Download PDF
ads:
INTRODUÇÃO
A equipe do Parque Zoobotânico, através do Projeto “Estudos ecológicos
de manejo de florestas naturais e de recuperação de pastos e roçados degradados
no Estado Acre”, se propôs durante um período de dois anos, a ampliar o seu
campo de atuação às comunidades local e regional visando a geração de
conhecimento, de modo que esta intervenção proporcionasse a implementação
de técnicas adequadas para melhorar o gerenciamento dos recursos naturais.
O projeto “Estudos ecológicos de manejo de florestas naturais e de
recuperação de pastos e roçados degradados no Estado do Acre”, elaborado em
1995 e encaminhado a FINEP em maio do mesmo ano, só teve a liberação da sua
primeira parcela em julho/97. Contudo, apesar deste intervalo para recebimento
dos recursos (95-97), várias atividades já estavam sendo realizadas e subsidiadas
com recursos e apoio da UFAC, Fundação Ford, New York Botanical Garden,
Woods Hole Research Center e Bolsas dos Programas RHAE e PIBIC do CNPq.
O plano de trabalho do referido projeto contemplou três linhas
de ação: R – Recuperação de pastos e roçados degradados, M – Manejo de florestas
naturais, EC – Extensão de conhecimentos gerados e capacitação de profissionais.
As linhas de pesquisa R e M, seguem em paralelo três etapas seqüenciais: R1 –
Quantificação e avaliação dos estágios de degradação dos ecossistemas
submetidos à ação antrópica em áreas representativas na região leste do Estado
do Acre e M1 – Identificação e priorização de espécies vegetais em florestas
naturais com potencial de uso para comunidades locais e regionais; R2 –
Identificação de espécies vegetais potenciais para recuperação e M2 – Estudos
da autoecologia de espécies prioritárias em florestas naturais e desenvolvimento
de técnicas de propagação; R3 – Geração de técnicas de recuperação de pastos e
roçados degradados e M3 - Geração de técnicas de manejo e enriquecimento de
florestas naturais. O fluxo destas etapas progrediu de diagnóstico para aplicação.
A terceira linha extensão e capacitação – EC - interligada com as outras duas
linhas de pesquisa (R e M ), contribuiu para a formação de profissionais com
visão integrada de manejo de ecossistemas da Amazônia Ocidental; capacitação
de comunidades locais na aplicação destas técnicas de manejo e subsidiando o
planejamento e o desenvolvimento regional através da interação com o governo
estadual, prefeituras e organizações não-governamentais.
Estudos ecológicos de manejo de
florestas naturais e de
recuperação de pastos e roçados
degradados no Estado Acre
2121
2121
21
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
400
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
RESUMO
O Estado do Acre enfrenta crescentes desafios para manejo de suas
florestas naturais e recuperação de áreas degradadas. Este projeto foi realizado
visando a geração e disseminação de conhecimentos para estes fins, via as
seguintes etapas: recuperação de pastos e roçados degradados; manejo de
florestas naturais (utilizando metodologias específicas); difusão de
conhecimentos, capacitando profissionais com visão integrada de manejo de
ecossistemas da Amazônia Ocidental e capacitação de comunidades locais na
aplicação de técnicas de manejo e subsídios para planejamento e
desenvolvimento regional. A área de concentração destes estudos foi em um raio
de 50 km da cidade de Rio Branco, cobrindo uma área de 800.000 ha com diversos
usos da terra. Os produtos deste projeto encontram-se refletidos nas publicações
dos resultados. Durante o período do projeto (1997-1999), foram publicadas 4
cartilhas, usadas como ferramenta na capacitação de comunidades tradicionais,
1 capítulo de livro, 4 artigos em jornais locais e regionais, 1 artigo escrito não
submetido, 3 artigos submetidos e 6 artigos científicos no prelo até dezembro
deste ano. Com o objetivo de difundir as tecnologias e conhecimentos gerados,
foram capacitadas 1136 pessoas de 8 municípios do Estado e fora do Estado,
através de 53 cursos de curta duração, totalizando 1450 horas ministradas e
32.695 pessoas-horas. Foram promovidas palestras e realizado o I Seminário de
Difusão de Conhecimentos para Prefeituras e Governo Estadual, propiciando
maior interação, através da incorporação de 4 pesquisas deste projeto no
Programa do Governo. Prestou-se assessorias para definição de uma política de
crédito agrícola para os extrativistas; para definição de uma política florestal;
para elaboração da Agenda Positiva para o Acre; no Zoneamento Econômico e
Ecológico do Estado e na estruturação da Escola Técnica da Floresta. Ao final
deste projeto ficou estabelecido parcerias com 19 instituições nacionais e
internacionais, governamentais e não governamentais, promovendo uma
interação através da utilização dos atuais resultados, facilitando assim, a
execução das novas propostas desta unidade.
