran prisa las cuentas. Y se creyó contaba sus
cautivos para ajustar después la partición, sobre la cual suele haber entre
ellos grandes pesadumbres.
Muy poca presa hicieron en esta ocasión, por la buena diligencia de los
Padres. Pegó unos de ellos fuego a una casa pajiza que estaba pegada a la
iglesia. Aquella comenzó a arder, y él a dar voces:
-Séanme testigos que los Padres son incendiarios.
Acudimos luego a apagar el fuego para preservar la iglesia.”
20. TRANSFERÊNCIA DAS REDUÇÕES DE LORETO E SÃO INÁCIO.
Impressão: JARQUE 3, pp.201 211.
Edição: É editado o texto transcrito.
Destinatário: O Provincial da Província Jesuítica do Paraguai Padre
Francisco VAZQUEZ TRUJILLO.
Data: 1631 (?)
Autores: JARQUE 3, pp. 201-211; MONTOYA, Conquista, Cap.38
TEXTO
“En la despoblación, de tan gran provincia, causada por los del Brasil
salieron de sus aires naturales más de doce mil almas, pocos días antes de
esta salida, que fue de horrendos trabajos, yendo a celebrar, con vivo dolor
de que Dios fuese desterrado de sus templos, donde asistía sacramentado y
acatado con toda reverencia, en el Introito de la misa, se le representó Cristo
crucificado, y reparando, advirtió que no tenía en su sagrada cabeza la
corona de espinas , al punto sintió que él la tenía clavada en la suya. Por lo
cual conoció lo que había de padecer en aquel viaje, y no solamente de los
extraños, sino también de los domésticos.
44
“Las centinelas que teníamos, nos dieron aviso de la venida del enemigo,
con que los indios trataron de mudarse y dejar sus tierras por salvar la
libertad y las vidas.
Ayudó mucho a esta mudanza un requerimiento que la justicia de la
ciudad de Guayrá nos había hecho, pidiéndonos mudásemos aquella gente,
porque ellos por sus pocas fuerzas no nos podían favorecer contra enemigo
tan poderoso.
44
Cfr: JARQUE 3, pp. 201-202; el mismo P. Antonio cuenta largamente los trabajos de esta prolija
navegación.
127
Esta respuesta traía disfrazada una gran traición, porque su dañada
intención era salirnos al camino, hacer con nosotros lo que los Mamelucos
de San Paulo, robarnos las ovejas y repartírselas entre sí. Así lo aprobó el
suceso, aunque no consiguieron lo que con dolo pretendían.
Como ya los indios estaban prevenidos y resueltos, facilitóse mucho la
partida. Era de ver por toda aquella playa ocupados tantos en fabricar
balsas, que son dos canoas o maderos grandes cavados como barcas,
sobre los cuales forman una casilla bien cubierta que resiste a la lluvia y al
sol.
Andaba la gente ocupada en bajar al río su matalotaje
45
y alhajas
46
. El
ruído de las herramientas, la prisa y en particular de las Villas de confusión,
parecía anuncia vecino el día del Juicio. Añadíase a esto la vista de seis o
siete sacerdotes religiosos, que allí nos hallamos todos ocupados en
consumir el Santísimo, en descolgar imágenes, en recoger ornamentos,
desenterrar tres cuerpos de Padres misioneros insignes que allí
descansaban, para que nos acompañasen en este trabajo muertos, los que
en muchos nos habían hecho buena compañía vivos, y no quedaran con la
decencia y honra debida en aquellos desiertos.
Era lástima desamparar iglesias tan hermosas, que tanto nos habían
costado de fabricar y embellecer, y que si en riqueza no, por lo menos en
aliño, limpieza, desahogo y curiosidad, podían competir con muchas de los
colegios de Europa Dejámoslas bien cerradas porqueno sirviesen a las
bestias montaraces de madrigueras.
Fue este espectáculo tan luctuoso, que hasta el cielo hizo en la tierra su
sentimiento en una imagen de pincel de dos varas en alto, de una reducción
del Paraná , distante más de cien leguas de estos despoblados, y que
habíamos destinado término y paradero de nuestro viaje, la cual imagen, al
mismo tiempo que desamparábamos nuestros templos, se vio sudar gotas
tan grandes y en tanta abundancia, que los Padres no bastaban a coger el
sudor con algodones, admirando suceso tan prodigioso, y teniéndolo por
presagio de algún trabajo grande, cuando aún ignoraban el nuestro.
Cogiónos la nueva de este prodigio en el mayor aprieto de nuestra
trasnmigración, y nos sirvió de consuelo el saber que la Santísima Virgen,
suya era la imagen, mostraba tenernos compasión de nuestra miseria. Otros
dos ángeles hicieron la misma demostración de sentimientos: Angeli pacis
amare flebant, de cuyos ojos se vieron correr lágrimas como gruesas perlas,
llorando sin duda el saco de la reducción y templo que a sus siete pr¡ncipes
había dedicado en el Tayaoba. De todo lo cual se tomó jurídica información
por el obispo de Paraguay.
Fabricáronse en breve tiempo setecientas balsas sin muchas otras
canoas sueltas, en que se embarcaron más de doce mil almas que se
escaparon de este tempestuoso diluvio. Dos días solos habíamos caminado
río abajo, cuando nos alcanzaron unos indios que se habían detenido en su
despacho.
45
Malotaje: las provisiones de víveres que se lleva en la embarcación. El conjunto de muchas cosas
diversas y mal ordenadas.
46
Alhaja: cualquier mueble o adorno precioso.
128
Estos nos dijeron como el enemigo quedaba furioso por verse burlado, y
que culpaba su detención, pues al haber acelerado un poco más su venida,
sin duda nos hubiera cogido.
Llegaron los Mamalucos a dichas reducciones, halláronlas desiertas,
embistieron contra las puertas de los templos, y como hallaron resistencia y
dificultad en abrirlas por estar bien trancadas, las hicieron pedazos, sin
respeto, cuando no que eran de la casa de Dios, siguiera a su labor y
artificiosa hermosura.
Entraron con tropel y algazara y desfogaron su cólera contra los retablos,
haciéndolos trozos para el fuego con que guisaban la comida. Acción
sacrílega, que ellos mismos después la condenaron y temblaron de su
atrevimiento. Alojáronse con sus mujercillas que traían a la iglesia y en
nuestra casa convirtiéndola de oración en cueva de ladrones, y el alcázar de
la castidad que nunca había visto huella de mujer en zahurda
47
infame de la
lascivia.
Volvamos a nuestra flota de balsas. Segura habìa navegado de los
enemigos que quedaban a las espaldas, cuando tuvimos aviso que los
espa¤oles del Guayrá nos aguardaban en un paso estrecho y peligroso, que
hace el famoso salto del Paraná en cuya ribera habían fabricado un fuerte de
madera para impedirnos el paso y cautivarnos la gente.
Era su intento desde este fuerte, al pasar las canoas ir derribando los
remeros que pudiesen y gente que podía hacer defensa; y debilitada con
estas cargas la tropa, saldrían ellos y fácilmente harían prisioneros a los
demás: Supe el caso; apenas lo pude creer; adelatéme en una embarcación
ligera, y hallé ser verdad lo que me habían dicho. Entré en la estacada
donde tenían urdida la traición. Querelléme dando mis razones y justificando
mis quejas. Cerraron los oìdos a mis ruegos, sacaron las espadas, y
poniéndome cinco a los pechos, quisieron detenerme prisionero. Salì por
medio de ellos haciendo broquel de una sobre-ropa, arrojéme en mi canoa, y
volví a mis compañeros a consultar lo que debíamos hacer en este aprieto.
Causó a todos notable sentimiento verse entre Duero y peña tajada, y
que por todas partes nos perseguía la que llaman fortuna, y todo era
disposición de Dios para ejercicio de nuestra paciencia, y para que de nuevo
pusiésemos toda nuestra confianza en su providencia divina.
Resolvimos volviesen por segunda admonición dos Padres a requerirles
nos dejasen en paso libre, pues ellos nos habían exhortado a la fuga,
diciendo que no podían ayudarnos, que harto harían de defenderse, y que
los Mamalucos no los echasen de su ciudad, como presto lo hicieron, no
solamente a ellos, sino también a los vecinos de Xerez, llevándose la gente
de ambos lugares.
Nada alcazaron los dos Padres. Fueron otros para que la amonestación
fuese trina; yo fui uno de ellos, y los hallamos con más aceros para salir con
la suya. Instaba el temor que los enemigos Brasiles, que estaban ya en las
despobladas reducciones, no se arrojasen el río abajo en seguimiento
nuestro, que en tal caso nos viéramos como un rebaño de ovejas entre dos
manadas de hambrientos lobos.
47
Zahurda: pocilga, casa en que se recoge el ganado de cerda.
129
Juzgartase si no quería verla morir con los demás, porque si una vez
asaltaban el fortín o palizada los indios, no habían de dejar hombre a vida.
Fue la traza inspirada de Dios, pues este reto recabó de ellos lo que no
pudieron corteses rogativas. Volvímosnos a deliberar lo que habíamos de
hacer, y los españoles entraron en consejo y en tanto miedo, que ya no
trataban sino de salvar sus vidas. Condenaron su empresa por injusta y
temeraria, enviáronnos mensajeros muy humildes para que les di‚ramos
tiempo y seguridad para salir del fuerte.
Todo se les concedió con mucha humanidad y cortesía.
Salieron entre corridos y temerosos; poco tenían que temer, de que
correrse mucho, pues una impía y fea traición, ¿a quién no ha de sacar al
rostro los colores? Ocupamos el fuerte que dejaron ellos, donde fue forzoso
arrimar las balsas y canoas porque allí es el río innavegable, porque en
aquel salto se despeña entre riscos y peñascos y forma tan horribles
remolinos que hace feredad solo el mirarlos. Con todo, de las setecientas
balsas y otras muchas embarcaciones que componían nuestra armadilla,
probamos a echar por los precipicios de aquella corriente hasta trescientas
para ver si saldrían algunas, pues pasadas por tierra veinticinco leguas
habíamos de volver a tomar el río; pero el ímpetu de su raudal, que con ellas
daba en recios escollos, las hacía a todas en nuestros ojos astillas.”
48
21. ADVERTÊNCIA DA CHEGADA DOS PAULISTAS.
Impressão: JARQUE 3, pp.262-263.
Edição: É editado o texto que transcreve o P. Francisco JARQUE com
ortografia atualizada.
Destinatário: Os Padres Jesuítas das reduções.
Data: É uma nota sem data.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.430.
Autores: JARQUE 3, pp. 262-263.
TEXTO
PAPEL EN QUE DICE COMO HABIAN DE VENIR LOS PAULISTAS
48
“...Estamos ya de leva para caminar por tierra las veinticinco leguas, llegó la gente del Piquirí; en
cuya busca había ido el Padre Pedro de Espinosa, con embarcaciones y sufiente bastimento....” (Cfr:
JARQUE,
3: 165)
130
SOBRE LA PROVINCIA DEL URUGUAY.
“.... dice como había de venir aquella misma gente de la milicia de
Satanás sobre las provincias del Uruguay a dar los mismos asaltos que
había dado a las del Guayrá, y que saldrían también huyendo de aquella
los pobres indios por no poderse defender, como habían salido de ésta y
entonces se vería si había sido la retirada imprudente, o cuerda y
forzosa. Y le advierte al Padre guarde aquel papel para cuando suceda el
caso.”
49
22. ADVERTÊNCIA PARA ORAR O SERMÃO.
Impressão: JARQUE 3, p.301.
Edição: É editado o texto transcrito pelo P. Francisco JARQUE com
ortografia atualizada e notas.
Destinatário: O Padre da Redução de São Inácio Miní.
Data: 1636 (?).
Destinatário: O Padre da Redução de San Ignacio Miní.
Fecha: 1636(?).
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.436.
Autores: JARQUE 3, p.301.
TEXTO
BILLETE AL CURA DE SAN IGNACIO
Saliendo un domingo el P. Antonio [Ruiz de Montoya] de la oración de la
mañana, escribió un billete al Padre misionero que asistía en San Ignacio,
“avisándole excusase el trabajo de aparejar el sermón de aquel día, porque
él partiría luego a predicarlo.”
49
Esto escribió el P. Antonio cinco años antes que sucediese, cuando se juzgaba por imposible que los
enemigos Mamelucos y Tupíes pudiesen llegar con ejército formado a aquellos páramos tan remotos y
saquear aquellas provincias, no advirtiendo que la codicia los tiene por muy religiosos y siervos de
Dios, y dignos de todo crédito y de quienes la Compañía hace mucha confianza. Es copia legalizada
sacada de su original, que queda en el proceso de la causa que el Sr. Fiscal sigue contra D. Luis de
Céspedes y Xería, Gobernador de las Provincias del Paraguay fecha en las reducciones desde 25 de
Febrero de 1631 hasta 2 de Junio.-20 fs. Y otras dos que sirven para la carátula y dorso del
documento. (Cfr:PASTELLS 1, p.462.)
131
Juzgó el Padre que tendría algún negocio que tratar con él y que quería
valerse de la ocasión para excusarle aquel sermón. Llegó el P. Antonio a
San Ignacio, fuese derecho al púlpito, predicó y luego dió la vuelta a su
reducción de Loreto.
23. AGRADECIMENTO PARA O PADRE [CRISTÓBAL] PORTEL.
Impressão: JARQUE 3, pp.300-301.
Edição: É editado o texto transcrito pelo P. Francisco JARQUE com
ortografia atualizada.
Destinatário: O padre da Redução de Corpus, P. Cristobal PORTEL.
Data: 1636 (?).
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.432.
Autores: JARQUE 3, pp.300-301.
TEXTO
CARTA AL PADRE [CRISTOBAL] PORTEL
Fue enviado de esta reducción de Loreto a la de Corpus el P. Cristóbal
Portel, halló en ella algún pan, que por milagro había venido de muy allende,
y cuando llega alguno, por duro que sea, parece sabroso y tierno, y se lo
reparten como pan bendito.
Envióle un pedazo al P. Antonio [Ruiz de Montoya], y agradeciéndole el
regalo, y estimándole más el afecto, “le escribió los favores que comiendo
aquel pan había recibido en la mesa del Niño Jesús, con una visita y
amorosa comunión”.
50
24. DO ENCONTRO COM UM ALMA PREDESTINADA PARA SUA
CONVERSÃO.
Impressão: JARQUE 3, pp.326-327.
50
“El P. Juan de Hornos afirma que lo vio una vez en la huerta encendido el rostro, los ojos clavados
en el cielo y arrebatado de tierra como media vara, y hoy los indios cristianos de aquella reduccion
enseñan el lugar donde sucedió este rapto.” (Cfr: JARQUE, 3:301)
132
Edição: É editado o texto transcrito pelo P. Francisco JARQUE, com
ortografia atualizada.
Destinatário: O Provincial da Província Jesuítica do Paraguai Padre Diego
de BOROA.
Data: 1636 (?).
Autores: JARQUE 3, pp.326-327; MONTOYA, Conquista, Capt. 43.
TEXTO
“Caminamos, dice, dos sacerdotes a visitar un pueblo. Alejámonos por un
desierto bien fatigados. No podíamos dormir por una grave inquietud, y así
resolvimos de proseguir nuestro camino de noche, porque era llano, y la
luna favorecía.
Amanecimos a vista del pueblo, habiendo caminado toda la noche sin
cansancio ni tropiezo alguno.
Antes de llegar al lugar nos salieron a recibir algunos de sus moradores.
Pregunté si había enfermos. Respondieron que no, que sola una vieja había
muerto el día antecedente y que trataban ya de enterrarla.
Llegamos al pueblo, pregunté por la casa de la india difunta; dijéronme
excusase el trabajo porque ya era muerta.
-Vamos, dije, y le diré un responso.
No fue esto acaso, sino con especial impulso del cielo. Entré en la
casilla, tan lóbrega, que no se podía ver cosa alguna en ella.
-¿Dónde está la muerta? dije con voz alta.
Respondió ella misma:
-Padre aquí estoy, y no muerta, a Dios gracias, sino viva, porque le estoy
esperando para confesarme.
Confeséle con harto consuelo suyo y mío, y acabada la confesión perdió
el habla y rindió el alma a su Criador, que tanto estima las que redimió con el
costoso precio de su sangre.”
133
O próximo seguimento do trabalho, Capítulo III, inclui os documentos
escritos pelo P. Montoya, trancritos ao castelhano com um atualização de
termos e da estrutura da frase, sistematizados como Testimonios: sâo os
documentos que apresentan a forma e conteúdo juridico, pelo carater de
declaraçâo ou certificaçâo dos fatos, tambem petiçôes as atoridades
espanholas. Documentos Nº 25 a 33.
134
________________
CAPÍTULO III
TESTIMONIOS
25.INGRESSO PARA A COMPANHIA DE JESUS, REGISTROS DO LIVRO
DO NOVICIADO
Texto:Original na Biblioteca Nacional, Jesuítas 227, f.46. Lima.
I: Fotocópia no Instituto Histórico da Companhia de Jesus. Lima
Impressão: STORNI, Montoya, p.428.
Edição: É editado o texto transcrito pelo P. Hugo STORNI, com ortografia
atualizada.
Destinatário: Autoridades da Companhia de Jesus.
Data: Os Reis, 22 1606 de novembro.
Bibliografia: STORNI, Montoya, pág. 428.
TEXTO
INGRESO A LA COMPAÑIA DE JESUS DEL HERMANO ANTONIO RUIZ
DE MONTOYA, ACTA DEL LIBRO DEL NOVICIADO.
51
51
“Jarque dice que el 20 de mayo de 1605 comenzó los Ejercicios Espirituales preparatorios, los
acabó el 28, entró en el Seminario y once meses despues llegó a la clase de Retórica que
habitualmente se hacía en tres o cuatro años. En 17 meses concluyó sus estudios de Gramática y
Retórica y, una vez graduado de maestro, antes de pasar al curso de Artes le aconsejo su confesor que
entrase en la Compañía, siendo recibido en ella el día de la Presentacion de la Virgen del año 1606. la
fecha de ingreso en 24 de Febrero de 1605 que se inserta en el texto responde a los catálogos publicos
de aquellos años. (Archivo Romano S.I., Paraguaria, vol. 4)(Cfr: TORMO SANZ Y BLANCO,
Montoya y su lucha por la libertad de los indios, p. 41).
135
“El H. Antonio Ruiz fue recibido en la Compañía de Jesús por el P.
Esteban Páez, provincial de esta provincia del Perú, en el colegio de San
Pablo de Lima, a once de noviembre del año de 1.606, de edad de veintiun
años, poco más o menos, natural de la ciudad de los Reyes, hijo de
Cristóbal Ruiz y Ana de Vargas. Vió las bulas, reglas y exámenes y dijo de
ser contento de pasar por todo lo en ellas contenido y por verdad lo firmó de
su nombres. Fecha en los Reyes, en veintidos de noviembre de 1.606 años”.
Antonio Ruiz [de MONTOYA]
26. CERTIFICAÇÃO SOBRE O RACIOCÍNIO DOS ÍNDIOS, PELOS
EXCESSOS NOS HIERBAIS DE MARACAJÚ.
Texto: Original na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Coleção De
Angelis, 1-29-1-34.
Impressão: Manuscritos da Coleção de Angelis, T I, Jesuítas e bandeirantes
no Guairá (1549-1640). Introdução, notas e glossário por Jaime
CORTESÃO. Rio de Janeiro. Biblioteca nacional. Divisão de trabalhos raros
e publicações. 1951.
Edição: Edita-se o texto que transcreve Jaime CORTESÃO, com ortografia
atualizada e notas explicativas de termos velhos.
Destinatário: autoridades reais. É a Certificação como Superior da Missão
do Guairá do P. Antônio Ruiz de MONTOYA para a resposta lhe deram os
índios aos Padres José CATALDINO e Cristóbal de MENDOZA, quando eles
os comunicaram as Reais Providências.
Data: Posição do Salto do Guairá, 15 e 17 de agosto de 1630.
Bibliografia: STORNI, Montoya, pág. 431,; CARDOZO I, p.248-249, Nº24.
Autores: CORTESÃO, MCA I, p.357 360-361,; FURLONG, Montoya, p.l05,
TEXTO
CERTIFICACION QUE DIERON LOS INDIOS. PUESTO DEL SALTO DEL
GUAIRA.
“Halléme presente al razonamiento de los indios arriba referido
52
el cual
52
Es la respuesta que dieron los indios a las Reales Provisiones para que se mande no sirvan los indios
de las Reducciones más que dos meses como S.M. lo manda y no sean llevados a Maracayú, de fecha
136
va bien traducido y ellos pudieron decir más y yo también aquí, porque
veinte años que veo peores cosas y siento agravada la conciencia en no
haber dado antes aviso de esto para que su Majestad Católica descargase
su Real conciencia de tan grave carga y aflicción de estos hijos de Israel,
mandando absolutamente sin condición alguna que los indios no vayan de
ninguna manera, ni en ningun tiempo, ni con ninguna condición al Puerto de
Maracayú porque es sepultura de indios y pérdida de sus almas por no ser
como bestias (de que soy testigo de vista de veinte años a esta parte). Y
porque Su Majestad lo deja aún en la voluntad de los indios han de
interpretar esta voluntad los españoles en su favor transfundiéndola en si
como de hecho pasa al día de hoy hablando Su Majestad bien claro en esta
parte con cuya interpretación consumen los indios en Maracayú.
Y esto siento y declaro por descargo de mi conciencia. Firmado en este
puerto del Salto del Guairá en 27 días del mes de Agosto de mil seiscientos
treinta años.”
"Antonio Ruiz [de Montoya]"
"Certifico que todo lo arriba dicho es verdad porque a veinte años que veo
estas y peores cosas de agravios de indios que fuera (si se hubieran de
referir) hacer una lastimosa historia principalmente en materia de Maracayú
y su infernal yerba la cual ha sido la destrucción de los indios y lo es al
presente porque mueren sin número y sin esperanza de salvarse por morir
sin sacramentos. Y así juzgo que Su Majestad debe mandar, por descargo
de su Real conciencia, mandar que los indios aunque sea por su voluntad
no vayan a Maracayú porque es verdad que nunca la tienen ni han tenido
por ser galeras o minerales a que debían ser condenados hombres
delincuentes. Y esta repugnancia que los indios tienen se ve bien clara
porque para llevarlos sus encomenderos a Maracayú los engañan diciendo
que no van sino al Guairá a hacer chácaras o casas y por engaños los
llevan y porque cuando pueden se huyen. A cuya causa el Gobernador don
Luis de Céspedes a puesto guarda de españoles en el puerto donde a la
fuerza han de pasar los indios para que los vuelva y azote y castiguen y
aflija.
Y ahora en estos días un encomendero mató dos indios a palos porque
huyendo de aquella diabólica servidumbre se volvían a sus tierras y otros se
han metido por los montes entre gentiles. Y certifico que vi por mis ojos en
Nuestra Señora de Loreto que habiendo el Gobernador don Luis de
Céspedes hecho llamar un indio para que fuese a Maracayú (el cual hacía
como quince días que había llegado de aquel infernal puerto) y alegando
esto el dicho gobernador con todo eso le mandó volver porque su
encomendero tenía muy pocos indios y para llevar el número era necesario
que este indio fuese y alegando el pobre la ruina de su casa, chácara, mujer
e hijos, le dio tantos palos que entendí muriese de ellos, porque le quebró
uno en las costillas y de estas historias podríamos hacer muy largos
tratados, pero basta lo dicho con que pretendo descargar mi conciencia. En
25 de Agosto de 1630. Lo cual se transcribe en lengua de los indios para que se vea la fuerza de sus
palabras. Cfr.: CORTESÃO MCA 1: 352.
137
este puerto del Salto del Guairá en veinte y cinco días del mes de Agosto de
mil seiscientos treinta.”
53
Antonio Ruiz [de Montoya]
27. DECLARAÇÃO JURAMENTADA SOBRE AS VIOLAÇÕES DOS
PORTUGUÊSES DE SÃO PAULO NAS REDUÇÕES DO GUAIRA.
Texto: Original em Biblioteca Nacional de Madri, Seção de Manuscritos, Sra.
18.667, P.V.F. - C.30. - Nº22.
I: Copia no Arquivo de Sevilha, 1.c.
II: Cópias no Arquivo geral das Índias, 74-3-1.
III: Copia em Biblioteca Nacional de Buenos Aires, Coleção Vinhas,
Bº4.895.
Impressão: P. PASTELLS, História da Companhia de Jesus na Província do
Paraguai I, Madri 1912, 457-462.
Edição: Edita-se o texto que trascreve o P. PASTELLS, com ortografia
atualizada e notas.
Destinatário: O Rei da Espanha, pelo Provincial da Companhia no Província
do P. de Paraguai Francisco VÁZQUEZ TRUJILLO, dar aviso dos danos
sérios feito pelo português de San Pablo nas reduções do Guairá.
Data: Rio do Paraná, 28 1631 de abril.
Bibliografia: STORNI, Montoya nº50 de p.431; FURLONG, Montoya, nº19
de pp.104-105,; CARDOZO 1, nº6 de p.245.
Autores: Coleção de Documentos inéditos para a história de Espanha, 104,
pp.332-343; PASTELLS 1, 457-462,; GANDIA, 1936.
TEXTO
53
El Padre Antonio Ruiz de Montoya certifica haber estado presente en el "razonamiento" de los
indios principales contra los excesos de los españoles en los yerbales de Maracayú, "el cual va bien
traducido y ellos pudieron decir más y yo también aquí, porque veinte años que veo peores cosas".
Cabe sañalar que la extensa transcripción del parlamento guaraní está hecha ya con los signos
fonéticos inventados por Ruiz de Montoya para diferenciar los sonidos nasales de los guturales, de
modo que no sería aventurado suponer que tanto dicho documento, como su traducción, fueron de su
redacción. (Cfr.: CARDOZO 1, p.240.)
138
DECLARACION JURADA EN LA INFORMACION ACERCA DE LOS
DAÑOS HECHOS POR LOS PORTUGUESES DE SAN PABLO EN LAS
REDUCCIONES DEL GUAIRÁ
“.... y como Superior de todas las reducciones que la Compañía tiene en
el Guairá, declaro: que ha más de veinte años que asisto en estas
reducciones que la Compañía tiene en estas provincias desde sus principios,
y a la fundación de cada una de ellas que eran ya 12 fundadas, y si los
portugueses de San Pablo no lo hubieran estorbado, se fundarán en breves
años otras muchas porque el numeroso gentío que había en estas provincias
estaba muy dispuesto a recibir la fe y sujetarse a S.M. Que nunca se habían
atrevido los portugueses de San Pablo a tocar sus reducciones, aunque
algunas veces fueron a algunas de ellas con achaque de buscar los indios
tupís que se les habían huído más desde que D. Luis de Cépedes y Xería,
que se casó en Río de Janeiro y entró por la vía de San Pablo acompañado
de muchos de ellos, los favoreció y ayudó han destruído ya seis
reducciones: primero, las cuatro de San Miguel, San Antonio, Jesús María y
la Encarnación y ahora, en Marzo proximo pasado, las de San Francisco
Javier y San José, y amenazan las demás, sin dejar una tan sola. Y lo
mismo dicen que han de hacer con las nueve del Uruguay, y lo cumplirán si
S. M. no lo remedia, que ya han comenzado a entrar por las cabezadas del
Uruguay hacia la mar. Las crueldades y desacatos que han hecho con los
indios, con los sacerdotes y con las cosas sagradas son más propias de
judíos y herejes que de malos cristianos.
Y quien más se señaló en esto fue el portugués Federico de Melo que,
entre otras crueldades y muertes que dió a los indios, fue dar un escopetazo
por el vientre a uno que se acogió a los brazos de su P. Cura. Y
preguntándoles el P. Cristóbal de Mendoza, a quien el declarante envió para
que les hablase, por que título hacían guerra a estos indios, respondió
Antonio Raposo Tabares
54
, Capitán de una compañía de portugueses, que
por un título que Dios les daba en el libro de Moisés de debelar las gentes. Y
54
He aquí la lista de los nombres de algunos portugueses de la compañía de Antonio Raposo Tabares,
que fueron al Sartón a cautivar indios y deshicieon tres reducciones de indios Carios, que estaban
doctrinando los Padres de la Compañía de Jesús del Paraguay que eran: las de San Antonio y San
Miguel en los campos del Iguazú y la de jesús Maía en la provincia de los Tayaobas.- Antonio Raposo
Tavares, su hermano Pascual y su suegro.-Manuel Piris y dos hijos suyos.-Salvador Piris y dos o tres
hijos.- Antonio Pedroso.- Manuel Morato.- Simón Alvarez con cuatro hijos suyos.- Federico de Melo,
su yerno.- Manuel de Melo Cotiño.- Pedro de Morals.- Baltasar Morals con sus dos yernos.- Diego
Rogríguez Salamanca.- Francisco de Lemos.- Pedro Cotiño.- Simón Jorge y sus dos hijos.- Onofre
Jorge y su hijo.- Antonio Vicudo, el viejo.-Francisco Provenza con sus dos hijos.- Mateo Nieto con
sus dos hijos. Gaspar da Costa.- Asensio Ribero.- Manuel Macedo.-Andrés Furtado Pechoto.-
Salvador de Lima.- Gonzalo Piris. Antonio López.- Antonio Silva Ração.- N.Silva Sirgero.- El hijo de
Amador Bueno.- Oidor de San Pablo, llamado Amaro Bueno y su yerno.- Francisco Roldão y sus
hermanos.- Jerónimo y Francisco Bueno.- Castillo de Mota y su hermano.- Simón de Mota.- Sebastián
Fretes.- Antonio Luis Groé y su hijo y su yerno.- Esteban Sanchez.- Bernardo de Sosa y su cuñado.-
Asensio de Cuadros.- Antonio Raposo, el viejo, con sus hijos Juan, Esteban y Antonio.- Pedro Madera
con su hijo.- Gaspar Vas y su yerno.- Baltazar López Fragoso y su cuñado.- Manuel Alvarez
Pimentel.= Son sesenta y nueve."De los demás, añaden los PP. Masseta y Mansilla, no sabemos aún
los nombres." Esta lista enviaron dichos Padres al P.Crespo, Procurador general de las Indias en
Madrid.-Archivo de Indias 74-3-26.(Cfr.:PASTELLS 1, p.458)
139
a él le dijo otro portugués llamado Antonio Pedrozo y Francisco Rendón, que
hacían esta guerra por mandato que les tenían dado en el Brasil, y que su
intento de ellos es traer de Holanda al hijo de D. Antonio al Estado del Brasil
y levantarle por Rey. A lo cual respondió que sólo el Rey Felipe era el Rey
de todas estas Indias. Que ignora que verdad tenga esto, y tal maldad no la
presume de todos los del Brasil, sino que serán hablas de judíos, confesos y
herejes, cual parecen muchos de los que vienen al Sertón.
En la reducción de Jesús María entró dicho Antonio Raposo Tabares y su
compañía de soldados e indios y quebraron las pilas del agua bendita,
arrojaron al suelo las vestiduras sagradas y los Santos Oleos, y se burlaron
y escarnecieron del P. Simón Masseta, aunque les habló revestido con
sobrepelliz y estola y siendo Cuaresma, y teniendo muy bien que comer
otros manjares cuaresmales, cogieron tres porquezuelos y unos patos y se
los comieron. En San Antonio rasgaron una imagen de Nuestra Señora a los
padres sacerdotes y curas de los indios los trataron muy mal al P.Cristobal
de Mendoza le dieron dos flechazos junto a la garganta, que por poco lo
mataron al P. José Domenech le asieron de las manos, diciendo sea preso,
y le mataron un indio e hicieron otros muchos que iban con él al P. Pedro de
Mola le apuntaron con una escopeta, y un portugués le dijo, por que le
defendía a un indio que se había acogido a él, que lo dejase, que le
arrasaría la corona, y le trataron muy mal en la lengua de los indios, para
que estos lo entendiesen y entre otras acciones de escarnio, sacaron
delante de los indios el vestido roto de un Padre, diciéndoles: "Mirad que
estos son unos pobretones que no tienen qué daros y os engañan". Y fue
tanto lo que desacreditaron la santa fe y a sus ministros, que muchos indios
trataron de matar a los Padres. Estos padecieron grandes peligros y fatigas
buscando sus ovejuelas que se huían, bautizando a muchos heridos,
enfermos y niños desamparados. Los desacatos que hicieron a los P. Simón
Masseta y Justo Mansilla constarán por sus declaraciones. Al salir de su
palizada los portugueses para su tierra con la presa, pegaron fuego a los
viejos y viejas y demás gente impedida que no podía andar a su paso, y
dicen los indios que lo vieron que los que medio chamuscados se escapaban
de las llamas, eran de nuevo arrojados en ellas para que se abrasasen del
todo.
Otros portugueses fueron a robar la reducción de San Francisco Javier,
de ocho años de fundación y 1.200 familias cristianas, con su cura e iglesia,
donde moraba el Santísimo Sacramento, y con gran desacato un día
anduvieron con el declarante y otros dos Padres a porrazos por quitarles los
indios, y pegaron fuego a una casa contigua a la iglesia, que se abrazó toda,
y lo mismo aconteciera a la iglesia si no destecharan parte de ella y
burlándose de ellos, decían unos a otros: "Séanme testigos que los Padres
están excomulgados, porque han pegado fuego a la iglesia. En esta ocasión
llegó a la Villa Rica del Espíritu Santo el P. Provincial Francisco Vázquez
Trujillo y a su petición, el Teniente de la villa salió con 60 soldados y dicho
Padre con ellos para animarlos, y llegados a la palizada de los portugueses
comenzaron a disparar sus arcabuces, siendo antes requeridos para la paz,
y hubo algunos heridos de ambas partes y los portugueses mataron a un
soldado español y algunos indios y a las primeras rociadas, el Teniente de
Villa Rica y sus soldados huyeron, sin querer coger a los portugueses, como
140
lo pudieran haber hecho, por ser sólo 20, y aún de estos faltaban algunos
que andaban robando gente por las chacras del pueblo. Al fin, el Teniente y
soldados concertaron con los portugueses y se volvieron a la Villa,
dejándoles señores dela tierra después de San Javier destruyeron la
reducción de San José, y lo mismo harán con las demás, por el miedo de los
indios que, en sintiéndoles, se escarcen y esconden, y así los cogen con
más facilidad.
Añade, que la causa de las destrucciones e innumerables indios que se
iban reduciendo a la fe y a S.M. ha sido D. Luis de Céspedes Xería, que se
casó en Río de Janeiro y entró acompañado de los portugueses de San
Pablo que venían al Sertón, cuyos poderes trajo para recoger y enviarles los
indios que se les habían huído de San Pablo, de donde son naturales y han
sido cogidos en el Sertón. Y si dicho Gobernador no les hubiera dado la
mano concertándose con ellos, no se hubieran atrevido a hacer lo que
hicieron, porque entró en su compañía muchas jornadas hasta donde habían
de hacer su Sertón más los mismos portugueses se lo disuadieron, y esto
declara que lo supo de ellos y es público en esta provincia porque el mismo
Gobernador, cuando apartándose de los portugueses dieron sobre las
reducciones, dijo, llegado a ese gobierno, que los que venían a destruirlas
eran 800 ó 900, y que así se retirasen los Padres con la gente que pudiesen
y desamparasen las reducciones y afirmaba en su carta que él los había
visto y estado con ellos y los portugueses les decían cuando llegaban para
destruírlas: ¿Por qué no hacen lo que el Gobernador manda, que se retiren y
dejen la tierra? y los 800, que para poner miedo y salir con su pretensión dijo
el Gobernador que eran, no llegaban a 250 porque cuando supo dicho
Gobernador que él y otros padres habían ido a la palizada de dichos
portugueses (que le acompañaron a estorbarles que no robasen la gente) se
enojó mucho de que hubiesen ido y librado algunos cautivos, y dijo con
mucho sentimiento en la Villa Rica que por qué no dejaban a los pobres
portugueses buscar su vida y estos les dijeron que lo hacían con orden suya,
y que estaba casado en su tierra y que así no les estorbaría, antes los
ayudaría porque el mismo Gobernador dijo a los de Villa Rica del Espíritu
Santo que les había de llenar de indios, haciendo que viniesen a vivir sobre
el río de la dicha Villa y no había otros indios que poder traer allí sino los de
las reducciones, y que él sabía el modo como se había de hacer, que no era
otro sino que las destruyesen los portugueses y cogiesen los indios que
quisiesen que los que quedasen o se irían huyendo al río de la Villa, o los
vecinos de ellos en malocas los cogerían esparcidos, como lo han hecho en
dos, cogiendo muchos indios e indias y muchachos y muchachas de las
reducciones escapados de la furia de los portugueses, edad, sentía siempre
su favor fingiendo que estaban en una ladronera
55
y que les inquietaban sus
indios y el Teniente Alonso Riquelme de Guzmán después de haber enviado
a Mbaracayú y al Paraguay los que le cupieron de parte para colocar su
maldad, proveyó un auto en que decía, que después de la maloca había
sabido de los Padres que aquellos indios pertenecían a sus reducciones y
por tanto, mandaba restituirlos más luego se arrepintió de haber proveído
este auto, y no lo quiso ejecutar, dando por excusa que tenía orden del
55
Ladronera: lugar donde se ocultan los ladrones, ladrón hecho en una presa de agua.
141
Gobernador por escrito (la cual mostro al Padre Provincial y le dio un tanto
de ellan de que no diese ni dejase sacar indio alguno de los que fueron al río
de laVilla, y dichos indios no habían ido, sino que habían sido traídos por
fuerza del Teniente y vecinos que los maloquearon y el Gobernador lo
sancionó, enviando con muchos soldados a Felipe Romero a San Francisco
Javier, a inquietar esta reducción y si allí no se hubiesen juntado nueve
Padres, sin duda hubieran hecho lo que habían prometido a los soldados y
era, que habían de coger y traer muchos indios y sacarlos a los Padres,
aunque los escondiesen debajo de las sotanas y a la vuelta procuraron
coger las piezas que pudieron y llevarlas a Villa Rica porque dicho
Gobernador vino con pensamiento de enviar al Brasil, a su ingenio, 3.000
indios, y así se lo dijo a los Padres del Colegio de San Pablo, y estos 3.000
no se podían sacar sin que los portugueses diesen en las reducciones de los
Padres y de ellas cogiesen para el Gobernador su parte. Los mismos
portugueses han descubierto a los Padres los intentos del Gobernador,
advirtiéndoles que mirasen por la gente que les quedaba en las demás
reducciones, no las enviase el Gobernador a su ingenio. Y le dijo Francisco
Riveros Escribano que públicamente se decía en la Villa Rica que Francisco
Benitez a quien el Gobernador envió a San Pablo por su mujer, llevó por
instrucción el tratar con los portugueses de esta Villa, que de nuevo diesen
sobre las reducciones de la Compañía y que los de Villa Rica no les
estorbarían porque con esto tendrían más indios.
Y el efecto mostró la verdad de esta embajada, porque volviendo Benítez
de San Pablo, tras él destruyeron los portugueses las reducciones de San
Pablo y de la Encarnación y el Gobernador, cuando dicho Benítez fue a San
Pablo con achaque de que enviaba por su mujer, despachó más de 50 indios
de los de la Villa para que se quedasen en su ingenio, y Felipe Romero, que
era el ejecutor de esta maldad, escogía los indios que habían de ir y decía
que los casados eran solteros , para que más fácilmente los detuviesen en el
Brasil.
Y los Padres Simón Masseta y Justo Mansilla, que fueron hasta la Bahía
a procurar el recobro de los indios cautivos, vieron en el Río de Janeiro el
ingenio del Gobernador, y que no tenían otra gente de servicio sino los
indios que había enviado de su gobierno. El mismo Gobernador escribió al
declarante que no sólo se retirasen, sino que no hiciesen más reducciones
de indios infieles, que es lo que pretenden los portugueses de San Pablo
porque dicen que esta conquista les pertenece y cae en la demarcación de
sus tierras. Este Gobernador, añade, es el que más ha favorcido al
portugués Andrés Fernández, que destruyó la reducción de San Pablo, uno
de los mayores piratas y más cruel y matador de indios que fueron al Sertón
quien trajo hasta el Paraguay a Doña Victoria, mujer del dicho Gobernador,
con otros portugueses y la gente del servicio que trajo fue en gran parte de
indios que cogió cuando destruyó la reducción de San Pablo y el
Gobernador, lejos de castigarle, le honró y escribió a su Teniente del
Guairá , García Moreno, que le ayudase con indios para que llevase a San
Pablo burras y cabras , como las ha llevado, abriendo nuevos caminos por
tierras tan vedadas y el portugués Fernández dejó encargado un hijo suyo al
Gobernador, para que estudiase y se ordenase en el Paraguay porque le
escribió el Gobernador una carta, cuando estaba en las reducciones que
142
destruían los portugueses, en que le decía, que se estaba aparejando para ir
contra ellos y luego le escribió otra carta en que le decía que había
determinado de ir a visitar las reducciones de Loreto y San Ignacio, y que
desde allí se iría a la Asunción y se holgaría de verle y todo era por divertirle
y sacarle de las reducciones, para que los portugueses volviesen a dar
sobre ellas, como lo hicieron en saliendo de allí, tratando a los Padres con la
crueldad que ha referido.
El declarante partió a la ligera para las reducciones adonde iba el
Gobernador, porque se temía que había de hacer de las suyas, como
sucedió porque quiso que lo recibiesen con palio y el declarante no lo
consintió. Trató muy mal a los indios y sacó por fuerza gran número de ellos
de ambas reducciones, con achaque de que los enviaban a sus
encomenderos, y era para hacer hierba en Mbaracayú. Dijo a los indios que
si quisiesen, el les pondría otros sacerdotes,que trae orden de S.M. para
visitarlo todo, hasta las casas de religión, e inquirir de moribus et vita de los
eclesiásticos le dijo que pretendía sacar de dichas dos reducciones 200
indios, que decía eran tupís traídos de San Pablo, y no eran sino de estas
provincias, para que sacasen hierba para S. M. y aprovecharse de ellos en
Mbaracayú, donde luego se murieron, como se han muerto innumerables
mas el declarante le habló claro y dijo que no había de venir en ello, y fue
necesario este brío para que no hiciese más daño a los pobres indios. Y
persuadiéndole él que todos los indios que la Compañía había conquistado
por el Evangelio los pusiese en cabeza de S.M. para que los tributos que
diesen fuesen a sus Reales Cajas no lo ha querido hacer. Finalmente,
porque habiendo honrado sus antecesores a los de la Compañía delante de
los indios, en especial los dos últimos Gobernadores, sólo este Gobernador
es quien ahora más los persigue y desacredita con indios y españoles, y sólo
a él desagrada que los de la Compañía hagan más reducciones. Y habiendo
mandado la Real Audiencia por provisión, que no les estorbase el paso por
el Salto del Guairá para pasar a sus reducciones envió un auto y carta para
que no dejasen pasar al P. Provincial que iba a visitarlas, ni al P. Comisario
del Santo Oficio, y que si no quisiesen volver por donde él mandaba les
quitasen los indios y les dejasen ir solos.
Y toda esta enemistad contra la Compañía es por parecerle que son los
que descubren sus intentos, y no es cre¡ble el cuidado que ha puesto para
que les cojan las cartas y vayan a sus manos y hasta en el Brasil, los deudos
de su mujer cogieron un pliego de los Padres y leyeron lo que iba en el, y
enviaron las cartas a dicho Gobernador y les ha cogido muchas, y entre
ellas podr ser que haya cogido la que le escribió, ya citada las cuales envió
al P. Rector del Paraguay para que las viese y supiese lo que pasaba.
Después que él vino del Brasil, en los tres años de su gobierno, han entrado
muchos blancos del Brasil y él, por una parte escribe a sus Tenientes y a la
guarda que tiene en el puerto del Salto, que no dejen pasar portugueses y
por otra, que con tales y tales disimulen y que los av¡en. Y en la Asunción
hizo ruido de que había de echar de la tierra a los que entraron por San
Pablo,y luego no lo ejecutó.Y ha casado y favorecido a muchos de los
entrados por San Pablo y porque le podría venir mal si pareciesen algunas
cartas, autos y papeles que ha despachado a sus Tenientes de Guairá, les
ha mandado que originalmente los devuelvan. Para hacerse temer de esta
143
pobre gente del Guairá y la Villa Rica, hizo que le recibiesen con el palio del
Santísimo Sacramento, y de la misma manera recibieron a su mujer en
Guairá .”
56
28. RESPOSTA AOS CABILDANTES DA CIDADE REAL PARA
TRANSFERIR OS ÍNDIOS REDUZIDOS.
Texto: Original em Coleção De Angelis: 1-29-1-17. Biblioteca Nacional.Río
de JaneiroErro! Indicador não definido..
Impressão: Manuscritos da Coleção de Angelis, Jesuíta e Bandeirantes no
Guairá (1549-1640) T.I, Introdução, notas e glossários para Jaime
CORTESÃO. Rio de Janeiro, Biblioteca Nacional, Divisão de trabalhos
estranhos e publicações. 1951.
Edição: O texto é publicado que o Jaime transcreve CORTESÃO com
ortografia atualizada, e notas explicativas de condições velhas.
Destinatário: Cabildantes de Real Cidade.
Data: Nosso Sra. de Loreto 14 1631 de agosto.
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº51 de p.431,; CARDOZO 1, nº25 de
p.249. FURLONG, Montoya, pág. 105 nº19.
Autores: CORTESÃO, MCA I, 365-366.
TEXTO
RESPUESTA AL REQUERIMIENTO DE LOS CABILDANTES DE
CIUDAD REAL.
“En el pueblo de Nuestra Señora de Loreto del Pirapó en catorce días del
mes de agosto de mil y seiscientos y treinta y un año, habiéndose leído por
56
Sigue la declaración del P. José Domenech, hecha en el río Paraná a 28 de Mayo de 1631, y una
declaración hecha por el P. Provincial Francisco Vázquez Trujillo, en la reducción de la Anunciación
de Itapúa, de 2 de Junio del mismo año; de que haría saber a S.M., en su Real Consejo de Indias, que
de hecho estos tres últimos años en las reducciones de la Compañía tiene en el Guairá; y que los
testigos que en esta información han jurado los tiene por muy religiosos y siervos de Dios, y dignos de
toto crédito y de quienes la Compañía hace mucha confianza.-Es copia legalizada sacada de su
original, que queda en el proceso de la causa que el Sr. Fiscal sigue contra D. Luis de Céspedes y
Xería, Gobernador de las Provincias del Paraguay fecha en las reducciones desde 25 de Febrero de
1631 hasta 2 de Junio.- 20 fs. Y otras dos que sirven para la carátula y dorso del documento.
(Cfr.:PASTELLS 1, p. 462.)
144
parte del cabildo de Ciudad Real el requerimiento arriba contenido
57
al
Padre Antonio Ruiz [de Montoya] Superior de los Padres que residen en
estas reducciones dijo que de su parte ha puesto y pone toda la diligencia
posible para que los indios naturales de estas reducciones se muden en
parte donde con seguridad pueden hacer su asiento para lo cual pidió al
Maese de Campo García Moreno Teniente de dicha ciudad acudiese a las
dichas reducciones a tratar con los dichos indios el asiento y lugar más
seguro y cómodo así para los indios como para los españoles, lo cual no se
ha hecho, ni puesto la diligencia que en esta parte tienen obligación y
aunque a boca el dicho Maese de Campo ha señalado el río de Ycatu, o el
del Yatimi ninguno de los dichos puestos está seguro de Portugueses
porque estos días han intentado pasar a la hermita de Nuestra Señora que
está en el mismo río y no estuvieron de ella más que dos días de camino
por donde con toda seguridad pueden bajar a Ciudad Real y al salto grande
y conocer todo este río como lo hizo los años pasados Manuel Prieto y éste
mismo año Andrés Fernández, portugués hombre desalmado y poco
temeroso de Dios que ha destruído dos reducciones que la Compañía tenía,
y llegó al puerto de Maracayú donde hizo matar un indio y se llevó su mujer,
naturales del dicho puerto de Maracayú, y si quisiera se llevara el dicho
pueblo sin que en ello hubiera habido resistencia por la desverguenza con
que los dichos portugueses andan como es público y notorio que tienen
puesto en aprieto la Villa Rica del Espíritu Santo en donde consta por fama
están los vecinos cercados y con notable riesgo de perder sus mujeres y
vidas, por lo cual dijo que requería, y requirió al dicho Maese de Campo,
Justicia Mayor y al Cabildo y Regimiento en la mejor forma que el derecho
permite vengan a estas reducciones a hacer cuerpo de guardia y presidio
contra los dichos portugueses que ha sabido estan muy cerca, y para que
con su ayuda, y buenas razones los indios hagan la dicha mudanza que el
dicho padre de su parte les hace hacer canoas y lo demás necesario para
ella, y pues es obligación precisa que los dichos vecinos tienen de defender
los dichos indios por ser una de las condiciones con que su Majestad se los
tiene encomendados y no haberse ofrecido jamás otra ocasión en que los
vecinos hayan de acudir con su obligación será caer en caso de crímen dejar
de darles toda ayuda en ocasión tan urgente y apretada a cuya causa
protestando todos los daños hace este requerimiento y protesta en forma y
esto dijo daba y dio por su respuesta y lo firmo de su nombre siendo testigos
el Padre José Cataldino Padre Simón Maceta y el Padre Justo Mansilla de la
Compañía de Jesús que juntamente firmaron aquí sus nombres. Antonio
Ruiz , José Cataldino, Simón Maceta, Justo Mansilla.”
57
Documento firmado en Ciudad Real a los 29 días del mes de Julio de 1631, encargando al dicho
Alguacil Mayor Salvador Bernal, traiga por asiento todas las diligencias que en este caso hiciere,
porque en todo tiempo conste las diligencias que se han hecho. García Moreno, Francisco Ordones,
Juan Domínguez,Sebastían de Peralta, Bartolomé Villalva, Gregorio de Nedia, Martín López de
Aguilar, ante mi Pablo Maldonado Escribano Público y Cabildo. (Cfr: CORTESÃO MCA 1, p. 365.)
145
29. DECLARAÇÃO DO PADRE ANTÔNIO RUIZ DE MONTOYA PERANTE
O PREFEITO ORDINÁRIO DA CIDADE DE CÓRDOBA, SOBRE O RETIRO
DAS REDUÇÕES DO GUAIRA.
Texto: Original na Biblioteca Nacional de Rio de Janeiro: 7-29-1-122.
Impressão: CORTESÃO MCA 1, pp.380-382.
Edição: Edita-se o texto que transcreve Jaime CORTESÃO. Com ortografia
atualizada.
Destinatário: Declaração do Padre Antônio RUIZ DE MONTOYA como
testemunha e perante o Tabelião Público, em Córdoba do Tucumán e
perante o prefeito.
Data: Córdoba, 22 de janeiro de 1632.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.431 nº 53; FURLONG, Montoya, p.107
nº 24; CARDOZO 1, pág. 249, nº 26.
Autores: CORTESÃO I, p.380-382; VIANNA IV, p.319-321.
TEXTO
TESTIMONIO EN LA INFORMACION SOBRE EL RETIRO QUE SE HIZO
DE LAS REDUCCIONES DEL GUAIRA.
“2º en la ciudad de Córdoba de Tucumún en la Provincia de las Charcas
de Perú en veinte y dos días del mes de enero de mil y seiscientos y treinta y
dos años ante el dicho Alcalde de paternidad del dicho Padre Provincial
para información de lo contenido en fs.2 r. su petición presento por testigo al
Padre Antonio Ruiz [de Montoya] de la misma Compañía de Jesús Superior
de las Reducciones del Guayrá del cual fue recibido juramento y habiéndole
hecho por Dios Nuestro Señor y por la señal de la cruz e in verbo sacerdotis
poniendo la mano en el pecho juró en forma de derecho y prometió decir
verdad de lo que supiere y le fuere preguntado diciéndolo por el tenor de la
Petición, y dijo que fue cosa cierta y averiguada que los portugueses de San
Pablo querían destruir las dichas dos reducciones, como habían destruído
todas las demás que la Compañía tenía en las Provincias de Guayrá, y
enviaron sus espías a ver lo que los hacían y fueron vistas de muchos indios
que avisaron a este testigo y a los demás Padres y mientras llegaban más
portugueses de San Pablo se entretuvieron en robar los pueblos de indios
cercanos a la Villa Rica del Espíritu Santo y los de las chácaras.
Y sabiendo los vecinos de Guayrá de Ciudad Real los designios de los
portugueses y el evidente peligro en que estaban las dichas dos reducciones
de Loreto y San Ignacio les pareció buena ocasión para sus intentos y fines
que eran sacar a los indios de sus tierras y traerlos no a parte segura sino
cerca de si para poder de grado o de fuerza aprovecharse de ellos como de
146
esclavos en la saca de la yerba y otras cosas y venderlos a los mismos
portugueses como lo suelen hacer otras veces, y colegió este testigo que
esta era la voluntad de los dichos vecinos de Ciudad Real, porque una vez
fue a las dichas reducciones Juan Rodriguez Alcalde ordinario acompañado
de otros españoles e hizo un requerimiento a los Padres para que mudasen
las dichas dos reducciones junto a la ciudad el salto arriba adonde no había
seguridad alguna ni los indios podían tener que comer para sí y su chusma
que era mucha y habían de perecer pues los vecinos de ordinario no tienen
que comer sino naranjas asadas de que este testigo de vista.
Y otra vez vino con semejante requerimiento Salvador Bernal Alguacil
mayor de la dicha ciudad a las dichas dos reducciones, y así él como el
dicho alcalde usaron de esta cautela que en sus requerimientos por escrito
pedían que se pasasen el salto arriba. Y de palabra decian a los indios, que
se pasasen en hora buena el salto abajo, todo a fin de arrancasen de sus
tierras y pueblos y estando fuera intentar lo que después intentaron
descubriendo con el hecho lo que tenían en sus corazones.
Y últimamente el Teniente de la dicha ciudad de Guayrá fue a las dichas
reducciones e hizo el testigo otro semejante requerimiento, más los indios
respondieron que no podían por no ser puesto seguro el que el teniente
señalaba y después de haber dado y tomado sobre la materia el dicho
teniente convino con los indios en que se pasasen el salto abajo, y esta
conveniencia y concierto y las razones que para ello hubo no las escribieron
los dichos Alcaldes, Alguacil mayor y Teniente porque no eran a propósito de
sus fines e intento.
Con este seguro los dichos indios arrancaron de cuajo y se bajaron con
su chusma de mujeres e hijos, que entre todos los de estas dos reducciones
serían más de diez mil almas más los dichos vecinos en prosecución de su
dañado intento hicieron una palizada en el paso del salto y tomaron las
armas para con ellas impedir a los dichos indios la bajada y forzarlos a que
se quedasen donde ellos querían.
Y viendo este testigo la grande traición de los dichos vecinos se vino
delante de los indios acompañado de solo diez o doce a la palizada de los
dichos españoles, y les habló y requirió guardasen la fe y palabra dada a los
indios y los dejasen pasar y la respuesta fue poner las manos en este testigo
diciendo a voces que no le dejasen salir de la palizada y algunos de los
dichos españoles le pusieron a este testigo las espadas a los pechos, más
este tetigo con ma¤a y fuerza se salió de la palizada y avisó a los indios de
la determinación de los dichos españoles, a quienes los indios requirieron les
diesen paso y guardasen la palabra dada porque sinó le habían de procurar
por fuerza en defensa de sus vidas y de las de sus mujeres.
Viendo esta determinación de los indios los dichos españoles temieron y
se fueron dejando el paso libre. Y añade este testigo que coligió más claro el
mal intento de los dichos españoles de Ciudad Real porque uno de los más
principales de ellos llamado Juan de Alvear le dijo a este testigo que sab¡a
de cierto que hab¡an de venir los Portugueses y que se olgaba de que
viniesen a dar sobre los dichos indios porque les cabría parte. Y añade más
este testigo que sabe de cierto como persona que a más de veinte años que
está en las reducciones del Guayrá, que los dichos vecinos de Ciudad Real
suelen vender indios a los Portugueses, y últimamente hace algunos meses
147
festejaron en su ciudad y regalaron a Andrés Fernández portugués de San
Pablo y uno de los mayores ladrones de indios en el Sertón, y le vendieron
algunos indios y entre ellos dos de las dichas reducciones.
Ultimamente dice este testigo, que el sitio que los españoles de
Guayrá señalaban a los dichos indios era a propósito para sus malos fines, y
expuesto a que los portugueses los robasen, y que en él habían de perecer
los más de hambre por no haber comida, y así se pasaron el salto abajo
junto a las demás reducciones que la Compañía tiene en el Paraná adonde
con ayuda de ellas y con vacas que se recogerán se procurarán sustentar
aunque sea con mucho trabajo hasta que tengan chácaras y sementeras.
Todo lo cual dijo este testigo ser la verdad y lo que pasa y sabe so cargo
del juramento que tiene hecho en que se rectificó siendole leído este su
dicho y que es de edad de cuarenta y cinco años, y que no le tocan las
generales en más de lo que contiene este su dicho, y lo firmó y el dicho
alcalde.”
Antonio Ruiz [de Montoya]
Hernando Tinoco
Ante mi
Sebastian G. de Ruano
Escribano de Su Majestad público
30. INFORMAÇÃO FEITA PELO PADRE ANTÔNIO RUIZ DE MONTOYA
SUPERIOR DA MISSÃO, SOBRE SE OS ÍNDIOS DO GUAIRA TINHAM
ARMAS DE FOGO, ETC.
Texto: Autógrafo original na Biblioteca Nacional de Rio de Janeiro, 1-29-1-
39
Impressão: CORTESÃO MCA 1, pp.425-430.
Edição: Edita-se o texto que transcreve Jaime Cortesão com ortografia
atualizada e notas.
Destinatário: Informação com interrogatório ao teor do quál os Padres da
doutrina do Guairá declaram, formulada pelo P.Antonio Ruiz de Montoya
para remeter aos seus Superiores da Província.
Data: São Inácio, Loreto 17 e 18 de 1632 de setembro.
Bibliografia: STORNI, Montoya, pág. 431 nº 56; CARDOZO 1, p.249, nº 27.
FURLONG, Montoya, p.107 nº 25.
Autores: CORTESÃO 1, 425-430.
148
TEXTO
INFORMACION SOBRE SI LOS INDIOS DEL GUAIRA TENIAN ARMAS
DE FUEGO, ETC.
58
“El Padre Antonio Ruiz [de Montoya] religioso de la Compañía de Jesús
Superior de los Padres curas de las doctrinas de Guairá, digo que a mi
noticia ha venido como algunas personas con poco temor de Dios nuestro
Señor han dicho y aún jurado en juicio que los indios de estas doctrinas
tienen ciento tres escopetas y munición que los dichos Padres les han dado
con lo cual pueden hacer o han hecho daño a los españoles, y para que la
dicha calumnia conste ser falsa y ajena de toda verdad. Atento a que no hay
persona ante quien jurídicamente se pueda hacer información de esta y
otras calumnias ordeno a los dichos Padres bajo precepto de obediencia
con juramento declaren por el tenor del interrogatorio siguiente.
1.- Primeramente si saben que los dichos indios han tenido escopetas,
cuantas, y quien se las ha dado y pólvora.
2.- Iten, si saben que la mudanza que los dichos hicieron del río del
Paranapané a este Paraná grande no se pudo escusar en ninguna manera
ni se pudo esperar orden de la Real Audiencia por la insolencia de los
portugueses y principalmente Andrés Fernández íntimo amigo y deudo por
parte de la mujer de don Luis de Céspedes Xería Gobernador que era del
Paraguay el cual habiendo ayudado a destruir y robar once reducciones
llevándose los indios todos de ellas parte cristianos y parte gentiles,
amenazaba las dos que se mudaron, y de hecho juntaba gente para dar en
ellas y destrirlas.
3.- Iten, se saben o han oído decir que luego que los dos indios hicieron
fuga, desamparando sus tierras, huyendo del dicho Andres Fernandez y su
compañía llegaron los dichos portugueses a los dichos pueblos, en donde si
hubieran hallado los indios los hubieran llevado, capturado y hecho
esclavos, como lo acostumbran.
4.- Iten, si saben que la dicha mudanza se hizo habiendo avisado al
Teniente cabildo y regimiento del Guairá El cual, dicho Teniente, fue a las
dichas reducciones. Y oídas las razones de los indios, concertó con ellos la
dicha mudanza el salto abajo que es donde ahora se han mudado,
ofreciéndoles su ayuda para la dicha mudanza y animándoles a ella.
5.- Iten, si saben que el dicho Teniente y demás vecinos cautelosamente
persuadieron la dicha mudanza a los indios en el salto abajo, con ánimo de
que habiendo desamparado sus pueblos se quedasen con ellos en su ciudad
y no pasasen al puesto señalado que era el seguro. Y en la dicha ciudad no
estaban seguros.
6.- Si saben que cuando los dichos indios despoblaron y pasaron por la
ciudad de Guayrá no hicieron violencia ni daño, ni aún hablaron con los
dichos españoles, requiriéndole yo en nombre de los dichos indios, les
diesen paso para ponerse en parte segura de portugueses, lo cual
58
Autógrafo de los Padres Antonio Ruiz, Joseph Cataldino, Simón Maceta, Juan Agustín Contreras.
(Cfr: CORTESÃO MCA 1, p.425.)
149
procuraron impedir los dichos españoles haciendo un fuerte en el mismo
salto ayudándose de un portugués, gran amigo del dicho Andrés Fernández
que les animaba a ello.
7.- Iten, si saben que los españoles del Guairá y Villa Rica han vendido
indios a los portugueses y principalmente al dicho Andrés Fernández cuando
pasó de la Ciudad de Asunción para la Villa de San Pablo. Y si hubo algunas
causas para presumir algún concierto entre los vecinos del Guairá y el dicho
Andrés Fernández en daño de los dichos indios.”
59
“Antonio Ruiz <de Montoya>”
31. REGULAMENTO PARA O GOVERNO DAS REDUÇÕES, TRAZIDO
PELA 6ª CONGREGAÇÃO PROVINCIAL DO PARAGUAI.
Texto:Original no Arquivo Geral da Companhia de Jesus, Roma, ARSI FG
1486-3-2.
Impressão: HERNANDEZ 1, pp.589-592.
Edição: Edita-se o texto transcrito por Pablo HERNANDEZ, com ortografia
atualizada.
Destinatário: General da Companhia de Padre de Jesus Mucio
VITELLESCHI.
Data: Córdoba, 1º 1637 de agosto.
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº63 de p.432.
Autores: HERNANDEZ 1, pp. 589-592.
TEXTO
ORDENES QUE HIZO LA DEPUTACION PARA EL GOBIERNO DE LAS
REDUCCIONES. UNO DE LOS CUATRO MIEMBROS DE ESTA
DEPUTACION ERA EL PADRE [ANTONIO] RUIZ [DE MONTOYA].
“JHS
Ad maiorem Dei gloriam eiusque Genitricis Mariae”
59
Falta el resto de este importante documento que debe haber sido eliminado poco después de escrito,
pues la súmula respectiva está en la página final, más no última del auto, y en letra del siglo XVII.
Obsérvase también que la súmula hecha por los jesuitas no corresponde al objetivo del auto y al tenor
de las declaraciones. En efecto no se trataba de averiguar si los indios del Iabebirí tenían armas de
fuego, más si las habían poseído antes de abandonar sus reducciones del Guairá y en el momento de
bajar el salto. (Cfr: Nota (1) en CORTESÃO MCA 1, p430.)
150
“ORDENES QUE HIZO LA DEPUTACION QUE SEÑALO por orden de
vuestro Padre General para el gobierno de las Reducciones del Paraguay
aprobadas de la Congregación Provincial.
En un Memorial que llevó el P. Juan Bautista Ferrufino, Procurador
general de esta Provincia, se propuso a nuestro Padre lo siguiente:
Que siendo el gobierno de las Reducciones diferentísimo que el de los
colegios y demás casas de la Compañía, se hagan reglas o instrucciones
comunes, que todos hayan de guardar, a lo cual respondió Nuestro Padre
así: En la primera Congregación Provincial se nombren dos o tres Padres
deputados de los más experimentados en las Misiones de las Reducciones,
y que juntamente sean personas de caudal, prudencia y celo: y a ellos se les
encomiende que dispongan las órdenes que juzgaren por convenientes, para
que se guarden en las dichas Reducciones. Estos se vean en la dicha
Congregación: y trátese si será bien que se entablen y en aprobándolos allá,
se nos remitan, que yo ver‚ si es bien confirmarlos. En el interín se observen
los que los Padres Provinciales han dejado en las visitas. Y habiéndose
nombrado por deputados en la Congregación que se comenzó este año de
1637 en 18 de Julio, a los Padres Antonio Ruiz [de Montoya], Claudio Ruyer,
Miguel de Ampuero y Francisco Díaz Taño, les pareció hacer los órdenes
siguientes:
1. Aunque el oficio del Superior de todas las reducciones y su modo de
gobierno es deferentísimo del de los colegios; con todo eso, nuestro Padre
General en una de 30 de Noviembre, dice así al P. Provincial: Vuestra R.
publique que el Superior de las Reducciones, aunque no tenga patente mía
de oficio, pero que para con sus súbditos tiene plena y entera potestad
interior y exterior, como la gozan los Rectores con los suyos.
2. Porque el Superior de las Reducciones pueda acudir a todas las
Reducciones, así de la Sierra, como del Paraná, y responder fácilmente a los
Superiores inmediatos, y Padres de las Misiones: asista de ordinario en la
Reducción del Caaró o Candelaria: donde puede con facilidad tener aviso de
todas partes y ordenar lo que conviniere al buen gobierno de las Misiones.
3. El Superior de las Misiones visitar todas las reducciones una vez al
año: si no es que ocurra algún caso urgente: y ésta basta no más.
4. En las Visitas que el Superior hiciere de las Reducciones, conviene que
no sea de paso, sino que vaya de proposito, y esté en cada una de las
reducciones el tiempo que fuere necesario para ver cómo se ejercitan
nuestros ministerios y administran los santos Sacramentos: y vean por sus
ojos las ocupaciones y la distribución de tiempo de cada reducción, y cómo
se guardan las reglas e Institutos: para que si hubiere alguna falta, la
remedie.
5. Entable el dicho Superior de las reducciones la uniformidad en todo en
todas las reducciones, así en la administración de los Sacramentos, como en
celebrar las fiestas: y para esta uniformidad, disponga el Padre Provincial un
modo uniforme en todas las reducciones, el cual modo procurar el Padre
Superior de las reducciones se entable en ellas.
6. En todas las Reducciones se señalen cuatro personas de espíritu, celo
y prudencia, los cuales serán Consultores del dicho P. Superior de las
Misiones: y estos mismos serán Padres espirituales de todos: a los cuales
podrán escribir cartas tocantes a su consuelo espiritual sin ser registradas,
151
llevando en el sobre escrito dos CC por señal. Y los dichos Padres
espirituales, cuando se juntan en las fiestas de alguna Reducción, pueden
acudir personalmente al consuelo de los Padres.
7. El Superior de todas las Reducciones no podrá mudar a ningún
Superior inmediato de los que fueren señalados por el P. Provincial, sin
consultarlo con los Consultores del distrito donde estuviere la Reducción, y
avisar primero al Padre Provincial de la causa de la mudanza, esperando la
respuesta: si no fuere en caso tan urgente, que no se pueda esperar,
avisando luego de ello al P. Provincial.
8. El Superior de las Reudcciones mirará por la autoridad de cada uno de
los Superiores inmediatos, para que los indios de cada Reducción tengan al
Superior inmediato de ella el respeto, sujeción y obediencia que conviene. Y
así, lo que el Superior de las Reducciones hubiere de hacer o mudar en
cada Reducción, ser por medio del Superior inmediato de la dicha
Reducción. Y de modo que entiendan los indios han de tener recurso al
Superior de todas las Reducciones.
9. Los Superiores inmediatos de las Reducciones procuren con suavidad
cada uno en su Reducción entablar alguna cosa de comunidad, en la cual
los indios tengan alguna cosa propia suya, con que puedan acudir a las
necesidades comunes de su pueblo, y tengan con que comprar miel, sal,
lana, algodón, y cosas con que vestirse, y acudir a los enfermos y pobres, y
enterar sus tasas: y con que puedan com prar algunas cosas para sus
iglesias, como se usa en el Perú Y porque no en todas las Reducciones hay
una misma cosa en que se pueda entablar esta comunidad, vean la que
conviene, avisando al Padre Provincial para que lo confirme o modere: y lo
que se juntare, se ponga aparte, con cuenta y razón de entrada y salida,
para que en todo tiempo conste.
10. El Superior de todas las Reducciones no podrá sacar lo que es propio
de una Reducción para dar a otras, ni lo que los indios comprar con cosas
propias, u ofrecen de limosna, como Nuestro Padre lo ordena en una de 30
de Enero de [1]633; sino que el Superior inmediato de la Reducción lo
distribuya con los pobres y enfermos de su Reducción.
11. Para que se eviten los inconvenientes que suelen resultara de
casarse en una Reducciones los indios que se han reducido a otras, y se
aclaren las dudas que suele haber en materia de matrimonios y otros
Sacramentos, ningún Padre, aunque sea Superior inmediato, casar indio o
india que haya estado en otra Reducción, aunque sea infiel, sin avisar
primero al Superior inmediato de la Reducción donde primero estubo. Y sí
hubiere alguna duda, antes de casar los dichos indios, se avise al Superior
de todas las Reducciones, el cual, consultando a sus Consultores, y a otras
personas de ciencia y prudencia que juzgare, ordene lo que conviniere: y
esto se ejecute. Y lo mismo se haga en otras dudas tocantes al buen
gobierno y administración de todos los Sacramentos.
12. Para que se guarde lo que Nuestro Padre manda en una de 8 de
Agosto de [1]634 acerca de la limnosna que da S.M. a los Padres
Misioneros, en la cual dice así: La administración de la limosna que da el
Rey a las Misiones, y de la hacienda que está ya aplicada a ellas, tenga a
su cargo el Superior de las dichas Reducciones: y él se entienda con los
Procuradores de la Provincia y otros colegios para que le remita lo necesario
152
para sus súbditos, sin que para ello haya menester aguardar orden del
Provincial, como hace cualquier Rector en su colegio, que sin dependencia
del dicho Provincial tiene cuidado de proveer su casa de lo que necesita, y
es administrador de los bienes de su colegio: el Superior de todas las
Reducciones envíe orden y memoria a los Procuradores de lo que le han de
comprar para las Reducciones, y tome cuentas cada a¤o de lo que se ha
cobrado y gastado: y los Procuradores se las den.
13. Y para que con tiempo se avise al Procurador que está en Buenos
Aires de lo que ha de comprar para los Padres, el Superior de las
Reducciones, cuando las visitare, vea lo que los Padres han menester, o les
avise por escrito si fuese necesario antes, le den por memoria de lo que
cada Superior inmediato tiene necesidad para su Reducción para que vistas
todas las memorias particulares, haga una memoria que envíe al Procurador:
el que no comprar cosa alguna que no fuere en la memoria del Superior y
con orden suya y proc£rese que esta memoria se env¡e con tiempo al P.
Procurador con tiempo al puerto, antes que entren los navíos, para que no
se pierda ocasión.
14. Y por cuanto Nuestro Padre ordena por una de 30 de Enero de 1633,
que de esta limosna que da Su Majestad lo mismo se ha de entender de otra
cualquiera que se dé a las Reducciones se acuda a todos los Padres, así de
las Reducciones que tienen señalada Limosna por Su Majestad como de las
que no la tienen: y en el modo que hasta ahora ha habido en la distribución
de ella, dando a los Padres lo que habian menester cuando ellos lo pedían
solamente, se han experimentado muy grandes inconvenientes, y padecido
los Padres grandes necesidades: el que se juzga ser más acertado, y la
experiencia lo ha enseñado, es que en llegando la Limosna empleada en
especies conforme las memorias, el Superior de todas las Reducciones
saque del monto lo que es necesario precisamente para comprar vino, sal,
miel, azúcar y algunos dulces para las Reducciones: y lo demás lo reparta
entre todas las Reducciones, así nuevas como antiguas, rata por cantidad
60
,
lo que a cada una alcanzare, entrando el Superior de todas en esta
distribución como una Reducción para los gastos comunes y de sus
caminos, etc.: con esta advertencia, que como le consta por las memorias
particulares que le han dado los Superiores inmediatos de cada Reducción
lo que han menester cada una; y muchas veces unos habrán menester una
cosa, y otros otra; que la cantidad que se le ha de dar a cada uno sea en
aquello que ha menester. Para lo cual ayudar mucho que el Padre
Procurador, todas las veces que enviare ropa, y las demás cosas que ha
comprado, envíe memoria con los precios a que se pagó cada cosa.
15. Con esto no se quita que algún Superior inmediato alguna vez pidiere
y juzgare que lo que le cabe aquel año, o parte de ello, se le libre en plata,
para comprar alguna cosa para la iglesia, y culto divino, constando que tiene
en su Reducción lo necesario para aquel a¤o para sí y su Compañero, el
Superior de las Reducciones le dé libranza para el Padre Procurador para
que le compre lo que juzgare convenir para su Reducción, enviando la
memoria de lo que pide, la cual vaya registrada con el Superior de todas las
Reducciones y firmada de su nombre.
60
Rata por cantidad: pro rateo.
153
16. Y porque algunos años sucede que no se cobra la limosna
enteramente, sino parte de ella: y aveces en cantidad que no se puede
compar lo que han menester todas las Reducciones, y se pide en la
memoria, se advierta al Padre Procurador que no pierda ocasión de ir
llenando la memoria en lo que pudiere y después de llena, habiendo cobrado
lo demás, se remita todo para que se reparta entre todos conforme a la
necesidad que hay.”
“LAUREANO SOBRINO
Secretario S.J.”
32. DOCUMENTO PRINCIPAL QUE FUNDAMENTA A ADMINISTRAÇÃO
DO PADRE ANTÔNIO RUIZ DE MONTOYA, COMO ADVOGADO
GENERAL DA PROVÍNCIA DO PARAGUAI, PERANTE S.M. E O
CONSELHO DAS ÍNDIAS.
Texto: Paraquaria, Hist., Tomo I, nº 68.
Impressão: PASTELLS, História da Companhia de Jesus na Província do
Paraguai, T. 2, Madrid, 1912. p.68-71.
Edição: Edita-se o texto transcrito através de P. PASTELLS com ortografia
atualizada.
Destinatário: Sua Majestade , o Rei de Espanha.
Data: Córdoba 11 de setembro de 1639.
Autores: PASTELLS 2, 68-71.
TEXTO
DOCUMENTO PRINCIPAL CON EL QUE IBA PERTRECHADO EL
PADRE ANTONIO RUIZ DE MONTOYA, COMO PROCURADOR
GENERAL DE SU PROVINCIA DEL PARAGUAY, PARA FUNDAMENTAR
SUS PROPOSICIONES ANTE S.M. Y EL CONSEJO DE INDIAS.
61
61
Uno de los principales documentos o el principal de todos, con que iba pertrechado el P. Antonio
Ruiz de Montoya, como Procurador General de su Provincia del Paraguay fue una carta que le entregó
en Córdoba de Tucumán el R. P. Provincial Diego de Boroa, fechada en la misma ciudad el 11 de
Septiembre de 16 39, dirigida a S. M. Y de cuyo texto se desprende que fue redactada por el P. Ruiz
de Montoya: “...quemando y profanando la iglesia feamente, de que soy testigo ocular, como también
de los muchos muertos que dejaron quemados, como quien los ayudó a enterrar... que así mismo
enterramos...” (Cfr: PASTELLS 2, p.71.)
154
“Señor. Diversas veces se ha dado a V.M. cuenta de parte de esta
Provincia de la Compañía de Jesús del Paraguay, de las agresiones que de
muchos años a esta parte y muchas veces han hecho los moradores de las
Villas de San Pablo y Santos del Bras il, hostilmente, a las Reducciones que
tenían en las Provincias del Guairá, del Gobierno del Paraguay, adonde
destruyeron once o más, llevándose muchos millares de Indios cautivos y
otros muertos cruelmente los Pueblos fueron saqueados y destruídos y
hasta las mismas Iglesias profanadas llegando su osadía a tanto, que no
sólo destruyeron y despoblaron las Reducciones que la Compañía tenía a su
cargo pero 3 Ciudades de Españoles que con gran detrimento y daño suyo
obligaron a retirarse, que son la Villa Rica, la Ciudad Real del Guairá y la de
Xerez y los Pueblos de Indios a ellas sujetos de la jurisdicción del Obispo.
Y habiendo asolado aquellas Provincias, dieron tras las del Uruguay y
Tape y destruyeron la Reducción de Jesús Maria, que tenía más de 1.200
familias, quemando y profanando la Iglesia feamente, de que soy testigo
ocular, como también de los muchos muertos que dejaron quemados, como
quien los ayudó a enterrar.
Y también destruyeron la reducción de San Cristóbal, cuya Iglesia
quemaron el día de la Natividad del Señor y dejaron los campos llenos de
cuerpos muertos, que así mismo enterramos. No contentos con esto, y con
más de 25.000 almas que llevaron al Brasil cautivas, volvieron el a¤o pasado
de 1638 y destruyeron la Reducción de Santa Theresa, que tenía más de
4.000 almas y en parte la de San Carlos y de los Apóstoles y obligaron a
retirarse, con muchas muertes y pérdidas, dejando sus sementeras y
pueblos, otras tres Reducciones: de los Mártires, de la Candelaria y de San
Nicolás del Piratiní, tres leguas solas del Uruguay.
Y habiendo en ocho meses destruído 2 provincias, además de las
Reducciones dichas, que fueron el Caaró y el Caagua, de la jurisdicción del
Río de la Plata, al fin del año, como relamiéndose en la sangre derramada
de parte de ellos en la Reducción de los Apóstoles, se volvieron a sitiar en
ella, corriendo la tierra y cautivando y talando las comidas, que sabido por el
P. Diego de Alfaro, comisario del Santo Oficio y Superior de las Reducciones
pidió, y los Indios del Uruguay exhortaron a D. Pedro de Lugo y Nabarra, del
hábito de Santiago, vuestro Gobernador del Paraguay que se hallaba
visitando el Paraná que se llegase al Uruguay a echar con sus soldados,
junto con los Indios reducidos, al enemigo de aquella Reducción,
impidiéndole el paso a las demás. Fué, y la mañana que se hizo el
acometimiento, los Indios, que iban delante de los Españoles, desalojaron al
enemigo, y en una de las chozas se quedó escondido un Portugués y mató
de un pelotazo al P. Diego de Alfaro, que iba en la retaguardia animando los
Indios, los que mostraron tanto sentimiento que se arrojaron como leones y
mataron 9 de ellos y muchos de sus Tupis, quitándoles la presa que tenían
de mas de 2.000 cautivos en una palizada, muchos de ellos cristianos de
nuestras reducciones y los más infieles inocentes, que en su vida les
hicieron daño.
También cautivaron 17 Portugueses y un negro, que entregaron a
Vuestro Gobernador, que no peleó, estando a la vista y lo mismo casi todos
los Españoles. D. Nicolás Nnenguirú, Capitán General de Guerra por
Vuestro Gobernador del Río de la Plata, que son los Indios, sus soldados,
155
había alcanzado la victoria y preso y entregado los 17 Portugueses pidió a
Vuestro Gobernador del Paraguay los castigase por sus delitos y para
escarmiento de otros y satisfacción de la muerte de su P. Diego de Alfaro.
Dió largas. Instaron los Padres y los Indios que no pasase con aquellos
presos más adelante, porque iban espiando la tierra y era necesario hacer
alguna demostración.
Excusóse. Llegó al Paraná. Requiriéndole de nuevo. Estuvo fuerte en
pasar con ellos adelante, aunque se ofrecían a llevarlos, si no se reconocía
por Juez (aunque lo eran a Buenos Aires). En fin, llegó con ellos a la
Asunción, adonde, en lugar de hacer justa demostración de sentimiento
contra los enemigos presos por la muerte del Padre, y el castigo ejemplar
que merecían sus delitos, habiéndoles hallado con el hurto en las manos,
cstigándoles como V.M. se lo tiene mandado dejándose llevar de la corriente
del Pueblo, en especial de los soldados que le habían acompañados en la
jornada, que debían de estar corridos de que la facción no se hubiese hecho
por ellos si no por los Indios del Uruguay, que alcanzaron la victoria se
volvieron contra los que debían estimar y premiar, por haber peleado tan
valerosamente contra los enemigos de Dios y de su Santa Fe y de V.M., sin
proceder contra los delincuentes, no teniéndolos aprisionados, como fuera
justo que fue ocasión de írsele 5 de los más perniciosos y alentados, sin
haberlos podido hallar poniendo en el mismo peligro a los demás, que
despachó a Vuestro Gobernador del Río de la Plata.
Y todas las demostraciones de enojo que se habían de haber hecho
contra hombres infieles a su Rey y Señor, que le han destruído tantas
Provincias y abierto y allanado el paso a los enemigos de su Real Corona,
ya muy cerca de Santa Cruz de la Sierra, en los confines del Perú de que
V.M., informado de su Presidente de las Charcas y de los Procuradores de
esta Provincia, ha mostrado justo sentimiento, mandado poner el debido y
presto remedio las han convertido contra los Indios fieles y los Padres de la
Compañía de Jesús, que los tienen a su cargo, que a costa de muchos
desvelos, expensas y trabajos sudor y sangre, les están defendiendo e
impidiendo el paso: que a no ser así hubieran ya llegado al mismo Paraguay
como se lo tienen amenazado: haciendo grandes papeladas Vuestro
Gobernador y Cabildo de la Ciudad de Asunción engañado, enviando
informaciones e informes con cosas mal fundadas y supuestas contra los
Indios, tocando a los que los tienen a su cargo y calumniando las armas de
fuego que les concede Dios y la naturaleza, como medio único de su
defensa y de estas Provincias y Reinos, hasta que V.M. provea de otro
remedio: ni en el usarlas, estando como están en poder de los Padres que
los tienen a su cargo, no hay peligro alguno por carecer además de eso los
Indios de pólvora, sin la cual no les son de provecho, como se ha
experimentado en el Reino de Chile y en los Valles Calchaquí, que con tener
muchas armas de fuego que cogieron a los Españoles no han hecho con
ellas daño alguno por falta de munición y los inconvenientes que acumulan
los informes más parece nacen de pasión y emulación que de celo y peligro:
y con todo intenta el Gobernador del Paraguay y algunos apasionados de
aquella Ciudad que se lo aconsejan, quitárselas.
Y a su reclamo y persuación, como se entiende, Vuestro Gobernador del
Río de la Plata, D. Mendo de la Cueba y Venavides hizo lo mismo,
156
mostrando en esto, como en otros cosas, su mal afecto a la Compañía y a
los fieles reducidos, con muy grande ofensa de Nuestro Señor y de V.M.;
porque lo mismo es quitar a los Indios fieles vasallos de V.M. que en su
servicio derraman sangre y dan sus vidas, las armas de las manos con que
defienden sus pueblos, mujeres e hijos, que dárselas a sus enemigos
declarados, dejándoles el paso franco sin resistencia a estas Provincias y a
los Reinos del Perú, adonde tengo fresco y nuevo aviso se van entrando a
prisa y que Vuestro Goernador de Santa Cruz de la Sierra quedaba al
presente en Chuquisaca pidiendo ayuda y favor para salirles al camino a D.
