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ESTUDO DA COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA BRASILEIRA
IE/UNICAMP-IEI/UFRJ-FDC-FUNCEX
O setor de equipamentos de telecomunicação representa um mercado da ordem de
US$120 bilhões em 1992, cerca de 30% nos EUA, outros 30% na CEE, 20% no sudeste asiático
e outros 20% no resto do mundo. Como se pode observar, a participação do resto do mundo na
composição do mercado desse setor é relevante. Projeções da Siemens sugerem que esse mercado
atingirá cerca de US$ 170 bilhões até o final da década. Incluem-se nesse mercado os seguintes
produtos:
. Comutação Pública: centrais local, regional e de trânsito
. Comutação Privada: PBX, PAX, PABX, KS
. Transmissão: transceptores VHF/UHF, multiplexadores, modens
. Terminais: telefones individuais, públicos, celulares, fax
Em termos de evolução dos mercados, estima-se que até o final desta década a parcela
referente a redes de comunicações públicas cairá para 55% do mercado. O mercado de terminais
de comunicação (inclusive os multifuncionais, mas exclusive PCs) corresponderá a 30%,
crescendo dos atuais 25%. A parcela de mercado de sistemas privados de comunicações
permanecerá inalterada em 15% do mercado.
Em termos de liderança, o Japão é o maior exportador, com saldo positivo tanto com os
EUA como com a Europa e esta apresenta saldo positivo com os EUA. Nos anos recentes, Coréia
e Taiwan têm aparecido como exportadores crescentes no mercado mundial de equipamentos de
telecomunicações. Observa-se uma demanda crescente por tecnologias que facilitem o trabalho de
grupos localizados em diferentes locais e conectados em rede. Presentemente esses grupos usam
as redes como correio eletrônico e para transferência de dados; no futuro próximo haverá
demanda crescente por vídeo conferências nessas redes, exigindo um sistema chaveado com faixas
de frequência muito elevadas e sem ocupar faixas de broadcasting, o que levará ao uso de
comunicações óticas via fibras. Também a demanda por serviços em tempo real será crescente
através de redes digitais integradas. Finalmente, toda uma variedade de novos produtos será
ofertada, abrindo importantes oportunidades para novas empresas definirem nichos de atuação.
O setor de automação industrial pode ser dividido em dois segmentos com
características específicas: o de automação da manufatura, que trata fundamentalmente de
processos discretos, e o de controle de processos, que trata dos processos contínuos. No Japão e
na Europa as empresas que atuam em automação são principalmente grandes grupos
verticalizados. Siemens, ABB, AEG, Schneider, Telemecanique, Ansaldo, dentre outros, no caso
da Europa e Hitachi, Toshiba e Matsushita, por exemplo, no caso do Japão. Nos EUA, embora
existam alguns grandes grupos verticalizados, é muito frequente a existência de empresas