I - BREVE HISTÓRICO
Abrangendo 100 ha da área do Campus da UFAC, o Parque Zoobotânico
(PZ) constitui-se na maior área verde no perímetro urbano de Rio Branco. Pela
variação dos seus ambientes vegetacional e aquático, o PZ representa a
materialização de um recurso múltiplo para as atividades de educação ambiental
dirigida e pesquisa. Com o intuito de agregar estudos multidisciplinares, a equipe
do PZ vem desenvolvendo atividades de pesquisa, formação e extensão,
envolvendo estudos dos recursos naturais renováveis, ações de recuperação e
melhoria do ambiente.
Os recursos financeiros que subsidiaram as atividades desta unidade,
foram oriundos da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia
(SUDAM), Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), Fundo Nacional de
ads:
401
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
Desenvolvimento (FNDE), Secretaria Nacional do Ensino Superior/SESU, Jardim
Botânico de Nova Iorque e Fundação Ford. 0 convênio com o Jardim Botânico de
Nova lorque vem possibilitando a ampliação e aperfeiçoamento da coleção
botânica do Herbário do PZ, que é referência regional para estudos de
biodiversidade e permitirá ainda, produzir conhecimentos complementares. 0
Projeto Arboreto vem sendo apoiado desde 1993 pela Fundação Ford para
execução do projeto de estudo de espécies arbóreas tropicais: subsídios à
implantação de sistemas agroflorestais no Acre e capacitação de pessoal, além
de outro projeto, denominado Pesquisa e Extensão Agroflorestal para
Recuperação de Áreas Degradadas.
Considerando as peculiaridades locais e a necessidade do conhecimento
dos recursos naturais do Estado e de resultados que otimizem a viabilidade e
sustentabilidade desses recursos, as ações dos pesquisadores do Parque
Zoobotânico extrapolaram a área física da unidade, promovendo assim a
realização de pesquisas e extensão em outras áreas do Estado.
0 quadro de pesquisadores efetivos do PZ está composto por três doutores,
dez mestres, dos quais quatro estão em doutoramento. Compõem ainda a equipe,
sete profissionais de nível superior cursando mestrado e cinco especialistas,
sendo uma pedagoga com especialização em planejamento ambiental e um
economista. No apoio operacional, participam diretamente dos trabalhos 19
funcionários. Este quadro é complementado com 20 bolsistas de Iniciação
Científica (PIBIC/CNPq e UFAC).
Administrativamente, o PZ constitui-se em uma unidade ligada à Reitoria
da UFAC. Dispõe de uma diretoria e cinco coordenações de áreas (Coleção Vegetal,
Coleção Animal, Educação Ambiental, Produção de Mudas e Atividades
Econômicas e Manutenção).
II - OBJETIVOS DO PROJETO
Objetivo geral:
Gerar conhecimentos ecológicos para o manejo dos diversos ecossistemas
naturais e antrópicos, típicos da Amazônia Ocidental, numa área de 800.000
hectares ao redor da cidade de Rio Branco e outras áreas do estado do Acre,
repassando estes conhecimentos para a comunidade local, regional e nacional,
e expandindo o número e a qualificação de profissionais atuando neste ramo.
Objetivos específicos:
- Quantificar e avaliar os estágios de degradação dos ecossistemas,
submetidos à ação antrópica em áreas representativas na região leste do
Estado do Acre;
- Identificar espécies vegetais para recuperação, iniciar estudos ecológicos
402
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
e desenvolver técnicas de propagação;
- Iniciar a geração e adaptação de técnicas integradas de recuperação de
pastos e roçados degradados para produtores locais;
- Identificar e priorizar espécies vegetais em florestas naturais com potencial
de uso para comunidades locais e regionais;
- Iniciar estudos de auto-ecologia de espécies prioritárias e desenvolver
técnicas de propagação;
- Iniciar a geração e adaptação de técnicas integradas de manejo e
enriquecimento de florestas naturais, utilizando as espécies selecionadas;
- Difundir conhecimentos junto a produtores, comunidades extrativistas e
indígenas na aplicação destas técnicas de manejo;
- Subsidiar o planejamento e desenvolvimento regional através de interação
com governo estadual, prefeituras e organizações não-governamentais;
- Formar profissionais com visão integrada de manejo de ecossistemas na
Amazônia Ocidental.
III - ÁREAS DE PESQUISA DE CAMPO
Os estudos de “Recuperação de pastos e roçados degradados”, “Manejo
de florestas naturais” e as ações de Extensão foram desenvolvidas
prioritariamente no entorno de Rio Branco, dentro de um raio de 50 km. Esta
área, com aproximadamente 800.000 hectares , compreende parte dos Municípios
de Rio Branco, Senador Guiomard, Bujari, Xapuri, Capixaba, Porto Acre e Plácido
de Castro.
Embora essa área represente pouco mais de 5% da superfície do Estado
do Acre, ela apresenta todas as classes de uso atual da terra do Estado. São
encontradas grandes propriedades rurais destinadas à pecuária extensiva e
especulação imobiliária, pequenas propriedades rurais, dois projetos de
colonização oficiais (Projeto de Assentamento Dirigido Pedro Peixoto e Humaitá),
parte de duas reservas extrativistas (Reserva Extrativista Chico Mendes e São
Luis do Remanso), áreas de agricultura de ribeirinhos, fragmentos e extensas
áreas contínuas de floresta natural e áreas urbanas.