Juan de Lyzaraso, vuestro Presidente de las Charcas, que con celo, fidelidad
y vigilancia acude siempre a las cosas de Vuestro Real servicio. Y aunque
de estos puntos tengo dado cuenta a Vuestro Real acuerdo de la Plata y al
Conde Chinchón, vuestro Virrey y a D. Juan de Palacios de vuestro Consejo
y vuestro Visitador General de vuestra Real Audiencia de los Charcas y de
estas Provincias, que con universal aplauso de todos los estados ha
comenzado ya a ejercer su comisión, desde el Puerto de Buenos Aires a
estas Gobernaciones, por donde va pasando con diligencia al Perú y por su
mucha Cristiandad y celo del servicio de V.M. y bien común, acudir con
eficaz remedio, en cuanto fuere en su mano, a los males que amenazabn e
inconvenientes que se pueden seguir. Pero como el más eficaz remedio ha
de venir de vuestra Real mano, suplico a V. M. favorezca y ampare debajo
de ella a los de la Compañía, que con tanta fidelidad le sirven en estas
provincias, hasta dar la vida muchos en la demanda y a estos pobres Indios,
que por defender la fe y sus Iglesias y el paso a su enemigo, siendo fieles a
su Rey y Señor, derraman animosamente su sangre mandando a vuestros
Gobernadores no les molesten, como muchas veces lo hacen más, antes,
los defiendan de tantos émulos y contrarios como tienen, multiplicando
informes contra ellos y los Padres que los adoctrinan: pagando muchos años
hace a la Compañía de Jesús que les está sirviendo continuamente el
hacerlo, para procurar su descrédito para con V.M. y sus Reales Consejos,
con relaciones siniestras que ellas mismas muestran la pasión con que se
escriben suspendiendo el juicio de ellas hasta que a la Compañía se le
hagan notorias y responda a ellas que al presente no puede, por haberles
negado el Gobernador del Paraguay con mano poderosa los tantos de lo
actuado aunque los han pedido jurídicamente, como m s largamente
informar, con los papeles que le envió el Procurador General de las Indias de
la Compañía de corte...” (sin firma).
33. PRECAUÇÕES PARA A DEFESA DAS FRONTEIRAS DO PARAGUAI
NAS MISSÕES DO ITATIM.
Texto: Original na Biblioteca Nacional de Rio de Janeiro, 1-29-1-95.
Impressão: CORTESÃO MCA II, pp.70-72.
Edición: Edita-se o texto transcrito por Jaime CORTESÃO com ortografia
atualizada e notas.
157
Destinatário: Parece ser redatado em forma geral para alertar as
autoridades religiosas e civis respeito ao inimigo.
Data: Madri, 1640.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.434 nº 90; FURLONG, Montoya, p.106 nº
23.
Autores: CORTESÃO 2, 70-72.
TEXTO
ADVERTENCIAS PARA LA DEFENSA DE LAS FRONTERAS DEL
PARAGUAY POR LOS INDIOS DE LAS MISIONES DEL ITATIM.
Advertencia sobre la defensa de las Provincias y fronteras del Paraguay
por donde el enemigo Portugues ha intentado pasar al Perú y Potosí.
62
“La 1ª que este enemigo no tiene quien le esto rbe el paso para el Perú y
PotosíErro! Indicador não definido. sino los indios que los religiosos de la
Compañía han convertido y están en los ríos del Paraná y Uruguay
haciendo frente al enemigo al modo que se dibujan en el mapa.
La 2ª que aunque Su Majestad mandó por cédula del 16de setiembre de
1639 que los tres gobernadores del Paraguay Tucumán y Río de la Plata se
juntasen y con la mayor fuerza que pudiesen los fuesen a castigar, esto no
ha sido posible, ni lo es porque la distancia es muy grande de 260 a 300
leguas y no se puede caminar sino por ríos, ni llevar los caballos necesarios,
ni bastimentos y cuando esto fuese posible no pueden llegara tiempo sino
cuando ya el enemigo se hubiese apoderado de todo, porque se gasta en el
viaje 40 días por lo menos.
La 3ª que lo que habían de hacer los gobernadores y gente que llevasen
con grandes gastos, los indios de aquellos 20 pueblos y los otros dos de los
itatines lo han hecho con mucho valor sin gasto de la hacienda Real
alcanzando muy grandes victorias del enemigo haciéndolo huir y volver atrás
desde el año de 1636, aún antes que se hubiese revelado Portugal,
haciendo los indios grande estima de ser muy fieles vasallos de su Majestad.
La 4ª que supuesto que en el modo que han tenido hasta ahora estos
indios en defender aquellas fronteras ha sido bueno y acertado. Parece que
la razón de buen gobierno pide que no se innove en el. Antes se les aliente
para que prosigan y lo continúen.
Lo 5º que pues el modo de defenderse que han usado los dichos indios
ha sido teniendo en cada pueblo las armas con que se oponen al enemigo
en el primer encuentro, en el interín que acudan de los demás pueblos si
estas armas se ponen en uno o dos puestos solamente los demás pueblos
quedan indefensos y expuestos a que el enemigo se haga señores de ellos.
De lo cual se puede temer que de sentimiento viéndose cautivos y que les
quitaronlas armas con que defendían y a sus mujeres e hijos con
62
Advertencia sobre la defensa de las Provincias y fronteras del Paraguay por donde el enemigo
Portugués ha intentado pasar al Perú y Potosí. (Cfr: CORTESÃO MCA 2, p.70)
158
desesperación no se hagan de la parte del enemigo y que sería la total ruina
de aquellas Provincias.
Lo 5º (sic) hay tambien otro peligro y es que no teniendo cada pueblo las
armas para defenderse, sino que se pongan en uno o dos puestos
apartados, no podrán los indios ejercitarse en ellas y como los que les saben
manejar se mueran o enfermen no teniendo ejercicio de ellas ser en balde el
tenerlas y así es necesario que como hasta aquí las han tenido y ejercitado
las tengan, pues los efectos han sido buenos, y no se han seguido ningun
inconvenientes, por que lo que han dicho algunos de que se puedan rebelar
viéndose con armas, muchos años hace que las tienen y no se ha conocido
ningún peligro ni sombra. Tampoco el decir que se puedan unir con los
Portugueses, tampoco. Porque como han muerto tantos portugueses, no se
fían de ellos, por conocer las crueldades que han hecho con algunos que
han cogido, ni menos se puede temer que se rebelen contra los españoles,
pues bien conocida está su fidelidad en las rebeliones pasadas, que siendo
convidados de los rebeldes han reprendido a los rebelados y estorbado sus
inquietudes y ayudó a los españoles contra los rebeldes.
Lo 6º que mandando su Majestad a los gobernadores traten a estos indios
como amigos fieles, y que no consientan se les haga agravio así de palabra
como ni de obra ni les quiten los cacicazgos que de padres a hijos han
heredado, y cuando vinieren a los pueblos de los españoles no les quiten ni
revuelvan sus cosillas que traen para vender sino los traten con amor, no
hay que temer.
Lo 7º que como en aquella tierra no hay materiales para hacer pólvora ni
balas y es fuerza que se les lleve del Perú o de Buenos Aires, nunca corre
peligro ninguno pues es fácil quitarles las que tuvieren o echándolas en el río
o en el fuego con que no les ser de ningún provecho los arcabuces.
Lo 8º que para que se animen a proseguir con la fidelidad con que a costa
de sus vidas y sangre han defendido aquellas fronteras tantos años sin
recibir premio ni estipendio alguno que en el interín que el portugués rebelde
no se redujereb, que no se trate de cobrar el tributo, porque es necesario
que salgan a buscar con que pagarlo, por cuanto en sus tierras no tienen
con que pagarlo, y saliendo es forzoso hacer ausencia muchos de sus
pueblos que les quedaron menores las fuerzas y dilatándose esta paga, ellos
le reconocerán por favor y se animarán más a defender aquellas Provincias.”
159
A continuaçâo presentamos o Capítulo IV com os documentos escritos
pelo P. Montoya, trancripta ao castelhano com actualización de términos
antigos, sistematizados como Cartas: os textos epistolares constituem a
maior parte dos documentos que integran este trabalho. Las suscribió como
misionero de uma reduçâo, como Provincial da Mission do Guairá e algumas
tem dirigidas a otros missioneiros. Documentos Nº 34 al 78.
160
______________
CAPÍTULO IV
CARTAS
34. CARTA PARA O PROVINCIAL DIEGO DE TORRES BOLLO.
Impressão: O documento é inédito, só se conhece por referências
realizadas por autores que o comentam.
161
Edição: Edita-se o texto transcrito por Padre Pedro LOZANO, com ortografia
atualizada.
Destinatário: O Superior da Província Jesuítica do Paraguai Padre Diego de
TORRES BOLLO.
Data: 20 1611 de novembro.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.428 nº 4.
Autores: LOZANO, Pedro, História da Companhia de Jesus da Província do
Paraguai, Imprenta da Viúva de Manuel Fernández, e do Conselho Supremo
da Inquisição, Madri, Ano 1760, T.2, p.324.
TEXTO
“ Hijos, nosotros somos nacidos en esta tierra y parientes vuestros: por
tanto, hemos de procurar vuestro bien. Creednos a nosotros y no a estos
Carays, que son españoles de España, porque allá no hay Indios, ni saben
lo que les cumple para su buen ser. Nosotros sí. Ellos quieren, que vayais a
la Plaza de la ciudad y que os alquileis como caballos al que quisiere
alquilaros. Por eso mirad lo que quereis, pues de este modo habeis de
rabajar mucho. El tributo que habeis de pagar, es cosa muy pesada y siendo
vosotros tan pobres, de donde le habeis de sacar?
Entonces los Encomenderos os molestarán más por el tributo, cuando
ahora se contentan con vuestro trabajo. Los Padres de la Compañía, que se
lo han aconsejado, bien se conoce por aquí lo que os quieren, y lo mismo
debeis creer del Visitador, que lo ha ordenado.”
35. CARTA PARA O P. PROVINCIAL DIEGO DE TORRES BOLLO.
Texto: Original em A.R.S.I. manuscrito de 45 fs. em espanhol (1610).
I. Arquivo da Companhia. Colegio del Salvador.Buenos Aires: copia
fotográfica.
II. Museu Mitre, Buenos Aires,: Armário A.C. 17. PÁG. 9, Nº 36.
162
Impressão: LEONHARDT, CA I, pp.179-181,
Edição: Edíta-se a versão do P. Carlos LEONHARDT em espanhol, com
explicação de termos velhos e notas.
Destinatário: O Superior da Província Jesuítica do Paraguai, Padre Diego
de TORRES BOLLO.
Data: 1612.
Bibliografìa: STORNI, Montoya, p.428; CARDOZO I, p.246, Nº 10,;
FURLONG, Montoya, p.100, nº 3.
Autores: LEONHARDT CA I, pp.179-181; PASTELLS I, pp.138, 153, 157-
172.
TEXTO
CARTA DEL P. ANTONIO RUIZ DE MONTOYA, EN LA CUARTA CARTA
ANUA DEL P. PROVINCIA DIEGO DE TORRES BOLLO DESDE
SANTIAGO DE CHILE EN LA QUE SE RELACIONA LO ACAECIDO EN
LA PROVINCIA EL PASADO AÑO DE 1612.
“Tenemos en estas reducciones [Nuestra Señora de Loreto San Ignacio
San Javier, y San José‚] tres mil quinientos indios, antes más que menos,
que por todo serán unos doce o trece mil almas en los cuatro pueblos.
Los indios están tan mudados en sus costumbres que, contándome un
caciquelo que mal había huído antes que nosotros estuviésemos entre ellos,
dijo que ya no se conocía así mismo y tiene razón, porque es otro. En acudir
a sus confesiones y mirar por su gente y vasallos, hace ventaja a muchos
espa¤oles en mirar por su familias. Lo mismo que éste dice, pueden con
verdad decir los demás, porque andan a porfía a levantar sus iglesias, acudir
a misa, sermón y doctrina. Muestran tantos deseos de salvarse y tener
padres consigo, que no se como lo diga, sino es afirmar a V.R. que si con
impedirnos cosa tan buena, pudiera caber en nosotros casancio, lo
hubiéramos recibido de oir la veces que, con temor y deseo de que no nos
vamos, nos dicen: "¡ Ah, padres! ¡Algún día nos habéis de dejar e iros!" Dan
por razón, que no hemos de poder llevar sus comidillas, ni estar en tierra
donde no hay pan, carne, ni sal, ni vino y ni aún pescado lo más del año. Ya
no nos bastan razones para segurarlos y buscamos invenciones, diciéndoles
que cuando nos querramos ir, que los alcaldes y fiscales nos aten muy
fuertemente y que no nos dejen salir. Con que se holgaron tanto que un
fiscal, que por haber ya crecido la gente, lo hemos elegido, dijo que así lo
había de hacer él que había de atarnos por la cintura muy recio y no por la
garganta, porque no nos ahogáramos.
Los indios, que en estos ríos están escondidos por miedo de los
españoles, son muchos, haciendo en medio de los montes y espesuras,
unas poblaciones muy grandes. Los caciques sólo han salido con unos
163
pocos indios a vernos si entendieran que lo pudieran hacer con seguridad,
vinieran muchos. Certifico a V.R.que, si pudiera hacerme muchos sacerdotes
a cada población de aquellas, me diera, dejándolas en sus mismos puestos,
para poner freno al demonio en llevar almas al infierno, procurando ayudar a
tantas como allí padecen por falta de sacerdotes, a alcanzar sus
bienaventuranzas eternas.
El modo que tenemos entre ellos, es que en los dos primeros pueblos,
residimos dos y dos en los otros, sin apartarnos, procediendo con el recato
que conviene, tanto por nuestro particular, cuanto por el buen ejemplo que
debemos dar a gente nueva en la fe, estando siempre a punto y a cualquier
hora de la noche, para acudir a los enfermos y, como ellos lo han conocido,
a todos nos llaman.
Nuestro sustento ordinario es el que otras veces se ha escrito a V.R.. Lo
que toca al vestido, cuando llegué a la reducción, hallé a los padres
desnudos, sin camisa ni zapatos y, la sotana con mil remiendos, que ya no
se conocía el primer lienzo, pero consoladísimos y con deseos de entrar al
Vray
63
donde no tienen número los indios, pues en un pueblo salieron ayer a
un padre que fue allá , tres mil indias ya hechas, sin niños y la demás
chusma. Esto no era nada respecto a la gente que hay.
Seis jornadas de más reducciones, había más de cuatro mil indios que se
han reducido allí por parecerle buen puesto, de los cuales tuve la palabra,
que se vendrían con nosotros. Pero más acertado parece que V.R., por amor
de Dios, nos envíe compañeros que nos ayuden a acudirlos estándose
quedos o, por lo menos, que nosotros los vamos a visitar de cuando en
cuando. Aunque no se podrá hacer sin mucho trabajo, pues ha de ser de a
pie por malos caminos y, al cabo, sale uno desnudo y descalzo, como me ha
sucedido a mí al cabo de la jornada, salir casi desnudo y tullido por las
aguas y frialdad aunque la Divina Majestad, compadeciéndose de mí y de
estos pobres me dio salud, como V.R. sabrá por nuestra carta anua de
estas misiones.
Todos estos indios que he dicho, no son nada respecto de los muchos
que han por acá, los cuales, con dos cosas que V.R. nos ayude: la primera,
procurara se atajen los muchos agravios que reciben la segunda,
enviándonos dos docenas o tres de padres, por ahora, hasta que el Señor
envíe más. Se reducirán casi todos y se hará una de las más copiosas y
lúcidas cristiandades que haya en las Indias.”
36. CARTA AO PADRE PROVINCIAL DIEGO TORRES BOLLO.
Texto: Original em ARSI manuscrito 45fs. em espanhol, com a seguinte
observação na margem esquerda: Paraquaria hispânica (1610) e também de
Chile.
I.Archivo da Companhia. Colégio do Salvador.Buenos Aires: cópia
63
Vrbay: por “UruguayErro! Indicador não definido.” (Cfr.LEONHARDT CA I, 1927:545, nota
15)
164
fotográfica.
II.Museu Mitre.Buenos Aires: Armário A.C. 17. P.9, Nº 36.
Impressão: LEONHARDT CA I, pp.182-184.
Edição: Edítase a versão do P. Carlos LEONHARDT em espanhol, com
explicação de termos velhos e notas.
Destinatário: Superior da Província Jesuítica do Paraguai, P.Diego de
TORRES BOLLO.
Data: da Carta Anua, Santiago de Chile fevereiro de 1613.
Bibliografía: STORNI, Montoya, p.428. FURLONG, Montoya, p.99, nº 2.
CARDOZO 1, p.246 nº 11.
Autores: LEONHARDT CA I, pp.182-184; PASTELLS 1, pp. 153, 157-172.
TEXTO
CARTA DEL P. ANTONIO RUIZ DE MONTOYA, EN LA CUARTA CARTA
ANUA DEL P. PROVINCIAL DIEGO DE TORRES BOLLO DESDE
SANTIAGO DEL CHILE EN LA QUE SE RELACIONA LO ACAECIDO EN
LA PROVINCIA EN EL PASADO AÑO DE 1612.
“Partí de nuestras reducciones por parecer de los padres y con el fin que
ellos habrán (?) escrito a V.R., de el remedio de algunas cosas, que le
pedían en breve, en todos los pueblos que topé en el camino hice lo que
pude, confesando y predicando a los indios, visitando a los enfermos.
Porque algunas cosas que me han sucedido en este camino no van en el
anua, quiero dar cuenta de ella a V.R.. La una es que se llegó un indio a
hablarme y, de la mudanza del rostro y turbación en el hablar, conocí que
tenía alguna cosa grave, que era causa de aquella turbación, luego me dijo
que había querido ofender a Dios, con una india y, que al cabo de muchos
días, que tuvo mal deseo, la topó en el monte y allí la quiso sofocar, ella se
defendió de él, todo lo que pudo y el indio viéndose despreciado, se le
revistió el demonio y con sus manos apretándole el pescuezo la ahogó.
Realmente, el indio era muy dispuesto y de buen rostro, sin tener falta
natural por donde ella le desechase, sino que la gracia de Dios fortaleció a
aquella buena india y así la dejó allí y me dijo que nunca más supo de aquel
cuerpo.
El otro, es verdaderamente milagroso, porque yo caminé desde el salto
del Guairá a donde se deja el río para caminar por tierra, hasta Maracayú,
tardé ocho días de continuas aguas y pantanos a la cintura y como venía
descalzo, con la humedad me tullí de la pierna derecha. Habiendo andado
aquel día cinco leguas bien hechas, quedé tan perdido del camino y el agua,
165
que se me puso la pierna yerta como un palo. Con grandes dolores,
hechéme en mi hamaca colgada y allí no podía menear la pierna sin dolor,
aunque lo que más sentía era no poder caminar, ni tener remedio de
cabalgadura y sin [nada] de comer, para la gente que traía en mi compañía.
Púseme de rodillas arrimado a un bordón y supliquéle a Nuestra Señora que,
pues, iba por Su Servicio, que me sanáse por los méritos de nuestro
bienaventurado padre San Ignacio, a quien me encomendé muy de veras.
Certifico a V.R. que en aquel punto sentí una fe tan grande en mi alma, de
que había de quedar sano, que yo no dudaba de ello. Era ya casi de noche
y, a la mañana me levanté tan bueno, que caminé cuatro leguas, con tanta
velocidad, que me espantaba yo de mí mismo y me daba golpes en la
pierna mala y golpes con el pie en el suelo, en prueba de la salud que tenía.
LLevé aquel día tanta ventaja a los indios, que llegué primero a la dormida,
el tiempo que recé desde sexta hasta los maitines del día siguiente y, desde
entonces pude proseguir mi viaje y, gloria al Señor estoy bueno, yo pensé
quedar de ésta perpetuamente cojo, porque parado no podía estar media
Ave María, sin gran dolor. Esto me escribe el padre de su camino y después
como llegó a la de Asunción, con el favor de nuestro Señor y la ayuda del P.
Rector y los demás padres.
Remedió algo de lo mucho que había que remediar, llevando algún freno,
para aquella gente y de camino deshizo como testigo de vista algunas cosas
falsas, que se habían dicho de sus reducciones, y también fue causa de que
después volviese algunos de los indios que él se había traído de su
reducción y este es el fin que tuvo su jornada. Volviéndose luego con mucho
deseo de trabajar a su dichoso empleo.”
37. CARTA PARA O PROVINCIAL PADRE DIEGO DE TORRES BOLLO.
Impressão: O documento é inédito, só é conhecido por referências dos
autores que o comentam.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo Padre Pedro LOZANO, com
ortografia atualizada.
Destinatário: O Superior da Província Jesuítica do Paraguai, Padre Diego
de TORRES BOLLO.
Data: 6 de agosto de 1613.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.428 nº 8.
Autores: LOZANO 2, p.623.
TEXTO
166
“De lo de por acá (dice) escribo a V.R. en una Relacioncita, a la que me
remito. Sólo digo, que por reverencia de Nuestro Señor y amor de Nuestra
Señora y de nuestro Santo Padre, que V.R. mude el orden, que el Padre
Lorenzana envió, en que yo quedase aquí por negro Superior, con cargo del
Santo Oficio. Yo no me espanto de los Padres, porque quizá no me
conocen, pero espantáronme de V.R. mucho, y muy mucho, si no mudare
este orden, porque certifico a V.R. que cuando considero que ha de venir en
los títulos de las Cartas Superior, me averguenzo, porque yo no entré en la
Compañía sino para estropajo: y mire V.R. que en esto va la honra de esta
Provincia, porque que dirán los seglares de ella, sino que pues yo soy
Superior, que tales son los Súbditos; y asi, por caridad, que V.R. lo remedie.”
“... De las Misiones, que a V.R. escribo, no me aplico a una más que a
otra. Plugiera al Señor, y yo me pudiera hacer mil leguas, y mil Padres, para
entrar por estas Regiones incultas y llevar el Evangelio a estos pobres, los
cuales, si con lágrimas pudiera yo remediarlos, algún remedio tuvieran.
No quiero sino morir entre ellos, hecho pedazos después de haber
poblado el Cielo de almas santas, que den gloria al que es Dueño de toda
cuanta hay. Y así de rodillas, y desde acá, con lágrimas de mis ojos, escribo
esta y pido a V.R. se duela de estos nuestros hermanos pobres, y
necesitados de luz.”
38. NARRAÇÃO DE UMA CARTA AO PROVINCIAL PADRE DIEGO DE
TORRES BOLLO.
Impressão: O documento é inédito, só é conhecido por referências de
autores que o comentam.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo Padre Pedro LOZANO, com
ortografia atualizada.
Destinatário: O Superior da Província Jesuítica do Paraguai Padre Diego de
TORRES BOLLO.
Data: 8 de agosto de 1613.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.428 nº 9.
Autores: LOZANO 2, p.400.
TEXTO
“... le llamaron [dice] en aquel Pueblo a confesar a un Indio, que por la
posta corría al a muerte de mal de orina, y estaba ya muy hinchado, cual si
fuera hydrópico. Acabada la confesión, le dijo un Evangelio, y le encargó se
encomendase a la Santísima Virgen, Patrona de su Pueblo, con gran
167
confianza. Excusólo el indio, y fue tan prontamente oído, que apenas había
salido el Padre de la casa, cuando evacuó fácilmente la orina, que le había
tenido a punto de muerte, y quedó perfectamente sano....[añade], que no
tenía; por menor milagro el que en aquellos días acababa suceder en la
muerte de un Indiecito, hijo de un Cacique, que por voluntad de su padre se
había dedicado al servicio de esta Santa Imagen, y fuera de ayudar a Misa a
cualquier Sacerdote, que llegaba, cosa que admiraba en su edad, se
esmeraba mucho en el aseo del Altar material de la Virgen; pero mucho más
en el del espiritual de su alma, viviendo enamorado de la pureza de la Reina
de las Vírgenes.”
39. COMENTÁRIO DE UMA CARTA AO P. PROVINCIAL DIEGO DE
TORRES BOLLO.
Texto: Original no Arquivo geral da Companhia de Jesus, em latim.
Impressão: LEONHARDT, CA I, pág. 339.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. Leonhardt, com ortografia
atualizada, e explicação de termos velhos e notas.
Destinatário: O Superior da Província Jesuítica de Paraguai o P. Diego de
TORRES BOLLO.
Data: da Carta Anua, Córdoba, 8 de abril de 1614.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.428; FURLONG, Montoya, p.100, nº
5.CARDOZO 1, p.246 nº 12.
Autores: LEONHARDT, CA I, p.339; CORTESÃO MCA 1, pp.243-244.
TEXTO
REFERENCIA A LA CARTA DEL P. ANTONIO RUIZ DE MONTOYA EN
LA QUINTA CARTA ANUA DEL P. PROVINCIAL DIEGO DE TORRES
[BOLLO], DESDE CORDOBA, EN LA QUE SE RELACIONA LO
ACAECIDO EN LA PROVINCIA EN EL PASADO AÑO DE 1613.
“Cuatro días antes de mi llegada a ésta capilla de la Virgen [en el
Guairá ], decían los habitantes, que dos hachones
64
blancos de cera, de
vara y media, puestos delante del altar de la Virgen y además el grande
estribo en la capilla, también blanqueado, comenzaron a sudar sangre un día
64
Hachon: especie de bracero alto sostenido en un pie, en que se encendían cosas que levantasen
llama.
168
de viernes al salir el sol y que corrió todo el día esta sangre o cosa como
sangre, hasta mojar el suelo. Qué quería indicar Dios con este hecho, sabrá
El solo, porque no lo mencionaron ya después los padres.”
40. COMENTÁRIO DE UMA CARTA AO PADRE PROVINCIAL DIEGO DE
TORRES BOLLO.
Impressão: LOZANO 2, p.727.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo Padre Pedro LOZANO com
ortografia atualizada.
Destinatário: O Superior da Província Jesuítica do Paraguai Padre Diego de
TORRES BOLLO.
Data: Asunción, 20 de maio DE 1614.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.428 nº 12.
TEXTO
“... pues por Carta del mismo Padre Antonio Ruiz [de Montoya], escrita
desde la Asunción al Padre Provincial Diego de Torres [Bollo], en 20 de
Mayo de este año, consta expresamente, que el Canónigo procedió con
autoridad del Comisario Licenciado Trejo el cual procedía por Comisión del
Santo Tribunal de Lima en esta Causa contra el Padre Comisario Diego
González, y sus dependencias, cual era esta aunque obtenida con informe
siniestros; y que el Auto, que le notificó Resquín
65
para exhibir los papeles
mencionados, fue provisto por el mismo Comisario Trejo. Con que mal se
puede decir, que el visitador
41. COMENTÁRIO DE UMA CARTA DO PADRE ANTÔNIO RUIZ DE
MONTOYA NA CARTA ANUA DO PADRE PROVINCIAL DIEGO DE
TORRES BOLLO.
Texto: Original no arquivo geral da Companhia de Jesus, Roma, em latim.
65
El canónigo Francisco Resquín nombrado Visitador General del Obispado por la sede vacante fue el
encargado de la secularización intimando al P. Montoya la entrega de los Autos del Santo Oficio por
orden del Comisario González Holguín.
169
Impressão: LEONHARDT, CA I, pp. 452-454.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. LEONHARDT com ortografia
atualizada, e explicação de termos velhos e notas.
Destinatário: O Provincial da Companhia de Jesus P. Diego de TORRES
BOLLO.
Data: da Carta Anua, 12 de junho de 1615.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.428; FURLONG, Montoya, p.101 nº
7.CARDOZO 1, pág. 247 nº13.
Autores: LEONHARDT, CA I, p.452-454.
TEXTO
REFERENCIA A LA CARTA DEL P. ANTONIO RUIZ DE MONTOYA EN
LA SEXTA CARTA ANUA DEL P. PROVINCIAL DIEGO DE TORRES
BOLLO, DESDE CORDOBA, EN LA QUE SE RELACIONA LO
ACAECIDO DURANTE EL AÑO 1614.
“.... de las cartas particulares de los padres José Cataldino, Simón
Mazeta y Antonio Ruiz de Montoya, que alli trabajan [Misión del Guairá]
puedo extractar algo, para que Su Paternidad vea lo que se hace allí. Uno
de estos padres escribe así: fue él enviado de suplente
66
a las reducciones
de Loreto, San Ignacio y Tambaracé‚, porque hubo una peste, de la cual
morían cuatro o cinco cada día y, en sólo doce días, había que bautizar a
unos quinientos indios entre grandes y chicos, los cuales, atacados por la
enfermedad, pedían con instancias el santo bautismo. Así escribe:
Cuando en sólo doce días por un solo sacerdote se podían recoger tantos
frutos en estas dos reducciones, se puede suponer el gran provecho que
sacaría el suficiente número de operarios evangélicos en un campo misional
tan dilatado. Con estas palabras se concluye aquella carta.
Estoy firmemente persuadido que pronto serán cristianos no sólo los de
las reducciones, sino todos los indios de la comarca, o del "campo" como la
llaman y que ha llegado el tiempo de extender nuestros trabajos a este
campo.
Yo mismo quisiera emprender esta tarea de evangelizar aquel campo y
pido por amor de Dios y de la Virgen Santísima, que se me de este cargo de
66
En 1612 el P. Provincial Diego de Torres, manda al P. Antonio Ruiz de Montoya (limeño) y al P.
Martín Urtasum (navarro) al Guairá donde ya estaban los padres Cataldino y Mazeta. El personal de la
Misión del Guairá, era el siguiente: Superior: P. José Cataldino, de la Marca de Ancona; vino en 1586
y murió en San Ignacio Mini en 1653; el Padre Antonio Ruiz de Montoya, de Lima, vino siendo
novicio, en 1609, murió en Lima en 1653; P. Martín Urtasum, de Castilla; vino siendo escolar, en
1609 y murió en Loreto del Guairá en 1613; P. Simón Massetta, italiano ( su apellido se escribe
también Mazeta, Maceta o Maseta); vino en 1609 y murió en San Ignacio Miní en 1658. (Cfr:
LEONHARDT CA 1, p.435, Nota 13).
170
misionero y, aunque me considere inepto para tan elevada empresa, espero
en Aquel que elige lo débil en el mundo para confundir a los fuertes. Así
escribió este padre.
Tenía este padre que sepultar tantos muertos, que le era ya imposible
repetir cada vez las preces del ritual prescritas para tal ocasión.Tenía que
contentarse con rociar a los muertos con agua bendita y volver al instante a
confesar a los moribundos, día por día, desde la mañana hasta la noche, no
quedándole siquiera tiempo para comer.
Logró el mismo misionero frustrar un crímen concertado ya y los
culpables estaban tan llenos de confusión, lágrimas y arrepentimiento, que
dos padres estaban ocupados por algunos días en oir las confesiones de
ellos, los cuales, enn señal de su dolor y arrepentimiento se azotaron hasta
la sangre en una pública procesión de penitencia.
Es muy grande la devoción de los indios a la Virgen Santísima: aseguró
un cacique que se le había aparecido. Acordándose los padres del refrán
español de que "hay que sacar el agua de la misma fuente" y, queriendo
ellos que los indios de las reducciones estén sólidamente instruídos en la
religión, acostumbrados a ella desde su más tierna infancia, procuraron
fundar escuelas, a las cuales asisten niños, este número se podía doblar, si
hubiera quien les enseñe.”
42. CARTA AO PROVINCIAL PADRE PEDRO DE OÑATE.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia de Jesus, Roma, em latim.
Impressão: LEONHARDT CA 2, pág. 97.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. LEONHARDT, com ortografia
atualizada, e explicação de termos velhos e notas.
Destinatário: O Provincial da Companhia de Jesus, P. o Pedro de OÑATE.
Data: 1615 (?).
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.428; FURLONG, Montoya, p.101 nº
7.CARDOZO 1, nº14 de p.247.
Autores: LEONHARDT, CA 2, pp.97; l46.
TEXTO
CARTA DEL PADRE ANTONIO RUIZ DE MONTOYA EN LA NOVENA
CARTA ANUA DEL P. PROVINCIA PEDRO DE OÑATE EN LA QUE SE
RELACIONA LO ACAECIDO DURANTE EL AÑO 1.616.
171
“Aquí [Nuestra Señora de Loreto del Guairá] tengo una escuela de
cuatrocientos muchachos y es juicio de Dios, el acudirlos. Cargado de todo
el pueblo esta cuaresma a confesarse, trabajar‚ hasta caer todo va bueno ,
¡Gloria al Señor!. Mucho fervor y deseo del bien eterno que tienen estos
naturales, acuden a misa todos los días y me han pedido, diga misa muy
de mañana, para oirla antes de ir a las chácaras y así lo hago”.
43. CARTA PARA O PROVINCIAL PADRE PEDRO DE OÑATE.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia de Jesus, Roma, em latim e
espanhol ao mesmo tempo. O texto latino tem oito folhas escritas com letra
apertada (f.161 para 168 vta.). Conclui com a palavra "vale" sem levar
assinatura alguma.
Impressão: LEONHARDT, CA II, p.156.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. LEONHARDT, com ortografia
atualizada, e explicação de termos velhos e notas.
Destinatário: Provincial da Companhia de Jesus.
Data: Redução de Loreto 9 de outubro de [1616].
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.429; FURLONG, Montoya, p.101 nº
9.CARDOZO 1, nº15 de p.247.
Autores: LEONHARDT, CA II, p.156.
TEXTO
CARTA DEL P. ANTONIO RUIZ DE MONTOYA EN LA DECIMA CARTA
ANUA DEL P. PROVINCIAL PEDRO DE OÑATE EN LA QUE SE
RELACIONA LO ACAECIDO DURANTE EL AÑO 1.617.
“El arte y vocabulario procuraré‚ vaya en otra ocasión que como V.R. me
escribió no había prisa y las ocupaciones acá son tantas y yo tan para poco,
no puedo ir ahora; V.S. no lo reciba como cosa mía que no lo es, sino de
Nuestra Señora, que como mis trabajuelos son suyos y la vida y corazón que
tengo se dignó hacer este arte porque después de haberle yo escrito y leído
hallé que no había hecho yo y un poco más abajo dice:
Grandes cosas tiene Dios en estos desiertos, grandes riquezas y
maravillas hace y lo que más muestra su grandeza es que me han atraído a
172
mi a ellos, criatura tan indigna y de servirá a sus hijos en la cocina gran
Dios es y digno de ser amado grandemente. No quiero causar a V.R. más
aunque con escribir estos renglones he descansado en mi espíritu y
recreádome un rato en mi alma con V.R. en gran ánimo para llevar los
trabajos tan sin medida que El envía sobre quien carga los de esta
Apostólica Provincia que yo aunque con mi acostumbrada tibieza
encomendé en el sacrificio de la misa a V.R. de esta Reducción de Loreto, 9
de Octubre, etc.”
44. CARTA AO PADRE PROVINCIAL PEDRO DE OÑATE.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia de Jesus, Roma, escrita em
espanhol, levada em 1.620 pelo Padre procurador Francisco VÁZQUEZ
TRUJILLO, com notas marginais posteriores, editadas em italiano. É escrito
com uma mesma letra minúscula que impede sua leitura.
I: Cópia fotográfica no Arquivo da Companhia. Colégio do Salvador.
Buenos Aires.
II: Cópia corrigidas e abreviadas em latim, que formam um manuscrito de 2
fs, cheio de correções e riscos em Bruxelas.
Impressão: LEONHARDT, CA II, p.206.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. LEONHARDT com ortografia
atualizada, e explicação de termos velhos e notas.
Destinatário: O Superior da Província Jesuítica do P. de Paraguai P. Pedro
de OÑATE.
Data: da Carta Anua, Córdoba, 17 de fevereiro 1620.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.429; FURLONG, Montoya, nº11 de p.102.
CARDOZO 1, nº16 de p.247.
Autores: LEONHARDT, CA II, p.206.
TEXTO
CARTA DEL PADRE ANTONIO RUIZ DE MONTOYA EN LA DECIMO
PRIMERA CARTA ANUA DEL PADRE PROVINCIAL PEDRO DE OÑATE
EN LA QUE RELACIONA LO ACAECIDO EN LOS AÑOS 1.618-1.619.
173
“Entiendo sin duda que si V.R. hubiera visto el trabajo que el Padre
Juan Baseo
67
ha tenido en este tiempo de la peste se hubieran conmovido
notablemente a socorrernos con ayuda mucho se consolar V.R. de ver
como se les ha acudido en lo espiritual y temporal muy de ordinario nos
llamaban al mejor sueño y entre día apenas se daban un rato para
descansará a las 10 se tocaba la campana para que acudies en por la
comida de los enfermos a que acudía un ejército de muchachos con platos y
ollas. Dáseles lo que apetecen los enfermos y con mucha liberalidad por
que la experiencia que tengo de la de Nuestro Señor no pide menos el 1º
día de cuaresma (no) me hallé sin un solo huevo ni pescado, ni una espiga
de maíz ni harina ni otra cosa más que la leche ordinaria.
Proveyó Nuestro Señor tan abundantemente que la pascua me hallé con
un cestillo de huevos, pescado y fríjoles de sobra, habiendo repartido a los
pobres toda la cuaresma todo lo que pidieron sin negar a nadie cosa ninguna
y muchas veces quitándolo de la boca para dárselo.
Parece que no es creíble la carne que les he muerto y maíz que he
gastado con ellos, y certifico a V.R. con verdad que de propósito no he
querido pedir nada a nadie dejándolo a la divina providencia que he visto
cosas maravillosas.
Al presente van mejorando gloria al señor y lo atribuyo a la gran caridad
del Padre Juan Baseo que parece sueña lo que ha de dar a los pobres.
Creo que si V.R. viera estas reducciones y como se acude en ellas al
culto divino y el fervor de los indios se olvidar de Juli
68
: querrá el señor
darnos esta buena suerte de que veamos a V.R. por acá. Al Padre Josep
[Domenech] le parece viendo la gran observancia y puntualidad en el orden
de casa y disciplina religiosa de estas reducciones, que más forma tiene eso
de un buen noviciado que de casa de reducción de indios. Mucho había
que decir de cuatro Apóstoles que tiene aquí V.R. entre los cuales ando yo
como otro Judas, mucho se consolar V.R. de ver como proceden los padres
y para decirlo en breve tendría bien que imitar en ellos un muy fervoroso
noviciado, al fin es gente a quien ha escogido el Señor para antorcha de su
evangelio. Hasta aquí la carta del Padre Antonio Ruiz.”
69
67
Su verdadero nombre era Juan Vaisseau, fue el introductor de la música, según lo relataTECHO,
Historia de la Provincia del Paraguay T III. P.147. El P. Vaisseau falleció en 1623.
68
La doctrina de Juli tuvo su inicio en noviembre de 1576 junto al Lago Titicaca o “laguna grande”
como llamaban los indios, en la provincia de Chiquitos la más poblada del Perú, se constituyó en
experiencia y modelo de la acción evangelizadora.
69
Sigue la Carta Anua: “…Padre Antonio Ruiz el que con su gran fervor y celo no se pudo contener
que no fuese a buscar nuevos indios infieles que convertir en una misión que hizo a unas naciones de
indios que están el Paraná abajo hacia la Villa Rica en la que le sucedieron cosas maravillosas, y
recogiendo algunas en breve dice: …” Continúa la carta en el Documento Nº 45 de esta colección.
174
45. CARTA AO PROVINCIAL PADRE PEDRO DE OÑATE.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia de Jesus, Roma, escrita em
língua castelhana, levado em 1620 pelo Padre procurador Francisco
Vásquez Trujillo. Contém notas marginais posteriores editadas em italiano.
Isto escrito em uma mesma letra minúscula que impede sua leitura .
I: Cópia fotográfica no Arquivo da Companhia. Colégio do Salvador.
Buenos Aires.
II: Cópia corrigiu e abrevidas em latìn, formando um manuscrito de 27 fs.
em Bruxelas.
Impressão: LEONHARDT CA II, p.207-208.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. LEONHARDT com ortografia
atualizada, e explicação de termos velhos e notas.
Destinatário: O Superior da Província Jesuítica do Paraguai, Padre Pedro
de OÑATE.
Data: da Carta Anua, Córdoba, 17 de fevereiro de 1620.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.429; FURLONG, Montoya, nº11 de p.102.
CARDOZO 1, nº16 de p.247.
Autores: LEONHARDT CA II, p.207-208.
TEXTO
CARTA DEL PADRE ANTONIO RUIZ DE MONTOYA EN LA DECIMO
PRIMERA CARTA ANUA DEL PADRE PROVINCIAL PEDRO DE OÑATE
EN LA QUE RELACIONA LO ACAECIDO EN LOS AÑOS 1.618-1.619.
“Primero llegué a un pueblo donde está una imagen de la Virgen pintada
en papel muy toscamente y hace muchos milagros, resucitando muertos, de
que ví dos y los hablé y me dio el uno relación del modo con que Nuestro
Señor le había vuelto a la vida, el otro era criatura y no supo darme relación
de nada. El día antes que yo llegase sudó sangre la iglesia, y, a lo que pude
entender fue por haberse cometido allí un gran pecado.
Pidieron los indios al Padre que se quedase con ellos y salieron a cuantos
partidos quisiesen ya que se mudarían donde quiera que les dijese y las
cosas que hicieron con él para que se quedase con ellos no son creíbles. Allí
tomó el Padre lengua del Iguazú y se ofrecieron los indios a llevarle con
175
mucha facilidad a él porque está cerca.
Lo segundo dice que de allí pasó al campo de los cabelludos donde había
muerto un cacique principal a quien en su enfermedad habían bautizado.
Supe, dice, como acostumbraban a matar algunos para que vayan a la otra
vida a servir a su cacique y por estorbar esta maldad me puse luego en
camino a pie (que es el ordinario jumento
70
por acá ) y según el deseo que
llevaba de llegar me pareció que en un punto había caminado aquellas dos
leguas, allí los indios en un profundo llanto alrededor del muerto, el que
estaba vestido con lo mejor que ten¡a, el rostro y manos embijados
71
y a la
cabecera un gran calabazo de chicha, allí cerca los que habían de morir
entonces y para el efecto de este sacrificio se iban juntando todos los indios
de la comarca con sus armas los cuales, después de haber vivido en
semejante mortuorio, se matan a palos y flechazos y por abreviar el Padre
les quitó el difunto diciendo que era cristiano bautizado y como tal le había
de enterrar y reprendiéndoles la bárbara y fiera costumbre de matar a los
vivos para que sirvan a los difuntos, dio la vida a aquellos miserables que
habían de ser sacrificados. Hizo volver a sus pueblos a todos aquellos indios
armados.
Dice lo tercero que allí cerca están los indios que llaman camperos y los
que bajaron de Tibagiva y la Provincia de Chanes y los Tampig y los pates y
otras provincia que confinan con el Iguazú y todos son infieles pero muy
dispuestos para el evangelio.Dándome el padre noticia de estas naciones
que están en las míseras tinieblas, de su gentilidad movido a misericordia
de ellas, añade, no tengo que ofrecer de mí a V.R. sino la poca vida que
queda y un muy buen deseo de comenzar a servir a Nuestro Señor y
predicar su evangelio. Mucha lástima dará a V.R. ver que haya por acá
tanta gentilidad y tanta facilidad en su conversión que no haya quien les
mueva la piscina y les eche en ella, lavándoles con el baustismo. Por
revencia de Cristo Nuestro Señor y por el amor que debe V.R. a nuestro
Santo Padre Ignacio, pido con todo el afecto que puedo a V.R. se duela y
compadezca de esta miserabilìsima gente enviándoles padres que los
liberen del infierno, porque en sólo V.R. está ahora puesta la esperanza de
la salud de estos pobres y es cosa terrible y digna de muy gran ponderación
que se pierdan tantas almas eternamente en el infierno y que hayan de
carecer de ver el sumo bien sin fin.
Deseo sumamente llevar a Jesucristo Nuestro Se¤or por toda esta
gentilidad y ese crucificado y cricificándome yo en su cruz. Hasta aquí el
Padre Antonio Ruiz [de Montoya].”
46. REFERÊNCIA DE CARTAS AO PROVINCIAL PADRE NICOLÁS
MASTRILLI DURAN.
Texto: Original no Arquivo Geral do Companhia, Roma, ARSI. Escrito em
espanhol pelo P. Provincial Nicolás Mastrilli Durán, a tradução latina foi
realizada pelo P. Jaime Ranzonier.
70
Jumento: asno
71
Embijados: pintados de colorado.
176
I: Copia na Biblioteca da Universidade de Leeds, Inglaterra, publicada em
1.926 pelo Dr. D. Ricardo Offor, bibliotecário da Universidade.
II: Cópia incompleta na Biblioteca Nacional de Rio De Janeiro. (faltam 10
folhas)
Impressão: LEONHATDT CA 2, pp.300; 317.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. LEONHARTD com ortografia
atualizada e notas.
Destinatário: O Superior da Província Jesuítica do Paraguai, P. Nicolás
MASTRILLI DURAN.
Data: da Carta Anua, Córdoba 12 de novembro de 1626.
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº24 de p.430.
Autores: LEONHARDT CA 2, pp .300,317; CORTESÃO MCA 1, pp. 210,
225. JARQUE I, 157.
TEXTO
REFERENCIA A CARTAS DEL PADRE ANTONIO RUIZ DE MONTOYA,
EN LA DECIMO SEGUNDA CARTA ANUA DEL PADRE PROVINCIAL
NICOLAS MASTRILLI DURAN EN LA QUE SE RELACIONA LO
ACAECIDO EN LA PROVINCIA EN LOS AÑOS 1.626-1.627.
“El indio, pues, del Guairá ... se fue en una canoa río abajo y treinta
leguas de allí , llegó a la reducción nuestra de la Natividad de Nuestra
Señora llamada de Acaray ... Como los indios de esta reducción ... llenos de
espanto huyeron al pueblo con tanto alboroto y sobresalto, que no acertaban
a decir al padre Tomás de Ureña lo que querían decirle ... Pero como el
padre abrazó al indio con mucho amor por su relación y por las cartas que
trajo de los padres del Guairá , se alegraron todos y festejaron mucho la
venida del indio. Pero no contento con esto, el padre Antonio Ruiz, vuelto
este indio a su tierra, me despachó otro cacique con cartas que llegó hasta
éste Colegio de Córdoba en tiempo de la Congregación. Fue para mí y
para todos los padres, nueva de singular alegría por haberse descubierto
aquel camino. Escribí al padre Antonio [Ruiz de Montoya] que me resolví a
emprender aquel viaje, con lo que vino con muchos indios que abrieron
camino en aquel monte espeso, haciendo muchísimos puentes en los ríos,
quebradas y pantanos. Me encontró en la reducción de Nuestra Señora,
donde se dobló de contento por ver al padre y a más de cien indios que trajo
consigo de aquellas reducciones.”
72
“El indio Pedro de quien hablaba, (dice el padre Antonio Ruiz que escribe
este caso) era de vida inculpable y porque le traté‚ y confes‚ muchos años,
72
LEONHARDT CA II, p.300.
177
puedo con certidumbre afirmar de él que fue verdaderamente justo y tan
medido con la voluntad divina, que sus confesiones más eran de un religioso
perfecto, que de indio de pocos años convertido. Era muy docto en la
doctrina y, con ser ya viejo, el primero en todos los actos de virtud.”
73
47. CARTA AO PADRE PROVINCIAL NICOLÁS MASTRILLI DURAN.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia, Roma, ARSI. Escrito em
espanhol pelo P. Provincial Nicolás Mastrilli Durán, a tradução latina foi
realizada pelo P. Jaime Ranzonier.
I:Copia na Biblioteca da Universidade de Leeds, Inglaterra, publicada em
1.926 pelo Dr. D. Ricardo Offor, bibliotecário da Universidade.
II: Cópia incompleta na Biblioteca Nacional de Rio de Janeiro. (faltam 10
folhas).
Impressão: LEONHARDT CA 2, pág. 320.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. LEONHARDT com ortografia
atualizada e notas.
Destinatário: O Superior da Província Jesuítica do Paraguai, P. Nicolás
MASTRILLI DURAN.
Data: da Carta Anua, Córdoba 12 de novembro de 1626.
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº28 de p.430.
Autores: LEONHARDT CA 2, p.320; CORTESÃO MCA 1, pp. 227-228.
TEXTO
CARTA DEL PADRE ANTONIO RUIZ DE MONTOYA EN LA DECIMO
SEGUNDA CARTA ANUA DEL PADRE PROVINCIAL NICOLAS
MASTRILLI DURAN EN LA QUE SE RELACIONA LO ACAECIDO EN LA
PROVINCIA EN LOS AÑOS 1.626-1.627.
“De este pueblo de Loreto hizo el padre Diego de Salazar una misión a
los montes con la ocasión que diré:
Cuando iba yo a visitar aquella reducción, llegué a un paraje donde me dijo
el padre Antonio Ruiz que había unos indios metidos en aquellos montes
que, por andar vagos y nunca salir a lo raso, no habían hallado ocasión de
73
LEONHARDT CA II, p.317.
178
domesticarlos. Hice colgar por los árboles donde, me dijeron acudían,
muchas sartas
74
de vidrio que llaman chaquiras, anzuelos y otras cosas que
ellos saben por fama que damos nosotros a los demás indios paraque,
llegados ellos y conociéndolas por cosas de los padres, les cobrasen afición
y diesen entrada. Fue, pues, el padre Diego [de Salazar] a estos montes
algunos meses después a ver el efecto que había resultado. Anduvo uno
entero con muchos trabajos, sin poder dar con ellos y así se volvió a su
reducción, rico de merecimientos, sin haber conseguido otro fruto.
Escríbeme el padre Antonio [Ruiz de Montoya] que espera ha de hacer de
ellos, una reducción a su tiempo.”
48. CARTA AO PADRE PROVINCIAL NICOLÁS MASTRILLI DURAN.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia, ARSI, Roma. Escrito em
espanhol pelo P. Provincial Nicolás Mastrilli Durán, a tradução latina foi
realizada pelo P. Jaime Ranzonier.
I: Copia na Biblioteca da Universidade de Leeds, Inglaterra, publicada em
1.926 pelo Dr. D. Ricardo Offor, bibliotecário da Universidade.
II: Copia incompleta na Biblioteca Nacional de Rio de Janeiro. (faltam 10
folhas)
Impressão: LEONHARDT CA 2, pp. 322-323.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. LEONHARDT com ortografia
atualizada e notas.
Destinatário: Geral da Companhia de Jesus, P. Mucio VITELESCHI, Roma.
Data: da Carta Anua, Córdoba 12 de novembro 1626.
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº25 de p.430,; FURLONG, Montoya, nº13
de p.102.
Autores: LEONHARDT CA 2, pp.322-323; CORTESÃO MCA 1, pp.229-230.
TEXTO
CARTA DEL PADRE ANTONIO RUIZ DE MONTOYA EN LA DECIMO
SEGUNDA CARTA ANUA DEL PADRE PROVINCIAL NICOLAS
MASTRILLI DURAN EN LA QUE SE RELACIONA LO ACAECIDO EN LA
74
Sarta: serie de varias cosas metidas en un hilo.
179
PROVINCIA EN LOS AÑOS 1.626-1.627.
“Por mayo pasado (de l625), salimos de estas reducciones el Padre
Francisco Diaz Taño por el río, llevando su derrota a la de San Francisco
Javier y el Padre Simón Mazeta y yo por tierra hacia el Tucutí. De donde
habiendo enviado mensajeros a explorar la tierra, tuvimos buenas nuevas,
envi ndonos un cacique principal a un hijo suyo con algunos vasallos, con los
cuales proseguimos nuestro viaje con muy gran trabajo e incomodidad por
no haber ningún camino. Apenas hallamos algún rastro del que habían
dejado los que enviamos delante en las varas de los arbolitos que tronchan
los indios para señal de su viaje según está más o menos fresca la quiebra,
se conoce cuanto hace ya que pasaron por allí. A veces, por ser el monte
tan espeso en el trecho de una cuadra, tardábamos tres y cuatro horas
llegábase a esto el temor de los que iban con nosotros que les llevábamos
prendas del cacique, no se satisfacían de que los recibirían bien, pues para
asegurarnos y matarnos pudo ser que enviase a su hijo. Con eso pude
presumir de la ruindad y astucia de aquellos.
Llegamos a una ranchería donde no había gente ninguna con lo que se
acrecentó el temor. El día siguiente salimos de ella, maltratados con las
llagas del mal camino y, a poco trecho encontramos al cacique cuyo hijo
llevábamos, el cual nos recibió con muestra de amor. Nos guió a su pueblo
por un camino que no puede tener nombre de tal, por ser tan cerrado de
monte, cuestas y arroyones hondos. Salimos ya al fin del día a un alto monte
donde pudimos ver el sol y respirar un poco. De allí bajamos a una
profundidad que se me figuró ser el Limbo y allí me quería hacer él fundar el
pueblo. No le dije nada por entonces hasta el día siguiente que lo persuadí
que no se podía vivir en aquél lugar porque no había por donde respirar.Al
fin, buscamos un puesto y lo hallamos a su gusto al pie de un riachuelo
que sale a la Tivagiva, por el cual será fácil la comunicación con la
reducción de San Francisco Javier. Luego acudieron los caciques de las
tierras vecinas aunque con algún recelo de que los habíamos de sacar de
allí a las reducciones antiguas. Para quitárselo les puse una fragua muy de
propósito y dejé allí al Padre Simón Mazeta para que los comenzase a
instruir y se fuesen reduciendo los demás.
Es esta reducción muy importante para el comercio con la de San
Francisco Javier, Nuestra Señora de la Encarnación Tayaova y las demás
que siendo el Señor servido, podrá tener la Compañía.”
49. CARTA AO PADRE PROVINCIAL NICOLÁS MASTRILLI.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia, ARSI, Roma. Escrito em
espanhol pelo P. Provincial Nicolás Mastrilli Durán, a tradução latina foi
realizada pelo P. Jaime Ranzonier.
180
I: Copia na Biblioteca da Universidade de Leeds, Inglaterra, publicada em
1.926 pelo Dr. D. Ricardo Offor, bibliotecário da Universidade.
II: Cópia incompleta na Biblioteca Nacional de Rio de Janeiro. (faltam 10
folhas).
Impressão: LEONHARDT CA 2, pp.324-328.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. LEONHARDTcom ortografia
atualizada e notas.
Destinatário: General da Companhia de Jesus, P. Mucio VITELESCHI,
Roma.
Data: da Carta Anua, Córdoba, 12 de novembro de 1628.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.430.
Autores: LEONHARDT CA 2, pp.324-328; CORTESÃO MCA 1, pp.231-234.
TEXTO
CARTA DEL PADRE ANTONIO RUIZ DE MONTOYA EN LA DECIMO
SEGUNDA CARTA ANUA DEL PADRE PROVINCIA NICOLAS MASTRILLI
DURAN EN LA QUE SE RELACIONA LO ACAECIDO EN LA PROVINCIA
EN LOS AÑOS 1.626-1.627.
“Dejando en esta reducción al padre Simón Mazeta, proseguí mi viaje por
tierra para descubrir el camino a San Javier y aunque hice harto por hallar
quien supiese alguno, no lo pude hallar. Un cacique principal se ofreció a
llevarme hasta cierta parte por donde el antiguamente solía ir a cazar,
diciendo que hasta allí sabía y no más y de allí, se volvería. Atrevíme a
proseguir este camino fiado en la Providencia, la cual manifiestamente
experimente. El primer día caminamos por un sendero que lo más de éste,
fuimos agachados y a gatas, porque además del monte tan cerrado, había
muy buenas cuestas . Perdimos el camino el segundo día y la guía el tino, de
manera que a cada paso era necesario subirse en árboles muy altos para
divisar algo que nos guiase. Cogióme la vigilia de Santiago en una espesura
del monte que, mirando de un cerro muy alto, parecía un mar inmenso, que
si fuera de agua, me diera harto consuelo el verla por la falta que en este
camino hubo de ella faltando juntamente la mandioca, hubimos de ayunar a
solo palmito.(Son estos los cogollos de los troncos la pudiese recibir más di
de las plantas que las hay altísimas y, derribándolas a tierra les cortan
aquellos remates que son blandos y tiernos y sirven de sustento a falta de
otro mejor).
Cuatro días dejé de decir misa por falta de agua, aunque el siguiente
proveyó la divina liberalidad de unos palos muy gruesos que alli hallamos
181
que llaman icipó
75
, los cuales cortados destilan cada uno para dos
personas, agua muy fría y gustosa.
Los indios iban abriendo algún camino cuanto pudiese pasar una persona
aunque con detrimento del vestido que se me iban quedando los pedazos de
éste y del calzado, por los ganchos y malezas del monte. Los machetes
perdieron sus aceros y, lo peor, los indios las manos por tenerlas
ensagrentadas y heridas de unas cañas que cortan como navajas,
abriéndoselas. Bien se mereció en este camino, de unas llagas que de
golpes y garrapatas se me hicieron en las piernas, tales que entendí me
impidieran pasar delante, más trajéronme un gran bien que fue la memoria
de las de Jesucristo, cuyo dolor saborean los que por su amor acá se pasan.
LLegamos a un paraje donde el piloto perdió totalmente el rumbo recé con
los indios como se hace todas las noches y, con el silencio de ella, oimos un
ruido de agua. Cobraron los indios algún aliento y yo particular gusto, por
poder llegar el día siguiente al agua para decir misa, que por ser sábado lo
deseaba en extremo.
Por la mañana tomamos nuestra derrota al ruído del agua y, como no
había más de media legua de distancia, como se vió después, tardamos un
día entero yendo. Ya cerca del agua, que reconocimos ser el río Tepotiatá,
para alivio del trabajo pasado, me dijo el cacique:
-"Padre, ya hemos llegado al río, yo no se otro camino y así me quiero
volver mañana a dar orden al pueblo"-.
Recogióse mi corazón singularmente por verme puesto del todo en las
manos del que es padre de los pobres y consuelo de los afligidos.
Agradecíle al indio con muy buen rostro el beneficio que me había hecho,
prometiéndole de parte de Nuestro Señor que El se lo pagaría. Yo me recogí
a la fuente de misericordia y, al ponerme en sus manos con más fervor, el
nombre del Padre que fue el punto primero y último de mi corazón en este
viaje. Certifico a V.R. que saltaba de contento de verme desamparado de
todo humano socorro y bien favorecido del Divino.
Bajando pues hacia el río, acaso tocó uno de los que conmigo iban, una
bocina y al punto sonó de la otra banda algo lejos, otra de la gente que
venía de San Javier a recibirme. Quedé suspenso considerando la
providencia de tan amoroso Padre, despeluzáronseme los cabellos y no
pude tener las lágrimas de los ojos ni dejar de decir con San Pedro: -
"exiame quia homo pecator sum"-. Pasé el río y hallé que había, en aquel
punto, llegado alguna gente de San Javier que estaban actualmente antes
que oyeran la bocina tratando de que sino me hallaban allí rastro alguno, se
habían de ir río arriba a otro puesto bien apartado. Yo iba tratando de tomar
río abajo, pero Nuestro Señor concertó estos extremos con el medio de su
misericordia. Hacía quince días que habían salido de San Javier y todo este
tiempo gastaron en hacer camino de un solo día. Aunque todo este suceso
fue para mí mucho consuelo, lo que me causó mayor, fue ver un cacique que
me vino a recibir, al cual tuve muy gran deseo en otro tiempo de ganar a
Nuestro Señor. Aunque él me deseó coger para comerme y para ello hizo
hartas diligencias, el Señor lo trocó el corazón de tigre. Lo primero que éste
buen indio hizo fue juntar los indios que yo llevaba conmigo de los
75
Icipó: “Se refiere tal vez al ceibo (Erithrinae Cristi galli) de las legumin seas, o a la enredadera
llamada cipó” (Cfr: LEONHARDT CA II, p.383, Nota 45).
182
nuevamente reducidos en San José y predicarles, diciéndoles el contento
que él tenía de ser ya hijo de los padres y que si ellos querían gozar de
quietud, hiciesen lo mismo, que continuasen en adelante en amarse todos
proseguiendo una tan concertada plática que me estaba regocijando
interiormente de ver el dedo del Señor que tan de veras había trocado
aquella fiera bestia comedora de carne humana. Luego se vino a mí y, como
un tierno niño, empezó a regalarme con sus palabras, diciendo que estaba
muy dolorido de verme tan cansado y maltratado del camino y que
descansase ahora en su pueblo de donde tomé ocasión de decirle el fin de
nuestro trabajos y, con blandura, le dí a entender sus yerros pasados, y cuan
deseosos estábamos de que nos comiese, pues había de ser principio esa
muerte de una eterna vida. Tomólo muy bien excusándose con el poco
entendimiento que entonces tenía. Dióme algunos regalillos de piñones,
mostrándome muy buen corazón. Con esto me partí para San Javier
adonde llegué en día y medio. Hallé al padre Cristóbal de Mendoza muy
consolado con la llegada del padre Francisco Díaz Taño aunque entre
ambos estaban con mucho cuidado porque había yo de haber llegado antes
por tierra que el padre Francisco por el río. Temían no me huiesen comido
los indios, más al fin, viéndonos todos tres a salvo nos consolamos "in
domino".
Halle esta reducción muy avantajada con la buena industria del padre
Cristóbal que es grande en todo y tenía los indios muy amansados y
rendidos y muy adelantado el pueblo en sus casas y chacras. Está situado
en un campo que ya desde aquel puesto empieza la nación de los que
llamamos camperos porque habitan los campos, aunque ellos no quieren
ntener tal nombre, porque se tienen más nobles que éstos y su antigua
nobleza la tienen puesta en ser naturales de los ríos de fama.Son muy
buenos labradores y la tierra muy fértil y por hallar las cosas tan bien
asentadas me pareció colocar en este pueblo el Santísimo Sacramento para
que con tan buen vecino vaya en mucho aumento.Hízose esto el día de
nuestro Santo Padre Ignacio con procesión, misa y sermón, juegos, danzas
e invenciones que sacaron para solemnizar la fiesta y hicimos convite
general que es el que las solemniza.
Aunque en otras anuas he referido la noticia que por todas partes hay de
la venida a ellas del glorioso apóstol Santo Tomás y, aunque al principio di
muy poco crédito a una profecía que me referían los indios, que el Santo
había dicho entonces de nuestra venida a estas partes. Con todo eso, el
haberla oído en distintas naciones y tan distantes unas de otras que, en
ninguna manera puede haber sospecha de habérsela comunicado los indios
entre sí y concordar todos tanto que en cosas ninguna han discrepado por
esto pues, me ha parecido referirla ahora por haberla oído de nuevo entre
los indios de esta nación. Refieren que el santo apóstol dijo a sus
antepasados y, por tradición se ha derivado de padres a hijos, que en
tiempos venideros, llegarían a sus tierras unos padres sacerdotes sucesores
suyos a enseñarles la palabra de Dios que él entonces les predicaba. Ellos
los juntarían en poblaciones grandes y les harían vivir con orden y policía
cristiana enseñándoles amarse unos a otros y a que no tuviesen más de una
mujer.
183
Traerían (como él traía) cruces en las manos y entonces, Tupis (que son
los indios que se comunican del Brasil con estas tierras) y Guaranis (nombre
general que comprende todas las naciones de indios del Paraguay que son
muchísimas) y todo género de gente se amarían sin distinción de naciones y
emulaciones. Añaden que cuando yo entré ahora dos años a sus tierras a
convocarlos y reducirlos y me vieron con la cruz en la mano (que es el
báculo que en todas estas tierras traen los padres), se acordaron de esto
que habían oído decir a sus mayores y así dijeron entre sí: - "Sin duda son
estos los padres que nuestros abuelos nos decían que les había prometido
el santo Sumé, (que quiere decir Tomás) y que por esto habían dejado sus
tierras con tan grande voluntad y seguídome"-.
Aunque yo no supe el motivo, no dejé de maravillarme de su grande
determinación porque fue mucha gente la que entonces llevé a San Javier
divididas en tropas y est n ahora muy contentos de ver que se ha cumplido lo
que sus padres les dijeron, porque lo que les enseñamos contínuamente es
que se amen unas naciones a otras con que van perdiendo la bestial
costumbre de matarse y comerse.
Dióme mucho consuelo ver en esta reducción un cacique que, poco
antes, era un indio mozo Gualacho de nación, que había sido cautivado en
guerra de los Tayaovas, fue vendido por un cuchillo y, de mano en mano,
vino a esta comarca y a las de este cacique. Aunque le sirvió muy bien
algunos años, se le antojó un día comérselo y, convocando a los indios
vecinos, haciendo una general borrachera, el mismo amo puesto de fiesta
muy emplumado, dio al pobre indio con una macana
76
en la cabeza e hizo a
los convidados con él un solemne banquete. A éste pues, ha trocado el
Señor de manera que es de los más ejemplares que tenemos en San Javier
y, habiendo aprendido con gran exacción los misterios sagrados se bautizó y
casó y todos los días oye misa. Es de gran ayuda en la predicación del
Evangelio, porque muchas mañanas se levanta antes del día como lo hacía
antes en servicio del demonio y hace una plática por todo el pueblo
exhortando a todos a que amen a nuestros padres y les den gusto en todo
siendo buenos y frecuentando la iglesia. Tiene mucha gracia y abundancia
de palabras y eficacia en ellas plegué al Señor dure hasta el fin”.
50. CARTA AO PROVINCIAL PADRE NICOLÁS MASTRILLI DURAN.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia, Roma, ARSI. Escrito em
espanhol pelo P. Provincial Nicolás Mastrilli Durán, a tradução latina foi
realizada pelo P. Jaime Ranzonier.
76
Macana: arma ofensiva a manera de clava que usaban los indios.
184
I: Copia na Biblioteca da Universidade de Leeds, Inglaterra, publicada em
1.926 pelo Dr. D. Ricardo Offor, bibliotecário da Universidade.
II: Cópia incompleta na Biblioteca Nacional de Rio de Janeiro. (faltam 10
folhas)
Impressão: LEONHARDT CA 2, pp.330-335.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. Leonhardt com ortografia
atualizada e notas.
Destinatário: Geral da Companhia de Jesus, P. Mucio Viteleschi, Roma.
Data: da Carta Anua, Córdoba, 12 de novembro de 1628.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.430.
Autores: LEONHARDT CA 2, pp.330-335; CORTESÃO MCA 1, pp.236-241.
JARQUE 2, p.137.
TEXTO
CARTA DEL PADRE ANTONIO RUIZ DE MONTOYA EN LA DECIMO
SEGUNDA CARTA ANUA DEL PADRE PROVINCIAL NICOLAS
MASTRILLI DURAN EN LA QUE SE RELACIONA LO ACAECIDO EN LA
PROVINCIA EN LOS AÑOS 1.626-1.627.
“Luego que llegué a San Javier, traté de ir a las tierras de Pindoviyú, pero
los indios de San Javier resistieron tan reciamente que, a no constarme de lo
que el Señor había de ser servido en ellas, pudiera ser que me vencieran.
Decíame que mirase que venía cansado de tan largo camino y no era razón
para que tan presto los dejase que sin duda nos matarían porque eran
traidores que hoy hablan bien y mañana obran mal.
-“No te acuerdas, padre - decian - con la ferocidad que Pindoviyú te vino
a matar ? -. La gente que entonces juntó, pues, eso mismo hace ahora, ha
convocado mucha gente de los camperos , tienen preparadas flechas y
macanas y lo demás necesario para celebrar nuestra muerte. Mirad por
vuestras vidas, no os aborrezcais tanto a vosotros mismos, no permitais que
también nosotros nos perdamos, porque en vuestra venganza hemos de
perder nuestras vidas. Fáltanos el aliento y casi la vida en sólo pensar que
habéis de entrar a gente tan perversa, com edora de carne humana. No sólo
Pindoviyú y los suyos os desean matar, los camperos cabelludos también
tienen el mismo deseo y, por haber sabido que Pindoviyú os desea, aunque
fingidamente, han dado tras él y lo han maltratado destruyendo su pueblo.”
Certifico a V.R. que en ninguna manera podré referir una mínima parte de
lo que estos indios me dijeron al fin de apartarme de este intento y, porque
en esta sazón trajo Nuestro Señor tres caciques enviados del Pindoviyú a las
185
nuevas de que yo había llegado, se volvieron contra ellos los del pueblo
amenzándolos si trataban de llevarnos a sus tierras y que nosotros no
queríamos ir. Aunque Pindoviyú los había enviado para que los llevase,
para aquietar a los de San Javier, les dijeron que no tratarían de ello, antes
nos dirían que no nos querían llevar. No contentos con esta promesa, los
maltrataron de palabra, de suerte que hasta las mujeres los iban a re¤ir
diciéndoles:
-“Cómo? ¨Qué tengáis vosotros el atrevimiento de querernos llevar
nuestros padres? ¡No los habéis de llevar! ¡No consent¡an por ningún caso
que los tres caciques nos hablasen a solas, pero yo echando toda la gente
fuera los llam‚ con disimulo a nuestra casa y les dije como estaba
determinado de ir a sus tierras aunque ellos me comiesen vivo, porque el
deseo que tenía de su salvación, me daba ánimo para no temer la muerte.
Abriéndoseles los ojos oyendo esto y dando todos sus voces a uno dijo: -
Padre, nuestro cacique Pindoviyú nos envía a que os llevamos a sus tierras
para que nos hagáis vivir como hombres, pero vemos a estos, vuestros hijos,
que no quieren que vayáis por el amor grande que os tienen y nos ponen a
nosotros en mala opinión, de que os queremos llevar a nuestras tierras para
mataros. Sobre esto todo el pueblo, hombres y mujeres, se ha levantado
contra nosotros y nos dicen que nos volvamos porque no hay padres para
Pindoviyú. Ved la respuesta que le habemos de dar en cumplimiento de su
mandato.”
Holgué sumamente con estas razones y así les dije que me esperasen
sólo dos días, que yo me iría con ellos. Hiciéronlo así, pero tuvieron los de
martirio.
Salimos pues, el padre Cristóbal de Mendoza y yo con sólo los indios
necesarios para nuestro ornamento, hamacas y alguna comida y, aunque
todos los caciques de San Javier se ofrecieron a ir acompañándonos, no lo
quise consentir.
Al cuarto día de nuestro camino llegamos al pueblo de Pindoviyú, que
había hecho aderezar todos los caminos, poner cruces en ellos y preparado
una pequeña iglesia para recibirnos. Tocaron sus bocinas y tambores y
tenían levantados arcos triunfales junto a la iglesia. Juntóse luego muy buen
número de gente, varones y mujeres. Allí les hice una breve plática, en que
les traté del fin de nuestras peregrinaciones por sus tierras, a que estuvieron
todos muy atentos y está acabada. Nos dio Pindoviyú la bienvenida, con
muy singulares muestras de amor, mostrando el deseo que tenía de
tenernos en sus tierras y mucho sentimiento de no habernos conocido antes.
Para el mozo fue mucho y ayudó para este buen efecto, el haber hallado,
allí un indio, que más de cien leguas lejos, me había visto otra vez y notado,
según él decía, el modo de proceder que tenía con los indios , de lo cual nos
había quedado aficionado y lo mostró muy bien en esta ocasión. Luego nos
pidió Pindoviyú con mucha humildad, nos aposentásemos en su casa, se lo
concedimos y era de las mejores que he visto por acá, aunque entren las de
los españoles . Al punto entre todos los indios levantaron otra a su cacique
junto a la nuestra. Hallamos a estos indios cuando entramos a sus tierras,
metidos en un fuerte o grandes bienes. Mira cuánta trinchera de palos, por
temor de otros de la comaraca y, en particular por la guerra que tenían con
uno que acompañó a Pindoviyú cuando nos buscó para comernos. Había
186
sido muy gran amigo suyo pero quebraron la amistad, porque el otro le
comió la madre a Pindoviyú entrando de repente en su chácara. Pindoviyú
en venganza, había muerto muchos de sus enemigos y comidolos y ellos
volviendo por segunda vez a su chácara, dando en ella de repente, le
cogieron algunas indias y maniatadas las llevaron. Avisaron de esto a
Pindoviyú y él lo siguió y, no pudiendo llegar a ellos aquel día durmió en el
camino, más los enemigos aquella misma noche, mataron tres niños de ocho
años, los asaron y, preservados en cestos, los llevaron a sus tierras.
Pindoviyu esforzándose, les dio alcance al día siguiente, ellos viéndose
cogidos dieron a una india de las que llevaban cautivas dos flechazos, que
ambos les pasaron de parte a parte por los pechos. A otra le dieron con una
macana en la cerviz que se la dejó abierta, siendo estas más venturosas
que otras que quedaron muertas.Al fin les quitó Pindoviyú la presa y ellos
huyeron con los tres niños asados.A esta india de los flechazos hallamos
acabando cuando llegamos, hinchada de la sangre que se había cuajado
dentro con los pedazos que dejaron las flechas. Bauticéla y púsele de
nombre María, que fue el primer bautismo que allí se hizo.Quiso la Soberana
Vírgen acreditarlo con que dentro de tres días se levantase sana y fuese por
su pie una legua de allí donde dimos principio al pueblo. El día siguiente a su
llegada, tratamos de buscar un buen puesto y les dije que más seguros
estaríamos debajo de la protección de Nuestro Señor que en de la
palizada.Holgó mucho toda la gente de nuestra determinación y
principalmente Pindoviyú. Hallamos un sitio muy a propósito en un campo al
pie de una sierra, en las tierras bien nombradas del Tayati desde donde se
descubre muchos campos cercados de pinares y, por un lado del pueblo,
corre un río. Dímosle principio en la víspera de San Lorenzo ¿del año l.625?
levantamos una muy hermosa cruz de siete brazas de alto, en medio de la
plaza, bendíjela, rezamos todos en alta voz el Padre Nuestro y el Ave Maria
y, puestos de rodilla la adoramos. Para que se vea la estima que el Señor da
a gente tan bárbara de las cosas sagradas, diré lo que le sucedió a un indio
con un hijo suyo muy pequeño. Estaba el palo para la cruz en el suelo y
trabajaban en hacer el encaje de los brazos. El niño acaso quiso pasar por
encima del palo que había de ser cruz, mas viéndole su padre, le apartó
diciendo: -Quita muchacho, no pases por éste palo que ha de ser cruz-. El
día de San Lorenzo dijimos la primera misa al pie de ella por no tener aún
iglesia, pero muy en breve, se hizo un salón a que toda la gente acudió con
muy gran fervor. Echamos suerte sobre el nombre que había de ser el
pueblo salió tres veces el de la Encarnación y así se quedó con él.
Tratamos luego de hacer republicanos y dí vara de capitán al buen
Pindoviyú, hicimos alcaldes, regidores y sargentos que como siempre son
mozos que nos ayudan muy bien. Ya queda éste pueblo muy adelante y,
después de partido yo de él, tuve cartas del padre Cristóbal, en que me
avisa de un cacique principal, tras quien he andado por ganarle a Nuestro
Señor y de quien Tayaova me dio larga noticia y, dice el padre, está ya con
toda su gente en éste pueblo de la Encarnación. El padre le dio vara, con
cuya conversión no dudo de la de muchos otros, de todos los cuales tengo
una larga lista. Así pido por amor de Nuestro Señor que V.R. nos envíe
padres para que pasemos adelante y, en Iviangui, que está de esta
reducción a tres días de camino,hagamos otro tanto y se vayan matriculando
187
almas para el cielo, cuya caza es sobrosísima si bien sus partos cuestan
increibles dolores. Podemos ya decir que esta reducción es de los camperos
y cabelludos que tanto deseo habemos tenido de conquistar (de esta nación
hablar‚ de propósito abajo).Cae éste pueblo a un lado del Tayaova algo más
arriba hacia el oriente habrá distancia de esta reducción a aquella, de dos
días de camino.
Porque la orden que V.R. me dio de volver al Paraguay me ha sido un
contínuo estímulo para andar siempre corriendo, salí de éste pueblo con
toda brevedad llevando la derrota para el Iñeaiguazú, que es un río de fama
por acá y que tiene gente para de allí bajar al de la Villa Rica. Pasé un
asperísimo monte en tres días caminando bien a prisa y por allí, fui
convocando la gente que había. Toda me recibió muy bien. Envié de hecho
algunos caciques con su chusma a la Encarnación para que se redujesen.
Llegué al río de la Villa Rica, a los pueblos de indios que sirven a españoles
y me recibieron con danzas, arcos y regocijo, honrando a Nuestro Señor en
una tan vil criatura. Regaláronme mucho y pidiéronme con todo
encarecimiento, me quedase entre ellos haciendo en cada pueblo a porfía,
todo lo que podían por darme gusto. Quebraba corazones de piedra verlos
tan deseosos de sacerdotes y tan imposibilitados de tenerlos, a cuya causa
mueren como bárbaros sin saber de doctrinas más que un palo. Pasé a la
villa de los españoles con toda brevedad para recogerlos descuidados
porque pretendían hacer alguna demostración en mi recibimiento.
Pidiéronme que me quedase allí o les diese algún padre pero, ni lo uno ni lo
otro fue posible, porque acá somos tan pocos que estamos casi todos sin
compañero. Piden con grande instancia alguno de la Compañía, porque
están con extremo desamparo. Quedaron maravillados cuando supieron que
habíamos ocupado tan principales puestos como el de San José y la
Encarnación, porque les pareció que sin sus escopetas era imposible
conquistar estas dos fortalezas. Dejélos consolados con decirles el deseo
que V.R. tenía de ayudarlos. Dí la vuelta río arriba para tomar la derrota a
San Javier y hallé que había bajado un cacique que tiene su pueblo pegado
al del Tayaova. Reprendíle con blandura, diciéndole a cuanto aguardaban
hacer buenos e hijos de Dios que mirasen a sus vecinos que, aunque habían
sido tan fieros como ellos se habían trocado ya con el deseo que habían
tenido de verse libres del cautiverio del demonio. Volví de ahí a poco tiempo
a llamarle y rogarle amorosamente que volviese a su tierra, me trajese al
Tayaova para que solamente me oyese y se volviese luego. Prometióme el
indio de hacerlo y yo estaba determinado de aguardarle allí, pero tuve unas
malas nuevas de la reducción de la Encarnación y fue así había dejado yo
orden al padre Cristóbal que los indios que se quisiesen ir a San Javier de
aquellas tierras de la Encarnación, los dejase ir libremente después de
haberlos convidado con aquel sitio. Unos indios de estos se quisieron ir a
San Javier a vivir y pasaron de largo por la Encarnación. Salieron algunos
del pueblo, conociéndolos por de su nación, los maniataron y a uno que se
resistió lo degollaron y dejaron en el camino, muerto. Poco después envió el
padre Francisco Diaz Taño desde San Francisco Javier unos indios al padre
Cristóbal y, viendo el cuerpo muerto, se volvieron sin llegar al pueblo llenos
de temor juzgando que los indios de la Encarnación se habían alborotado y
muerto al padre Cristóbal. Con esto se renovaron las enemistades antiguas
188
entre estas dos naciones y estuvo a pique de suceder un grave mal, pero el
Señor se sirvió de que todo se apaciguase. Por esto me da fuerza a volver a
estas reducciones para componerlas.”
51. CARTA AO PROVINCIA PADRE NICOLÁS MASTRILLI DURAN.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia, ARSI, Roma. Escrito em
espanhol pelo P. Provincial Nicolás Mastrilli Durán, a tradução latina foi
realizada pelo P. Jaime Ranzonier.
I: Cópia na Biblioteca da Universidade de Leeds, Inglaterra, publicada em
1.926 pelo Dr. D. Ricardo Offor, bibliotecário da Universidade.
II: Cópia incompleta na Biblioteca Nacional de Rio de Janeiro. (faltam 10
folhas)
Impressão: LEONHARDT CA 2, pp.335-336.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. LEONHARDT com ortografia
atualizada e notas.
Destinatário: Geral da Companhia de Jesus, P. Mucio Viteleschi, Roma.
Data: da Carta Anua, Córdoba, 12 de novembro de 1628.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.430; FURLONG, Montoya, nº14 de
p.103,; CARDOZO 1, nº17 de p.247.
Autores: LEONHARDT CA 2, 335-336,; CORTESÃO MCA III, pág. 241.
TEXTO
CARTA DEL PADRE ANTONIO RUIZ DE MONTOYA EN LA DECIMO
SEGUNDA CARTA ANUA DEL PADRE PROVINCIA NICOLAS MASTRILLI
DURAN EN LA QUE SE RELACIONA LO ACAECIDO EN LA PROVINCIA
EN LOS AÑOS 1.626-1.627.
“Estoy esperando al padre Pedro de Espinosa para dejarle encargada
esta reducción [San Francisco Javier], porque va el padre mostrando muy
grandes partes. Ha estado hasta ahora en la Encarnación, para ayudar a
mudar el pueblo a un sitio muy alabado de los indios, donde tienen muy
cerca las chácaras con lo cual se ha aumentado mucho y se debe, gran
parte, al padre Pedro [de Espinoza] porque hizo una iglesia tosca de
189
alfarda
77
para ejercitar las lecciones que V.R. nos dio. Hizola en obra de
veinte días de nudillo y nuestra casa de la misma manera. Como los indios
no han visto cosa semejante, han quedado contentísimos y han cobrado
amor a su pueblo de manera que, escribe el padre Cristóbal [de Mendoza],
que le da mil contentos verlos, se han bautizado ya muchos adultos y
aumentado con algunos de los indios camperos que se han reducido a él. No
entendí, se pudiera allí haber juntado tanta gente, habiéndola destruído
antes los portugueses. Es la tierra muy fértil y maravillosa.El padre Pedro [de
Espinoza] asentó una famosa huerta y, con la diligencia del padre Cristóbal
[de Mendoza] cada día se van reduciendo más indios, de suerte que tendrá
ya quinientas familias y, espero, llegará muy presto a ochocientas.”
52. CARTA AO PROVINCIAL PADRE NICOLÁS MASTRILLI DURAN.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia, ARSI, Roma. Escrito em
espanhol pelo P. Provincial Nicolás Mastrilli Durán, a tradução latina foi
realizada pelo P. Jaime Ranzonier.
I: Cópia na Biblioteca da Universidade de Leeds, Inglaterra, publicada em
1.926 pelo Dr. D. Ricardo Offor, bibliotecário da Universidade.
II: Cópia incompleta na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. (faltam 10
folhas))
Impressão: LEONHARDT CA 2, pp.338-339.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. LEONHARDT com ortografia
atualizada e notas.
Destinatário: Geral da Companhia de Jesus, P. Mucio VITELESCHI, Roma.
Data: da Carta Anua, Córdoba, 12 de novembro de 1628.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.430; FURLONG, Montoya, nº15 de
p.103,; CARDOZO 1, nº18 de p.247.
Autores: LEONHARDT 2, pp.338-339; CORTESÃO MCA III, pp. 243-244.
TEXTO
CARTA DEL PADRE ANTONIO RUILZ DE MONTOYA EN LA DECIMO
77
Alfarda: cuba, alfarjía. (madero de sierra, de 14 cm de ancho y 10 cm de espesor sin largo
determinado.)
190
SEGUNDA CARTA ANUA DEL PADRE PROVINCIAL NICOLAS
MASTRILLI DURAN EN LA QUE SE RELACIONA LO ACAECIDO EN LA
PROVINCIA EN LOS AÑOS 1.626-1.627.
