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[grifo meu] no Bairro Parque Riachuelo, tendo a frente a saudosa Dona Oneida,
seu esposo Raimundo (Dico), seus filhos Márcio Valeriano e o professor
Dalmir Francisco entre outros.”
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Também, é fundamental para a história do samba em Belo Horizonte, o
levantamento da memória dos Ranchos ou Bloco de Choro e posteriormente do Blocos
Caricatos. Entre os Ranchos podemos citar na década de 1930, o Original Choro de
Santa Efigênia, liderado pelo Sr. Firmo, o Original Clube do Barro Preto, do Sr. Simão
Camilo, o Leader da Vila Concórdia, do Sr. José Martins, o Aracati do bairro São
Pedro, liderado pelo Sr. Afonso Paulino, os Rouchinóis, que segundo alguns eram
formados por soldados do Exército, os Mataquins, um bloco de cavalarianos do quartel
do Batalhão de Guarda da Polícia Militar em Santa Efigênia e ainda o Alvorada no
bairro Concórdia, liderado por José Reis. A Segunda Guerra também interromperá a
história destes ranchos. No pós-guerra surgirão novos Blocos Choro como o Marabá,
liderado pelos Srs. Gerônimo e Rufino nos bairros Cruzeiro e Serra, e o Índio Guarani
nos bairros Abadia e Vera Cruz. Existiram ainda os Blocos Sujos como o Botina, no
bairro Santo André, liderado por Pé de Ouro, Eu não Rapo Nada, no bairro Cardoso na
divisa do Santa Teresa, liderado por José Ignácio. Entre os Blocos Caricatos, os Boca
Branca do bairro Floresta, é apontado por José Luiz Lourenço, o Conga, como o
primeiro a surgir, em 1948. No entanto, o mesmo Conga diz que, “segundo a dupla Ítalo
e Andrade, que comandaram o sistema de som do carnaval de rua até 1966, teriam
existido Blocos Caricatos antes de 1948.”
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“Seguiram à fundação dos Boca Branca as Domésticas de Lourdes,
Pirugluglu, os Tangarás, Satãs e seus Asseclas. Demônios do Calafate, Aflitos
do Anchieta, Os Invasores, Corsários do Samba, os Inocentes de Santa Teresa,
os Glans Mirins (estes dois últimos se fundiram para formar a E.S. Unidos dos
Santa Teresa, os Cacarecos de Santa Efigênia, Estivadores do Hawai, Mulatos
do Carlos Prates, Piratas do Carlos Prates, Piratas do Pedro II, os Coloreds, o
Chave de Ouro, Xuxu Beleza, Coisa Nossa, Partido Alto, o Bafo, Mocidade
Unida do Vera Cruz, entre outros. Este breve relato da história das Escolas de
Samba e dos Blocos de BH, construído a partir de depoimentos de José Luiz
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FACULDADE DO SAMBA. Belo Horizonte: Jornal, n. zero, jul. 1995, p.3.
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LOURENÇO, José Luiz . Depoimento. Belo Horizonte: Faculdade do Samba, Boletim Informativo,
jul. 1995 (mimeo).