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ESTUDO DA COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA BRASILEIRA
IE/UNICAMP - IEI/UFRJ - FDC - FUNCEX
(b) os instalados em São Paulo, líderes nos segmentos de imprimir e escrever, cartões &
cartolina e especiais baseados no uso de celulose de fibra curta, e fortes também em papel kraft -
miolo; exportadores de offset e papel de escrever; neste grupo incluem-se entre as maiores Cia
Suzano, Ripasa, Votorantim e Champion, e entre as médias Papirus, Ramenzoni, MD Nicolaus,
Matarazzo e Sguario (exceções: a Bahia Sul, em imprimir na Bahia, Santa Maria, em imprimir e
escrever no Paraná, Pirahí, em especiais no Rio de Janeiro, e Itapagé, em cartão no Maranhão);
(c) os produtores de papéis sanitários, de porte menor e que atendem basicamente ao
mercado interno, a maioria localizada em São Paulo (Klabin, Santa Terezinha, Manikraft,
Kimberly-Clark e Melhoramentos), mas menos concentrados geograficamente (a Klabin também
produz no Rio de Janeiro e Santa Catarina, e a Santa Terezinha em Minas Gerais).
As maiores empresas são todas verticalizadas até a base florestal. As estrangeiras,
altamente especializadas, operam em apenas um segmento; as nacionais têm atuação diversificada,
com pelo menos duas linhas de produtos de papel e penetrando agora também na área da celulose
de mercado18.
A indústria gráfica brasileira compreende cerca de 13.600 empresas que empregam
aproximadamente 193.000 trabalhadores em todo o país. Conforme a característica do setor em
todo o mundo, também no Brasil predominam as micro e pequenas empresas, ou seja, 95,7% do
total empregam até 49 trabalhadores, o que representa 35% do total empregado no setor.
Do ponto de vista da localização geográfica, a indústria gráfica nacional também se
concentra nos grandes centros metropolitanos. Assim, 62,0% das gráficas estão localizadas na
região sudeste, sendo 41.4% em São Paulo, 14,7% no Rio de Janeiro e 8,2% em Minas Gerais.
O faturamento total do setor em 1992 foi estimado em US$ 4,5 bilhões, cerca de 0,9% do
PIB, participação que vem caindo ao longo dos útimos anos. Os segmentos mais importantes em
termos de faturamento são: editorial (22,2%), embalagens (22,2%), formulários contínuos
(11,1%), impressos promocionais (10,0%), pré-impressão (5,5%) e cadernos (3,5%).
18 A holding Indústrias Klabin de Papel e Celulose (IKPC) faturou US$ 803 milhões em 1992, com exportações de
US$ 166 milhões, e controla dez empresas, entre elas Klabin Fabricadora de Papel e Celulose (KFPC), Papel e
Celulose Catarinense (71% do controle, com o restante dividido igualmente entre Northwest Bank e Bank of
Scottland), Papelão Ondulado do Nordeste (PONSA, 78%, com 18% em poder do BNDESPAR), KIV (52% de
controle, sendo que a KIV controla 69% da Riocell), Empresa de Caolim, KFP Export e Klabin Forest Products
Antwerp; a Companhia de Papéis (COPA) e a Klabin do Paraná Agro-Florestal foram incorporadas à Klabin
Fabricadora em 1992. A holding operacional Cia Suzano controla a Bahia Sul (35% do capital e CVRD/Florestas
Rio Doce participa com 29%, BNDESPAR com 26% e IFC com 3%) e a Transurbes (reflorestadora); possui
participações importantes na indústria gráfica (Agaprint), na petroquímica - Polipropileno (33%), Politeno (20%),
Petroflex (20%), Alclor (14,5%) -, e em diversos outros setores - Hércules (18%), Arno (10%), Premesa (10%),
Buettner (5%) e Mangels (4%).