“Albricias pido a V.R., mi Padre Provincial, por dos cosas: la una, por la
victoria que Nuestro Señor nos ha dado en esta tierra del Tayaova (de ésta
hablaremos después) la otra, porque los camperos, a quienes V.R. deseó
enviar aquel muchacho, desean tener padres y nos han mandado llamar,
tendremos muy buena mies. Dos causas han tenido para desearnos: la
una, que los Tupis, (nación de las tierras del Brasil) de cuya ferocidad
escribe en nuestras historias el padre [Nicolás] Orlandino que dieron muerte
a casi doscientos indios que iban del Paraguay en busca del padre [Manuel]
Nóbrega para hacerse cristianos. Dieron en un pueblecillo de estos
camperos y cogieron algunos. Súpolo el padre Cristóbal [de Mendoza] y fue
al rancho de los Tupis, donde habían dejado su atillo
78
, all¡ los estuve
esperando con su gente y el capitán Pindoviyú. Los Tupis, bien descuidados
del caso, entraron muy contentos con la presa, pero, el padre los cogió, ató a
todos y dejó libres alos camperos que llevaban presos los Tupis. Quitóles
sus hachas, arcos, flechas y demás cosas y las repartió a sus
soldados.Llevó a los camperos al pueblo de la Encarnación y a los Tupis
amenazó que otra vez les daría un gran castigo si no se abstenían de
semejantes atrevimientos, con que los despidió. A los camperos, después
de haberlos regalado algunos días en el pueblo, los envió a sus tierras con la
promesa que hicieron de volver para reducirse con sus mujeres e hijos,
como al fin lo hicieron con toda su gente. Tres ellos vini eron mensajeros
enviados de diez caciques de los más nombrados entre los camperos, con
quienes pedían fuesen padres a sus tierras, movidos del buen ejemplo del
cacique don Nicolás Tayaova (que es la segunda causa que les movió a
reducirse) que, como fue famoso siendo malo, lo es también ahora en ser
bueno.
Con esto me ha visto muy falto de sujetos y ha sido fuerza llamar dos
padres del Paraná: el padre José Domenech y el padre Pedro de Molas.
Dejando a éste en San Francisco Javier, sacar de allí al padre Francisco
Díaz [Taño], que envié los camperos con orden de que remita todos los que
pudiera a la reducción de la Encarnación hasta que tenga ochocientas
familias y luego, fundar allí nueva reducción que ser dedicada al glorioso
San Pedro conforme a lo que V.R. me ha significado ser de su gusto.”
53. CARTA AO PROVINCIAL PADRE NICOLÁS MASTRILLI DURAN.
78
Atillo: petaca de cuero donde los arrieros llevaban ropas y víveres.
191
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia, ARSI, Roma. Escrito em
espanhol pelo P. Provincial Nicolás Mastrilli Durán, a tradução latina foi
realizada pelo P. Jaime Ranzonier.
I: Copia na Biblioteca da Universidade de Leeds, Inglaterra, publicada em
1.926 pelo Dr. D. Ricardo Offor, bibliotecário da Universidade.
II: Cópia incompleta na Biblioteca Nacional de Rio de Janeiro. (faltam 10
folhas)
Impressão: LEONHARDT CA 2, pp.340-345.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. LEONHARDT com ortografia
atualizada e notas.
Destinatário: Geral da Companhia de Jesus, P. Mucio VITELESCHI, Roma.
Data: da Carta Anua, Córdoba 12 de novembro de 1628.
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº25 de p.430.
Autores: LEONHARDT CA 2, pp.340-345; CORTESÃO MCA III, pp. 245-
249.
TEXTO
CARTA DEL PADRE ANTONIO RUIZ DE MONTOYA EN LA DECIMO
SEGUNDA CARTA ANUA DEL PADRE PROVINCIAL NICOLAS
MASTRILLI DURAN EN LA QUE SE RELACIONA LO ACAECIDO EN LA
PROVINCIA EN LOS AÑOS 1.626-1.627.
79
"Apenas estuve siete días en este pueblo [San Francisco Javier], que los
gasté en sosegar los alborotos de estos indios con los de la Encarnación,
cuando di la vuelta al río de la Villa Rica, aliviando mi cansancio que ard¡a
en mi pecho de verme con el Tayaova y ganarle para Nuestro Señor.
Luego que llegué al río, tuve noticias que había él bajado de su tierra a
cierto puesto donde me estaba esperando. Más antes que diga el fervor de
este buen indio, quiero referir en breve la causa porque con todos los de su
comarca, se ha retirado tantos años ha, sin permitir que nadie entre a sus
tierras desde que éstas se conquistaron hasta ahora.
Muchos o así, y entonces dijo el demonicio, un capitán gran enemigo de
los indios . Este envió con unos de paz a avisar al Tayaova que bajase a
verle, que lo deseaba mucho para regalarle y darle algunas cosas que le
traía. Bajaron cuatro caciques, señores de toda la tierra y el agasajo que les
hizo, fue cargarlos de duras prisiones, amenazarlo que los había de
ahorcar, para ponerles terror y sacarles cantidad de indios e indias que era
79
Relata lo sucedido en la segunda entrada al Tayaova.
192
lo que buscaba con estos embustes. Los tres se dejaron morir de hambre en
la prisión, sólo el Tayaova que era el cuarto escapó con vida, acogiéndose
con los grillos y demás prisiones que le habían puesto. Con esto se retiró a
sus tierras con toda su gente y cerró de tal suerte su entrada, que no sólo no
la han consentido a español alguno, pero ni aún a indios que se ocupan en
servirlos. Aunque después acá les han enviado a convidar con la paz a los
españoles por aplacarlos, a todos los mensajeros que han ido a esto, con
ser indios, los han comido con increíble crueldad y hasta el día de hoy lo
hacen, como se vio cuando intenté entrar a ellos, dos años ha, me comieron
siete indios cuyos huesos hallé ahora en sus casas que tenian para puntas
de flechas. Aunque los españoles, viendo que por vía de paz no podían
ganarlos, varias veces les han acometido con armas y con ardides han
vuelto siempre las espaldas, huyendo afrentosamente y muy mal heridos, de
manera que ya tenían el negocio de su conquista por desesperado.
Este ha sido el estado del Tayaova hasta ahora que con la nueva de que
salía al camino a verme, se movió toda la tierra a ir conmigo. Juntáronse
muchos indios para ir a ver al Tayaova como cosa que nunca esperaron
alcanzar.
Llegué al paraje donde me estaban esperando, que eran muchas leguas
lejos de sus tierras. Para que atravesase el río me hicieron una balsa muy
enramada, cubierta con lienzos, tocando sus bocinas y tambores y en la
tierra, tenían levantados muchos arcos triunfales. Arrojóse luego el Tayaova
en mis brazos y lo primero que me dijeron fue:-"Padre, aquí he venido a
verte, a que me recibas por tu hijo y me enseñes lo que tengo que hacer"-.
Lo mismo lo hizo su mujer, que es una matrona, poniendo junto a mí tres
hijosB que tiene de tres hasta siete años, como otros tantos ángeles.
Regalé a los chicuelos todo cuanto pude, tomé al menor en mis brazos
que estimaron por sumo favor y me dijeron:- "Ahora echamos, padre, de ver
lo que otros nos han dicho del amor grande que tienes a todos nosotros"-.
A él y a ella les di algunas cosas que estimaron y porque quedase el
nombre de Moisés que movió esta podrida vara para herir esta dura piedra,
les puse por nombre, a él, don Nicolás y a ella, doña María para cuando se
bautizase, lo cual me pidieron luego con mucha instancia y que los casase,
porque no se hallaban bien en su antigua vida. No contento con pedírselo
me echaron terceros que lo alcanzasen.
Consolélos lo mejor que pude, difiriéndosele para cuando supiesen lo
necesario.
Después que ya estaba con él en sus tierras, bauticé a sus hijos e
infantes que, entre chicos y grandes, eran veintiocho de diferentes mujeres,
todos de muy buenos naturales y principalmente el mayor, llamado también
Tayaova , que nunca se apartaba de mi lado y del que me inform‚ de la
gente que tenía su padre, que es mucha. Dí al padre vara de Capitán y a su
hijo, una sargenta
80
. Concurrió gente de la comarca a verme, a los caciques
repartí varas sólo los del salto del río Huiba
81
no vinieron y, aunque decían
que de verguenza por haberme querido matar allí cuando entre ahora dos
años, pero no fue la causa, sino dos hechiceros hijos del mismo demonio,
80
Sargenta: alabarda que usaba antiguamente el sargento.
81
Huibay: río afluente del Alto Paraná, en el Guairá. (Cfr.:LEONHARDT CA II, p.383, nota 49)
193
que se hacen dioses criadores de todas las cosas. Por arte del diablo,
hacen maravillas fingidas como convertir un palo u otra cosa en hombre.
(dejo algunas que suceden lejos y otras a este tono).
De esta misma parcialidad me fueron a ver dos caciques, uno era el
mismo que ahora dos años, movió la gente de aquel puesto para matarme y,
de hecho, se armó el para ello. A éste, inspiró el Señor que me viniese a ver.
Ganéle la voluntad y la de su compañero y, a ambos, les di varas con que se
volvieron muy contentos a sus tierras, donde tuvieron muchas contiendas
con sus hechiceros por haberlas aceptado de mi mano.
Pareciendo que ya el negocio estaba bien dispuesto, partí con el Tayaova
a su tierra, quedándose en las suyas los indios que habían concurrido a
verlo, para dar principio a la reducción.
Hice el viaje por tierra por evitar el salto del río Huibay, ni ver la gente de
él, por causa de sus hechiceros. Llegamos a un campo donde hay memoria
y rastros de haber pasado gente del Brasil cuando, al principio, se pobló el
Paraguay. Escogíle para la fundación del pueblo por ser muy alto, cercado
de arroyo y, por debajo, lo baña el río Huibay.
Acudió allí a verme mucha gente y, entre ellos, un famoso cacique
llamado Piraquatia, indio muy antiguo y respetado en la tierra, deudo muy
cercano del Tayaova díle vara y a otros caciques que con él venían.
Comenzamos el pueblo plantando una muy hermosa cruz de siete brazas
de alto, hallándose a levantarla más de trescientos indios. Señaléles sitios y ,
con mucho fervor dieron principio a sus casas y yo a la iglesia, dejado
sosegar algún tanto, más no sufriéndole en el pecho la rabia que le deshacía
las entrañas de ver triunfar a Jesucristo, dio luego muestra de su furor por
medio de sus ministros, los hechiceros . Estos convocaron la gente de los
montes que estan entre Encarnación y Tayaova y, como si estas pestes tan
temidas obedecieron luego a su mandato, jutándose, concertaron matarme.
Diéronme el aviso de este alboroto ya cerca la noche. Los indios que se
quedaban conmigo eran pocos porque se iban a dormir a sus casas los
demás, que las tenían a una legua y media del pueblo. El buen Tayaova y su
hijo, nunca me quisieron dejar con todo, estaban más de doscientos indios
en una chozuela que, a raíz del monte habían hecho para defenderse del sol
y agua.
Fueron, poco a poco, acudiéndose los enemigos en tanta cantidad, que
los nuestros no eran nada para resistirles aunque el ánimo que mostraban
era muy grande, principalmente un indio mozo, cacique principal, llamado
Maendi, que decía que había de quemar vivo a todos los Payes , que son los
hechiceros, porque eran unos burladores y a él lo habían tenido engañado
con sus embustes.
Vinieron a mí, Tayaova, su hijo Maendi y otro cacique de mucho brío poco
después de media noche y me pidieron que les bautizase luego porque
podía ser morir en la batalla y deseaban que fuera como hijos de Dios y por
defender su santa fe. Instruílos como lo permitió el rebate
82
del tiempo y
bauticélos. Sintieron acrecentarse los nimos con la gracia que, por el santo
bautismo, habían recibido.
Los enemigos no recelaban otra cosa más que Piraquatia viniese a
82
Rebate: reencuentro, combate.
194
ayudarnos, que no estaba lejos de allí, le temían mucho y, sin duda, lo
pasarán mal, si él acudiera. Pero no quiso Nuestro Señor que viniese a
tiempo, así que antes de amanecer dieron los enemigos sobre nosotros.
Como eran muchos, repartidos en cuatro bandas, prevaleció su poder:
peleóse de una y otra parte hasta que estaba ya alto el sol, con valor.
Salieron todos muy heridos, de los nuestros murieron dos y de los otros,
seis, de los cuales todos fueron comidos. Yo me escapé metiéndome en un
espeso monte, por la industria y cuidado del buen don Nicolás Tayaova y de
su hijo que quedó herido, pero no de peligro.
Tenían concertado los hechiceros, que una manga de su gente diese en
el rancho donde yo estaba y me cogiesen vivo para darme ellos, con sus
manos, la muerte. Porque, habiéndolo consultado con su demonio, les dijo,
sin duda, me cogerían y que él me pondría en sus manos, más libránronme
de ella otras más poderosas. Por descuido de un muchacho me cogieron
una imagen de Nuestra Señora, de pincel el hechicero la rasgó con sus
manos, porque hacen burla de que adoremos cosas pintadas.
Piraquatia supo luego lo que había pasado y, al punto, salió a los
enemigos, matando a un cacique con toda su gente.
Yo proseguí mi viaje por el monte, pasando muchos arroyos y caminando
por dentro de ellos por no dejar rastro. Mi comida y de cuatro indios que
conmigo iban, fueron hojas de árboles asadas a la llama del fuego, hongos
y otras raíces y, afirmo con toda verdad que, sin ninguna imaginación, las
hojas me sabían a sardinas asadas.
Despidióse de mi Tayaova llorando y preguntándome que había de hacer.
Díjele juntase a su gente y Piraquatia la suya, en el puesto que habíamos
levantado la cruz y con esto, podríamos estar con seguridad. Yo salí a un
pueblo seguro de donde supe que los españoles estaban llenos de envida
de que nosotros, sin su ayuda, hubiésemos dado principio a esta reducción,
entrando a donde ellos nunca pudieron con sus armas.
Espero en la divina misericordia, que se ha de servir mucho el Señor, en
estas tierras, que se han de hacer en solo el Tayaova, dos reducciones de a
mil familias, en distancias de tres días de camino y, antes de pasar de éstas
adelante, nos quedan otros tres puestos donde se pueden hacer otras tantas
muy buenas. No quiero dejar los Gualachos, los cuales nos piden con
muchas veras y nos importa tomar aquello, para que sea paso al Iguazú y
unir las reducciones del Paraná con éstas, fuera de otros puestos donde
también tengo esperanza que habemos de fundar presto, porque en el
Paraná grande vieron unos indios nuestros, muchos que estaban pescando.
Les dijeron como habitan aquellos montes por haberse recogido allí desde la
entrada de los españoles, más que ya estaban enfadados y deseosos de
tener padres porque habían tenido noticias de ellos y que les fuese uno a ver
y reducir, porque era mucha gente. Diéronle los nuestros de lo que llevaban
y la palabra de volver con la respuesta dentro de tres lunas, no pudiendo
cumplirla por estar yo entonces en el Paraguay.
Cuando volví, entré con el padre Pedro de Espinosa por aquellos
montes , siguiendo un pequeño rastro que luego perdimos y no lo
descubrimos más aunque gastamos el día entero en su busca. Para que la
peregrinación de aquel día no fuese sin fruto y el padre Pedro se empezase
a curtir, nos cogió un gran aguacero que duró todo el día y, por remate,
195
perdimos el camino por donde entramos.
Toda esta masa de gente tiene la Compañía entre manos y está
colgada de la voluntad de V.R., que puede salvar innumerables almas
enviando obreros, cuyo fruto será y es maravilloso".
54. CARTA AO PROVINCIAL PADRE NICOLÁS MASTRILLI DURAN.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia, ARSI, Roma. Escrito em
espanhol pelo P. Provincial Nicolás Mastrilli Durán, a tradução latina foi
realizada pelo P. Jaime Ranzonier.
I: Copia na Biblioteca da Universidade de Leeds, Inglaterra, publicada em
1.926 pelo Dr. D. Ricardo Offor, bibliotecário da Universidade.
II: Cópia incompleta na Biblioteca Nacional de Rio de Janeiro. (faltam 10
folhas)
Impressão: LEONHARDT CA 2, pp.345-351.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. LEONHARDT com ortografia
atualizada e notas.
Destinatário: Geral da Companhia de Jesus, P. Mucio VITELESCHI, Roma.
Data: da Carta Anua, Córdoba, 12 de novembro de 1628.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.430; FURLONG, Montoya, nº15 de
p.103,; CARDOZO 1, nº19 de p.247.
Autores: Leonhardt 2, 345-351,; CORTESÃO MCA III, 249-254.
TEXTO
CARTA DEL PADRE ANTONIO RUIZ DE MONTOYA, EN LA DECIMO
SEGUNDA CARTA ANUA DEL PADRE PROVINCIAL NICOLAS
MASTRILLI DURAN EN LA QUE SE RELACIONA LO ACAECIDO EN LOS
AÑOS 1.626-1.627.
83
"Dí la vuelta de una misión que despues contaré, para entrar al Tayaova
porque me decían, se habían juntado de nuevo y comenzado a fundar en el
sitio que les señalé.
Bajaron a verme a un pueblo de paz, don Nicolás Tayaova y Piraquatia
con otros caciques. Después de esta visita, tomé el parecer de los indios y
todos me disuadieron la entrada porque los hechiceros estaban deseosos
83
Es la tercera entrada al Tayaova.
196
de comerme, por haberles dicho el demonio, de nuevo, que lo hiciese. Los
padres de las reducciones vecinas también procuraron apartarme de este
intento porque supieron las prevenciones que, para darme la muerte, se
hacían. Así me escribieron, saliese luego del pueblo en que estaba porque
sin duda me matarían. Los españoles de la Villa Rica vinieron al pueblo de
Santa Ana que está más abajo, bajando yo a él a verlos, con muy gran
sentimiento me pidieron, algunos con lágrimas en los ojos, que no intentase
aquél viaje, porque, según habían sabido de los indios de aquella provincia,
era infalible me habían de comer. Respondíles con muy gran agradecimiento
del consejo que me daban, que lo encomendaría a Nuestro Señor con las
veras posibles y lo que entendiese ser de servicio de Su Majestad, eso haría
muy fiado de que en sus manos estaba seguro de todo el mundo. Con esto
volví a mi puesto de donde despaché a Tayaova con los demás que había
traído a verme, a que compusiese su pueblo y se juntansen para que si nos
acometiesen los enemigos, nos pudiésemos defender. En el interín, me
recogí a hacer siete semanas de ejercicios, con siete horas de oración al día
a los siete Arcángeles, a quienes les he dedicado esta reducción en
agradecimiento de las mercedes que en mis caminos he recibido por su
intersección, que han sido muy singulares con tres muy particulares de la
Soberana Virgen, dueña de mis trabajuelos y angustias. Porque el demonio
quiere ser siempre testigo de nuestras acciones, una noche como a las
once, se puso junto a mí, pegado al fuego que por los grandes fríos que
hasta ahora ha hecho he usado de él. Tenía el rostro chato y redondo como
un plato grande desapareció luego sin dejar en mí rastro de temor, antes
muy gran nimo y fervor.
Proseguí mis ejercicios con harina de palo y algunas patatas o plátanos,
sin admitir otra cosa, porque hoc genus demoniorum non eijcitur nisi in
oratione et ieiunio. Sería largo de contar la batería interior que tuve de
desconfianzas y tentaciones del demonio en esta parte, a que se llegaran los
nuevos avisos que me dieron los padres que saliese luego de donde estaba
porque me querian matar. Consoláronme dos cosas en esta aflicción: la una,
que en esta tercera entrada, aguard‚ que V.R. de suyo me señalase para
ella, deseando que el Señor por su medio me lo ordenase, como de facto
fue la otra que en medio de mis dudas me consoló Nuestro Señor de esta
manera: parecióme que estábamos tres de la Compañía en un campo o
plaza y que de repente, vino a nosotros una gran manada de bestias como
de antas o jumentos muy lúcidos, inclinadas las cabezas a la tierra como
ozando y gruñendo y que venían forzadas. Dióme singular alegría el verlas,
la misma mis compañeros, a los cuales dí boca que poco a poco los
rodeásemos y guiásemos a una Iglesia que allí estaba muy resplandeciente,
donde con muy gran facilidad las encerramos y cogimos sin que se nos
escapase alguna. Quedé con esto muy animado porque a la inteligencia de
ello se me ofrecieron muchas cosas largas de contar. Dentro de muy poco
tiempo entraron en el pueblecillo donde yo estaba casi cien indios de los
más crueles de toda la tierra, cuyo ejercicio ha sido siempre matar y comer
hombres, los mismos que la primera vez que intenté esta entrada me
comieron los siete indios y lo mismo hicieron de todos los que los
gobernadores los enviaban con embajadas. Supe también al mismo tiempo,
que siete caciques muy enemigos nuestros habían muerto por los montes a
197
porrazos sin saber quien los aporreaba y que de gente menuda de vasallos
habían muerto otros muchos. Confirmóse esto con una carta que el padre
Simón Mazeta me escribió desde su reducción de San Pablo (de que luego
hablar‚ ) en que me avisaba de lo mismo, que habían entrado en aquella
reducción algunas tropas de indios huyendo sin saber de qué. Decían que
les parecía que el cielo se caía sobre ellos y que iban a guarecerse y sabido
a quien, a el padre solo, que aún una choza no tenía en que vivir, más éstas
son las maravillas de Dios. Entiendo sin duda, que hablo de estas bestias el
Profeta: homines et iumenta salvabis domine
84
y que los Santos Angeles
compellunt eos intrare. Bendito sea el Señor, al fin se compadece de esta
pobre gente.
Acabado mis ejercicios, me puse en camino para esta reducción del
Tayaova con ánimo de morir o vencer. Así repartí las cosillas que tenía
trayendo sólo mi ornamento y hamaca, un poco de maíz y frisoles para mi
sustento. Lleguè a este puesto en la octava de Nuestro Santo Padre y día
de Santo Domingo. A un buen trecho antes de llegar hice desdoblar la
imagen de los siete Arcángeles que llevaba conmigo y que pintó el hermano
Luis Berger.
85
Yo me puse mi sobrepelliz y estola y ordenamos una larga
procesión. Saliónos a recibir don Nicolás y Piraquatia que llevaron la imagen
hasta el pueblo y una choza que estaba empezada a cubrir. Hallé muy
pocos indios y me ví muy confuso porque nos acometían los enemigos y no
había con qué defendernos porque los indios que me acompañaban eran
muy pocos. Acogíme a la oración y a hacer un novenario a Nuestra Señora.
Una noche me embistió dos veces el demonio en figura de un galgo,
desechéle con la mano y metióse debajo de un zarzo en que yo dormía.
Dejóme con alto horror pero muy animado a que por sus ministros no me
había de hacer daño, ya que por sí mismo se desvergonzaba .
Otras dos noches ha venido amenzándome, siempre con las fuerzas
disminuídas. Hice luego una cerca de palos incados en tierra a modo de
palenque y dentro de él, una pieza de ochenta pies de largo para iglesia y
una chozuela para mí.
Se ha mostrado el Señor tan maravilloso en este negocio que, apenas
pongo el pie o la mano, que no sienta la providencia divina y su paternal
manutenencia. Así sería cosa muy larga querer referir lo que en este viaje
me ha sucedido pero tocar‚ algunos casos.
Luego que aquí llegué, corrió la voz por toda la tierra y llegó el gran
hechicero Guiravera, de gran fama, como V.R. lo oyó cuando vino acá .
Embravecióse cruelmente contra mí, diciendo que me había de comer esta
vez ya que la otra vez no pudo, para lo cual envió a llamar a los caciques de
la comarca y, como le tienen por dios es obedecido con mucha puntualidad.
Juntáronse pues, aunque con intento de matarme, el de dios era ejecutar su
justicia en un cacique perverso llamado Ararundí, que fue el que el año
pasado vino por caudillo de la gente para matarme y hacer la guerra que
dijimos. Porque en ella murió un hijo de un cacique principal, estaba su
padre notablemente sentido con Ararundí porque había muerto su hijo en su
84
Se refiere al salmo XXXV,7. (Cfr. LEONHARDT, CA II, 1929:383, Nota Nº 51)
85
El Hermano Luis Berger tenia u nconocimiento profundo de diversas artes. Era natural de Amiens;
llegó a tierra americana a los 28 años de edad, en 1616.Murió en Buenos Aires en 1639. La Carta
Anua de ese año trae su necrología (Cfr. LEONHARDT, CA II, 1929:383, NOTA Nº 52)
198
compañía. El cual cuando supo que yo había llegado ahora, deseó venirse a
mí y lo dijo a su mujer, más ella le reprendió de cobarde y le dije que fuese
a su dios Guiravera, le preguntase lo que le convenía hacer y para obligarle,
le llevase una hamaca. El indio se dejó engañar de su mala mujer y, llevando
consigo dos sobrinos suyos y dos vasallos, se fue a Guiravera, donde
actualmente se estaba haciendo la junta contra mí, entre ellos el cacique,
cuyo hijo había muerto y, renovándose el sentimiento con la vista de
Ararundí, incitó a los otros a que le matasen en venganza. Cogieron al triste
con los demás que había llevado y, atado, lo metieron en un aposento.
Ararundí decía para aplacarlos, que iba a hacer gente para dar sobre mí.
Respondióle Guiravera: "Aún porque viniste a esto la vez pasada mataron al
hijo de mi amigo ".
Por la mañana, el mismo Guiravera mató a Ararundí con sus manos y se
lo comió. A los cuatro que le habían acompañado, los repartió a los otros
para que, llevándolos a sus tierras los matasen y comiesen. Este medio
tomó Nuestro Señor para castigar a Ararundí que había, el año pasado
echándome de la tierra y para deshacer la junta que ahora se hacía contra
mí con el mismo fin.
En éste interín nos hemos ido fortificando aunque el hambre que hay al
presente es cruelísimo, así todos acuden a buscar raíces e hierbas que
comer. El maíz que traje lo dí para sembrar porque el suyo se les acabó a
los indios así envío siempre un muchacho a que me busque raíces y
palmitos para sustentarme. En ellos he hallado tanto gusto y sabor, que
nunca me acuerdo haber comido cosa más suave y olorosa. No es
encarecimiento sino, que en realidad y de verdad parecían tener agua de
rosas y azahar con otras misturas suavísimas al gusto y olfato. Porque sabe
Nuestro Señor, dar maná en el desierto y poner la mesa en las soledades y,
aunque en estas ocasiones no hubiera otra cosa que experimentar la
providencia de Nuestro Señor, es cosa de singular suavidad. Siempre me
acuerdo de los mendugos de San Francisco y los ofrezco a Nuestro Señor
porque aquí fueran regalos nunca visto.
En el camino me cogieron unas calenturillas por la incomodidad de éste
y, gracias al Señor, antes me sirvieron de ayuda y de aumentar el fervor de
mi viaje, que lo hice a pie, como acá son todos. Ya estoy muy bueno y
gordo, aunque no tanto que les dé asco de comerme a los hechiceros si me
cogieran.
No se contentó el demonio de los encuentros pasados, antes, esta noche
víspera del santo mártir Mauricio y sus compañeros, me acometió de nuevo
con la ocasión que aquí diré, para magnificar la divina providencia y su
manutenencia con que a los olvidados de sus comodidades, regala.
Después de haber tenido antes de acostarme mis dos horas ordinarias de
oración, me puse a descansar y me sentí tentado de hacer a un muchacho
me trajese una pierna, de que los meses pasados me sentí lastimado, de un
frío que me encogía los nervios y como tengo hecho votos de no consentir
que persona llegue a mí, ni yo tocar a nadie mientras el Señor me
conservase la vista, resistí. Ofreciéronseme muchas demandas y respuestas
de necesidad por una parte y que, con ella, no me obligaba el voto y por
otra que era tentación. Túvome tan desvelado ésta batería que casi se me
pasaba la noche sin dormir. Al fin, me determiné de guardar mi voto y de
199
renovarlo con firme propósito como lo hice y al punto, me vino el sueño: pero
despertóme el demonio, sin forma más que un bulto negro, el cual arremetió
a mí para abrumarme.
Lo primero que se me ofrece en éstas ocasiones, es nombrar con gran
eficacia, el nombre de Jesús. Así lo hice y él respondió: "-Oh, maldito! -Y que
duro eres!", entendiendo yo, entonces, que su rabia y deseo de vengarse era
por no haber consentido con su tentación. Yo le dije que era un perro, con lo
cual se fue y dí gracias a Nuestro Señor con muy gran ternura por lo
sucedido, por los avisos que de esto entendí y el ánimo que el Señor me ha
dado contra éste perro que, aunque no le tengo miedo, el horror que deja es
grande.
No es maravilla que el demonio quiera por todas vías vengarse, porque el
interés que se le quita de las uñas es muy grande, de mucho número de
almas que el maldito tenía debajo de su imperio, muchas muy parecidas a él
en las obras, tan rabiosas y crueles como él Guiravera lo es, tanto que a
muy poco, habiendo unos indios trabajado en aderezarle su casa, mandó
que matasen a un cacique vecino suyo, para dar de comer a los peones pero
él se escapa y estos días ha muerto últimamente a ocho o nueve.
Limpiando un pajonal para nuestra cerca, dieron con los huesos de un
indio cuya muerte me han contado y fue así: llamábase Cheacaví y fue de
los más valientes y enemigos del nombre cristiano, muy celoso del servicio
de su dios Guiravera. Este indio fue en los que hicieron junta contra mí el
año pasado y, tuvo por tan cierto el cogerme, que prometió a sus mujeres al
partir, les había de llevar mis piernas para que las comiesen. Llegó a éste
puesto y, en la refriega que tuvimos, un indio de su mismo pueblo se dio a
traición un flechazo con que le mató porque, habiéndole pedido el agresor
una hija suya, se la negó. Este fue el castigo que llevó de sus malos
intentos.
Viniendo a lo particular de esta gente, no tienen pájaros, ni perros, ni
gallinas, ni cosa viva, o porque con las guerras que han tenido se han
acabado, o porque no le permiten. No hay hombre entre ellos que piense
que ha de morir, quedan espantados oyendo de la resurrección de los
muertos porque hacían el mismo juicio que de los brutos, así no tienen
memoria de otra vida después de ésta. El que los traía a todos embaucados
con sus embustes, era Guiravera, porque hace muchas transformaciones
por arte del demonio. No tiene en su pueblo indios sino muy pocos, en su
misma casa ninguno, que es cosa particular en éste, todas son indias.
Deshácese de enojo de ver que me estoy aquí despacio, pero confío en la
infinita misericordia de Nuestro Señor, que se la he de ganar. Lo
encomiendo muy de veras, muchas veces, ofrezco a Nuestro Señor
disciplina cada día y otras devociones por su conversión. Es de muy singular
consuelo, oir ya aquí las alabanzas de Dios, rezando en sus casas y
haciendo estima de las cosas que se les dicen de la otra vida. Aunque hasta
ahora, el hombre los trae esparcidos por los montes, con todo, de ochenta
caciques valentones que hasta ahora han venido a mi noticias, los sesenta
son de nuestro bando. De los demás, es caudillo Guiravera y pienso que se
han de venir a mí muy presto, porque van conociendo las mentiras y
embustes de este monstruo. Además de todos estos, he ganado algunos
hechiceros y, principalmente, dos competidores de Guiravera, a los cuales,
200
con astucia, ha enviado a llamar para matarlos con esto, aún los muy amigos
suyos, no osan ir a verle.
Algunos padres m e han propuesto con eficacia, que le cojamos por fuerza
de armas con nuestros indios , supuesto que se hace Dios, mata tanta gente
y se dejan por él de convertir muchas almas. No me ha parecido, nos
metamos en eso, aunque las razones y causas fueran eficaces, porque él es
gentil y está en sus tierras.
Nosotros nos metemos en ellas y, aunque con santo fin, él no lo conoce y
le daremos ocasión que mate algunos, o le maten y más gloria ser de
Nuestro Señor, que le alcancemos la conversión con penitencias y
oraciones. Los que tengo y bautizados al día de hoy, son quinientos".
55. CARTA AO PROVINCIAL PADRE NICOLÁS MASTRILLI DURAN.
Texto: Original no Arquivo Geral do Compñía, ARSI, Roma. Escrito em
espanhol pelo P. Provincial Nicolás Mastrilli Durán, a tradução latina foi
realizada pelo P. Jaime Ranzonier.
I: Cópia na Biblioteca da Universidade de Leeds, Inglaterra, publicada em
1.926 pelo Dr. D. Ricardo Offor, bibliotecário da Universidade.
II: Cópia incompleta na Biblioteca Nacional de Rio de Janeiro. (faltam 10
folhas)
Impressão: LEONHARDT CA 2, p.352.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. LEONHARDT com ortografia
atualizada e notas.
Destinatário: Geral da Companhia de Jesus, P. Mucio VITELESCHI, Roma.
Data: da Carta Anua, Córdoba 12 de novembro de 1628.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.430; FURLONG, Montoya, nº16 de
p.103,; CARDOZO 1, nº20 de p.247.
Autores: LEONHARDT CA 2, p.352; CORTESÃO MCA I, pp. 255-256.
TEXTO
CARTA DEL PADRE ANTONIO RUIZ DE MONTOYA, EN LA DECIMO
SEGUNDA CARTA ANUA DEL PADRE PROVINCIAL NICOLAS
MASTRILLI DURAN EN LA QUE SE RELACIONA LO ACAECIDO EN LA
201
PROVINCIA EN LOS AÑOS 1.626-1.627.
86
".... hasta aquí [reducción del Tayaova] dí una ligera, ahora me embarcaré
en estos campos de los Gualachos
87
que, segun dicen, están llenos de
indios y llegan al mar que han querido aportar navíos y, por los peñascos, no
lo han hecho. Lo de los Gualachos está seguro y, sin haberlos visto, me han
mostrado tanta afición que prendieron unos indios de paz que habían ido a
hacer yerba, sólo porque se había sonado entre ellos que Tayaova me había
muerto y, en venganza, trataban de hacerle guerra. Pero, desengañados,
han quedado contentos y me han vuelto a llamar. Bendito sea el Señor que
todo está ya conquistado y, si V.R. nos envía sujetos, fío en Nuestro Señor,
que todo ha de quedar en breve allanado, porque Tayaova ha dado
estampido entre los indios y entre españoles, que se muerden las manos,
según me han escrito, dever que sus escopetas no son de provecho. Hanme
ofrecido ayuda con muchos cumplimientos y yo, agradeciéndolas con los
mismos y, ahora que han sabido que atraves‚ por medio de las tierras de
guerra, para entrar a los gualachos , han quedado confusos."
88
56. CARTA ANUA DA MISSÃO DO GUAIRA.
Texto: Autógrafo original na Biblioteca Nacional de Rio de Janeiro Nº 1-29-
7-18.
Impressão: CORTESÃO MCA 1, pp. 259-298.
Edição: Edita-se o texto que transcreve Jaime CORTESÃO, com ortografia
atualizada, e explicação de termos velhos e notas.
Destinatário: O Provincial da Província Jesuítica do Paraguai Padre Nicolás
MASTRILLI DURAN.
86
Desde el Tayaova a los campos de los Gualachos abrá como cuatro días de camino. El Padre
Antonio [Ruiz de Montoya] fue llamado para reducir a estos indios, como estaba ocupado con los
tayaovas, comenzó a aprender la lengua de los gualachos que es muy diferente a las demás naciones
del Paraguay. Dejó encargado luego la reducción del Tayaova al Padre Pedro de Espinosa y partió a la
nueva misión.
87
Los indios Gualachos vivian en el sur del Guairá.(Cfr.:LEONHARDT CA II. p.383, nota 50)
88
Continúa en la Carta Anua el Padre Provincial: “…Esto me escribe el Padre Antonio [Ruiz de
Montoya], y va tan confiado a esta misión, que me la cuenta ya entre las fundadas dándole nombre de
Santiago.” (Cfr. LEONHARDT, CA II, 1929.352)
202
Data: Tambo de Guaracibere e minas do Ferro, Julio 2 de 1628.
Bibliografia: STORNI, Montoya, pág. 429 nº36; FURLONG, Montoya nº17
de p.103; CARDOZO 1, nº21 de pp.247-248.
Autores: CORTESÃO MCA 1, pp.259-298.
TEXTO
CARTA ANUA. TAMBO DE GUARACIBERE Y MINAS DEL HIERRO 2
DE JULIO 1628.
89
"Con algún recelo tomo la pluma para escribir a V.R. algo de lo que
en esta misión y reducciones de Guayráha sucedido desde el anua pasada
porque haciendo memoria de las cosas hallo que ha dejado tribulaciones,
angustias, hambre, persecuciones, y no ha faltado la espada o flechas para
que en todo sigamos al Apóstol [Santo Tomás Y pues V.R. armado con el
arnez del Apóstol qui posen nos separare a charitate dei, ett, con invencible
ánimo de ver y consolar a sus hijos, lo 1º abrió el primero caminos incógnitos
e inusitados rompiendo por todos los elementos, allanando riscos,
rompiendo montes y volviendo en firme la tierra movediza dejando en ella
impresas sus pisadas para que sirviesen de guía a los venideros
Provinciales sirviéndoles de índices y mostradores del camino juntamente
del invencible nimo de V.R..
Lo 2º experimento lo riguroso de las aguas así las que el cielo despedía
recibiéndolas en si sin algún reparo como las temerosas corrientes y de muy
pocos vistas del Paraná en donde viéndose ya casi anegado ofreció a las
aguas los despojos casi de una balsa por escapar la vida poniendola a sí
mismo en balanza de un muy débil palo por el cual arrastrando el pecho o
colgado al aire, (que es lo 3º) paso V.R. tan arrebatadas aguas que a£n sin
querer arrebataban la vista de los que las miraban. Si recuerdo el 4º
elemento de encender el pecho de V,R, para los demás trabajos que en el
discurso de su viaje padeció los cuales no pueden escribirse en breve
escrito. Lo cual, todo, me excusaba de hacer anua porque el hacerlo no
era m s que referir al que vio lo que ya ha vivido. Y aún lo que más me
movía el dejarla era que como él temía había de ser de trabajos, pudiera ser
89
El original autógrafo, parece borrador, pues, contiene varias "riscadas" (borrones). Formó parte de
la colección de manuscritos y libros que Pedro de Angelis vendió al gobierno del Brasil, y se incluye
en el Vol.I, como documento XL, de la edición de dicha colección que ha emprendido la Divisão de
Obras Raras e Publicaçoes de la Biblioteca Nacional de Río de Janeiro, con introducción, notas y
glosario de Jaime Cortesâo.En el "Sumario" hay un extenso extracto de esta Carta Anua (453-457).La
transcripción no es paleográfica, sino con desarrollo de abreviaturas y moderada modificación de la
ortografía. Es la única carta anua completa que se ha conservado de las muchas que escribió Ruiz de
Montoya como Superior de las misiones del Guayrá. Sse refieren las habituales alternativas de la
acción catequizadora, con episodios que luego se verán reproducidos en la Conquista Espiritual.
Aparecen ya las "tribulaciones, angustias, hambre, persecuciones" ocasionadas por las irrupciones de
los "piratas portugueses que según parece por sus obras más bestias fieras que hombres
racionales".(Cfr.:CARDOZO 1, p.248)
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tomasen algunos tema o temor de venir a ayudarnos y no es fingido este
pensamiento pues sólo el pensar que acá no hay pan ha encogido en
muchos que se supiera que no hay carne, vino, sal ni las ordinarias cosas
con que se sustenta la vida humana ¿y que fuera si supieran que muchos
meses se hab¡an de pasar con raíces silvestres tan sin sabor que aún la
misma hambre hace ascos?
Pero ya que la obediencia santa ordena que la envíe procurar‚ moderarla
de manera que los de generosos nimos hallen materias de argumentarse, y
los de menos de alentarse un poco.
Tiene esta misión de Guayrá
90
ocho reducciones y en ellas diez padres
aunque con una nueva que ahora daremos principio o dos serán diez. La 1º
de Nuestra Señora de Loreto la 2º de San Ignacio [Miní], la 3º de San
Joseph, la 4º de San Xavier, la 5º de la Encarnación, la 6º de San Pablo, la
7º de los Angeles del Tayaoba, la 8º esta de la Concepción de los lanc eros
Guañanas. Las seis se han hecho después que V.R. felizmente gobierna
esta provincia.
Sin estas, están tres reducciones para una de las cuales envío a llamar al
padre Joseph Domenech que es de guaranis, y de otra de camperos
Ybiraiaras , o lanceros que es nación distante me encargar‚ yo hasta que
V.R. nos envíe ayuda, y porque proceda con más claridad diré de cada
reducción lo que hubiere que decir.
Nuestra Señora de Loreto
Esta reducción es la primera que por acá se hizo. Está en ella el P. Diego
de Salazar, sólo tiene al pie de ochocientos Indios de matrícula. Son todos
Cristianos, hay más de mil trescientos comulgantes que comulgan cuatro
veces al año con mucha edificación y aprovechamiento de sus almas. Es
gente muy rendida
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y que totalmente han dejado sus usos o abusos
antiguos. El Padre ha salido este año en busca de alguna gente que está
por los montes, no los halló aunque es cierto que hay mucha gente; no ha
vuelto a buscarlos por no tener compañero; ha procurado el Padre
argumentar lo temporal reformando la estancia de tanado vacuno que allí
tiene; se ha encontrado con los españoles, bien, aunque nunca faltan dares
y tomares sobre los indios pero este año han sido muy pocos, se ha
aventajado la música con el cuidado que el Padre Diego de Salazar ha
puesto, cantan a tres coros.
90
En una carta al Padre Torres [Bollo], de 7 de agosto de 1613, dejó escrito: “Solo digo, que por
reverencia a Nuestro Señor, y por amor de Nuestra Señora, y de nuestro Santo Padre, que V.R. mude
el orden, que al padre Lorenzana envió, en que yo quedase aquí por negro Superior, con cargo del
Santo Oficio. Yo no me espanto de los Padres, porque quizás no me conocen: pero espantárenme de
V.R. mucho, y muy mucho, si no mudare este orden, porque certifico a V.R. uqe cuando considero
que ha de venir en los títulos de las cartas Superior, me avergüenzo, porque yo no entré en la
Compañía sino para estropajo; y mire V.R. que en esto va la honra de esta Provincia, porque qué
dirán los seglares de ella, sino que, pues yo voy Superior, que tales son los súbditos; y así por caridad,
que V.R. lo remedio.” (Cfr. LOZANO, 2, 1755:623)
91
Rendida: sumisa, obsequiosa, galante.
204
San Ignacio
En San Ignacio asisten el Padre Cristóbal de Mendoza y el Padre Juan
Suarez ambos muy buenos lenguas, tiene esta reducción mil indios de
matrícula a cuya causa es algo trabajosa de gobernar aunque esten dos
Padres, porque como han de acudir a todos los oficios de casa, iglesia y
pueblo es muy pesada la carga que llevan. Todos son ya cristianos;
comulgan tan bien al pie de mil y quinientos con mucha edificación y mejoría
de sus almas. Los Padres aunque nuevos lo hacen con muy grande
satisfacción siendo amados de los indios y respetados a cuya causa va en
aumento.
Han procurado los Padres contentar a los españoles del Guayrá, los
cuales se han ido amoldando a guardar ordenanzas del Rey movidos de la
cont¡nua comunicación de los padres a cuya causa se han abstenido de
hacer yerba de cuatro o cinco años a esta parte temiendo un muy gran
desengaño de que es su total ruina y de los indios el hacerla por las muertes
tan desastrosas que suceden a los indios, en aquel puerto donde se
beneficia con lo cual se conservan los indios en tres pueblos y los españoles
tienen quien les sirva en sus casas y chácaras.
Desde esta reducción se hizo este año un camino bien abierto hasta San
Joseph por el cual se trajeron cien cabezas de vacas a San Xavier. Es breve
el camino y muy cómodo para nuestra comunicación. La música también se
ha aventajado mucho que por entender que lo que sabían bastaba, no se
cuidaba de que pasasen adelante. Cantan a tres coros y componen en los
violones en los cuales también estan diestros. Vino a estas reducciones un
clérigo ordenante de la villa de San Pablo con deseo de acabarse de ordenar
en el Paraguay volvióse por no haber obispo, y muy maravillado de ver la
policía de los indios y de oir la música con haberla buena en su tierra y así
llevó alguna música. En lo demás se procede como en otras anuas hemos
escrito y V.R. vio.
San Joseph
Esta reducción de San Joseph se hizo con algunas contradicciones de los
Padres, pareciéndoles había por allí muy poca y ninguna gente. Se han
juntado doscientos indios , los más de ellos eran ya cristianos por haber sido
reducidos en San Ignacio de donde por enfermedad y otros inconvenientes
se volvieron. Se han descubierto este año en aquella comarca seis
pueblezuelos de Guaranis los cuales en estando los del pueblo con comida
se sacarán de los montes con lo cual quedará aquella reducción llena y por
estar algo a trasmano he juzgado que convendrá a su tiempo mudarla al
Paranapane con algunos de los pueblos donde V.R. se anegó para ayuda
de los pasajeros que van de San Ignacio a San Xavier.
Tenía esta reducción un estorbo muy grande de un indio cristiano
Cacique estimnado en cual había repudiado su verdadera mujer teniendo a
otras infieles a quien llamaba sus mujeres. Este con temor de dejar su mala
vida andaba huyendo por no reducirse y con ese mal ejemplo y peores
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palabras ahuyentaba a otros. Fue amonestado varias veces del Padre Simón
[Maseta amenazándole que Dios le había de castigar si no se enmendaba y
fue así que le dio el asqueroso mal de lamparones el cual en pocos días le
quitó la vida estando el Padre ausente que era el Padre Francisco de Ortega
y así murió rodeado de sus mancebas y sin haberse reconciliado con
Nuestro Señor. Con este ejemplo y otros semejantes se han amedrentado
los demás. El Padre Pedro de Mola me pidió que estaría consolado en esta
reducción y así le puse allí. Prosigue el Padre con el mismo consuelo suyo y
de los indios los cuales le aman tiernamente porque el Padre se deja amar
con su noble condición.
Acude muy bien la gente a la iglesia y a la doctrina de entre semana.
Hubiera el Padre corrido la tierra y sacado los indios que arriba digo pero por
no dejar el pueblo solo no lo ha hecho y lo mismo pasa en todas estas
reducciones que se fueren aumentando si hubieran dos Padres en cada
una.
San Xavier
En esta reducción de San Xavier ha estado hasta ahora el Padre
Francisco Díaz [Taño] sólo, ha sido fuerza sacarle para esta reducción de
gualachos y fueron menester trazas y engaños porque los indios no lo
estorbasen según el amor le tenían, quedó en el interín el Padre [Francisco
de] Ortega sólo, con esperanza de tener luego compañero porque a
menester esta gente dos Padres y buenos lenguas así por ser muchos como
por sus costumbres de comer y matar hombres aunque en esta parte se ha
visto la fuerza del evangelio que bastara a desarraigar tan antiguos y
arraigados vicios. Este pueblo se quemó todo en la venida de V.R.
permitiéndolo así nuestro Señor para que a los hombres no pareciese lo que
era y así no pareciesen los trabajos de los que con increíbles sudores los
habían juntado, y porque de fuerza habían de hacer sus casas y el sitio no
era a propósito le pasamos en el monte en un muy alto y vistoso puesto
donde se han hallado las comodidades que en el primer se deseaban: el
agua muy cerca y tanto que pasa por el pueblo en nuestra huerta un
manancial y aun dos, la leña muy a la mano y la tierra muy buena para viña
que ya se ha puesto un pedazo con otras cosas necesarias para nuestro
sustento.
Tomaron los indios la mudanza con tanto fervor y gusto que muy en breve
hicieron. Desde esta reducción y la de San Joseph es el temple mejor, el
verano más templado y el invierno más frío. Corren desde aquí los campos
hasta la mar y casi todo de pinales el monte que tienen de que cada año se
hace muy gran provisión de piñones . Muere muy poca gente a cuya causa
espero en Nuestro Señor que ha de ir en muy grande aumento si se pone en
cabeza del Rey porque si se dejan en manos de españoles no hay que
hacer caso ni de aumento ni de su perseverancia porque daránla cuenta de
ellos que han dado del demás quetuvieron de que diré abajo.
Dos años ha que se empezó a bautizar esta gente, y este año se han
bautizado adultos mil y ochocientos y cincuenta y dos, infantes trecientos y
setenta y ocho que son dos mil y doscientos y treinta bautismos. Los
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adultos que se han bautizado en estos dos años, son dos mil y cuatrocientos
y trece sin los infantes que son los del año pasado ochocientos y cincuenta.
Van los padres bautizando cada día y por unos sacando otros incognitos con
alajos y buenas palabras que la fiereza de esta gente no sufre más duro
proceder. La fiereza de esta gente en matarse y comerse es increíble.
Usáronlo al principio en venganza de sus enemigos pero han quedado tan
saboreados de la carne humana que ya lo hacen por gusto como se verá
por el caso que aquí referiré en que se ve el amor que los indios reducidos
tienen a los Padres y la sed de carne humana de los no reducidos.
Está de esta reducción distante dos leguas una sierra en la cual se
habían juntado hasta cuarenta indios ferosísimos y tanto que de uno solo de
ellos se averiguó haberse comido veinte personas cogiéndolos por engaño y
de otros cinco de manera que su principal sustento eran hombres, dos de
estos eran hijos de un indio que V.R. vio en nuestra balsa que le bajamos
por el mismo delito a Nuestra Señora de Loreto. Súpose el caso de esta
manera: Los indios del pueblo hacían frec uente centinela a la redonda de
nuestra casa y preguntándoles el Padre la causa no la decían, hasta que un
día llegaron al pueblo corriendo unas indias lamentándose una de la muerte
de su marido y las otras del mismo que era su deudo, y examinadas dijeron
que yendo ellas acompañando al dicho indio difunto que iba a buscar caza
para sustentar sus hijos se subió en un árbol a esperar alguna bestia para
matarla acertaron a pasar por allí algunos indios de aquella tierra los cuales
más fieros que las mismas bestias empezaron a flechar al pobre indio, el les
rogaba que no le matasen y que le dejasen sustentar sus hijos pero ellos con
la rabiosa hambre que tenían de comerlo le derribaron a flechados, y lo
asaron y se lo comieron. Con esta declaración de las indias, los indios
declararon el fin de su centinela que era por guardar al Padre de aquellos
indios carniceros los cuales habían tratado de comerlo. Con esto pidieron
licencia los indios para ir a destruir aquella gente. El Padre no lo consintió
enviándoles algunos indios de paz que los trajesen; vinieron, y afeándolos el
Padre su mala vida los hizo reducir en el pueblo y dejar el suyo antiguo, han
tenido entre sí contínuas guerras y aún a nosotros cuando les entramos la
primera vez nos la quisieron hacer para comernos (como en otra anua he
dicho).
Pero con la doctrina del evangelio han ido dejando sus malos usos
aborreciendo su mala vida pasada y amando la presente a cuya causa
ofreciéndose ocasión de indios, que de otras partes vienen allí, es cosa
maravillosa lo que se esmeran en predicarles como lo hicieron a Pablo hijo
de Nicolás Tayaoba el cual con la fama de la venida de V.R. envió a su hijo
con él mucha gente cuya ventura fue tan corta que no halló a V.R. nuestros
hijos. Lo agasajaron y regalaron, animándole a que siguiese en ellos su
ejemplo, pues habiendo tantos años que habían seguido sus quereres como
él mismo Tayaoba al fin movidos de la verdad y buen ser que los hijos de los
Padres tenían se les habían entregado, con lo cual se despidieron muy
contentos los del Tayaoba. Y aunque comunmente todos proceden muy bien
procurando dejar su mala vida pasada, dejando algunos cristianos antiguos
que entre ellos hallamos sus mancebas , sus rencores y mala vida pasada,
de que pudiera referir muchos casos.
Los gentiles mozos y viejos han acudido a la iglesia a aprenderlo
207
necesario para bautizarse, confesando sus errores pasados doliéndose
muchos de ellos, con todo permitiéndolo Nuestro Señor...entre los indios
quien se nos oponga y quien con su mal ejemplo nos quiera estorbar e
impedir el bien que se hace y no es pequeña providencia de Nuestro Señor
para que con esto se conozca y arraigue la virtud en los buenos.
Est en esta reducción un Cacique muy estimado de los indios por ser
valiente y aún por tener nombre de hechicero. Este indio fue el primero que
vimos por estos montes en nuestra primera entrada el cual era Cacique de
ocho o nueve casillas que en este sitio hallamos, el cual como ya he dicho
en otra anua convocó gente para matarnos asegurándoles él que le hallaron
tan a punto que él sería el que primero pusiese las manos en nosotros. Pero
como no estaba del cielo no tuvo efecto su traza, Sosegóse por algún tiempo
viendo que le hacíamos el bien que podíamos, pero como el ser malo lo
tenía tan arraigado, perdió el fingir su bueno muy fácilmente. Supo que unos
vasallos suyos se habían bautizado, y lleno de enojo se fue a sus chácaras y
en castigo les quitó cuanto tenían. Procuró el Padre que volviese lo que
había quitado y así se hizo, pero con la obstinación en que estaba hizo un
convite de chicha a los principales del pueblo en el cual les dio a entender el
disgusto que estaba en este sitio por haber en él Padres y que nunca se
había de hacer cristiano ni ir a la iglesia, antes cuando se tocase la campana
él había de ir a matar venados y caza y que en los viernes que el Padre
decía a sus bautizados que no comiesen carne él la había de comer
perseverando en su vida y proceder antiguo y como lo propuso así lo
cumplió porque cuando se tocaba la campana a misa los domingos salía con
una hilera de indios detrás de sí a matar venados y el viernes era cuando el
demonio les ofrecía más carnes y él la repartía por el pueblo.
Reprendió el Padre esto en común, en presencia de algunos caciques
entre los cuales estaba el, el cual como amenazando el Padre le dijo Padre
aún tengo en mis manos el arco y la flecha y no lo dejó sin causa porque de
allí en adelante dio en flechar el ganadillo que teníamos. Los demás del
pueblo acudieron a consolar el Padre juzgando estaría disgustado diciéndole
que sin duda Dios no disimularía con tan ruín indio sin castigarle muy
severamente y fue así porque yendo tras una anta por el monte cayó un palo
de un árbol y le dio en la cabeza tendiéndolo en el suelo trajéronlo a su casa
entendiendo que sin duda moriría porque quedó muy mal tratado. Añadió
Nuestro Señor a esta azote otro que fue el que él más sintió y con que los
demás quedaron confirmados en que la mano de Dios le castigaba por que
este mismo día cayeron enfermas cuatro indias suyas. Las dos mancebas
suyas muy estimadas y las otras dos parientas de estas las cuales el tenía y
estimaba.
Las tres murieron aquel mismo día, y la tercera el siguiente y tan a prisa
que apenas tuvieron lugar para bautizarse, que este suele ser el azote
ordinario con que Nuestro Señor castiga a los rebeldes como la experiencia
de muchos años ha mostrado, azotando con enfermedades y muertes que
es lo que lo comunmente se siente más. Este suceso hizo buenos efectos en
este pobre, porque toda la noche se le fue en pensar que Dios le castigaba y
así en amaneciendo hizo llamar al Padre rogándole que pidiese a Nuestro
Señor le perdonase que él quería ser cristiano díjole el Padre no con poca
doctrina que le dio, el siguiente día se levantó muy de mañana enfermo
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como estaba y a su usanza fue predicando por todo el pueblo mil bienes de
los Padres afeando él su proceder pasado, y animando al pueblo a que
oyesen a los Padres proponiendo él de hacer su casa en el pueblo en
estando bueno porque hasta allí no se pudo acabar con el que la hiciese
estandose él sólo bien apartado. Este deseó ser cristiano de mano de V.R.
y..... su bautismo hasta que V.R. vino y le bautizo vistiéndole V.R. el cuerpo
con vestido y el alma con la gracia de que se vieron efectos porque luego
dejó su casa antigua y se pasó a una de un hijo suyo que estaba en el
pueblo, mientras él hacía la suya procediendo en todo bien y entrando en la
iglesia.
Es cosa digna de no pasar en silencio la devoción que tiene toda esta
gente de por acá con los evangelios y así en estando enfermo el niño lo
llevan a los Padres cooperando muchas veces Nuestro Señor con su fé
dando salud a los enfermos y aunque en las antiguas reducciones está esto
muy asentado aquí en esta tuvo principio de esta manera:
Súpose que había algunos hechiceros los cuales por engañar al pueblo
se hacían curanderos chupando y haciendo las migos Brasiles, que estaban
ya eceremonias contando muchas fábulas que el pueblo ignorante creía
porque si el enfermo sanaba atribuían a su cura la salud que Dios le había
dado, y si moría tenían mil achaques que decirles con lo cual comían sin
trabajo del sudor ajeno. Súpose este engaño reprendiéronlo los Padres en
público dándoles a entender como Nuetro Señor por medio de los evangelios
daba muchas veces salud.Tomáronlo tan bien que dejando totalmente el de
los hechiceros falsos siguieron el verdadero y así traían y traen sus hijos a
los Padres concurriendo Nuestro Señor casi con evidentes efectos de la
devoción y fe de esta buena gente de que podré referir casos semejantes,
diré sólo uno.
Tenía un indio a su hijo tan enfermo que agonizando ya con la muerte
hería con pies y manos; acudió el indio al remedio común: pedir al Padre con
gran instancia que fuese a su casa a ver a su hijo y decirle un evangelio; fue
el Padre hízolo así y dentro de dos horas se vio el niño bueno y sano y que
mamaba.
Esta devoción llevó a su tierra de esta reducción Pablo Tayaoba hijo de
NicolásTayaoba el cual había venido a ver a V.R. y oir sus palabras, vio que
los enfermos los llevaban al Padre y así volviéndose del sol cayó una niña
hija suya enferma llevóla al Padre Pablo de Benavides que entonces estaba
para bajar a la villa, en un pueblo de los indios de paz díjola un evangelio y
luego se puso a jugar la niña con muy buena sin que la enfermedad le
volviese.
Se han ido entablando las frecuentes confesiones en esta reducción
como en las antiguas a que acuden entre año con fervor y aprovechamiento
de sus almas publicando muchos el gusto que reciben en sus almas
recibiendo este sacramento pegando este gusto a otros que por
experimentarlo lo frecuentan. Habiendo un nuevo cristiano, que sólo hacía
un mes que lo era, oído decir de este consuelo que recibían las almas
después de haberse confes ado vino al Padre y le pidió confesión dando por
razón que quería recibir aquel consuelo en su alma, y juntamente alcanzar
perdón de sus pecados y diciendo esto con más fervor que consideración,
empezó a decir públicamente sus pecados y prosiguiera si el Padre no le
209
hubiera ido a la mano.
Un cacique principal que hacía mucho tiempo que era cristiano se
envolvió con indias infieles y reprendido del Padre las dejó, pero poco
después volvió a su casa una infiel. Pero Nuestro Señor le quiso castigar
como Padre quitándole la vista del cuerpo para darle la del alma, y
juntamente le quitó el oir en pena de no haber querido oir la palabra de Dios
y amonestaciones del Padre estuvo así mucho tiempo y aunque el Padre
procuró que se confesase entendiendo él como después lo dijo que era
necesario que él oyese al Padre cuya causa estuvo mucho tiempo en peligro
de morirse sin confesión, pero la bondad de Nuestro Señor usó de su
misericordia con aquel pobre dándole oídos de repente y al punto hizo llamar
al Padre y se confesó muy bien con singulares muestras de dolor, pidiendo
al Padre sacase de su casa aquella india, el Padre lo hizo así y lo casó con
mucho gusto de todos y gloria de Nuestro Señor y poco después murió.
Otro indio cacique y muy estimado siendo de poca edad se fue a los
indios de paz que sirven a los españoles en donde pasando por allí un
clérigo lo bautizó. El se volvió a su tierra en donde le hallamos cuando
entramos allí la primera vez y por ser principal le dimos vara de alcalde. Este
ocultó siempre ser cristiano por vivir con la licencia que los gentiles y aunque
entraba en la iglesia los domingos oía el sermón y al evangelio se iba con los
gentiles, estaba amancebado con algunas infieles y muy arraigado en este
vicio. Tocóle Nuestro Señor por el medio ordinario que es de enfermedad
poniéndole casi a punto de muerte. Trató el Padre de bautizarle y él lo
rehusó diciendo que sanando iría a la iglesia en donde aprendería lo
necesario para bautizarse, etc. Convaleció pero no se enmendó ni trató de
eso más que si nunca hubiera estado enfermo pero queriendo Nuestro
Señor traerle a sí le dio otra enfermedad tan aguda que le obligó a
descubrirse al Padre conociendo el castigo del cielo confesóse, y él (que es
cosa rara) pidió los óleos y habiéndose reconciliado varias veces dejó esta
vida con esperanzas de haber ido a la del cielo.
No tuvo la ventura que este indio que he dicho, el que ahora diré. Cayó
este pobre de un árbol y estando muy cerca de morir le bautizó el Padre
haciendo el firme propósito de dejar sus mancebas porque juntamente
estaba amancebado con madre e hija. Sanó del cuerpo pero no del alma
porque viéndose cristiano y obligado a dejar sus mancebas había de dar mal
ejemplo si vivía en el pueblo con este escándalo. Se fue a las chácaras
dejando totalmente caer su casa. Vivía a su gusto y bien descuidado de lo
que le había de suceder. Sabido este negocio hizo el Padre todo lo posible
por reducirlo y meterlo por camino. Llamábale muy de ordinario que viniese
al pueblo pero nunca halló camino porque estaba cerrado para el del cielo,
enviando últimamanete el Padre por él los mensajeros encontraron gente de
su casa que venía al pueblo, lo cual les dijo que no se cansasen en ir por él
porque el día siguiente estaba determinado de ir él a ver al Padre, con lo
cual se volvieron los mensajeros, el día siguiente levantándose el pobre indio
para salir de su casa e ir al pueblo antes de salir por la puerta se cayó
muerto con horrible espanto de todos y escarmiento de muchos, entre los
que les fue una su manceba la vieja madre de la moza la cual hizo un
maravilloso hecho y fue así: La hija suya manceba de su mancebo el muerto
se amancebó con un cuñado suyo que lo era por tener dos hermanas suyas
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por mancebas siendo ella la tercera. La vieja madre de estas indias
acordándose del castigo que Dios había hecho en su mancebo reñía a sus
hijas deseando se apartasen de tan mal estado pero sabiendo que su última
hija se amancebaba con su cuñado, llena de celo se fue a la casa del yerno
y con un palo que ordinariamente traía por bordon echó de ella a palos las
dos hijas y viniéndose al pueblo y entrando en la casa del indio halló allí a su
hija a la cual dio tantos palos que mal tratada y herida la echó de allí y con el
mismo coraje dio tras las allagas de casa y jugando del báculo que llevaba
no dejó plato, ni olla, ni calabazo que no hizo pedazos quedando con esta
victoria muy ufana diciendo: así no se amancebarán otra vez, el indio vino
luego al Padre excusándose de que él no sabía más de lo que sus padres
usaban o habían usado pero que ya que sabía que era malo no quería
perseverar en ello y así echó de si las indias y todos se remediaran.
Con ocasión de las viruelas que empezaron en este pueblo el año pasado
avisó el Padre a los indios que trajesen todos los infantes a bautizar no
muriesen sin confesión. Supo el Padre que había uno en una chácara; envió
varias veces por él y sus padres lo escondían diciendo que a ningún Padre
lo habían descubierto y aunque el tiempo era riguroso de hielos temiendo el
Padre no sucediese a aquel niño alguna desgracia fue a la chácara y lo
bautizó. Supieron sus padres y edificados de la caridad del Padre que con
tan riguroso tiempo había acudido a hacer aquella obra se fueron a él
agradiéndole el beneficio que habían recibido perseverando en el pueblo y
en la doctrina la cual sabida se bautizaron, y el niño que estaba entonces
sano le sobrevino una enfermedad que en breves días lo llevó al cielo.
Ha padecido esta reducción dos trabajos este año el uno de hambre y el
otro de piratas portugueses que según parece por sus obras más son
bestias fieras que hombres racionales, pero con lo uno y lo otro quiso
Nuestro Señor arrigar los buenos y castigar los malos. Del hambre no sé si
pueda decir más para explicarme, que cayeron muertas de su estado al pie
de treinta personas. La causa de esta hambre fue el haberse reducido tanta
gente en este pueblo y haber dejado los suyos lejos y haber entrado en ellos
los portugueses con que los dejaron asolados de comida: causo la también
el haber faltado los piñones, y lo último el haber habido tanto hielo que no les
dejó raíz en la chácara y sin semilla para volver a sembrar. Acudieron a
nuestras reducciones antiguas de donde se proveyeron y en el interín se
acogieron por los montes a buscar raíces silvestres, cardos y otras cosas a
que se acogieron también los Padres para poder vivir mientras se les
socorrió de abajo. Con el hambre hubo una enfermedad o peste que les
hacía dar arcadas y en breve espacio los mataba y como el Padre Francisco
[Díaz Taño] estaba solo no era posible acudiese a tantos y en tan distantes
partes porque a unos cogía en el pueblo, a otros en sus chácaras y a otros
en los montes buscando su pobre comidilla, a cuya causa murieron algunos
sin bautismo y otros sin confesión que todos serían hasta número de siete.
La vigilancia del Padre fue muy singular y su fervor muy conforme a su celo
y aprecio que nuestro Señor le ha dado de la salvación de tan pobre y
desamparada gente, empleando todas sus fuerzas en tan excesivo trabajo
que sin duda no dudo que rindiera a otros. Acudiendo a todas horas, a todos
tiempos, a todas partes, y a toda gente sin reparar en frío que no hace y
bueno, ni en agua del cielo y suelo tocando con los pies y aún con las manos
211
los lodazales y sierras, que la falta de cabalgaduras que por acá hay, hace
probar muy a menudo, y no por pocas leguas, se avisaron al Padre de un
enfermo fuera del pueblo y yendo a él el Padre erró la guía el camino pero
fue a cierto guiado del altísimo que con su infinita providencia quiso mostrar
el del cielo a muchos y así guió al Padre a una chácara donde halló siete
enfermos de la peste dicha, y un niño recién nacido y su madre con la
misma peste; confesó a los cristianos; bautizó a los infieles; y casó los
amancebados, de cuya enfermedad estaba tan peligroso del alma el
cacique de ellos cuanto con la peste del cuerpo porque siendo casado
estaba amancebado con su suegra y era infiel y juntamente estaba
amancebado con su cuñada, hermana de su mujer verdadera y de esta era
el infante recién nacido. Esta tan desconcertada vida de este pobre era
notoria a todos y solo al padre oculta, quiso el Padre confesarle pero él
respondió que no tenía cosa que le diese pena, hízole el Padre hacer actos
de contrición, persuadiéndole el Padre que se confesase pero afirmando él
que no sería cosa que le diese pena. Le dio el Padre los óleos pero como no
era de los que estaban escritos en el libro de la vida perdió la temporal y
juntamente la eterna porque poco después que el Padre le dejó, murió.
Salió el Padre de este puesto en busca de su primer enfermo que decían
estaba de la otra banda de la Tabajiba, pasó el río a cuya orilla halló tres
enfermos figura de la muerte de enfermedad y hambre y con ellos estaban
tres niños y todos hacía tres días que no comían cosa ni en que pasar el río
para ir al pueblo. Confesólos el Padre y dióles de lo poco que llevaba
enviándoles al pueblo de estos. Supo como legua y media de allí quedaba el
enfermo que buscaba el cual venía al pueblo pero apretado de la
enfermedad se había quedado en el camino sin poder ya andar. Yendo
(pues) en su busca, halló en un rancho tres infieles muy enfermos los cuales
bautizó pasando con brevedad en busca de su enfermo el cual halló que
hacía poco que había muerto. Pasó delante el Padre y halló otros muchos
enfermos y tres difuntos infieles, bautizó aquel día veinte personas entre las
cuales estaba un viejo el cual con particular deseo pidió el bautismo de lo
cual colegió el Padre señal cierto de que había de morir presto porque en
estos tiempos hemos experimentado que comunica el señor muy grandes
fervores y fue así porque después de haberle bautizado se puso el Padre a
rezar maitines
92
y al cabo del primer nocturno dio fin a su vida temporal
dejando prendas de haber alcanzado la eterna, aquí quisiera determe un
poco en considerar los altos juicios de Dios que permitió que aquel a quien el
Padre había ido a confesar no gozase de este beneficio, el amancebado
fuese avisado y requerido de parte de Dios el cual excusándose quia uxores
duxi, no fuese digno de entrar en el convite, los gentiles que estuvieron toda
la vida ociosos unos no mereciesen trabajar en la viña de sus almas y así
muriesen sin bautismo, y el otro alcanzase a oir quid statis tota die ociosi y
así alcanzase el denario diurno de la bienaventuranza.
La persecusión o plaga de los portugueses aunque en nuestros pueblos
ha hecho muy poco daño porque aunque es gente desalmada y tanto que
así matan indios como si fueran bestias no perdonando la edad ni sexo
porque a los niños porque no impidan el caminar a sus madres los matan, a
92
Maitines: primera parte del oficio divino de cada día.
212
los viejos y viejas por el mismo inconveniente de no poder caminar ni ser de
provecho ya los matan dándoles con una porra en la cabeza, a los caciques
y principales o valentejos también matan porque estos sonsacan a los
demás y los vuelven, con todo eso han tenido respeto a nuestros pueblos. Y
aunque de esta reducción no estuvieron más trecho que lo que hay del río
que V.R. vino al pueblo no se atrevieron a llegar a él antes teniendo noticia
que el Padre iba donde ellos estaban se pusieron en huída quebrando las
canoas corriendo por los montes de manera que ya les parecía que iba tras
ellos el Padre con un gran ejército y espingardas
93
. Pero dieron en cantidad
de pueblecillos que teníamos apalabrados para hacer otra buena reducción
que estos son efectos de no haber Padres porque el Padre solo entre tantos
enfermos no podía dejarlos por ir ha hacer otra reducción, ni había como al
presente no hay quien en semejantes ocasiones acuda por estar los Padres
solos de uno en uno.
Estando los portugueses en el río cogieron algunos de nuestros hijos y
dudando si lo eran para llevárselos los examinaron en la doctrina a la cual
respondieron muy bien y así los enviaron dándoles cuñas y anzuelos pero a
los que no dieron cuenta de sí por ser infieles se los llevaron.
Un pobre cacique que con su gentesilla se había reducido aquí habiendo
venido otro de la comarca a pedir que se querían juntar y hacer pueblo él se
fue con ellos diciendoles mal de la vida de los cristianos y como no se
hallaba bien en el pueblo llevó consigo la poca gente que tenía con lo cual
puso mala voluntad a aquellos, otros se redujeron pero castigólos nuestro
Señor con el azote de los Portugueses que se los llevaron todos, de lo cual
he sacado que es necesario compellere eos intrare y que el escrúpulo que
en esta parte tienen algunos de hacer alguna compulsión y fuerza a esta
gente se puede muy bien deponer por muchas razones que por no alargar
me dejo a la buena consideración.
Mucha gente se nos vino huyendo de los portugueses y entre ellos una
niña de nueve años la cual sola se vino a nuestro pueblo y del cansancio del
camino y sobresalto del peligro en que se había visto cayó luego enferma.
Bautizóla el Padre y muy poco después murió.
En esta y otras veces ha hecho buenas presas el Padre sacando mucha
gente de los montes y librándola del cautiverio de los portugueses, los
cuales hicieron una cruel matanza en unos pobres indios los cuales hicieron
habían maltratado a unos tupis por defender su pueblo. Dieron los
portugueses en ellos y con los alfanjes
94
los hicieron los hicieron pedazos. Y
aunque estos pobres portugueses juzgando que Dios no está en la tierra o
que no tiene providencia de ella hacen estos insultos. Con todo eso han visto
por sus ojos lo que ofenden a la divina majestad, sintiendo su pesada mano
en castigarlos porque de ellos han muerto a manos de los indios,
descomulgados, que esa carga traen los que vienen de San Pablo; otros
mueren de enfermedad que de mal comer, dormir y pasar les proviene; otros
han muerto de repente en San Pablo como a poco que hemos sabido no
gozando ellos de lo que con tanto trabajo robaron, y finalmente otros han
sido castigados por el Santo Oficio despojándolos de los indios y piezas
93
Espingardas: pieza de artillería más pequeña que un cañon de batir. Escopeta muy larga que usan
los moros.
94
Alfanjes: especie de sable corvo, corto y de un filo.
213
hurtadas (como últimamente hemos sabido).
El orden que V.R. nos envió de que en las reducciones hubiese ruido de
armas ha sido conforme a la necesidad y deseo de todos. Y así se ha puesto
en práctica y seguídose muy buenos efectos porque la gente de esta
reducción y la de la Encarnación han hecho muy buenas presas en los tupis
cautivándolos y quitándoles las presas que llevaban y despojos de muchas
cuñas, machetes, rodelas
95
y otras armas con que van cebado y deseando
haya rebatos
96
por los despojos, han se avido
97
modestamente digo no han
muerto a nadie honrándolos después. Los cautivos enviamos a la villa para
que ayudasen al Padre Pablo [Benavidez pero el Teniente que es amigo
nuestro lengua y verbo le ha sonsacado algunos y llevándolos a sus
chácaras de que si adelante me acuerdo diré algo, remitiéndome a lo que el
Padre Pablo [Benavidez] escribiera a V.R. y al Padre Joseph [Domenech].
Y porque adelante he de decir algo (del Mbae) que quiere decir cosa,
fantasma, etc., quiero decir aqui algo de las fábulas y supersticiones que
toda esta gente tiene. Fúndanse en que creen que en la concavidad de los
cerros está una fantasma que llaman ibítípo o y bítípídía y dicen que le oyen
muchas veces cuando da gritos y que por debajo de las peñas suele salir las
voces que da, esta dicen que es su capital enemigo. Cuando oyen sus voces
le ofrecen algo de comida o cualquier otra cosa que sea aunque sea un palo
de leña porque sino dicen que los hace caer con sus voces y la verdad de
esta bobería es que es el eco de que estan bien desengañados los que lo
creían. Esta fantasma dicen que hay que anda de casa en casa del tamaño
de un muchacho, la cual tiene figura humana, y los cabellos colorados y en
las manos una cuerda con que ahora. A este llaman Curupú que
corresponde el vocablo a duende, que por otro nombre llaman mbae. Esta
dicen que acude en tiempo de maíz verde, porque es muy amigo de él y de
carne y que de ordinario suele venir cuando duermen y los ahoga y así
cuando muere alguno de repente dicen que esta fantasma los mata, y causa
dolores y para evitarlos las preñadas ayunan ellas y sus maridos no
comiendo carne algunos días con el cual ayuno nacerá bien la criatura y el
marido todo el tiempo que dura la preñez no adreza sus flechas ni ata cosa
ninguna porque si ata algo no nacerá presto la riatura y después de nacido
tendrá dificultad de orinar desde que el niño nace hasta que sele cae el
ombligo, ha de ayunar el varón porque si no ayuna tendrá el niño dolores, en
este tiempo no ha de ir al río, ni ha de pisar lodo, ni ha de partir palo alguno,
ni entrar en el lugar donde el niño nació. Y si no hay quien lleve leña a su
mujer el la lleva pero arrójasela a la puerta y ella sale y la entra y si él hace
algunas de las cosas prohibidas toda la casa padece dolores de la Carugua.
En este tiempo el padre del recién nacido no come cosa que haya nacido
debajo de [la] tierra, como raíces, etc., ni cosa que se haya cubierto con ella
porque el niño estará enfermo.
Si la india tiene recio parto y el niño no nace presto el indio desencaja de
las puntas de las flechas y la suegra u otra india desata todo cuanto el indio
ha atado en tiempo de preñez.
Y ha sucedido deshacer toda la casa que había atado el indio, y los
95
Rodelas: escudo redondo y delgado.
96
Rebato: acontecimiento repentino y engañoso que se hace al enemigo.
97
Avido: codicioso, voraz.
214
cestos que ha hecho los queman y si con todo eso no nace sale el indio de
donde está porque no se halle al parto y tomando un hacha o cuña va
corriendo a buscar un árbol al toque llaman Yaracatiy es como nabo al
cortar, y lo echa en tierra con la cual nace la criatura, y si con todo eso no
nace acusan al pobre indio de que no debió de ser diligente en cortar el árbol
y hácenle derribar otro en lo cual se ocupa el pobre aquel tiempo.
Cuando el niño llega a edad como de diez años un viejo de la familia el
más alintado
98
lava al muchacho con agua fría junto al fuego y le da en las
espaldas unos golpes con una cuerda de arco para que con el mucho vino
que bebiere no se emborrache, lo 2º para que con esos golpes las fuerzas
suyas se transfundan en el muchacho y sea diligente y a las muchachas
hace esto mismo una vieja en el tiempo que les viene el primer menstruo en
el cual tiempo hacen muchas ceremonias largas de contar, cuando se muere
alguno ayunan dos días todos los de su casa [no] comen carne, ni van al río
porque si van han de tener desmayos o mal de corazón, y las indias han de
llorar a gritos y se suelen dar muy crueles golpes, entierran susdifuntos en el
campo haciendo sobre la sepultura unas chozuelas y de cuando en cuando
van a limpiar la yerba que nace en ella porque así dicen que descansa el
difunto, otros los entierran en casa apor tenerlos en su compañía, al tiempo
de enterrar el difunto cortan los puños de las hamacas en que los entierran
porque si no se moriran otros de la misma casa, y por la misma razón quitan
las cuerdas de la hamaca, y en la sepultura mientras lo entierran no ha de
caer basura alguna porque si cae se morirán otros de aquella parcialidad. Si
la difunta es india que tenía hijo al pecho va una vieja a la sepultura con un
redazo
99
y como que ensaca con él algo lo mece dos o tres veces con lo
cual sacan el alma de allí, porque el niño no se muera porque el alma de la
india ayuda a criar al niño y se queda en la sepultura el niño ha de morir. Si
después de enterrado el difunto se oyen algunos truenos lejos dicen que son
unas fantasmas que se sustentan de cuerpos muertos y que entonces se
juntan, para comer aquél.
Todas estas son ignorancias y abusos que fácilmente se quitan
avisándoles y así en los pueblos que han tenido doctrina no se halla cosa de
estas o muy poca lo cual todo van dejando con el santo bautismo que
reciben con el cual son menos acosados del demonio como se vio en un
indio infiel al cual se le aparecía el demonio en figura humana pequeño de
cuerpo con el cabello largo y cubierto el rostro con él de manera que solo la
nariz se le parecia. Traía una diadema de moscardones muy grandes que se
boleteaban sobre su cabeza, el demonio danzaba y de cuando en cuando
cogía de aquellas moscas y se las comía, persiguió mucho tiempo a este
indio, y al fin quiso ahogarle, pero habiendo oído que los cristianos eran hijos
de Dios y se libraban del demonio se hizo bautizar con lo cual quedó libre.
Otro caso referiré semejante de una india, estando en artículo de la
muerte se le apareció el demonio diciéndole que por sus pecados la había
de llevar al infierno. Ella respondió que había oído decir al Padre que los
pecados de la infidelidad se perdonaban por el bautismo porque el demonio
98
Alintado: que presume de lindo, pulcro.
99
Redazo: por "cedazo": instrumento compuesto por aro y tela, para separar las partes gruesas de las
sutiles, en algunas cosas.
215
le refería los pecados que en su indifelidad había hecho en lo cual instó
muchos días molestándola. Dio cuenta de esto al Padre el cual la confirmó
en perseverar en la fe y volviendo otras veces a tentarla se defendía de él
con las razones que el Padre le había dicho y últimamente habiéndola
tentado bien y ella defendiéndose le respondió que sabia mucho, con lo cual
la dejó y muchos se bautizaron oyendo de la misma india este caso.
Ha se puesto la música en esta reducción y lo van haciendo bien, se ha
puesto aquí una estansuela de ganado mayor y menor; tienen los indios bien
de comer porque a tanta hambre como se ha pasado, era tiempo ya de
darse una hartazga, como dicen.
Encarnación
La reducción de la Encarnación está distante de esta de San Xavier dos
días, ha estado siempre en ella el P. Cristóbal de Mendoza, sólo como al
presente lo está. Púsose en su principio en un campo algo apartado de las
chácaras aunque entonces había muy pocas por estar los indios de aquel
partido muy divididos en sus puestos y muchos más en los nimos por las
continuas guerras y muertes que entre si tenían, a cuya causa estuvo esta
reducción con sólo el nombre algún tiempo por estarse la gente en sus
chácaras y rehusarse de venir al pueblo, lo cual también causó la hambre
que dije tratando de San Xavier , que como allí murieron algunos de hambre,
aquí murieron no pocos. Mudóse el pueblo por estas causas en una sierra
que según dicen todos es muy fértil y la experiencia lo ha mostrado, y
juntamente la utilidad de la mudanza porque se ha formado un muy buen
pueblo en el cual asiste toda la gente porque tienen las chácaras muy cerca
y tanto que de sus mismas casas las ven por aquellas sierras. Hicieron la
iglesia con dirección del Padre Pedro de Espinosa que fue por algunos días
a ayudar al Padre en la cual quiso ejercitar las lecciones que V.R. nos dio
para después sacarlas a luz en cosa mas de propósito. Hizo un cuarto para
nuestra vivienda con cuatro aposentos con sus oficinas con la misma traza
...
100
tomando con esto de mucha palazón
101
y trabajo, pusieron luego una
muy buena huerta la cual cuando yo fui la hallé llena de coles, rábanos,
perejil, zanahorias, ajos, cebollas y otras mil cosas con un muy grande
maizal y frisolas en el sitio que ha de ser viña, la cual nos ha puesto ánimo
el ponerla. La bondad y fertilidad de la tierra que cuando le dan vuelve con
muy grande aumento y así hemos dado traza de poner hasta tres mil cepas
este año que el haberlas de llevar de tan lejos no da lugar a más. Quiero
trocar la hambre que atrás dije en hartura que si hubiera de referir los daños
que causó, dijera lastimosos sucesos, que como en otras cosas nos ha
probado, Nuestro Señor quiso que no faltase esta prueba.
Al presente tienen mucha comida ayudados de su natural que son dados
a tener chácaras y nada perezosos en cultivarlas. Quedé maravillado de ver
tantas chácaras y tan llenas, con lo cual luce el pueblo y asisten en él.
Tiene esta reducción seicientos indios y tuviera hoy ochocientos si la
100
Traza: idea, primera planta o dise¤o de un edificio. Modo, apariencia o figura de alguna cosa.
101
Palazón: conjunto de palos de que se compone una fábrica.
216
reducción de San Pablo no se los hubiera quitado por tenerlos más cerca de
si en sus tierras, pero entiendo que llegará esta reducción a número de
ochocientos o mil indios por estar a la redonda mucha gente de la cual cada
día se van reduciendo y lo hicieran con más brevedad si les hiciéramos
alguna compulsión. Pero el Señor los va disponiendo, es gente ferosísima y
cruel en matarse y comerse como toda las demás que hay por estos montes
y campos, de cuya barbaridad sólo un caso referiré porque es cosa larga
querer decir lo que en esta parte han hecho.
Salió un indio con su familia que eran diez y siete personas a buscar que
comer por los montes, encontráronlos dos indios y cobrando amistad con el
indio estuvieron juntos aquel día y otro lo mataron y algunas indias de cuya
huída se temían con lo cual tuvieron que comer por algunos días y en
adelante iban matando de los que quedaban y comiéndoselos. Los niños
que quedaban (entre los cuales había uno que nos había servido en nuestra
casa) quisieron huir pero los bellacos los mataron a todos y asaron de que
tuvieron por buenos días que comer, y se echa de ver visiblemente la fuerza
de la palabra de Dios y que uno de estos después de haber oído la doctrina
y cuan abominable pecado es matarse y comerse se redujo a buen vivir de
manera que ahora es uno de los que más ayudan el Padre y el más
frecuente en casa. Y no se si repita a V.R. el caso de aquel indio que V.R.
bajó en su balsa el cual con sus dos hijos toparon a un muchacho e
hiriéndole muy mal lo metieron en un montesillo medio degollado aunque a
su parecer lo dejaban muerto para ir a la noche y comérselo pero el niño
como pudo se fue a su casa y el Padre le curó y vive pero quiero dejar esto
porque es, donde luego se murieron, materia muy larga.