Existem áreas específicas para o desenvolvimento das pesquisas que são
chamadas de áreas piloto, estas são:
- Parque Zoobotânico, que possui uma área de 100 ha, apresentando uma
pequena porção de floresta pouco perturbada (10ha), e o resto ocupado
por florestas secundárias em diversos estágios de sucessão ecológica,
além de algumas áreas de pastagens e roçados abandonados. Constitui-
se numa área teste ideal, não somente pela diversidade de usos da terra,
mas também pela sua localização.
- Fazenda Experimental Catuaba, uma área de 800 ha, distante 30 km do
centro da cidade de Rio Branco, apresenta uma ampla diversidade de
formas de uso da terra, incluindo antigos seringais, áreas de pastagem
403
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
degradadas, florestas secundárias em diversos estágios de sucessão e
florestas pouco alteradas. Nas áreas diretamente adjacentes, ao longo
das rodovias, predomina a pecuária extensiva, com grandes extensões de
pastagens não produtivas e abandonadas.
- Reserva Florestal do Humaitá, distante 32 km de Rio Branco, possui
2.000 ha, onde predomina floresta primária praticamente não perturbada.
É circundada pelo PAD Humaitá, área de assentamento agrícola do
INCRA, originalmente destinada a pequenos produtores, que vem sofrendo
um intenso processo de pecuarização.
- Reserva Extrativista Chico Mendes é a maior reserva Extrativista do Brasil
e cobre quase um milhão de hectares. Tem acesso pela BR-317 e pertence
aos municípios de Xapuri, Brasiléia, Assis Brasil e Sena Madureira.
IV - METODOLOGIA
1. RECUPERAÇÃO DE PASTOS E ROÇADOS DEGRADADOS
a. Diagnóstico dos ecossistemas naturais e antrópicos num raio de 50 km
da cidade de Rio Branco.
Com imagens de satélite “Landsat TM” na escala de 1:50.000, nas bandas
1-6, de 13 e 7 de anos atrás e atuais, os ecossistemas naturais e antrópicos foram
identificados, mapeados e quantificados preliminarmente de acordo com a
seguinte classificação de uso do solo: floresta natural, pastagens novas (0-5
anos) e antigas (> 5 anos), capoeira nova (0-5 anos) e capoeira velha (>10 anos),
solo nú, áreas urbanas e corpos d’água. Como produto para análise e referência
para as demais atividades foram confeccionados mapas temáticos de vegetação,
uso pretérito e atual do solo e da hidrografia, na escala de 1:50.000. As informações
geradas nos mapas temáticos, através de uma mesa digitalizadora e de
computadores, foram utilizadas na geração de um “Sistema de Informações
Geográficas” (SIG) para a área de estudo. Esta abordagem, usando sensoriamento
remoto, SIG e GPS para georeferenciamento, já foi usada por membros da equipe,
no Equador e no Acre (BROWN et al. 1992 a,b e SASSAGAWA et al.1995 a,b).
A evolução histórica das mais significantes classes de uso atual da terra,
identificadas preliminarmente na área de estudo, foram verificadas em campo
através de visitas e entrevistas com proprietários e moradores locais. Nessas
entrevistas foram levantadas informações dos aspectos ambientais, sócio-
econômico e de práticas agronômicas, para caracterização do atual uso da terra
e os motivos de sua adoção. Por fim, cruzando as informações dos mapas
temáticos, das visitas de campo e outras informações secundárias levantadas
na bibliografia e junto a instituições governamentais e não-governamentais,
identificou-se as tendências e pressões passadas e atuais sobre as florestas
naturais, elaborando cenários futuros e prognósticos das tendências das áreas a
serem alvo de prováveis desmatamentos, o que permitiu ao poder público
404
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
(Prefeituras e Governo Estadual) um planejamento de ocupação e gestão dos
recursos naturais através do Zoneamento Ecológico e Econômico do Estado do
Acre (SEPLAN, 1993).
Para fornecer informações quantitativa e espacial sobre a situação dos
recursos madeireiros no Estado do Acre, foi usado o Sistema de Informações
Geográfica (Arc/View 3.0 e Idrisi for Windows 2.0), para combinar e analisar as
seguintes informações: limites políticos do Estado do Acre, estradas, hidrografia,
vegetação, terras indígenas, áreas militares, unidades de conservação e áreas
prioritárias para conservação na Amazônia. Para o estudo de caso, foi utilizada
imagem de satélite LANDSAT TM, onde foram localizados pátios de estocagem
de madeira.
