inovação (entendida como a internalização de novos conhecimentos pelo setor
produtivo), assim como nos objetivos de: (a) rapidamente identificar importantes
oportunidades tecnológicas futuras; (b) aumentar a velocidade na qual a informação
flui através do sistema; (c) rapidamente difundir as novas tecnologias; e (d) aumentar
a conectividade das diferentes partes constituintes dos sistemas de C&T para ampliar
e acelerar o processo de aprendizado;
- tanto nos países da OCDE quanto nos NICs asiáticos as políticas comerciais,
industriais e tecnológicas mais bem sucedidas, tornaram-se holisticamente
integradas;
- acima de tudo, as novas políticas mostram que a era do auxílio indiscriminado cedeu
lugar a políticas com foco bem definido e combinam descentralização, cooperação e
mobilização de instâncias administrativas e agências diversas.
- alicerçada na idéia de que mudanças paradigmáticas exigem novos formatos
organizacionais, os Estados Nacionais têm promovido mudanças significativas nas
instituições e instrumentos de promoção à inovação.
Competitividade da Indústria Brasileira e Requisitos para uma
Política de Desenvolvimento Competitivo Sistêmico e Dinâmico
A situação brasileira confronta-se atualmente com um quadro onde a dimensão,
rapidez e complexidade das inovações tecnológicas e institucionais em curso já
avançado nas economias desenvolvidas mostram-se desafiadores. As possibilidades
trazidas pelos desenvolvimentos das novas tecnologias da informação permitiram,
particularmente às grandes corporações, a utilização de recursos e insumos
tecnológicos espalhados em diversos países e regiões. A proliferação das alianças
tecnológicas internacionais ampliou e intensificou tal possibilidade, assim como
permitiu a circulação de informações e conhecimentos a nível mundial. Contudo, tais
atividades têm-se restringido a um espaço privilegiado e extremamente concentrado
nos países mais avançados, não se verificando internacionalização efetiva nem das
atividades de pesquisa nem dos conhecimentos científicos e tecnológicos produzidos
pelas mesmas.
A necessária reestruturação da indústria brasileira coloca-se hoje num quadro no qual
a base tecnológica e organizacional para a competitividade é totalmente diferente
daquela dos anos 60 e 70. As alterações na estrutura de produção e comércio
internacional, com a formação de blocos regionais de comércio, resultaram na
redefinição das condições de acesso, aquisição e utilização de novas tecnologias,
gerando aos países em industrialização crescentes dificuldades quanto a aquisição e
introdução de inovações geradas pelas economias mais avançadas.
Num ambiente muito dinâmico, os níveis de competitividade são rapidamente
erodidos e a base para se entrar em novos mercados torna-se rapidamente inadequada
para se manter neles, se expandir dentro deles ou se diversificar além deles. Projetos
de importação de tecnologia (assim como qualquer outra atividade pontual e
estanque) podem contribuir apenas temporariamente às posições competitivas em
trajetórias de mudanças tecnológicas aceleradas e contínuas.
Diferentemente do período anterior, calcado em métodos tayloristas e fordistas de
produção, o advento da nova revolução colocou por terra a possibilidade de o país