Ha tenido esta reducción el mismo trabajo de Portugueses y Tupis que la
reducción de San Xavier y aún mayor. Pero ha sido el Señor servido por
medio de la buena diligencia y ánimo del Padre Cristóbal de Mendoza de
poner miedo a los enemigos de los cuales han alcanzado muy buenas
victorias cogiendo buena cantidad de Tupis y entre ellos uno muy principal y
estimado así de los indios como de los portugueses por su valentía. Hízolos
azotar el Padre y quitándoles buena cantidad de cuñas machetes y otros
pertrechos de guerra enviándolos a sus tierras y he sabido que fue tanta la
grita que a este indio principal dieron en su tierra por los azotes que le dieron
que murió de pena.
Y aunque no han cesado de venir, vienen con mucho recelo y publicando
que vienen a los camperos y no a los hijos de los Padres, y llegándose a las
chácaras de nuestros hijos les avisan que no teman porque ellos vienen a
buscar los bellacos y no a los que tienen doctrina. Este año vino una tropa
de Tupis y dieron en un pueblecillo o caserías de camperos, cogieron todos
los que puedieron y muy ufanos se volvían. Salió el Padre a ellos los cuales
habían consultado antes a un hechicero que traían consigo, (que es cosa
muy usada aún de los mismos Portugueses y los respetan y agazajan como
los hemos visto) el cual les pronosticó un buen suceso y que cogerían
mucha gente. Sólo temía de un padre que había venido del mar les había de
quitar la presa. Al fin volvieron a su rancho con los cautivos en donde tenían
ya cantidad de chicha para celebrar la matanza que habían de hacer de los
viejos e impedidos para caminar con cuyas carnes pretendían hacer un
alegre convite pero aguóseles su alegría con ver frustrados sus intentos con
217
la llegada del Padre cogiólos de repente y juntamente les quitó las armas y
demás pertrechos de guerra y la presa que fueron ciento y sesenta almas.
Llevólas el Padre a su reducción y en el camino adoleció un indio de
ellos, hízolo el Padre llevar en una hamaca pero dentro de muy poco tiempo
fue necesario bautizarle en un arroyo muy en breve murió llevándose
nuestro Señor las premisas de esta pobre gente por medios tan remotos.
Llegados al pueblo los camperos los regalaron bien y el Padre les dio plena
libertad para que se volviesen a su tierra con lo cual quedaron muy
enterados de nuestro proceder. Unos que no tenían prendas en su tierra se
quedaron, otros que las tenían se fueron a traer la gente que había quedado,
con lo cual corrió la fama por aquella tierra y fueron entrando buenas tropas,
unos a quedarse y otros a ver si era verdad lo que se decía con lo cual nos
ha abierto Nuestro Señor la puerta a aquellos campos en donde hay mucha
gente de la cual hemos tenido noticia de la mar y de cómo el Iguazú que sale
al Paraná y el Uruguay están muy cerca, y otro Iguazú que va a desaguar a
la mar y sus principios los tiene junto a los del Iguazú del Paraná por donde
hay mucha gente Guaraní y Guanañas.
Los indios que envió el Padre a su tierra volvieron trayendo sus mujeres e
hijos y entre ellos una vieja que por no poder andar la trajeron en hamaca la
cual y un infante bautizó el Padre y luego murieron.
No quiero dejar de decir el modo con que aquel hechicero que arriba dije
consultó el suceso de los Tupis que hicieron la presa que arriba dije. Puso
una cruz que consigo traía en medio de tres arcos y en la cruz unas
candelillas a la redonda y levantando los ojos al cielo daba voces y
extendiendo los brazos hacía que abarcaba con los brazos en lo cual
consistió la verdad de su profecía ofreciendo buen suceso y aunque el
demonio le dijo la ida del Padre no le dijo los azotes que el Padre les había
de dar que fueron muy buenos si bien él se escapó por haberse ido a una
chácara a coger maíz para el camino de su tierra y así no cayó en manos del
Padre que le diera muy bien el retorno de su profecía. Han intentado los
portugueses deshacer esta reducción porque dicen que allí se vendrán todos
los indios que tienen en San Pablo y porque desean que en toda esta tierra
no haya indio ninguno porque la sed que de ellos tienen es muy grande.
Han venido muchos mensajes al capitán de este pueblo que V.R. bautizó
y se llama Anton Pindobiyú. Han le enviado muchos presente, el último
recibió el pobre sin avisar al Padre y entonces salí yo del Tayaoba por ir a
ayudar al Padre y a consolarme con su vista.
Supe el caso y llamando aparte al indio le afeé el haber tomado cosa
alguna de los portugueses diciéndole que lo que había de haber hecho era
llevarlo al Padre y si el Padre quisiese quemarlo él lo habia de ayudar a
quemar. Dio el pobre sus excusas, y habiendo de bajar el Padre Cristóbal
[de Mendoza] a un pueblo de indios, de los españoles se ofreció a ir con el
Padre para llevarle lo que los portugueses le habían dado y así lo hizo con
edificación de los demás. Cuatro indios muy poco deseosos de su salvación
no querían entrar en la iglesia diciendo que la iglesia no les había de dar de
comer pero el Señor los castigó por medio de los tupis los cuales los
mataron y llevaron a San Pablo a sus mujeres. Otro indio instigado del
demonio se inquietó diciendo que se quería ir a los portugueses y así
empezó a ponerlo en ejecución y así empezó a ponerlo en ejec ución y
218
dando voces por las calles como loco, diciendo que se iba salió del pueblo y
se fue a su chácara para de allí sacar a su mujer y madre pero detúvole la
mano de Nuestro Señor porque luego adoleció y murió muy breve.
A reducido Nuestro Señor estos días en esta reducción a un principal
indio el cual fue muy enemigo del capitán Anton Pindobiyú y cuando
entramos la primera vez hallamos dos indias muy mal heridas la una pasada
por la barriga con dos flechazos la cual bauticé luego y fue el Señor servido
que muy en breve sanó.
Supimos como éste indio había cogido y muerto unos muchachos y
asádolos y llevándolos a su tierra con lo cual crecía cada día las
enemistades y guerras entre esta gente. Este indio campero se enemistó
con los Caciques comarcanos a su pueblo y fue fuerza apartarse de ellos, él
no podía ir hacia el Iguazú porque por allí estaban sus enemigos, ni a los
Guañanas porque lo matarían, ni a nuestro pueblo porque tenía cierta la
muerte por lo pasado. Finalmente acordó de irse a los pueblos de indios que
sirven a la villa y como el no sabía donde habíamos mudado el pueblo,
yendo caminando dio con el pueblo. Salieron a él y preguntándole dónde iba
les dijo (de temor) que iba a ver al Padre pidiendo lo llevase a él. Hiciéronlo
así, acudió mucha gente del pueblo a verle y conociéndole un cacique
ofendido del, le dijo que no temiese, porque los tiempos en que se mataban
habían ya pasado que era en tiempo de su infidelidad y cuando no oían la
palabra de Dios y que ahora no trataban sino de amarse. El buen Anton
Pindobiyú que no estaba poco ofendido del, le habló como si fuera uno de
nosotros, con lo cual se sosegó y quedó en el pueblo. Otros Caciques han
entrado de muy gran fama y muy amigos del gran hechicero Guiraberá.
Tratan de hacer otra reducción y según la gente hay por allí entiendo que ha
de ser fuerza hacer luego dos aunque para la segunda faltara Padre que
para la primera he envidado a llamar al Padre Joseph Domenech y porque
Nuestro Señor nos ha descubierto unas salinas dos días de camino de esta
reducción ha de ser fuerza poner en ellas un pueblo de indios para que haya
recado allí de comida, etc., para poder hacer cantidad para todas las
reducciones. Ha sido esta muy gran ventura y merced de Nuestro Señor
porque el trabajo que cuesta el traerla del Paraguay es muy grande y apenas
llega acá la mitad. Poco antes que V.R. viniera habíamos determinado de
enviar al Paraná grande en busca de unas salinas pero el Señor nos las ha
deparado más cerca y otras hay noticia que estan cerca de la reducción de
los Angeles y como los indios no la saben beneficiar no han hecho caso de
ellas. Aquí entre estos Ybíraiyaras o Gualachos hemos tenido noticia que
hay también salinas al modo de las del Paraguay. Plega al Señor que
acertemos con ellas para bien de toda esta tierra. Yo voy ahora derecho a la
Encarnación con cantidad de cuñas y herramientas para hacer en las salinas
una reducción nueva. Porque los de la Encarnación han pedido, quieren
mudarse allí, y aquí me lo ha pedido Anton Pindobiyú el capitán de aquel
pueblo que ha venido a llevarme pero no conviene deshacer lo hecho. De
esto y lo que diré adelante verá V.R. la necesidad que tenemos de ayuda de
Padres.
Han se empezado a bautizar los adultos este año por tener ya chácaras.
El número de los adultos bautizados son ciento y ochenta. Los infantes son
quinientos y veinte y seis acuden muy bien a la doctrina de todos los días
219
por las tardes con mucho deseo de ser bautizados.
San Pablo
A esta reducción de San Pablo se dio principio por orden de V.R. en el río
de Yniay adonde fui luego que volví de compañar a V.R. hubo muy grandes
dificultades y las ha habido todo este año entero ya que no de Portugueses
hubo la de españoles que dudo cual sea peor y juntamente de indios de
guerra y principalmente de Guiraberá el hechicero de quien V.R. tuvo noticia
por estar el sitio de esta reducción muy pegado a su pueblo. Hallamos por
allí los doscientos indios que habíamos apalabrado en la Encarnación, los
cuales no podían asistir en el pueblo por irla a buscar (su comida) a sus
antiguas chácaras y así fue muy evidente el peligro en que se vio el Padre
Simón [Maseta] porque cada día tenía rebatos y así fue necesario hacer allí
una palizada para defenderse como en el mismo tiempo se hizo en el
Tayaoba. No podré fácilmente decir lo que el Padre padeció allí esperando
cada momento la muerte. Ya se hubo de vagarse del puesto a un pueblo de
los indios de los españoles que le recibieron con muy grande amor si bien
les pesó a los españoles porque estan sicut heri et nudius tertius
principalmente los que siempre han sido émulos de la Compañía que
aunque siempre lo han sido ahora con la asistencia del Padre Pablo
[Benavidez] a los conocido más de cerca, poco son, y de ellos y de lo demás
de la villa me remito al anua que el Padre Joseph [Domenech] o el Padre
Pablo [Benavides] enviaran. Yo solo diré lo que hemos visto por nuestros
ojos. Algunos españoles por congraciarse con sus indios y ganarles la
voluntad para con eso sacar más indios les decían que se fuesen a la
reducción de San Pablo en donde serían doctrinados, algunos lo hicieron y
aunque escribí al Padre que no los creyese el Padre teniendo por cierto que
sus encomenderos gustaban de ello siguiendo lo que V.R. dijo que si los
encomenderos gustasen de que sus indios estuviesen con nosotros que los
admitiésemos.
Corrió la voz de que aquel pueblo se despoblaba. Yo escribí al Padre que
al punto echase de allí todos los indios que viniese de españoles. El Padre lo
hizo al punto, van los españoles al pueblo dicho y hallándolo en pie y la
gente en él hicieron información de que estaba despoblado y quemadas las
casas y que ni aún morteros habían dejado. Juraron algunos españoles esta
tan evidente mentira, alborotóse la villa tocan las cajas, y hacen gente para ir
al remedio porque sus indios o algunos de ellos se habían ido a tornar moros
y apostatado de la fe, en el interín tuve noticia de que venían portugueses a
la Encarnación y así partí luego dejando la reducción de los Angeles, donde
había estado meses había juntando aquella gente, supieron los españoles
de mi ida y luego se partieron hacia el pueblo que decían despoblado.
Cargados de hierros cadenas y cuerdas para espantar llegan al pueblo;
hallando con la gente, las casas en pie y el pueblo limpio, juntáronse los
españoles y trataron de rascar que es frase suya y en romance es hurtar.
Algunos amigos nuestros y celosos de la justicia quisieronse volver corridos
de ver que españoles hubiesen jurado en cosa tan evidente y que quisiesen
220
remediar lo pasado con otra cosa peor inquietándose. Prevalecieron los
mandones y sedientos de sangre humana y así echaron por tierra soldados
que entrasen en las chácaras de nuestros hijos y prendiesen y cautivasen
los que pudiesen y aun que el caudillo principal se ha excusado que no dio
tal orden todos le acusan. Hiciéronle así atando indios e indias de las que
nosotros habíamos reducido en San Pablo extendiendo que el Padre Simón
[Maseta] estaba solo. A esta sazón llegamos a esta reducción el Padre
Joseph [Domenech] y el Padre Francisco Díaz [Taño] y yo que los dos
habíamos de pasar a estos campos. Supe el caso y escribíles una carta con
más modestia que su atrevimiento pedía.Quedaron atónitos de ver que nos
habíamos juntado tan presto cuatro Padres, y mucho más los indios en ver
que sin causa les hacían tal agravio los que los habían de ayudar.
Juntáronse los principales y fueran a nuestra casa diciendo: Padre hasta
ahora no se han atrevido a entrar los españoles por nuestras por nuestras
tierras, ahora vienen confiados en que vosotros estáis aquí en verdad. Y
quedóse aquí diciendo, más callando que si hablaran. Procuramos escusar a
los españoles pero no hubo con qué pudiésemos paliar tan célebre maldad
porque cada momento venían indios quejándose que les habían llevado sus
hijos, sus mujeres, sus cosillas con la mayor rabia y crueldad del mundo y
aun dijeron que habían hecho matar dos indios porque les hablaron un poco
alto. Fue necesario escribirles con un poco de entereza y amenazándoles
del castigo que merecía tal bellaquería.
No se puede creer la pena que recibieron todos luego que supieron
estábamos en la reducción y principalmente el caudillo el cual al punto envió
recoger sus soldados considerando al peligro en que estaba que era en un
arrecife de donde no podían pasar atrás ni adelante y con muy pocos indios
y esos muchachos.
Certifico a V.R. que si por nuestro respecto no fuera que los indios
hubieran hecho un hecho célebre como los que han hecho estos mismos
otras veces porque es gente belicosísima y carnicera. Al punto bajamos los
tres Padres, el Padre Joseph [Domenech] para volver la gente que habían
hurtado y el Padre Francisco [Diaz Taño] y yo para proseguir nuestro viaje.
Supimos que en toda aquella noche el capitán no pudo dormir de pena y que
luego dio libertad a una máquina de gente que tenía cautiva y atada con
cuerdas quedándose con unos poquitos. Llegamos a él y recibímosle en
nuestra balsa y sin tratar del caso proseguimos nuestro viaje; llegamos a su
pueblo de sus indios, en donde tan poco le tratamos nada y el pobre de
verguenza no se atrevía a hablar. Al siguiente día nos envió la gente que
había traído diciendo que por yerro la habían cogido sin su orden y que
como hijos nuestros nos los entregaba. Yo llamé a los españoles
públicamente y les dije que como habían jurado que el pueblo estaba
quemado, etc. estando ahora mejor que nunca estuvo. Los que habían
jurado procuraron excusar su perjuro y los otros lo afearon. Con todo el
capitán notificó a todos que el que tuviese que decir sobre la quema y
despoblación del pueblo pidiese ante él. Dijeron todos a una voz que el
pueblo estaba en pie mejor que nunca la habían visto y que las mismas
casas que habían conocido a años a esas mismas estaban. Con lo cual se
despidieron y el Padre Joseph [Domenech] llevó los cautivos y el Padre
Francisco [Dias Taño] y yo proseguimos sin tratar cosa con los españoles los
221
cuales echando mano del silencio que habíamos tenido temían que nos
queríamos quejar a la audiencia y ya les parecía que venía juez y que los
hacía cuartos. Ha echado el Padre los indios de que había por las chácaras.
De estos españoles a cuyo cargo va los infantes que se han muerto sin
bautismo y los adultos sin confesión. Tiene esta reducción de San Pablo
cuatrocientos indios matriculados y cada día van entrando los de la Comarca
que con muchos. Esta reducción es de indios de Tayaoba los cuales y los de
la reducción de los Angeles sí ayunaban siempre con todos los demás que
aun siguen su antiguo rumbo, cuando se ofrecía alguna maldad; estos
fueron los que la primera y segunda vez que entré al Tayaoba me quisieron
matar y es de singular consuelo verlos ya de lobos hechos ovejas y de
obstáculo que fueron del evangelio se han hecho predicadores de él.
Porque es cosa de muy grande edificación oírles hablar del aprecio que
tienen de las cosas de Dios predicándolas a los que de nuevo vienen a ver y
reconocer dándoles en cara con sus matanzas, sus enemistades, sus
inquietudes, y su comerse.
Han se enviado muchos recados a Guiraberá y a otros caciques pero
está muy obstinado. Espero en Nuestro Señor que le hemos de ganar para
el cielo como a otros peores que vemos hoy en Tayaoba que caminan muy
bien para allá. Esta reducción dos días de la Encarnación, y otros dos de los
Angeles. Ha de ser muy buena reducción porque hay muc ha gente en su
comarca.
Angeles de Tayaoba
Después que se hizo esta reducción dicha de San Pablo se fundó la de
los Angeles del Tayaoba que está por tierra dos días de San Pablo y se
puede ir por río con rodeo de seis u ocho días. Lo que esta reducción ha
costado no se puede decir, si bien, se conocer algo de la fama que esta
gente ha tenido y tiene de belicosa, de las muertes que han hecho en
españoles e indios . La imposibilidad que había de poderlos conquistar por
armas, el recelo que siempre han tenido los españoles no bajen a destruirlos
a cuya causa siempre estaban apercibidos, en la primera entrada que hizo la
Compañía hubo gravísimas dificultades. Mataron siete personas que iban
con el Padre y él salió por unos montes bien maltratado. En la 2º, subió más
arriba y estando poniendo el pueblo acudieron gran cantidad de indios con
ánimo de matar al Padre por la sed que tenían de comerlo y lo hubieran
hecho si la buena diligencia del buen Tayaoba y otros no lo escaparon,
murieron hasta ocho o nueve de ambas partes. Lleváronse la campana que
estaba puesta no tocando a la cruz que quedó entre sus enemigos pero
triunfando de ellos dando esperanzas ciertas de que habíamos de ver a los
mismos que nos querían comer y quitar la vida, en nuestra defensa como
después se vio muy en breve haciendo Nuestro Señor de lapidibus istis filios
abrahami y porque V.R. haga el concepto de los españoles que hay por acá
y de lo poco que nos pueden ayudar aún cuando tuvieran voluntad de ello.
Diré lo que en esta última salida que hice del Tayaoba sucedió.
Salí del conflicto a persuación del buen Tayaoba fuime a un pueblecillo de
paz en donde supe que los españoles esperaban el suceso de mi viaje no
con otro fin de ver si podían rascar algo ut more suo loquor. Supiéronlo,
222
determinase de ir al castigo como ellos decían, y ya lo ponían por obra. Bajé
a verlos y ver si podía estorbarlo. Roguéselo al Teniente muchas veces, y ya
que no pude alcanzarlo echéle dos hombres honrados pero los pobres como
no conocían la gente del Tayaoba y habían visto que un pobre religioso
había entrado juzgaron que más fácil lo harian sus escopetas. Últimamente
le hice un requerimiento por escrito alegando el daño que recibirían los
indios y los españoles por ser pocos y con pocos pertrechos, aunque si yo
hubiera conocido sus cortos ánimos, sin duda hubiera ahorrado de estos
requerimientos. Al fin considerando que teníamos en el paraje adonde ellos
querían llegar (que es el primer pueblecillo de los de guerra) muchos amigos
que habían rcibido varas de fiscales y que estos fiados de que los españoles
eran amigos nuestros habían de acudir a verlos los cuales les habían de
hacer proceso de que me quisieron matar y con esta justificación los habían
de ahorcar del cual se les seguía dos utilidades, la una de las piezas que a
estos habían de quitar, la otra que con esta información satisfacían al
Gobernador y el Capitán ganaba nombre de justiciero. No fue tan fuera de
camino ni discurso que no sucedió a la letra. Los españoles muchos
aborrecían el viaje principalmente los antiguos soldados, porque decían que
en tiempo que había mejores y más soldados y más municiones habían
probado aquella jornada sus padres y siempre salieron muy maltratados, etc.
Pero el Teniente y sus consultores muy engañados tuvieron por cierto una
buena redada de piezas con cuyo engaño aunque el Teniente es cojo y lleno
de dolores se atrevió a ir a ganar las indulgencias de este viaje. Yo con el
discurso que había hecho me determiné de ir con ellos para defender a los
nuestros publicando entre los indios que mi ida era solo por defender a
nuestros hijos y no por ayudar a los españoles, cuyo desconcierto en su
viaje, poco orden y gobierno no se puede decir fácilmente, si bien se colige
del poco ejercicio que han tenido de guerra, sacado un repelón
102
de una
maloca.
Fuimos el Padre Diego de Salazar y yo a esta jornada. Llegamos cerca
de las casas de los indios , los que llevaban los españoles eran al pie de
quinientos, de estos sacados veinte, los demás todos mostraron muy corto
ánimo por que está más diestros en hacer yerba en Maracayú que en tirar
flechas. Aquí hicieron alto y consultaron su negocio determináronse de que
doscientos indios fuese adelante. Estos pedían dos o tres españoles
escopeteros. No se los quisieron dar, allí hubo una confusión y miedo que ya
los que habían mostrado mucho ánimo les faltaba casi todo al fin de rato
arremetieron los indios delanteros. Estaban bebiendo quince o veinte indios
de los bellacos en la casa de un gran hechicero y era la más pegada al
monte por donde los indios nuestros habían entrado. Oído el ruído de la
gente salen los bellacos como unos leones y luego derribaron cuatro de los
nuestros e hirieron a otros todos de los mejores que iban en la jornada. Los
amigos indios nuestros retiráronse, los españoles deteníanse a armar
porque muchos de ellos iban sin ponerse sus armas. La confusión de este
paso es graciosa y dejo muchas circunstancias de decirlas. Como vi que no
podían socorrer a los delanteros hice atirar un arcabuzaso para que los
bellacos sabiendo que iban españoles huyesen. Aprovecho esto de manera
102
Repelón: la porción pequeña que se toma de una cosa, como arrancándola.
223
que luego huyeron sacando toda su chusma, etc. Fueron entrando los indios
y cuatro solos soldados que lo hicieron muy bien de los cuales a uno dieron
dos flechazos el uno le pasó el morrión
103
y el otro una cuera
104
y escupil
aunque la herida fue poca. Ahuyentados los enemigos y ganadas aquellas
casas llegó el capitán y lo demás del ejército tan turbados y medrosos que
aun la palabra no podrán echar de la boca viendo allí tendidos 4 indios.
Otros mal heridos, unos quejándose, otros llorando y otros sin habla.
Acudimos a confesar los indios, y a hacer que los curasen porque dos de
ellos tenían en la barriga un palmo de flechas y apenas se parecía por de
fuera por haberse quebrado la flecha. Quien vio entre los indios de paz
echar retos al capitán y a los demás sus allegados y quien los vió aquí
turbados temblando y tanto que uno de ellos dijo: Señor Capitán vámonos
luego de aquí a nuestras casas (disparate que si lo hicieron les hubiera
costado las vidas a todos sin que escapase uno solo). Procure meterlos por
camino poniéndoles miedo en la huída porque a cada paso los habían de
salir al encuentro y principalmente en muchos malos pasos que en el camino
había en donde era cierto que al pasar por ellos los habían de matar, demás
de que los indios amigos que llevaban habían de huir y meterse por los
montes y ellos en tirándolo un tiro no les habían de dar lugar a tirar otro y a
palos los habían de matar. Al fin dieron traza de hacer un fuerte, dieron
cargo a uno de los mejores soldados que se encargase de un lienzo del
fuerte y por ser por donde desde el monte arrojaban los bellacos algunas
flechas, el soldado se sentó en el suelo con la escopeta al hombro y dijo que
no podía porque le había dado calentura.
Yo no dejé pasar ocasión de estas que no las refiriese a los españoles.
Queriendo hacer la palizada no hubo indio que se menease, ni bastaban
palos, ni reñirles, ni animarlos porque el temor los tenía rendido y así se vio
obligado el Capitán a rogarme que por amor de Dios animase a los indios y
los mandase porque nos iba a todos la vida. Húbelo de hacer así y así se
aderezó el sitio limpiando un buen pedazo para que pudiesen jugar las
armas en él. Acabóse casi aquel día el cerco, pusiéronse los españoles en
sus puestos aparejándose para el siguiente día. Quisiera referir las lástimas
que algunos decían, llorando sus mujeres y sus hijos, otros maldiciendo al
Teniente y a sus consejeros. Llegó el siguiente día, oyéronse al amanecer
muchas bocinas que atronaban los montes , dieron tres buenas rociadas de
flechas; hirieron algunos españoles y muchos indios, crecía el miedo y no
hallaban consejo, considerando que a£n no era el fin de la guerra porque
aún no se había juntado la gente. Tres días nos dieron de batería, y el
tercero muy mala en la cual los españoles mataron algunos indios y ellos
hirieron algunos españoles y muchos indios dando cada día más cuidado en
guarecer los enfermos los cuales se lamentaban que si había algún destrozo
ellos no tenían pies para huir. Los españoles acordaron por último remedio
que si los indios entraban en el fuerte (que sin duda lo hubieran hecho si el
Señor no los cegara) se juntasen y apeñuscasen y se defendiesen con las
103
Morrión: armadura de la parte superior de la cabeza en forma de casco, que suele tener algún
plumero u otro adorno.
104
Cuera: especie de jaquetilla que se usaban los antiguos sobre el jubón o vestidura ajustada que
cubre desde los hombros a la cintura.
224
escopetas y luego viniesen a las espadas. Consideré que las flechas que
nuestros indios les tiraban no servían de más que de darles armas contra
nosotros y así traté con los españoles que desarmásemos a los enemigos
quitándoles las flechas no tirando de acá. No les cuadró dando por razón
que con las flechas ahuyentaban los enemigos. Al fin me determiné de
hacerlo. Junté todos los indios en hilera, orden ndoles que no tirasen flecha
ninguna hasta que yo se lo dijese. Los enemigos tiraron tantas que todo el
patio del fuerte estaba lleno de flechas clavadas en tierra. Cuando cesaron
de tirar les dije que las cogieran y se volvieron a sus puestos. Cogieron gran
cantidad de ellas. De ahí a un poco tiraron otras tantas y por el mismo orden
las cogieron, finalmente sucedió así la tercera vez y a la cuarta arrojaban
palos verdes requemados al fuego que por haberles faltado las flechas
habían allí hecho. Quedaron todos los indios muy proveídos de flechas y los
españoles contentísimos con el suceso rogándome se hiciese así al día
siguiente. Pero no fue necesario porque los indios viéndose desarmados se
fueron a sus tierras. Con esto trataron los españoles de volverse pero temían
el monte en donde sospechaban les habían de hacer celadas. Llegó el día
de la partida, pasaron algunos soldados de la otra banda del río, a guardar el
hato
105
pasamos nosotros los últimos con el capitán el cual me dijo luego
que pasamos a la otra banda, levantando las manos al cielo: A Padre
bendito sea Dios que hemos pasado libres de estos bellacos, pero ahora por
el monte corremos muy gran riesgo, díjele: Señor, ya que vamos huyendo
vayan vuestros maeses con alguna honra. Diga a estos indios que van al
Tayaoba que vuestro maese vuelve por mi respecto porque tenía ánimo de
acabarlos a todos, etc., porque vuestros maeses no pierdan tan claramente
el crédito español. Holgóse sobremanera con el arbitrio y así lo hizo decir a
los indios los cuales vieron muy bien cuan fingido recado era este.
Viera V.R. aquí otra confusión, porque los que habían ido en el viaje
atrás, querían ahora ir delante temiendo las espaldas. Los indios eran menos
porque iban ocupados en llevar en hamacas los heridos.
En esta palizada se nos entraron los indios que arriba dije por cuya causa
yo había ido con los españoles, y dos de ellos habían querido matarme la
primera vez que entré al Tayaoba, y ahora se iban con nosotros habiendo
puesto en cobro sus mujeres e hijos.
Aquella misma noche que salimos del fuerte en el rancho donde durmió la
armada trató el teniente de hacernos una burla que era por la que yo me
prevenía. Trató de ahorcar a estos dos Caciques en el primer pueblo de paz
y hacer su información de como me quisieron matar y de facto señaló los
testigos que habían de jurar haberlo oído públicamente, prometiendo a los
soldados las piezas y gente de estos caciques para con esto colorear su mal
viaje y cobrar algún nombre pues ya lo habían perdido.
Apenas hubo amanecido cuando un devoto debajo de secreto me dijo la
determinación, la cual, sabida, me adelant‚ aunque el Teniente me hab¡a
pedido desde la palizada que por amor de Dios me fuese con ellos, porque si
me adelantaba, se irían conmigo todos los indios.
Adelantéme, llego al pueblo en donde los habían de ahorcar, díjele a los
dos Caciques que el Teniente los quiere ahorcar diciéndoles la causa y que
105
Hato: manada o porción de ganado.
225
se escondan y su gente de manera que ni indio ni español sepan donde
estan y que dentro de dos días vuelvan. Hiciéronlo como cosa que tanto les
importaba. Llega el capitán y lo primero que hizo fue buscar en el pueblo a
los Caciques. No dejó rancho que no buscase, ni indio a quien no
preguntase por ellos, andaba loco en su busca, al fin le dijo un indio que yo
los había llamado y que nunca los había visto más. Va se el Teniente a mi,
sospechando que yo no sabía nada y preguntame por los indios ; díjele que
los había enviado a buscar un pedazo de monte para que rozasen e hiciesen
chácaras. Empezó el pobre a cabecear, y dijo mucho han sabido. No les
respondí palabra ni me dí por entendido en cosa, al punto se fueron los
españoles, y al plazo dicho vinieron los indios; encarguéles que no se
mudasen de allí, sino que sembrasen que Dios nos ayudaría y volveríamos
hacer nuestro pueblo en Tayaoba aun quedando los españoles muy
desengañados en que no tienen fuerzas para no solo hacer castigos como el
Teniente desea pero ni para defenderse y yo muy desengañado de que los
españoles no nos han de ayudar ... cosa, porque ni quieren ni pueden y así
esté V.R. certísimo de que ni contra los Portugueses, ni contra los indios han
de hacer en nuestra ayuda cosa ninguna. Muestran buenos deseos y
descubren malos efectos, dicen buenas palabras y hacen malas obras, y
mostrándose amigos de la Compañía impiden nuestros ministerios y así me
acuerdo muchas veces de lo que V.R. me dijo que con ellos buenas
palabras a su modo y alejarnos de ellos poniendo las Reducciones lejos.
Y los indios no se olvidan de lo que V.R. les dijo en San Xavier y nos
encargó dijésemos a los demás que íbamos reduciendo que eran del Rey y
que el Rey los ampararía como cosa suya. Saco de aquí que nuestra ayuda
es del cielo contra indios, contra españoles y contra los demonios y estos
últimos no fueron tan dañinos si no fueron ayudados de los hombres cuya
envidia, rabia y enemistad que tienen a lo bueno es tanta que me escribió el
Padre Pablo [Benavidez que sabiendo en la villa que estaba yo en peligro de
muerte dijeron algunos: más que lo maten con la maldición y lo acaben ya, y
si no fuere ahora, otro día será pues tan atrevido es, si bien nuestros
verdaderos amigos se consuelan y nos animan con sus cartas ofreciendo
una buena voluntad, y así vuelvo a decir a V.R. mi Padre Provincial que de
los españoles no espere V.R. ayuda alguna porque ni pueden ni quieren los
que tenían alguna mano y para concluir este concepto diré lo que han hecho
con nosotros ahora. Supieron que veníamos a este Tambo y Minas del
Hierro con ropa a buscar cuñas y por ayudarnos el Cabildo subió aquí el
hierro, ha doblado el precio de lo que corría cincuenta años a, y luego me
escribió el Teniente excusándose que lo había hecho por otros respectos, a
cuya causa me he visto obligado a buscar trazas para viarme y enviarme al
Padre Roque [González] tres quintales de cuñas que ahora le llevan.
Volviendo pues a nuestra Tayaoba: entré después de haber venido
algunos españoles amigos a pedirme no entrase porque habían sabido que
había grandes juntas para matarme a cuya causa algunos me llamaban y a
los indios que iban conmigo mingao
106
, teniendo por cierto que nos habían
106
Mingão: menguar, disminuir
.
226
de comer y por la misma razón algunos padres me escribieron que no
entrase, pero en estas ocasiones hay mayor confianza en Dios mientras
menos pueden las fuerzas de los hombres.
Entré en la octava de nuestro Santo Padre el año pasado de 1627.
Entramos en procesión llevando la imagen de los Siete Arcángeles (a quien
se ha dedicado aquella reducción) en un bastidor de madera. Llevándola el
buen Nicolás Tayaoba y Piraquatiá un famoso Cacique. Hallé muy poca
gente porque unos no se fiaban de nosotros, otros temían a los bellacos que
como ya dos veces nos habían desbaratado entendían lo harían tercera vez.
Halléme dudoso, y principalmente con las cartas de algunos padres que me
rogaban saliese luego por las nuevas que habían tenido de los bellacos,
pero el deseo de emplear bien la vida me hizo perseverar esperando, o morir
o vencer, que de ambas maneras saldría vencedor. Lo que pasó no se
puede brevemente decir.
Al fin fue acudiendo gente y fortaleciéndose el pueblo de manera que ya
estábamos con alguna seguridad. De día y de noche había centinelas, y lo
que nos hizo dudoso el negocio fue no haber allí chácaras y haber un
hambre rabiosa en la cual no quedó cardo silvestre ni cosa semejante a vida
a cuya causa unos iban a rozar para sus chácaras, otros a buscar su
pobre comida y otros acudían a cubrir unas pobres chozas ... ha se ido
multiplicando de manera que a estimación de los Padres que la han visto
tiene ya mil indios y cada día va entrando gente a cuya causa se ha alejado
un poco Guiraberá el hechicero, con la fuerza de la gente bellaca que es
mucha y le teníamos tan cerca que veíamos sus humos. Han entrado cuatro
Caciques de los más dañinos que había en toda la tierra por ser grandes
comedores de carne humana y entre ellos uno que es el peor de todos, el
cual se crió entre los españoles y le abutizaron. Metióse después de grande
con los bellacos e hizo los peores, es indio famoso entre españoles e indios.
Díle vara de fiscal y procedí bien; el modo con Nuestro Señor lo trajo fue
éste: iba este indio con una gran tropa a la yerba que está a las espaldas de
la reducción de los Angeles y porque no podía pasar por esta reducción fue
por el pueblo de Guiraberá, él, entendiendo que iba de guerra y que ya era
nuestro (no siendo así) salióle al encuentro y matóle algunos indios, él se
retiró, y volviendo otra vez se vengó; con esto quedó el paso para la yerba
tapado y así es nos entró por el pueblo habiéndole yo enviado recado que se
viniese, etc., este indio era el que tenía cogido el paso del río de manera
que ni españoles ni indios podían pasar ni se atrevían porque este se los
comía todos, y así hallamos en su pueblo cestos y calabazos llenos de
huesos humanos de los cuales iban haciendo puas para las flechas.
Por medio de estos indios se han reducido otros de la misma harina los
cuales dicen conocer el engaño grande en que estaban pensando que
nosotros veníamos a guerrear e ignorando ellos la doctrina que oyen ahora
de amor, caridad y paz, no acaban de alabar el bien que tienen trabajando
en sus chácaras sin recelo y así bajando yo desde los Angeles río abajo
llegamos a su fortaleza que es un salto donde ha muerto mucha gente y
donde hizo la matanza. Cuando entré la primera vez los indios que yo
llevaba tenían flechas en una mano y con la otra arrastraban las canoas por
tierra. Vino este indio que se llama Thomás Tinjiau con su gente a
ayudarnos; venían todos sin arcos ni flechas, él viendo a los nuestros que
227
se recelaban les dijo: hermanos, ya es este otro tiempo bien podéis dejar las
armas pues veis que yo las he dejado ya contento con tener esta vara que el
Padre me ha dado, y así seguramente podéis ya pasar por aquí que lo que
los españoles no han podido hacer han hecho los Padres con la palabra de
Dios. Allí dormimos aquella noche sin recelo ragalándonos Thomás con
pescado y fruta que había entonces y no hubo indio ni indio que no trajese
algún donecillo. Este indio dejó... lmente su pueblo y está en los Angeles
siendo ahora muy gran defensor nuestro.
Tienen ya mucha comida porque son grandes labradores. Hiciéronnos una
roza en el monte en que hicimos una chácara de la cual ha cogido el Padre
Pedro de Espinosa, que es el que tiene a cargo aquella doctrina, mucha
cantidad de maíz y otras cosas que se sembraron. Será necesario que V.R.
nos ayude con sujetos para esta reducción y las demás que algunas no
puede un Padre resollar
107
en ellas a cuya causa me ha escrito el Padre
Francisco de Ortega que sería bien dividir en dos la reducción San Xavier
porque es imposible poderse entender con tanta gente. No he venido en ello
por los inconvenientes que hay, ha hecho Nuestro Señor grandes castigos
en los que no han querido recibir su palabra matando a muchos por medio
del Mbae, que atrás dije, el cual los aporrea y mata. Un Cacique no quiso ir,
habiéndole enviado a llamar y yendo pescando en una canoa, él sentado y
sus vasallos pescando de repente oyeron que le daban porrazos y él
grandes gritos. Aportaron y lo sacaron a una ranchería medio muerto y aún
me dijeron que había ya espirado pero volvió en sí y vino a los Angeles
donde está ahora. Otro que la primera y segunda vez había deseado
matarme en esta tercera lo quiso cumplir y por ello fue a juntar gente y a
avisar Guiraberá le diese ayuda por lo cual por vía de lo hecho le llevó una
hamaca y consigo cuatro indios o cinco; el Guiraberá los mató y a todos los
comieron por relación falsa o sospecha de que se nos habían ya entregado.
Han ayudado estas muertes de recelarse unos de otros aún de sus muy
amigos y de venírsenos la gente viendo la paz de que gozan nuestros hijos.
El que más daño nos hace es Guiraberá el cual como es tan famoso
hechicero y amigo del diablo aborrece a Dios aunque él dice que es Dios
criador de todas las cosas. Han pedido muchas veces los indios de la
Encarnación, San Pablo y Tayaoba que lo quieren coger y lo defiendo
porque entiendo ha de haber muertes. Algunos Padres lo aprueban, a otros
no les parece; podrá ser que demos un apretón sobre él aunque entiendo
que ha de ser uno de los que m s nos han de ayudar. Caminase ya por tierra
y por el río seguramente desde esta reducción hasta el pueblo de los
españoles.
El río arriba estácuajado de enemigos y por los montes, sierras y arroyos
en donde espero ha de entrar el estandarte de la cruz venciendo a sus
enemigos, desterrando las tinieblas y alumbrando aquella pobre gente ciega,
destruidora de sí misma, que así se comen unos a otros como los peces en
el mar o bestias de la tierra. Hay caciques en faltando la carne hacen matar
uno del pueblo, y Guiraberá los días pasados queriendo aderezar su casa
juntó gente y para darles de comer envió por un Cacique para matarlo. Olió
el poste y acogióse a nuestra reducción de San Pablo, preguntando yo esta
107
Resollar: respirar, dar noticias después de algún tiempo.
228
última vez en Tayaoba por algunos indios que había conocido, con toda la
paz del mundo responden que ya se los comieron. Demás es golosina entre
ellos el comer carne humana y hasta los chiquillos confiesan que es muy
sabrosa, y que a ellos no les cabe más que los pies o manos o huesos y así
criados con esta leche si hacen quasi catuli leonum. Ha se puesto fuerza y
muy buena en afearles este pecado y en que hagan concepto de la otra vida
y de la resurrección de los muertos que la ignorancia de estos misterios les
hacía ser bestias pensando que no había más que vivir y morir como los
brutos sin esperar castigo, ni pena, ni gloria.
Habiendo dos o tres Padres en esta reducción se puede hacer mucho
bien a los indios de los españoles de paso y por vía de misión como lo
hemos hasta aquí, todos los años. Y es el modo con que más le podemos
ayudar sin ocupar Padres con ellos porque nunca el obispo dará estas
doctrinas, ni los españoles vendrán en ello, ni a la Compañía está bien en
tomarlas porque ha sido tanta la disminución que este año ha habido de
indios y ruina de estos pueblos que bajando ahora a la villa no acababa de
maravillarme de ver la disminución y ruina de los pueblos, nacida del fervor
grande con que han los españoles hecho yerba este año pasado y prosiguen
este en que estamos. Soy testigo de vista que el día santo de Pascua de la
Resurrección del año pasado vi españoles en los pueblos de los indios a
sacar mita para Marac ayu con intuito de traer la que había allá uno y dos
años había y ni la primera, ni la segunda, nila tercera que este año han
llevado ha venido si no fueron tres indios lo cuales iban alquilados desde
Maracayú al Paraguay, después de haber echado el bofe
108
y enfermado en
el camino los dejaron y como pudieron se vinieron a sus casas que no fue
poca ventura y bien desamparados y entecados
109
. A un Padre de los
nuestros sucedió que volviendo de la villa donde había ido a consolar al
Padre Pablo [Benavidez y a curarle en una enfermedad que tuvo de pasmo,
le salió un mocetón indio pidiéndole por amor de Dios que lo llevase consigo
y dio la razón: porque su encomendero tenía diez y siete indios en su casa y
todos los llevó a Maracayú donde murieron (y con esta nueva murió de pena
el Cacique) y él de temor no le llevase también pretendía esconderse. Es
cosa lastimosa lo que los indios dicen quejándose de este agravio que les
hacen tan atroz, pues el hacer yerba en Maracayú nunca puede ser sin
pecado, per accidens inseparalabile, porque de fuerza se han de seguir
muertes desastradas sin confesión, hambre ordinaria, agravios infinitos, que
para decirlos era necesario hacer historia a cuya causa los gobernadores
prohibieron la yerba so gravísimas penas, y si hacían yerba en Maracayú era
a escondidas y nunca hasta el gobernador presente, entró cesto de yerba en
el Paraguay, porque la confiscaban toda y se tuvo cuidado siempre por vía
de las justicias de visitar los puertos lejanos de la ciudad en donde a
escondidas se desembarcaban como lo vimos por nuestros ojos, a cuya
causa el oidor don Francisco de Alfaro la prohibió absolutamente y el Rey,
me he informado, concedió a los indios que si quisiesen la fuesen a hacer
sin compulsión ninguna, dejándolo en su albedrío y voluntad los tiempos
sanos que los enfermos absolutamente lo prohíbe. Si bien no se conoce
tiempo seguro de enfermedad en aquel puerto, que vayan los indios de su
108
Bofe: pulmón.
109
Entecados: enfermo, débil, flaco, apocado, tímido.
229
voluntad, es decir que gustan de meterse en el fuego de que es testigo el
deseo que todos tienen de que gobierne Hernandarias porque en su tiempo
no fueron vejados los indios y afligidos, muertos y desollados como lo hemos
visto en estos tiempos de que somos testigos de haberlos visto muertos en
manadas por los montes como unas bestias de que pudiera decir muchas
hojas de escritura de ejemplos. Y hasta ahora han usado los españoles
engañar a los indios diciéndoles que los llevan para hacer sus casas o
chácaras y en llegando al pueblo los llevan río abajo no tomando rancho de
noche en partes de donde se puedan volver o de otras maneras los
engañan. Pero este año ha sido muy a costa de la Compañía y de los que
acá andamos porque les han dicho que nosotros somos causa de que se
haga la yerba y que les aconsejamos que la hagan con lo cual nos han
tomado ojeriza
110
, y aún sucedió no querer ver ni oir a un Padre
sospechando este negocio y ha sido necesario desengañarlos con el orden
que V.R. tan prudentemente nos ha dado, que no confesemos a los que
hicieren yerba ni se compre por los nuestros si no fuere a los expuestos, la
cual doctrina es certísima y todos los Padres la han abrazado.
Pero dejemos cosa tan larga para tomar el camino a los Gualachos,
llegamos a la Villa Rica el Padre Francisco Diaz [Taño] y yo, para consolar al
Padre Pablo [Benavidez, hallámosle tan flaco y consumido que solos los
huesos tenía, porque las cosas de la villa no son para menos y aunque los
Padres de fuerza han de enviar su anua a V.R. por no tocarme a mi, con
todo esto dir‚ algo, agradeciendo a V.R. que por medio del Padre Cristóbal
[de Mendoza de la ........ dio principio aquella residencia que aunque en los
grandes se hará poco fruto por tener dos o tres vicios arraigadísimos, con
todo eso en los niños, mujeres e indios se hace y hará que no se trate de
cobrar el mucho aunque a no poca costa de los Padres, porque reciben
muchas molestias, así de los clérigos como de algunos émulos nuestros que
con capa de amigos disimulan las molestias que nos dan.
La Pascua pasada de resurrección de 1627, poco después de ella predicó
el Padre Pablo [Benavidez presente el vicario y como tiene tantos ajes
111
cualquier cosa le lástima, salió del sermón y fuese a comer, pero como en la
bebida se desmandó, salió furioso por las calles diciendo mil disparates y
que había de dar al Padre de palos, oyeron las voces los vecinos que no fue
poco porque eran tiempos peligrosos y hora de dormir la siesta. Salen a la
calle a detener al Padre pero estaban tan turbadas las cabezas todos que a
cada paso se caían. Adelantóse un principal vecino de los de voz y voto en
cabildo para avisar al Padre e iba tan turbado que fue necesario que el
Padre le detuviese para que no cayese en tierra echando por la boca tan
crueles estocadas que las sentía tanto el Padre que fue necesario rogarlo
que se fuese a dormir, el Señor vicario no acertó con la puerta de la calle,
porque estaba absorto. Y aunque de estos toques ha tenido el Padre
algunos, esto fue terrible por ser el Padre nuevo en la tierra y tan nuevo que
sólo la cuaresma había pasado.
Muchas cosas de estas pudiera referir pero baste remitiéndome a los
Padres, porque mi intento no ha sido sino agradecer a V.R. el beneficio que
ha hecho a aquella tierra no con parecer humano sino con consejo divino
110
Ojeriza: enojo, encono y mala voluntad que se tiene a otro.
111
Ajes: ataque habitual.
230
porque en la ayuda V.R. ha hecho el pueblo muy gran fruto quitando a los
muchachos todos el peten
112
y la yerba que todos bebían y las mujeres de
las cuales muchas comulgan a menudo cuyas comuniones no poco
mordedores ha tenido. Sirve también allí la Compañía de tocar a la queda de
Dios porque es hora ya de rondar la justicia divina y porque al prenderlos
con la muerte no tengan excusa.
Da Nuestro Señor por medio de la Compañía aldabadas
113
, campanadas,
voces y gritos pero no oyen porque están empedernidos. Quisiera enviar a
V.R. muchas cartas que el Padre Pablo [Benevidez] me ha escrito
avisándome de cosas que yo las he palpado para que V.R. se animase m s
a enviarles padres a propósito como lo ha hecho V.R. enviando al Padre
Joseph [Domenech] que lo hará como tan hijo de obediencia y celo de las
almas.
Estando pues en la villa con ánimo de volvernos el Padre Francisco [Díaz
Taño] y yo al Tayaoba para desde allí abrir el camino a estos campos de los
Gualachos y acercarnos más al Iguazú para comunicarnos con nuestros
Padres tuvimos nuevas que del Uruguay venían las viruelas y que los
chequis las tenían y ya empezaban en estos campos y pincipalmente en la
hermita de Nuestra Señora de Copacabana, cuyo cura estaba allí en la villa
el cual oída la nueva dijo que quería irse al Guairá porque temía las viruelas
por no haberlas tenido, y así lo hizo.
A los Padres fue..... que yo viniese luego a ayudarles y el Padre
Francisco [Díaz Taño] se fuese al Tayaoba y así .yo me puse en estos
campos en cinco días a pie por muy mal monte el cual me dejó descalzo de
medias y zapatos y parte de la sotana me llevó con su aspereza .
Visité todos estos pueblos de gualachos. Era lástima verlos todos
tendidos por los suelos, unos boqueando, otros dando voces, otros
quejándose y otros ya difuntos y fue el desorden que tuvieron en lavarse
con el calor de la enfermedad en estos arroyos de minerales que en medio
del veron
114
vienen frigidísimos. Y aquí quiero dar principio a nuestra última
reducción y primera de Gualachos.
Reducción de la Concepción de Nuestra Señora de Guañanos
"...Lo primero que hice en pasando [ en ? ...] estos campos fue buscar
un lengua garaní que supiese bien la gualacha y deparóme Nuestro Señor
un indio tullido el cual era natural del Paraná Pan‚ y antes que nosotros
entásemos en aquel río, vino él a estas partes con ánimo de volverse luego.
Pero el Señor que le quería para maestro nuestro le tulló y así le fue fuerza
quedarse aquí entre esta gente, donde aprendió la lengua muy bien. Con
ayuda de éste hice catecismo breve acomodado al tiempo de peste,
confesionario y después de pasada la fuga hice un antebreve, bauticé
112
Peten: o petera: obtinación y cólera, espiritu de terquedad y rabieta de los niños temosos (tenaz y
porfiado en sostener un capricho).
113
Aldabadas: Aldabada: el golpe que se da con la aldaba sobresalto repentino.
Aldaba: pieza de metal para llamar a las puertas después de cerradas.
114
Veron: Verano (?).
231
muchos infantes de los cuales en breves días fueron cinco a gozar de los
trabajos de su redentor, bauticé también muchos adultos, catequizándole
primero por el intérprete, confieso a V.R. que me cansó el trabajuelo porque
como todo se ha de andar a pie y por campos descubiertos al sol rindióme
algo el trabajo pero no dejé un punto de acudir adonde juzgaba era
necesario, acompañóme siempre el capitán Gerórino MerinoTeniente del
Tambo, que aquí está en las Minas del Hierro, ayudándome con muy gran
voluntad y celo del bien de esta gente.
Llegué a un pueblo donde raramente ha entrado español por ser apartado
y los indios algo fieros, guerreros y valientes. Cuadróme el sitio y mucho más
el Cacique principal el cual tiene cinco hijos todos Caciques con pueblo
aparte cada uno, el cual como supo que yo había puesto al Tayaoba en paz
con sus enemigos y que habían hecho pueblo grande me rogó que si venía a
hacer pueblo, me quedase allí que le juntaría mucha gente porque deseaba
tener paz con Tayaoba cuyo enemigo había sido mucho tiempo hacía.
Parecióme según estas y otras muchas circunstancias, que se serviría
Nuestro Señor de que allí pudiésemos pie, y así, dí la palabra y de volver
después que hubiese corrido la tierra y ayudado a los apestados.
Contáronle los indios como en un pueblo donde yo había echado agua
bendita no había muerto nadie y que en otros que no había hecho aquello
habían muerto muchos. Rogóme lo hiciera así; fui con sobrepelliz y estola
asperjando
115
el pueblo y quiso Nuestro Señor que aunque vinieron las
viruelas no muriese indio varón, que por la falta que les hace en la guerra lo
sienten mucho.
Después que hube acabado con mis Gualachos vinieron por mi los indios
de la hermita de Nuestra Señora. Fui allá en tiempo que empezaba a picar la
peste, confeséles a todos, sanos y enfermos, dí la comunión a muchos que
suelen comulgar, con que se prepararon y cargó la peste de suerte que no
tenían quien les diese de comer y era necesario que yo acudiese a
sacramentarlos y confesarlos y sangrarlos y mis muchachos a buscarles la
comida porque no había quien pudiese ir a las chácaras y fue Nuestro Señor
servido que muriesen muy pocas mujeres preñadas a quien no se podía
sangrar y niños. Cuarenta días estaba aquí antes de cuaresma con singular
consuelo con aquella santa imagen que hace muchos milagros; ha
resucitado muertos, dado vista a ciegos, y salud a enfermos que de estas
partes acuden a encomendarse a esta Señora. Yo como tan enfermo vine
por salud pues es salus infirmorum ayun‚ los 40 días antes de cuaresma y
pudiera decir mucho de la liberalidad de esta Señora, pero diré más callando
que se dijera algo pues el patrocinio de esta soberana Señora con los
pecadores es tan conocido de todos y experimentado de muchos.
Acabada la peste me rogaron que me quedase con ellos pues hacía
muchos años les había dado palabra de volver. Consolélos en su petición
bien imposible de cumplir pero concedíles quedarme la cuaresma en la cual
se volvieron todos a confesar todas las tardes. Se cantó la letanía de
Nuestra Señora teniendo todos velas de cera en las manos. Todos los
viernes acudieron a la disciplina confesándose muy a menudo y noté en
todos una muy particular luz que Dios les daba en cosas muy menudas de
115
Asperjando: rociando
232
sus conciencias, señal de la devoción que tienen a nuestra Señora.
Los Chiquis gentilidad de Gualachos que están entre el río del Piquirí y el
Iguazú supieron de mi venida y vinieron a verme a cierto puesto en donde dí
vara al Cacique diciéndole que llevase mi habla a los demás indios. Fue
contentísimo e hízolo tan bien que en breve volví trayendo consigo a su
padre y una multitud de gente y hubiera venido otra tanta si no les hubiera
sucedido una desgracia y fue que habiendo hecho un puente para pasar el
Piquirí estando en medio de ella alguno se quebró y se ahogó un niño
quedando la mitad de la gente de la otra parte que se volvió a su tierra.
Vinieron cargados de cera, mantas y otras cosas de rescates; díjeles que
si se juntaban cierto número de Caciques que yo tenía noticia, había por allí,
les daría Padres. Fueron tan contentos que he sabido andan con grandísimo
fervor haciendo pueblo en el mismo río Piquirí que sale a la hermita y he
sabido que desde este puesto a la hermita no hay más que tres días por el
río. Y así me ha parecido convenir mucho tomar aquel puesto porque está
del Iguazú pocos días, y de la Concepción dos solos por tierra y entiendo
que se podrá navegar por el río también. Está muy cerca del gran Curitú
Gualacho el cual he sabido viene caminando a vernos.
Sólo se ha ofrecido un estorbo común y es que esta gente gualacha
amiga de españoles desean que estemos en sus pueblos y divididos como
estan no son capaces de reducción. Juntarse no quieren, o no quieren que
aún no hemos venido a concierto porque los españoles les han hablado
enborrachando al Cacique principal diciéndoles que le engañamos en cuanto
le decimos que se esté quedo como hasta aquí, etc., y como ve nos
apartamos de aquí, y no quedamos en su pueblo, hablan mal. Han dicho mil
mentiras compuestas de los españoles que los hemos de llevar a España y
acabarlos de consumir y otras mentiras tan grandes como estas, pero no
extraño nada de esto porque a mucho que oigo cosas semejantes. El buen
Zohe está muy contento y nos recibió la última vez que fuimos a su pueblo
con muy grandes muestras de amor. Abrió los caminos de los montes y por
el campo hizo un ancho camino. Diónos su misma casa habiéndola hecho
cubrir de nuevo y el se salió a una pequeña choza. Buscamos el sitio y fue
su misma chácara la cual ofreció el de muy buena gana. Levantamos crucen
el sitio nuevo la cual adoraron todos los que allí se hallaron. Ahora diré de la
peregrinación del Padre Francisco Díaz [Taño] que la ha hecho como muy
hijo de la Compañía. Llegó al Tayaoba vio a su bueno y antiguo compañero
el Padre Pedro de Espinosa, hallóle contentísimo entre gente que poco
hacía nos deseaba comer; hallóle con comida, porque ha querido Nuestro
Señor darles hartura por la hambre pasada. Salió el Padre del Tayaoba para
estos campos con buena tropa de gente, en el camino topo unos Gualachos
que espiaban como suelen los cuales dieron señal de guerra e hicieron las
señas que suelen hacer. El Padre llevaba dos escopetas. Hizo tirar la una, al
punto dieron a huir los Gualachos. Siguiéronlos algunos de los nuestros pero
fue necesario que el Padre fuese tras ellos para ver si podía ver algunos.
Quiso Nuestro Señor que parándose dos de ellos conocieron que era padre
y como sabían que lo había en Tayaoba se le llegaron bien flacos y
cándidos de hambre. El Padre les dio de comer y sosegó. Estos le guiaron
por aquel monte pero como todos estan enemistados y se matan fácilmente
a pocos pasos dieron en otra celada los cuales trataron de embestirles a los
233
nuestros pero en oyendo la escopeta dieron a huir; finalmente corrió la voz
que el Padre pasaba y le guiaron recelándose de unos y fiándose poco de
otros. Hasta que le sacaron al pueblo del buen Zohe de donde hacía poco
que yo había salido para la hermita como ya dije. Allí supo como yo había
dado esperanzas de darles padres, halló el pueblo todo caído de viruelas,
bautizo a muchos de los cuales principalmente infantes murieron luego; halló
lo mismo que yo en aquel pueblo: buena voluntad, buena gente, buen sitio y
buenas comodidades. Escribí al Padre que fuese al pueblo donde estaba
aquel indio lengua mi maestro para qubbbe aprendies e de él y el Padre con
su buen ingenio se aprovechó tanto que en breve les hacía la doctrina;
tradujo las oraciones, hizo un cantar en su lengua, el cual les causó tanto
gusto que chicos y grandes mañana y tarde acudían por aprenderlo.
Vio el Padre a los Chiquies que allí bajaron, contentóles su bondad que
en estos hacen ventaja a esos otros Gualachos . Tienen todos una lengua y
una sola mujer aunque prestada porque no tienen fijo matrimonio como el
Guaraní y con menos estabilidad porque el Guaraní tiene sujeción en la
mujer para retenerla o despedirla. Pero el Gualacho no, sino la mujer la cual
por cosas muy leves se aparta del marido y se va a otro, y así las dejan
andar a sus quereres porque no las dejen. Cuidan muy poco de sus maridos
(que es lo contrario del Guaraní) no les hacen de comer ni otra cosa que
criar sus hijos y alguna poca de chicha. Es esta gente muy guerrera y
ejercitada en matar principalmente en tiempo de borracheras a que son muy
dados por haberles dado la naturaleza mucha miel por los montes y es sin
duda cierto en habiendo bebidas haber muertes porque allí se refrescan las
pasadas y sin borrachera también se matan matando tanto número de los
contrarios cuantos fueron sus muertos y así nunca deja de haber muertes e
inquietudes.
Los Caciques se visitan aunque haya enemistades, las mujeres también,
pero los vasallos no. Es gente crecida más blanca que el Guaraní, vístense
de ortigas que las benefician y tejen ropa gruesa; los indios muchos andan
desnudos, las mujeres todas andan cubiertas y honestas, tienen poco recato
son muy entremetidas y los maridos las celan poco o nada porque en
enfadándose ellas dejan a los varones. Ellas sí: celan a los maridos, no
tienen más que una mujer, cásanse luego que tienen edad, duermen al
modo de los indios del Perú sobre un poco de paja cubiertos con unas
mantas de ortigas; tienen sus casas redondas y pequeñas, todos son
labradores, su cosecha es maíz, no cuidan de otra cosa y de este comen
poco, su sustento es de piñones; y caza de venados, puercos y antas,
cógenlos a la felcha o en trampas, o cestos muy largos y grandes que
hacen, los cuales los ponen al modo de las nasas
116
en los ríos para coger
camarones. Echan por allí maíz y ceban los puercos monteses y a sus
tiempos acuden a hacer chaco
117
, van huyendo los puercos y métense por
aquellos cestos; acuden luego a las bocas unos y por encima otros con
palos hacen buena presa. Lloran mucho tiempo sus muertos y si es el
Cacique o deudo cercano matan dos o tres o más conforme a la calidad, la
mitad indios y la mitad indias para que en la otra vida le acompañen los
116
Nasas: arte de pesca que consiste en un cilindro de juncos entretejidos con una especie de embudo.
Cesta de boca estrecha que llevan los pescadores.
117
Chaco: cerco que los indios disponen para cazar las vicuñas.
234
varones y las hembras le hagan chicha. Ahora quince años estuve entre esta
gente y murió un hijo de un Cacique, hallé que le estaban llorando, y para el
entierro habían hecho mucho vino y convocado toda la tierra de lo cual
siempre suceden muertes; tenían cinco o seis personas destinadas para
matar y enterrar con el hijo muerto del Cacique lo cual todo fue Nuestro
Señor servido que se estorbó con mi ida a aquel pueblo.
El modo que tienen de enterrar es este: lloran en casa al muerto hasta
que le pueden sufrir por el edor, luego lo sacan al campo pegado al pueblo o
en la chácara de los parientes y allí hacen un zarzo
118
alto del suelo un
estado y en él lo ponen cubierto de paja por encima, con el sol y frío se
enjuga, estando ya seco hacen mucha chicha, limpian aquel lugar y en él
se sientan todos a beber, y otros queman el cuerpo en medio de aquella
plazuela recogen las cenizas y hacen un hoyo y entiérranlas; Hacen encima
una casita muy pequeña redonda, en la cual cabrá persona sentada,
lev ntanse todos y a grandes voces dicen en su lengua: sal, sal; vete, vete,
repitiéndolo muchas veces a grandes gritos con lo cual dicen que sube al
cielo. Cada año limpian aquel lugar sus deudos, y sus Caciques hacen un
montón de tierra sobre la sepultura. No tienen adoración ni ídolos pero
tienen hechiceros que su ciencia no es más que adivinar y decir mentira.
Consultan el oráculo con un calabazo de yerba; hablan con ellos, sóplanle,
regueldan
119
menean los ojos, alzan la cabeza, vuélvenla a una parte y a
otra, pónense atentos y hacen otras ceremonias a este modo. Temen
grandemente el morir y con todo eso se matan borrachos, quiera Nuestro
Señor que todo eso se quite. Por estar el sitio y lugar de nuestra casa tan
limpio me ha parecido poner luego aquí una viña y así la pondremos de tres
mil cepas que ya tengo los sarmiento y he enviado por caña. El Padre
Francisco [Díaz Taño] no se descuidará que es vividor.
Quiero acabar con la venida de Curitu que arriba dije el cual llegó a la
Concepción hará cuatro días, estando yo en este Tambo haciendo este
despacho de ...... escríbeme el Padre que trajo consigo cien indios y muchas
mujeres que es señal que viene de paz y seguro. Ha dicho que hará cuanto
le dijeremos, o hará pueblo en su tierra porque son muchos o se vendrá a
la Concepción, habla maravillosamente.
Han quedado estos señores españoles mudos de ver que aquel campero
haya venido a nuestro llamado y no considera que le llamó y trajo Nuestro
Señor. Muchos Padres hemos menester porque el Señor nos da muchos
hijos, he sabido que del Uruguay se pasan a estos campos muchos
Gualac hos huyendo de una peste muy rigurosa que viene. Yo he
sospechado se huyen de los españoles que el Gobernador ha puesto en las
doctrinas cuyos efectos si no se ha visto hasta ahora ver se han .......
Nuestro Señor nos conserve V.R. con muy entera salud como esta provincia
a menester para que esto va adelante que el haber V.R. abierto la mano es
causa de que veamos tanto fruto y esperamos ver cada día más. De este
Tambo de Guaracibere y minas del Hierro y julio 2 de 1628.
118
Zarzo: tejido de varas, cañas o mimbres que forma una superficie plana.
119
Regueldan: acción o efecto de regoldar o eructar.
235
Indigno siervo de V.R.
Antonio Ruiz [de Montoya]
57. CARTA AO PROVINCIAL PADRE NICOLÁS MASTRILLI DURAN.
Impressão: CORTESÃO MCA 1, p.378.
Edição: Edita-se o texto transcrito por Jaime CORTESÃO com ortografia
atualizada.
Destinatário: O Superior da Província Jesuítica do Paraguai Padre Nicolás
MASTRILLI DURAN.
Data: 1628.
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº38 de p.430.
Autores: CORTESÃO MCA 1, p.378.
TEXTO
"Aunque deseo decir a V.R. lo que me sucedió con Guiraberá no podré
explicarlo porque en mi vida he visto hombre más arrogante ni grave, ni más
puntoso en cosas que no es posible que él por sí haya alcanzado, sino que
el demonio se las ha dicho porque hay fama que habla con los demonios y
así lo parece, ha se institulado hasta ahora Dios, sacerdote grande y Capitán
General. Pasó pues la venida de este indio de esta manera, como sintió
pasábamos de San Pablo al Tayaoba, envió dos caciques principales de
paz a pedirme un ornamento para decir misa o por lo menos un misal,
porque lo demás él lo tiene, que es el que me quitaron cuando entré a
Tayaoba, las bestias, y que deseaba verme, que le enviase una ropa buena.
Los mensajeros no se atrevieron a decirme lo primero, lo 2º sí y que le
enviase mis palabras porque deseaba saberlo que yo quería del esto."
236
58. COMENTÁRIO DE UMA CARTA DO PADRE O ANTÔNIO RUIZ DE
MONTOYA EM UMA CARTA DO PADRE SIMÃO MASETA.
Texto: Original na Biblioteca Nacional de Rio de Janeiro.
Impressão: CORTESÃO MCA 1, p.303.
Edição: Segue a continuação o texto transcrito por Jaime CORTESÃO com
ortografia atualizada.
Destinatário: os Padres Jesuítas das reduções.
Data: 25 de janeiro de 1629.
Bibliografia: STORNI,Montoya, nº39 de p.430.
Autores: CORTESÃO MCA 1, pág. 303.
TEXTO
"...y con las Cartas del Padre Antonio [Ruiz de Montoya] se va
desengañando y la verdad prevalece, mucho más ahora lo quedará con su
presencia juntamente con la del Padre Joseph Cataldino y de los Padres que
asisten en aquellas Reducciones mucha falta nos hace, empero no ha
podido ser menos pues el Señor Gobernador estaba ya trocado y espero se
alcanzará a poner los indios que la Compañía ha reducido en cabeza del
Rey como V.R. dejó dicho a los indios en San Xavier, y lo demás que él
quería según una Carta suya que escribió al Padre Antonio [Ruiz de
Montoya], el Señor lo guíe todo a su mayor gota y provecho de las almas.
Esta Reducción está en un campo circundado de montes , y junto a un alto
en donde se ven los humos de la Reducción de Santo Thomás y de los
Angeles y de la Concepción en la tierra de los guañanas y tiene una linda
vista de campos y monte alrededor, y si esta Reducción se pone en él será
cosa grandiosa. En este campo se podrán criar vacas, ovejas, puercos, etc.,
el Señor se sirva de llevarlo adelante y mis pecados no lo estorben."
59. CARTA PARA O GOVERNADOR DO PARAGUAI.
237
Texto: Cópia Certificado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro nº 1-29-1-
31.
Impressão: CORTESÃO MCA 1, pág. 305-306.
Edição: Edita-se o texto que transcreve Jaime CORTESÃO, com ortografia
atualizada e solução de abreviações.
Destinatário: O Governador do Paraguai, D. Luis de GRAMAS E XERIA.
Data: Encarnação, 15 de abril de 1629.
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº42-43 de p.430,; CARDOZO 1, nº22 de
p.248.
Autores: CORTESÃO MCA 1, pp. 305-306.
TEXTO
COPIA CERTIFICADA DE UNA CARTA ESCRITA POR EL PADRE
ANTONIO RUIZ [DE MONTOYA] AL GOBERNADOR DEL PARAGUAY, D.
LUIS DE CESPEDES Y XERIA EN QUE DA CUENTA DE LOS ESTRAGOS
CAUSADOS POR LA BANDERA DE ANTONIO RAPOSO TAVARES.
" Poco ha que respondí a la de V.S., escrita en Maracayú. Lo que al
presente se ofrece es avisar a V.S. como en el tiempo que estuvimos en el
Pirapó, Antonio Raposo Tavares dio en tres reducciones nuestras y las
asoló, y si en Tayaova no se hubieran hecho fuertes los Padres con la gente
que allí tienen hubieran hecho lo mismo en todo el río de la villa y hubieran
llegado hasta sacar los indios de las mismas casas de los españoles, porque
dicen que tienen licencia para ello. Pues Dios se la ha dado basta.
He procurado recobrar algo de lo perdido y juntamente he enviado tres
Padres a la Villa de San Pablo con orden de que si fuere necesario vayan a
la Corte y aún a Roma, y los Padres lo han tomado con el ánimo que pide
sumejante demanda.
He encargado a los Padres que besen las manos a la Señora Doña
Victoria y que si fuere necesario se vuelva un Padre sirviéndola y la traiga a
nuestras reducciones donde he avisado, la sirvan con todo cuidado.
Muy turbadas he hallado todas estas reducciones y entiendo que si con
maña no les hubiera ganado la voluntad que ellos hubieran hecho muy
graves disparates el cual lo remedie y Dios guarde a V.S. con la prosperidad
que deseo. Encarnación Abril quince de mil seiscientos veintinueve. El
Tayaova se murió volviendo de Loreto en el camino."
De vuestro Capellan Antonio Ruiz de Montoya
238
"Certificamos los que aquí firmamos que este traslado concuerda con su
original que es hecho en la Asunción a los veinticinco dias del mes de junio
de mil seiscientos veinte nueve años.
Diego de Boroa, Marcial de Lorenzana, Antonio Moranta, Diego de Alfaro,
Miguel de Sandoval, Juan de Tapia, Joseph Oregio."
60. CARTA A SEU CONFESSOR PADRE FRANCISCO DÍAZ TAÑO.
Impressão: JARQUE 3, pp.246-247, 252.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo Padre Francisco JARQUE com
ortografia atualizada.
Destinatário: O Padre Francisco DIAZ TAÑO.
Data: 1631 (?).
Bibliogarfía: STORNI, Montoya, nº52 de p.431.
TEXTO
"Ordenóme el Padre Provicial una cosa de mucha pena, y tuve bravas
tentaciones y hube de hacerme violencia grande; y con lindo ánimo me
ofrecí a ello aunque reventase la hiel por los ojos.
Mi Padre, si hubiera de escribir a V.R. lo que hay, no tuviera papel para
todo; y sé que se hiciera cruces, pero no quiero fiar de tinta las gotas de
sangre de mi corazón. Pido a V.R. me encomiende a Nuestro Señor y me
alcance trabajos de cualquier color que sean, que bien sabe Su Majestad dar
los martirios con cuchillo de palo. No es menos el mío, ni tengo que envidiar
el suyo al Padre Roque [González], que con un golpe rindió el alma. Lo que
he padecido sábelo Dios y eso me basta."
61. CARTA AO PROVINCIAL PADRE.
Impressão: CORTESÃO 3, pp.226-227.
239
Edição: Edita-se o texto que transcreve Jaime CORTESÃO com ortografia
atualizada.
Destinatário: O Superior Jesuítico do Provincial do Paraguai Padre Diego
de BOROA.
Data: 1636 (?).
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº59 de p.432.
TEXTO
"...que decía que estaban aguardando por horas al enemigo y que
andaba haciendo daño a las chácaras cercanas y deseándome ya ver con
los Padres y ser participante de sus afliciones y trabajos quise de noche
bajar aquella cuesta y sierra..."
120
62. CARTA PARA O PROVINCIAL SOBRE OS TROPEÇOS PARA O
EVANGELIO POR CAUSA DOS ESPANHÓIS E PORTUGUÊSES.
Impressão: JARQUE 2, pp.276-277.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo Padre Francisco JARQUE com
ortografia atualizada.
Destinatário: O Superior da Província Jesuítica do Paraguai Padre Diego de
BOROA.
Data: 1637 (?)
Autores: JARQUE 2, pp.276-277.
TEXTO
"Aún no habemos resuelto el modo para entrar con la luz del Santo
Evangelio en la provincia de los Chiquis, porque algunos españoles, con
poco temor de Dios, les han hablado contra nosotros, maleando al cacique
120
“Llegando ya a la cercanía de la Natividad, hubo que desembarcar, para hacer el resto del camino
por vía terrestre, pasando por las montañas. Apenas llegados a la cumbre, se me entregó una carta del
Padre Antonio Ruiz [Montoya], avisándome de que un momento al otro se esperaba el ataque del
enemigo.” (Cfr. LEONHARDT, CA 2, 1929:630)
240
principal y diciéndole no nos creyese, que los engañabamos.
Esta es la ayuda de costa que tiene la predicación del Evangelio en estas
regiones en gente que se precia de cristiana.
Sembraron entre los indios mil prodigiosas mentiras, como que los
queríamos reducir y juntar en pueblos para llevarlos a España cautivos, que
mirasen cómo se fiaban de nosotros, que tirábamos a acabarlos y
consumirlos; y otras calumnias semejantes, que yo no extraño, porque ha
muchos años que lo oigo .
No dejaba de lastimar mucho el sincero corazón de aquellos varones
apostólicos, el ver que habiendo en aquellas naciones tan buena disposición
para convertirse a la fe, los españoles por una parte y los portugueses por
otra, fuesen los mayores tropiezos, siendo los más obligados a fomentar su
conversión."
63. CARTA AO PROVINCIAL RESPEITO AS DILIGÊNCIAS COM OS
GUAÑAÑOS E A FIDELIDADE E CORDIALIDADE QUE RECEBIAM
DESTAS CIDADES.
Impressão: JARQUE 2, pp.290-304.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo Padre Francisco JARQUE com
ortografia atualizada e notas.
Destinatário: O Superior da Província Jesuítica do Paraguai Padre Diego de
BOROA.
Data: 1637 (?).
Autores: CORTESÃO MCA 1, p.378.
TEXTO
"Aunque deseo contar a V.R. muy por menor lo que me sucedió con el
famoso hechicero Guiraverá, no será posible reducirlo todo a los angostos
límites de una carta.
En mi vida conocí hombre más grave, más entonado, arrogante y puntoso
en cosas que no es posible que él las haya alcanzado por sí, sino que las ha
aprendido con el magisterio del demonio, porque es voz común y fama
pública que los tiene familiares, y contrata amigablemente con ellos, y lo
parece así. Su altivez ha llegado al extremo de locura a que llegó la de
241
Lucifer, pues hasta ahora se ha arrogado el ser y el nombre de Dios,
sacerdote grande y capitán General de estas ciegas naciones que le
obedecen.
Pasó, pues, la venida de este gran mago de esta manera Como supo que
pasábamos del Tayaoba a San Pablo, me envió dos caciques a principales
de paz a pedirme un ornamento para decir misa, o por lo menos un misal,
que lo demás ya él lo tenía, y fue lo que me robaron la primera vez que entre
en el Tayaoba que deseaba verme, que le enviase una ropa buena.
Los mensajeros no se atrevieron a decirme lo primero; dijéronme lo
segundo, y que le enviase mis palabras, porque deseaba saber lo que yo
quería de él.
Esto dijo, porque como el demonio habla a estos hechiceros en los
cuerpos difuntos, que ellos veneran por dioses, y los llaman así, ha les dado
a entender que los hechiceros insignes de esta era, son los que tienen las
almas de los que ya murieron. En cuya categoría me pone el demonio a mí,
y les dice que yo tengo el alma de un famoso hechicero que floreció en los
siglos pasados y se llamaba Quaracití, que significa sol resplandeciente, y
por esto corre entre ellos que yo soy Tupá Eté, el Dios verdadero.
Este desatino oí ya en el Tayaoba aunque entonces no supe el
fundamento con que lo decían, hasta que después lo averiguó el Padre
Cristóbal de Mendoza.
Enviéle a decir con mis mensajeros que no quería que mis palabras
anduviesen en lenguas de indios vasallos, que viniese en persona a oirlas, y
que tomase ejemplo de todos los demás indios, que como los polluelos se
van tras de su madre, así venían en pos de mí.
Y pues sabía lo que los Gualachos habían hecho nuevamente conmigo,
que los imitase y gozase de un buen día, antes que le viniese alguno malo.
a los embajadores algunas cosillas, con que los despaché muy
contentos. Envié también un cacique principal, cristiano antiguo, y cuando
gentil, bien conocido por la fama de hechicero.
Llegó este al pueblo de Guiraverá y halló que le tenían preparada para su
recibimiento una calle enramada y alfombrado el suelo con varias yerbas.
Entró dando voces, según el uso de aquella gente, diciendo que yo le
enviaba por Guiraverá.
Salió él con mucho entono y gravedad de su casa con una espada en la
mano, y habiendo oído la embajada, dijo:
-Yo no quiero ir; algunos de mis vasallos enviar‚. Y si otro que vos hubiera
venido a llamarme, yo lo matara y me lo comiera.
Al fin mi cacique con buenas razones lo convenció que viniese. Antes de
llegar envió delante más de doce correos, uno después de otro, avisandole
saliesen al encuentro tales y tales caciques que se le enramasen las calles,
que se le tendiese ropa por el suelo, y que a él le enviásemos un ropon
nuevo, con que apareciese en el pueblo, que se juntasen las indias y a coros
cantasen motetes
121
alegres en su recibimiento. Que no había de entrar ni
en nuestra casa ni en la iglesia, sino que le hiciesen una enramada propia
para sola su persona, que en ella le pusiesen su sitial y todo el pavimento
cubierto de paños.
121
Motete: breve composición musical para cantar en las iglesias.
242
Enviéle a decir con un fiscal que tenía que hablarle en nuestra casa, y
que no se recelase de traición alguna. Lo primero con que recibió a mi
mensajero fue con decirle que él era Dios y padre grande, y nosotros Padres
chicos. Y que él no se dejaba ser tan fácilmente, ni de todos, ni caminaba
por sus pies, sino en hombros de indios, porque había criado el cielo y la
tierra, y había repartido todas las varas a los alcaldes y fiscales, y otros
semejantes ridículos desatinos.
En llegando a vista del pueblo, le echó una bendición como lo pudiera
hacer un Pontífice Sumo, antes de hablar palabra, y luego comenzó voz en
cuello su sermón. Su traje y cortejo era este: Venía vestido de dos
camisetas, una larga debajo, negra, sobre ella otra corta y blanca; una
espada desnuda sobre el hombro, en el pecho una plancha que parecía de
oro; las orejas taladradas con dos cañutos de la misma materia; una barba
postiza larga y blanca; rompen el labio de abajo y en él la encajan, hecha de
una resina como ámbar; otras forman de hueso o de otra materia semejante.
Iban delante un cacique sirviendo plaza de camarlengo, con una espada
desnuda, levantada, y luego dos alas demás de cien indios soldados, y él iba
diciendo a voces estos y otros muchos disparates:
-Yo soy vuestro gran padre; mirad que cuidéis de mí como buenos hijos.
Vengo a la fama de estos Padres, no con mal ánimo ni dañado corazón, sino
a ver por mis ojos lo mucho bueno que de ellos me han dicho. Esto me trae
caminando por tierra, que yo no suelo pisarla.
Y remató su plática:
-Vengo a igualar mi ser con el vuestro, teniendo por Padre a los que
vosotros tenéis.
Hizo alto con todo su acompañamiento y enviónos a decir que no habia
de entrar en nuestra casa; porque como están hechos a usar de tantas
traiciones para matarse, temió no le tuviésemos tramada alguna.
Hice poner un toldo de lienzo y debajo de él, dos sillas en las cuales nos
sentamos el Padre Simón Maseta y yo, y enfrente se pusieron muchos
bancos. Y él mandó a sus vasallos y caciques pusiesen sus camisetas
donde él se había de sentar, y otras por tarima de sus pies. Hízose así, y
con la mayor gravedad y autoridad del mundo, se sentó con su espada en la
mano, habiendo prevenido a sus vasallos que ninguno se acercase a él.
Solamente dio puesto a su lado a una india, que decía era su mujer.
Yo hice sentar aparte a los demás caciques. Y aunque había entrado
bufando como un furioso toro, amansóse mucho en presencia nuestra.
Saludámosle y él a nosotros, con las frases y cortesías que ellos usan.
Luego pidió un calabazo de yerba que venía preparando, y es especie de
hechicería, e hizo gestos y ademanes muy feos, como ministro del demonio.
Estuvo tan inquieto, que no me dió lugar para hablarle más que algunas
palabras, con las cuales le despedí y él fue a alojarse en una casa del
pueblo.
Envióme el día siguiente a notificar de nuevo que no había de entrar en
nuestra casa. Respondíle que no quería hacerle esa honra de que entrase
en ella ni me viese la cara; que se fuese luego a su tierra, que a su tiempo
yo iría a traerle a despecho suyo; que sembrase en ella, que yo iría con mi
gente a comer de sus sembrados.
243
Estos son los retos y bravatas
122
que entre ellos usan los que quieren dar
a entender que no temen ni hacen caso de sus enemigos; y que viniese con
cuidado, porque ya tenía sujetos a mi obediencia a los Gualachos, vecinos y
enemigos suyos tan poderosos.
Con estos fieros le humillé su orgullo y realmente le hice temer y alcancé
o que yo pretendía con ellos, porque luego me envió a decir que luego
vendría a verme. Volvíle por respuesta que no quería viniese hasta que yo
resolviese lo que debía hacer, y le diese nuevo aviso.
Yo disimulé, y él vino a la tarde con toda su gente haciendo calle con la
majestad y altivez con que pudiera un emperdor del mundo.
Certifico a V.R. que ni en las comedias ví afectada tal gravedad. Entró en
nuestra casa, y apartado de nosotros hice le aderezasen su asiento.
Teniéndole allí, procuré de nuevo con corteses y modestas razones, darle a
entender lo poco que le temían, y juntamente lo mucho que le amaban, y
que por su amor había puesto a riesgo mi vida.
Oyóme con más sosiego, bebió su yerba e hizo ceremonias semejantes a
las del día antecedente. Despedímoslo contento. Hice después en señal de
fiesta matar dos toros, que todos se holgaron de verlos. No obstante el
ejemplo de su señor, sus vasallos y caciques, por no darle disgusto, se
recataban de entrar en nuestra casa e iglesia.
Procuró el P. Simón [Maseta] introducir a uno a fuerza de halagos;
regalólo mucho, y aquel sirvió de reclamo a los demás, con que ya sin recelo
acudieron todos, y con el agasajo y regalo que el Padre les hizo se
aficionaron de manera que no sabían salir de nuestra casa. Lo cual importó
mucho, porque Guiraverá les había hecho creer mil mentiras de nosotros, y
nos tenían por fantasmas horribles e intratables.
Bien desengañados quedaron y a una voz dijeron que si Guiraverá no
quería ser hijo de los Padres, ellos lo dejarían para venir a serlo. Hízose un
banquete, y aunque venía la gente de su guarda haciendo plaza y
escoltando su persona, temió mucho, porque de los descuidos de convites
semejantes se valen ellos para matarse a traición. Asegurélo y vino y le dice
que comiese, aunque estaba tan mesurado que en todo él no mostró un
semblante de risa, aunque a nosotros nos la causaba grande su afectada
gravedad. Apenas habló palabra, mostrando los demás en las suyas mucho
regocijo. Dijo después que él no se dejaba ver de todos ni admitía
convidados a su mesa.
Cuatro días se detuvo en el pueblo y después de haber dado palabra de
reducirse con toda su gente, vino a despedirse. Presentéle un buen vestido y
otras muchas cosas para su matalotaje
123
.
Hícele proveer abundamtemente de carne, harina, piñones y maíces.
Quedó notablemente contento, y al partir le dije estas razones con puro celo
de la gloria de Dios, cuyo culto él impíamente pretendía para sí.
-Hijo Guiraverá, en estos días he dicho muchas cosas; ahora, por
despedida te quiero decir pocas y buenas, y quería las estampase en tu
memoria.
122
Bravatas: amenazas para intimidar a otros.