As condições em que a floresta primária está mais suscetível ao fogo e os
mecanismos que a floresta primária utiliza para sobreviver à secas prolongadas,
foram avaliados através de uma metodologia determinada em Paragominas –
PA, onde vem realizando-se pesquisas ao longo do Arco de Desmatamento. Esta
metodologia utiliza a medição dos seguintes parâmetros: Liteira e combustível
(Altura de liteira com régua graduada. Quantidade de combustível segundo
Método de Brower e Zar 1984); Umidade relativa e conteúdo de água de
combustível (Pesagem de liteira em sacos de malha plástica, Secagem de liteira,
Pesagem de fuel stick); Stress das árvores (Bomba de pressão, Furador de folhas);
Abertura de copas e área de índice foliar –LAI (LAI - 2000/LICOR – 2000,
Densiômetro); Temperatura e umidade dentro da floresta (Hobo -Data loggers,
Psicrômetro); Conteúdo de água no solo (Monitoramento de poços [TDR - Time
Domain Reflectometry], Buracos - Medidas do lençol freático, Determinação da
umidade do solo [método de pesagem]); Profundidade de raízes (Quantificação
e seleção de raízes grossas e finas); Expansão do fogo dentro da floresta
(Provocando pequenos incêndios).
b. Avaliação das mudanças pedológicas e florísticas ocorridas em áreas
piloto.
Para a realização destes estudos, foram utilizados as seguintes áreas piloto:
Parque Zoobotânico, Fazenda Experimental Catuaba, Reserva Florestal do
Humaitá e Reserva Extrativista Chico Mendes.
No desenvolvimento dos estudos de degradação nas áreas piloto foram
definidas amostras com as seguintes características de uso da terra:
- 3 pastagens com 1 ano, 5 anos e 15 anos após implantação;
- 4 roçados de áreas recém-desmatadas, primeiro ano de cultivo, segundo
ano de cultivo e terceiro ano de cultivo, e
- 4 capoeiras com 5 anos, 10 anos 15 anos e 30 anos.
Todas localizadas na mesma classe taxonômica de solos, foram
identificadas e localizadas pelo georeferenciamento com GPS por método
desenvolvido pela equipe (SASSAGAWA et al., 1995 a) e plotadas em mapas
contidos no SIG – IDRISI na escala 1:10.000.
405
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
Em cada unidade amostral, foi realizada uma amostragem de solo,
retirando-se 10 amostras simples, que formaram 3 amostras compostas, em duas
profundidades: 0-20 cm e 20 – 40 cm. As análises químicas foram realizadas no
Laboratório de Fertilidade de Solo – UFAC, sendo determinados os parâmetros:
pH, Cálcio, Magnésio, Potássio, Sódio, Alumínio e Hidrogênio, Carbono
Orgânico e Fósforo disponível. Além destes parâmetros foram avaliados teores
de micronutrientes, no CENA/USP (Centro de Energia Nuclear na Agricultura).
De posse destes resultados foram calculados os estoques de nutrientes em kg/
ha.
Para a avaliação da densidade aparente do solo das unidades amostrais,
foram coletadas amostras de solo em 4 profundidades com 10 repetições, nas
profundidades: 0-5 cm, 5-10 cm, 10-15 cm, 15-20 cm. Para coleta de amostras de
solo para determinação de densidade aparente foi utilizado um amostrador de
densidade, cujo método é o de anel volumétrico de 90 cm³ (Usando o teste de
controle da variabilidade amostral).
Foi feita a análise granulométrica dessas amostras, de cada profundidade,
uma vez que a densidade é influenciada diretamente pela textura, considerando-
se o tipo de uso da terra anterior, adquirido através do histórico de cada
ecossistema. Para o cálculo de estoque de biomassa em pastagens, capoeiras e
florestas primárias foram usadas fórmulas específicas, conforme BROWN et al.
(1992a) e RODRIGUES et al. Anais, 1995.
c. Estudo de 20 espécies arbóreas tropicais (madeireiras, frutíferas e
leguminosas de usos múltiplos) objetivando recuperação de pastos e
roçados degradados.
· Inicio dos levantamentos e estudos de leguminosas arbóreas,
prioritariamente nativas da Amazônia, potenciais para a utilização na
recuperação de solos degradados.
- A seleção de espécies de leguminosas potenciais para adubação verde
e fornecimento de lenha foi feita ao longo de 2 anos, através de
literatura, levantamentos de campo e entrevistas. Os critérios para
seleção de espécies para levantamento e coleta de material botânico
nas áreas de estudo foram: Rebrotação e quantidade de biomassa
observada no habitat natural; Procedente de habitats degradados
como: mata secundária, beira de estradas, aterros, barrancos etc e
Nodulação radicular (simbiose com bactérias fixadoras de
Nitrogênio). Gêneros potenciais: Inga, Calliandra, Erythrina, Senna,
Cassia, Clitoria.