123
Malotaje: la provisión de víveres que se lleva en la embarcación; el conjunto de muchas cosas
diversas y mal ordenadas.
244
Respondió que dijese, que con mucho gusto las oiría.
-Pues sabe que eres indio y hombre como los dem s, y no sé si tan bueno
y virtuoso, que la fama lo contrario publica. Persuádete que has de morir
como todos tus antepasados, y como yo también sé que he de morir, porque
eres hombre amasado del mismo barro y no tienes privilegio que te exente
del tributo común que todos los mortales pagamos a la muerte, y que no
tienes un día seguro de vida. Hombre eres y en muchas cosas te semejas a
las fieras; criatura eres de Dios como yo; este Señor, criador del Universo,
es el que solo es Dios Todopoderoso, de cuya mano recibimos el ser y los
bienes que gozamos.
Lo que importa es que tú lo reconozcas y adores por tal y le des
satisfacción del agravio grande que le has hecho pretendiendo usurparle el
culto y veneración debida a sola su deidad. Y no cumplirás con eso si con
todas tus fuerzas no procuras que lo reconozcan y adoren todos tus
vasallos, que por culpa tuya han vivido hasta aquí engañados y ciegos. No
fies de los demonios que se te mienten amigos; advierte que son traidores y
que cuando más confiado vivas te darán el traspié y contigo en el infierno.
Mira que Dios sufre, pero compensa la tardanza del castigo con su
gravedad.
A este tono proseguí en decirle lo que de repente me iba dictando el
Espíritu Santo. Declaréle brevemente los misterios de la fe y conluí mi
sermón.
El deseo vivo que tengo de que conmigo, que soy sacerdote del
verdadero Dios, te le humilles y lo confieses y tiembles de su justicia y te
aproveches de su misericordia como yo con su gracia lo hago, me sacó de
mi patria, donde pudiera vivir con todo regalo y me hace andar con la vida al
tablero, fatigado, perdido y hambriento por estos espesos montes para que
tú salves tu alma y le pidas perdón de las gravísimas ofensas que en el
discurso de tantos años le has hecho, de haber perseguido a sol y a sombra
su santísima ley, de haber apartado de ella con tus crueldades tantos como
con gusto la hubieran recibido y de la fiera carnicería que has hecho en
amigos y enemigos. Pues tarde o temprano de todo has de dar estrechísima
cuenta en el juicio de Dios. Su Majestad, por quien es, se compadezca de tí
y te alumbre como yo se lo suplico y no cesar‚ de suplicarlo, hasta que te
vea verdadero cristiano y fidelísimo siervo suyo, como lo espero de tu buen
entendimiento, a pesar de tu depravada voluntad, tan ennegrecida en tus
vicios.
Enmudeció el bárbaro a esta carga y peso de razones, y dijo después que
se había holgado mucho de que se las dijese con tanta libertad.
Despidióse de nosotros, y para que fuese más sabroso, quise honrarle
más en la partida; convoqué la gente del pueblo y se alistaron en sus
banderas hasta cuatrocientos flecheros, divididos en solas dos compañías,
cuyos capitanes llevaban arcabuces. Después de haber escaramuzado a
vista de los huéspedes, concurrieron a casa de Guiraverá, que tenía en la
mano la vara que yo le había dado en nombre de Su Majestad, como
también las suyas a sus principales caciques. Sacáronlo de su cuartel
formando dos lucidas hileras las dos campañías, llevando en medio la tropa
de sus indios , capitaneados de sus caciques. Seguían luego otros más
principales, después uno con una espada desnuda y alta en la mano y
245
cerraba el escuadrón Guiraverá con la suya en el hombro con la misma
arrogancia y pasos de hinchado pavón, entre dos caciques los más válidos.
Salimos a verle pasar el Padre Simón Maceta y yo, y el Padre Cristóbal
de Mendoza, que poco antes había llegado de la Encarnación. Y el indio
Guiraverá se llegó a despedir otra vez de nosotros, pero no ya con tanta
altivez, sino con más humanidad y cortesía, dándonos palabra de que presto
volvería a vernos. Con que me dejó notablemente consolado."
64. CARTAS PARA AS REDUÇÕES.
Impressão: JARQUE 3, pp.288-289.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo Padre Francisco JARQUE com
ortografia atualizada.
Destinatário: Os Padres das reduções da Província Jesuítica do Paraguai.
Data: Buenos Aires, 1638.
Bibliografia: STORNI, Montoya, n§69 de p.432.
TEXTO
"...y desde allí antes de partir, escribió a las reducciones diciendo que iba
animado y contento, pues confiaba en Dios y en la reina de los Angeles, que
teniendo nada había de tenerlo todo. Y no le engañó su buen corazón, pues
volvió a las indias con muchas alhajas curiosas para las reducciones, y
otras que perecieron en las inquietudes de Portugal."
65. CARTA AO PROVINCIAL PADRE JUAN DE HORNOS.
Texto: Original na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, I-29-I-80A.
Impressão: CORTESÃO, MCA I, pp.291-293; JARQUE 2, pp.271-272.
Edição: Edita-se o texto que transcreve Jaime CORTESÃO, MCA I, pp. 291-
293.
Destinatário: O Padre Juan de HORNOS.
246
Data: Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 1638.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.432,;
Autores: CORTESÃO, MCA I, pp.291-293; JARQUE 2, PP.271-272.
TEXTO
CARTA AL PADRE HORNOS
Padre Juan de Hornos
JHS
"Pax Xpi, etc.
El día de Santa Teresa salimos de Buenos Aires y llegamos a este Río
de Janeiro a once de noviembre, hemos hallado aquí veinte navíos que
saldrán por Abril a media carga de azúcar porque no hay para tantos. Ya
tenemos fletado uno muy bueno. En este colegio nos hacen mucho regalo y
los particulares no hacen muchas caricias y algunos desean ir a esta
Provincia porque por acá no hay que hacer. 300 hombres salieron de San
Pablo para Santa Teresa, gran confusión ha de haber. Ojala que cuando
escribo esta el Señor de luz de lo que se ha de hacer.
Además de esta gente van saliendo por mar mucha gente, con estar el
enemigo por aquí cerca y haber salido de este puerto seis navíos en su
busca y no se sabe que rumbo llevan. Dios lo remedie que bien es
necesario su ayuda.
Todos los Padres de este colegio nos hacen mucha caridad y
principalmente el Padre Rector Francisco Carnero persona de muchas. Aquí
hay quien conoció a V.R. y a los Padres de su tropa.Toda es muy buena
gente. Indios de la sierra hay muchos por aquí. Del Tayaoba está el hijo de
Piraquatiá que era bien chiquillo entonces y ahora está ya hombre. Creo
que lo cobraremos. Otro tenemos ya del Tayaoba; nos han conocido y otros
hay por aquí, querrá el Señor que se negocie su vuelta con graves censuras
del Papa cometidas a este P. Carnero que es hombre estimado por acá.
Hemos hecho diligencias con el Vicario General que todos so pena de
excomunión en toda esta Capitanía declaren los indios e indias cuyos
consortes quedaron por allá para que los entreguen y despareciéndose
podrán casar los que allá hubiere ligados porque no se puede hacer mayor
ni mejor diligencia. Esta carta envié‚ V.R. al Padre Simón [Maseta] para que
sepa que gente hay casada porque antes que salgamos de aquí, dar‚ aviso
de todo con claridad. Nos han avisado amigos que muchos de los que
destruyeron al Tayaoba etc, han muerto desastradamente. Federico de Melo
decía que su linaje podrá en materia de nobleza ponerse hombro con
hombro con Dios y con el Padre Eterno, cara a cara y otras locuras de estas.
Matáronle con tres pelotas en nombre de la Santísima Trinidad, pero no le
vio la cara, porque no fue digno por su soberbia luciferina.
Enterráronlo con su vestido y yendo de ahí a poco a sacar sus huesos no
hallaron más que un zapato. Otro que tuvo preso al Padre Simón [Maseta]
247
en San Pablo murió de la misma manera. Y otros cuya letanía nos han
ofrecido, a ocho o diez o quince patacas
124
andan los indios que ahora
trajeran.
Raposo Tabares viene a poner caña en tierras de doña Victoria para
moler en sus trapiches que tiene dos y va pagando deudas; todos es
hacienda de duendes, envió a decir que nos quería veniar a ver quizas para
obligarnos a que fuésemos a verla. No pienso tal porque ni aún al
Gobernador he ido a ver que es el Sr. Salvador Correa de Sa, que nos ama
mucho. Y yo me he excusado con el y otros que me han venido a ver. Desde
la torre de esta casa se ve toda la ciudad, que es un rincón de un barrio de
mi tierra, a nuestra casa acude muy poca gente porque rehusan subir esta
cuesta que es terrible y así casi no acuden a los sermones, sino cuatro
hombres y otras tantas mujeres.
Matan hombres con espingardas como chinches, cuatro o cinco han
muerto después que aquí llegamos y el día de San Xavier, a la gloria, tiraron
un escopetazo debajo del coro, bajé corriendo por la calle y hallé un hombre
herido en la garganta de un balazo y le salía un chorro de sangre como un
dedo pulgar y con él no le pude tapar hasta que con un lenzuelo y el dedo
dentro detuve la sangre, estuve con él hasta que espiró, sin que hubiese
persona que le llegase y yo persuadiéndoles que le tuviesen y me ayudasen,
etc, no quisieron y era el escribano del pueblo y hombre de cuenta.
Publicóse por estos ingenios y de ahí a cuatrao días trajeron otro muerto
de la misma manera y luego otro y poco hacía mataron desde una ventana a
medio día un bravo Capitán que el Rey había enviado para general de la
flotilla que fue el año pasado con oferta de un abito y una capitanía en la
India. El que le hizo matar había sido aquí zapatero de viejo y está rico y es
ya hidalgo y se pasea y el día de la Concepción estuvo en este colegio
cargando una pistola para matar a un licenciado; violó un muchacho y avisó
al oidor general y le cogieron con la pistola y se pasea y a este tono va
todo.
Al Padre Moraes que estuvo el año pasado cerca de nosotros en la sierra
juntando gente. Le quitaron 300 almas que traía y le arrastraron y
maltrataron.
De una aldea de aquí cerca sacó un portuguesillo unas piezas y las trajo
aquí a vender.
Mire V.R. cual va todo y que remedio tienen allá nuestras reducciones.
Con todo eso, si no lo acaban ahora, todo, espero tendrá remedio por el
rumbo que va guiado el negocio. Como después escribiré, desde la corte y
V.R. lo encomienden a Nuestro Señor.
De la tropa de portugueses que fue al Itatí, no se sabe nada por acá
antes dicen que todos perecieron; de la gente que trajeron el año pasado de
nuestras reducciones de la sierra dejaron muchísimas a orillas del mar en
manos de la muerte y los portugueses escaparon a duras penas, porque
entendieron hallar barcos y comida y nada hallaron. Y así murieron muchos
indios de hambres sin escapar de ellos ninguno.
Han tomado grande osadía los portugueses con que el Padre [Juan B.]
Ferrufino no cuajó nada contra ellos y así les parece que cuanto hacen esta
124
Pataca: antiguo patacan. Pieza de calderilla de dos cuertos. Moneda de plata de peso de una onza y
cortda con tijera.
248
muy santamente hecho. Y los frailes carmelitas son el apoyo de los
portugueses.
El fraile que fue el año pasado a la sierra trajo mucha gente y el Provincial
le mandó partiese con este convento que está pobre y ríense de nosotros,
entiendo que Nuestro Señor ha de castigar toda esta tierra. En Pernanbuco
pagan el pato los portugueses porque los holandeses los afligen y les quitan
sus hijas y haciendas. Y se cuentas cosas de estas muy raras.
Castigo es del Señor, ahora cogieron la mina de oro, los holandeses y los
que la guaradaban los desnudaron, hombres y mujeres y los echaron en una
vala
125
sin comida para que allí se acabasen.
Esta tierra está vendida por los judíos que hay y ricos. 6 navíos salieron
de aquí contra dos y un patajuelo. Encontráronlos y los dejaron volviéndose
con seis hombres muertos y esta mañana vino nueva de Cabo Frío de
nuestra aldea como habían cogido ya un navío nuestro.
El Señor lo remedie. V.R. comunique esto a los Padres y todos tengan
esta por suya y nos encomienden al Señor y V.R. dé mis saludos a todos
nuestros hijos de ese pueblo y de los demás y V.R. me escriba largo de
todo, vale.
Río de Janeiro, enero 25 de 1638
Antonio Ruiz [de Montoya]
66. CARTA PARA UM JESUÍTA.
Impressão: JARQUE 4, pp. 46-47.
Edição: Edita-se o texto que transcrito por Francisco JARQUE com
ortografia atualizada, e explicação de termos velhos.
Destinatário: Um Padre Jesuíta do Paraguai.
Data: Madrid 1640 (?).
Bibliografia: STORNI, Montoya, pp.434.
Autores: JARQUE 4, pp. 46-47.
TEXTO
125
Vala: acequia o cauce de agua sucia en la calle.
249
CARTA A UN JESUITA
"La carta de V.R. recibí con muy grande gusto y no con poca envidia de
ver a V.R. partirse para mi patria. (Llama patria suya a la provincia del
Paraguay, y a las reducciones donde vivió lo mejor de su vida) y quedarme
yo en este destierro. (Destierro llama a Lisboa, a la corte de Madrid y a toda
España, que por desterrado se tenía en ella). No es para mí este ruido,
besamanos, cortesías, perdimiento de tiempo, y sobre todo traer ocupada la
mente en negocios, cuidados y trazas, que pocas veces se logran.
Finalmente, mi Padre, quedo como desterrado, y no hay dia que para mi
consuelo no finja que ya me llevan al navío pero quiere Dios que sean no
más que pensamientos por ahora, para que cuando después vuelva por ella,
estime más el humilde empleo con mis indios , ajeno de embarazos, libre de
emulaciones y cuidados inútiles.
V.R. y sus compañeros gocen tanto bien aunque no hayan de conseguir
más que la conversión de un solo gentil. Que muchas veces parece que el
no convertirlos a montones es no llenar el vacío del deseo. En lo cual
conviene andar al paso de Dios sin pretender echar un pie adelante de lo
que quiere Su Majestad."
67. CARTA AO PADRE PEREIRA.
Impressão: Sumário Histórico espanhol, T. 16, Madrid 1862, p.57-58.
Edição: Edita-se o texto publicado no Sumário Histórico espanhol com
ortografia atualizada e notas.
Destinatário: O Padre [Cristóbal] Pereyra.
Data: Madrid, 16 de novembro de 1640.
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº85 de p.434.
TEXTO
" Pax Christi, &c. De nuevo lo que hay es, que S.M. manda que se
vendan todos los oficios de las indias, de que el Consejo de Indias se da por
agraviado y ha replicado a S.M., y el presidente Castrillo se echó a sus pies
250
pidiéndole que exceptuase las Indias; pero no hay remedio, y así a la futura
sucesión de todo andan en competencias. Los inconvenientes que tiene ello
se lo dice.
El P. Cristóbal de Acuña habló a S.M. y presentó un mapa de lo que vió;
ha sido bien recibido, y el Conde está bien informado, y como no saben de
las materias, cualquier razón les satisface. Yo he concebido muy graves
dificultades; la una que 4.000 leguas de navegación en el río Orellana
126
es
mucho millar de leguas, y número que sobra para bujear
127
toda la América;
veinticinco reinos distintos es mucho número de reinos, si no es que se
cuenten naciones y pueblos, que comunmente son muy limitados; muchas
minas de oro y plata que promete es también mucho, máxime no habiendo
salido del río por tierra, sino navegando siempre de prisa, y no habiendo
visto en las Indias muestra de esto ninguna, ante suma desnudez como los
del Paraguay que todos son cerros y mucha multitud de árboles de cacao,
de cuya madera se servían para los ranchos; y últimamente la fortaleza que
ha hecho en el río contra los enemigos que quisieren conquistar aquello, con
ser la boca del río de ochenta leguas y de tanto fondo, que por todas partes
pueden entrar navíos.
Pero todo esto es poco con lo que hoy me dijo D. Juan de Solórzanou
128
,
y es que un caballero, D. Fulano de Bohorques, ha hallado en esta misma
conquista un monte de oro en lo superior del río, que el P. Acuña no vió; y
este caballero y los del Consejo lo tienen por ente de razón, y de lo que más
se ríen es que D. Juan de Illicera, presidente de Charcas, lo escribe al
mismo Consejo, cuya carta vi yo en casa de D. Lorenzo Ramírez (de
Prado).
El P. Acuña no imprime nada, porque así se lo han mandado para que no
lo entiendan los holandeses que ya lo tienen corrido, y tienen más noticias
de ello que nadie."
129
126
Orellana, Francisco, Capitán español del siglo XVI, de Trujillo, acompañó a Pizarro al Perú, y fue
el primero que descendió por el río de Id. Que después se llamó Amazonas en 1539. Murió en 1550.
127
Bujear: bojear. rodar medir el circuito de alguna isla o terreno
128
Juan de Zolórzano: caballero del hábito de Santiago, célebre jurisconsulto y escritor de Indias.(Cfr:
Memorial Histórico Español nota (1) p.58)
129
Esta carta, copiada de mano del P. Rafael, tiene al fin una nota del tenor siguiente: "Esta carta
escribió de Madrid el P. Antonio Ruiz [de Montoya] que ha estado en el ParaguayErro! Indicador
não definido. y Perú más de 25 años, y ha nacido all y andado mucho en aquellas partes. No es pues
dudoso la escribiese el P. Antonio Ruiz de Montoya, célebre por sus trabajos en la lengua guaraní
(Vocabulario, Arte y Catecismo) y su Conquista Espiritual del Paraguay que imprimió en Madrid en
este mismo año y en el anterior" (Cfr: Memorial Histórico Español,T.16, p.58 nota (2)).
251
68. CARTA PARA O PROVINCIALErro! Indicador não definido..
Texto: Original trunca no Arquivo Geral da Nação, Buenos Aires, Jesuítas.
Eu documento sem data. É autógrafa do Padre Ruiz de Montoya: quatro
páginas em fólio, e quer dizer que falta, aparentemente, uma página final
onde a data e assinatura apareceriam.
Impressão: HERNANDEZ, Pablo, UM jesuíta missionário do Paraguai e no
Tribunal de Felipe IV, Razão e Fé, nº33, Madrid (1912), pp.71-19; 215-222.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo Padre Pablo HERNANDEZ, com
direito e Fé, 33 (1912), com ortografia atualizada e notas.
Destinatário: Superior da Província Jesuítica do Paraguai Padre Diego de
BOROA.
Data: Madrid, 1640.
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº89 de p.434,; FURLONG, Montoya, nº35
de p.133.
TEXTO
"Lo primero que le dije fue como los Portugueses y Holandeses le
querían quitar la mejor pieza de su Real Corona, que era el Perú, sobre que
desde esas regiones había dado voces en estas partes, y por ser tanta la
distancia, no había sido oído; que tres cartas m¡as había en el Consejo en
que había avisado, pero no se trataba de remedio: hasta que el deseo de
haberle, me había obligado a caminar tantas leguas; y con un báculo en la
mano, muriéndome, como Su Majestad veía, había venido a sus Reales pies
a pedir remedio de males tan graves como prometían la perfidia de los
rebeldes, que ya por San Pablo acometían al cerro de Potosí; cuya cercanía,
agravios, muertes de indios, quemas de iglesias, heridas de sacerdotes,
esclavitud de hombre libres, daban voces. Y porque a las mías se diese
crédito, había hecho dos Memoriales impresos, que si Su Majestad se
servía pasar por ellos los ojos, se lastimaría su Real corazón, y movería el
amor de sus vasallos al remedio.
Todo este tiempo, estuve sangrándome y jaropándome
130
. Trece
sangrías me dieron, y proseguían. Yo alegué lo que V.R. me había
ordenado, que no me sangrara; pero aunque me veían tan consumido,
juzgaban convenir matarme a sangrías. Finalmente, llamaron al protomédico
del Rey, como en caso desesperado ya; apartáronse a un rincón a tratar de
acabar de matarme, y movido del deseo que tengo de volverme a esa
provincia les dije: Cúrenme como quisieren, porque no me han de enterrar
130
Jaropándome: tomando jarabes y medicimas.
252
aquí, que he de volver a mi provincia. El protomédico después de haberme
preguntado y hablado de mi enfermedad, se resolvió a que me dejasen y no
me sangrasen ni purgasen.
Con el Conde-Duque, tuve muchas pláticas acerca de los portugueses,
de los indios y de las cosas de esa Provincia.
Propuse al P.Fr. Juan de Vaconcellos, fraile dominico, Inquisidor de la
Suprema Portugal, Provincial de su Religión predicador del Rey, hijo del más
recto juez que ha habido en Lisboa, señor de título, y tiene dos hermanos
títulos; y, sobre todo, santo. Y para pintarlo, digo que es otro P. Diego de
Torres en el celo de indios y negros; tanto, que de estos pretende hacer un
colegio de negritos en Lisboa; para después enviarlos a Angola a
predicar....díjele, que en esto veía que no se había hecho concepto de la
gravedad de este negocio; porque si Fr. Juan era grande, el peso del
negocio era mayor, pues Su Majestad, habiéndose enterado de su gravedad,
les había enviado a decir que él mismo había de ir a su remedio: y que
supuesto esto, el Consejero de más prendas de toda la Corte había de ir al
remedio, o un Cardenal ... en breves días tuve la carta en mi poder, y se la
mostré a él [al Consejero Pereira Pinto] y a otros caballeros portugueses,
que estaban en la misma duda: finalmente, confirmó Su Majestad el parecer
de los Oídores, en que luego se tratase de enviar Obispo que fuese
Inquisidor, a quien se le cometen todos los negocios de los indios, sobre que
despaché ya dos cartas del Rey para el Pontífice, en que le pide erija en
Obispado aquella Abadía: y esta respuesta espero.
Ahora envío otra Cédula a Cartagena pora vías de la Inquisición, como a
Tribunal a quien el Rey ha cometido los negocios de los indios, para que allí
sean castigados por el Tribunal los portugueses que por el río Marañon
llevan indios a vender, como llevan a Buenos Aires negros; y los venden en
la gobernación de Caracas, Venezuela, Islas de la Trinidad, Margarita,
Cumaná, Río de la Hacha, Santa Marta, Isla de Santo Domingo, y en la
misma ciudad de Cartagena, para adonde se despachan por el Santo
Tribunal recados apretadísimos, para que se les dé a todos libertad, y se
impida con graves castigos el llevar indios a dichas u otras partes, etc. Con
que entiendo que se remediar mucho de lo que se hace contra los pobres
indios.
...si convendría imprimir algún Arte, y cual, para facilitar el aprendizaje de
la lengua india. Y resolvió que el Procurador llevase a Castilla el Arte guaraní
y el Breve Catecismo de los misterios de la fe y un Diccionario de la misma
lengua, tan pronto como estuvieran acabados de hacer por algún Padre
entendido, a quien lo había de encargar el Padre Provincial. Y queriendo el
Secretario ponerlos en mi nombre, le dije que los pusiese en nombre del P.
Francisco Díaz [Taño], haciéndome a mí [mismo] agravio, de poder con
ellos volverme a costa del Rey, por haber gastado en las imprentas de los
libros de la lengua más de mil y quinientos pesos; y las Misiones me dieron
mil para mi venida y vuelta y gastos que he hecho en estos negocios.
A los tres meses que estuve en esta Corte, pidió el señor otro tanto y se
vayan matriculan Conde de Castrillo [Presidente del Consejo de Indias
confesor para sus dos hijas y criadas, que tiene muchas, porque la Condesa
no quiere que el P. Juan Vázquez, conocido mucho de V.R. y Padre muy
grave, las confesase. El Padre Rector y Padre Ministro, y el mismo Padre
253
Juan Vázquez, me pidieron acudiese en esto, y puramente por la obediencia
lo acepté. Los sábados acudo a confesarlas y comulgarlas
131
. No me han
impedido esta ocupación ni la impresión a que acuda al negocio principal, de
que es testigo todo este Colegio; y Gerónimo Garavito, y otros conocidos, y
el Gobernador del Paraguay
132
son muy buenos testigos de vista. Antes en
este Colegio se han espantado de que a la sorda, y sin la ayuda de los de
casa, me haya bandeado
133
.
El señor Don Juan de Palafox, con ser electo y publicado Obispo de la
Puebla de los Angeles, y hasta ahora Oidor de Indias, me pidió escribiese
algo de esa Provincia [del Paraguay]. En casa [en la casa profesa] se leía
entonces el Anua, edificados todos de la materia, pero ofendidos del estilo,
pues como se hizo por el camino, no salió con el estilo que para casa
profesa. Los Padres graves me pidieron que la imprimiese: que fueron, el
Padre Agustín de Castro, predicador famoso del Rey, el cual me dijo que si
se imprimiese tendrían los seglares estima de nuestra Compañía, la cual por
acá se iba perdiendo con el fervor, y que sería bueno dar la impresa al Rey.
El Padre Provincial me lo dijo; el Padre Eusebio [Nieremberg], Padre
Andres de Montoya, Padre Aguado Padre [Luis de la] Palma, y, finalmente,
toda esta casa, así Padres como Hermanos. Y excusándome de mi corto
estilo, me aconsejaron lo encomendase al Padre Eusebio. Diéronme batería
muchos días sobre ello; y hablo verdad, como es razón en lo que digo. El P.
Eusebio se excusó con un Catecismo que hace. Otros dos Padres, que
dicen tienen buen estilo, se excusaron con sus sermones .
Finalmente, yo me excusé con mi enfermedad y poca vista para escribir,
pero ofreciéronme un escribiente pagado, con el cual puse el libro que envio
a V.R., o por mejor decir, dos cuerpos en uno, uno dedicado al Rey, y otro a
mi bien hecho, el Marqués de Monesterio. Pedí licencia al P. Rector de este
Colegio para imprimirlo (si bien el P. Poza trató de imprimirlo sin ella),
porque me gustó muchísimo a que lo imprimiese. El Padre Rector remitió su
examen al Padre Eusebio, Padre Agustín de Castro y Padre Andrés
Montoya, los cuales dieron sus aprobaciones, con que acudí al Ordinario, el
cual dio grata licencia. El Consejo me pidió lic-."
69. CARTA AO PADRE PEREYRA.
131
Comulgarlas: Por este motivo las casas de los Padres se llamaban Parroquias.(Cfr: HERNANDEZ
Pablo, Un Misionero jesuita del Paraguay en la Corte de Felipe IV, en: Razón y Fe, nº33, Madrid,
1912.)
132
En 1640 Don Pedro de LUGO era el Gobernador del ParaguayErro! Indicador não definido.
133
Bandeado: expedido o desempañado en el asunto.
254
Impressão: HERNANDEZ, Pablo, Sumário Histórico espanhol, 16,pp.223-
224.
Edição: Edita-se o texto transcrito no Sumário Histórico espanhol, 16,
pp.223-224, com ortografia atualizada e notas.
Destinatário: O Padre [Cristóbal] Pereyra.
Data: Madrid, 15 de janeiro de 1642.
Bibliografia: STORNI, Montoya, n§94 de p.434.
TEXTO
"Poco ha que murió la marquesa de Povar, de repente y sin confesión;
hacía tres dias que murió su vecina, la de Hinojosa, en seis días; era la más
hermosa de la corte, de 25 años y de ayer acá grande y muy rica: ayer
murió el confesor de la Reina; murió Zambrana, oidor del Consejo real y de
pocos dias a esta parte son cinco los de este Consejo que han muerto.
Habrá cuatro días que están los consejeros del de Indias sin consejo;
murióse allí Mena, el oidor, quedaron espantados los consejeros; salieron
pidiendo confesión aprisa; acudieron frailes de varias religiones y clérigos;
ganóle por la mano un mercenario que medio le absolvió.
Esta noche murió otro, Francisco Pereyra Pinto; sintió que se moría, dio
voces, acudieron los criados; pero cuando llegaron, ya era muerto.
Cuento gracioso.
Un pascuate de un labrador, que en la opinión del vulgo tenía 200.000
ducados, tuvo tres hijas y un hijo varón; el pobre quiso dejar a su hijo toda
su hacienda, y para eso hizo cortar a sus tres hijas hábitos de monjas del
convento que a él le pareció, y la noche antes, bien descuidadas ellas, les
dijo que el d¡a siguiente en amaneciendo estuviesen prontas para ir con él;
cargó con ellas y las metió en un monasterio. Profesan las dos de mala
gana; la otra ratifica sus votos a pocos días. De allí a poco pidió el hijo que
quería ser religioso descalzo, insistió el padre que no lo había de ser; pagó
Dios este buen intento al mozo, porque se lo llevó muy bien dispuesto.
El pobre padre vino de sus haciendas aquí en una albarada
134
, y por
traer poca ropa, con estos frios y nieves, se llenó el vientre de viento y llamó
al P. Castrillo, procurador de esta casa que realmente había sospecha, y le
dijo si le quería dar alguna capilla de la iglesia nueva; pero el otro, ni eso ni
morir se pensaba, deshauciáronle los médicos, y el padre instó en que
hiciese testamento, pero no le dejó nada al P. Castillo, antes le dejó a deber
unos pellejos y cosas de botica, porque este pobre ni un real trajo consigo.
Dejó a su mujer los frutos de sus haciendas por toda su vida, a sus hijas las
mojas dejó por herederas, y declaró que las había metido por fuerza monjas,
134
Albarda: arma ofensiva, especie de lanza.
255
y a cada item del testamento decía que si Dios le daba vida, no pasaba por
aquello, y como no pensaba morirse se tiene por cierto dejó de declarar
donde dejaba su plata, que había entrado en su poder en muchos años."
Madrid y Enero 15 de 1642.
Padre Antonio Ruiz, de la Compañía
135
70. CARTA PARA O IRMÃO DIEGO DE CHAVE.
Texto: Original na Biblioteca Nacional de Rio de Janeiro, 1-29-1-106.
Impressão: CORTESÃO MCA 2. pp.68-70.
Edição: Edita-se o texto que transcreve Jaime CORTESÃO com ortografia
atualizada e notas.
Destinatário: O Irmão Diego de CHAVE.
Data: Lima, 17 de novembro de 1645.
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº108 de p.435,; FURLONG, Montoya,
nº39 de p.135,; CARDOZO 1, nº30 de p.250.
TEXTO
CARTA DEL PADRE ANTONIO RUIZ [DE] MONTOYA AL HERMANO
DIEGO DE CHAVE SOBRE EL MARTIRIO DEL PADRE PEDRO ROMERO
Y DEL HERMANO MATEUS.
"Hermano Diego de[l] Chave.
JHS.
Pax Xpi etc.
Hermano mío amantísimo con notable consuelo recibí y leí su carta que
me escribió desde Panamá, porque me quitó los recelos que tenía de su
poca salud según supe de cartas que se escribieron a otros de este Colegio ,
y escribieron que sin duda se volvería, y aunque me daba pena su poca
135
Siguen a esta carta en el cuaderno de apuntes del P. Pereyra una relación de la muerte del marqu‚s
de Zahara, hijo del duque de Arcos, ocurrida el 26 de Enero de este año de 1642. 2º Capitulaciones
entre Cataluña y Francia que se han mandado imprimir por todas las ciudades y villas del Principado.
3º Copia del papel que en 24 de Diciembre de 1641 el Conde-Duque escribió al señor conde de
Medellín duque de Camiña, y por último el romance intitulado: Consejo de los Gatos. (Cfr: Memorial
Histórico Español, 16 (1862) p.224).
256
salud el pensar le había de volver a ver me daba harto consuelo porque
aunque mis negozuelos me daban cuidado que con su solicitud se
concluirían con todo eso el consuelo de volver a verles los posponía. Al fin le
dio Nuestro Señor salud para emplearla en servicio de la Provincia y espero
en el mismo Señor se la dará muy interna en tan buen empleo.
Los trabajos que el Señor Obispo nos ha dado han sido muy pesados
pero ya con su mudanza se acabaran. Va a Popayan pero entiendo que no
llegará. El Obispo que nos han dado es el más a propósito que poderíamos
escoger y es aquel clérigo que vive junto a las monjas descalzas donde
acudí a decir mi dicho para la beatificación de la madre Gerónima de San
Francisco y el que recibía la información es este Señor Obispo llamado Don
Francisco de Godoy muy amigo de la Compañía y ya con mucho gusto por
ayudarnos y emplearse en servir a Dios convertiendo aquella gente.
Tenemos dos mártires nuevos el Padre Pedro Romero mi connovicio, mi
condiscípulo, mi compañero y mi deudo cercano. Dióle Dios lo que a mi me
ha negado tantas veces por mi indignidad. Matáronle en los Itatines
conquista nueva que empecé antes de ir a España donde hay tres
reducciones y el Padre empezó otra y estando doctrinando la gente vinieron
de la tierra adentro otros gentiles y le mataron cortándole los dedos de las
manos y sacándole la lengua porque predicaba y finalmente le abrieron por
medio y le hicieron pedazos.
El otro fue el Hermano Mateo que yo puse allí de muchas habilidades,
herrero, zapatero, sillero y no había oficio a que no se aplicaba con
perfección. Ayudó a nuestros Padres incansablemente con rara edificación y
al fin le concedió el Señor la corona de Mártir. No han enviado la relación de
su muerte ni del Padre más de lo dicho.
Ahora espero dará gran fruto aquella tierra nueva regada ya con sangre
de estos siervos de Dios. Las demás reducciones perseveran con muchos
aumentos, así me lo escriben y aunque desean mucho verme por allá, deseo
yo más verlos y morir entre ellos porque deseo que mis huesos resuciten en
medio de los suyos, si no es que me cabe dicha, que me coman perro en
demanda de la conversión de Gentiles. A mi Padre Eusebio escribí muy
largo y no he tenido respuesta. No la merezco, pero consolaráme de saber
si ha recibido algunas m¡as.
Al Padre Juan Pastor escribo sobre los mil pasos de la Señora Doña
Juana que no tengo otro cuidado en esta vida, mi hijo no se olvide. La resta
remitiré en libranza.
La Señora Doña Juana me escribe, tiene una cuenta que Fr. Matías dio a
Juana a mi pedimiento de los millones. Estimaré mucho la traiga mi hermano
y sepa si es original y las indulgencias que tiene. Ruégole dé mis saludos a
todos los conocidos, ahora no puedo escribir a nadie porque este aviso va
muy a la sorda y brevísimamente y también dudo de su seguridad y tengo el
brazo derecho lastimado y me hallo p... con los emplastos que me han
puesto. Y así escribo con trabajo porque se me cansa fácilmente. No se
olvide de mi memoria.
Mi santuario de Loreto se quemó todo y harto hicieron en escapar la
santa Imagen. Ando buscando con que vestir sus altares que quedaron
desnudos. Si se hubiere vendido el retablo que quedó en Sevilla traiga todas
y procure un organito pequeño para la reducción de San Ignacio que el de
257
Loreto ya me escribe el Padre Fabian López que viene ahora con el del
Paraguay y sepa lo que costó el uno y el otro para mis cuentas. Y haga buen
procurador de las misiones.
Ormaeche se enfadó y aunque le recibían ya aunque no había aviso de
Roma, no quiso sino irse a Potosí fue dos días con el Padre Refolio que va
por Rector de Potosí. Témole mucho porque su condición es muy
ocasionada, yo le aconsejé‚ se quedase y sirviese a Dios y asegurase su
salvación. Es duro y cabezudo, allá va y lleva consigo sus mañas que ir
acrecentando cada día, y entendió que le ha de suceder algún grave trabajo.
Mi hermano no tengo más de que avisarle. Ruego al Señor me le deje ver
presto y con feliz viaje como lo suplicó a Nuestro Señor en mis sacrificios.
Ruégole no se olvide de este su compañero antiguo en sus oraciones en que
mucho me encomiendo. Lima, noviembre 17 de 1645. Al Hermano Juan su
antiguo amigo dé mis saludos y a todos."
Antonio Ruiz [de Montoya]
71. CARTA AO PADRE PEDRO COMENTALErro! Indicador não definido..
Impressão: FURLONG, Montoya. pp.157-158.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. Guillermo FURLONG com
ortografia atualizada e notas.
Destinatário: O Padre Pedro Comental.
Data: Lima, 16 de dezembro de 1645.
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº112 de p.435.
TEXTO
"Padre Pedro Comental
Pax Christi
Dios de V.R. y respuesta de las mías acabo de recibir, la una de
258
septiembre de l644 y otra de enero de l645. Con harta ternura de mi
corazón, y aún de los ojos, las leí, como consuelo oportuno a un desterrado.
Bien conocida tengo su voluntad de V.R. bien libre de lisonjas y así las
estimo a subido precio. Ha me destinado Nuestro Señor para remedio de los
males que V.R. me escribe, de que el Padre Provincial habrá ya avisado, y
me tiene ordenado que no me menee de aquí hasta que se dé fin al
negocio. Ya está en estado que me parece podré salir después de
Cuaresma.
Padre mío, buen Dios tenemos que si permite la llaga dá el remedio.
Ríome de la hambre que V.R. dice padecen mis hijos, mayor la hay en
España y dudo me crean Vuestras reverencias de lo que de ella les diré. Es
cosa increíble, pero soy testigo de vista de las casas de los Duques y
Condes y aún de la del Rey.
Esos [indios] sí son Reyes, y vuestras Reverancias lo son en medio de
esa pobreza; multa habeo vobis dicere quae non potestis portare modo.
Yo mi Padre, dí mi compañero al Padre Juan Pastor, porque el que trajo
no era a propósito y se queda acá, y así soy sólo y con el brazo derecho
impedido. Yo no hago remedios, porque lo dejo a Dios, y, por esta causa, no
escribo a V.R. más largo y lo hago en esta marca de papel por ahorrar
portes que son grandes, y porque mis Padres, como apostólicos misioneros
y estimadores de la pobreza, holgaron de mi cortedad. Los libros de la
Lengua que V.R. pide los daré a V.R. con mucho gusto, que, aunque no
sirvan más que para el negocio de su conquista por cartones serán de
testimonio de mi amor; y fue ventura haber dejado en Madrid la mitad de los
dos mil y cuatrocientos cuerpos que imprimí, porque la otra mitad con todo lo
que tenía, lo envié a Lisboa, donde queda todo sin haber podido sacarlo, y
así vengo de la misma manera que si me hubiesen robado holandeses,
padeciendo las necesidades del que, perdida la não, escapa a nado y
gracias a Dios que escapé con la vida, porque si me cogiera el alzamiento
en Lisboa, sin duda me la quitaron por lo que obré en la Corte contra
portugueses. A la vista oirá V.R. mis tragedias, que son tales que no sé
cómo estoy vivo.
A Tucuyaguarí y a Juan Cumbá, con todos los demás mis hijos, sírvase
V.R. dar mis saludos, y V.R. no se olvide de éste su indigno siervo, en sus
sacrificios y oraciones, en que mucho me encomiendo. Lima, Diciembre 16
de 1645."
Antonio Ruiz [de Montoya]
259
72. CARTA PARA O PROVINCIAL.
Impressão: JARQUE 4, pp.149-150; 152-155; 192-193.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. Francisco JARQUE com ortografia
atualizada.
Destinatário: O Superior da Província Jesuítica do Paraguai Padre Juan
PASTOR.
Data: Lima, 29 de março de 1652.
Bibliografia: STORNI, Montoya, n§124 de pp.435.
TEXTO
"Cuanto a lo que V.R. me pregunta de mi libro, digo, que una persona
muy enamorada de Dios, y deseosa de servirle, me consultó el modo que
tenía de presencia de Dios, que era un perpetuo quebradero de cabeza.
Conocí que iba errada y que todo era perdimiento de tiempo con poco fruto.
Enseñéle otro modo más suave y fácil, y ese es el argumento del libro.
Pidióme esta persona le diese unos ejercicios de oración y devoción para
crecer en virtud.
Díselos y dejélo bien instruído. Rogóme más, que ya que volvía a esa
provincia, le dejase algunos saludables dre, que es mucha. Dí al padre
documentos para el mismo fin.
Hallábame entonces en una chácara bien retirada, donde no faltaba que
hacer en doctrinar a los indios y negros y en decir misa y sacramentar a los
hermanos. Desde aquí se acudió, no sin algún trabajo, a solicitar los
negocios.
Pensé escribir algún pliego de papel de estos puntos; pero hallándome
con la pluma en la mano y con el espíritu delante del Santísimo Sacramento
de la iglesia del Callao, que dista de la chácara dos leguas, pidiendo a
Nuestro Señor luz para acertar, se me ofrecieron algunos opúsculos,
enderezados a entablar su divina presencia, no ya fundada en fuerza de
imaginación o consideraciones, sino en un acto de viva fe.
A este librito llamé Silex del divino amor, dedicado a la imcomprensible
Majestad de Dios Trino y Uno, criador del Universo.
Proseguí y acabé la obrilla con algún provecho mío; pero como yo soy la
misma ignorancia en abstracto y concreto, antes de entragarla a la persona
que me la pidió, la dí al P. Francisco de Contreras, y otros maestros de
Teología, para que con toda llaneza me dijesen su sentir y enmendasen los
yerros que había en ella.
260
Dijéronme que en todo caso tratase de darla a la estampa, que sería muy
fructuosa para los que tratan almas. Instóme mucho el P. Contreras, y se
ofreció alcanzar la licencia de nuestro Padre general sin la cual ningún libro
en la Compañía puede salir a luz.
Repliquéle que no tenía con que hacer la costa.
-Conste V.R., dijo, que Dios es rico, y le dará con que.
Fuime a mi celda confuso, porque ni primer ofrecimiento había tenido de
que fuese obra digna de salir a tanta luz.
Estándolo tratando con Nuestro Señor entró en mi celda el criado de un
clérigo santo que aquí vive, diciendo que su amo me enviaba aquellos dos
mil pesos para la impresión de aquel libro, y que daría más si más fuese
necesario.
Quedé maravillado, porque de esta materia solamente había hablado
hasta entonces con la persona para quien lo escribí, con el Padre Francisco
de Contreras y P. Francisco de Soria, catedrático de prima.
El primero escribió sobre la licencia a nuestro Padre luego muestra de su
furor por mi general, y respondió que acá se mirase, y que si pareciese bien
la daba con mucho gusto. Aquí no se puede imprimir por las láminas que se
han de hacer. Algunas personas se han aprovechado de los traslados. Uno
se remitió a Sevilla y la plata para el gasto de la impresión. Con que he
respondido y satisfecho a la carta de V.R."
Mi Padre Provincial,V.R. no tenma, que el Señor está con nosotros.
Quoniam a dextrix est mihi ne commocear. Tengo certísimas esperanzas de
que habemos de salir con gloriosa victoria, porque como Dios es verdad
esencialmente, fuerza es que para volver por sí, vuelva por ella.
El día en que tuve con el señor virrey aquella conferencia que escribí en
otra, vuelto de palacio me acogí a decir misa. En la epístola se me inquietó
el espíritu, y abstraída la mente ví esa provincia santa muy en lo íntimo del
corazón de Dios.
Seamos nosotros los que debemos y dejemos obrar a Su Majestad, que
él nos sacará libres de estas tempestades, muévalas quien quisiere, aunque
conjure contra nosotros todo el poder del mundo y del infierno."
73. CARTA AO PROVINCIAL PADRE.
Impressão: JARQUE 4, pp.139-141.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. Francisco JARQUE com ortografia
atualizada.
Destinatário: O Superior da Província Jesuitica do Paraguai Padre Juan
PASTOR.
Data: Lima, 1652.
261
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº127 de p.436.
TEXTO
"Hé le respondido siempre que Dios me llamó para esa provincia, y que
por ningún interés temporal ni espiritual lo dejar‚ por mi voluntad; porque no
quiero que me diga Dios lo que a nuestro padre Adan: Adam ubi es? Que si
mis superiores me lo mandan obedecer‚ a Dios y tendré esperanza de buen
suceso; pero por mi gusto nunca lo esperar‚ bueno.
Díceme que escribió a nuestro Padre General y que ahora escribe a V.R.
A quien suplico considere que aunque a esa provincia le estará muy bien
descartarse de un sujeto tan inútil como yo, Dios me llevó a ella con
significaciones muy ciertas de su voluntad. Y aunque mi capacidad no se
estire a más que a servir en una cocina, podré suplir la falta de un hermano;
y en ese puesto estaré más contento que si me hiciesen señor de cuanto
Dios ha criado. Porque ahí tendré de mi parte al Criador, tanto más
seguramente cuanto tuviere apartado el corazón de las criaturas, de las
cuales cuando más han pretendido encandilarme con sus resplandores, más
he huído a la luz y claridad del desengaño.
Llégase a esto que este señor obispo ha casado una sobrina suya con un
sobrino mío, que es el que más le aplaude los intentos que tiene de llevarme
consigo. Y si en la mocedad hice tantas diligencisa para huir de mí mismo,
no será bien que en la vejez quiera unir conmigo la carne ya cortada, cuyos
inconvenientes son innumerables, y a mi me basta uno sólo, que es la
pérdida de la paz interior, por solo verse uno libre de los deudos, es bien huir
del mundo.
Aquí me veo rodeado de parientes en Arequipa y Cuzco, y aunque tienen
que comer, si me tienen por acá querrán comer más a costa de mi quietud. Y
así deseo verme allende de esos ríos, donde se mojen las cartas y mi
memoria no se inficione. Y si V.R. con la plenitud de su potestad no me
manda lo contrario, ir‚ prosiguiendo mi camino a esa provincia que amo y
estimo como madre, y ni Rey ni Roque me sacarán de este centro."
74. CARTA AO PADRE DIEGO DE BOROAErro! Indicador não definido..
Impressão: JARQUE 4, pp. 141-142.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. Francisco JARQUE com ortografia
atualizada.
Destinatário: O Padre Diego de BOROA.
Data: Lima, 1652.
262
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº128 de p.436.
TEXTO
"Certifico a V.R. que con verguenza acudo a palacio y tribunales, a
palacio y tribunales, aunque hallo en todos demasía en los agasajos y
favores, todos me hacen muchas honras, pero como no las he menester ni
las apetezco, me enfadan. Y así le dije al señor Virrey estos días que uno
tras otro fue necesario hablarle acerca de las reducciones, que muy
violentamente entraba en palacio.
Preguntóme:
-¿Por qué?
Respondíle:
"Señor excelentísimo, tan bien parece un religioso en su celda como un
prícipe en su trono haciendo justicia; y aquel parece muy mal en los palacios
y casas de los señores, cuando a empellones no lo mete en ellos la mayor
gloria de dios o la caridad y celo del bien común.
Edificóse y díjome que todos los días quisiera que le fuese a ver; y que si
no se lo estorbaran sus ocupaciones, muchas veces viniera a buscarme en
mi celda.
Mucho deseo, Padre mío, un buen retiro, donde pueda servir en algo a la
religión, sin tantos embarazos; y por horas espero el orden del Padre
Provincial para volverme a esa mi provincia."
75. CARTA AO PROVINCIAL PADRE JUAN PASTOR.
Impressão: JARQUE 4, pp.209-210.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. Francisco JARQUE com ortografia
atualizada.
Destinatário: O Superior da Província Jesuítica do Paraguai Padre Juan
PASTOR.
Data: Lima, 1652.
TEXTO
"Cuanto a las cosas que V.R. dice tengo por allá, digo, mi Padre, que yo
no tengo en esta vida cosa alguna, porque deseo vivir no en lugar; y donde;
263
no hay lugar no hay cosas que lo ocupen, y así la obediencia es dueña de
todo, porque el cuidado que tengo es del ajustamiento de mis cuentas con
Dios, de donde sale el aborrecimiento que tengo al dinero., Y quisiera estar
donde sembrara coles para mi sustento, por no ver en mi poder dineros para
comprarlas."
76. CARTA AO PADRE DIEGO DE BOROA.
Impressão: JARQUE 4, pp.216-217.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo Padre Francisco JARQUE com
ortografia atualizada.
Destinatário: O Padre Diego de Boroa.
Data: Lima, 1652.
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº129 de p.436.
TEXTO
"Cuanto a mi ida a Europa, digo que soy un escarabajo, pero quisiera que
mis superiores me entendiesen que yo ni tengo ni jamás he tenido, desde
que entré en la Compañía, propia voluntad, Y que después que estoy en
ella, nunca he buscado: Quae mea sunté antes he inclinado siempre a
abrazar con toda mi estimación lo que otros desprecian, y me ha ido muy
bien. Ni quiero ir a España ni volver a esa mi provincia, ni quedar en Lima,
porque me hallo con la disposición de un jumento, que a cualquiera que le
tira del cabestro sigue. Yo no vivo en lugar, sino en quien no lo ocupa,
llenándolo todo con su inmensidad porque lo que busco lo hallaré, así en el
palacio del rey como en la cocina del colegio de Santa Fé .
Con esta disposición de mi ánimo he pasado tan penosos viajes y
temples tan opuestos a mi salud, con tanto consuelo, que los días me han
parecido cortos, las jornadas breves y el comer de veinticuatro en
veinticuatro horas un pedazo de pan y que solo he tenido por mucho regalo.
Lo que mi afecto con todas sus ansias desea es servir en una cocina,
olvidado de los hombres y sin correspondencias del mundo; y si esto no
consigo, llévolo con toda resignación de mi voluntad, porque todo se
endereza a cumplir la de Dios y a servir a esa santa provincia."
264
77. CARTA A UM JESUÍTA.
Impressão: JARQUE 4. p.p.145-146.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo Padre Francisco JARQUE com
ortografia atualizada.
Destinatário: Um sacerdote que o Padre Antônio comunicava muito e
estimava por sua grande virtude.
Data: 1652 (?).
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº131 de p.436.
TEXTO
"Su papel que v.m. recibí con harto consuelo, y me huelgo v.m. lo tenga
en su alma que no puede haber otro más apetecible. Yo nunca me olvido de
v.m. en mis sacrificios y oraciones. Y en el punto de la mudanza digo que
v.m. no lo haga por ningún caso, que le importa mucho no hacerla. Esto le
digo en nombre de Nuestro Señor."
78. CARTA PARA O P. O JUAN DE HORNOS.
Impressão: JARQUE 2, pp.271-272.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo Padre Francisco JARQUE com
ortografia atualizada.
Destinatário: O Padre Juan de HORNOS.
Data: 1652 (?).
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº133 de p.436.
TEXTO
"¡Ah, padre mío! quien se derritiese todo en el amor de Cristo ya que las
espinas de su sacratísima cabeza las fijase todas en su corazón, y con las
gotas de su preciosa sangre hermosease su alma, y con íntima atención
265
cuidase de solo esto y no se mezclase en otras cosas que arrebatan y
divierten el pensamiento y privan al alma de estos divinos abrazos, & per
consequens, de una vida celestial y divina. ¡Oh, Dios de mi corazón, si como
lo conozco lo apeteciera y como lo apetezco lo gozara, y como lo gozo
perseverara en este sumo bien!"
79. CARTA AO PADRE DIEGO DE BOROAErro! Indicador não definido..
Impressão: JARQUE 4, pp.131-132.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. Francisco JARQUE com ortografia
atualizada.
Destinatário: O Padre Diego de BOROA.
Data: Lima, 1649 (?).
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº121 de p.435.
TEXTO
"¿Ad quid haec? ¿A mí por ventura? ¨Quién no conocerá que no? A esa
provincia, a esos siervos del Señor, al consuelo de esos trabajos tan sin
medida, encamina el remedio Su Majestad, bien que se vale de la piedra en
mano de un pastorcillo y de una vara seca en la de Moisen. Veo que si el
padre de las Misericordias y Dios de toda consolación no me hubiera dado
tanto cabimiento con estos señores, estuviera ya esa provincia deshecha y
desterrada de todo Paraguay, porque en solos dos días intermedios de
correo a correo se negoció, lo que para conseguir requería meses enteros y
mucho dinero.
Y lo más es, que sin haber exhibido papel auténtico de nuestra parte, más
que los que contrarios enviaron con ellos mismos informé de nuestra justicia.
Y de este informe resultaron los despachos que van tan favorables.
Esto ha causado no pequeña admiración a los domésticos.
Así lo acostumbra hacer Nuestro Señor: Mortifica y vivifica, y así lo ha
hecho en esta ocasión, con que los émulos de la Compañía quedaron bien
humillados, ya que no arrepentidos de lo que ciegos de furor hicieron."
266
O próximo Capítulo V inclue os documentos escritos pelo P. Montoya,
transcritos ao castelhano com atualiçâo dos términos antigos, sistematizados
como Memoriais: elhes constituían presentaçoes per ante o Rey com
assuntos de muita importancia, os cuais seríam considerados pelo monarca
y pelo Conselho Supremo das Indias. Foron pres entados pesoalmente pelo
P. Montoya ao Rey Felipe IV com copias impresas com a finalidade de ser
distribuídas a os miembros da Junta que trataría o assunto. Documentos Nº
79 al 89.
267
__________________
CAPÍTULO V
268
MEMORIAIS
80. MEMORIAL AO REI.
DENÚNCIA OS ATAQUES DO PORTUGUÊSES E REQUERE A
LIBERDADE DOS ÍNDIOS.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia de Jesus, Roma. ARSI,
Paraq. 11 133-134v.
Impressão:
Edição: O texto original de ARSI é publicado com ortografia atualizada e
notas explicativas de termos antigos.
Destinatário: O Rei da Espanha.
Data: 1639.
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº75 de p.432,; CARDOZO I, pág. 244 nº1;
FURLONG, Montoya, nº27 de p.109.
Autores: LECLERC, Nº1867,; URIARTE 3, pág. 374, Nº4309,; MORAES 2,
pp. 79-81; PASTELLS 2, pág. 77,; MEDINA VI, Nº 6843,; SOMMERVOGELL
VII, pág. 320.
TEXTO
MEMORIAL AL REY
136
"Señor.
ANTONIO Ruiz de Montoya de la Compañía de Jesús, y su Procurador
General de la Provincia del Paraguay, dice: Que estando prohibido por
cédulas y órdenes Reales, so graves penas, que los Portugueses del Brasil
no puedan entrar en la dicha Provincia, por muchos inconvenientes que de
ello resultan, y en particular por las invasiones, que hacen, cautivando y
136
Según Efraín CARDOZO, este Memorial consta de 2 ffsn., sl.sa. único ejemplar conocido en el
Museo Británico. El primero en mencionarlo y describirlo fue Leclerc, quien yerra suponiéndo lo
impreso entre 1610 y 1620. Medina lo ubica en 1639, año de publicación de las primeras obras. En
este Memorial el Padre Ruiz de Montoya denuncia los ataques portugueses contra las misiones del
Guayr y dice presentar un mapa de la tierra donde figura la demarcación de límites. (Cfr: CARDOZO
1, p.244 nº1)
Los bibliógrafos, al parecer, no consultaron el texto de este Memorial que se encuentra en el Archivo
General de la Compañía de Jesús, por esto tal vez, Backer no se atreve a atribuir su autoría al Padre
Montoya.
269
llevándose los indios, para venderlos, y servirse de ellos, en los ingenios de
azúcar, por serles de más comodidad, que los esclavos, dádose en dichas
cédulas libertad a todos los indios, que así se hubiesen llevado, los vecinos
de San Pablo (lugar de señorío del dicho Brasil) y de San Vicente, y otros
confinantes con la dicha Provincia: pospuesto el temor de Dios, y en
contravención de los dichos mandatos Reales, no solamente han continuado
y continúan haciendo entradas, cautivando los indios infieles que hallaban en
los montes, como antes hacían, pero se han atrevido, de algunos años a
esta parte, a entrar con hostilidad, y mano armada (llevando armados
consigo muchos indios de dicho Brasil, que llaman Tupis) en las reducciones
de los indios cristianos del dicho Paraguay (que por medio de la Doctrina
Evangélica en muchos años, y con inmensos trabajos de los religiosos, y en
particular de los de la Compañía se habían poblado) llevándos e los pueblos
enteros: a que este suplicante, con muy pocos compañeros, los habían
agregado, de treinta años a esta parte, que entraron a reducirlos, a nuestra
santa Fe, recibiéndola con mucho afecto, y haciéndose cada día muchos
progresos en la virtud, aprendiendo oficios, para vivir en comunidad,
dándose a la música e instrumentos musicales, con que se celebraban las
misas con mucho culto y decencia en ese tiempo formaron trece poblaciones
de más de mil y de dos mil vecinos, que pasados los diez años de su
reducción, vinieran a pagar a V.M. el tributo, según su Real mandato. Y que
el principal autor de estos daños ha sido, y es, Antonio Raposo de Tavares,
vecino de la villa de San Pablo, que usurpando el título de Capitán, con
ejército formado, entró por las dichas reducciones en forma de guerra,
matando indios, sin perdonar las mujeres, ni los niños, con fin de hacerse
formidable de aquella desnuda gente, para que fácilmente se le entregasen,
y poderlos llevar a ceder sus tierras, quemando y profanando los templos,
arrastrando las vestiduras sacerdotales, derramando los santos Oleos y
haciendo otras mil atrocidades, publicando contras los Sacerdotes de la
Compañía, que eran foragidos, y que, por no caber en el mundo, se iban a
las tierras, y que era falsa la doctrina que enseñaban, y la suya, de ellos,
buena, convidndoles a que pudiesen tener las mujeres, que quisiesen, con
otras muchas abominaciones. Con los cuales medios y violencia destruyó las
once reducciones, que eran muy lucidas, desterrando de ellas el Santísimo
Sacramento, llevando a sus moradores cautivos, y a sus caudillos
aherrojados
137
, con colleras
138
, y cadenas, quedando solamente las otras
dos reducciones, que se pudieron en este tiempo mudar a parte segura. Con
lo cual quedaron asoladas tres Provincias de indios y tres ciudades de
españoles, que eran Xerez, Ciudad Real y Villa Rica, debelándolas
139
hostilmente, llevándose consigo parte de los españoles y un clérigo, que
actualmente era Cura.
Y habiéndose hecho información de los dichos excesos y enviado los
Padres de la Compañía de Jesús de aquella Provincia, uno de ellos a
representarlo a V.M. para que mandase poner el remedio conveniente que
con santo celo, indignado de ello, mandó se hiciese junta particular, que
137
Aherrojados: con prisiones de hierro, oprimidos, subyugados.
138
Colleras: collar de cuero que se pone a caballerías y bueyes.
139
Debelándolas: rindiéndolas con las armas.
270
hasta ahora no ha tenido efecto, y con la dilación, el dicho Antonio Raposo
[Tavares] ha continuado sus excesos, con nuevo atrevimiento: pues por
Setiembre de 1636, alzando bandera y voz de Capitán, salió de la dicha villa
de San Pablo con 150 arcabuceros y 1500 indios de su facción y entró por la
jurisdicción del Puerto de Buenos Aires (que es la demarcación de Castilla) y
con mano armada y al son de cajas y orden de guerra, llegó a la, el día de
San Francisco Javier, con ánimo de coger la gente descuidada, con la
celebración de aquel día, que con el aviso que tuvieron se habían recogido
en una empalizada, cerrando dentro la Iglesia, que la comenzaron a
cañonear, ultrajando de palabra a los religiosos, diciendo: matemos estos
perros Jesuítas, y así hirieron tres, de cuatro que había y habiendo tirado
más de cuatraocientos arcabuzazos, a uno que hacía mucha defensa (como
lo observaron los dichos agresores) solamente le hirieron en un brazo y
habiendo durado la pelea cosa de seis horas, defendiéndose los indios con
flechas y dos hermanos con sus escopetas, estando las mujeres y niños en
la Iglesia rezando las oraciones, pidiendo a Dios misericordia, procurando
los contrarios pegar fuego con flechas, que aunque las iban apagando, vino
últimamente a prenderse, lo que obligó a los cercados a abrir la palizada,
huyendo del incendio, pensando hallar menos daño en los hombres, pero no
les valió, porque acudiendo los contrarios al portillo, iban pasando a cuchillo
los que iban saliendo, sin perdonar las mujeres, ni los niños, que muchos de
los pechos de sus madres volaron al cielo: prendieron a los religiosos,
poniéndoles guardas y de industria al resistero
140
del sol, en medio de los
leños encendidos de la Iglesia ya quemada, tratándoles muy afrentosamente
y arrancándole niños que estaban asidos de sus cíngulos
141
para ampararse
de ellos, robándoles sus pobres halajas. Mataron 400 vacas, que tenían para
sustento de aquellas poblaciones, despedazaron los ornamentos y
derribaron el Altar mayor, en que aquel día se había celebrado misa y le
hicieron lugar inmundo a la misma Sacristía y después invadieron la
reducción de San Cristóbal en día del Nacimiento de Nuestro Señor
(procurando cogerlos en semejantes días, por hallarlos más desapercibidos)
y lo mismo hicieron en la reducción de Santa Ana, ejecutando en los pobres
indios, crueldades inauditas y convidándoles por otra parte con diabólicos
halagos, poniéndoles mujeres delante en presencia de los mismos religiosos
y finalmente recogieron de las dichas tres reducciones y de otras partes que
estaban para reducirse más de 40 almas en un corral empalizado y
habiéndolos contado, los repartieron entre los soldados, según la calidad de
cada uno y entre todos echaron derrama
142
, para la parte que había de
caber, a un religioso de cierta Orden que iba por cura de ellos, le cupieron
500 personas que llevó a su convento y asimismo dieron a un clérigo que iba
en su compañía buena cantidad de indios y con el mal tratamiento y
enceramiento, enfermó mucha gente y no pudiéndola llevar, les pegaron
fuego, en la misma empalizada y casas pajizas
143
que tenían y aunque
algunos enfermos procuraban escapar de las llamas, no les daban lugar
los indios tupis y así se quemaron vivos que el suplicante ayudó a enterrar,
140
Resistero: calor causado por la reverberación del sol, y el lugar en que se percibe.
141
Cíngulo: cordon que sirve para ceñirse el sacerdote el alba.
142
Derrama: repartimiento de una contribución, temporal o extraordinaria.
143
Pajizas: hechas o cubiertas de pajas.
271
porque se halló en aquella ocasión y viniendo a Río de Janeiro esperando
embarcación para España, vió entrar muchos barcos cargados de dichos
indios a vender y entre otras mercaderías que recibían eran barriles de
pólvora, previniéndose siempre de armas y quitándolas de la defensa de
aquella costa, para ir a cautivar los dichos indios, en que han puesto toda su
granjería y así salen cada año ha hacer las dichas correrías y no han de
parar hasta haber totalmente destruído aquella cristiandad, instigados del
demonio y hay aviso que este año ha vuelto otra vez a ejecutar las mismas
crueldades y traer más indios cautivos.
De los cuales, dichos excesos, se han seguido y siguen otros muchos y
graves daños, en deservicio
144
de Nuestro Señor y de V.M. y destrucción de
aquella provincia, el uno (que es el más grave), el descrédito de las cosas de
nuesta santa Fe, entre los indios, tiernos en ella, por verse cautivar, juntos
en comunidad, en mucho más número y con más facilidad después que los
religiosos los redujeron a poblaciones, que cuando andaban divididos por los
montes , pues esta última vez se han llevado, en pocos meses, más de
cuarenta mil personas, que no lo pudieran hacer, ni el diezmo, en mucho
más tiempo, cuando hacían las malocas por los montes, que los indios lo
podrán atribuir a estratagema nuestra, y el ver que los dichos vecinos de
San Pablo, llamándose cristianos, hagan los dichos insultos e
inhumanidades, de que podrán sentir mal del nombre cristianos, teniendo
por falsa la enseñanza que les hacen, como los mismos agresores lo dicen y
más con las profanaciones y sacrilegios que les han visto cometeré
mostrándose en sus acciones unos herejes y otros indios con mucha
adversión al cristianismo.
El otro daño, el haberse perdido los tributos que los indios habían de dar
a V.M. pasados los 10 años, desde el día de su bautismo, por los tratos de
diferentes géneros, que comenzaban a tener, sin que hubiera necesidad de
pagarse de las cajas de Buenos Aires y Potosí los gastos que hacen el
Obispo y Gobernador del Paraguay como ahora se pagan, pues de las
dichas provincias se sacará todo bastantemente.
Y otro daño (que es de ponderar) que como dicho lugar de San Pablo es
de señorío y gran parte de él está poblado de los bandidos y malhechores
de todo el Brasil y que muchos de ellos son cristianos nuevos, se han hecho
indómitos, sin conocer a la divina y humana Majestad, mostrándose
sospechosos en la Fé, en su proceder y en la comunicación con los herejes
de Holanda y que se puede temer les den entrada y abran el dicho camino
para las provincias del Perú con manifiesto peligro de ellas: mayormente
después que los dichos rebeldes han hecho pie en el dicho brasil.
El otro, que por el dicho camino que han abierto los de San Pablo,
muchos de ellos se han ido a vivir a Tucumán y a la Asunción, lugares del
dicho Paraguay, viviendo otros en Lima y en el Potosí y se puede temer
lleguen a la dicha villa, porque hay aviso del Gobernador del Paraguay, en
que dice, que los vecinos de San Pablo estaban 80 leguas de la nación
Chiriguana, con la cual si se confederasen (que lo podrán hacer fácilmente,
atrayéndoles con halagos y libertad de conciencias) ser fácil con su
intervención el apoderarse los holandeses de aquel reino todo lo cual
144
Deservicio: Deservicio: culpa que se comete contra alguno a quien hay obligación de servir.
272
requiere breve y eficaz remedio y el suplicante, habiéndose caminado más
de 1500 leguas, viene a postrarse a los pies de V.M. y a representar los
dichos daños y para demostración de lo que tiene referido trae un mapa que
ha hecho de toda aquella tierra y con éste presenta las informaciones que
hizo el dicho Gobernador del Paraguay y otras que se hicieron en Río de
Janeiro, en lengua portuguesa, por donde consta la verdad de su relación y
de muchas singularidades que agravan los dichos delitos, como fue cortarles
los brazos a los indios, para herirles con ellos otras muchas inhumanidades
excecrables.
Suplica humildemente a V.M. mande le junten con los demás papeles que
están presentados y que la Junta con vista de todo, trate de su remedio, sin
que se dilate más, y se tome la resolución más conveniente y porque se han
traído cantidad de dichos indios a la ciudad de Lisboa y vendidos, siendo
libres, se sirva de mandárseles dé libertad, y que lo mismo se haga con los
demás que se han vendido y están en el Río de Janeiro, San Pablo, San
Vicente y otras partes.
En cumplimiento de lo que está mandado por cédulas Reales: Que en ello
los religiosos, que cuidan de la doctrina de aquellos indios y en particular los
de la Compañía y los mismos indios, en cuyo nombre también viene el
suplicante, recibirán particular merced."
81. MEMORIAL AO REI.
DENÚNCIA AS OFENSAS DOS PORTUGUÊSES DE SÃO PAULO E
REQUERE A LIBERDADE DOS ÍNDIOS.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia de Jesús.Roma. ARSI.
Paraq. 11, 135-141.
Edição: O texto original é publicado com ortografia atualizada e notas
explicativas de termos antigos.
Destinatário: O Rei da Espanha.
Data: Madrid, 1639 (?).
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº76 de p.433,; CARDOZO 1, pág. 244
nº2; FURLONG, Montoya, nº26 de p.108.
Autores: MORAES 2, 81-82,; LECLERC, Nº 1350,; SOMMERVOGEL VII,
pág. 320,; MEDINA VI, Nº 6844,; URIARTE, Nº 963,; STREIT II, Nº 1672.
TEXTO
273
MEMORIAL AL REY
145
"Háceme mandado, que así como representé a su Majestad y señores del
Real Consejo, en un memorial impreso los agravios enormes que los vecinos
de la villa de San Pablo y demás villas de la Costa del Brasil han hecho y al
presente hacen a los Indios Cristianos e infieles de las Provincias del
Paraguay y Río de la Plata representé también los remedios eficaces a tan
encancerada llaga (que si es digno de llorar, que a ojos de su Majestad le
quiten sus vasallos, los despedacen y maten, no sé que sufrimiento o
paciencia bastará a sufrir el disimulo con que no poco a poco, sino con
apresurada prisa le ponen en balanza un Reino como el del Perú, caso que
más conviene con todo silencio y brazo armado de la potencia de su
Majestad remediarlos, que hablar de él, no sea que abramos con nuestras
voces los oídos de los que tan atentamente tienen clavados los ojos en las
felices glorias de tan gran Monarca, en que la envidia con rabioso despecho
pretende hacer presa.
Entre los Padres más graves de la Provincia del Paraguay de la
Compañía de Jesús, convocados en Congregación General, se trató muy de
propósito el buscar remedios a estos males y de los que dieron en aquella
Provincia y de los que nos comunicaron Padres muy doctos y celosos de la
justicia en la Provincia del Brasil (donde está todo el mal) y otras personas
seculares, hemos colegido y sacado los siguientes, dando su aprobación a
ellos nuestra experiencia de 30 años y encuentros que con armas hemos
tenido por la defensa de aquella tierra de su Majestad y de nuestas ovejas,
con intento de impedir el paso y camino que han abierto para Potosí.
Dos géneros de medios se han juzgado por necesarios, unos que salgan
al encuentro al daño y los repriman otros que curen y sanen los males ya
hechos y libren a los inocentes de la muerte contínua en que viven en un
perpetuo cautiverio, siendo libres por todo derecho y nacimiento natural. Los
que parecen ser convenientes a reprimir estos daños, son los siguientes:
1º. El primero, es, que su Majestad se sirva mandar se guarde y ejecute la
ley que habla en razón de la libertad de los Indios, en que se declara que
ningún Indio, aunque sea infiel, no puede ser cautivo, no forzado a
esclavitud, por ningún género, ni modo, ni ser privado del dominio natural
que tiene de sus bienes, hijos y mujer, declarando deber ser tenidos por
libres en el mismo grado que los demás vasallos de su Majestad. La cual
dicha ley se hizo en Lisboa a 10 de Septiembre de 1611 y se promulgó en la
Cancillería de aquella ciudad a 13 de Octubre del dicho año, conforme lo
disponen las órdenes de aquel Reino, libro 1, título 2, capítulo 8 que ordena,
que las leyes de aquel Reino se publiquen por el Canciller mayor de la dicha
Cancillería y publicada allí obligue en todo el Reino, como enseña Cabedo
1.part. decif. 184, núm. 8.
Y los señores Reyes antiguos, que reinan ya en el Cielo tuvieron
145
También Leclerc es el primero en mencionar este impreso, más raro que el anterior, pues no figura
en el Museo Británico. Seguramente tiene relación con el anterior, pero no se ofrece ningún detalle de
su contenido, salvo lo que se infiere del encabezamiento transcripto. Los demás bibliógrafos no hacen
sino copiar a Leclerc. (Cfr: CARDOZO 1, p.244)
De lo expuesto se deduce que ninguno de los bibliógrafos consultó el texto de este Memorial cuyo
original se encuentra en el Archivo General de la Compañía de Jesús en Roma.
274
particularísimo cuidado desde los primeros descubrimientos de las Indias,
así Occidentales como Orientales, de la plena libertad de los naturales y así
el invictísimo Emperador Carlos Quinto y el señor don Felipe Segundo y el
señor Rey don Sebastian hicieron particulares leyes en esta razón, que notó
el Padre Doctor Hernando Rebello en la cuestión 23 de promisionibus,
Senonationibus, sec. 5 y otros. Y el santo Rey Felipe Tercero, año de 1605
en Agosto, siendo Secretario Hernando de Matos, promulgó ley, en que
prohíbe el cautiverio de los Indios, aunque sean cautivos en guerra justa, y
manda, que a los que así fueren tenidos por esclavos, se les diese plena
libertad y esto consta por la Consulta que el Consejo de Portugal hizo por
este dicho tiempo y en los años de 1607, 1608, 1609, despachó su Majestad
cédulas apretadísimas en razón de la dicha libertad de los Indios y apenas
ha habido año en que su Majestad no las haya renovado. Y entrándose en el
Oriente tras el Evangelio este pestilente estorbo e infamia del mismo
Evangelio, de cautivar Chinos y Japoneses y venderlos, salió su Majestad a
la defensa, dándoles plena libertad el año de 1602 y el de 1603 volvió a
renovar estos sus Reales mandatos, de suerte, que no está la dificultad de
este negocio en descuido de los señores Reyes y Reales Consejos, que
santísimamente han ocurrido a estos males, sino en la malicia de los
Gobernadores y jueces que ciegos con el interés sustentan el día de hoy
esta maldad.
Y así se juzga por conveniente que debe su Majestad agravar las penas
en esta razón, las cuales deben ser practicables, como que se entienda
haber incurrido en pena de caso mayor y culpa lesa Majestad, inhabilidad
para oficio y beneficio, así esclesiástico, como secular de suerte que
cualquier persona de cualquier estado y condición que sea, que fuere al
Sertón y cautivare, vendiere, comprare, diere, presentare, cambiare, trajere o
tuviere en cualquier manera que sea Indios o Indias, muchachos o
muchachas de las dichas Provincias del Paraguay o Chiriguanas que
pertenecen al Potosí (de cuyos confines y términos han ya cautivado) o de la
Provincia del Río de la Plata, Biaza, Tape, Laguna de los Patos o de la
jurisdicción y distrito del Brasil y de sus términos y confines, no pueda ser
electo para oficio, ni beneficio alguno de la república, ni pueda ser
consultado para él, ni digno de merced alguna, antes sea tenido por extraño
de estos Reinos, sin que le valga alegar posesión o prescripción, compra o
sentencia como lo declara la dicha ley y enseña el derecho que decide que
no hay prescripción contra la libertad: leg. última. Cod. longi temporis
prescritio. Que pro libertate leg. usucapionem, ff. de usucapione, Sed
aliquando, instit. codem. título, ¦ lege 6, n£m. 29, part. 3, & docet Molina tom.
2, de institia tractat. 2, disputat. 79, column. 471, liber homo. Por ser contra
el derecho natural, & habetut C. flagitia 32 q. 7.
Para lo cual ayudará mucho mandar, que los que vinieren a pretender
oficios y mercedes o hubieren de ser elegidos para algún oficio de la
República, traiga información de como no es de los comprendidos en estos
delitos y el que fuere electo, consultado o admitido al dicho oficio, beneficio o
merced, sin la dicha información, se entienda ser la dicha elección nula y de
ningún valor, ni efecto la merced que se le hubiere hecho y sea privado
luego de ella, ipso facto que fuere denunciado y el denunciador tenga
derecho a pretenderla, teniendo las partes necesarias, demás de que el tal
275
sea castigado con graves penas, como transgresor de los Reales mandatos.
Y las dichas informaciones de abono se hagan de oficio y con citación del
Fiscal de su Majestad y cerradas y selladas se envien a esta Corte. Y para
que se dé principio a esto, convendra que su Majestad haga justa
demostración castigando los delicuentes y los caudillos principales con
mayor demostración y rigor y a los jueces a quien se ha cometido el remedio
y han disimulado por sus intereses y parte que han tenido en los cautiverios
de los dichos Indios, desterrando perpetuamente a algunos de la villa de San
Pablo, para que el rigor del castigo ponga escarmiento.
2º. El segundo medio es, que su Majestad se sirva de mandar, se pida a
su Santidad, por medio de su Embajador, confirme las Bulas que en esta
razón tienen despachadas sus antecesores Paulo III y Clemente Octavo, en
las cuales se declara, no poder ser cautivos los Indios, ni privados de sus
bienes, mujeres e hijos, aunque sean infieles, so graves penas contenidas
en las dichas Bulas, reservada la absolución a la Santa Sede Apostólica,
como lo repara Manuel Rodríguez en sus cuestiones regulares, tom.2 quest.
99, art. 4 en donde de paso se note lo que notó este autor: Cirea quam
concessionem nibil venit notandum, sed plorandum cum oculis nostris tot
mellia Indorum devastata, corumque terras propijs dominus privatas
cernamus,& Equod plus adlacbrimas compellit est, quod becsacta sant a
Christianish Regnum Christi publicantibus contra voluntatem Pape, & Regun
Hipaniarum, las cuales Bulas trae doctísimamente el Doctor don Juan de
Solórzano en el tomo que hizo de Indiarum jure lib 2.c.8. n§ 79. & lib.3.c.7.
n§ 55.vers. Quod vt melius, remitiendo Su Majestad la ejecución a la
persona que fuere servido para que tenga este punto su efecto.
3º. El tercero es, que su Majestad mande se declare ser caso de
Inquisición el que tratamos y como tal conozca de aquel santo Tribunal,
enviando o nombrando desde luego en aquellas partes persona de toda
satisfacción, celosa del servicio de Dios y de su Majestad, que proceda
contra culpados (con cuya aprobación pasen las informaciones de
pretensiones que vinieren a esta Corte, de que se hizo mención en el primer
remedio) que para declararlo por caso de Inquisición hay razones muy claras
y evidentes y constan de las informaciones que hemos presentado, como
son. Desacreditar la Fe entre los fieles, o infieles. Estorbar la predicación del
Santo Evangelio, diciendo mal de los Predicadores y Religiosos que lo
predican. Persuadir a los Indios que no los crean. Tratarlos mal con palabras
y con manos violentas, hiriéndolos, dándoles de mojicones y empellones,
prendiéndolos en casas particulares, poniéndoles guardas, sin permitirles
entrar en sus Colegios, despojándolos de sus halajas, Breviarios, libros y
demás cosas, quemar las Iglesias, los Altares y las imágenes, haciendo
pedazos otras, romper y despedazar las Pilas del Bautismo, arrojar por el
suelo los santos Oleos, arrastrar los ornamentos, llevándolos en despojo.
Saquear las Iglesias. Cautivar la gente que a ellas se había acogido, cautivar
los Sacristanes y Cantores que servían a la Iglesia: haciendo de estos
asaltos y robos de propósito en días de Fiestas más principales, como el
Corpus, Natividad y otros muy celebres, metiendo en colleras, y cadenas los
presos, llevándolos a vender, siendo Cristianos. Hacer adorar un Idolo que
tenían los Gentiles, colocándolo en lugar público, para con este medio y a
voz del demonio, que por él hablaba juntar gente ( de que nosotros
276
quemamos cuatro, que eran cuerpos de Indios que habían sido en vida
famosos en el trato con el demonio). Obligar a que se casen dos veces a los
Indios Cristianos, sabiendo viven sus consortes, obligándolos a ello con
amenazas. Apartando los casados, deshaciendo los matrimonios, contra el
derecho divino. Hacer lugar de inmundicias los Altares, Sacristías e Iglesias,
en que aquel mismo dia se había celebrado el sacrosanto misterio del Altar,
y esto en presencia de casi innumerables Indios Cristianos e infieles,
desterrando este divino sacramento de sus Iglesias y casas.
Decir que no han menester obras para salvarse, sino que les basta ser
bautizados. Que aunque le pese a Dios se han de salvar. Que si les quitan el
cautivar Indios e ir al Sertón, han de renegar del ser de Cristianos y de los
Oleos que habían recibido. Haber dicho uno de ellos, que en materia de
linaje no tenía igual en la tierra y que en el cielo se podía poner barba a
barba con el Padre Eterno.
No consentir que los Religiosos prediquen, ni bauticen a los infieles,
aunque esten para morir. No consentir que entren a sus tierras a Predicar,
saliéndoles al camino y robandoles lo que llevaban, consintiendo que entren
otros cualquiera a cautivarlos y traerlos para vender.
Hacer banquetes generales de carnes en el tiempo de Cuaresma y
semana santa, comiendo gallinas, patos, puercos, poniendo nombre de
Taburon a la ternera y de Dorado al pavo y de sardina a la perdiz y pollos, y
contraponiendo su secta a la Predicación Evangélica. Ofrecer a los Indios
(que hemos criado con pureza y castidad) Indias para que se amanceben
con ellas, incitándolos a que vean su hermosura, dándoles a escoger entre
muchas.
Poner nombres del testamento viejo a los Indios, como Adán, Eva, Abacú,
Daniel y otros.
Hacer suertes y sortilegios con Misas para saber si les conviene ir al
Sertón o si les sucederá bien, interviniendo en ello Clérigos y Religiosos, los
cuales además de irles acompañando en sus malocas, les van diciendo
Misas por los caminos, no teniendo licencia para ello y con infinitos pecados
mortales, pues van a su cuenta los suyos y los comunes de todos.
Y uno de los que últimamente fueron estaba excomulgado, por haber
dejado sin licencia el Curato que tenía en la Villa Rica y haber sido llamado
con censuras de su Prelado y todos los dichos Clérigos y Religiosos ser
irregulares, por ser cooperadores y cómplices de estos delitos, muertes y
crueldades, entrando en la partición de los robos y de los Indios cautivos y
los venden, compran y enajenan sin ningún escrúpulo, teniéndolo por
granjería y lo peor es que en el fuero interior y exterior, tienen, publican y
enseñan que estas maldades no son materia de confesión, aconsejando que
no se confiesen de ellas.
Por lo cual muchas personas temerosas de Dios han dicho y lo testifican
con juramento (como consta de los papeles que hemos presentado) que se
temen hay en aquella tierra, doctrina oculta contra la Fe de Cisma o herejía y
confirma esto lo que la voz constante pública, que en el Río de Janeiro hay
muchos Indios judaizantes y esto que hemos dicho sólo pertenece al punto
que se trata de estas entradas y robos de Indios.
Que en otras materias muy graves que pertenecen al Santo Tribunal hay
mucho en que poner la mano. A cuya causa no quieren recibir Comisarios
277
del Santo Tribunal, como es notorio.
Y así conviene que este nuestro caso se le adjudique y conozca de él.
Este medio tenemos por tanto más eficaz, cuanto menos depende de los
Gobernadores y justicias seculares, las cuales comunmente por sus
intereses propios y de sus deudos, amigos y paniaguados
146
, atropellan con
las leyes de su Majestad y ayudan a chupar la sangre del libre e inocente
Indio, como uno secular que dejamos en el Río de Janeiro, que hace muy
poco fue enviado a la villa de San Pablo a hacer averiguación de estos
males que proponemos y preguntando al delicuente que piezas traía
respondía: que 200, pues señor con cincuenta cruzados de penitencia que
v.m. me dé, ego te absuelvo. Y esto lo vimos publicar por un santo y recto
juez. Pero convendrá que su Majestad y Real Consejo mande con
determinación a los Gobernadores y justicias, asistan y den todo favor al
dicho Comisario, poniéndolos muy graves penas, como son de privación de
oficio y otras, si no lo hicieren.
4º. El cuarto medio es, que el Gobernador de Río de Janeiro tenga
jurisdicción sobre las villas del Sur, San Pablo, San Vicente y las demás de
toda aquella costa, al modo y de la manera que el Gobernador General de
todo el Estado la tiene sobre todo el Brasil, porque como el dicho
Gobernador de Río de Janeiro tiene allí 600 soldados de presidio, pueda así
por su persona acudir al remedio y ejecución de dicha ley, como ayudando al
Obispo y Comisario que su Majestad enviare, lo cual no puede hacer por no
extenderse su jurisdicción a aquellas partes del sur y aún en donde es
Gobernador, no puede ejecutar sentencia alguna, conforme las leyes de
aquel Reino, sino que se remite al dicho Gobernador General su ejecución y
esto es causa que muchos delitos se queden sin castigo, como vimos por
nuestros ojos, que en seis meses que allí estuvimos mataron 23 hombres a
arcabuzazos y otras muertes y uno en nuestra presencia en la misma Iglesia
de la Compañía de Jesús el día de San Francisco Javier, estando cantando
con celebridad la Misa y preso el delicuente y confesada públicamente la
culpa, se quedó sin pena y ya para salir de la cárcel, por falta de potestad en
el Gobernador. Y así convendrá que el dicho Gobernador tenga plena
jurisdicción en todas las dichas villas.
5º. El quinto medio es, que Su Majestad mande que la administración
del Río de Janeiro sea Obispado, enviando persona celosa y de toda
satisfacción, porque como del Prelado que hoy es, hay recurso a la Bahía y
apelaciones al Obispo que interponen a cualquier mandato del Prelado, se
baraja el remedio y padece la justicia en muchas cosas el cual Obispo que
se nombrare, como pastor y Padre de todas aquellas almas, velar sobre los
medios que juzgare conducir a este fin que se pretende y dará su ayuda a
los demás Tribunales y jueces y es necesario que tenga poder de Nuncio
Apostólico para que pueda reprimir los Religiosos que causan estos males.
6º. El sexto que así el Obispo, como el Comisario del Santo Oficio y
Gobernador de Rio de Janeiro, cada uno por su parte y según lo que le toca,
con penas pecuniarias, pérdida de navíos, barcas y demás embarcaciones y
lo que en ellas trajeren y otras penas, prohíban a los barqueros y pasajeros
de ir al Sertón a Los Patos y demás puertos cuales quiera que sean a traer
146
Paniaguados: el allegado a una casa que está favorecido del dueño de ella.
278
Indios, con cualquier pretexto que sea, aunque aleguen que los mismos
Indios los llaman a que vayan a rescatar Indios, por herramientas que han
menester, que estos rescates han introducido, que el que más fuerza tiene
venda al flaco y que no se puede defender maldad digna de castigo.
7º. El septimo, que Su Majestad mande, que ni el Santo Oficio, ni otros
Tribunales destierren al Brasil o Río de Janeiro judío ni delincuente alguno,
que comunmente los destierran a aquellas partes, de que se ha poblado la
villa de San Pablo, que era de 400 hombres y hoy es de 1.500 y de ellos de
30 años a esta parte hemos visto pasar al Perú mucho número de ellos y
algunos en hábito de Religiosos, los cuales han alterado los ánimos en
aquellas partes, poniendo en riesgo las Indias Occidentales, y con porfía han
deseado quitarlas a la Corona de Castilla y darlas al rebelde Holandés.
Estos son los medios que parece conducen a atajar con eficacia los
daños que se desean remediar. Los que pertenecen al remedio de lo ya
hecho son los siguientes:
1º.- El primero, que se dé libertad a todos los dichos Indios varones,
mujeres, niños, muchachos y muchachas, juntando padres a hijos, maridos a
mujeres, enviándolos a sus naturales. (Así lo mandó el Santo Rey Felipe
Tercero que está en gloria el año de [1]608 al Virrey de la India, que
investigase que Indios había esclavos y que los pusiese en plena libertad y
que los vistiese a costa de los que los habían cuativado o traído y los
volviese libres a sus tierras. Y que lo mismo hiciesen los Gobernadores en
sus partidos) este daño notó muy de cerca el Licenciado Andrés de León en
su memorial que imprimió para Su Majestad, de la visita que hizo en el
puerto de Buenos Aires, fol. 12, n£m.27 y dice así: "Más no puedo dejar de
alzar la voz contra la inhumanidad que usan los vecinos de San Pablo en los
Indios que arrastran de sus reducciones de estos distritos para esclavitud
pesada en sus labores." Y porque enviarlos por tierra desde el Brasil, es
imposible casi, por la longitud del camino, por donde es fuerza padezcan
otros tantos trabajos como pasaron viniendo cautivos, que su Majestad
mande que a costa de los culpados se lleven por el puerto de Buenos Aires
en las embarcaciones que se hallaren en Río de Janeiro, que es viaje de 15
a 20 días y aveces no es más de diez o doce que puestos allí, ofrece el
Padre Provincial de aquella Provincia, el Padre Diego de Boroa de vender
los cálices y ornamentos de su Provincia para ponerlos en sus pueblos y
lugares de donde fueron sacados y yo en nombres de la Provincia lo ofrezco.
Y en este punto se debe advertir. Que no se admitan escusas, no digo de
los poseedores, sino de los mismos Indios, los cuales amenazados y
engañados por todas las vías, dirán que estan libres y que en sus tierras
eran esclavos y otras cosas de este género y aunque digan que renuncian a
su libertad, porque esta libertad no mira tanto a los particulares como al bien
común y crédito de la Fe y del Santo Evangelio, para quitar el impedimento
que en su promulgación se ha puesto en estos cautiverios y porque los
infieles que han quedado en sus tierras vean que lo hecho fue por ser los
agresores malos Cristianos y que han sido castigados por orden y mandato
de su Majestad y restituídos a su libertad y tierras los cuativos. Quia pactis
privatorum ius commune laedi non potest, st de pactis. y por esta causa, non
potest, non potest quis recusare libertarem sibi ablaram: leg. sinal. Cod. de
testament. manumiss. Como, nique proprio consensu se redigere in
279
servitutem. Leg. liberos,Cod. de libert, caus, por ser la libertad cosa pública,
y no privada; leg. si quis rogatus 53. st. de fideicominis. libert. y lo ense¤a el
Doctor BarbozaErro! Indicador não definido. tom.2, leg.alia, cap.
eleganter, ff. de soluto matrimonio. Y es necesaria esta advertencia por lo
que sucedió estando en el Rio de Janeiro, que haciendo cierto exhortatorio a
un juez, para que pusiese en libertad a un niño de estos cautivos y tenía su
padre vivo en su tierra, le atemorizaron de suerte que dijo estaba muy
contento y que no quería ir a su padre, ni a su patria.
2º.- El segundo medio es, que el Comisario del Santo Oficio, a quien se
cometiere este negocio, habiendo publicado y declarado al pueblo la
gravedad del delito y como el Santo Tribunal conoce de él, señale t‚rmino
competente para que todos los que tuviesen Indios contra el tenor de la ley
que dijimos, los exhiba dentro del término so pena de excomunión mayor
ipso facto incurrenda: la cual comprenda a los que lo supieren y no
denunciaren y otras penas que juzgare. Y los que fueren entregando, se
vayan enviando a sus naturales, al modo que se ha dicho.
3º.- El tercero es, que Su Majestad mande sean multados y castigados
los Gobernadores y demas justicias de aquellas partes que se hallaren haber
sido culpados en este delito, o por descuido, omisión o neglicencia, o
simulación, habiendo tenido orden de Su Majestad para hacer informaci¢n y
devasa
147
todos los años sobre el cautiverio de los Indios, como en sus
Regimientos se les encarga y no ha habido ninguno hasta ahora que haya
cumplido con esta obligación, sólo Francisco de Acosta Barrios, con gran
peligro de su vida hizo las informaciones que hemos presentado, siendo
proveedor de la Real hacienda y juez de comisión de este caso.
4º.- El cuarto medio es, que porque hay en dicho pueblo de San Pablo y
otros de aquellas Capitanías y en Río de Janeiro y su jurisdicción muchos
Indios cautivos que ya no tienen parientes en sus tierras, ni viven sus
Caciques, ni en ellas han quedado pueblos, de su gente ha quedado a quien
poderse agregar, porque toda la han traído, consumido y acabado los
vecinos de aquellas Capitanías, que con ellos se cumpla lo que su Majestad
manda en dicha ley. Que se pongan en las reducciones y pueblos o aldeas
que ya estan formadas en dichas partes, para que allí vivan con los demás
en doctrina y policía, y con libertad de hombres libres, de donde podrán
acudir a servir a quien se lo pagaré, sin que se permita que los
Gobernadores, no otras personas, ni justicias se sirvan de ellos sin pagarles
justamente su trabajo.
5º.- El quinto y último, y del que depende la ejecución y cumplimiento y
buen asiento de todo lo dicho y de cerrar el paso al Perú (que es muy llano)
es, que de acá se cambie persona de toda satisfacción, celosa del servicio
de Dios y de su Majestad, grave, y que en aquellas partes tenga nombre de
recto y de grande autoridad y si tuviere alguna práctica de aquella tierra ser
mejor. El cual no sólo lleve papeles, cédulas y comisiones (que de estas son
infinitas las que se hallan en los archivos) sino también lleve fuerza y mano,
en la forma que los señores del Real Consejo juzgaren y sino lleva esta
mano y es de estas condiciones, juzgo que no conviene intentar los
remedios, porque entiendo se empeorará el negocio y si la lleva, ser fácil el
147
Devasa: de devalar: mar, separarse del rumbo
280
remedio de los males dichos y de otros de muy grave importancia que los
tiempos nos van descubriendo.
Y como de los papeles que hemos presentado consta, que en algunos
lugares reciben las cédulas de su Majestad al son de campanas, a que se
juntan todo el pueblo con sus armas, mosquetes y mechas encendidas y va
el Secretario leyendo la cédula y el Cabildo pregunta al pueblo: Que les
parece a Vs. mercedes de esto y si no les conviene, dicen que el pueblo no
puede cumplirlo, se entiende harán lo mismo ahora. Y a tal persona que
fuere al modo dicho, podrá ayudar al Comisario del santo Oficio y al Obispo
y defenderlos del rigor del pueblo. Que aunque los más son pequeños, San
Pablo se dice comunmente tendrá mil quinientos soldados hechos y muy
bien ejercitados y nosotros hemos visto en campo más de seiscientos
soldados armados y con muy lucidas armas, curtidos a la descalzes, lluvias,
necesidades y trabajos llevando consigo cinco y seis mil tupis y entretenerse
por los montes y campos en estas presas, dos, cuatro, ocho y diez años: y
tal vez ha sucedido hallar ya a sus mujeres casadas y con hijos y ellos llevar
los que engendraron por los montes ya hechos mochileros.
Con esto se consiguen dos cosas. La una, el descargo de la conciencia
de su Majestad, librando tanta gente libre de un imcomportable cautiverio,
volviéndolos a sus tierras. La otra, que con esto se asegura la Monarquía del
Perú, que con tanto conato procuran enemigos de Cristo entregarla a los
rebeldes y por ser tierra contigua al Brasil y al Perú y haber camino abierto,
es muy fácil entrar derechamente a la villa Imperial de Potosí, de cuyos
confines han sacado ya los vecinos de San Pablo, Indios cautivos, y del cual
camino diremos, como testigo de vista y haremos clara demostración.
Esto es lo que juzgamos en el Señor y nos parece conduce a lo que se
nos ha preguntado y porque para tratar la verdad en materia tan importante,
ha sido necesario, que así en nuestro primer memorial impreso, como en
este, digamos de algunas personas cosas graves, decimos y protestamos,
que nuestro intento no ha sido, ni es que se proceda a muerte, ni efusión de
sangre, sino sinceramente decir la verdad y así lo protestamos, pedimos y
suplicamos a todas las personas y justicias a quien tocare la ejecución de lo
que su Majestad y su Real Consejo de Indias mandare."
ANTONIO RUIZ DE MONTOYA.
82. RESUMO DO MEMORIAL PRÉVIO.
281
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia de Jesus, Roma, ARSI,
Paraq. 11, pp.143-144.
Edição: O texto original de ARSI é publicado com ortografia atualizada e
notas.
Impressão:
Destinatário: O Rei da Espanha, Felipe IV.
Data: Madrid, 1639 (?).
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº77 de p.433,; FURLONG, Montoya,
p.109.
Autores: FURLONG, Montoya, pp. 61-63; JARQUE 3, pp.350-353.
TEXTO
MEMORIAL AL REY
"Señor.
Los remedios que pueden ocurrir a los males que el Padre Antonio Ruiz
de Montoya de la Compañía de Jesús propuso en su Memorial impreso,
contra los vecinos de San Pablo, son los siguientes:
1. QUE V. Majestad mande se guarde la ley que se hizo en Lisboa a 10 de
Setiembre de 1611. La cual manda, que ningún indio pueda ser esclavo,
agravando las penas.
2. QUE se pida a Su Santidad confirme las Bulas de Paulo III y Clemente
VIII, que dicen, que ningún indio pueda ser esclavo, agravando asimismo las
penas.
3. QUE V. Majestad mande, que el cautivar indios sea caso de Inquisición,
por las causas que decimos en nuestro memorial largo, y que luego se envíe
y nombre Comisario.
4. QUE el Gobernador del Río de Janeiro tenga jurisdicción sobre las villas
del Sur, San Pablo, San Vicente, y al modo que el Gobernador general,
porque hoy no tiene jurisdicción m s de para remitir las causas a la Bahía, y
así perece la justicia.
5. QUE V. Majestad mande, que la administración espiritual que hoy es,
sea Obispado, con poderes de Nuncio Apostólico, para que reprima a los
Religiosos que causan tan graves males.
6. QUE el Obispo, Comisario, y Gobernador, cada uno por lo que le toca,
con graves penas prohíban las embarcaciones que van a cautivar indios.
282
7. QUE de aquí adelante no se destierren indios, u otros delincuentes al
Brasil, que comunmente los destierran allá, y como es tierra contigua con el
Perú y hay caminos muy trillados, han pasado muchos, de que de 30 años a
esta parte somos testigos. Los cuales con porfía tratan de entregar a quellas
Indias a los rebeldes.
8. QUE V. Majestad mande se dé plena libertad a todos los indios , varones
y mujeres, que padecen horrible cautiverio, y que se envien por Buenos
Aires, que es viaje de 15 a 20 días, a costa de los que los tienen, que
puestos allí, ofrezco en nombre de mi Provincia, de ponerlos en sus mismas
tierras, aunque se vendan los cálices y ornamentos.
9. QUE el Obispo y Comisario, con excomuniones obliguen a manifestar
los indios, y que esta excomunión obligue a los que no denunciaren de otros,
no denunciando ellos.
l0. QUE sean castigados todos los culpados, y las justicias que han
consentido estas maldades, porque con esto se desagravie el Santo
Evangelio, que ha sido infamado entre los gentiles y cristianos recién
convertidos.
11. QUE los indios que se hallaren no tener en sus tierras pueblos,
deudos, ni a quien allegarse, se pongan en las aldeas de indios que estan en
el Río de Janeiro.
12. El último, y de que depende el buen asiento de todo es, que V.M. envíe
persona grave, y celosa del servicio de Dios y de V.M. con mano armada de
gente, que ayude al Obispo y al Comisario, por que en aquellas villas,
parece no conocen a V.M. por sus cédulas, que reciben con mosquetes y
mechas encendidas, y nunca las ejecutan.
De todo lo cual se conseguirán dos cosas. La libertad de tantos hombres,
que en sus mismas tierras que Dios les dio, los cautivan, venden y compran.
La otra, que V.M. asegurará la Monarquía del Perú, que con tanto conato
procuran entregarla a los rebeldes, y ya el camino está abierto desde San
Pablo a los confines y contornos de Potosí, de donde han llevado ya indios
cautivos.
Y protesto que mi intento no es muerte de alguno, ni efusión de sangre."
83. MEMORIAL APRESENTADO NA CORTE DA ESPANHA.
SOLICITA QUE SE VISITEM AS REDUÇÕES, SEJA AVALIADO SEU
TRIBUTO, E ENVIADOS OS SACERDOTES PARA A CONVERSÃO DE
ITATINES E CHIRIGUANOS.
283
Texto: Cópia de um autógrafo de desenho na Biblioteca Nacional do Rio de
Janeiro, Coleção De Angelis, I-29-1-91.
Impressão: CORTESÃO 1, pp.430-433.
Edição: Edita-se o texto que transcreve Jaime CORTESÃO com ortografia
atualizada e notas.
Destinatário: O Real conselho de Cidade de Espanha.
Data: Madrid, 1639.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.433 nº 80; CARDOZO 1, pág. 249 nº 28;
FURLONG, Montoya, p.107 nº 26.
Autores: CORTESÃO 1, pp.430-433.
TEXTO
COPIA DE UN MEMORIAL PRESENTADO POR ANTONIO RUIZ DE
MONTOYA EN LA CORTE DE ESPAÑA EN QUE EXPONE LAS
RAZONES QUE LLEVARON A LOS PAULISTAS A ATACAR LAS
REDUCCIONES Y CIUDADES DEL GUAIRÁ Y A ÉL A DEFENDERLAS
CON MANO ARMADA. PIDE SE VISITEN LAS REDUCCIONES DE LOS
INDIOS Y SE LES PONGA TRIBUTO.
148
"Señor
Antonio Ruiz de Montoya Procurador en esta corte de la Provincia del
Paraguay de la Compañía de Jesús y en nombre y con poder de los indios
de las dichas Provincias y de la del Río de la Plata dice que la Compañía de
Jesús a costa de inmensos trabajos y de cinco mártires sacerdotes ha
conquistado algunas Provincias de infieles de que tiene hoy en las dichas
Provincias veinticinco poblaciones de indios, son once que en la Provincia de
Guairá le destruyeron y llevaron cautivos los vecinos de San Pablo en la
costa del Brasil, destruyendo así mismo tres ciudades de españoles que
fueron Ciudad Real, Villa Rica y Xeres. Y de trece reducciones que este
suplicante había hecho, solo dos pudo escapar que hicieron número de diez
mil almas las cuales el suplicante bajó con inmenso trabajo y costa ( y con
licencia de la Real Audiencia de las Charcas como consta de los papeles
que se han presentado) en setecientas embarcaciones que llaman balsas, al
148
Además de lo que se resume en el epígrafe, en el memorial se pide que se envíen sacerdotes para la
conversión de los Itatines y Chiriguanos a fin de atajar el paso de los portugueses hacia Potosí. La
copia trae una nota al P. Provincial, autógrafa de Ruiz de Montoya, que dice:"este es el borrador del
memorial que presenté al Señor Don Juan Palafox y Sr. Don Juan de Solorzano con el amor que nos
tienen que es muy grande".(Cfr: CARDOZO 1, p.250)
284
Río de la Plata donde al presente están muy bien sementados y en muy
buenos puestos, y con aumentos conocidos.
Y por parte de los autores de los dichos agresores se hizo falsa relación
en esta corte diciendo que estos dichos indios los había el suplicante
consumido y muerto. Procurando con esto paliar sus delitos tan graves como
son haber consumido las dichas once reducciones, vendiendo los indios y
matándolos, quemando las iglesias y desterrando de ellas al Santísimo
Sacramento y haciendo las abominaciones que constan por informaciones
auténticas. Demás de lo cual han cometido otro delito de abrir camino y paso
a la villa Imperial de Potosí como también consta [en] las dichas
informaciones y cartas del Presidente de los Charcas don Juan de Lizarazu y
de los Obispos y gobernadores y avisos que de ello ha dado el Conde de
Chinchón Virrey del Perú lo cual así mismo han pretendido paliar falsamente
con descrédito de los predicadores evangélicos y del mismo evangelio
diciendo que por haber la Compañía de Jesús convertido aquella gentilidad y
fundado aquellos pueblos habia abierto el dicho camino, lo cual, se ve
claramente ser falso y ajeno de verdad. Porque estando las dichas tres
ciudades fundadas por mandato y orden de los Señores Reyes pasados
hace cien años y estar derecho de la dicha villa de San Pablo con la villa
Imperial de Potosí destruyeron las dichas ciudades a fuerza de armas y
juntamente las dichas once reducciones que estaban en contorno de las
dichas tres ciudades, además de las cuales destruyeron siete pueblos de
indios que estaban encomendados a las dichas ciudades solo con ánimo de
limpiar el dicho camino para pasar libremente al Perú (como se har
demostración muy clara por un mapa que el suplicante trae de toda aquella
tierra) y este suplicante les salió al camino para estorbarles el paso con tres
mil indios flecheros y por llevar los dichos agresores cien mil tupís, gente
bárbara y feroz, e ir tres banderas
149
de escuadra con tres capitanes que
hacían al pie de Doscientos mosqueteros no pudo este suplicante impedirles
el paso antes le fue fuerza retirarse con muerte de muchos indios y tres
padres mal heridos con que los dichos agresores cons iguieron su intento de
despejar y limpiar aquel camino de españoles e indios para que no hubiese
quien diese aviso a la ciudad de la Asunción que sola ha quedado de aquel
Gobierno del Paraguay. Y porque constase que aquellas dichas dos
poblaciones que el suplicante escapó, estaban conservadas y aumentadas,
ofreció los tributos de los dichos pueblos para S. Majestad a Martín de
Ledesma Valderrama que entonces era sustituto de Gobernador en la dicha
ciudad por don Luis de Cespedes y Xería, que por las dichas causas de
destrucción de los dichos pueblos fue llevado perso a la audiencia de los
chácarachas y privado del gobierno con otras graves penas que le pusieron,
el cual dicho Martín de Ledesma no quiso aceptar los dichos tributos.
Y porque otros pueblos de estos que ha reducido la Compañía han ya
149
Era la Bandera como decimos en nuestra tesis doctoral, intitulada “las Bandeiras”- Un capitulo
adulterado de la Historia del Brasil- la organización militar y táctica, que los ejércitos nacionales
modernos llevaban, copiadas de la legión romana y de la falange macedónica. De ellos la copiaron los
particulares para realizar sus entradas y cabalgadas, en la península Ibérica; para expulsar y esclavizar
a los moros, en Africa y, en América, concret amente en el Brasil, para esclavizar a los indios. La
institución bélica es pues la Entrada, siendo la bandera su organización militar y tactita. (Cfr: TORMO
SANZ Y BLANCO, 1989:205,206).
285
cumplido los diez años y por parte de la Compañía se ha requerido a los
Gobernadores los visiten y no lo han querido hacer como consta de la visita
que don Andrés de León Garavito hizo en el puerto de Buenos Aires (que
por ser el número de los indios al pie de quince mil será considerable el
tributo por poco que se les ponga).
A Vuestra Alteza pide y suplica se visiten las dichas reducciones y se
tasen los indios que ya hubieren cumplido los diez años para que los
oficiales reales cobren y reciban los dichos tributos, señalándoles un
moderado tributo conforme a su pobreza y de las cosas que tienen en que lo
puedan pagar.
Otro sí, pide que atento a que es de gran servicio de Dios y descargo de
la conciencia de V. Alteza la conversión de los Itatines y Chiriguanas que
confinan con Potosí y por la parte del Paraguay tiene ya la Compañía dos
reducciones hace ocho años con solos tres sujetos y por falta de ellos no se
ha pasado adelante y será conveniente que antes que los vecinos de San
Pablo los ganen y reduzcan (como lo van haciendo) a su devoción, se ganen
al servicio de Su Majestad para que aquel paso esté seguro, y, se dé aviso
de cualquier suceso al gobernador del Paraguay, como este año pasado lo
hicieron los dichos Padres avisando a don Pedro de Lugo y Navarra
Gobernador que al presente es en el Paraguay, como pasaba hacia Potosí
una compañía de soldados a que acudió el dicho gobernador ayudado de las
dichas dos reducciones de cuyo suceso no sabemos aún cosa cierta.
Pide y suplica a V.Alteza mande se le den algunos sujetos para la dicha
comquista pues es de tanta importancia al servicio de Dios Nuestro Señor y
de V. Alteza y de que depende en gran parte el seguro de aquel paso junto
con los demás remedios que en sus memoriales a propuesto, porque el
número de diez y ocho Padres que se han concedido a aquella Provincia es
muy poco por haber muerto en el cultivo de los dichos indios veintiocho
sacerdotes por los muchos y grandes trabajos que all padecen."
"JHS
Padre Provincial, éste es el borrador del memorial que presenté a Su
Majestad obligado de las calumnias que nos ponen y de que me avisó el
Señor D Juan Palafox y Sr. D. Juan de Solorzano con el amor que nos
tienen que es muy grande y juzgado por muy importante y el Padre Crespo
que así se haga, deseo muchísimo que el alguacil mayor que llevó don
Andrés de León a ese puerto y tiene cédula de futura sucesión de Tesorero
o contador de esa ciudad y quiere ir en mi compañía a esa ciudad se le
cometa la visita de nuestras reducciones y tasa de esa gente que como tiene
el espíritu de D. Andrés [de León] espero lo hará muy a gusto y la tasa
conforme a la pobreza de esos pobres porque si se comete al Gobernador
temo mal suceso. Entiendo lo alcanzaré."
286
84. MEMORIAL AO REI.
INFORMA RESPEITO AOS DANOS PRODUZIDOS PELOS
PORTUGUÊSES E SUPLICA O REMÉDIO PARA EVITA-LOS.
Texto: Cópia autógrafa na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, Coleção
De Angelis, I-29-1-103.
Impressão: CORTESÃO MCA 3, pp.295-297.
Edição: Edita-se o texto transcrito através de Hélio o VIANNA com ortografia
atualizada e notas.
Destinatário: O Rei da Espanha, Felipe IV.
Data: Madrid 1639.
Bibliografia: STORNI, Montoya, pág. 433 nº 81.
TEXTO
MEMORIAL AL REY
150
"Señor
El Padre Antonio Ruiz de Montoya Procurador General de la Compañía
de Jesús de las Provincias del Paraguay, Río de la Plata y Tucumán y de las
Misiones y Doctrinas de la dicha Compañía tiene de los indios de las dichas
provincias, digo: Que constando a V, Majestad de las invasiones que los
moradores de la costa del Río de Janeiro y Espíritu Santo y en particular de
las Villas de San Paulo han hecho en las dichas provincias a traer cautivos y
vender los indios de ellas cometiendo las atrocidades que son notorias y
abriendo la puerta a los enemigos holandeses del Brasil a entrar en el Perú,
V. Majestad Dios le guarde, mandó hacer Junta sobre este negocio la cual
con tan gran celo y aciertos, como de tan buenos ministros se esperó
siempre, consultó a V, Majestad lo que convenía hacer de que ando
procurando los despachos para llevarlos a las dichas provincias.
Y por cuanto después de esto así en la flota, que ahora llegó del Río de
Janeiro como por vía del Perú, ha venido aviso de otra nueva invasión que
los dichos delincuentes han hecho a continuar la asolación de las dichas
reducciones de Indios cristianos y dádoles batalla para esto, en la cual
mataron entre los demás a un religioso de la Compañía de los que doctrinan
los dichos indios e hirieron otro de tal manera que murió de las heridas y de
las dichas invasiones se siguen también las dañosas consecuencias que
demás de ser notorias avisa por la carta que de nuevo presentó del
150
Copia de la petición del Padre Antonio Ruiz de Montoya de la Compañía de Jesús hecha a S.M.
informándole de los daños y perjuicios que padecen los indios de las reducciones del Paraná y
Uruguay en las invasiones que hacen continuamente los portugueses del Brasil suplicando el remedio
para evitar tantas hostilidades.
287
Presidente de las Charcas.
Y lo que es más de ponderar y digno de más castigo es que yendo el
Corregidor a quien allá llaman Oidor, por nombre Francisco Tabera de
Neiva, a la visita que llaman Correción de la dicha villa de San Pablo,
adonde está la mayor parte de los dichos indios tan injustamente cautivos y
traídos del Paraguay, en lugar de ponerlos en libertad como por su oficio y
regimiento era obligado, no sólo los dejó en cautiverio y esclavitud, pero
como de tales esclavos venían barcos cargados a vender al Río de Janeiro,
fuera de los que también vinieron para la hacienda que tiene, y aun pasaron
otros a Lisboa y no digo del dinero que dándoselo al dicho Corregidor los
dichos de San Pablo los dejaba con los dichos indios hechos esclavos a que
V. Majestad por sus leyes da por libres de todos los cuales excesos y en
particular de este tengo informado en la Junta, y era público en aquellas
partes y de todos los dichos insultos de unos y de otros y hasta de los
eclesiásticos, demás de ser tan notorios estan presentados tantos papeles e
informaciones auténticas.
Y ahora se ha dicho que algunos de los dichos delincuentes han pedido
perdón al Virrey del Brasil ofreciéndose a venir a servir en la guerra de
Pernambuco, los cuales a trueque de pasar dos años en que no vayan a
continuar con las dichas entradas que cada día hacen, estarán mejor en la
dicha guerra y aún en las cárceles de Lisboa como se ha mandado por V.
Majestad que sean traídos.
1. Pido y suplico a V. Majestad que Dios guarde que, atento a lo
referido y en particular a lo nuevamente sucedido, que V. Majestad
sesirva mandar que caso que se haya dado el dicho perdón que eso no
perjudique al derecho de las partes ni terceros como lo es en primer
lugar mi dicha Provincia de la Compañía, cuyos religiosos han muerto,
herido y gravísimamente maltratado y cuyas iglesias han destruído,
robado y profanado con tan enormes sacrilegios, ni tan poco perjudique
al darse libertad a los dichos indios, dejándolos en poder de quien tan
injustamente los tienen, sino que como V. Majestad ha mandado se me
entreguen o a mi o a los religiosos de la Compañía que los pidieren para
llevarlos a sus tierras y reducciones y a los casados a sus mujeres e
hijos, pues además de esto ser justicia y obligación de conciencia, aún
para lo temporal, buen suceso de la dicha guerra del Brasil, es
necesario lo que aquí pido, por cuanto es notorio que los indios del
dicho Brasil, viéndose en la ciudad de la Praiva maltratados de los
portugueses y que las justicias que los debían de amparar antes lo
consentían, ayudaron a los holandeses a ganar la dicha plaza y que
entre los que V. Majestad manda traer presos, sea el dicho que fue
Corregidor que allá llaman Oidor Francisco Taveira de Neiva, asi por
ser causa de tantos males e injustos cautiverios dejando como es
notorio que dejo a los dichos indios en poder de los que tan atrozmente
los cautivaron, trajeron y vendieron , como ya en la Junta cuando se
presentaron los papeles yo informé, y con lo cual se animaron los sobre
dichos delincuentes a volver ahora de nuevo a cometer los mismos
insultos y muertes de religiosos, y así mismo porque mandando V,
Majestad ahora que el Gobernador y el Oidor que sucedió al dicho
288
Tabera, en cuanto llega el Obispo acudan a esto prometiéndoles hacer
merced si lo hicieren o castigo si en ello faltaren, aún para este
particular efecto es necesario hacerse las dichas demostraciones de
castigo o a lo menos de ser traídos presos el dicho Tavera que no pidió
el dicho perdón y los m s que van nombrados que no le hubieren
pedido, fuera de ser justo por tantas razones no dársele o a lo menos
cuando no sean castigados que sean traídos fuera de aquella tierra.
Y todo lo que aquí pido es con protestación de que no pretendo pena de
muerte, ni mutilación de miembro, ni efusión de sangre, sino solamente mi
justicia y de la dicha mi provincia y religiosos, y de los dichos indios y su
libertad, a los cuales yo con mis compañeros he reducido y convertido a
nuestra santa fe católica y quedo descargado ante Dios Nuestro Señor y
ante V. Majestad y sus tan buenos y celosos ministros como lo son los de la
dicha Junta con esta diligencia, porque la importancia de la materia es cual
se ve y aún mucho más y como avisan no menos que un Presidente de las
Charcas y es notoria y que por mucho y muchas demostraciones que en
razón de esto se hagan ser poco y recibir‚ Justicia y Merced."
151
85. MEMORIAL DE AO REI.
FAZ UM RELATO DOS DANOS PRODUZIDOS PELOS PORTUGUÊSES E
PEDE AUTORIZAÇÃO DE FORMA QUE NAS REDUÇÕES POSSAM TER
ARMAS DE FOGO PARA DEFESA.
Texto: Cópia autógrafa na Biblioteca Nacional de Rio de Janeiro, Coleção
De Angelis, I-29-1-104.
Impressão: CORTESÃO MCA 1, pp.433-434.
Destinatário: O Rei de Espanha Felipe IV.
Data: Madrid, 1640.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.434 nº 88; CARDOZO 1, p.250 nº 29;
FURLONG, Montoya, p.110 nº 28.
Autores: CORTESÃO MCA 1, pp.433-434; VIANNA 4, pp.394-395.
TEXTO
151
En la parte superior de la 2da. y 4ta. páginas hay un impreso a máquina con las siguientes
leyendas: “Sello quarto, 10 mrs. Año de 1638”. “Sello quarto, año de mil e seiscientos e trinta y
nuebe.”
289
COPIA DE LA PETICION DEL PADRE ANTONIO RUIZ DE MONTOYA A
SU MAJESTAD, RELATANDO LOS ESTRAGOS DE LOS INDIOS
INFIELES Y DE LOS PAULISTAS EN LAS REDUCCIONES DE LA
COMPAÑÍA DE JESÚS Y PIDIENDOLE LICENCIA PARA QUE LAS
DICHAS REDUCCIONES PUEDAN TENER ARMAS DE FUEGO Y ASI
DEFENDERSE DE LAS INVASIONES DE LOS PAULISTAS.
152
"Señor
Antonio Ruiz de Montoya de la Compañía de Jesús, Procurador de la
Provincia del Paraguay en nombre de dicha provincia y reducciones y con
tanto trabajo y gasto de la Real hacienda tiene la Compañía de Jesús,
fundadas en dicha provincia dice que las dichas reducciones de algunos
años a esta parte han recibido mucho daño y menoscabo por la mucha
mortandad que ha habido en ellas así de los indios infieles a quienes estan
vecinos como en las invasiones que los vecinos de San Pablo han hecho
cautivando muchos indios y matando otros, y algunos religiosos de la dicha
compañía por querer ampararlos y defenderlos, lo cual es todo contra la
promulgación del Santo evangelio y enseñanza de los ya convertidos, pues
resulta el llevarlos cautivos así los dichos indios gentiles, como los vecinos
de San Pablo para venderlos en el Brasil para los ingenios de azúcar a cuya
causa va todo en gran disminución por estar las dichas reducciones más de
cien leguas de la ciudad de Asunción cabeza de la gobernación del
Paraguay de donde es imposible el tener ningún socorro para su defensa
como consta del hecho pues en las invasiones que dichos vecinos de San
Pablo [hicieron] no han sido socorridos y ayudados a cuya causa los dichos
vecinos de San Pablo han cautivado y llevado por esclavos muchos indios y
reducciones enteras, como consta por los recaudos que V.M. se sirvió
mandar despachar para la recuperación de dichos pueblos, los cuales es
imposible se puedan en adelante guardar y defender sin defensa de armas
así de fuego como las demás que usan y ejercen los vasallos de V.M. para
defender sus Reales Tierras y vasallos, que de otro modo ser imposible,
caso que los vecinos de San Pablo vuelvan a infestar aquellas reducciones.
Por lo cual:
A V.M. pide y suplica se sirva de hacerle merced de mandar dar licencia
para que las dichas reducciones tengan las armas de fuego necesarias para
defenderse de las dichas invasiones que hacen dichos vecinos de San Pablo
tan en daño de los dichos indios y sus reducciones pues si no hay con que
defenderlas quedaran todas desiertas como lo estan muc has que eran las
mejores que había en aquellas provincias que en ello recibirán merced."
152
Esta copia está escrita en papel sellado en el valor de 12 maravedíes y con la fecha impresa de
1640, y la siguiente cláusula: “Para pobres de solemnidad, dos maravedíes. Año de 1640. Sello quarto
año de mil y seiscientos y cuarenta.”
290
86. MEMORIAL AO REI.
INFORMA SOBRE A NÃO EXECUÇÃO DAS ORDENS REAIS POR
CAUSA DAS REBELIÕES DE PORTUGAL.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia de Jesus, Roma, ARSI FG
845/85 pp.48-48vta.
Destinatário: O Rei da Espanha, Felipe IV.
Data: Madrid 1640 (?).
Bibliografia: STORNI, Montoya, pp.434 nº 91.
TEXTO
MEMORIAL AL REY
"Antonio Ruiz de Montoya, Procurador General de la Provincia del
Paraguay y Procurador General de los indios de las dichas Provincias, dice:
Que continuando los servicios de sus antepasados, que hicieron a V.M. en
tierra firme, y en el Perú, que por historias públicas consta, ha treinta años
que se ocupa en la Provincia del Paraguay, en reducir a la obediencia de la
Iglesia, y de V. Majestad, grande suma de indios infieles, de que él, y sus
compañeros formaron a costa de inmensos trabajos y de su sangre muchas
villas y porque algunas de ellas fueron hostilmente invadidas de los
Portugueses de la costa del Brasil, ocurrió con los dichos poderes a los pies
de V.M. por el remedio.
Y habiéndosele mandado representase los medios que podían ponerse a
semejantes delitos, lo hizo en un memorial impreso: los cuales mandó V.M.
se pusiesen en ejecución, de que por el Consejo de Portugal se
despacharon cédulas y cartas particulares para los Gobernadores del Brasil,
y principalmente para don Jorge Mascareñas, Virrey de dichas Provincias.
Y porque con las nuevas rebeliones y novedades de Portugal (de que
todos los vasallos de V.M. esperamos glorioso fin) se ha impedido la
ejecuci¢n de dichas órdenes, que la pedían muy presta, de más de que con
justa razón se pueden temer las mismas novedades de portugueses, contra
las dichas Provincias del Paraguay y Río de la Plata; así por ser cercanos
los unos a los otros, como porque en las dichas Provincias hay muchos
portugueses avecindados, ha juzgado por conveniente hacer un mucho
servicio a V. Majestad proponiendo algunas cosas importantes para la
seguridad de aquellas Provincias, que ya hoy son frontera de enemigos tan
declarados, y tan vecinos por allí del Perú, que con facilidad podrán
acometerle, así por mar, por el puerto de Buenos Aires, como por tierra por
la ciudad de la Asunción, cabeza del Paraguay, y por las reducciones y
poblaciones de indios, que quedan referidas, para que rconocidas sus
proposiciones, por la junta que V. Majestad se ha servido concederle para
solo este fin, proponga a V.M. lo que juzgare ser más de su Real servicio."
291
87. MEMORIAL DE AO REI.
REFERE O PROCEDIMENTO IRREGULAR DO GOVERNADOR E
REFUTA AS ACUSAÇÕES CONTRA OS MISSIONÁRIOS.
Texto: I. Arquivo Geral das Índias, Nº 74-3-31.
II.Trelles, Revista da Biblioteca pública de Buenos Aires, III, Buenos
Aires 1881,
215-252.
Impressão: HERNANDEZ, Organização Social 2, pp.620-639.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. HERNANDEZ com ortografia
atualizada e notas.
Destinatário: O Rei da Espanha.
Data: 1643.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.435, Nº100,; FURLONG, Montoya, p.134,
Nº37.
Autores: HERNANDEZ 2, pp.620-639; PASTELLS 2, p.77; MEDINA 6, Nº
6845,; STREIT 11, Nº 17, p.23.
TEXTO
MEMORIAL AL REY
153
"SEÑOR
1. ANTONIO RUIZ DE MONTOYA, de la Compañía de Jesús,
Procurador de la provincia del Paraguay y Río de la Plata, dice:
Que don Pedro de Lugo, caballero de la orden de Santiago, fue proveído
por Gobernador del Paraguay, sólo a fin de que atendiese a reprimir y
castigar los portugueses, que hasta hoy infestan aquellas provincias,
habiéndose reconocido en él en esta Corte gran virtud, que fue suplemento a
los años y experiencia. Porque para tomar aquel gobierno, dejó el manteo y
sotana de estudiante. Procedió en su gobierno ajustadamente. El cual,
además del orden general sobredicho, recibió orden particular de V.M. para
que efectivmente castigase dichos portugueses, en tiempo en que iban
153
"Trelles prueba que se escribió en 1642 ya que en el mismo texto se lee: "Dentro de dos años se
rebeló Portugal y ya ha cuatro que el suplicante asiste a esta Corte". Si llegó a Madrid en 1638, los
cuatro años se cumplían en 1642. (Cfr: FURLONG, Montoya, p.134, Nº37.)
292
entrando por aquellas tierras quinientos, con dos mil indios tupís, a acabar
de destruir el residuo de reducciones hechas por los religiosos de la
Compañía de Jesús: los cuales, habiéndolos negado el socorro que pidieron
al Gobernador de Buenos Aires (a quien competía darlo, por ser su
jurisdicción), lo pidieron al dicho D. Pedro de Lugo: a que acudió
prontamente, saliendocon setenta españoles. Y para ser ayudado de los
indios, les prestó siete mosquetes, que entregó al hermano Antonio Bernal,
religioso de la Compañía, que, seglar, por su mucho valor, ocupo muy
honrosos puestos en la guerra de Chile; el cual salió con los indios,
acompañando al mismo Gobernador. Puestos ya a media legua del
enemigo, y reconocida su ventaja, no quiso pasar adelante el Gobernador;
antes hubo pareceres de retirarse. (Hace mención la carta para S.M. del
Cabildo ecco. de la Asunción) Determinóse el hermano Antonio Bernal a
acometer al enemigo; matóle un buen número, e hizo presa en diez y siete;
los demás desbaratados, se acogieron a los montes, por cuyas espesuras
perecieron; y consta de personas que ha poco que vinieron de Brasil a esta
Corte que solos trinta volvieron a sus tierras.
2. Los diez y siete cautivos entregaron los indios al Gobernador; el cual,
atemorizado por la novedad del suceso que nunca imaginó, por no haberse
visto en otro, y temiendo que en venganza volvería todo Portugal a destruir
la tierra, reprendió severamente a los indios, condenando en esta acción a
los religiosos, que en tan justa defensa habían ayudado; dio libertad a los
presos; regalólos y llevólos consigo a su gobierno, en donde se pasearon
libres. Requirióse al Gobernador por parte de los indios que los castigase o
los remitiese a la Audiencia de los Charcas, que ya prevenida con sus
Provisiones Reales, había mandado que con rigor fuesen ejemplarmente
castigados semejantes delincuentes. Hízosele notoria una Cédula de V.M.
despachada a los Gobernadores de aquellas provincias en que V.M. dice
estas palabras: "Me ha parecido ordenaros y mandaros (como lo hago),
procuréis por todas las vías posibles haber a las manos y castigar con
grandes demostraciones los delicuentes y personas que se ocupan y
entienden en las dichas crueldades y otras cualesquiera, con que se
perturba la paz y quietud de la república, y por el consiguiente cesa la
propagación del Evangelio; haciendo para la mejor ejecución de lo que se
desea todas las diligencias que convengan, sin perdonar ninguna, de suerte
que se consiga lo que se pretende; sobre que os encargo la conciencia, etc."
[Real Cédula de 12 de Setiembre de 1628]. ¨A quién, Señor, por pusilánime
que fuera, nomovieran palabras tan demostrativas del Real y cristianísimo
celo de V.M., en ocasión tan nacida a hacer un acto celoso de justicia, o por
lo menos de obediencia a tan ajustado precepto? A todo esto cerró los
oídos, abriendo los ojos al despojo dedos mil almas que el enemigo había
cautivado, para ponerlos en perpetua esclavitud, como hacen a los negros
de Angola. Esta presa repartió entre sus soldados, premiando su poco nimo
con ella, cargando de denuestos los indios que la ganaron. Cinco de los
delincuentes hicieron fuga; y entre ellos uno que dio la muerte con un
mosquetazo al P. Diego de Alfaro, de la Compañía, Comisario del Santo
Oficio y Superior de aquellas reducciones.
Pretende el Gobernador por disculparse, que se quiten las armas a los
indios y las doctrinas a la Compañía.
293
3. Apretado el Gobernador con los requerimientos dichos, trató de
anticipar su defensa con informes e informaciones para V.M. y Real Consejo
de Indias, en que según corrió allá voz, reprueba con aparentes razones el
manejo de armas de los indios, que poco antes efectivamente había
aprobado, entregándoselas en sus manos; sacando por ilación que aquellos
alborotos y muertes de portugueses, los han ocasionado los religiosos de la
Compañía; y quizá lo confirmar con la destrucción que los portugueses
hicieron de tres ciudades, de cuatro que formaban la provincia y gobierno; a
cuyas calumnias satisface el venerable Cabildo Sede vacante de la ciudad
de la Asunción, en una carta escrita a V.M., de cuyo traslado auténtico, que
de allá se remitió, hace presentación el suplicante; la cual, cuanto más se
libra de pasiones, tanto más acredita sus verdades. Y la acción misma de
haber rechazado a los rebeldes portugueses, queda muy calificada con las
palabras referidas de la Real Cédula que apoyan el servicio que dichos
religiosos hicieron a V.M.
5. Y si la remisión del Gobernador hubiera prevalecido, quedaban los
portugueses con más fuerza para proseguir su intento de apoderarse de la
ciudad de la Asunción, de donde con suma facilidad se apoderarían de los
ríos Paraná y Paraguay; y navegando por ellos, se harían señores de toda
la tierra y mar, desde Buenos Aires a Lisboa y Holanda; y trajinarían azúcar
y otros frutos de aquella fértil tierra; y con cascabeles , cuentas, alfileres y
otras cosillas, ganarían (que lo saben hacer) infinidad de gentiles que
habitan aquellas extendidas tierras, con que se harían inexpugnables, e irían
abriendo camino fácil al Perú Y si estos lances reconoció el Gobernador, no
se debe juzgar por acción fiel a V.M., quitar las armas a los que con tanto
valor rechazan al enemigo. Si no lo reconoció, podrá se excusar con la poca
experiencia, falta que en los que gobiernan no es pequeña. Las
conveniencias de estas armas tienen el suplicante propuesto a V.M., y
respondió a sus objeciones en el Consejo Real de Indias, en el de Guerra,
en dos Juntas particulares y en el Consejo de Estado; cuya ejecución tiene
V.M. remitida al Virrey del Perú.
6. Consultando el Gobernador con los émulos de la Compañía el remedio
para que cesen los alborotos de los portugueses, hallan por conveniente se
quiten aquellas Doctrinas a los que con su sangre las han fabricado, o que
por lo menos se haga estanco de ellas, para que se den a los religiosos de
otras órdenes que más baja hicieren en la limosna que V.M. da a los Curas;
porque habrá religiosos que sin tanto gasto como V.M. hace con la
Compañía, con sola la natural sustentación las servirán (así lo dicen).
Cuanto a lo primero, véase lo que el Gobernador hizo, y lo que los indios
animados de los religiosos hicieron, y queda referido en el n.1 y 2, donde
consta quien fue leal vasallo de V.M., ejecutor de sus Reales mandamientos,
y de ahí se sacará si merecen dichos religiosos ser privados de dichas
Doctrinas. Cuanto a lo segundo, hicieron mal la cuenta; y así piden mucho
m s de lo que V.M. da a la Compañía. Y pruébase así. Da V.M. la limosna
para diez reducciones a menos de cuatrocientos pesos corrientes a cada
una. Tiene hoy la Compañía, sin las que han destruído los portugueses,
veinticinco; y en ellas tiene empleados cincuenta sacerdotes, sin otros
religiosos legos de que se ayudan. Repartida esta limosna entre los
cincuenta sujetos, cabe a cada uno a menos de sesenta pesos; los cuales,
294
es claro que no bastan a la natural sustentación, pues da V.M. en otras
partes y a otros religiosos a setecientos, a mil y a mil y quinientos pesos a
cada uno. Además que este dinero se ha empleado en hierro y
herramientas, que se dan gratis a los indios para sus labranzas; en
anzuelos, cuentas y alfileres para atraer a la fe a los gentiles, y en
ornamentos para el culto divino; y para esto se va reservando parte de esta
limosna, para que los procuradores que vienen a esta Corte, lleven de acá lo
referido más barato, en mayor cantidad y mejor. Así lo ha ejecutado el
suplicante, haciendo aquí ornamentos varios, imágenes de bulto y pincel, en
buen número, instrumentos músicos para las iglesias, órganos, cosa allá
nunca vista de aquella gente; con que se espera que a su novedad se
convertirán a nuestra santa fe muchos gentiles, como se ha hecho con la
música eclesiástica; y ayudados de limosnas, imprimió en esta Corte tres
libros de aquella generalísima lengua, muy importantes para aprenderla,
para predicar y para que los indios aprendan la Doctrina cristiana y
juntamente el idioma castellano, como tiene mandado V.M.; de que sacó mil
y cuatrocientos cuerpos, que ya encuadernados tiene para llevar a su
provincia. Y afirma con toda verdad que ni un hilo de ropa ha comprado, ni
tiene ya con qué, para el vestuario de los Padres, que es el título con que se
da y recibe esta limosna. Conténtanse los Padres con vestirse de lienzo de
algodón, cosa vil, que con barro y ciertas hojas se tiñe con facilidad, y con la
misma se destiñe.
Acusaciones contra los Misioneros: Cargos
Hallá el Gobernador y sus secuaces para apoyo del destierro y
privaciones de Doctrinas que desean, graves delitos contra dichos religiosos;
de que sin asco han hecho, siendo laicos, cabeza de procesos criminales,
con denunciaciones en forma, como consta de los papeles que exhibe el
suplicante; y se reducen a nueve: 1 Que tienen oculto un gran de que se
aprovechan.- 2 Que ponen mal a los españoles con los indios.- 3 Que no
quieren que los Obispos visiten sus Doctrinas.- 4 Que no quieren que los
Gobernadores visiten.- 5 Que tratan y contratan.- 6 Que no quieren que los
indios sirvan a los españoles.- 7 Que los indios que ha convertido la
Compañía a la Iglesia, ha sido por armas.- 8 Que dan armas de fuego a los
indios.- 9 Que despueblan las reducciones de indios sin licencia de V.M.
154
A éstos se reducen los pecados y crímenes de dichos religiosos. Y aunque
cada punto pedía respuesta muy lata por haber materia, ser fuerza ceñir
este Memorial.
1. El tesoro
. El primer fingido crimen es que el suplicante, como quien ha penetrado
tanto por aquellas tierras, en busca de gentiles, halló un tesoro muy grande
de oro, que tiene escondido. Y según el suplicante vio en una carta de un
154
P.Miguel de Ampuero en su requerimiento; presentado al Consejo Real de Indias. El dicho Padre
en otra petición contra Gavilán presentada al Consejo de Indias (Cfr: HERNANDEZ, Organización
Social 2, p.623, cita (1)).
295
religioso poco afecto a la Compañía, escrita a D. Pedro Esteban Dávila,
Gobernador de Buenos Aires, afirma que el suplicante, enviaba de noche a
sacarlo con indios muy confidentes, y de secreto; y que por no tener donde
poner tanto oro, lo echaba en un aposento, y de este oro se aprovechaba
toda la Religión.- A esta antigua calumnia respondió el suplicante en un libro
que imprimió en esta Corte, convenciendo la falsedad de invención tan ajena
de toda verdad. Y el Gobernador don Pedro Esteban Dávila, habiendo dado
aviso con toda aseveración de este tesoro escondido, ya bien desengañado,
volvió a escribir a V.M. que había sido falsa invención de los émulos de la
Compañía, como consta de su carta, que el suplicante imprimió en su libro.
La eficacia de este Gobernador fue tanta en la averiguación de este caso,
que enviaba un Alcalde ordinario al desembarcadero a visitar las alhajas y
aún los ornamentos de los Padres que iban a su gobierno; molestia que
llevaron con sufrimiento, sin saber entonces el fin. ¨Vio por ventura alguno de
los delatores algún grano de oro en indio? Cien años ha y más que es
habitada aquella tierra; y hasta hoy no se ha visto cosa semejante, y mucho
menos es de creer que tienen oro que por una planchela vieja de latón o de
cobre trocarían un hijo; porque estiman ponerse por ornato en el pecho
alguna cosa de estas. Otras muchas razones se dejan que convencen. Pero
si ya no basta la simple afirmación, dice el suplicante que por la reverencia
que debe al venerabilísimo Sacramento del Altar, que como sacerdote
(aunque indigno) ofrece da día, jura con toda la solemnidad necesaria, que
es invención de gente de depravada intención. Dieron por testigo de esto a
Pedro de Alvarado Bracamonte
155
que perdido por aquellos campos, dio en
unas reducciones de la Compañía, el cual en una declaración jurídica que el
suplicante presentó, declara haber sido falsa imposición ésta y otra que le
ahijaron; declara el buen tratamiento que le hicieron los Padres y los indios
(porque corrió voz que le habían muerto), declara la cristiandad de los indios,
la limpieza, ornato y música de las iglesias; declara cuán lejos están los
Padres de servirse de los indios, declara que no se les vió escopetas
(porque aún no las había prestado D. Pedro de Lugo); declara otras cosas
imputadas de émulos, a que se remite el suplicante.
2. Poner mal los españoles con los indios
. La segunda calumnia es que los religiosos ponen mal a los españoles
con los indios; y traen en prueba la guerra que hay viva en la provincia del
Calchaquí, haciéndolos causadores de ella. Y pudieran traer la historia de
los indios Guaycurús, que han sido inconquistables; de quienes hace
mención la carta de la Sede vacante del Paraguay, punto muy reparable. La
historia de Calchaquí conviene explicarla, porque ha muchos años que se
empezó, y muchos de los émulos, por ser entonces de poca edad, no saben
la historia, que pasó así. La provincia de Calchaquí fue inconquistable, por
las tierras tan agrias, que para su habitación escogió aquel gentío. Acudían a
155
Declaración de Pedro de Alvarado, que se presentó en el Consejo de Indias (Cfr:
HERNANDEZ, Organización Social 2, p.623, cita (2)).
296
los valles cuando y como querían a servir a los españoles, llevados de algún
interés, como lo hacen cuando se les antoja los Guaycurús en el Paraguay.
Entró por estas montañas el apostólico varón Padre Juan Darío con un
compañero, que fueron los primeros que echaron la hoz a aquella mies,
reduciéndola a poblaciones. De toda aquella gente fabricaron cinco.
Aprendieron con incansable porfía su lengua, en que les predicaron,
enseñaron y bautizaron. Del trabajo e inusitadas comidas y crecidas edad,
estuvo este fervoroso varón para rendir la vida. Acudieron luego los
españoles por el servicio personal. (Juzgan, Señ or, algunos, que en
recibiendo el gentil el agua del bautismo, es ya oveja que se ha de dejar
desollar aunque le pese, y que el cura ha de cerrar los ojos; y si reprende o
habla, él saldrá mordido). Persuadieron los PP. a los indios que acudiesen al
servicio de los españoles. Ibaseles cada día aumentando el detestable
servicio personal (no se disputa aquí si se debía), con ausencias largas de
sus mujeres e hijos, y pérdida de sus labranzas. Los españoles frecuentaban
los pueblos, a título de que cualquier desmán de los indios había de cargar
sobre los pobres Curas. Tratarles de que hay Cédulas de los señores Reyes,
y Ordenanzas cofirmadas de D. Francisco de Toledo, que prohíben estas
entradas, era sacrilegio y crimen para tratar de la expulsión de los Curas.
Creció la libertad hasta la impudicia contra las mujeres e hijas de los indios,
que ya atosigados, zaherían a los PP. que por su causa tenían tan pesado
yugo, y que el de Dios era insufrible; pues gentiles, vivieron con desahogo y
libertad; y ya cristianos, experimentaban una intolerable servidumbre. Por
otra parte los españoles, mostrándose ofendidos, se quejaban de los
Padres, diciendo que se alzaban con sus indios; y asi trataron de que los
religiosos dejasen aquellos pueblos. Así se ejecutó con harto sentimiento de
los indios, que declararon bien sus lágrimas y llantos. Los españoles,
juzgando por de ovejas aquel rebaño, ya sin pastor subieron a la sierra.
Halláronlos tan fieros tigres , que algunos quedaron muertos a sus manos, y
otros escaparon apenas con las vidas. Encarnizados los indios, bajaron a los
valles, asolaron con rabiosa furia la ciudad de Londres; mataron los
españoles, los negros, los indios, las mujeres y niños que pudieron haber a
las manos, sin perdonar a cosa viviente. Ni perdonaron las viñas; abrasaron
las mieses, robaron cuantiosos números de hacienda de las casas, ropa de
los obrajes, sin dejar en las estancias cabeza de ganado. Salieron
desvergonzadamente ufanos con los afortunados sucesos a campo con los
españoles varias veces, saliendo vencedores; impidieron el paso del Puerto
de Buenos Aires al Perú, con que causaron muchos daños. Proveyó de
socorro la Audiencia de los Charcas con soldados, y sesenta y dos mil pesos
corrientes de la Real Hacienda de V.M. y por cabo a D. Antonio de Ulloa,
que a la sazón hacía oficio de Fiscal. El cual, aunque hizo su esfuerzo para
alcanzar el remedio, no consiguió nada. El escarmiento hace que los
españoles deseen con insistencia que estos indios se recojan de paz, y
vivan y gocen de ella a su antiguo modo. El Presidente D. Juan de Lizarazu,
buscando medios para esta pacificación, le parece único que la Compañía
vuelva a recoger de nuevo esta gente, y así lo ha propuesto. Donde se
concluye claramente cuan poco ajustados andan a la verdad los que ahijan
esta guerra a la Compañía. Mejor dijeran que la ruina que se ve hoy, y
miserable consumo de noventa mil indios, que ha treinta años, poco más,
297
que matriculados se reconocieron sirviendo a los españoles, ya hoy
reducidos a mil, les ha inducido a buscar el logro de su conservación.
. La misma calumnia pudieran haber puesto en el suceso de la nación
Guaycurús, que son cuatrocientos indios, que habitan las tierras fronterizas
del Paraguay que divide el río; y confinan con la nación Itatí, que son de la
jurisdicción del Perú. Esta nación no la han podido sujetar los españoles;
antes aquellos tienen a estos muy amedrentados, por ser sumamente
belicosos, haciéndoles continuos daños, robándoles los ganados,
destruyéndoles sus labores y sementeras, llevándose hurtadas las mujeres,
y entre ellas una hermana del más insigne Gobernador que tuvo aquella
tierra, que fue Hernandarias de Saavedra. El cual invitó a la Compañía se
encargase de domesticar aquella gente; en que fundó la paz de aquella
república, ofreciendo en nombre de V.M. cuatrocientos pesos para el
sustento de dos religiosos. Ejecutóse así. Entraron dos Padres por aquellas
tierras de tan bestiales indios, que sin hacer sementeras, sembrar ni recoger
cosas, andan vagando por aquellos campos, llevando consigo unos pellejos
que les sirven de casas, y arman a las orillas de las lagunas para
sustentarse de pescado y caza. Hay por toda aquella tierra para cada hora
del día su especie de mosquitos, y para la noche otras. Esta gente trataron
estos religiosos de reducir. Las incomodidades, trabajos y necesidades que
padecieron, no puede la imaginación llegar a imaginarlo. No fue más fácil de
vencer la contradicción de los indios, que, recelosos de los españoles,
concebían descrédito de los Padres. A cuya perseverancia vencidos ya los
indios se redujeron a población casi a vista de la ciudad, el río en medio.
Cesaron los robos de caballos, destrucciones de estancias, ruinas de
sementeras; abrieron puerta a que los españoles entrasen seguros por sus
tierras a recoger el ganado vacuno de que abunda aquella tierra. Con esta
paz cesaron centinelas; dormían con seguridad los españoles; iban sin los
pasados recelos a sus labranzas; quedaban seguras en ellas sus mujeres.
Duró este sociego y paz todo el tiempo que a los religiosos les fue permitido
estar entre los indios, con harto fruto de los hijos y gente moza; que los ya
de edad, envejecidos en su modo de vivir antiguo, dábales en rostro la
virtud. Hicieron los PP. arte de la lengua, para facilitar su estudio; escribieron
la Doctrina cristiana, compusieron sermones, con que corría la fe con
próspero suceso. Llegó un Prelado a aquella iglesia, ignorando los trabajos
pasados que habían causado aquellos indios a la república. Vio sólo la paz
presente; puso los ojos en los cuatrocientos pesos.
Sirva de confirmación de esta verdad el caso siguiente: La ciudad de la
Concepción del Río Bermejo era una, quizá la más florida, de más comercio
y expectación de aumentos que hubo en aquellas provincias, por la
abundancia de algodón, cera, lienzos, cáñamo y otras cosas, que traían
mucho número de marchantes. Tenían allí V.M. una muy lucida población de
indios, que daba a la Real Hacienda numerosas entradas de dinero en
obrajes; y al paso que se iba acrecentando el comercio, se iba acrecentando
el trabajo de los indios de este pueblo y otros, que estaban a cargo de sus
encomenderos, todos doctrinados por varios sacerdotes. Rendidos ya
totalmente los indios al trabajo, intentaron sacudir el yugo de sus hombros.
Convocaron los indios gentiles sus vecinos; y dando de repente en los
españoles, mataron algunos, y uno o dos sacerdotes. A otros pusieron una
298
rueca para que hilasen, ejercicio en que decían haberlos molestado.
Apoderándose de la ciudad y haciendas, haciendo gran destrozo. La gente
española se recogió toda a un convento de religiosos, donde guarecieron
sus vidas, zahiriéndoles los indios con los agravios que publicaban haber
recibido de ellos. El único remedio fue huir; porque las ciudades vecinas
recelaban en sí el mismo daño, y así no pudieron socorrerlos. Salieron
huyendo y lastimosamente; las mujeres y niños a pie descalzo por aquellos
campos, necesitados del abrigo y del sustento, quedando sus enemigos
ricos de despojos. A quien cegó con providencia el cielo para que no los
siguiesen, que les hubiera sido fácil despojarlos también de las vidas. Con
este afán llegaron a la ciudad de San Juan de Vera [de las Siete Corrientes],
donde el suplicante los vio, bien lastimado de verlos ayer tan prósperos, y ya
tan miserables que pedían limosna. El Gobernador del Puerto envió dos
veces ente en buen número al castigo de os delincuentes y reedificación de
la ciudad; pero ni lo uno ni lo otro tuvo efecto. Antes volvieron huyendo los
soldados, dejando a los enemigos ochocientos caballos, con que se
fortalecieron y quedó toda aquella tierra perdida. Pregúntese si se halló aquí
alguno de la Compañía? ¿Si tenía a su cargo alguna Doctrina? ¿Si en la
ciudad tenía algún colegio? ¿Si tuvo alguna vez alguno de ellos trato o
conversación con aquellos indios, para poderse presumir que, por haber
puesto mal a los españoles con los indios se rebelaron? No causan, Señor,
aquellos alborotos religiosos que por su instituto profesan evitarlos.
Amplíese más este punto. A los Césares pretendieron conquistar los
españoles. Entraron con grandioso aparato por sus tierras. Pero
escarmentados en los indios de Chile sus vecinos, no quisieron recibir el
yugo; y no hubo allí religioso de la Compañía que les hablase mal, e
indujese a no recibir a los que pretendían conquistarles. Y así despidieron
los españoles de sus tierras, los cuales usando de cordura, dejaron la
empresa como imposible. A la provincia del Chaco entraron también
conquistadores. Dejáronlos vivir los indios en sus tierras todo el tiempo que
no experimentaron pesadumbres. Pero viendo sus tierras penetradas,
trasegadas
156
sus haciendas, apetecidas sus hijas y mujeres; se juntaron en
tan grande número, que reconocido por el gobernador de aquella conquista,
dando una gran palmada dijo: Vive el cielo que de esta vez pongo en
España doce mil ducados de renta. Entendiendo mal que los indios venían a
darle la paz. Cuando llegando a supresencia los embajadores, le dijeron que
ya había diez años que estaba en sus tierras; que tratase de salir de ellas, y
dejarlos gozar de su libertad. Y aunque el gobernador, mostrando esfuerzo,
les mostró mucha pólvora y balas, valióle poco la estratagema. Porque
aquella noche le cogieron los indios todos los ganados, caballos y mulas;
conque les fue fuerza hacer su retirada a pie. Y no hubo entre los indios
religioso alguno de la Compañía, a cuya persuasión pudiesen hacer este
desacato. El pueblo de los indios Chanás que estos años se levantó, y
desvergonzadamente negó la obediencia a los españoles, que tantos años
había conservado y ya libre del yugo, por sus tierras les hacía daños, no se
levantó porponer mal con ellos a los españoles los religiosos de la
Compañía; porque nunca esos los doctrinaron, sino otros religiosos.
156
Trasegadas: Trasegar: Trastornar, revolver
299
3. Visitas de los Obispos
La tercera calumnia es que no quieren los de la Compañía que los
Obispos visiten sus Doctrinas.= Esto es sin fundamento. Porque el Obispado
del Paraguay ha sido desgraciado en sus Obispos, porque casi siempre vive
viuda aquella iglesia. Don Lorenzo de Grado estuvo allí tan poco, que
apenas tuvo lugar de visitar sus arrabales. Siguióle Dr. Fr. Tomás de Torres;
y apenas puso allí el pie, cuando fue fuerza acudir al concilio que se convocó
en los Charcas; y no volvió más, porque se quedó, y murió electo Obispo de
Tucumán. Después de; otra vacante, fue D. Cristóbal de Aresti, el cual
llamado de los religiosos, y aún importunado, por el escrúpulo de tener tanta
gente en sus reducciones por confirmar, fue luego a visitar las Doctrinas de
su jurisdicción. De cuya Visita dio cuenta por sus cartas al Real Consejo de
Indias, en que escribe con honorificencia los trabajos de los religiosos; cuan
bien doctrinadas tenían sus ovejas, la música en la celebración de las misas
y culto divino; aseo, limpieza de los templos . Luego que el suplicante bajó de
la Provincia de Tayaoba al Paraná con once mil almas sacadas de las uñas
de los portugueses, volvió el dicho Obispo a hacer su Visita a estos indios
advenedizos, y a los ya antiguos habitadores de aquella tierra. Celebró su
Visita, con justos sentimientos de ver aquella iglesia perseguida y acosada
de los portugueses. No tuvo más para otra Visita, porque fue promovido al
Obispado de Buenos Aires; y desde entonces esta vacante aquella silla;
porque a Fr. Bernardino de Cárdenas, Obispo electo años ha de aquella
iglesia, el año pasado le fueron las Bulas. A don Fr. Cristóbal de Aresti, ya
en su Obispado de Buenos Aires, es testigo el suplicante se le pidió varias
veces fuese a visitar las reducciones de su jurisdicción; y el suplicante le
instó algunas veces a ello; los mismos indios bajaron al Puerto con sus
embarcaciones a llenarlo (para obligarle); de que se excusó por los peligros
del río, por su mucha edad y poca salud. En lo que se funda la calumnia es
en el siguiente caso que pasó así. Tomó la Compañía dos puestos en los
indios Itatines, fronterizos a tierra del Perú, para ir ganando aquella inmensa
gentilidad al gremio de la Iglesia y servicio y devoción de V.M. Pusieronse
allí tres socerdotes. Corrió la voz entre los gentiles ; y entre los que acudieron
a la novedad, fue una nación ferocísima llama Payaguá, crueles enemigos
de los españoles, en quienes han ejecutado atroces muertes, cautivando
sacerdotes, sirviéndose de ellos desnudos con bárbara inhumanidda; con
que se han hecho terror de toda aquella tierra, sin ser posible sujetarlos por
las armas; y aún se desesperaba poderlos domesticar por el Evangelio; tanta
fue siempre su barbaridad y dureza. Estos reconocieron en el religioso trato
de los Padres que debían ser otra especie de hombres; viendo la enseñanza
de los indios, frecuentes sermones y doctrinas, se aficionaron a la virtud, que
aún a las bestias rinde. Comunican ya mucho a aquellos Padres (aunque los
dos rindieron ya las vidas en lo más florido de la edad a manos de trabajos;
para suplir esta falta dejó un religioso la cátedra de Artes que leía, prueba
del concepto que hace la Compañía de la conversión de los gentiles). Estos
Payaguás, han pedido a los Padres que quieren ser cristianos y reducirse a
pueblos, deseosos de que sus hijos gocen de la enseñanza que los demás
habitadores de aquellos pueblos. Pidieron los religiosos y su Provincial al
300
Obispo fuese a confirmar los ya cristianos: deseó hacerlo; pero es testigo el
suplicante que no hubo clérigo ni secular que quisiese acompañarle de
miedo de los Payaguás. El P. Justo Mansilla (a cuyo religioso trato y de sus
compañeros se habían rendido aquellos bárbaros) pidió con instancia varias
veces al Obispo esta Visita, asegurándole su vida y las de todos los que le
acompañasen; y aún se obligó a que los mismos indios de quien tanto temor
tenían, los llevarían y volverían con toda seguridad. Lo cual se echó a
engaño, interpretando que dificultad tan grande la minoraba la Compañía
con traza de que no dando crédito a ella, cesase la Visita. Mal infirieron: y
antes se saca la consecuencia clara que no impiden los de la Compañía las
visitas de los Obispos, pues con tanto ahinco procuraron esta, y
consiguieron las otras antes dichas.
4. Visita de los Gobernadores
Dice la cuarta calumnia que los religiosos no dejan que los Gobernadores
vayan a visitar los indios.= No es creíble, Señor, que Gobernadores en las
Indias, y tan lejos de V.M., sean tan humildes, que se dejen sujetar de unos
pobres religiosos, y tan sujetos a cualquiera señal de los mandatos de V.M. y
sus ministros, principalmente siendo ya cosa bien conocida que los
Gobernadores, mientras más se apartan de la soberana grandeza de V.M.,
en cuya presencia son invisibles, van aumentando más su estimación: en
tanto grado y con tanta soberanía, que cualquiera simple proposición a sus
órdenes, aunque no sean ajustadas, se reputa por resistencia a la justicia. Y
si hubiesen sucedido algunos agravios, quitándoles a los indios sus
embarcaciones, haciéndoselas llevar muchas leguas a ellos mismos,
costeándose ellos mismos su sustento, sin que el Gobernador les gratificase
ni el trabajo de llevarlas, ni el precio de ellas, que les quitan para sus
intereses: no se puede decir que es resistencia el avisarle de este agravio, ni
del mal ejemplo que se sigue de él: ni del impedimento que estas acciones y
otras peores, ponen al Evangelio; ni por esto ha de decir el Gobernador que
le vedan la visita de su distrito. Poder tiene el sacerdote para reprender los
vicios: y a ningún Gobernador se ha hecho con descortesía. Algunos, si, la
han afectado con los sacerdotes. Que vayan visitado las veces que hayan
querido, es infalible verdad. El Gobernador Hernando Arias visitó a S.
Ignacio e Itapúa, luego que se fundaron por la Compañía: y en su gobierno
no se fundaron otras. Manuel de Frías, don Luis de Céspedes, las visitaron
sin contradicción: y siendo este llevado preso a Chuquisaca y privado del
gobierno, envió la Audiencia de Charcas otro en su lugar, Martín de
Valderrama El cual, lo primero a que atendió fue a empadronar los indios: a
que el suplicante se halló y trabajó en sosesgarlos, por los agravios que
recibieron de los soldados que llevó consigo (que siempre son en buen
número), por que no había ni mujer, ni hija, ni cosa segura a su apetito: y es
testigo el suplicante que por haberle dado éstos y otros avisos importantes al
desempeño de la conciencia de V.M. y de la suya, convocó de secreto los
caciques en su casa, y les persuadió a que le pidiesen en público que
echase de allí aquellos Padres, e hizo otras diligencias bien opuestas a su
oficio.. Estas escandalosas acciones encendieron más a los indios el amor
de sus Padre, confesando deberles todo el ser que tenían de cristianos. A
301
este Gobernador siguió don Pedro de Lugo: y con haber poco que se había
hecho el padrón, lo volvió a hacer, sin contradicción de nadie, antes con
mucho aplauso y fiesta que le hicieron: y sin replicar los indios a los agravios
que reciben, y gastos excesivos a su pobreza, con tanto acompañamiento de
soldados que llevan consigo los Gobernadores. Todo lo cual consta por las
Visitas que hicieron y padrones. Luego, falso es decir que los religiosos no
quieren que visiten los Gobernadores. Los Gobernadores dichos lo han sido
del Paraguay. Los del Puerto de Buenos Aires nunca los han visitado,
porque nunca han sido de aquel puerto: y rara vez alguno ha visitado las
poblaciones de españoles de su gobierno.
5. Tratos y contratos
La quinta calumnia es que los Padres tienen tratos y contratos y con esto
tienen ocupados los indios.= Sea testigo de la falsedd de esto la Majestad de
aquel Señor que es Juez de vivos y muertos, a cuyo tribunal fuerza [sic] la
pasión que lo ha inventado. Sea testigo entre otros que presentará el
suplicante si se le mandare, D. Lorenzo Hurtado de Mendoza, Obispo electo
del Río Janeiro, persona que ha habitado el Occidente muchos años. El cual,
movido de la extrema necesidad de dichos religiosos que con mucha razón
se pueden llamar apóstoles de aquella gentilidad, les juntó socorros de
limosnas, siendo administrador en los Chicas. Y avecinándose más, siendo
Prelado en la jurisdicción del Río Janeiro, vio algunas veces los dichos
religiosos caminar a pie muchas leguas en busca de los indios, descalzos,
rotos, sin llevar otro ajuar o repuesto que que una hamaca o red para dormir,
sustentándose con raíces de mandioca: tan flacos, tan descoloridos y
acabados, que más parecían retratos de la muerte que hombres vivos. Mal
dice tanta pobreza con el interés de contratos que publican émulos, si bien lo
que su malicia finge, aprueba la verdad. Cómpranles los Padres a los indios
la voluntad a precio de trabajos para que se reduzcan, a cosa de continuos
desvelos para doctrinarlos y hacerlos tan doctos como son en la doctrina:
con ajustarse hombres tan letrados a la pequeñez de sus ingenios: con
perseverancia en sufrirlos y sobrellevarlos. Con esto los rescatan del
gentilismo para hacerlos esclavos del demonio, hijos libres de Dios. Será
bien, Señor, que sean examinados testigos: y pregúnteseles ¿qué casas
habitan estos religiosos? Son una pobres chozas pajizas. ¿Qué ajuar
poseen? El Breviario y Manual para bautizar y administrar Sacramentos.
¿Qué sustento tienen? Raíces de mandioca, habas, legumbres: y es testigo
la Majestad de Dios, que en pueblos de gentiles se pasaban veinticuatro
horas en que el suplicante y sus compañeros, ni aún raíces comían, por no
pedirlas a los indios, recatando el serles cargosos, trabajando con ellos todo
el día, en catequizar, predicar, bautizar, confesar, y curar sus almas y
cuerpos: a cuyos trabajos rindió el alma en manos del suplicante, el P.
Martín de Urtazum, nobilísimo navarro, que renunció, por morir en los brazos
de tan apostólica pobreza: la cual al suplicante y sus compañeros tuvo ya a
pique de entregarlos a la muerte. A la misma rindió al P. Diego Ferrer, y P.
Nicolás Ignacio esta pobreza, y otros muy lucidos sujetos, a quien no la
edad, porque eran mozos, sino la misma miseria de dormir sobre un poco de
paja o algun pellejo, los arrebató. Averígüese, Señor, esta verdad: sáquese
302
en limpio. ¿Quién sirve a V.M. con verás? ¿Quién le reduce vasallos a costa
de su vida? ¿Quién le ofrece los tributos, ajenos de intereses propios?
¿Quien le defiende sus tierras sin estipendio? ¿Quién le busca soldados
indios que las amparen? Cuantas veces, encontrándose el suplicante con
tropas de protugueses, fue maltratado de ellos, y puesto ya para ser
peloteado con sus arcabuces , no por otro delito que defender las tierras de
V.M. y sus vasallos indios, sin otro interés que el amor tan debido a V.M.: y
por confesar el debido vasallaje que se le debe, negándolo ellos, y afirmando
tener su rey. De quedos años antes del alzamiento de Portugal, puesto el
suplicante a los Reales pies de V.M. las primera vez, dijo estas palabras:
Señor, desde aquellas remotas provincias he dado voces con cartas a esta
Corte, manifestando los intentos de los portugueses, y por la distancia que
hay de tantas leguas no he sido oído: y así vengo a los reales pies de V.M. a
pedir el remedio de los males gravísimos que justamente se temen.
Pretenden Señor, quitar a V.M., la mejor pieza de la Corona que son las
Indias.
Dentro de dos años se rebeló Portugal, y ha cuatro que el suplicante asiste
en esta Corte, con hartos sufrimientos, sin otro interés que hacer servicios a
V.M. Averígüese, Señor, y sépase quien apoya las acciones portuguesas,
quien contradice las armas de fuego que el suplicante ha pedido con
instancia para los indios (ya £nico remedio, como se ve en el n.1 y 2),para lo
cual ha ofrecido el suplicante que la limosna que V.M. da a los religiosos se
emplee en eso. Y si fuere necesario, tiene ofrecido en sus memoriales
vender los ornamentos de las casas de su provincia, para el mismo fin, con
deseo de que toda aquella tierra conserve la lealtad a V.M., pues de ella
depende el conservarse en la fe católica. Y conocidos quien son claramente,
se conocer que son los inventores de estas calumnias.
Averiguada ya, Señor, no la pobreza que oprime a los religiosos, sino la
miseria y desnudez con que sirven a Dios y a V.M.: averígüese el tesón y
cuidado con que aprenden en todas las Indias las varias lenguas que hay,
con tanta perfección que les parecen nativas. Todos cuantos sujetos hay
allá y V.M. con su Real liberalidad envía, aprenden las lenguas: y hay
sujetos que saben dos y tres de indios: y en partes donde hay frecuencia de
negros, como en Buenos Aires, Córdoba y otras partes, hay lenguas de
negros: de que han hecho artes y libros, para que se vaya conservando este
santo arbitrio: con que se ganan muchas almas de negros: que, si son
ladinos se confiesan más claramente y sin empacho; si bozales, se
averiguan sus bautismos, se catequizan y saben la doctrina, en que se han
hecho muy grandes servicios a Dios. Y para que conste de esta verdad, hay
órdenes de los PP. Generales, que inviolablemente se guardan, que ningún
sacerdote de la Compañía haga su solemne profesión, aunque sea aptísimo
para ella, si no supiere alguna lengua de indios o negros. Y el suplicante ha
impreso los libros que en el número 5 dice, haciendo fundir caracteres
diversos para diversas pronunciaciones. Y no se atribuir a inmodestia el
referir estos servicios, cuando no se atiende al interés y premio, sino a
satisfacer a calumnias, que una religión ofendida a los Reales ojos de V.M.,
tan benemérita de su Real servicio, acosada de calumnias (que vestidas de
religioso traje pretenden arrebatarle el crédito), haga reseña de servicios,
usando de violencia en reprimir lo que en descrédito de sus émulos pudiera
303
lícitamente publicar.
6. Servicio de los españoles
17. La sexta calumnia es que los religiosos no quieren que los indios
sirvan a los españoles en servicio personal.= Esta queja, Señor, no es ya
contra la Compañía, sino contra V.M., contra los señores Reyes sus
progenitores, contra sus Reales Cédulas, contra Ordenanzas de Visitadores
Reales, que son casi infinitas, ya ellos les son muy notorias, en las cuales
expresamente manda V.M. se quite el servicio personal, descargando su
Real conciencia con las de los Obispos y Gobernadores: mandando
asimismo que, pagando los indios el tributo que se les impusiere, vivan libres
en sus pueblos, como los demás vasallos de V.M. Con que está respondido
a este punto. Y cuanto al tributo, los indios que la Compañía ha reducido,
nunca han sido tasados. Porque cuando Don Francisco de Alfaro, Oidor que
fue de los Charcas, con mandato de V.M., visitó aquellas provincias, no
habían entrado dichos Padres a la espiritual conquista de dichos indios. Y
habiendo ya pasado los diez años que V.M. concede libres de tributo a los
convertidos a nuestra santa fe desde su conversión: siendo D. Pedro de
Lugo Gobernador, le hizo notorio por parte de la Compañía el P. Diego de
Alfaro, rector del colegio de la Asunción, como habían ya cumplido algunos
los diez años, pidiéndole diese orden que pagasen el debido tributo a V.M., y
el dicho Gobernador respondió que no le pertenecía a él eso, sinó al
Visitador que V.M. enviase a la Visita y tasa de dichos indios. Y pues el
Gobernador se excusó con tan justa causa, de que ningún cuerdo le
pondrá culpa; mucho menos la pondrá él a los religiosos, a quienes sólo
incumbe buscarlos por los montes, reducirlos a pueblos, enseñarles nuestra
santa ley, bautizarlos y conservarlos en ella, y tenerlos expuestos a la Real
voluntad de V.M., a quien reconocen por su señor. Pero que de todo punto
se deshaga esta calumnia, consta de Memoriales, y de quince veces que el
suplicante, en espacio de cuatro años que asiste en esta Corte, entre otrs
cosas ha pedido a V.M., que se nombre Visitador (¿y Comisario?) que los
visite y tase. Y mostrándose V.M. tan señor de aquellas Indias cuanto
desinteresado de ellas, en tres años no ha querido responder a este punto,
hasta que, instando el suplicante se tasen y tributen: pidiendo que con estos
tributos sean gratificados algunos vecinos, hijos de conquistadores, teniendo
atención a sus servicios: V.M. se ha servido de remitir la Visita al Obispo y
Gobernador, añadiendo con su real benignidad que los indios, los ya
convertidos, como los que se convirtieren, no paguen tributo alguno en
veinte años. Con lo cual parece que queda deshecha esta calumnia.
7. Conquista por armas
18. La séptima, que los dichos religiosos conquistan los indios por
armas.= No dejará de dudar ya aquí alguno que tan atentos reparos en
ajenas acciones, dejen de llevar algún interesado fin o de desdoro
157
ajeno,
157
Desdoro: Deslustre, mancilla en la reputación o fama.
304
o de interés propio. Léanse las historias de los religiosos que en aquella
provincia han padecido martirio: léanse las informaciones que por orden del
Ordinario se han hecho: y se verá claramente que sin ayuda de español
alguno, se entraron por aquellas tierras de gentiles, llevando por armas una
cruces en las manos, que juntamente sirven de báculos. Y si después de
haber experimentado agravios de los gentiles, poca fe en su palabra de
recibir pacíficmente a los predicadores del Evangelio, llevan indios amigos
que los defiendan: ¿quien dudará que eso sea muy lícito? Si absolutamente
dicen que los religiosos hacen guerra a los indios, para forzarlos a recibir
nuestra santa fe, es intolerable ignorancia o sobrada malicia juzgar que
aquellos religiosos ignoran el modo que Cristo nuestro Señor dejó a sus
Apóstoles de predicar e introducir su Evngelio (Suar. de Fid. tract. 1 disp. 18
sect. 1 n.10. Id. disp. 18 De Bell. sect. 5. nn. 7 et 8 Maior, in 2. dist. 44. q. 2.).
Si alguna apariencia tiene esta calumnia, fúndase en que habiendo el
suplicante varias veces solo y sin armas, con solos quince indios amigos,
acometido a la grandiosa provincia de Tayaoba (que fue el mayor cacique
que se vio en aquella región, inexpugnable por las fragosas sierras,
arrebatados ríos, montañas muy espesas) a hacer rostro, con la verdad del
Evangelio, al mentiroso culto con que el demonio se hacía adorar en huesos
secos de indios, que en vida fueron sus discípulos y en muerte los hacía
honrar por dioses en templos que les fabricaban los gentiles, donde
colocados acud¡an a sus falsas adoraciones y sacrificios, pidiendo a tan
mentidos dioses el remedio de sus necesidades: donde en guerras se
mataban y comían tan frecuentemente, que discurriendo por aquellas partes
el suplicante, topando ollas grandes de carne ya cocida, juzgando ser de
javalís, comió alguna vez, y sus compañeros, carne humana: hallando
después los pies, manos y cabeza de hombres: donde finalmente era
imposible que las armas abriesen camino a sujetarlos, como el suceso
mostró algunas veces. A esta provincia acometió con el Evangelio varias
veces con peligro de la vida, de que fue repelido, escapando por muy
espesos montes con pérdida del ornamento portátil, su único ajuar, sin que
correspondiese a tan justo y repetido deseo buen suceso alguno. Buscó
prestadas cinco escopetas, y con veinte indios amigos volvió a aquella
leonera. Fabricó con toda diligencia en un descollado campo, que señoreaba
gran parte de aquellas tierras, un fuerte de madera a la usanza de la tierra.
Fabricó dentro casas pajizas, y un largo galpón, para ostentación de
fuerza.Al silencio de la noche hacía disparar a compás las escopetas; y en
buen número de tiros, que resonaban por aquellos campos y montes.