- Ensaio eliminatório - Arboreto de Leguminosas: Das espécies que
preencheram a maioria dos requisitos foi coletado material fértil para
identificação e incorporação no Herbário do PZ. As matrizes foram
catalogadas para coleta de sementes e, posteriormente, para produção
de mudas. Depois foram implantadas em ensaio eliminatório, com
25 indivíduos dispostos em linha com espaçamento de 1,5 metros
406
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
entre plantas, na área de pesquisa do Projeto Arboreto no PZ,
denominado Arboreto de Leguminosas - uma coleção de espécies/
procedências desta família - a fim de ter disponível material vegetativo
para reprodução das espécies potencialmente promissoras, em novos
experimentos e conhecimento da resposta sob manejo
agrosilvicultural. Com o objetivo de se verificar a capacidade e o
vigor de brotação, quantidade e qualidade de biomassa produzida,
cinco indivíduos por espécie foram introduzidos no Arboreto, e
submetidos a podas a 40 cm acima do solo. A primeira poda ocorreu
quando as espécies se apresentaram estabelecidas e com produção
de biomassa suficiente. De cada indivíduo submetido à poda foi
pesada sua biomassa (galhos e folhas), para constatação do peso
fresco com dinamômetro. Os dois indivíduos situados no interior da
linha foram selecionados para secagem da biomassa em estufa e
realização de análise química de macronutrientes.
- Experimentação em aléias: Oito espécies de leguminosas, sendo 6
nativas e 2 exóticas e com bom desenvolvimento em experimentos de
alley cropping em outras regiões, foram submetidas à experimentação
mais aprofundada no primeiro ano do projeto. A metodologia
empregada foi a proposta por SIMONS & DUNDSON (1992). As
mudas das espécies selecionadas foram produzidas no viveiro do
PZ. 0 experimento foi implantado em área do Projeto Arboreto do PZ
(ao lado da UTAL – Unidade de Tecnologia de Alimentos), em blocos
completamente ao acaso com 5 repetições com bordadura. Cada
espécie foi representada por 24 indivíduos plantados em linhas com
espaçamento de 0,5 m entre plantas e 5,0 m entre linhas. Metade dos
indivíduos (12) foram plantados em covas adicionadas de fósforo (P)
na proporção de 20 kg/ha. A verificação do desempenho das espécies
com a presença deste nutriente é fundamental em função da sua
limitada disponibilidade nos solos da região. A outra metade foi
implantada sem adição de qualquer fertilizante ou corretor de acidez.
A primeira poda foi realizada aos 10 meses após o plantio e, as
subsequentes, quando houve biomassa que permitiu a remoção do
material e, então, depositadas sobre o solo a uma distância de até 2 m
da linha das plantas. Foram eliminadas 4 plantas das bordaduras e
selecionadas 10 plantas do interior de cada parcela para serem
avaliados o peso fresco da biomassa, produzida por cada planta.
Aleatoriamente, foram escolhidos dois indivíduos para separação
da biomassa em duas categorias: folhagem e galhos, e pesados com
dinamômetro para verificação do peso fresco. Depois foi retirada uma
amostra para determinação do peso seco e análise química de
macronutrientes componentes da biomassa. Dois meses após cada
poda, foram realizadas análises de solo nas 5 repetições para
avaliação do comportamento do solo sob as adições da biomassa das
leguminosas. As amostras de 0-5, 5-10 e 10-15 cm de profundidade,
407
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
compostas de 5 amostras simples, foram coletadas dentro e fora da
área de adição de biomassa e analisadas quanto aos nutrientes (N, P,
K, Ca, Mg, AI), pH e teor de matéria orgânica. Após três anos de coleta
de dados (assumindo a continuidade do experimento), foram abertas
trincheiras ao lado de cada linha para estudo do desenvolvimento
do sistema radicular destas espécies. 0 objetivo ao final do experimento
será indicar espécies de leguminosas que contribuam com a
recuperação de solos degradados nas condições do Vale do Rio Acre.
As atividades que foram desenvolvidas nas metas de Recuperação de
pastos e roçados degradados, foram avaliadas, uma vez por ano durante a
duração do projeto, por um consultor da área (ano de 1999 não foi feita visita de
consultor).
2. MANEJO DE FLORESTAS NATURAIS
a. Avaliação das espécies úteis para comunidades locais e
regionais.
Através de uma extensa revisão bibliográfica, comparação de listas de
espécies amostradas em estudos etnobotânicos no Estado, e de visitas ao Museu
Emilio Goeldi (MPEG), Centro de Pesquisas do Trópico Úmido (CPATU-
EMBRAPA) e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônica (lNPA), foram
verificadas quais as espécies vegetais amazônicas, com potencial reconhecido
para fins de utilização. Essas informações posteriormente foram processadas
em um banco de dados.
Após esta verificação preliminar, foi realizada uma checagem sobre quais
são as espécies potenciais levantadas, que apresentam ocorrência no Acre. A
consumação desta etapa foi possível, tomando-se como referência levantamentos
florísticos e etnobotânicos que vêm sendo desenvolvidos na região, através de
um programa de cooperação internacional entre a Universidade Federal do Acre/
Parque Zoobotânico e o Jardim Botânico de Nova lorque, de resultados de projetos
de pesquisa desenvolvidos pela Fundação de Tecnologia do Estado do Acre e de
levantamentos preliminares realizados na Reserva Extrativista do Alto Juruá
por uma equipe da Universidade de Campinas (UNlCAMP) e Universidade de
São Paulo (USP).