Entraron en cuidado con esta estratagema los gentiles, juzgando había en
el fuerte grandes prevenciones, y fuerza inexpugnable. Juntáronse como
número de tres mil flecheros, que acudieron a reconocer el fuerte; y
atemorizados con la apariencia, se retiraron. Ya por curiosidad de ver al
suplicante, acudieron particulares caciques, que los recibía en la puerta, por
no hacer patente su poca fuerza. Estos convencidos con fuertes y amorosos
razones, y algunas cortas dúvidas de anzuelos y cuentas, dieron oídos a que
el fin de esta estratagema y prevenciones no pretendían más que su salud
eterna por medio del santo Evangelio. Conocido este intento, dieron en
acudir muy grandes tropas de hombres mujeres y niños llevando su pobre
ajuar para poblar allí, dejando sus quebradas, sus cuevas, y sus escondidos
305
alojamientos; con que en muy breve tiempo se fundó una lucida villa de mil
vecinos. A cuya emulación, sin ser necesario repetir estratagemas, venían
de las interiores provincias a pedir que en ellas se fundasen semejantes
poblaciones. Y así se hicieron algunas más numerosas, de a dos mil y tres
mil vecinos. Este fundamento tiene esta calumnia; de que librara al caso
cualquier juez desnudo de pasiones. Y si la ceguedad de los émulos no les
privara de la razón, bien pudieran reparar en tan heróico acto de caridad, en
la terrible hambre que se padeció en aquelá: pues el sustento de muchos
d¡as fueron yerbas silvestres, y raicillas aún no usadas por las bestias. En el
alojamiento tan pobre, que las camas eran un poco de paja, en un bien
riguroso invierno. En los recelos contínuos de perder la vida; pues si el cielo
no les hubiera cegado a los gentiles, treinta solos bastaban para quitársela.
En el premio que la fe podía esperar en tierras tan remotas, tan sin testigos.
Y no es pequeña providencia del cielo el permiso de esta acusación, para
que estas verdades, que ocultas quedaban ya en las manos del olvido, las
libre de él tan justa defensa.
8. Armas de fuego a los indios
Hacen mucha fuerza diciendo que la ocmpañía comete grave caso en dar
armas de fuego a los indios, que es la total ruina de aquella tierra; sobre que
se han actuado papeles.= La proposición en parte es falsa. Porque si bien la
Compañía ha procurado que las dé el que puede, porque con verdad juzga
el único remedio para asistir a los rebeldes; el Gobernador D. Pedro de Lugo
se las dio: y nadie condenará el hecho, sino la facilidad en concederlas para
resistir al enemigo y la inconstancia con que, felizmente resistido, condena
su misma acción de haberlas dado, exagerando el caso con decir que los
indios tienen fraguas en que se forjan escopetas y se labran armas.- A esta
calumnia está en parte respondido en el número 1 y 2; pero será necesario
añadir algo en éste. De la lealtad a V.M. de los portugueses de S. Pablo,
siempre se dudó. De sus intentos de conquistar el Perú, consta por los
papeles auténticos y cartas de la Audiencia de los Charcas, y de otras
personas celosas del servicio de V.M., por las cuales consta haber llegado al
paso de Santa Cruz de la Sierra, tierra ya vecina a Potosí. Que la villa de S.
Pablo y otras circunvecinas echen cuatro o cinco compañías de
cuatrocientos y quinientos hombres mosqueteros con cuatro mil y mías
indios flecheros, gente muy belicosa y bestial, es cierto; porque el suplicante
y otros religiosos sus compañeros los han visto varias veces por aquellos
campos marchar con mucho orden de guerra, en que están muy ejercitados;
y tanto en andar a pie y descalzos, que, como pudieran andar por las calles
de esta Corte, caminan por aquellas tierras, montes y valles, sin ningún
estorbo, trescientas y cuatrocientas leguas; sin que jamás les falte la comida,
porque saben coger el tiempo en que los piñones están sazonados y los
parajes donde han de hacer provisión; saben las poblaciones de los gentiles,
de cuyas labranzas se sustentan y previenen para adelante. La miel silvetre
es mucha, y la diligencia de los Tupís en buscarla es rara. Con que caminan
con regalo. Y así ha sucedido a estos portugueses estar tantos años
ausentes de sus casas, que juzgados ya por muertos a manos de los indios,
se casaron sus mujeres; y volviendo vivos, hallaron ajenos hijos, llevando
306
ellos los que en las indias gentiles procrearon. La resistencia a esta gente
se refunde en sola la ciudad de la Asunción, que sola ella y otros pocos
españoles, residuo de tres ciudades, que los portugueses destruyeron,
forman un Obispado y un gobierno. Los españoles que incluye este gobierno
se duda si pasan de cuatrocientos; y cuando de estos haya trescientos; y
cuando se estos haya trescientos que puedan manejar armas, será mucho.
Son muy buenos tiradores de escopetas, pero nada ejercitados en caminos;
porque son buenos jinetes, y a pie no dan un paso. El ocio y paz con que
han vivido, atendiendo sólo a defenderse de los indios guaycurús y
payaguás, y el agasajo y regalo de sus casas, les es impedimento para
discurrir por pantanos, breñas y montañas en busca del enemigo; y el ser
éste tan pujante, como ya se ha dicho, hace temeridad acometerle o
seguirle, cuando es imposible con tan corto número de soldados hacerle
resistencia. Y si cunado reputados estos portugueses por vasallos de V.M.
se hacía este discurso para la seguridad de aquella tierra, ahora que tan
libremente ya han hecho plaza de sus dañados designios, ¿qué juicio se
hará en tan apretado caso que obliga a buscar remedio o entregar la tierra?
De la lealtad de los vasallos de V.M. en aquel gobierno; no hay lugar a duda,
porque primero ofrecerán sus cuellos al cuchillo, que macular
158
su lealtad,
heredada de la noble sangre de sus progenitores. Que por este fin perezcan,
ningún útil se halla al servicio de V.M., principalmente pudiendo darmedio en
la seguridad de sus vidas y de aquella tierra, sirviéndose V.M. de sus
vasallos indios armándolos con instrumentos de fuego, que sus armas
antiguas de flechas, garrotes, piedras y otras ningún daño pueden hacer al
enemigo. Si de su valor se duda, ya se vio en el n. 1 y 2 cuan bien se
manifiestan. Si de su lealtad, que es el reparo común, no parece hay duda,
porque gente que con tantas veras abrazó nuestra fe Católica,
conservándose en ella tantos años con tan gran firmeza, que hasta hoy se
ha visto alguno que haya apostatado, antes han muerto algunos a manos de
sus mismos parientes gentiles, en confirmación de la ley que recibieron. Y no
pocas veces ha sucedido que, entendiendo el precepto divino de no matar a
la letra, pudiendo ellos matar muchas veces a sus enemigos, portugueses.
se dejaron antes cautivar y haceer esclavos, y padecer división de sus
mujeres e hijos, pérdida de sus haciendas, destierro de sus patrias, por no
quebrantar (así lo pensaban) el quinto precepto del Decálogo. Afírmalo así el
suplicante como testigo de vista, y experiencia que tiene de casi treinta años.
Y no es menor argumento de esta fidelidad, que ofreciendo los portugueses
a estos indios cristianos libertad de conciencia, y permiso libre de vivir al
modo que vivieron en su gentilidad, con multiplicidad de mujeres (así dejan
vivir a los Tupís de que se sirven), y los demás vicios que a la deshonestidd
acompañan; a que por este medio se les entreguen, y concibiendo horror a
un bautismo, un matrimonio, y a una sola mujer, desamparen nuestra fe y
aborrezcan a los religiosos, que con yugo suave los unen a su Criador
(consta de los papeles que se presentaron en la Junta): siempre han huído
de tan perniciosos enemigos, por conservar la ley que recibieron. Prueba es
esta,Señor, de gran lealtad a Dios: y quien al Rey del cielo muestra esta
fineza, no hay duda que la guarde al de la tierra. No ha sido el menor motivo
158
Macular: Mácula: mancha, engaño, trampa. Lo que deslustra o desdora la reputación.
307
para reducirse a pueblos la noticia que tienen de la grandeza de V.M., su
justicia, su benignidad y el amparo que da a los que se amparan de su Real
nombre. Y es tan asentada verdad ésta, que a sola esta voz de un
Gobernador: El Rey me envía; se humillan, rinden y sujetan de manera, que
cualquier agravio que éste les haga lo llevan en paciencia; y ni aún a pensar
mal contra los Gobernadores se atreven, aunque los desuellen, por
veneración sola del que los envía. Véanse las historias, y ellas digan si
algunos indios se rebelaron e hicieron daño a los españoles antes de haber
sufrido de éstos insufribles agravios. En el Tucumán noventa mil indios que
se entregaron a los españoles perecieron en treinta años a sus manos; y
unos pocos que habitan aquellos campos, libres de este yugo, se conservan
hoy, y aún se aumentan. Y en las demás provincias se puede hacer el
mismo cómputo; pues casi no hay parte o lugar de toda la América donde no
están dando testimonios de esa verdad las poblaciones de indios
deshechas, consumidas sus vecindades, acabadas sus familias, y muchos
pueblos y lugares que, habiendo sido muy numerosos pocos años ha, están
hoy tan despoblados y destruídos, que apenas ha quedado en los paredones
y ruinas de sus casas rastro de lo que fueron. Todo el Perú prueba esta
verdad; y muy en particular el Reino de Chile, donde en toda la tierra de paz
que poseen los españoles, sirviéndose de los indios, apenas han quedado
muy pocos; y los que sacudieron el yugo de su pesada servidumbre, sin
embargo de lo que les ha consumido la guerra, que han sustentado más de
cuarenta y cinco años, se han conservado y aumentado en tanto número,
que según consta de la relación que envió a V.M. el año pasado el marqués
de Baides, Gobernador y Capitán general de aquel Reino, pasan de cien mil
los que dan la paz, fuera de otros, muchos que en la tierra más adentro aún
no la han dado. Y ninguno huye de la sujeción y amor que deben a V.M.,
sino del pernicioso tratamiento con que los consumen. Y dado caso que la
voluntad de los indios flaquease contra los españoles hoy no necesitan de
escopetas sino sólo de convocarse solos los cristianos, que son en muy
buen número. Y si solos cuatrocientos guaycurús gentiles tienen a raya a los
españoles, y aún si quisieran los hubieran ya consumido y muerto; que
harían si se juntasen cristianos y gentiles? Y dado caso que necesitasen o
quisiesen usar delos mosquetes, les es imposible: como muy bien advierte el
Cabildo ecco. del Paraguay en su carta, y el Padre Miguel de Ampuero,
Rector de la Asunción, en sus escritos, de que de todo se hace
presentación. Y el suplicante también tiene hecho informe a cinco Tribunales
que ha sido remitido. Porque totalmente faltan los materiales para fabricar la
pólvora; y plomo no [le] hay en toda aquella tierra. Esto está ya confirmado
en el Reino de Chile; donde los indios han cogido buena cantidad de
escopetas; y hasta hoy se ha visto usar de alguna de ellas, con tener
consigo cautivos españoles y mestizos, que saben hacer pólvora, por no
tener la materia de su fábrica. Y la experiencia enseña que los indios leales
defienden las tierras de V.M. con estas armas. En el Puerto del Callao de
Lima las usan contra los holandeses y otros enemigos, en donde sirven dos
compañías de indios con capitanes y oficiales de la misma nación. En Trigo
pampa, provincias de Tomina, en Pilaya, en Paspaya, fronteras de infieles,
usan de estas armas los indios en defensa de los españoles contra sus
mismos naturales, de que se ven muy bien defendidos los españoles, sin
308
que se haya experimentado abuso en el uso de ellas. De donde
evidentemente se siguen algunas conclusiones. La primera que la Compañía
no dio las armas. La segunda, que el Gobernador las dio. La tercera, que
hizo bien en darlas. La cuarta, que hace mal en contradecirlas. La quinta,
que en todo caso conviene que V.M. mande se les den, o el Virrey del Perú,
a quien V.M. lo tiene remitido.
El tener una ciudad o villa una fragua, no es delito; antes la improvidencia
de no tenerla fuera falta, como cosa tan necesaria para la vida humana; sino
es que, como obligaron los españoles otros tiempos a los indios gentiles a
que de ciento y más leguas acudiesen a aderezar sus cuchillejos y
herramientas a sus pueblos, para detenerlos con esto muchos meses y aún
años en su servicio, se intentó ahora esto en gente ya cristiana, que de su
voluntad se han entregado por vasallos de V.M. Fuera esto muy reprensible.
En cuatro pueblos de veinte y cinco que tiene hechos la Compañía, hay
cuatro fraguas, en trecho acomodado para que acudan a aderezar sus
herramientas. Pero convendrá advertir que los inventores de esta calumnia
dan a entender que estas fraguas son al modo de las de Vizcaya: porque
oficina donde se fabrican armas (como ellos dicen) de fuerza ha de ser muy
cumplida.- Estas que ellos llaman fraguas, no contienen m s que unos fuelles
pequeños, dos martillos y dos tenazas en una chozuela bien corta, donde
apenas se pueden aderezar las herramientas sin las cuales es imposible
labrar la tierra. Y no se diga que en habiendo fragua ha de haber tanto
hierro, que se puedan fabricar armas. En toda aquella tierra del Paraguay, ni
en el Brasil, ni en el Perú, hay minas de este metal. Y si en las ciudades
despobladas por los portugueses se halló alguna, está ya hoy esa mina en
poder de los portugueses. Supuesto pues, que no hay hierro en las Indias, y
que el que va de acá a all es muy caro, y que al Paraguay pasa muy poco
por pasar casi todo al Potosí; y que los indios son tan pobres, que el que
puede acaudalar un hacha para su labranza, es rico, ¿dónde está la fábrica
de estas escopetas, que éstos émulos fingen? Y caso negado que la
hubiese, ¿era pequeño servicio a V.M., que ahora se labrasen allí muchas
armas, y que por allí hallase el portugués rebelde resistencia al pertinaz
intento que tiene de pasar al Perú? Repítase, Señor, el caso referido en el
n£m. 1 y 2, que con siete escopetas que dio D. Pedro de Lugo, vencieron los
indios vasallos de V.M., quinientos portugueses bien armados, y les quitaron
por despojo dos mil indios cautivos que llevaba. ¿Qué hicieran, Señor, si
tuvieran dos mil mosquetes? ¿Si se vieran honrados de V.M. y amparados
por semejante servicio? Cierre este párrafo una conjetura: que el que trata
de quitar las armas a aquellos indios, fieles vasallos de V.M., da indicios de
amistad con los portugueses, y de neutral en la deba obediencia y amor a
V.M..
9. Despoblar reducciones
La nona calumnia es que la Compañía despuebla las reducciones sin
licencia, y esconde los indios de los españoles.= El fundamento de esta
calumnia es que, habiendo los portugueses asaltado tres ciudades de
españoles (de que consta en el Real Consejo de Indias) y llevádose consigo
parte de los españoles y casi todos los indios sujetos a dichas ciudades:
309
intentaron también llevarse los pueblos que la Compañía tenía y había
fundado. Defensa no la había a tan insolente enemigo; y así era fuerza
retirar los dichos pueblos. La licencia para este retiro se había de pedir a la
Real Audiencia de Chuquisaca: ésta distaba setecientas leguas; el enemigo
estaba ya casi a vista de los pueblos. Y así el suplicante y sus compañeros
se determinaron a recoger la más gente que pudieron, y retirarse con ella,
que fueron en número de once mil almas; y por varios caminos y desiertos,
montes y ríos, los bajaron al río Paraná, jurisdicción del Paraguay, en donde
algunos distaban doscientas o trescientas leguas, y hoy no distan más que
cuarenta o cincuenta leguas: en donde han sido visitados y empadronados
dos veces por dos Gobernadores que ha habido después que bajaron de tan
lejanas tierras, que por serlo tanto, pretendían los portugueses ser de su
jurisdicción. La Audiencia de Chuquisaca, a quien se dio aviso de todo,
aprobó la dicha mudanza, y la estimó por servicio hecho a V.M. muy
calificado, y tal que cualquier Gobernador que la hubiera ejecutado, con sólo
este servicio, viniera a esta Corte a pedir mercedes a V.M. Ocultólo la
Compañía con esperar las del cielo, hasta hoy, que la razón le obliga a
amparar acción tan noble, cuanto ultrajada de la emulación. Y quitada ésta,
se verá claro el servicio que a V.M. se ha hecho. Porque si estos indios los
hubieran llevado los portugueses, hoy estuvieran con ellos fortificando sus
fronteras, tuvieron ayuda y guía en ellos para las entradas que pretenden al
Perú, fueran finalmente amigos de los enemigos de V.M., que sólo haberlos
conservado en esta devoción, es estimable servicio. Pero adelántase más;
pues hoy están con muy gran voluntad ofreciendo tributos y juntamente sus
personas e industria para la defensa de aquella tierra, sin estipendio ni
esperanza de otro premio que el real agrado y servicio de V.M. De todo lo
cual consta la falsedad de esta calumnia.
Para prueba del intento de este Memorial, hace presentación el suplicante
de un exhortatorio que el P. Miguel de Ampuero, Rector del Colegio de la
Asunción, hizo al Gobernador D. Pedro de Lugo, en razón de la
conveniencia que había de no prohibir las armas a los indios después de
haber obrado tan felizmente con ellas. Otro del dicho rector al Cabildo contra
Francisco Rivas Gavilán, sobre la denunciación criminal que hizo en el
juzgado laico contra los religiosos que defendieron las tierras de V.M. contra
sus rebeldes enemigos. Una petición del dicho Rector al Cabildo, en que
contradice la dicha denunciación criminal: por donde aparece no haberle
querido dar tralado de dicha querella. Otro exhortatorio del mismo al dicho
Cabildo, por donde consta la malicia con que buscaban firmas de vecinos,
solicitándolas por caminos torcidos, para autorizar sus informes e
informaciones contra la Compañía, en razón de las armas que pretenden
contra los rebeldes portugueses. Un requerimiento del P. Francisco Clavijo,
protector de los indios, digno de que V.M. lo vea, porque por él consta la
invasión de los portugueses, el destrozo que de ellos hicieron los indios, y la
remisión del Gobernador. Una carta de la Sede vacante del Paraguay en que
sin pasión informa de la verdad del caso. Un testimonio del escribano del
Cabildo, en que da fe que el Gobernadoro todo caído de viruelas, bautizno le
quiso dar los papeles, para que no diese tralado de ellos, con ánimo de que
sólo los suyos pareciesen en esta Corte, y vese clara la malicia del dicho
Gobernador en que dichos papeles vienen autorizados por el Provincial de la
310
Compañía, y no escribano real
Las reducciones que la Compañía tiene son poblaciones que desde sus
principios fabricaron sus hijos, reduciendo aquellas gentes bárbaras que
imitando a las bestias, vivían por los riscos, valles y quebradas; sacándolos
de aquí a poblaciones que de ellos se han hecho, donde los sacerdotes que
los juntan, siendo por sus prendas y talentos merecedores de puestos,
pálpitos y cátedras, se han sabido ajustar a tanta pequeñez, que, dejando
aparte la diligencia con que los doctrinan para la vida eterna, aún para la
temporal les han enseñado todos los oficios que forman una república:
sastres, carpinteros, herreros, con los demás oficios: y no ha sido menos útil
el de labrar la tierra con arados; cuyos instrumentos y su uso se lo han
enseñado los mismos religiosos con la práctica, con que sustentan sus
familias con abundancia. El aseo y limpieza de los templos suple su pobreza.
La música e instrumentos con que se celebran los divinos oficios remedan
mucho a los de Europa. Y si en la devoción ya justa debida excede,
atribúyese a los auxilios con que Dios fomenta aquella nueva planta, siendo
instrumentos de este bien los sujetos que V.M. con tanta liberalidad envía a
costa de sus reales tesoros. Este fruto tan brevemente referido, trata el
Gobernador y mal afectos hombres, que cese. El fin es para que los indios
sean siempre bestias, para que sin quejarse sufran los trabajos con que los
afligen, de que los Reyes pasados y V.M., advertidos, han enviado casi
infinitas Cédulas en su remedio. El medio es el reparo que hacen en el gasto
que V.M. hace con los religiosos Curas: sin atención a que la liberalidad con
que de las Indias envía Dios a V.M. tan grandes tesoros, es por la franqueza
con que V.M. los emplea en su servicio, repartiendo de los tesoros de las
Indias ricas del Perú con los pobres del Paraguay y aún sin reparo de que
quizá cesando aquellos gastos, cesen aquellos emolumentos.
Y aunque el Gobernador proponga que sin este gasto habrá quien se
encargue de estas Doctrinas con el sustento natural que dicen, no es posible
que sin grave detrimento de su honor se atreva alguno al cultivo de mies que
no sembró. Y si sin interés se ofrece a ello, es cierto que su sustento ha de
salir de los mismos indios, con que se les acrecerá nueva carga, y no la
menos grave. Si por trabajar en servicio de la Iglesia, aquellas regiones
están llenas de gentiles en que podrán ejercitar sus fervorosos deseos,
como este año pasado hicieron dos de la Compañía, que despedazados a
manos de gentiles acabaron gloriosamente. El año de treinta y uno, con
ocasión de un Informe de ministros celosos del servicio de V.M., se trató de
que la Compañía tomase algunas Doctrinas que se pretendían quitar, a que
en ninguna manera asintió su modestia. Pero ya que el arbitrio del
Gobernador y Cabildo seglar del Paraguay es que se ponga estanco
159
de
Doctrinas, a rebaja de la limosna que V.M. da, se haya de admitir: se debe,
Señor, advertir, que la conquista de aquellos indios costó a la Compañía diez
y seis hijos sacerdotes de aventajados talentos, que han muerto los siete de
ellos con atroces muertes a manos de gentiles, en odio de nuestra santa Fe:
otro a escopetazos de portugueses, cuya muerte ha calificado la Universidad
de Salamanca y la de Alcalá, y otros particulares maestros, por martirio. Y
aunque los demás no murieron al rigor del cuchillo, pasaron de esta vida por
159
Estanco: embargo o prohibición del curso y venta libre de alguna cosa. Depósito, archivo.
311
grandísimo trabajos, desterrados de sus deudos y de sus patrias en tierras
tan remotas; además para buscar cincuenta sacerdotes lenguas, será
menester esperar algunos años que la aprendan, cuya dificultad aprende
sólo el que con suficiencia ha aprendido alguna.
Ultimamente pide y suplica a V.M. que en caso que haya de haber
mudanza o postura en las dichas Doctrinas, el suplicante en nombre de su
provincia las toma por el tanto que otro bajare. Y si V.M. se sirviere de quitar
desde luego el estipendio, con toda sumisión acepta el mandato de V.M.,
que toda su provincia está muy sujeta y obediente, y servirá de valde las
dichas Doctrinas: porque hijos engendrados con tanto dolor, cualquiera
interés es poco para su rescate. Otro sí, pide y suplica a V.M. se sirva
mandar que el Consejo Real de Indias mande hacer información de todos los
puntos que contiene este Memorial. Y si fuere necesario para mayor
satisfacción de las verdades que representa, se remita este Memorial al
Virrey del Perú y a la Audiencia de los Charcas: para que por él como por
interrogatorio, sean examinados los testigos: Que en ello recibirá merced
etc."
88. MEMORIAL AO VICE-REI DO PERU.
REQUERE E IMPLORA SE DE ARMAS DE FOGO ÀS REDUÇÕES
DEVIDO Á PERIGOSA SITUAÇÃO CAUSADA PELOS BANDEIRANTES.
Texto: I. Original I. no Arquivo Geral de Índia, 76-3-8-PARA.
II. Cópia no Arquivo Geral da Nação Argentina, Buenos Aires,
Arquivo,
Companhia de Jesus, Reais Identificações, Nº 12.
III. Cópia mais completa na Coleção Gondra da Universidade de
Texas, Austin,
E.U.A., fica este documento baixo o Nº657, Gondra-Casteñeda,
1952.
Impressão: PASTELLS 2, pp.108-111.
Edição: Edita-se o texto que transcreve PASTELLS, com ortografia
atualizada e notas.
Destinatário: O Vice-rei do Peru
Data: Lima, 8 de novembro de 1644.
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº106 de p.435,; FURLONG, Montoya,
p.135, Nº38.
312
Autores: PASTELLS 2, pp.108-111; HERNANDEZ 1, pp.526-528; VIANNA
3, p.434-437.
TEXTO
MEMORIAL AL VIRREY
"Antonio Ruiz de Montoya, Procurador General de la Compañía de Jesús
de la Provincia del Paraguay, en que dice que él y sus compañeros fundaron
muchas poblaciones de indios infieles, reduciéndolos a pueblo a costa de la
sangre que derramaron siete compañeros suyos, con atroces martirios que
les dieron los gentiles; y estando pacificados y adoctrinados, fueron
invadidos por los portugueses del Brasil, casi sin resistencia de los indios,
por no tener otras armas que flechas de cañuelas; y deshicieron en la
Provincia de Guairá, Obispado del Paraguay, 11 reducciones de 700, de 800
y de 1000 indios. Y en la Provincia del Tape, jurisdicción de Buenos Aires,
destruyendo otras tantas; descuartizando indios con alfanjes y machetes,
pasando mucha cantidad de infantes a cuchillo en los mismos pechos de sus
madres; dando con otros en las puertas y árboles, e hiriendo malamente a
dos religiosos que tenían a cargo aquellas iglesias; quemaron los templos,
desterrando de ellos el Venerabilísimo Sacramento del altar; y para mayor
mofa de nuestra sagrada a religión, las sacristías y los mismos altares,
donde por muchos años se había celebrado el sacrificio de la misa,
destinaron para lugar de sus inmundicias corporales; haciendo y cometiendo
otros delitos tan enormes, que dieron claro testimonio de ser judíos herejes.
Y habiendo acudido, en nombre de su provincia, a los pies de S.A. con
informaciones jurídicas, que puso en sus Reales manos, con cartas del Sr.
D. Juan de Lizarazu, Presidente entonces de los Charcas, y de los Sres.
Obispos y Gobernadores, que apretadamente pedían el remedio, cautelando
los inconvenientes que hoy se experimentan; y visto y examinados estos
papeles por una Junta particular, que para el caso se señaló: erigió S.M.
para el remedio un nuevo Obispado y una Inquisición en la ciudad de Río de
Janeiro, en el Brasil, de donde emanaban todos estos daños y mandó
ejecutar todos los medios que él propuso, con otros que a la dicha Junta
pareció añadir, ordenándolo en largos capítulos de una carta de S.M.; y
mandó despachar al Sr. D. Jorge Macareñas, que entonces era Virrey del
Brasil, la ejecución de todo.
Y estando ya el nuevo Sr. Obispo e Inquisidor en Lisboa para hacer viaje a
su iglesia y poner en ejecución las órdenes y mandatos reales; y él de
partida para la dicha ciudad, para ir acompañando el dicho señor Obispo,
para que con su autoridad y la del Sr. Virrey se le entregasen todos los
indios que dichos portugueses habían llevado cautivos; sucedió la rebelión y
alzamiento de Portugal, con que no tuvieron efecto dichas órdenes. A cuya
causa volvió (el P. Ruiz de Montoya) a la Corte y a los pies de S.M., que
mandó se diesen arbitrios para el remedio. Uno de ellos, y el más eficaz fue,
que S.M. mandase se diesen armas de fuego a los indios, que la Compañía
había escapado de tan pernicioso enemigo, ya declarado; y pusiese
presidios de los mismos indios, que en 25 poblaciones tenían y hacían una
313
buena provincia; los cuales era necesaario usasen de dichas armas, así para
su defensa como para poder impedir el paso a los enemigos, que ya con el
nuevo alzamiento pretendían conquistar toda la provincia del Paraguay, y
por allí bajar al puerto de Buenos Aires; lo cual habían ya empezado a hacer
en tiempo que se reputarían por vasallos de V.M., seis años antes del
alzamiento, destruyendo la provincia de Guairá; en que asolaron tres
ciudades españolas, Ciudad Real, la ciudad de Jerez y Villa Rica, de donde
se llevaron muchos pueblos de indios que servían a las dichas ciudades y
gran parte de los vecinos, quellevaron por trofeo, dejando toda aquella
latísima Sierra yerma, quedó reducido con la pérdida de dichas tres ciudades
a solo la ciudad de la Asunción y un lugar pequeño en que se juntaron
algunos vecinos de las cuidades destruídas, cuyo número no llegaría a 500 y
de esos, muchos inútiles para la guerra y no pocos de ellos portugueses.
La cual proposición, vista y examinada por una Junta particular y por la de
guerra de Estado, se sirvió S.M. de remitirla a su excelencia para que en
esta razón se ejecutase lo que más conviniese a su Real servicio, la cual
tiene su excelencia en su poder.
Y habiendo vuelto dichos portugueses, en número de 500, con 200 indios
tupís, contra dichas reducciones, y visto por el Gobernador del Paraguay la
poca o ninguna defensa que tenían, les dio algunas escopetas y con otras
pocas que en tan corta Sierra pudieron hallar los Padres, se pusieron en
defensa, acaudillándolos el Hermano Antón Bernal, religioso de la
Compañía, que en Chile, siendo soldado, ocupó con su valor muy honros os
puestos, y otros religiosos legos que pusieron sus vidas a tan conocidos
riesgos; mataron 14 portugueses y prendieron 10, que llevaron al
gobernador, quitándoles cerca de 2000 gentiles, que ya habían cautivado
para llevar a vender al Brasil; y con esto, en la Corte se dijo que de 500
portugueses no habían escapado con vida más que 30; porque,
atemorizados, se acogieron a los montes, donde perecieron; de que D.
Pedro Esteban Dávila, caballero del Orden de Santiago, Gobernador que fue
del puerto de Buenos Aires, llevaba relación a S.M. en que claramente
consta de este suceso y utilidades de estas armas; y se ha experimentado
en otras ocasiones en que volvieron dichos portugeses y principalmente en
la última entrada que hicieron a la venganza de sus malos sucesos pasados,
en que les mataron los indios 60 y puestos los demás en huída; no les
siguieron al alcance por haberles faltado munición, y les quitaron todos los
indios que traían en su ayuda; de que S.M. teni‚ndose por bien servido, les
concedió que en diez años no pagasen tributo ni sirvan: con que están muy
favorecidos y deseosos de acudir a su Real servicio.
Y teniendo aviso de los religiosos de aquella provincia, que dichos
portugueses venían con ánimo de apoderarse de la ciudad de la Asunción,
confiados de hallar en ella gente de su nación que los ayudasen, donde no
se duda se haríban señores de toda la tierra y de la de Tucumán, donde
están recogidos los portugueses de aquellas provincias:
A Su Excelencia pide y suplica se sirva de ver este negocio con la atención
que pide su gravedad, de que depende el logro y quietud de estos reinos y
de mandarle dar las armas necesarias para resistir a 2000 portugueses y a
2000 tupíes, que también muchos manejan armas de fuego; y mande que
por ahora, vista la apretura y falta de ellas, por haber Su Excelencia
314
socorrido tantos presidios y armado tantos soldados; se le den 500 cañones,
70 botijas de pólvora y otros tantos quintales de plomo o lo que Su
Excelencia fuere servido, para que por Santiago de Chile pueda pasar a
ladicha provincia, si no es que sea de menos costa, que en Jujuy se dé el
plomo y en Tucumán la pólvora y así mismo que los Oficiales Reales le den
el avío necesario para ponerlo en el Paraguay, que en ello serán servidas
ambas Majestades.
ANTONIO RUIZ [DE MONTOYA]
160
89. MEMORIAL DE AO VICE-REI DO PERU.
URGE PARA O VICE-REI A REMESSA DE ARMAS PARA O PARAGUAI.
Texto: I. Arquivo Geral de Índia, 76-3-8-A.
II. arquivo Geral da Nação Argentina, Buenos Aires, Arquivo Reais
Identificações,
Nº14. 65. Gondra Castañeda, 1952, Nº 661.
Impressão: HERNANDEZ 1, pp.531-532.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. Pablo HERNANDEZ com
ortografia atualizada e notas.
Destinatário: O Vice-rei do Peru D. Josef de CÁCERES E ULLOA.
Data: 1646.
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.435, Nº100,; FURLONG, Montoya, p.136,
Nº41.
Autores: HERNANDEZ 1, pp.531-532; PASTELLS 2, pp.111-112.
TEXTO
MEMORIAL AL VIRREY
161
160
“Sigue la Real Cédula, fecha en Zaragoza a 25 de Noviembre de 1642, en razón de que si conforme
al estado de las cosas no hay inconvenientes en permitir que los indios se ejerciten en las armas y que
las haya en sus reducciones; antes, si su excelencia reconociese puede ser de la importancia que se
representa por el Padre Ruiz de Montoya; disponga lo mejor, así para la conservación y aumento de
aquellas provincias como para la defensa de ellas; poniendo las que se requiere en las del Paraguay,
para evitar la entrada de los portugueses, que tan dañosos son para los indios, y aplicndo el remedio
que convenga para que no padezcan opresión y sean siempre amparados. Sigue el Decreto para que
dicho Memorial pase al informe del Gobernador D. Pedro de Lugo Navarra; el informe de éste, dado
en la ciudad de los Reyes, 24 de noviembre de 1644, y el acuerdo general de Hacienda de 23 de marzo
de 1645, otorgando la petición en la forma que lo suplicaron a S.M. en la Real Cédula
presentada.”(Cfr: PASTELLS 2, 1912:108-111).
161
"...en la Colección Gronda de la Universidad de Texas, Austin EE.UU. se guarda una copia más
completa del documento bajo el título: Petición para que a los indios de las misiones jesuíticas se
permita el manejo de armas para la defensa contra los Portugueses, Lima, noviembre 8, 1644,
315
"EXCELENTISIMO SR.: EL P. ANTONIO RUIZ DE MONTOYA, de la
Compañía de Jesús y Procurador general de la del Paraguay, Dice: que V.E.
con parecer del Acuerdo general de Hacienda de veinte y tres Marzo del año
pasado de seiscientos y cuarenta y cinco, fue servido de ordenar se dé hasta
ciento y cincuenta bocas de fuego, setenta botijas de pólvora y setenta
quintales de plomo, para que se lleve a las provincias del Paraguay, y para
la defensa de aquellos indios, quetan afligidos se hallan de los portugueses
del Brasil. Y porque de la detenci¢n de este despacho puede resultar a
dichos indios muy gran perjuicio, por hallarse indefensos como es notorio, y
correr riesgo sus personas y sus vidas:
A V.E. PIDE y suplica que en conformidad de lo resuelto en el dicho
Acuerdo general, se sirva de mandar despachar provisión para que de la
sala de armas de esta ciudad, o del puerto del Callao, se saquen las bocas
de fuego que a V.E. pareciere, y que se embarquen en un navío que de
próximo está de partida para el puerto de Arica, juntamente con las setenta
botijas de pólvora; y que vaya registrado y consignado a poder de los
Oficiales Reales del dicho puerto de Arica, para que, recibido que lo hayan,
remitan las dichas bocas de fuego en los cajones que se hicieren para ellas;
y que la pólvora la despachen en la forma que lo quelo hicieron en la ocasión
que V.E. fue servido de remitir estos géneros para el socorro de Buenos
Aires; y que guarden el mismo orden para lo tocante a las dichas bocas de
fuego y pólvora, fletándolo a costa dela Real Hacienda, hasta que se
entregue a los Oficiales reales de Potosí; y ellos hagan lo mismo hasta
ponerlo en las Reducciones de la Compañía de Jesús del Paraguay.
Y OTRO SI suplica a V.E. se sirva de despachar provisión para que en la
ciudad de la Plata se saquen las bocas de fuego que faltaren de entregar en
cumplimiento de las ciento y cincuenta que se han de dar, de las que por
cuenta de S.M. están en la dicha ciudad, y que los Oficiales de Potosí las
despachen con las demás bocas de fuego referidas; y que asimismo los
Oficiales de la villa de Oruro remitan a los de Potosí los setenta quintales de
plomo que están mandados dar, para que todo se remita en la forma referia
a poder de los dichos Padres de la Compañía, como está mandado por el
dicho Acuerdo.
EN LO CUAL HARA V.E. muy gran servicio a Dios nuestro Señor y a S.M.,
y el suplicante recibir la merced que espera de la grandeza de V.E."
ANTONIO RUIZ DE MONTOYA
procente del Archivo General de Indias: 76-3-8-A (Gondra-Castañeda, Calendar of the Manuel
Gondra Manuscripts, México 1952, n. 657). El contenido está implícito en el título, transcripto en
segundo lugar. Que por el puerto de Lima o Santiago de Chile se envíen las bocas de fuego, pólvora y
plomo a las Reducciones, para que éstas puedan defenderse de los asaltos de los paulistas, y mediante
este documento se sabe que en noviembre de l644 Ruiz de Montoya se encontraba en Lima, de regreso
de su misión a España" (Cfr: FURLONG, Montoya, pp.136-137, Nº41).
316
90. MEMORIAL AO VICE-REI DO PERU
Impressão: TRELLES Manuel Ricardo, Anexa à Memória sobre a questão
dos Limites entre a República Argentina e o Paraguai, Publicação Oficial.
Buenos Aires, Imprênta do Comércio da Prata, Victoria 87, 1867. pp.30-34.
Edição: Edita-se o texto que transcreve Manuel TRELLES com ortografia
atualizada e notas.
Destinatário: O Vice-rei do Peru, Conta de SALVATIERRA.
Data: Lima, antes de 16 de março de 1649.
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº117 de p.435,; FURLONG, Montoya,
nº43 de p.137,; CARDOZO 1, nº5 de p.245.
Autores: PASTELLS 2, pp. 201-202.
TEXTO
MEMORIAL AL VIRREY
"Excelentísimo Señor. El Padre Antonio Ruiz de Montoya de la Compañía
de Jesús, Rector del Colegio de la Asunción y Procurador General de la
Provincia del Paraguay como consta del poder que tiene presentado en el
real acuerdo dice: Que su religión redujo en dicha provincia al evangelio y
obediencia de Su Majestad, con muerte de nueve sacerdotes, que
padecieron glorioso martirio, veinte y cuatro poblaciones de gentiles, que
derramados y sin pueblos vivían en las Provincias del Uruguay, Tape y Río
Paraná, y en la Provincia del Itatí hizo tres poblaciones así mismo de
gentiles, confinantes a la Provincia de Santa Cruz de la Sierra, que hoy
doctrinan en paz más de cincuenta sacerdotes de la misma Compañía de
Jesús, los cuales indios han tenido de algunos años a esta parte reñidos
encuentros con los rebeldes portugueses, que con pertinacia hasta hoy
intentan la conquista de aquellas tierras, para hacer pie en este Perú de los
cuales han conseguido insignes victorias, matando mucho número de ellos y
ahuyentándolos de nuestros confines, en muchas ocasiones, varias veces
han salido auxiliando a los españoles a la pacificación de la tierra contra
317
otros indios rebeldes, con toda fidelidad y logro de victorias que han
alcanzado y todo a su costa, sin haber tenido socorro alguno, antes han
comprado de su hacienda más de seiscientas bocas de fuego y municiones,
a cuyo valor se debe no estar aquella tierra en poder de dichos rebeldes
portugueses, de los cuales se tienen frecuentes avisos de la prevención que
hacen para volver a sujetar la tierra a cuya causa viven dichos indios con
vigilante ejercicio de las armas, como es notorio y consta de las
certificaciones que presenta, de todo lo cual siendo Su Majestad informado y
dándose por bien servido, se sirvió mandar despachar la cédula que
presenta, en que manda se le haga merced por vía de gratificación y por
que a dichos indios no se les ha puesto hasta hoy tributo alguno teniendo Su
Majestad atención a que habiédose resistido en su gentilidad contra la fe y
obediencia de Su Majestad, por el horror que tuvieron a las vejaciones y
malos tratamientos que recibían comunmente los indios de los españoles en
este reino, se redujeron fiados en la palabra que en nombre de Su Majestad
se les dio de que no serían encomendados ni se les impondría el yugo
intolerable del servicio personal, lo cual a instancia del suplicante se sirvió
Su Majestad confirmar por una su real cédula y porque si a dichos indios se
les pusiera tributo y mitas sobrecargándolos al peso que hoy tienen de
mantener la guerra contra los rebeldes, podrían temerse irremediables
daños teniendo sobre si cobradores y esactores que con impiedad los
molesten en tiempo que por su fidelidad y servicios debían ser premidados,
con que se les podría dar ocasión de novedades y podría ser se
confederasen con el rebelde portugués, su confinante, que solicita su
amistad con promesas e intereses, de que resultarían muy graves
inquietudes a todo este reino, y notable deservicio a Su Majestad, de que
hace advertencia el suplicante, porque si en algún tiempo sucediese algún
disturbio no se impute a descuido o inadvertencia de su religión, en el real
servicio a Vuestra Excelencia pido y suplico se sirva mandar, en ejecución
de la real cédula de que hace presentación, se sirva declarar los dichos
indios por vasallos de Su Majestad y pertenecientes a su Real Corona, pues
a sus reales espensas y su real mandato fueron conquistados por s¢lo el
evangelio y doctrinados hasta hoy.
Y así mismo por presidarios de aquel presidio, a quien el Señor Marqués de
Mansera, antecesor de Vuestra Excelencia, en virtud de una real cédula que
a petición del suplicante se sirvió Su Majestad mandar despacharles, ha
socorrido con armas de fuego y municiones, con que están hoy más
animados a proseguir en el real servicio, y así mismo se sirva Vuestra
Excelencia de declararlos por libres de tributos y mitas en conformidad de la
dicha real cédula con que animados, puedan proseguir en el servicio que
actualmente estan haciendo a Su Majestad y no será mucha esta merced
pues hay muchos y notables ejemplares: en el Reino de Chile tiene Su
Majestad Compañía de soldados indios, que no solo no pagan tributos ni
mitas, como es público, antes Su Majestad, les da jornales de soldados
como a los españoles en la ciudad del Cuzco viven así mismo libres de
tributo y mitas los indios Cañares, en premio de haberse mostrado leales en
la primera conquista de estos reinos; en el Reino de Tierra firme ha dado
libertad y excensión de tributos y mitas aquella Real Audiencia a los indios
318
de la Provincias de Guaiví Darien, solo por haberse convertido a la fe, y Su
Majestad con su real liberalidad les da doctrina a sus reales espensas, y en
el reino de Chile el Señor Marquéz de Mansera dio en su real nombre el
mismo privilegio al cacique Manqui ante a sus hijos y vasallos, por haber
dado la paz y sujetándose a la corona y si dichos indios por las dichas
razones han sido y son premiados, con muchas más razón merecen serlo
los de dichas Provincias del Paraná y Tape, ItatinesErro! Indicador não
definido., pues demás de haber dado paso al evangelio y vasallaje a Su
Majestad. Le estan actualmente sirviendo con su hacienda y vida en defensa
de sus reinos y hacen los Señores Reyes esta merced dice el Doctor Don
Juan de Solorsano (DE JURE INDIARUM) que está en uso et cadem de
causa dize solent tributare mitis indis ant moderatius taxariquia justa allios
barbaros et infidelissivi et nobis habitant et fines nostros juacara et armis
defendunt (Juan Sator tom.2 de Jure Indiarum guber. L1, cap. 19,n.71); y
cuando demás del servicio que hoy están haciendo a Su Majestad en
defender la tierra, dichos indos, pareciera convenir ponerles algún tributo en
reconocimiento del debido vasallaje, atendiendo a su pobreza y falta de oro y
plata, que no lo hay, y no lo es conocida en aquella tierra, se les podría
poner de tributo un peso de ocho reales en cada un año, a cada un indio, de
los que conforme a su ordenanzas reales deban pagar tributo y no en
especie de sus cosechas que son bien cortas, por evitar inconvenientes que
podrán causar los cobradores y los acarreos y gastos que es fuerza hacer
con las dichas especies y frutos de la tierra, que es fuerza trasnportarlos
más de doscientas leguas al puerto de Buenos Aires o a la gobernación del
Tucumán, para que tengan algún valor, con que correrá por cuenta de los
indios la pérdida o ganancia y se evitarán cuentas y supercherías con los
cobradores, y para que éste nuevo tributo se entable en paz y sin riesgo de
alborotos, parece convendrá que pues, está a cargo de los Oficiales Reales
de Buenos Aires cobrar las haciendas reales y la cobranza de este tributo les
compete está también a su cargo del Tesorero y Contador o de cualquiera
de ellos hacer los padrones y visita de dichos indios y recibir dichos tributos
en reales, y no esté a cargo de los gobernadores, porque estos atendiendo a
sus intereses y al limitado tiempo de su gobierno, no se paran en molestar
los indios con que podrá ser procuren arrojar de si este yugo como gente
nueva y que hasta ahora no se le ha puesto, de que será Su Majestad muy
bien servido, antes se sirva Vuestra Excelencia prohibirles a dichos
Gobernadores al ocuparlos en sus trajines y ganancias mandando que, con
el dicho tributo y cargo defender la tierra queden dichos indios libres de todo
género de mita, pues Su Majestad los tiene ya reservados del servicio
personal por una nueva y especial cédula que se sirvió mandar despachar a
petición del suplicante, y así mismo convendrá encargar mucho a los dichos
Oficiales Reales la blandura y tiento con que se deben ir entablando estos
tributos por los gravísimos inconvenientes que se deben cautelar, por ser
materia odiosa y en gente nueva no habituada a yugo, todo lo cual propone
el suplicante con atención al real servicio y pide y suplica a Vuestra
Excelencia se sirva de mandar ejecutar lo que fuera de mayor gloria de Dios
y servicio de Su Majestad.
319
ANTONIO RUIZ DE MONTOYA
Como parte final deste trabalho apresentamos a Conclusâo: que contem
uma análise técnica sobre o conteúdo dos documentos, os aspectos
específicos que mencionam os textos, dados etnográficos e os fundamentos
de seu argumentos.
Finalmente, como complemento e auxiliar, incluimos alguns Apéndices; três
índices para melhor compreensâo e facilidade na cons ulta dos documentos.
Eles sâo:
I.- Documentos em orden cronógica: permite comparar os
dieferentes documentos com a data da sua redaçâo.-
II.- Carta do Geral da Companhia de Jesús ao Padre Antonio Ruiz
de Montoya: sâo cartas remetidas pelo General da Companhia de Jesús,
que fazem referência a outras cartas enviadas ao General. Referem -se,
também acontecimentos das reduçôes.
III.- Cartas Anuas de la Provincia del Paraguay, Chile y Tucumán,
de la Compañía de Jesús. (T.1: 1609-1614; T.2: 1615-1637)
IV.- Indice geográfico, onomástico e por matéria: contém os
nomes correspondentes aos acidentes geográficos, cidades, países e
regiôes; ás personalidades e aos utensílios, ventimentas, festas religiosas,
etc. Serâo uma referência para facilitar a localizaçâo dos temas contidos nos
textos transcritos neste trabalho.
320
____________
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
“A etnohistória, ou mais precisamente a
321
etnohistória guarani näo é simplesmente uma
história que trata do indio guarani. Näo é o
guarani na história, nem o guarani da história,
mas sim a hsitória do guarani enquanto que é
este, quem sabe seus tempos e os entende.”
(Melià, 1999:2)
O trabalho que aquí apresentamos, importou un esforço de coleta e
sistematizaçäo de uma variada gama de documentos escritos pelo Padre
Antonio Ruiz de Montoya Missionário da Companhia de Jesus entre os anos
de 1606 e 1652, Montoya acompanhou a fundaçäo dos primeiros
aldeamentos jesuitico-guaranis na regiäo do Paraguai, bem como o
descontentamento dos colonos espanhóis que, por este expediente, viam-se
privados da mäo-de-obra servil destes índios. Presenciou, também, as razias
dos bandeirantes vindos de Säo Paulo em busca de escravos junto aos
indios reduzidos.
Como Superior da Companhia na regiäo, ele foi lider espiritual da
açäo pastoral dos jesuítas entre a populaçäo das cidades e vilas
espanholas. Montoya testemunhou, portanto, alguns dos mais significativos
processos históricos ligados ao colonialismo espanhol na regiâo platina do
século XVII, e escreveu sobre eles. Ao recolher estes documentos, organizá-
los, transcrevê-los de sua linguagem do século XVII para o castlhano
corrente hoje além de incluir notas de esclarecimento- pretendemos ter
aportado uma percela de contribuçâo para a tarefa de escrever-se e/ou
reescrever-se a história destas regiôes do Império Colonial Espanhol.
Sem dúvida, os testos que compôem uma parte significativa destes
volumes, constituem -se em subsidio para aqueles que recorrem aos
documentos escritos no intento de aprofumdar ou esclarecer elementos
envolvidos nesta história. Isto seja considerando as relaçôes dos
missionários com a Monarquía e demais autoridades civis e eclesiásticas-,
com a sociedade colonial, ou com as populaçôes nativas junto as quais
desemvolviam especial atividades apostólica. No que se refere a este último
322
aspecto, as experiências vividas pelo religioso, seu envolvimento intenso e
continuado con os guaraní, seu empenho em entender e dominar sua língua
e em defendé-los de alguns dos aspectos mais perniciosos do colonialismo
o serviço encomendado ou a escravidâo- foram circunstâncias que
qualificam os dados que ressaltam do conjunto de sua produçâo escrita.
Desta forma, abrigam elementos e informaçôes preciosas para aqueles que
esforçam-se por investigar a história colonial e contribuir na elaboraçâo de
umaetno-história guarani.
Consideramos de fato, que a posiçâo que desde década de 70 tem se
fortalecido no reconhecimento da independência cultural e, por vezes, até da
autonomia política das culturas distintas da ocidental, tornam oportuno e
mesmo fundamentla o estudo da etnohistória. Ela nâo apenas considera
como sujeitos da história, grupos até pouco tempo dela marginalizados,
como pode ajudar a redimensionar temas e facetas da própria história
colonial tal como a conhecemos atualmente.
A partir desta perspectiva, entende-se a importância do conhecimento
etnográfico destas culturas. Isto nâo apenas no momento de seu
descobrimento e primeiros contatos, mas também de como elas viveram e
se desemvolveram através do tempo, a fim de melhor compreender suas
reaçôes e relaçôes frente ao conquistador e á colonizaçâo. Tais
procedimentos devem ser considerados como parte integral do esforço de
reconstruçâo da história indígena americana e revisâo da prória história da
América.
Como bem assinala Meliá, a história indígena americana, ou
simplesmente a história americana, foi por muito tempo tratada como pré-
hitória, nâo somente por carecer de documentaçâo escrita, senâo também
porque estaria destinada a desaparecer na sua substituiçâo pelos fatos e
institucioçôes coloniais (Melià, 1991:16). Esta posiçâo etnocêntrica que
predominuo nos trabalhos históricos até poucas décadas, deve e está sendo
suplantada, a partir da intervençâo de uma corrente de historiadores,
323
arqueólogos e antropólogos, que se tem posicionados criticamente a este
respeito. Nâ o raras vezes, dados apontados por documentos como os que
apresentamos neste trabalho, sâo de grande relevância para esta tarefa.
Desde esta nova visâo, se analisa, por um lado, o carácter
fragmentário das evidências da cultura material produzida pelos
arqueólogos, pois que ela corresponde apenas aos vestígios que puderam
perdurar através do tempo. Por outro, evidencia-se a necessidade de
complementar esta informaçâo com aquelas provenientes de outras
disciplinas, que aportan datos signficativos para reconstruir os modos de
vida desesgrupos. Apesar das limitaçôes da coumentaÇâo arqueológica,
contudo, reconhece-se que ela apresentainformaçôes valiosas sobre
aspectos demográficos, regras de residência, padroês de assentamento e
organizaçâo sócio econômica, trazendo á luz dados sobre certos
comportamentos, muitas vezes mais precisos que os baseados aènas na
memória e no registro de informantes ou de observadores europeus da
época. No entanto, todo este conjunto, e mais aqueles elementos que
resultam do trabalho da antropología junto aos remanescentes atuais destes
grupos, enriquece.se na medida em que eles sâo cotejados com os dados
pertinentes aos textos que resultam da produçâo dos europeus. Textos que,
certamente, merecem e necessitam uma leitura que leve em consideraçâo
ás condiçôes particulares em que foram produzidos.
Entendemos que, como afirmou Scatamacchia Mineiro (l988) em
Conferéncia apresentada num Encontro de Etno.historiadores:
“Esta última posición es considerada actualmente como
representante de una apertura dentro del proceso
analógico, pues con ese tratamiento pueden ser
utilizados un número mayor de documentos escritos,
sin restringir su uso sólo a áreas que permitan
identificar directamente sus categorías y hechos con
sitios arqueológicos o complejos cerámicos. Con la
analogía general la utilización de documentación
etnohistórica puede aplicarse en el desarrollo de
324
modelos teóricos y en la formulación de hipótesis”.
(Scatamacchia Mineiro, 1988:130. In: Encuentros de
Etnohistoriadores. Serie Mundo: Cinco Siglos Nº 1.
Universidad de Chile, 1988)
As investigaçôes para o estudo da história americana a partir deste
critério, confirman que as culturas indígenas nâo començaram a transformar-
se como resultado da chegada dos primeiros europeos; daí a importância de
conhecer-se como elas eram antes de haverem sido alteradas, direta ou
indiretamente, pelo contato. Muitas vezes, informaçôes como as contidas em
registros como os que aquí apresentamos, sâo essenciais.
Julgamos pois, que a partir deste enfoque, o processo de repensar a
história indígena americana, em particular a dos guarani, recebe um aporte
fundamental no conteúdo dos documentos aqui transcritos. A etno-história e
a arqueologia, apesar de suas técnicas especiais para coletar e analisar os
dados, com metodologias específicas e abarcando muitas vezes diferentes
períodos, se referem em última instância, à história do mesmo índio, antes e
depois do contato com os europeus.
A história indígena americana, é uma só. Començou com a chegada
do homen à América, abancando por tanto, uma extensâo de tempo muito
mais ampla do que aquela referida pela documentaçào escrita. Mas ela, sem
dúvida, será enriquecida se esta documentaçào for apreciada. Da mesma
forma, mesmo a história colonial, pode ganhar novos contornos se
considerar as especificidades das populaçôes submetidas pela expansâo
européia. Os dados arqueológicos e etno-históricos sâo, pois, excelentes
fontes que devam ser consideradas igualmente na reconstruçâo da história
americana.
É claro, diz Trigger,
“...que las culturas indígenas no comenzaron a
cambiar como un resultado del arribo de los primeros
europeos. Por el contrario el cambio ha sido
característico de las culturas nativas en todas partes
del hemisferio occidental desde la llegada del hombre
325
hace más de 20.000 años. Resulta vital entender no
sólo la etnografía de las sociedades indígenas en el
momento del contacto europeo sino también cómo
estas sociedades se desarrollaron internamente y
respondieron a los cambios en otras sociedades
nativas, si queremos comprender sus reacciones
iniciales al contacto europeo.”(TRIGGER,1982:44)
Afirma também o autor:
“Para lograr esto los hallazgos de la arqueología
prehistórica deben ser tratados como una parte integral
de la historia americana nativa, que debe comenzar, no
como lo hace convencionalmente la historia, en el
momento de contacto europeo o ligeramente antes,
sino con la penetración de los primeros nativos en el
hemisferio occidental. Tratar el estudio de la prehistoria
como una parte integral de la historia nativa también
ayudará a esta última a liberarse de algunos de los
prejuicios etnocéntricos que inevitablemente resultan
de confiar excesivamente en fuentes documentales
euroamericanas.”(TRIGGER, 1982:44)
Confirmamos desta forma, nossa opiniâo acerca de que a
metodología etno-histórica tem um importante papel a cumprir, nâo apenas
no que diz respeito à história nativa, mas também para o conjunto das
ciências sociais em geral. E ainda, que os documentos aqui compilados e
sistematizados sâo fonte privilegiada para tanto.
Análise técnica dos documentos
Uma missão de jesuitas entre os Guaranís do Paraguai, sul do Brasil
e nordeste de Argentina foi o começo de uma história singular.: aquela
envolvida na reduçâo dos índios destes territorios através de sua “conquista
espiritual”. A redução tanto como instrumento de penetração do Estado
colonial, quanto como missão religiosa foi, sem dúvida, o método mais
apropriado para tanto, pelo menos junto aos índios desta etnia.
A entrada dos jesuitas em território indígena para “cristianizar
326
humanizando”, como expressavam os próprios missionários, realizou-se
com distinto ritmo e de acordo com as particularidade de cada grupo. Um
dos principais promotores destas reduções foi o Padre Antonio Ruiz de
Montoya, quem expresa com clareza o significado desta nova forma de
assentamentos:
“Llamamos reducciones a los pueblos de indios
que viviendo a su antigua usanza en montes,
sierras y valles, en escondidos arroyos, en tres,
cuatro o seis casas solas, separadas a leguas,
dos, tres y más, unos de otros, los redujo la
diligencia de los Padres a poblaciones grandes y
a vida política y humana, a beneficiar algodón con
que se vistan.” (MONTOYA, 1639: 29)
O processo de encontro, os primeiros contatos, a análise que uns
faziam dos otros para interpretar reacções e preferências, assim como os
conflitos desencadeados pelo avanço de cda projeto de ocupaçäo, säo
instâncias que a partir de procedimentos metodológicos adequados
podem ser avaliadas através desta documentaçäo.
Se bem que estes documentos já tem sido estudados e analizados
por historiadores, apenas recentemente eles passaram a ser transcritos,
ordenados e sistematizados para sua melhor interpretação. Sua importância
aparece nos temas tratados pelo Padre Montoya, alguns inerentes à tarefa
evangelizadora, outros reveladores de varios otros aspectos fundamentais
da época. Os elementos que posibilitam a eficácia do análise importan em
ter claro algumas questôes:
¿Por qué escrevía o Padre Montoya?
Montoya parece, em alguns casos, movido por uma necessidade
urgente de informar, embasar, ordenar, assesorar, esclarecer ou bem
defender certos pontos de vista. Todos os textos que recolhemos säo
327
directos no que se refere a sua finalidade; säo precissos e objetivos.
Ele não escreve cartas privadas, de cunho pessoal. Todas suas
missivas têm um motivo geral, amplo e comunitario, que trascende o pessoal
e inclusive os próprios círculos da Companhia de Jesús, para extrapolar en
direçâo aos diversos ámbitos sociais, políticos e religiosos da época e do
seu meio.
Seus escritos evidenciam um profundo conhecimento do lugar
ocupado pela missão, assim como as possibilidades quanto a sua expansão;
evidenciam também a compreensão da problemática regional como
consequência direta da política colonial vigente. Muitas vezes demonstram,
também, uma acurada compreensäo de aspectos importantes da cultura dos
índios. Ele foi, ainda, um Intérprete sagaz da mentalidade dos
encomendeiros e funcionários reais, dos interesses dos paulistas, dos
objetivos de sua Ordem, bem como de seu destino de missionário. Soube
refletir, umas vezes mais, outras menos, tais diferências de psicología, em
cada um de seu escritos.
Os destinatarios
Confirmando o que expressamos no ponto anterior, os textos de
Montoya estão dirigidos a:
a) O Padre General da Companhia de Jesús: documentos Nº 6; 25; 31;
48.
b) Os Padres Superiores da Companhia de Jesús: Torres Bollo, Oñate,
Vázquez Trujillo, Juan Pastor, segundo a época em questâo: Documentos
Nº 1 a 5; 8; 10; 12; 14 y 15; 18 a 10; 24; 26 y 27; 29 y 30; 34 a 56; 60 a 62;
67; 71; 72 y 74.
c) Os Padres seus companheros de ordem: documentos Nº 7; 9; 13; 16 y
17; 21 a 23; 33; 57; 59; 63 a 66; 68 a 70; 73; 75 a 78.
328
d) O Rei de Espanha: documento Nº 32; 79 a 81; 83 a 86.
e) El Real Consejo de Espanha: documento Nº 82.
f) O Governador do Paraguai: documento Nº 58.
g) O Cabildo de Cidade Real: documento Nº 28.
h) O Vice-rei do Perú: documentos Nº 87 a 89.
Independentemente da função que ocasionalmente exercía como
missionário, Superior da missão ou Procurador, seus escritos têm a mesma
ênfase de alerta e denúncia das injustiças cometidas contra os índios. Suas
alegaçôes mostram-se coerentes, assim como suas propostas de soluções
aos problemas que aponta.
Ratificação dos fatos
Numerosos aspectos que perfazem a situaçâo colonial das áreas
onde actuou, teriam se perdido caso nâo existissem muitos dos textos que
escreveu. Sua ausência empobreceria, de outro lado, a perspectiva sobre
certos acontecimentos ou situaçôes que testemunha. Inclusive na sua
própria biografía havería, entâo, lacunas irrecuperáveis.
Assim por exemplo no que se refere aos informes sobre o despertar
de sua vocação, sobre a situação de injustiça dos indígenas no Guairá,
sobre a estratégia das autoridades civis quanto a ocupaçâo da mâo de obra
indígena, bem como a opiniâo de outros adres sobre esse aspecto. Também
sobre os primeiros enconros dos missionários com caciques e xamâs, sobre
as caraterísticas do terreno, assim como da fauna e flora do lugar. Estâo
também presentes nos documentos, dados sobre sua experiência junto à
corte espanhola, sobre os objetivos e justificativas de suas obras escritas e,
ainda, sobre os inconvenientes e detalhes para a publicaçâo. Estes sâo,
entre outros, alguns dos assuntos que se revelarão em seus escritos.
Complemento e esclarecimentos de outros escritos
329
Por um lado os documentos incluidos nesta coleçâo permitem
completar e iluminar varios temas que forman parte das “obras” publicadas
pelo Padre Montoya. Por outro, permiten reinterpretar alguns pontos
confusos. Muitos destes escritos, por seu caráter mais informal, acabam
sendo bastante detalhados e penetrantes.
Não é nossa intenção analisá-los neste trabalho, mas nâo podemos
deixar de refletir acerca da imcompletude do conhecimento que teríamos da
“conquista espiritual” se contássemos apenas con o libro de mesmo nombre
como única referência escrita.Assi também, de questionarmo-nos sbore o
quanto e em que sentido esta obra .”Conquista Espiritual hecha por los
Religiosos de la Compañía de Jesús en las Provincias del Paraguay,
Paraná, Uruguay y TapeErro! Indicador não definido. é uma
reelaboraçâo e porta como que duas memórias , a inmediata e uma segunda
memoria.
Neste trabalho resgatamos, mediante os textos, uma informação de
primeira mão, com o ímpetu que geravam os própios acontecimientos, e com
o detalhe que permite o contato direto com os fatos; em outros casos esta
informaçâo pode surgir mediante o relato dos protagonistas, algumas vezes
os própios índios.
Os Índices que se incluem nos anexos de este trabalho constiuem
um marco referencial. Não são só pontos a ter presentes, se não o nó da
temática contida nos textos.
Pelo índice onomástico podemos atentar para aspectos origiais em
sua correspondência. Nela estão presentes os guaraní como etnia.
Numerosos caciques aparecem neste particular; sem dúvida, os de maior
prestigio em cada comunidade: Tajáova é mencionado 38 vezes, Pindoviyú
en 20 oportunidades, Guiraberá também em 20 y Piraquatia em 6, entre os
mais nomeados.
330
El índice geográfico nos proporciona informação de primeira linha em
quanto à fundação de reduções, os caminhos que levavan aos lugares mais
adecuados, os acidentes geográficos que em cierta maneira convertem o
Padre Montoya em um homem que fez uma geografía direta desde o
Paraná Panema até os ríos Uruguai y Paraguai. Já no índice por matéria, se
oferece um quadro nâo só do que se veria no mundo colonial, como também
no mundo indígena e mais precisamente em sua cultura.
Entendemos, assim, que este nosso trabalho, aparentemente
mecânico, há de ser muito útil para facilitar a investigação e o estudo dos
pesquisadores interesados. É um cuadro geral o que Montoya percebe e
descreve com todos os elementos e circunstâncias que marcaram uma
época de singular importância em nossa história regional. Não se fecha
sobre sí mesmo, senão que projeta sua figura fora de sua grandeza própria
já conhecida e a faz irradiar sobre seu tempo e o origen das missões.
Antônio Ruiz de Montoya, apesar de todos os obstáculos que
enfrentou, sem enfatizar seus atos, se manifesta um humilde servidor da
causa inaciana, em costante busca da dignidade como sentido ético da vida,
e da autenticidade como expresão cabal de seus sentimientos:“... y mire
V.R. que en ésta va la honra de esta Provincia, porque qué dirán los
seglares de ella, sino que pues yo soy superior...” (Documento Nº 38 do
trabalho).
ASPECTOS ESPECÍFICOS
331
Na documentação referente à instalação da Província Jesuítica do
Paraguai, encontramos importantes elementos para a análise dos aspectos
socio-econômicos e políticos que os Padres da Companhia promoveram
nesta região. Os objetivos que orientaram a empresa do P. Diuego de Torres
Bollo, assim como a dos Padres Marcial de Lorenzana, José Cataldini,
Simón Maceta, Antonio Ruiz de Montoya, Roque González de Santa Cruz,
Pedro Romero entre outros , surgían de um projeto integrador que buscava
adaptar-se às circunstâncias particulares do Paraguai e do Guairá, assim
como às políticas do contexto americano em sua peculiar situação de
colônias.
Para os jesuitas, a missão por redução é um projeto global que
pretende cristianizar humanizando, como o expresa Bartomeu Melià :
“Con uma mentalidade, sem duvida, muito etnocêntrica,
os jesuitas julgam que os índios têm que “humanizar-
se” em vários aspectos de seu modo de ser; no final
das contas, os índios têm que deixar seu modo de ser
antigo e passar para o novo. Têm que deixar sua
nedez, suas pinturas corporais a até seus adornos de
plumas para vestirem-se, têm que deixar a
antropofagia, este “vicio de comer carne humana”;
porém nâo precisam deixar de ser guerreiros e de lutar
contra inimigos como os bandeirantes paulistas; devem
sair de suas casas, dispersas e isoladas, e juntar-se
em povoados, onde cda familia habitará em uma casa
particular; podem continuara caçando, pescando e
coletando frutas e mel silvestre, porém se dedicarâo,
de un modo mais intenso do que o faziam antes, aos
campos de cultivo, onde plantarâo o de sempre: milho,
mandioca, amendoim, cabaças e abóboras, feiôes ...
Devem terminar os grandes convites nos quais se
bebia a chicha o Kaguï, ocasiôes de viciantes
bebedeiras, porém continuará havendo grandes e
abundantes comidas, motivadas por bodas e festas
civis ou religiosas. Os cantos e danças rituais
tradicionais cederâo lugar a espetaculares
repñresentaçoes teatrais e vistosas coreografias de
“ballet” ao gosto europeu...” (MELIÀ, 1989:24)
Se os guaranís estavam na barbárie, como pensaban os europeos do
332
século XVII e muitos que ainda hoje, a redução foi uma demonstração de
que os índios tinham a capacidade e inteligência para responder favoravel e
positivamente as demandas que se lhe apresentavam. Neste sentido, a
redução é uma realização histórica interessante, que têm mais do que
imponentes ruinas barrocas para para mostrar e para ser lembrado.
A redução também significou uma substitução do modo de ser do
guaraní. Isto não apenas porque anunciava uma nova fé, senão porque
determinava a entrada destas sociedades tribais em um Estado cujo sistema
rejeitava dois aspectos essenciais da vida indígena: a reciprocidade e a
solidariedade.
O plano dos missionários jesuitas no entanto, embora negasse
aspectos importantes do “modo de ser” dos índios, se diferenciaba de outras
experiências evangelizadoras por ciertos aspectos. Assim o foi, tanto pelo
principio de austeridade que orientava todas as acções, como pela busca da
defesa do indígena e sua cultura, pelo menos naqueles aspectos que nâo
agrediam directamente aos ditames da moral e da religiâp cristâ:
“Efetivamente: o indio que ingresaba nas reduçóes
jesuíticas estava livre do serviço pessoal ao espanhol,
um serviço que tantas mortes havia provocado pelos
maus tratos que lhes eram infligidos. Os jesuitas, ao
convidar os indios a reduzir-se, prometiam-lhes que se
veriam livres do tâo temido serviço pessoal. Para
cumprir sua promessa, que consideravam un ato de
mera justiça, apelaram as leis da Coroa espanhola que
declaravam livre o indio: porém, sobretudo, criaram as
condiçôes de uma economia autonoma e independente
em relaçâo aos vicinhos espanhois do Paraguay.”
(MELIÀ, 1989: 27)
Particular era também o cuidado dos jesuítas em buscar organizar
todos os aspectos da vida nos povados, desde a eleição do lugar adecuado
e a construcção das casas até as práticas da religião. Da mes forma, na
promoção do desenvolvimento econômico, a partir da disposição e
conhecimento dos índios, aproveitando a complementariedade da técnicas e
333
ferramentas (europeía e americana). Ou ainda, na busca de soluçôes para
os obstáculos que impossibilitavam o avanço do projeto missionário e as
diversas alternativas para satisfazer as necesidades dos índios.
O Padre Antonio Ruiz de Montoya também se preocupou por difundir
os acontecimientos do Guairá. Tem diante de si, e a relata, uma realidade
palpavel, evidente, sinistra, que a população indígena deve suportar. Trata-
se especialmente da açâo permanente e dominante dos encomendeiros das
cidades espanholas (Asunción, Villa Rica,Ciudad Real o Jerez) e os
portugueses de São Pablo.
Fue creciendo la libertad de los del Brasil por falta que
hubo de castigo. Y desde el año 1628 hasta este
tiempo no han cesado de develar a cristianos de estas
provincias y llevarlos cautivos a las suyas y venderlos
para esclavos como lo hacen los moros con los
cristianos en la plaza de Argel.” (Doc Nº 19)
A complexa e significativa obra da Companhia de Jesús em América
ficou registrada nos informes que, pela mesma organização da Ordem, eram
minusciosamente elaborados e remitidos a Roma. Sua leitura nos permite,
entâo, conhecer e avaliar a atividade individual e coletiva da Companhia, as
façanhas e proezas de homens que, impulsionados por uma capacidade
maior de ardor e energia, resultaram mártires, ou bem executaram uma açâo
evangelizadora de grande projeçâo.
Numerosos jesuítas sobressaíram-se em terras americanas. O Padre
Antonio Ruiz de Montoya, entre eles, mostrou notável entusiasmo e zelo
apostólico, enfrentando con intrepidez os obstáculos que se lhe
apresentavam. Absolutamente convencido dos princípios que orientavam
sua vocaçâo, foi irreversível em seua princípios, constante em sua luta,
incansável na tarefa evangelizadora, animador de projetos e decidido
estrategista fren às situaçô mais diversas. O trabalho missionário constituiu-
se na raçâo de sua existência e na força que o mobilizaria, além mar, na
vontade de melhorar a situaçâo de injustiça e exploraçâo dos índios.
334
Os textos aqui transcritos nos permitem ter acceso à gênese das
obras de Montyoya, além derevelar a intensidade de suas conmunicaçOes e
a freqüência de seus reclamos. O caráter de relaçôes circunstanciadas,
escritas durante os acontecimentos ou pouco depois, dâo um fundo de maior
realismo para a compreensâo dos fatos, diferente ao estilo de narraçâo
descritiva que conserva a “Conuista Espiritual”.Sua lectura nos permite,
então, conhecer e avaliar a atividade individual e grupal de seus membros,
as fazanhas e proezas dos que impulsados por uma capacidade maior de
ardor e energía, resultaram mártires ou bem, executaram uma ação
evangelizadora de grande projeção.
A riqueza na informação relacionada com acontecimientos de
relevância durante a época de seu trabalho missionário, admitem uma
primeira sistematizaçâo que considera as temáticas incluídas em seus
escritos.
Temas relevantes da época:
Neste aspecto os documentos do Padre Montoya nos permiten
confrontar os acontecimientos de caráter político, social, religioso,
econômico ou cultural que aparecem na documentação da época, a partir da
perspectiva dos membros da ordem e de seus próprios objetivos.
Acontecimientos que, por sua trascendência, figuram en diversas
documentaçôes da época, são, por ejemplo:
- a venda de negros em Venezuela, Ilhas de Trinidad, Margarita,
Cumaná, Río da Hacha, Santa Marta, Santo Domingo e a mesma
Cartagena, por os portugueses;
- a morte dos ouvidores do Real Conselho: Zambrana, Mena y
Francisco Pereira Pinto;
- o levantamento de Portual;
335
- a destruição das cidades de espanhóis como Xerez, Ciudad Real y
Villa Rica por os bandeirantes de Raposo Tavares;
- Os caminhos que abríam os paulistas em direção Potosí, Lima,
Tucumán y Asunção;
-
A venda de índios em Río de Janeiro para Lisboa;
- A entrada dos holandeses em direção do Perú.
Esta informação é mais detalhada e completa nos documentos Nº 64 a
70; 80; 82; 83 y 89.
b) Referências al Pay Zumé ou Sâo Tomé:
Em diversas oportunidades os índios mencionaram o conocimeno que
tinham recebido de seus antepassados a respeito da presença de Sâo
Tomé nestas regiões. Tais notícias aparecem nos documentos Nº 3; 13; 49;
e 56; a Conquista Espiritual le dedicou cinco capítulos (XXI a XXVI) a este
asunto.
c) Ação dos Governadores:
A intervenção dos governadores nos acontecimientos do Guairá se
mencionam como um elemento mais do contexto político. Por vezes elas
evidenciam os interesses particulares e as decições tomadas segundo
interesses pessoais, fora da política da coroa para estas terras. Vejam -se,
sobre esto, os documentos Nº 4; 5; 26; 27; 30; 32; 83; y 86 onde Montoya
denúncia o informa sobre estes fatos.
d) Obstáculos para o avance missionário:
Entre os temas que maior ênfase recebem de Montoya, estão todos
aqueles que impidem ou pretendem obstaculizar o trabalho missionário, a
gestão dos religiosas ou a obra evangelizadora em toda sua dimensão.
336
Assim encontramos importantes resenhas sobre tais aspectos nos
documentos Nº 11; 12; 14; 15; 19 a 21; 27; 29; 30; 32; 61; 79 e 80.
e) Destrucção e traslado das reduções:
Na história das reduçôes da Província Jesuítica do Paraguae o capítulo
mais dramático é constituído pelos ataques dos bandeirantes, asolando e
destruindo povoados, em alguns casos os de mais recente fundação. A
magnitude destes acontecimientos estão referidas com realismo, indignação
e dor nos documentos Nº2; 20; 27; 29; 30; 32; 56; 79 e 80.
f) Acções para a defesa:
As diversas atividades organizadas para enfrentar as invasões dos
bandeirantes constituíram uma espécie de frontera em movimento,
demonstrando o domínio dos indígenas da geografía do lugar e a
creatividade e especialização para resolver os obstáculos que surgían ante o
avanço paulista. Seu relato aparece nos documentos Nº 33; 56; 58 e 60.
g) Resultados da ação evangelizadora:
Descrevem-se em alguns textos as metas alcanzadas nas reduções e
a disposição dos indígenas frente às ceremonias cristãs. Esta transformaçâo
nos costumes se faz mais elocuênte nos documentos Nº 35; 36; 41; 46 e 56.
h) Propostas de soluções formuladas ao Rei:
Em quanto se intensificam as invasões paulistas, acentua-se o drama
guairenho. A decisão da Congregação reunida em Córdoba, de enviar ao
Padre Montoya como Procurador ante as autoridades da metrópole, agudiza
seu intelecto e comstitui o argumento do questionamento que formula às
autoridades reais e virreinais até o fin de sua vida.
337
É o documento Nº 81 que expresa as medidas que se devían aplicar
para solucionar os males das investidas dos bandeirantes; nos documentos
Nº 84 e 88 formulam-se pedidos para o uso de armas nas reduções em
defesa das mesmas. Sobre o nâo cumprimento das órdens reais ele faz a
representação que transcrevemos nos documentos Nº 85 e 86 onde refuta,
com uma extensa e fundamentada argumentaçâo, as acusações contra a
Companhia.
Os temas que acabamos de enunciar constituíram a problemática
que acompanhou o desenvolvimento do trabalho jesuítico americano nesta
regiâo. Territorios estes nos quais os guarani atemdíam à convocaçâo dos
padres e se concentravam nos povoados que se foram criando. Mas
também, territorios em que, por otra parte, a procura de mão de obra
orientada por os paulistas, desbaratava a expansão em direção leste, e
destruia as metas alcanzadas no Guairá, Uruguai e Tape.
DADOS ETNOGRÁFICOS
Marshall D. Sahlins em obra dedicada ao estudo das sociedades
tribales (1972), examina -a partir da doutrina científica social clásica- a
divisão de todas as culturas em três partes: tecnologia, organização social e
ideología; consideramdo que a tecnología juntamente con as relações
sociales de producção são aspectos decisivos para a compreensão das
sociedades. Ainda que concordemos com esta posiçâo, a nálise dos
documentos aqui arrollados, permite inferir os elementos culturais
enunciados por Sahlins como fundamentais. A amplitude e o valor da
informação que resgatamos destes textos nos levaram a enunciar uma
clasificação maior de elementos.
a) O hábitat
338
As referências às questões relacionadas com o habitat das regiões
que recorría em particular no Guairá são mencionadas com mais detalles
nos Doc. Nº 5; 12; 13; 14; 19; 20; 26; 28;.......
Algumas destas referências são:
... para que me trajesen por los pueblos de los gualachos que
estaban más cercanos a los de los Ángeles, pero no les hallamos en sus
pueblos por estar comiendo piñones ...” (Doc. Nº 5)
162
“ ... luego se mudaron los gualuchos del lugar donde solían estar
haciendo sus casas y pueblo junto a los yerbales del Tayaoba...”(Doc. Nº5)
“... y comenzó a recoger la gente, no en el lugar que había estado
antes donde los portugueses lo habían destruido, sino en otro más cómodo y
a propósito para nuestra habitación y comunicación con las demás
reducciones...”(Doc. Nº5)
“Las casas son redondas a manera de hornos, duermen en el suelo
sobre paja cubiertos con unas mantas grandes que hacen de malvas, el
fuego tienen en medio de la casa y todos se acuestan a la redonda con los
pies hacia el fuego...”(Doc. Nº 5)
“Prosiguiendo mi viaje llegué a un pueblo pequeño de hasta sesenta
vecinos y me recibieron con mucho amor ... Llamábase este pueblo
Ytacurú...” (Doc Nº 12))
“Porque eran caminos de ocho horas para muy alentados remeros, y
estos dos viejos de ochenta años lo habían hecho en dos...” (Doc Nº. 12))
“Vimos, mis compañeros y yo un camino que no tenía ocho palmos de
ancho, en cuyo espacio nace una yerba muy menuda ... y que comúnmente
le llaman el camino de Santo Tomé ...” (Doc. Nº 13)
“Marcharon los Tayaobas con el silencio y tinieblas de la noche por
sierras tan ásperas y montuosas, tan llenas de hondables arroyos...” (Doc.
Nº 14)
162
Os documentos foram publicados por Carlos Leonhardt s.J. em “Cartas Anuas de la Provincia del
Paraguay, Chile y Tucumán, de la Compañía de Jesús” (Vol.1) (1609-1614); (Vol.2)(1615-1637),
Buenos Aires, Talleres S.A. Casa Jacobo Peuser. (Documentos para la Historia Argentina , Tomos
XIX-XX. Iglesia).
339
“...cuando tuvimos aviso que los españoles del Guairá nos
aguardaban en un paso estrecho y peligroso, que hace el famoso salto del
Paraná en cuya ribera habían fabricado un fuerte de madera para
impedirnos el paso y cautivarnos la gente...” (Doc. Nº 20)
“Ocupamos el fuerte que dejaron ellos, donde fue forzoso arrimar las
balsas y canoas porque allí es el río innavegable, porque en aquel salto se
despeña entre riscos y peñascos y forma tan horribles remolinos que hace
feredad sólo el mirarlos.” (Doc. Nº 20)
“... y caminé desde el salto del Guairá adonde se deja el río para
caminar por tierra, hasta Maracayú, tardé ocho días de continuas aguas y
pantanos... “ (Doc. Nº 36)
“... allí tomó el Padre lengua del Iguazú y se ofrecieron los indios a
llevarle con mucha facilidad a él porque está cerca....” (Doc. Nº 45)
“... allí cerca están los indios que llaman camperos y los que bajaron
de Tibagiva y las provincias de Chanes y los Camping y los Pates y otras
provincias que confinan con el Iguazú...” (Doc. Nº 45)
“... hallamos algún rastro del que habían dejado los que enviamos
delante en las varas de los árboles que tronchan los indios en señal de su
viaje según está más o menos fresca la quiebra, se conoce cuanto hace ya
que pasaron por allí...” (Doc. Nº48)
“Está situado en un campo que ya desde aquel puesto empieza la
nación de los que llamamos camperos, porque habitan los campos, aunque
ellos no quieren tener tal nombre, porque se tienen más nobles que éstos y
su antigua nobleza la tienen puesta en ser naturales de los ríos de fama.” (
Doc. Nº 49)
A condução e orientaçâo pelos territórios a missionar -ou a conquistar
no caso dos espanhóis - foi realizada sempre pelos únicos conhecedores dos
caminhos e perigos: os índios.
b) Organização socio-cultural
Os dados que nos informan sobre diferentes aspectos que perfazem os
costumes e o cotidiano dos indígenas, são relevados diretamente e
enunciados pelo impacto que produzem ante o interlocutor de uma cultura
diferente. Era muito importante o conhecimento de tais elementos culturais
no momento dos primeiros contatos, para as diferentes associações e
340
estudos sobre estas culturas.
“Los indios andan vestidos en el pueblo, pero yendo a cazar van
desnudos...”(Doc. Nº 5)
“Son estos indios muy guerreros....” (Doc. Nº 5)
“Era de ver por toda aquella playa ocupados tantos en fabricar balsas,
que son dos canoas o maderos grandes cavados como barcas sobre los
cuales forman una casilla bien cubierta ... “ (Doc. Nº 20)
“Fabricaronse en breve tiempo setecientas balsas sin muchas otras
canoas sueltas....” (Doc. Nº 20)
“... los indios están tan mudados en sus costumbres que, contándome
un cacicuelo que mal había huido antes que nosotros estuviésemos entre
ellos...” (Doc. Nº 35)
“Los indios, que en estos ríos estan escondidos por miedo de los
españoles son muchos, haciendo en medio de los montes y espesuras unas
poblaciones muy grandes...” (Doc. Nº 35)
“Son muy buenos labradores y la tierra muy fértil...” (Doc. Nº 49)
“... llegado a su poder un indio mozo Gualacho de nación, que había
sido cautivado en guerra de los Tayaovas, fue vendido por un cuchillo...”
(Doc. Nº 49)
“... tocaron sus bocinas y tambores y tenían levantados arcos triunfales
junto a la iglesia...” (Doc. Nº 50)
As informações assim proporcionadas manifestam o dominio de todos
os elementos -particularmente aqueles escencias- para a sobrevivência,
como as boas águas, as propriedades das plantas, as diversas ervas, frutos
e animais comestíveis. Manifestam igualmente, o conhecimento dos efeitos
medicinais passíveis de serem obtidos de productos do meio.
Na realidade tribal, as combinações sociais e políticas estão implícitas
na producção. Estas formas de produção são calificadas de “domésticas” ou
“familiares”. Neste sentido, para Sahlins (1972:120)
341
“La familia es en relación con la economía tribal lo
que la casa solariega fue con respecto a la economía
europea del medioevo, o la corporación industrial en
relación con el capitalismo moderno: cada una de ellas
es la institución central de producción de su época.”