Além destas verificações foi realizada uma investigação sobre quais são
as espécies que estão sendo utilizadas potencialmente por extrativistas e
pequenos produtores, em ensaios de consorciamento ou em modelos de sistemas
agroflorestais (SAF’s), desenvolvidos em colaboração com instituições regionais
como Fundação de Tecnologia do Acre - FUNTAC, Empresa Brasileira de Pesquisas
Agropecuárias (EMBRAPA) e Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado
(SDA) e organizações não governamentais como o Grupo de Pesquisa em Sistemas
Agroflorestais no Acre (PESACRE) e Centro de Trabalhadores da Amazônia (CTA).
408
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
b. Estudos básicos da ecologia de populações e tecnologia de
sementes das espécies priorizadas.
· Início dos estudos auto-ecológicos das espécies priorizadas:
- Sistemas de amostragem: Considerando os diferentes padrões
distribucionais apresentados pelas espécies de floresta tropical,
primeiramente foi realizada uma investigação sobre a ocorrência das
espécies priorizadas e a quantificação aproximada da densidade
das mesmas. Dependendo do padrão distribucional apresentado
pelas espécies, puderam ser adotados dois tipos de metodologias.
Para espécies que apresentaram indivíduos adultos não agregados e
regeneração próxima dos adultos, foram selecionados no mínimo
três indivíduos (plantas matriz), procurando-se definir a distância
entre cada um deles. 0 sistema de amostragem consistiu de uma cruz,
tendo como centro cada um dos indivíduos adultos. A partir do centro
(planta matriz) foram estabelecidas quatro linhas no rumo dos quatro
pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste), que tiveram comprimento
definido a partir do cálculo da metade da distância média entre os
indivíduos. As unidades amostrais (parcelas) foram instaladas sobre
tais linhas, de tal forma que a segunda amostra estivesse distante
pelo menos o dobro da distância estabelecida entre a primeira e a
planta matriz. Definida a área da primeira parcela a segunda teve o
dobro do tamanho da primeira, a terceira o dobro da segunda e assim
sucessivamente até completar-se o comprimento total de cada linha.
Para as espécies que apresentaram distribuição espacial de adultos e
plântulas com padrão agregado ou disperso, foi delimitada uma
parcela de no mínimo 1.000 m² (preferencialmente 50x20m). Essa
área foi subdividida em subparcelas de 5x5m (25m²) delimitadas
com piquetes de 30cm de altura e interligadas com barbante de nylon.
Embora a área mínima possa ser substancialmente ampliada, a área
das subparcelas foi tida como fixa.
- Radiação solar: A coleta de dados para avaliação da radiação solar
incidente nas áreas de amostragem, foi realizada com auxílio de um
luxímetro, posicionado e fixado a um metro de altura do solo.
Preferencialmente as coletas foram feitas no mês que apresentaram
dias típicos, com céu limpo e sem nuvem em período de maior radiação
solar (11:00 às 14:00). As medidas foram tomadas no centro de cada
parcela, sendo que, a cada 30 minutos foram realizadas leituras em
área aberta (clareiras grandes, varadouros e campo) visando uma
padronização das medidas. Na análise dos dados foram
considerados os valores de transmitância, que é a porcentagem de
radiação fotossinteticamente ativa que atinge a floresta ao nível do
solo, sendo a mesma obtida através da fórmula:
T = LIfLE, onde: T = Transmitância, LI = Leitura no interior da
florestas, LE = Leitura externa
409
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
- Demografia: Em ambos os tipos de amostragem, todos os indivíduos
até 2,0m de altura receberam uma plaqueta de plástico numerada e
aqueles que apresentaram altura superior a 2,0m receberam uma
plaqueta de alumínio numerada. De todos os indivíduos foram
coletados dados de altura total e diâmetro da base com auxílio de
uma régua e de um paquímetro (até 2,0m de altura) e de trena e fita
métrica (superior a 2,0m de altura). Empregando-se a segunda
metodologia supra-citada, todos os indivíduos amostrados foram
referenciados dentro da parcela através de informações de
coordenadas cartesianas (x e y), para posterior análise do padrão
distribucional apresentado pela população da espécie em questão.
Os resultados adquiridos através do uso deste método, foram
confirmados através do coeficiente de dispersão (variância/média) e
do índice de dispersão de Morisita em função do tamanho da parcela
e a distribuição em parcelas de 25m², comparativamente com o modelo
previsto por Poisson (BROWER & ZAR 1984). Foi utilizado o teste de
qui-quadrado (X²) para a adesão à distribuição de Poisson e o teste
“t” para se verificar a significância do coeficiente de dispersão
(KERSHAW, 1980; KREBS, 1989). Visando analisar a taxa de
recrutamento, dados referentes à altura e diâmetro dos indivíduos
menores que 2,0m de altura, foram realizados um ano após a primeira
coleta de dados.
· Estudos de aspectos ecológicos, agronômicos e silviculturais de 30
espécies com fins madeireiro e frutífero.
Foram selecionadas 30 espécies arbóreas regionais segundo a soma
ponderada dos critérios de escassez, valor econômico, uso múltiplo e
potencial de mercado definidos por NEWMAN e SOUZA (1994), além
do desenvolvimento no experimento Arboreto. São elas: cinco
palmeiras: Açaí (Euterpe precatoria Mart.), Bacaba (Oenocarpus mapora
Mart.), Buriti (Mauritia flexuosa L.), Ouricurí (Attalea phalerata Mart.),
Patauá (Oenocarpus bataua Mart.); e 25 arbóreas: Amarelão
(Aspidosperma vargasii A.D.C.), Andiroba (Carapa guianensis Aublet.),
Breu (Tetragastris altissima (Aublet) Swart.), Burdão de velho (Samanea
tubulosa Banedy e Grimes), Cajá (Spondias mombim L.), Capoeirão
(Colubrina glandulosa Perk) Castanheira (Bertholletia excelsa H.), Cedro
(Cedrela odorata L.), Copaíba (Copaifera multijuga Hayne), Cumaru
cetím ( Apuleia leiocarpa (Vog.) Macbr.), Cumarú fero (Dipterix ferrea
Ducke) Freijó branco (Cordia goeldiana Huber), Freijó preto (Cordia
alliadorra (R.F.) Chaw), Grão de galo (Tabernaemontana heterophyla
Vahl.), Guapuruvú (Schizolobium amazonicum Ducke), Ingá peluda
(Inga calantha Ducke), Ipê amarelo (Tabebuia serratifolia (Vahl) Nichol),
Ipê branco (Sparttosperma leuccanthum (Vell.) Schum.), Jatobá (Hymenaea
courbaril L.), Jutaí (Hymenaea parviflora Huber), Mulateiro
(Calycophyllum spruceanum Benth.), Mulungú (Erythrina verna Velloso),
Piquí (Caryocar villosum (Aubl.) Pers.), Samaúma vermelha (Chorsia
410
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
speciosa St. Hill), Seringueira (Hevea brasiliensis M. Arg.)
Para tanto, foram realizados estudos dos aspectos abaixo
relacionados:
- Avaliação fenológica e dendométrica das espécies selecionadas: estes
estudos foram realizados nos campos experimentais do Projeto
Arboreto e acompanhados de avaliações das espécies em condições
naturais (in situ), na Reserva Florestal do Catuaba, Parque Chico
Mendes e Rio Andirá. Foram selecionados aproximadamente 10
indivíduos para as áreas de estudo. Os indivíduos selecionados foram
plaqueteados para registro. As fenofases foram acompanhadas
quinzenalmente obedecendo ao quadro de observações fenológicas
elaborado por ARAÚJO (1970). 0 início das fenofases de floração e
frutificação foi definido pela emissão dos primeiros botões florais ou
frutos, o pico pela maior concentração de botões/flores ou frutos e o
término pelo predomínio de flores não mais receptivas ou frutos
maduros. Os dados meteorológicos foram obtidos junto à Estação
meteorológica localizada no Campus da UFAC e na Embrapa. O
detalhamento do microclima nas áreas de estudo foram obtidos
através de informações geradas por termohidrógrafos instalados
nestes locais. Foram feitas avaliações dendrométricas das espécies
selecionadas, que se encontram no Arboreto. Nestas avaliações,
realizadas duas vezes no ano, no início da estações chuvosa e seca,
foram feitas medições e anotações referentes ao fuste (altura e o DAP)
e à copa (diâmetro e sombreamento).
- Os estudos de Tecnologia de sementes foram desenvolvidos no viveiro
de produção de mudas e no laboratório de sementes do Parque
Zoobotânico. As sementes utilizadas foram coletadas de árvores
selecionadas, denominadas matrizes ou porta-sementes, que
apresentaram características fenotípicas superiores às demais da
população. Após a coleta, as sementes foram preparadas no viveiro e
posteriormente enviadas para o laboratório. Ao final do segundo ano
de estudo, os conhecimentos adquiridos subsidiaram a produção e
distribuição de sementes em larga escala, objetivando fornecer
sementes de qualidade e gerando renda para as atividades futuras
do Parque Zoobotânico. Foram feitos estudos da maturação
fisiológica das sementes, no qual após o completo amadurecimento
dos frutos das espécies estudadas, estes foram coletados para a
obtenção de sementes, e em seguida pesados, medidos e descritos
quanto a forma e a cor. Para cada espécie e período de coleta, foi
determinado o teor de umidade das sementes e testes de emergência
(germinação). Ao final da emergência, foram avaliados (média de 10
plântulas, escolhidas ao acaso) o diâmetro do colo, a altura, o número
de folhas e o peso da matéria seca das plântulas produzidas. Para o
estudo de viabilidade, as sementes foram lavadas e tratadas com
hipoclorito de sódio a 1 %, escorridas e espalhadas em condição
411
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
natural, à sombra, até que fossem utilizadas. A cada dia, até aos 30,
desde o tempo zero, uma amostra de cada espécie foi utilizada para
determinação de umidade e uma outra para teste de germinação. A
germinação e os índices de vigor das sementes foram avaliados da
forma já citada. No estudo da temperatura na germinação das
sementes, para cada espécie, foi retirada uma amostra para