(SAHLINS,1972:120)
Os guarani, como outras culturas indigenas americanas tinham um
modo de producção comumal. Isto significando, o trabalho conjunto que
realizavam as unidades domésticas nas parcelas que a comunidade lhes
tinha dado em usufructo, sendo que também realizavam atividades
comumais onde a producção era coletiva; ademais colaboravam com outras
familias através de um sistema cooperativo de trabalho. Dados em
confirmaçâo desta realidade, aparecem na documentaçâo: “...los cuales con
su gran celo y solicitud han puesto aquella reducción muy buena haciendo
nuestra casa e Iglesia muy capaz que con haber en esta reducción tanta
gente, toda cabe en ella, trabajando en lo espiritual sin cansarse y en lo
temporal de manera que puede competir con las antiguas, tienen ya vacas,
cabras y ovejas y se da todo muy bien, es tierra muy fértil y con el cuidado
de los Padre dentro de pocos años habrá mucha abundancia de todo, han
plantado una buena viña y cañaveral y hecho una buena huerta con que
tendrán mucho regalo. El ganado comienza ya a parir con que tienen ya
leche y manteca y hacen quesos.” (Doc. Nº 5) “….haciendo en medio de los
montes y espesuras, una poblaciones muy grandes. Los caciques sólo han
salido con unos pocos indios a vernos….”(Doc. Nº 35)
Esta organização se sustentava na posessão comum da terra, a
“madre terra” que provinha de seus antepassados e que constitúi, até a
atualidade, o grande tema de debate das comunidades indígenas.
En estas sociedades reciprocidad y redistribución no
eran antagónicas como en las sociedades de clases,
sino que se practicaba una real ayuda mutua, una
reciprocidad muy concreta. La redistribución no era un
acto paternalista y “justo”, ... otorgado por la gracia de
342
un poder gobernante “comprensivo”, sino el resultado
de un acuerdo conjunto e igualitario de los miembros...”
(VITALE, 1992:87)
c) Sistema de parentesco:
O sistema de parentesco merece um profundo tratamento, que
considere diversas orientações, en nível tanto social, como econômico e
político como o sugerem algumas frases de estos textos:
“Son estos indios de estatura alta y por la mayor parte blancos,
viven en pueblecitos cada cacique de por sí, los cuales
ordinariamente tienen hasta cien vasallos...” (Doc. Nº 5)
“... Salió un indio con su familia que eran diez y siete personas
a buscar que comer por los montes...” (Doc Nº 56)
“Está en esta reducción un Cacique muy temido de los indios
por ser valientes y tener nombre de hechicero...” (Doc. Nº 56)
A relaçâo com os “principias” de cada aldeia é outro dos temas que
surge dos textos do P. Montoya, aspecto este que deve ser estudado com
maior profundidade. O projeto jesuítico encontrou neles um aporte
fundamental na conversâo dos naturais e um vínculo substancial para
concretizar os assentamentos, construir aos provoados e organizar o
trabalho comunitário. Encontramos aí “caciques” como Tayaoba na
Reudcción de los Ángeles, Guiraberá na de Jesús María, vários “principais”
na de Concepción de gualachos de diversas linguas guarani, e outros na de
San Javier cujos nomes nâo puderam fixar-se.
O encontro, os primeiros contatos, a análise que uns e outros se
faziam para conhecer reaçôes e preferências, é uma instância que permite
inferir a açâo dos missionários nestas terras e também os conflictos
derivados pelo avanço de c da projeto de ocupaçâo.
A poligâmia, outro tema encontrável na documentaçâo, não pode ser
estudada desde uma perspectiva “ocidental e cristã”, senão a partir da
343
perspectiva de um povo que, através desta práctica, aumentava a
capacidade de produçâo das unidades domésticas, provendo-as do número
necessário de mulheres para plantar, cuidar cuidar das tarefas da casa,
assim como do fogo, além de trazer ao mundo uma importante
descendência. Fazia também, aliados, aspecto importante se considerarmos
que o “pa’í” ou chefe de uma grande família, chamava os homens para a
guerra, quando ela era necessária ou inevitável.
Nâo podemos, portanto, neste caso, realizar afirmaçôwa com una
visâo ocidental ou européia sobre se as mulheres tinham categoria de
esposas legítimas ou mancebas. Paralelamente, temos que matizar as
apreiaçôes dos religiosos sobre esta prática, considerando as
cinrcunstâncias en que o fazem.
O “pa’í” , é a figura familiar por excelencia do guarani; tem prestigio
religioso, é potencializador de muita poduçâo, pode a partir dela-
establecer “convites”, eventualmente com muitas mulheres que servem nas
festas. É uma figura social que se torna religiosa e política. Os espanhóis o
confundiram com a figura dos chefes de províncias, tais como os
encontrados entre os taino nas Antilhas, e dinominaram aos “pa’í” de
“caciques”.
Esta conceição é a base de uma estructura social que requere
fortalecimiento numérico e laços familiares, para consolidar la economía,
acrescentar forças na guerra, no asentamento de povos e na ajuda mútua en
calamidades.
Explica Marshall Sahlins , da siguiente forma, una familia extensa:
“... equipa a su masa de mano de obra,
comparativamente numerosa, para actividades
diversificadas y extensas como las que con frecuencia
lleva consigo la economía neolítica. Está en
condiciones de entregarse simultáneamente a un
conjunto complejo de tareas: pastoreo, diversos
cultivos agrícolas, caza, recolección, por no hablar ya
344
del cuidado de los niños y otras ocupaciones
domésticas (como la alfarería). Una familia extensa
puede mostrarse especialmente útil durante los
“periodos saturados” de trabajo, cuando se necesitan
muchas manos para clarificar la selva, efectuar la
recolección o apacentar el ganado. Una familia
extensa, y no es ésta una de sus menores virtudes,
puede desplegarse por una vasta superficie para
explotar diferentes oportunidades locales: algunos de
sus miembros pueden ser destacados por largos
periodos con la misión de cuidar de huertos apartados
y de rebaños trasladados a los pasturajes, mientras
otros “se limitan a trabajar en las inmediaciones de la
casa”. En estos diversos aspectos económicos, una
familia numerosa parecería gozar de ventaja sobre
grupos nucleares más pequeños.”(SAHLINS, 1972:101-
102)
Sob este enfoque, a familia extensa parece gozar de vantagem frente
aos pequenos grupos, porque fortalece o complexo econômico e faz possivel
participar sem inconveniêntes em trabalhos diversificados como a recoleção,
a limpieza da selva ou a construcção de casas. Alguns membros podem ser
destacados em lugares apartados para explotar determinada producção
emquanto outros desenvolvem tarefas explorando bastas superfícies ou
bem, nas imediações da casa. Neste caso a familia “é uma pequenha
chefatura dentro da chefatura” uma vez que insere-se em uma organização
social maior.
O poderío de um cacique depende do número de “vasallos
163
que
arregimenta. A fidelidade, então, como elemento substancial deste
parentesco, era vital para o sustento da ordem social e política. E a
confecçâo de alianças a través dos casamentos era um de seus esteios.
a) Psicología social
Significativas são as referências que faz o Padre Montoya sobre as
caraterísticas éticas do guaraní, em particular sobre o “bom coração”, a
163
Termo que os espanhóis utilizabam para identificar os seguidores de determinada liderança
indígena.
345
actitude de “dar” como ação de agradar, de receber bem, de manifestar
complascência e boa disposição, que são sem dúvida qualidades esenciais
ao ser guaraní, que ainda perdura nos descendentes ou nos que viven nas
zonas rurais, e por isso mantém vivas costumes e tradições .
“... Hechóse esto de ver en el trato y acogida que hacen estos
indios a los gualachos... pero como unos muy grandes amigos se
tratan todos ellos, viniendo los gualachos al Tayaoba y éstos
yendo a la tierra y pueblo de los gualachos...” (Doc. Nº 5)
“... habiendo ido unos indios de los Ángeles en estas ocasiones
a buscar yerba los encontraron y hablaron dándose sus donecillos
de una parte y de otra en señal de amor y paz y con ellos se
vinieron...” (Doc.Nº 5)
“... y llegamos al pueblo, donde se renovó mi dolor, porque
salieron a recibirnos todos, hombres y mujeres, niños y viejos,
llorando nuestro trabajo.” (Doc. Nº 12)
“Los indios, que en estos ríos están escondidos por miedo de
los españoles son muchos...” (Doc. Nº 35)
“... no consentían por ningún caso que los tres caciques nos
hablasen a solas...” (Doc. Nº 50)
O guaraní geralmente recibeu bem aos missionários. O
enfrentamiento que provocou a ação por mudar seu “jeito de ser”, é outro
capítulo desta história que supera os límites do presente trabalho.
As expressões de ternura do Padre Montoya em suas cartas
demonstram o amor real que teve para este povo e sua lealdade com a
situação que históricamente tocava viver aos guarani e aos missionários é
um dos aspectos mais ricos, porque é o que explica e justifica tantos
sacrifícios que surgen de seus escritos, porque é o que explica e justifica
tantos sacrificios que surgem de seus relatos.
O amor que despertou era muito grande e nas cartas se manifiesta
com evidência. Assim como sua declarada compreensão do mundo guaraní
sem deixar ao lado su vondade de “conversão” e sem negar, claro está, seu
346
pertencimento a um momento histórico determinado.
b) Crenças
A idéia de grupo e a força comunitária, como fundamento cultural do
guarani, se sustenta nas crenças e ritos tribais. Com frecuência se faz
referência às crenças dos guarani, mas lamentavelmente, fora de seu
contexto cultural, dando lugar às mais diversas interpretações e a um
manusséio ideológico de dados parciales. Certas passagens de Montoya
ajudam a entender com mais acuidade o universo destas crenças e ritos.
“... y me contaron una cosa notable, y es que ellos no querían
reducirse sino estarse en sus pueblos por causa de dos ídolos
que tienen allá...” (Doc.Nº 5)
“Tienen conocimiento de Dios y que es criador de todas las cosas
y que está en el cielo pero con esto tienen otras cosas bárbaras...”
(Doc. Nº 5)
“Todas estas vieron clara y distintamente que de la Iglesia vieja....
salían tres personas vestidas de un rico y celestial ropaje, blanco
como los ampos de la nieve... sus rostros parecían tres soles...”
(Doc. Nº 8)
“Creo que si V.R. viera estas reducciones y como se acude en
ellas al culto divino, y el fervor de los indios se olvidará de Juli,...”
(p.122)
“...las preñadas ayunan ellas y sus maridos no comiendo carne
algunos días con el cual ayuno nacerá bien la criatura...” (Doc, Nº
56)
Na mitología guaraní é possível estudar aquele que talvez seja o
capítulo mais relevante desta etnia: sua religião. Una religiâo sem dogmas e
sem ídolos, una religiâo profundamente espiritual,e que revela-se, muitas
vezes, no conflicto colonial. Este, ao desconhecer os seus valores, acaba
por producir um enfrentamiento que transparece dos textos mencionados.
Outros componentes do complexo ritual, como a utilizaçâo de erva
mate, por exemplo, também estâo presentes. Este consumo, condenado
347
pelos primeiros missionários por su relaçâo com prácticas e rituais
xamanísticos, encontrou em Montoya un observador meticuloso, que chegou
a preceb er os verdadeiros efeitos que produzia: “...les alienta el trabajo(...)
púrgales el estómago y despierta los sentidos (...).o es la misma yerba de la
china llamada cha, que quita el sueño (...) porque en la lengua de los
naturales se llama caa.” (Montoya, 1639:66)
Nas cartas, as referências sobre a erva sâo citaçôes relativas aos
efeitos que ela produzia, como elemento muito cobiçado e motivo de
trabalho compulsório en Maracayú: “por ser apetecible aquel puesto y tener
allí el yerbal...” (Doc. Nº5) “Maracayú y su infrnal yerbal....” (Doc. Nº 26) “...
unos indios de paz que habían ido a a hacer yerba”. (Doc. Nº 56) “…hacer
yerba en Maracayú”.. (Doc. Nº 56).
Ademais abundan os relatos que incluem a erva como fonte de
inspiraçâo dos xamâs, aspecto que dentro da consmovisâo guarani era
considerado central e prioritário “...suelen ellos decir esto dice la yerba...”
(Doc. Nº 5) “... y diciendo que la yerba lo hhabía dicho, les riño (el Padre)
porque hablaban al demonio por medio de la yerba...” (Doc. Nº 5)”
…consultan el oráculo con un calabazo de yerba…” (Doc. Nº 56).
c) Ritos funerarios e antropofágicos
Sâo freqüentes as expressôes do P. Montoya que se referem a firmeza
con que os indios defendiam elementos de suas tradiçôes: “...así por ser
muchos como por sus costumbres de comer y matar hombres aunque en
esta parte se ha visto la fuerza del evangelio que bastará a desarraigar tan
antiguos y arraigados vicios….” (MCA I:262)
Ou, como nas passagens abaixo:
“...Aunque le sirvió muy bien algunos años se le antojó un día
comérselo y convocando a los indios vecinos, haciendo una general
borrachera, el mismo amo puesto de fiesta muy emplumado, dio al pobre
348
indio con una macana en la cabeza e hizo a los convidados con él un
solemne banquete…” (LEONHARDT, CA II:328)
“… El mismo Guiraverá mató oa Ararundí con sus manos y se lo
comió…”(CA II:348).
“…Este indio era el que tenía cogido el paso del río de manera que ni
españoles ni indios podían pasar ni se atrevían porque éste se los comía a
todos. Así hallamos en su pueblo cestos y calabazos llenos de huesos
humanos de los cuales iban haciendo unas para las flechas….” (MCA I: 288)
d) Xamâs
O bom “orador”, o “feiticeiro”, segundo os padres, centraliza as
sociedades tribais em torno a sua sabiduría; o “arandú”
164
é o idéial da tribo,
daí seu poder de convocatoria e o respeito que recebía. Os xamâs
encabeçaram as principais rebeliões contra os missionários e sua prédica de
uma religião diferente; guiaram as grandes peregrinações em busca da
“Terra sem Mal” e forão fundamentalmente “memoria” de um povo que vivía
com um profundo respeito a seus antepasados, cujo “modo de ser”,
entendíam, estavam obrigados a resguardar e reviver.
“Hay entre estos indio algunos ministros del demonio, que llamamos
hechiceros y suelen ser los muy viejos. Son chupadores y curadores y
hablan con el demonio por medio de la yerba, y les dicen cosas ausentes...”
(Doc. Nº 5)
“Hallábanse aquellos valles y sierras poblados de infinitos hechiceros,
llenos de mil errores y supersticiones, que aborrecían peregrinas religiones,
predicando la suya por cierta y verdadera...” (Doc. Nº 12)
“... pero no fue la causa, sino dos hechiceros hijos del mismo demonio
que se hacen dioses criadores de todas las cosas...” (Doc. Nº 53)
“... que decía había de quemar vivo a todos los Payes, que son los
hechiceros, porque eran burladores.... “ (Doc Nº 53)
“...me cogieron una imagen de Nuestra Señora de pincel, el hechicero la
rasgó con sus manos, porque hacen burla e que adoremos cosas pintadas...
(Doc. Nº 53)
“El que más daño nos hace es Guiraberá el cual como es tan famoso
164
Arandú: sabio.
349
hechicero y amigo del diablo aborrece a Dios aunque él dice que es dios
criador de todas las cosas....” (Doc. Nº 56)
Desta maneira a religião é o caminho pelo quál se expressa
movimentos de contataçâo, que não é uma reação únicamente religiosa,
mais bem, cultural. Os xamâs ou pajés, os “profetas” guaranís que
resguardavam a sobrevivência do “modo de ser” antigo, se mantiveram
firmes em seus principios, consolidando com sua prédica e atitude, a
resistência anti-colonial. Os caciques pelo contrário, com uma visão mais
política, tal vez, permitirame, se prestaram à penetração colonial, em
especial ao avance missionário.
FUNDAMENTOS DE SEUS ARGUMENTOS
O Padre Antonio Ruiz de Montoya entre as mil frases que difundiu,
para fazer compreender a injustiça, o manejo mercantilista e cruel das
pessoas e os recursos americanos, expresou o seguinte :
Muestran buenos deseos y descubren malos efectos, dicen
buenas palabras y hacen malas obras, y mostrándose amigos de
la Compañía impiden nuestro ministerio, y así me acuerdo
muchas veces de lo que V.R. me dijo que con ellos buenas
palabras a su modo y alejarnos de ellos poniendo las reducciones
lejos....” (Doc. Nº 56)
Também a ação dos portugueses não foi alheia a sua observaçâo e
ele assinala os detalhes de seus artifícios em alguns de seus
textos:“...Como los portugueses, para asegurarlos mejor, les dijesen iban a
enseñarles la palabra de Dios, los indios con extraña sencillez les traían
difuntos, para que los restituy esen a la vida, porque así (decían) lo hizo el
Pay Zumé....” (Doc. Nº 3)
Sobre a indiferença das autoridades denuncia:“…“Prosiguieron ambos
su viaje a Ciudad Real donde por fin hallaron al General Don Antonio (de
Añasco), y cuando imaginaban hallar en su persona el reparo de los males, y
que haría justicia, pasó todo al contrario...” (Doc Nº 4)
350
A manipulação dos índios, inclusive dos reducidos evidencía o tipo de
relação que imperava:“Esta reducción aunque los Portugueses se llevaron
toda la gente que había reducido el Padre Simón Maceta como hemos dicho
arriba...” (Doc. Nº 5) Já as conseqüências de tais atitudes seríam evidentes:
“... que ahora andan esparcidos por causa del hambre tan universal que hay
en toda esta tierra causada por estos Portugueses que no han dejado
trabajar a los indios con sus inquietudes y maldades.” (Doc Nº 5)
Os expedientes para desmerecer a ação dos missionários, justificar
suas feito e enganar aos índios são muito claros para o jesuíta:
Mirad los pobretones que tenéis en vuestras tierras (por los
padres) que por no tener que comer y no morir de hambre, o no
trabajar en las suyas, vienen a engañarnos con estos embustes e
hipocresías .... Por eso venimos a desterraros de toda esta región,
que esta tierra es nuestra y no del rey de Castilla...” (Doc. Nº14)
“En la despoblación de tan gran provincia, causado por los del
Brasil, en que salieron de sus aires naturales, más de doce mil
almas, pocos días antes de esta salid, que fue de horrendos
trabajos,....” (Doc. Nº 20)
Ayudó mucho a esta mudanza un requerimiento de la justicia
de la Ciudad Real de Guairá nos había hecho, pidiéndonos
mudásemos aquella gente, porque ellos no nos podían favorecer
contra enemigo tan poderoso.” (Doc. Nº 20)
Llegaron los Mamalucos y dichas reducciones halláronlas
desiertas, embistieron contra las puertas de los templos, y como
hallaron resistencia y dificultad en abrirlas por estar bien
trancadas, las hicieron pedazos, sin respeto, cuando no a que
eran de la casa de Dios, siguiera a su labor y artificiosa
hermosura.” (Doc. Nº20)
“... dice como había de venir aquella misma gente de la milicia
de Satanás sobre las provincias del Uruguay a dar los mismos
asaltos que había dado a los del Guairá, y que saldrían también
huyendo de aquella los pobres indios por no poderse defender,
como habían salido de ésta y entonces se vería si defender, como
habían salido de ésta y entonces se vería si había sido la retirada
imprudente, o cuerda y forzosa.” (Doc. Nº 20)
“... más desde que D. Luis de Céspedes y Xería, que se casó
351
en Río de Janeiro y entró por la vía de San Pablo acompañado de
muchos de ellos, los favoreció y ayudó; han destruido ya sus
reducciones: primero, las cuatro de San Miguel, San Antonio,
Jesús María y la Encarnación y ahora, en marzo próximo pasado,
las de San Francisco Javier y San José y amenazan las demás
sin dejar una sola.” (Doc Nº 27)
“... porque dicho Gobernador vino con pensamiento de enviar al
Brasil a su ingenio 3.000 indios y así se lo dijo a los Padres del
Colegio de San Pablo, y estos 3.000 no se podían sacar sin que
los portugueses diesen en las reducciones de los Padres y de
ellos cogiesen para el Gobernador su parte.” (Doc. Nº27)
A ação dos índios junto aos Padres, colaborando na tarefa
missionária, evidenciando a outra fase desta história; o Padre Montoya nos
relata em varios momentos:
“Tuvo principio esta reducción con este indio después de haber
vuelto de las reducciones de Nuestra Señora [de Loreto] y San
Ignacio, adonde le había enviado para que viese aquél los
pueblos y de vuelta lo vestí y lo envié a que hablase a la gente
que había quedado y luego fuese a los Ángeles a llevar un Padre
a su tierra para dar principio a la reducción, lo cual hizo con gran
gusto y diligencia, y sabiendo que ya había llegado a los Ángeles,
fue luego allá para llevar al Padre y así fue con él el Padre Ignacio
Martínez fervoroso misionero, ...” (Doc Nº 5)
“Fue el Padre con este Guiraberá y comenzó a recoger gente,
no en el lugar que había estado antes donde los Portugueses la
habían destruido....” (Doc. Nº 5)
“... llegaron los nuevos de la destrucción de San Pablo y así el
Padre con gran acierto luego recogió a la gente y se fue a la
reducción de los Ángeles para que allí ayudándose los Padres y
los indios pudiesen socorrerse mejor los unos a los otros.” (Doc.
Nº 5)
“Quedé admirado de su lealtad, y más de la providencia divina.
Porque eran como de ocho h oras para muy alentados remeros, y
estos dos viejos de ochenta años lo habían hecho en menos de
dos....” (Doc. Nº 12)
“... y llegaron al pueblo donde se renovó mi dolor, porque
salieron a recibirnos todos, hombres y mujeres, niños y viejos,
llorando nuestro trabajo.” (Doc. Nº 5)
352
“... nos dieron aviso de la venida del enemigo, con que los
indios trataron de mudarse y dejar sus tierras por salvar la libertad
y las vidas.” (Doc Nº 20)
A pesar de que o presente é um trabalho de compilaçâo, ele nos
permite ditinguir aum série de carterísticas própias da obra deste
missionário:
a) O Padre Antonio Ruiz de Montoya foi um intérprete qualificado da
realidade que vivenciou no Paraguai colonial e procurador
entusiasta dos indios.
b) Os dados etnográficos que destaca sâo elementos substanciais
para o estudo da cultura guarani.
c) Seu trabalho nâo se limitou ao nível estritamente missionário,
abrangeu tambiém uma açâo de compreensâo de múltiplos
elememtos culturais do índio, como seu idioma, por exemplo.
d) A obra lingüística que realizou foi uma contribuiçâo particularmente
significativa para a sobrevivência do idioma guarani.
e) A fervorosa defesa dos índios, expressa através dos memoriais que
redigiu, davam uma resposta para a realidade histórica, e era outra
manifestaçâo de seu ardor apostólico.
Com este trabalho intentamos aportar dados concretos e significativos
para o análise e reconstrucção de um período da história de América Latina
no espacio geográfico do Guairá. Entendemos que é prioritário incorporar-se
a esta história, povos que por diversas razões han sido excluidos ou
marginalizados. As circunstâncias econômicas, políticas, sociais, religiosas e
culturais que se observan nos documentos do tempos dos primeiros
contatos, confirman as tendências actuais de poder e controle sobre tais
grupos e sociedades.
É freqüente na atualidade observar que não se respeita que cada étnia
tenha direito a autogestão, à autodeterminação e ao autodesenvolvimento
353
de sua identidade cultural e lingüística. São expulsados de suas terras, não
é valoraliza sua producção agrícola ou artesanal.
“El estado burgués aspira a que los indios dejen de ser
indios y se integren incondicionalmente a la sociedad
nacional. Muchos partidos sedicentemente de izquierda
preconizan planes similares de incorporar a las
comunidades indígenas a la economía nacional
capitalista. No sólo son “desarrollistas” los burgueses
sino también los reformistas. Ambos practican el
paternalismo y la llamada “cogestión” y “participación”,
que implican en definitiva la disolución de la comunidad
étnica cultural.” (VITALE, 1992: 266)
Hoje os indígenas constituem o problema das “minorías nacionales”
quando em numerosos países com os mestiços, constituem a maioría da
população (como em Mesoamérica e na região andina). Estes povos deben
ter seu lugar na história, o qual contribua para o reconhecimento não só de
sua identidade e dignidades, como também de suas terras e autonomía
cultural.
Os recursos para este estudo podem advir da tradição oral, muito
ampla, não só quando conta o pasado, mais igualmente no pasado
registrado na língua, os mitos, que se constróem históricamente. Eles são
história pelo que dizem, são história por seus símbolos, são história pelas
camadas ou estratos de conteúdo neles depositados. Mas também da leitura
adequada e crítica de documentos que testemunham os primeiros contatos
entre as sociedades indígenas e a colonial, como é o caso de certos escritos
de Montoya.
A experiência antropológica e analógica nos demonstra que a vida do
guaraní continúa sendo muito parecida à dos tempos primeiros, com facetas
e comportamentos tradicionais: danças rituais, atitudes frente às
tempestades, as enfermedades, diante da morte, das palavras inspiradas
dos xamâs. “Aún vencido, el Índio es protagonista de la historia actual”.
(MELIÀ ,1989: apuntes de clase).
354
A dificuldade para conhecer nosso passado se apresenta porque os
povos “outros ” têm uma relação praticamente discontínua conosco. A
história do guaraní, é bem diferente da história que fala do guaraní o mesmo
do guaraní da história. A história colonial e guaraní são paralelas, embora
com numerosos pontos que as ligam, entre sí. A história guaraní não se
ajusta aos Impérios Coloniales ou aos Estados Nacionais em que ela sse
desenvolve. Somente uma verdadeira etnohistória pode dar conta da história
guaraní como tal.
Dizíamos na Introduçâo, que o objetivo deste trabalho é oferecer
documentos para a História de América, até mesmo como contribuçâo para
a história regional; história esta que debe ser investigada, estudada e
difundida na busca e no fortalecimento da identidade e da unidade latino-
americana. A identidade latino americana com consciência colectiva, se
reflete em várias formas de auto-afirmaçâo e ruptura. Esta identidade que
nâo se desenvolve apenas como mecanismo de defesa ante as formsa de
colonialismo, mas como uma forma de auto-afirmaçâo na busca de uma
sociedade alternativa.
ANTONIO RUIZ DE MONTOYA nos leguo um importante caudal
documental, além de obras literarias e históricas que assinalam o caminho e
a orientaçâo da Historia que nós, latino-americanos, temos que escrever.
355
___________
APENDICE I
DOCUMENTOS ORDENADOS CRONOLOGICAMENTE *
1606 INGRESO A LA COMPAÑIA DE JESUS, ACTA DEL LIBRO DEL
NOVICIADO. Los Reyes, 22 de Noviembre de 1606.
STORNI, Montoya, p.428. (24)
1611 GRACIAS RECIBIDAS DE NUESTRO SEÑOR POR
INTERCESION DE LA SANTISIMA VIRGEN. DESPERTAR
DE SU VOCACION. Córdoba, 1610.FURLONG, Montoya,
p. l59- 170.(1)
1611 CARTA AL PROVINCIAL PADRE DIEGO DE TORRES BOLLO.
20 de Noviembre de 1611. LOZANO 2, p.324. (44)
1612 CARTA AL PROVINCIAL PADRE DIEGO DE TORRES BOLLO.
66. LEONHARDT, CA I, pp.179-181. (45)
1613 CARTA AL PROVINCIAL PADRE DIEGO DE TORRES BOLLO.
Santiago de Chile, Febrero de 1613. LEONHARDT CA I,
pp.182-184. (46)
356
1613 CARTA AL PROVINCIAL PADRE DIEGO DE TORRES BOLLO.
6 de Agosto 1613. LOZANO 2, p.623. (47)
1613 REFERENCIA DE UNA CARTA AL PROVINCIAL PADRE DIEGO
DE TORRES BOLLO. 8 de Agosto de 1613. LOZANO 2, p.400. (48)
1614 REFERENCIA DE UNA CARTA AL PROVINCIAL PADRE DIEGO
DE TORRES BOLLO. C¢rdoba, 8 de Abril de 1614.
LEONHARDT, CA I, p.339; CORTESÃO MCA 1, pp.243-244. (49)
1614 REFERENCIA DE UNA CARTA AL PROVINCIAL PADRE DIEGO
DE TORRES BOLLO. Asunción, 20 de Mayo de 1614.
LOZANO 2, p.727.(50)
1614 VISITA DE UN ECLESIASTICO. (Referencia).1614.
LOZANO 2, 734. (2)
1615 REFERENCIA DE UNA CARTA DEL PADRE ANTONIO RUIZ DE
MONTOYA EN LA CARTA ANUA DEL PROVINCIAL PADRE
DIEGO DE TORRES BOLLO. 12 de Junio de 1615.
LEONHARDT, CA I, pp. 452-454. (51)
1615 CARTA AL PROVINCIAL PADRE PEDRO DE OÑATE. 1615(?).
LEONHARDT CA 2, p. 97. (52)
* Notamos em ( ) o número con o qual o documento e apresentado no trabalho.
1616 CARTA AL PROVINCIAL PADRE PEDRO DE OÑATE. Reducción
de Loreto 9 de Octubre de [1616]. LEONHARDT, CA II, p.156. (53)
1620 CARTA AL PROVINCIAL PADRE PEDRO DE OÑATE. Córdoba,
17 de Febrero de 1620. LEONHARDT, CA II, p.206. (54)
1620 CARTA AL PROVINCIAL PADRE PEDRO DE OÑATE. Córdoba,
17 de Febrero de 1620. LEONHARDT CA II, p.207-208. (55)
1622(?) LOS SUCESOS DEL GUAIRA (1610-1622).
(Referencia). 1622 (?).LOZANO 2, 358. (4)
1622(?) DEDICACION DEL TEMPLO DE NUESTRA SEÑORA DE LORETO.
1622 (?). JARQUE 1, pp.313-315. (8)
1622(?) SOBRE EL CASO DE UNA APARICION. 1622 (?).
JARQUE 1, pp.315-316. (9)
1626 REFERENCIA DE CARTAS AL PROVINCIAL PADRE NICOLAS
MASTRILLI DURAN. Córdoba 12 de Noviembre de 1626.
LEONHARDT CA II, pp. 300; 317. (56)
1626 CARTA AL PROVINCIAL PADRE NICOLAS MASTRILLI DURAN.
357
Córdoba 12 de Noviembre de 1626.
LEONHARDT CA II, p. 67. (57)
1626 CARTA AL PROVINCIAL PADRE NICOLAS MASTRILLI DURAN.
Córdoba 12 de Noviembre de 1626.
LEONHARDT CA 2, 68. 322-323. (58)
1617(?)AVISO SOBRE LA LLEGADA DE LOS NATURALES
CAPITANEADOS POR LOS HECHICEROS.FUNDACION DE LA
REDUCCION DE SAN FRANCISCO XAVIER. 1627 (?).
JARQUE 2, pp.67-71. (10)
1627(?) DIFICULTADES PLANTEADAS DURANTE EL SUEÑO. 1627?.
JARQUE 2, pp.72-73. (11)
1627(?) PRIMERA JORNADA TRAGICA PARA LA CONVERSION DEL
CACIQUE TAYAOBA. 1627 (?).
JARQUE 2, pp.77-87. (12)
1628(?) SOBRE LAS HUELLAS DEL GLORIOSO APOSTOL SANTO
TOMAS. 1628
JARQUE 2, pp.93-94. (13)
1628(?) INFORMACION SOBRE LA REFRIEGA CON LOS MAMELUCOS.
JARQUE 3, pp.47-52. (14)
1628(?) DIFICULTADES DEL P. ANTONIO RUIZ DE MONTOYA Y EL P.
CRISTOBAL DE MENDOZA, CON LOS HECHICEROS. 1628 (?).
JARQUE 3, 77-82. (15)
1628 CARTA AL PROVINCIAL PADRE NICOLAS MASTRILLI DURAN.
Córdoba, 12 de Noviembre de 1628.
LEONHARDT CA 2, pp.324-328. (59)
1628 CARTA AL PROVINCIAL PADRE NICOLAS MASTRILLI DURAN.
Córdoba, 12 de Noviembre de 1628.
LEONHARDT CA 2, pp.330-335. (60)
1628 CARTA AL PROVINCIAL PADRE NICOLAS MASTRILLI DURAN.
Córdoba, 12 de Noviembre de 1628.
LEONHARDT CA 2, pp.335-336. (61)
1628 CARTA AL PROVINCIAL PADRE NICOLAS MASTRILLI DURAN.
Córdoba, 12 de Noviembre de 1628.
LEONHARDT CA 2, pp.338-339. (62)
1628 CARTA AL PROVINCIAL PADRE NICOLAS MASTRILLI DURAN.
Córdoba 12 de Noviembre de 1628.
LEONHARDT CA 2, pp.340-345. (63)
358
1628 CARTA AL PROVINCIAL PADRE NICOLAS MASTRILLI DURAN.
Córdoba, 12 de Noviembre de 1628.
LEONHARDT CA 2, pp.345-351. (64)
1628 CARTA AL PROVINCIAL PADRE NICOLAS MASTRILLI DURAN.
Córdoba 12 de Noviembre de 1628.
LEONHARDT CA 2, p.352. (65)
1628 CARTA ANUA DE LA MISION DEL GUAYRA. Tambo de
Guaracibere y minas del Hierro, Julio 2 de 1628.
CORTESÃO MCA 1, pp. 259-298. (66)
1628 CARTA AL PROVINCIAL PADRE NICOLAS MASTRILLI DURAN.
CORTESÃO MCA 1, p.378.(67)
1629 REFERENCIA DE UNA CARTA DEL PADRE ANTONIO RUIZ DE
MONTOYA EN UNA CARTA DEL PADRE SIMON MASETA.
25 de enero de 1629.
CORTESÃO MCA 1, p.303. (68)
1629 CARTA AL GOBERNADOR DEL PARAGUAY. Encarnación
15 de Abril de 1629.
CORTESÃO MCA 1, p. 305-306.(69)
1629(?) INSTRUCCION A LOS MISIONEROS DE SAN JAVIER, SOBRE
EL TRATO AL HECHICERO GUIRAVERA. 1629(?).
JARQUE 3, p.118. (17)
1630 CERTIFICACION SOBRE EL RAZONAMIENTO DE LOS INDIOS,
POR LOS EXCESOS EN LOS YERBALES DE MARACAYU.
Puesto del Salto del Guairá, 15 y 17 de Agosto de 1630.
CORTESÃO, MCA I, p.357 360-361. (26)
1630 ESTADO DE LAS REDUCCIONES DE LOS ANGELES, JESUS
MARIA Y CONCEPCION DE GUALACHOS. 1630.
CORTESÃO, MCA I, 342-351. (5)
1631(?) CARTA A SU CONFESOR EL PADRE FRANCISCO DIAZ TAÑO.
JARQUE 3, pp.246-247, 252. (70)
1631 DECLARACION JURADA SOBRE LOS ATROPELLOS DE LOS
PORTUGUESES DE SAN PABLO EN LAS REDUCCIONES
DEL GUAIRA. Río del Paraná, 28 de Abril de 1631.
PASTELLS 1, 457-462. (27)
1631 RESPUESTA A LOS CABILDANTES DE CIUDAD REAL PARA
TRASLADAR A LOS INDIOS REDUCIDOS. Nuestra Señora de
Loreto, 14 de Agosto 1631.
359
CORTESÃO, MCA I, 365-366. (28)
1631(?) TRASLADO DE LAS REDUCCIONES DE LORETO Y SAN
IGNACIO. 1631 (?).
JARQUE 3, pp.201- (20)
1632 CONVERSION Y BAUTISMO DE UN HECHICERO. 1632.
JARQUE 3, pp.102-104. (16)
1632 DECLARACION DEL PADRE ANTONIO RUIZ DE MONTOYA ANTE
EL ALCALDE ORDINARIO DE LA CIUDAD DE CORDOBA,
SOBRE EL RETIRO DE LAS REDUCCIONES DEL GUAIRA.
Córdoba, 22 de Enero de 1632.
CORTESÃO I, pp.380-382. (29)
1632 INFORMACION HECHA POR EL PADRE ANTONIO RUIZ DE
MONTOYA SUPERIOR DE LA MISION, SOBRE SI LOS INDIOS
DEL GUAIRA TENIAN ARMAS DE FUEGO , ETC.
San Ignacio, Loreto, 17 y 18 de Setiembre 1632.
CORTESÃO MCA 1, pp.425-430. (30)
1632(?) PADECIMIENTOS EN LOS TRABAJOS APOSTOLICOS. l632(?).
JARQUE 3, p.184. (18)
1632(?) ASALTO DE LOS PAULISTA E INCENDIO DE LA IGLESIA.
1632 (?).
JARQUE 3, pp.165-167. (19)
1635(?) ADVERTENCIA SOBRE LA LLEGADA DE LOS PAULISTAS.
Es un billete sin fecha (1635 ?).
JARQUE 3, pp.262-263. (21)
1636(?) AVISO PARA PREDICAR EL SERMON. 1636(?).
JARQUE 3, p.301. (22)
1636(?) AGRADECIMIENTO AL PADRE [CRISTOBAL] PORTEL. 1636(?).
JARQUE 3, pp.300-301. (23)
1636(?) DEL ENCUENTRO CON UN ALMA PREDESTINADA PARA SU
CONVERSION. 1636(?).
JARQUE 3, pp.326-327. (24)
1636(?) CARTA AL PADRE PROVINCIAL. 1636 (?).
CORTESÃO 3, pp.226-227. (61)
1637(?) CARTA AL PROVINCIAL SOBRE LOS TROPIEZOS PARA LA
EVANGELIZACION POR CAUSA DE ESPAÑOLES Y
PORTUGUESES.
JARQUE 2, pp.276-277. (62)
360
1637(?) CARTA AL PROVINCIAL SOBRE LAS DILIGENCIAS CON LOS
GUAÑAÑOS Y LA FIDELIDAD Y CORDIALIDAD QUE RECIBIAN
DE ESTOS PUEBLOS. 1637 (?).
JARQUE 2, pp.290-304.(63)
1637 VIDA Y MUERTE EJEMPLAR DEL PADRE PEDRO DE ESPINOSA.
Cordoba, antes del 15 de Agosto de 1637.
LEONHARDT, CA 2, p.752-759. (6)
1637 ORDENES QUE HIZO LA DEPUTACION PARA EL GOBIERNO DE
LAS REDUCCIONES. Córdoba 1º Agosto 1637.
ARSI FG 1486-3-2. (31)
1638 CARTAS A LAS REDUCCIONES.
Buenos Aires, 1638.
JARQUE 3, pp.288-289. (64)
1638 CARTA AL PADRE JUAN DE HORNOS.
RIo de Janeiro, 25 de Enero de 1638.
CORTESÃO, MCA I, pp.291-293. (65)
1639(?) MEMORIAL AL REY. DENUNCIA LOS AGRAVIOS DE LOS
PORTUGUESES DE SAN PABLO Y PIDE LA LIBERTAD DE LOS
INDIOS.
Madrid, 1639 (?).
ARSI. Paraq. 11, 135-141. (80)
1639 MEMORIAL AL REY. DENUNCIA LOS AGRAVIOS DE LOS
PORTUGUESES DE SAN PABLO Y PIDE LA LIBERTAD DE LOS
INDIOS. Madrid, 1639 (?).
ARSI. Paraq. 11, 135-141. (81)
1639(?) RESUMEN DEL MEMORIAL ANTERIOR.
Madrid, 1639 (?).
ARSI, Paraq. 11, pp.143-144. (82)
1639 MEMORIAL PRESENTADO EN LA CORTE DE ESPAÑA.
SOLICITA SE VISITEN LAS REDUCCIONES, SE TASE SU
TRIBUTO Y SE ENVIEN SACERDOTES PARA LA CONVERSION
DE ITATINES Y CHIRIGUANOS.
Madrid, 1639.
CORTESÃO 1, pp.430-433. (83)
1640 MEMORIAL AL REY. INFORMA SOBRE LOS DAÑOS
PRODUCIDOS POR LOS PORTUGUESES Y SUPLICA EL
REMEDIO PARA EVITARLOS.
Madrid 1639.
CORTESÃO MCA 3, pp.295-297. (84)
361
1640 MEMORIAL AL REY. RELATA LOS DAÑOS PRODUCIDOS POR
LOS PORTUGUESES Y PIDE LICENCIA PARA QUE EN LAS
REDUCCIONES PUEDAN TENER ARMAS DE FUEGO PARA LA
DEFENSA.
Madrid, 1640.
CORTESÃO MCA 1, pp.433-434. (85)
1640(?) MEMORIAL AL REY.
Madrid 1640 (?).
ARSI FG 845/85 pp.48-48vta. (86)
1640(?) CARTA A UN JESUITA.
Madrid 1640 (?).
JARQUE 4, pp. 46-47. (66)
1641 CARTA AL PADRE PEREYRA.
Madrid, noviembre 16 de 1641.
Memorial Histórico Español, T. 16, Madrid 1862, p.57-58. (67)
1641 CARTA AL PROVINCIAL.
Madrid, 1640.
Razón y Fe, n º 33. Madrid (1912), pp.71-19; 215-222. (68)
1642(?) CASO DE UNA ENDEMONIADA, ACCION DEL PADRE ANTONIO
RUIZ DE MONTOYA.
Madrid, 1642?
JARQUE 4, 49-109. (7)
1642 CARTA AL PADRE PEREYRA.
Madrid, Enero 15 de 1642.
Memorial Histórico Español, 16,pp.223-224. (69)
1645 CARTA AL HERMANO DIEGO DE CHAVE.
Lima, 17 de noviembre de 1645.
CORTESÃO MCA 2. pp.68-70. (70)
1645 CARTA AL PADRE PEDRO COMENTAL.
Lima, Diciembre 16 de 1645.
FURLONG, Montoya. pp.157-158. (71)
1649 MEMORIAL AL VIRREY DEL PERU.
Lima, antes del 16 de Marzo de 1649.
TRELLES, Anexo, pp.30-34. (90)
1649(?)CARTA AL PADRE DIEGO DE BOROA.
Lima, 1649 (?).
JARQUE 4, pp.131-132. (79)
1652 CARTA AL PADRE PROVINCIAL.
362
Lima, 29 de Marzo de 1652.
JARQUE 4, pp.149-150; 152-155; 192-193. (72)
1652 CARTA AL PADRE PROVINCIAL.
Lima, 1652.
JARQUE 4, pp.139-141. (73)
1652 CARTA AL PADRE DIEGO DE BOROA.
Lima, 1652.
JARQUE 4, 141-142. (74)
1652 CARTA AL PROVINCIAL PADRE JUAN PASTOR .
Lima, 1652.
JARQUE 4, pp. 209-210. (75)
1652 CARTA AL PADRE DIEGO DE BOROA.
Lima, 1652.
JARQUE 4, pp.216-217. (76)
1652(?)CARTA A UN JESUITA. 1652(?).
JARQUE 4. p.p.145-146.(77)
1652(?)CARTA AL P. JUAN DE HORNOS. 1652 (?).
JARQUE 2, pp.271-272. (78)
363
_____________
APENDICE II
CARTAS DO GERAL DA COMPANHIA DE JESUS AO PAI
ANTONIO RUIZ DE MONTOYA.
Neste Apéndice inclue-se as cartas do Geral da Companhia. Elhas
transmiten conceitos das cartas que o Pai MONTOYA, a sua vez, remitem-
las ao Geral. Algumas som transcripciones textuais.
Elhas dam uma visâo do tipo da relaçâo que existía entre ambos.
Confirmam ainda nossa afirmaçâo, aquelha constante correspondência
epistolar com seus superiores.
Tambem advertimos o desejo de informar a maior autoridade da
Companhía o tropeços do seus missionarios em estas regiones e os
beneficios espirituais para a fe católica.
364
1. CARTA DO GENERAL DA COMPANHIA DE JESÚS.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companha de Jesús, Roma. Paraq. 1
26.
Impressão: O documento é inédito, só é conhecido graças a referências
dos autores que comentam..
Edição: é editado o texto transcrito pelo P. STORNI com ortografía
atualizada.
Destinatário: O irmão Antonio Ruiz [de Montoya].
Fecha: Roma, 28 de Febrero de 1612.
Bibliografía: STORNI, Montoya, p.428 nº3.
TEXTO
"Su carta, escrita en noviembre de 1.610, se ha recibido y consuelo de
365
saber que el Señor le haya hecho merced de llamarle a la Compañía con tan
fervorosos deseos de emplearse en ayudar a los indios. Y pues para acertar
en todo es necesario dejarse guiar de los superiores, que como ministros de
Dios verán lo que fuese más conveniente, no hay sino estar resignado y
como religioso atender a obedecer con perfección, que a su tiem po se le
conceder lo de acudir a esos naturales, con mayor provecho espiritual de
sus almas y merecimiento suyo. El Señor le conserve muy en su gracia y dé
su santa bendición que deseo, etc. Roma 28 de febrero 1.612".
2. CARTA DO GENERAL DA COMPANHIA DE JESUS.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia, Roma, Paraq., 2 9.
Impressão: O documento é inédito, só é conhecido graças a referências
dos autores que comentam.
Edição: Parte do documento transcrito é comentado pelo P. STORNI com
ortografia atualizada e notas.
Destinatário: O Padre Antônio RUIZ DE MONTOYA.
Data: Roma, 10 de Julio 1623.
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº20 de p.429.
TEXTO
"La de V.R. de 5 de Abril de 1622 e recibido, en que me avisa como el P.
Provincial le había encargado el cuidado y gobierno de los sujetos que
trabajan en esa misión y juntamente me dice el buen empleo que tienen y la
disposición que hay para ganar muchas almas para Dios. Confío de la
mucha religión y santo celo de V.R. y de los demás que están en su
compañía que no perdonar n a trabajo que se ofrezca en orden a conseguir
tan alto fin mostrando en esto como en otras cosas que son hijos verdaderos
de la Compañía. El Señor les comunique a todos su abundante gracia y
guarde a V.R., en cuyos santos, etc. Roma 10 Julio 1623. "
3. CARTA DO GENERAL DA COMPANHIA DE JESUS.
366
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia de Jesus, Roma. Paraq. 2
31v-32.
Impressão: O documento é inédito, só é conhecido graças a referências
dos autores que comentam.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. Storni com ortografia atualizada.
Destinatário: O Padre Antônio Ruiz de Montoya.
Data: Roma, 15 de janeiro de 1625.
Bibliografia: Storni, Montoya, nº21 de p.429.
TEXTO
"De particular consuelo y edificación me ha sido la de V.R. de 20 de
septiembre de 1622, en que me da cuenta de los fervorosos deseos que
Nuestro Señor le de emplearse siempre en ayudar a la salvación de los
indios y me pie que se los cumpla, encargado al P. Provincial que le ocupe
siempre en este ministerio, que es de tanta gloria de Nuestro Señor. Ahora
se lo escribo y encomiendo que coopere y ayude en cuanto pudiere al santo
celo que V.R. tiene del bien espiritual de esos pobres naturales y que dé
traza como se impriman el arte y vocabulario de la lengua que V.R. ha
hecho, para que se puedan ayudar los demás Padres de tan buen trabajo.
Padre m¡o, V.R. prosiga y lleve adelante el empleo de indios, ayud ndolos
con la caridad, aplicaci¢n y ejemplo que hasta aquí, que el Señor ser muy
liberal en remunerarle tan buenos trabajos y en todo lo que se ofreciere de
su consuelo puede estar muy cierto que le acudir‚ con amor y entrañas de
padre. La Divina Majestad comunique a V. R. su abundante gracia y le
guarde como deseo. En sus santos, etc. Roma 15 enero 1625".
4. CARTA DO GENERAL DA COMPANHIA DE JESUS.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia de Jesus, Roma, Paraq. 2
50.
Impressão: O documento é inédito, só é conhecido graças a referências
dos autores que comentam.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. STORNI com ortografia
atualizada.
Destinatário: O Padre Antônio Ruiz de Montoya.
367
Data: Roma, 10 de agosto de 1627.
Bibliografia: STORNI, Montoya, pág. 430 nº26.
TEXTO
"Mucho tiempo hacía que no tenía carta de V.R., cuando recibí la de 6 de
junio del año pasado [1.626], en que me da cuenta de esas reducciones y
cuan gloriosamente trabajan los Padres que en ellas están, de que me ha
consolado y edificado mucho, y doy a Nuestro Señor infinitas gracias que por
medio de los hijos de la Compañía trae tantas almas al gremio de su Iglesia,
sacándolas del miserable estado en que por tantos años han vivido.
Agradezco mucho a V.R. lo bien que de su parte ayuda a cosa de tanto
servicio de la Divina Majestad, de quien recibir V.R. colmado premio de tan
buenos trabajos. Muy confiado estoy de su grande religión y santo celo que
proseguir con la aplicación y ejemplo que hasta aquí, en cuanto se ofreciere
de su consuelo de V.R. lo acudir‚ con la puntualidad y gusto que debo y
merece V.R., en cuyos santos, etc. Roma 10 agosto 1627".
5. CARTA DO GENERAL DA COMPANHIA DE JESUS.
Texto: O original no Arquivo Geral da Companhia, Roma. Paraq. 2 65.
Impressão: O documento é inédito, só é conhecido graças a referências
dos autores que comentam
Edição: O texto é publicado indexado pelo P. STORNI, com ortografia
atualizada e notas.
Destinatário: O Padre Antônio RUIZ DE MONTOYA.
Data: Roma, 6 de novembro de 1630.
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº40-41 de p.430.
TEXTO
"Mucho tiempo hacía que no tenía carta de V.R., cuando recibí la de 6 de
junio del año pasado, en que me da cuenta de esas reducciones y cuan
gloriosamente trabajan los Padres que en ellas están, de que me he
consolado y edificado mucho, y doy a Nuestro Señor infinitas gracias gracias
que por medio de los hijos de la Compañía trae tantas almas al gremio de su
368
Iglesia, sacándolas del miserable estado en que por tantos años han vivido.
Agradezco mucho a V.R. lo bien que de su parte ayuda a cosa de tanto
servicio de la Divina Majestad, de quien recibirá V.R. colmado premio de tan
buenos trabajos. Muy confiado estoy de su grande religión y santo celo que
proseguir con la aplicación y ejemplo de hasta aquí, en cuanto se ofreciere
de su consuelo de V.R. la acudir‚ con la puntualidad y gusto que debo y
merece V.R., en cuyos santos, etc. Roma 10 de Agosto 1627."
6. CARTA DO GENERAL DA COMPANHIA DE JESUS.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia de Jesus, Roma. Paraq. 2
78.
Impressão: O documento é inédito, só é conhecido graças a referências
dos autores que comentam.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. STORNI com ortografia
atualizada.
Destinatário: O Padre Antônio Ruiz de Montoya.
Data: Roma, janeiro de 1633.
Bibliografia: STORNI, Montoya, pág. 431 nº48.
TEXTO
"Varios afectos me ha causado la de V.R. de septiembre de 1630, de pena
con el destrozo y trabajo que vino por aquellas cinco reducciones con la
entrada de los portugueses de la villa de San Pablo de gozo con la entrada a
los indios guañanas, de que se espera tanto fruto. Pido a Nuestro Señor
lleve muy adelante esto para su mayor gloria y quiete aquello para confusión
del dem onio. A V.R. le estoy muy agradecido por lo mucho que trabaja en
tan alto ministerio y tan propio de la Compañía, con que para sí y para ella
gana mucho. Ruego a Nuestro Señor dé a V.R. sus colmados dones. En los
Santos, etc. Roma enero 1633".
7. CARTA DO GENERAL DO COMPANHIA DE JESUS.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia de Jesus, Roma. Paraq. 2
93-93v.
369
Impressão: O documento é inédito, só é conhecido graças a referências
dos autores que comentam
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. Storni com ortografia atualizada.
Destinatário: O Padre Antônio Ruiz de Montoya.
Data: Roma, 30 de novembro de 1634.
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº54-55 de p.431.
TEXTO
"Dos de febrero y abril de 1.632 ha recibido de V.R. y con no pequeño
consuelo por ver el celo que muestra, así de nuestro mayor bien y
observancia, como de la salvación de esta nueva cristiandad tan afligida con
trabajos. Yo he sentido los que han padecido esos pobres indios con ocasión
de los que los han perseguido y de la mudanza que se hizo de aquellas
reducciones, que me informan que la mayor parte murió en el camino de
hambre y de otras calamidades. Seguro estoy que los que fueron de este
parecer entenderían que acertaban y que era necesario tal resolución por
evitar mayores males, pero algunos quisieran que se hubieran mejor notado
y prevenido las cosas. Ya lo pasado no tiene remedio para lo futuro
convendrá irse más despacio ... Roma 30 noviembre 1.634".
8. CART A DO GENERAL DA COMPANHIA DE JESUS.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia de Jesus. Roma, Paraq. 2
115.
Impressão: O documento é inédito, só conhece isto a ele para referências
fora as que os autores que comentam isto levaram.
Edição: O transccripto de texto é publicado pelo P. Storni com ortografia
atualizada.
Destinatário: O Padre Antônio Ruiz de Montoya.
Data: Roma, 20 1636 de janeiro,
Bibliografia: STORNI, Montoya, p.431 nº 57.
TEXTO
370
"Siempre que V.R. me quisiere escribir, lo puede hacer con seguridad de
que estimo su persona y cartas con el debido aprecio, como la que de
presente he recibido de diciembre de 1.633, y con la humildad que habla de
sí me deja con igual consuelo y edificación. Los puntos que en ella toca son
muy propios de su santo celo y prudencia y dignos de remedio ... Muy
agradecido estoy a lo mucho y bien que V.R. trabaja en esas reducciones
con tanto fruto de las almas y gloria de Nuestro Señor. P gueselo Su
Majestad, como se lo suplico y esos Padres que le ayudan, a quienes dará
mis cordiales saludos. En los santos sacrificios, etc., Roma 20 enero 1.636.¯
9. CARTA DO GENERAL DA COMPANHIA DE JESUS.
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia de Jesus, Roma, Paraq. 2
116.
Impressão: O documento é inédito, só é conhecido graçad a referências
que os autores comentam.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. STORNI com ortografia
atualizada.
Destinatário: O Padre Antônio Ruiz de Montoya.
Data: Roma, 1º de novembro de 1636.
Bibliografia: STORNI, Montoya, nº58 de p.432.
TEXTO
"Hame sido de particular gozo que el P. Provincial gobierne con tanta
satisfacción. Espero que cada día se experimentarán nuevos efectos de su
gobierno. Las dificultades que V.R. representa en la de setiembre de 1.634
en razón de acudir de comunidad a las reducciones con la limosna de su
Majestad se vencerán con el favor de Nuestro Señor, persuadidos que es
gloria suya, bien de la observancia religiosa y que se ha de practicar así, no
hay sino ayudar a ello. Singular caso es el que V.R. refiere de aquella india
Dios la tenga gozando de sí y guarde a V.R. Y le pague lo que trabaja con
tanta edificación en esa viña, etc. Roma 1º noviembre 1.636".
10. CARTA DO GENERAL DA COMPANHIA DE JESUS.
371
Texto: Original no Arquivo Geral da Companhia de Jesus, Roma. Paraq. 2
132.
Impressão: O documento é inédito, só é conhecido graças a referências
dos autores que comentam.
Edição: Edita-se o texto transcrito pelo P. STORNI com ortografia
atualizada.
Destinatário: O Padre Antônio Ruiz de Montoya.
Data: Roma, 30 de outubro de 1638.
Bibliografia: STORNI, Montoya, pág. 432 nº 62.
TEXTO
"Con gran pena he leído la de V.R. de junio del año pasado por el estrago
que me refiere han hecho nuevamente los portugueses de San Pablo en
algunas de las reducciones, alcanzando parte de la desgracia a tres de los
nuestros. Muy lastimado me deja el caso, y no sólo con compasión, sino con
vivos deseos del remedio. De mi parte le procuro, holgar‚ mucho ayudar a él
y que de la de esa provincia y V.R. se solicite eficaz. Hágalo Dios como se lo
suplico y guarde a V.R., en cuyos, etc. Roma 30 Octubre 1.638".
372
______________
APENDICE III
CARTAS ANUAS DE LA PROVINCIA DEL PARAGUAY, CHILE Y
TUCUMAN, DE LA COMPAÑÍA DE JESÚS. (T. 1: 1609-1614; T. 2: 1615-
1637)
Com advertencia de Emilio Ravignani e introducción del P. Carlos Leonhardt.
Buenos Aires, Talleres S.A. Casa Jacobo Peuser, 1927-1929 (Documentos
para la historia Argentina, Tomos XIX y XX Iglesia).
PRIMERA CARTA Relativa a lo acaecido en la provincia, por el P. Diego de
CA I: 3-39 Torres Bollo, en Córdoba, el 17 de Mayo de 1609.
SEGUNDA CARTA Relativa a lo acaecidoB en el añ o 1609 por el P. Diego
CA I: 41-82 de Torres Bollo, el 6 de Junio de 1610.
TERCERA CARTA Relativa a lo acaecido en el año 1610 por el P. Diego
373
CA I: 84-141 de Torres Bollo, el 5 de Abril de 1611.
CUARTA CARTA Relativa a lo acaecido en el año 1612, por el P. Diego
CA I: 145-259 de Torres Bollo, en Santiago de Chile, Febrero de 1613.
QUINTA CARTA Relativa al año 1613 del P. Diego de Torres Bollo, en
CA I: 264-433 Córdoba, el 8 de Abril de 1614.
SEXTA CARTA Relativa al año 1614 del P. Diego de Torres Bollo, en
CA I: 438-478 Córdoba, el 12 de Junio de 1615.
APENDICE Relativa al año 1611 del P. Diego de Torres Bollo, en
CA I: 482-544 Santiago de Chile el 10 de Mayo de 1612.
OCTAVA CARTA Relativa al año 1615, con el suplemento de la anua
CA II: 3-60 de 1614 del P. Pedro de Oñate, 1616.
NOVENA CARTA Relativa al año 1616, del P. Pedro de O¤ate.(Carece de.
CA II: 63-107 fecha y firma Es de puño y letra del P. Oñate).
DECIMA CARTA Relativa al año 1617, del P. Pedro de Oñate, en Córdoba,
CA II: 109-163 el 22 de Abril de 1618.
DECIMO PRIMERA CARTA Relativa a los años 1618 y 1619 del P. Pedro
CA II: 164-222 de Oñate, en Córdoba, el 17 de Febrero de
1620.
DECIMO SEGUNDA CARTA Relativa a los años 1626 y 1627 del P.
CA II: 223-377 Nicolás Mastrilli Durán, en Córdoba, el 12 de
Noviembre de 1626. Con el Apéndice que
refiere el martirio del P.Roque González
y sus compañeros muertos en el Caaró.
DECIMO TERCERA CARTA Relativa a los años 1628-1631 del P.
CA II: 385-435 Francisco Vazquez Trujillo. (Carece de fecha
y mención de lugar).
DECIMO CUARTA CARTA Relativa a los años 1635-1637, del P. Diego
374
CA II: 439-768 de Boroa, en Córdoba del Tucumán, el 13
de Agosto de 1637.
375
______________
APENDICE IV
INDICE ONOMASTICO
A
Abacú .............................................273
Adán ...............................................273
An a de Vargas................................132
Andrés de León Gavarito ......275, 281,
282
Andres Fernandez..........................146
139, 141, 144, 145, 146
Anton Pindobiyú.............................214
Antonio Moranta.............................234
Antonio Pedrozo.............................136
Antonio Raposo de Tavares o
Tabares ......................................266
136,136, 234
B
Bernardino de Cárdenas...........299
Bonilla poeta .................................... 84
C
Claudio Ruyer ................................147
Conde de Castrillo .........................249
Conde de Monterrey........................ 64
Cristóbal Ruiz...........................18, 132
Curitú.......................................228,231
376
D
D. Juan de Lyzaraso ......................153
D. Juan de Palacios .......................153
D. Luis de Céspedes Xería...........137,
145,134,135,281
D. Mendo de la Cueba y Venavides
....................................................153
D. Nicolás Nnenguirú....................152
Diego de Alfaro.......................152, 234
Diego de Boroa 32, 34, 151, 234, 259,
275
Doña Victoria..........................139, 234
E
Eva..................................................273
F
Felipe Romero................................138
Francisco Benitez...........................138
Francisco de Godoy .......................252
Francisco Pereyra Pinto.................251
Francisco Rendón..........................136
Francisco Riveros Escribano.........138
Fulano de Bohorques, ....................247
G
General Don Antonio de Añasco..74
Gerónima de San Francisco ..........252
Guiraberá..77, 78, 215, 217, 222, 224,
232, 340, 346, 349194, 195,
196237, 238, 240, 241, 345
H
Hermano Mateo..............................253
Hernando Tinoco............................144
J
Joseph Oregio................................234
JorgeMareñas...... .....................306
Juan Cumbá ...................................255
Juan de Alvear ...............................144
Juan de Illicera ...............................247
Juan de Solorzano .................280, 282
247
Juan de Tapia.................................234
Juan de Palafox........................34, 249
280, 282
Juan Rodriguez Alcalde.................143
Justo Mansilla ........136, 139, 142, 297
L
Laureano Sobrino ..........................150
Licenciado Trejo ......................24, 165
Lorenzo Ramírez (de Prado). .......247
Luis Berger.....................................194
M
Maese de Campo García Moreno
...................................................141
Manuel Prieto...........................29, 141
Manuel Rodríguez .........................271
Marcial de Lorenzana ............234, 329
Martín de Ledesma ........................281
Martín de Ledesma Valderrama ....281
Miguel de Ampuero147, 291, 304, 306
Miguel de Sandoval .......................234
N
Nicolás Tayaova ............187, 190, 192
P
P. Castrillo......................................251
P. Cristóbal de Acuña....................246
P. Cristóbal de Mendoza......118, 135,
211
P. Cristóbal Portel,.........................128
P. Diego de Alfaro..........152, 289, 300
P. Diego de Salazar,......................200
P. Esteban Páez, ...........................132
P.
Francisco Clavijo...................303
P. Jose Cataldino...........................109
P. José Domenech ................136, 140
P. Juan Bautista Ferrufino.............147
P. Pedro de Mola...........................136
P. Provincial Francisco Vázquez
Trujillo.........................................137
Pablo Tayaoba.........................77, 205
Padre Comisario Diego González,
...................................................165
Padre Juan Vázquez....................249
Padre Juan B. Ferrufino ................244
Padre Juan Salonio .........................81
Padre Manuel Nóbrega .................186
Padre Nicolás Orlandino................186
Padre Agustín de Castro..34, 35, 249,
250
377
Padre Cataldino..........................72, 74
Padre Cristóbal de Mendoza ........178,
182,185,186,200, 213,214,237, 241
Padre Diego de Salazar.. 78,174, 200,
219
Padre Diego de Torres .....................67
Padre Eusebio................. 35, 250, 253
Padre Fabian López.......................253
Padre Francisco Díaz Taño,
42,76,78,116,147,175,178,184,187,
201,207,216,223, 225,226,
227,229,231
Padre Francisco de Ortega....201, 223
Padre Francisco Vazquez Trujillo ....85
Padre Gonzalo Suárez.....................64
Padre José Cataldino.....................142
Padre José Domenech...........,170,187
200,209, 216, 217
Padre Joseph Cataldino.................233
Padre Juan Baseo..................169, 170
Padre Juan Domínguez...................64
Padre Juan Pastor .................253, 254
Padre Juan Suarez........................200
Padre Lorenzana............................162
Padre Moraes.................................244
Padre Nicolás Ernacio......................75
Padre Pablo [Benavidez........209, 215,
216, 222, 225, 226
Padre Pedro de Espinosa ..........56,75,
77,83,84,87,116,126,185,191,197,
212, 223, 229
Padre Pedro de Molas ...................187
Padre Pedro Romero.....................252
Padre Procurador ...........................150
Padre Provincial Diego de Torres,
...............................................72,165
Padre Roque González..........222, 235
Padre Simón Maceta o Mazeta o
Masseta72,77,78,115,116,119,136,
139,142,175,76,166,177,193,
201,215,216,239,241,243, 347
Padre Suárez...................................65
Padre José Cataldino ....................166
Pay Zumé .........................................73
Pedro de Lugo y Nabarra ..............152
282
Pereira Pinto ..........................248, 332
Pindoviyú .......181, 182, 183, 186, 327
Piraquatia .......190, 191, 192, 194, 327
222, 243
R
Raposo Tabares ............................243
Resquín.................................... 24, 165
Rey Felipe ..............136, 262, 270, 275
Rey Felipe Tercero ........................270
S
Salvador Bernal Alguacil ...............143
Salvador Correa de Sa ..................243
Santo Sumé ...................................179
Santo Thomé ...................................73
Simón Mazeta................166, 177, 193
T
Tayaoba o Tayaova o Taiaova ...3, 28,
51, 56, 76, 77, 85, 116, 124, 203,
214, 215, 217, 218, 221, 222, 224,
226, 227, 229, 232, 237, 243,191,
296, 301, 336, 340, 343,176, 183,
184, 186, 188, 189, 190, 191, 192,
193, 197, 198, 234
Teniente del Guairá, García Moreno
...................................................139
Thomás Tinjiau ..............................223
Tucuyaguarí ...................................255
Tupá Eté ........................................237
Z
Zohe...............................................229
INDICE GEOGRÁFICO
A
América.........................................244
Andalucía........................................ 82
Andres Fernandez.......................142
Angeles del Tayaoba...........197, 215
Apóstoles..............................110, 148
378
Arequipa........................................255
Asunción.....159, 162, 186, 266, 279,
283
B
Biaza ..............................................268
Brasil,.......2, 30, 35, 42, 44, 112, 114,
116, 119, 120, 133, 135, 136, 148,
177, 184, 187, 196, 263, 266, 267,
268, 271, 272, 274, 276, 278, 280,
281, 282, 283, 284, 286, 302, 306,
307, 309, 375, 377, 384, 386
Buenos Aires..22, 23, 27, 39, 42, 45,
57, 61, 82, 104, 131, 146, 149, 150,
152, 156, 191, 240, 246, 264, 265,
272, 276, 279, 285, 286, 287, 291,
295, 297, 306, 307, 310, 313, 332,
354, 367, 376, 377, 378, 379, 380,
381, 382, 383, 385, 386, 387, 388,
389
C
Caaró ................ 83, 84, 144, 148, 368
Campos de los Gualachos ..195, 224
Caracas..........................................246
Ch
Chile .57, 62, 150, 158, 292, 301, 307,
308, 309, 312, 332, 350, 367, 377,
381, 383
C
Ciudad de Baeza............................82
Ciudad de Asunción............143, 149
Ciudad de Cartagena,..................247
Ciudad de Santa Fe ........................85
Ciudad Real.21, 23, 70, 72, 138, 140,
141, 148, 264, 278, 307
Concepción de los lanceros
Guañanas ..................................197
Concepción del Río Bermejo......292
Córdoba...........................................67
Córdoba de España.......................83
Córdoba de Tucumún..................139
Corpus ......................48, 97, 102, 125
Cumaná .........................................246
Cuzco.....................................255, 312
D
Diego de Boroa.....................148, 257
Doctrinas de Guairá.....................142
E
Encarnación 28, 29, 32, 75, 132, 135,
173, 181, 183, 184, 185, 187, 197,
207, 209, 213, 214, 215, 222, 232,
239, 352
España, ....45, 84, 104, 155, 243, 250,
265, 375
Europa.............................83, 121, 304
G
Guairá............................137, 162, 170
Guairá,...........................................132
Guayrá...37, 121, 122, 124, 139, 140,
141, 143, 196, 197, 198
H
Holanda .........................................287
I
Iguazú..132, 169, 188, 211, 212, 224,
226
Isla de Santo Domingo................246
Islas de la Trinidad ......................246
Itatines...........250, 277, 279, 294, 312
L
Laguna de los Patos....................268
Lima .......4, 17, 31, 32, 42, 48, 62, 66,
129, 132, 162, 163, 251, 252, 253,
255, 258, 266, 302, 309, 356, 385,
386, 387, 388, 389
Lisboa..243, 246, 252, 266, 268, 275,
281, 287, 307
Los Patos ......................................272
los Reyes ..........15, 17, 129, 304, 308
M
Madrid...........................................252
Maracayu ......................................222
Maracayú .......50, 130, 131, 138, 159,
217, 223, 231
Marañon..................................71, 246
Margarita.......................................246
Mbaracayú ......................21, 135, 136
Mendoza..........................................67
Minas del Hierro...................220, 225
Misión del Guairá.........................163
Misiones de las Reducciones....144
Misiones,.......................................146
379
N
Nación Guaycurús .......................291
Nautingui .........................................83
Nuestra Señora de Loreto21, 22, 25,
26, 28, 29, 31, 32, 40, 42, 83, 104,
125, 130, 136, 138, 140, 142, 156,
163, 172, 232, 251, 351, 353
Nuestra Señora de Loreto del
Guairá ………………...65, 197, 200
P
P. Diego de Alfaro........................149
Paraguay, ....5, 18, 19, 22, 24, 27, 31,
35, 36, 39, 44, 57, 65, 66, 73, 79,
83, 104, 114, 121, 124, 132, 135,
136, 137, 142, 148, 149, 150, 151,
177, 181, 184, 187, 189, 195, 198,
212, 222, 243, 244, 245, 247, 251,
260, 263, 265, 266, 267, 268, 279,
281, 285, 286, 287, 290, 291, 295,
302, 303, 304, 305, 306, 307, 308,
309, 310, 332, 377, 378, 380, 381,
382, 384, 385, 386, 388
Paspaya.........................................302
Payaguá.........................................294
Perú....46, 65, 83, 129, 139, 145, 149,
150, 151, 152, 167, 228, 244, 245,
266, 267, 272, 274, 276, 278, 281,
284, 285, 287, 291, 294, 299, 302,
303, 304, 305, 311, 385, 387, 388
Pilaya .............................................302
Pirapó ..............................21, 32,, 231
Potosí.....32, 151, 246, 251, 265, 266,
267, 268, 274, 276, 277, 278, 279,
300, 302, 310
Provincia de Guairá.....................306
Povincia de los Chiquis...............234
Provincia del Itatí.........................311
Provincias de Guaiví Darien.......312
Peblo Ytacurú ...............................109
Perto de Arica ...............................309
Puerto de Maracayú..............130,138
Q
Quito ................................................65
R
Reducción de Jesús María...........75,
264,29, 114, 132, 133
Reducción de la Concepción de los
Gualachos...................................76
Reducción de la Concepción de
Nuestra Señora de Guañanos225
Reducción de Loreto...................166
Reducción de los Angeles............ 73
76, 213, 214, 215, 220
Reducción de San Ignacio Miní.197
Reducción de San Pablo.............197
Reducción de Santa Theresa.....148
Reducción de Santo Thomás.....231
Reducción de Santo Tomé .........114
Reducción del Paraná .................121
Reducción de Tayaoba o Tayaova3,
83, 293, 332,184,185, 190, 195
Reducción de San Francisco Javier
o Xacier.28, 75,108, 135, 173, 182,
184, 185, 264,19, 107, 119,134,
156, 174, 175, 177, 178, 179, 181,
183,99, 210, 222
Reducciones de Guayrá o Guairá,
196,83, 143, 132,141
Reducciones del Paraguay.........144
Río de Janeiro.......73, 132, 134, 135,
196, 240, 242, 265, 266, 271, 272,
273, 276, 281, 307, 382
Río de la Hacha ............................246
Río de la Plata .....148, 149, 150, 151,
267, 268, 278, 285, 286, 379
Río de Yniay .................................213
Río Paraná .......19, 23, 29, 30, 35, 55,
122, 131, 137, 141, 142, 144, 148,
149, 151, 184, 187, 188, 211, 213,
280, 287, 293, 303, 311, 312, 353
Río del Paranapané ..............142,199
Río del Piquirí...............................226
Río del Ycetu..................................80
Río Huiba ......................................187
S
Salto del Guairá ...........130, 131, 136
Salto del Paraná ...........................122
San Antonio..................................132
San Carlos ....................................148
San Ignacio,.......29, 32, 76, 106, 124,
125, 136, 140, 156, 159, 163, 198,
199, 251, 353
San José 73, 132, 134, 156, 176, 181
San Joseph...........197, 198, 199, 200
San Juan de Vera [de las Siete
Corrientes]................................292
San Miguel..............................29, 132
San Pablo..............................132, 276
San Tomé ......................................112
San Vicente...........................271, 276
380
Santa Cruz de la Sierra.......149, 150,
300, 311
Santa Marta, isla...........................246
Sertón..133, 134, 135, 141, 268, 270,
272
Sevilla...........10, 14, 46, 83, 251, 254
T
Tambaracé‚ ...................................163
Tambo de Guaracibere y minas del
Hierro.........................................229
Tape .30, 35, 148, 268, 306, 311, 312,
382, 384, 385, 388
Taubici .............................................72
Tayati .............................................180
Tomina ...........................................302
Trigo pampa ..................................302
Tucumán.......................151, 266, 308
Tucutí. ............................................173
U
Uruguay, rio...35, 124, 132, 148, 149,
151, 157, 211, 224, 229, 280, 311,
384, 385
V
Valles Calchaquí ..........................150
Venezuela.....................................246
Villa de San Pablo.........................71
300,198, 263, 264, 267, 269, 271,272,
278, 281, 363,143, 232
Villa Rica del Espíritu Santo..21, 23,
134, 135, 137, 138, 140, 143, 148,
181, 185, 186, 190, 223, 264, 271,
278, 307
Vray, rio.........................................157
X
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397
INDICE
INTRODUÇÃO...................................2
CAPÍTULO I .....................................16
1.MONTOYA UMA VIDA PARA UMA MISSÃO 17
2.AS GRANDES OBRAS DE MONTOYA 33
3. MONTOYA E SEUS ESCRITOS OCACIONAIS 48
4. MONTOYA E OS ACONTECIMENTOS DO GUAIRÁ...............................
CAPITULO II ....................................60
RELAÇÔES.....................................61
1. GRAÇAS RECEBIDAS DE NOSSO SENHOR POR INTERSEÇÃO DA
SANTISSIMA VIRGEM. ACORDAR DE SUA VOCAÇÃO 61
2. VISITA DE UM CLÉRIGO. (Referência).70
3. O APÓSTOLO LUCROS SAGRADOS NA MEMÓRIA DOS NATIVO. 71
4. OS EVENTOS DO GUAIRA (1610-1622). (Referência). 72
5. ESTADO DAS REDUÇÕES........73
398
6. VIDA E MORTE EXEMPLAR DO PADRE PEDRO DE ESPINOSA 82
7. CASO DE UM DIABÓLICO, AÇÃO DO PADRE ANTÔNIO RUIZ DE MONTOYA.
......................................................86
8. DEDICAÇÃO DO TEMPLO DE NUESTRA SEÑORA DE LORETO 104
9. NO CASO DE UM APARECIMENTO 105
10. ADVERTÊNCIA SOBRE A CHEGADADA DOS NATURAIS CAPITANEADOS
PELOS FEITICEIROS...............106
11. DIFICULDADES ESBOÇADAS DURANTE O SONHO 107
12. PRIMEIRA JORNADA TRÁGICA PARA A CONVERÇÃO DO CACIQUE
TAYAOBA..................................108
13. RESPEITO ÀS IMPRESSÕES DO GLORIOSO APÓSTOLO SANTO TOMAS.
....................................................112
14. INFORMAÇÃO SOBRE A DESORDEM COM OS MAMELUCOS. 113
15. DIFICULDADES DO P. O ANTÔNIO RUIZ DE MONTOYA E O P. CRISTÓBAL
DE MENDOZA, COM OS FEITICEIROS.115
16. CONVERSÃO E BATISMO DE UM FEITICEIRO. 117
17. INSTRUÇÃO PARA OS MISSIONÁRIOS DE SÃO XAVIER, 118
18. SOFRIMENTOS NOS TRABALHOS APOSTÓLICOS 118
19. O ASSALTO DOS PAULISTAS E O INCÊNDIO DA IGREJA. 119
20. TRANSFERÊNCIA DAS REDUÇÔES DE LORETO Y S. INÁCIO 120
21. ADVERTÊNCIA DA CHEGADA DOS PAULISTAS. 123
22. ADVERTÊNCIA PARA ORAR O SERMÃO. 124
23. AGRADECIMENTO PARA O PADRE [CRISTÓBAL] PORTEL. 125
24. DO ENCONTRO COM UM ALMA PREDESTINADA PARA SUA CONVERSÃO
....................................................126
CAPÍTULO III.................................128
TESTIMONIOS...............................129
25.INGRESSO PARA A COMPANHIA DE JESUS, REGISTROS DO LIVRO DO
NOVICIADO...............................129
26. CERTIFICAÇÃO SOBRE O RACIOCÍNIO DOS ÍNDIOS, PELOS EXCESSOS
NOS HIERBAIS DE MARACAJÚ.130
27. DECLARAÇÃO JURAMENTADA SOBRE AS VIOLAÇÕES DOS
PORTUGUÊSES DE SÃO PAULO NAS REDUÇÕES DO GUAIRA. 132
28. RESPOSTA AOS CABILDANTES DA CIDADE REAL PARA TRANSFERIR
OS ÍNDIOS REDUZIDOS. .........138
29. DECLARAÇÃO DO PADRE ANTÔNIO RUIZ DE MONTOYA PERANTE O
PREFEITO ORDINÁRIO DA CIDADE DE CÓRDOBA, SOBRE O RETIRO DAS
REDUÇÕES DO GUAIRA. ........139
30. INFORMAÇÃO FEITA PELO PADRE ANTÔNIO RUIZ DE MONTOYA
SUPERIOR DA MISSÃO, SOBRE SE OS ÍNDIOS DO GUAIRA TINHAM
ARMAS DE FOGO, ETC. ..........142
31. REGULAMENTO PARA O GOVERNO DAS REDUÇÕES, TRAZIDO PELA 6ª
CONGREGAÇÃO PROVINCIAL DO PARAGUAI 144
32. DOCUMENTO PRINCIPAL QUE FUNDAMENTA A ADMINISTRAÇÃO DO
PADRE ANTÔNIO RUIZ DE MONTOYA 148
33. PRECAUÇÕES PARA A DEFESA DAS FRONTEIRAS DO PARAGUAI NAS
MISSÕES DO ITATIM...............151
CAPÍTULO IV.................................154
CARTAS.........................................155
34. CARTA PARA O PROVINCIAL DIEGO DE TORRES BOLLO 155
35. CARTA PARA O P. PROVINCIAL DIEGO DE TORRES BOLLO. 156
36. CARTA AO PADRE PROVINCIAL DIEGO TORRES BOLLO 158
399
37. CARTA PARA O PROVINCIAL PADRE DIEGO DE TORRES BOLLO 159
38. NARRAÇÃO DE UMA CARTA AO PROVINCIAL PADRE DIEGO DE TORRES
BOLLO. ......................................160
39. COMENTÁRIO DE UMA CARTA AO P. PROVINCIAL DIEGO DE TORRES
BOLLO .......................................161
40. COMENTÁRIO DE UMA CARTA AO PADRE PROVINCIAL DIEGO DE
TORRES BOLLO.......................162
41. COMENTÁRIO DE UMA CARTA DO PADRE ANTÔNIO RUIZ DE MONTOYA
NA CARTA ANUA DO PADRE PROVINCIAL DIEGO DE TORRES BOLLO 163
42. CARTA AO PROVINCIAL PADRE PEDRO DE OÑATE 164
43. CARTA PARA O PROVINCIAL PADRE PEDRO DE OÑATE 165
44. CARTA AO PADRE PROVINCIAL PEDRO DE OÑATE 166
45. CARTA AO PROVINCIAL PADRE PEDRO DE OÑATE. 168
46. REFERÊNCIA DE CARTAS AO PROVINCIAL PADRE NICOLÁS MASTRILLI
DURAN.......................................170
47. CARTA AO PADRE PROVINCIAL NICOLÁS MASTRILLI DURAN 171
48. CARTA AO PADRE PROVINCIAL NICOLÁS MASTRILLI DURAN 172
49. CARTA AO PADRE PROVINCIAL NICOLÁS MASTRILLI 174
50. CARTA AO PROVINCIAL PADRE NICOLÁS MASTRILLI DURAN 178
51. CARTA AO PROVINCIA PADRE NICOLÁS MASTRILLI DURAN 182
52. CARTA AO PROVINCIAL PADRE NICOLÁS MASTRILLI DURAN 183
53. CARTA AO PROVINCIAL PADRE NICOLÁS MASTRILLI DURAN 185
54. CARTA AO PROVINCIAL PADRE NICOLÁS MASTRILLI DURAN 189
55. CARTA AO PROVINCIAL PADRE NICOLÁS MASTRILLI DURAN. 194
56. CARTA ANUA DA MISSÃO DO GUAIRA. 195
57. CARTA AO PROVINCIAL PADRE NICOLÁS MASTRILLI DURAN. 229
58. COMENTÁRIO DE UMA CARTA DO PADRE O ANTÔNIO RUIZ DE
MONTOYA EM UMA CARTA DO PADRE SIMÃO MASETA. 230
59. CARTA PARA O GOVERNADOR DO PARAGUAI. 231
60. CARTA A SEU CONFESSOR PADRE FRANCISCO DÍAZ TAÑO. 232
61. CARTA AO PROVINCIAL PADRE 233
62. CARTA PARA O PROVINCIAL SOBRE OS TROPEÇOS PARA O
EVANGELIO POR CAUSA DOS ESPANHÓIS E PORTUGUÊSES 233
63. CARTA AO PROVINCIAL RESPEITO AS DILIGÊNCIAS COM OS
GUAÑAÑOS E A FIDELIDADE E CORDIALIDADE QUE RECEBIAM DESTAS
CIDADES ...................................234
64. CARTAS PARA AS REDUÇÕES.239
65. CARTA AO PROVINCIAL PADRE JUAN DE HORNOS. 239
66. CARTA PARA UM JESUÍTA. 242
67. CARTA AO PADRE PEREIRA243
68. CARTA PARA O PROVINCIAL 245
69. CARTA AO PADRE PEREYRA248
70. CARTA PARA O IRMÃO DIEGO DE CHAVE. 249
71. CARTA AO PADRE PEDRO COMENTAL 251
72. CARTA PARA O PROVINCIAL 253
73. CARTA AO PROVINCIAL PADRE 254
74. CARTA AO PADRE DIEGO DE BOROA 255
75. CARTA AO PROVINCIAL PADRE JUAN PASTOR 256
76. CARTA AO PADRE DIEGO DE BOROA. 257
77. CARTA A UM JESUÍTA..........258
78. CARTA PARA O P. O JUAN DE HORNOS 258
79. CARTA AO PADRE DIEGO DE BOROA 259
CAPÍTULO V..................................261
400
MEMORIAIS...................................262
80. MEMORIAL AO REI. ...............262
81. MEMORIAL AO REI. ...............266
82. RESUMO DO MEMORIAL PRÉVIO 275
83. MEMORIAL APRESENTADO NA CORTE DA ESPANHA. 277
84. MEMORIAL AO REI. ...............280
85. MEMORIAL AO REI. ...............282
86. MEMORIAL AO REI. ...............284
87. MEMORIAL DE AO REI..........285
88. MEMORIAL AO VICE-REI DO PERU. 305
89. MEMORIAL DE AO VICE-REI DO PERU. 308
90. MEMORIAL AO VICE-REI DO PERU. 310
CONCLUSÃO................................314
APENDICE I................................................................................................349
DOCUMENTOS ORDENADOS CRONOLOGICAMENTE 350
APENDICE II..................................357
CARTAS DO GERAL DA COMPANHIA DE JESUS AO PAI ANTONIO RUIZ DE
MONTOYA.................................358
APENDICE III.................................366
CARTAS ANUAS DE LA PROVINCIA DEL PARAGUAY, CHILE Y TUCUMAN, DE
LA COMPAÑÍA DE JESÚS. (T. 1: 1609-1614; T. 2: 1615-1637) 367
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