determinação de umidade e as demais sementes foram submetidas a
diferentes temperaturas em câmaras de germinação. As temperaturas
testadas foram as seguintes: temperatura constante de 25°C;
temperatura constante de 30°C; temperatura constante de 35°C;
temperatura variando entre 25 e 35°C e temperatura ambiente
(testemunha). As avaliações de emergência e vigor das sementes
foram realizadas de acordo com os ensaios anteriores. No estudo dos
métodos de germinação de sementes, foram observadas a emergência
e germinação das sementes sob condições ambientais, em viveiro e
em laboratório, e em câmara na faixa de temperatura ótima,
identificada nos ensaios de efeito de temperatura. Combinado a estes
ambientes foram utilizados os seguintes substratos: areia lavada,
serragem parcialmente decomposta, terriço (parte superficial de um
solo cultivado), vermiculita, carvão moído e papel de filtro (ou mata-
borrão). A emergência e os índices de vigor foram avaliados conforme
ensaios anteriores. Nos estudos de armazenamento das sementes,
após o tratamento prévio das sementes das diferentes espécies, estas
foram ajustadas para três níveis de umidade, próximos daqueles
determinados como críticos nos ensaios de viabilidade. Em seguida,
as sementes foram acondicionadas em sacos plásticos e armazenadas,
combinando os diferentes teores de umidade com as temperaturas
ambiente, de 20°C, 15°C e 10°C. Posteriormente, a cada 30 dias, até os
seis meses, uma amostra de cada tratamento foi utilizada para
determinação de umidade e uma outra para teste de emergência. A
avaliação da emergência e dos índices de vigor das sementes foram
realizadas conforme ensaios anteriores. Para todos os experimentos,
o delineamento foi de experimento inteiramente casualizado, com
quatro repetições.
c. Ilhas de alta produtividade – IAP’s
Foram desenvolvidas quatro linhas básicas que integram a implantação
e manutenção das IAP’s:
- Estudos fitopatológicos em áreas naturais (estradas de seringa) e nas
IAP’s (plantios), em que foram avaliados plantios de seringueira, em duas
regiões com clima favorável à ocorrência do “mal das folhas”, quanto ao
desenvolvimento das plantas e quanto à intensidade de sintomas da
doença causada pelo Microcyclus ulei (P. Henn.)v. Arx. Foram eleitos para
412
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
serem avaliados, os plantios de seringueira já existentes no Município de
Acrelândia (pequenos seringais) de 1 a 5 ha, contendo clones consorciados
com café e com mata regenerada, respectivamente, além de plantios novos
efetuados nas clareiras (roçados), em cinco seringais nativos, totalizando
21 colocações, na RESEX (Reserva extrativista Chico Mendes) e nos
Seringais Boa Vista e Caquetá. Para quantificação da incidência do “mal-
das-folhas”, o método utilizado foi a escala desenvolvida por CHEE (1976).
- Estudos de aplicação da sucessão ecológica: Dentro dos princípios das
IAP’s a diversidade externa da floresta ao lado dos pequenos plantios
dispersos é fundamental. A manutenção do equilíbrio planta-patógeno
(Microcyclus uleiHevea sp.) para a sanidade da seringueira e outras
espécies contidas nas IAP’s é fruto desta diversidade. No entanto, a
diversidade interna do plantio também é importante para reforçar e
diversificar a proposta. Estando então as IAP’s sedimentadas nos
princípios da sucessão, os arranjos das seringueiras com as culturas
tradicionais visam, após o uso para as culturas de subsistência, ocupar a
área com outras espécies, favorecendo o crescimento das seringueiras e
das culturas de entrelinhas, permitindo assim aumentar a produção e a
produtividade das áreas e melhorar a qualidade de vida dos seringueiros.
- Para seleção e melhoramento genético da seringueira tem sido utilizadas
duas tecnologias: uso de pés francos oriundos de sementes de árvores
selecionadas pelos seringueiros e o uso de clones selecionados e
considerados pela tecnologia formal como adequados para o Acre. Perante
a necessidade de instalação de jardins clonais e de capacitação para uso
de clones, preferiu-se iniciar os trabalhos através do uso de sementes das
melhores árvores, passando-se gradativamente ao uso de clones (20%
das IAP’s foram implantadas com clones).
- Tecnologias alternativas para o uso nas IAP’s: Teste de Cramer (re-seleção
das árvores produzidas a partir das sementes selecionadas), Viveiro
padrão para produção de mudas (proteger as sementes e plântulas de
animais) e Uso da “taboca” para plantio da seringueira e outras espécies
(plantio das seringueiras nos “canos de taboca” que faz parte do
etnoconhecimento dos seringueiros).
- Avaliação econômica: compreende a determinação de custos e de
resultados econômicos no ano civil, correspondendo a uma safra, do 8º
ao 10º ano de implantação, bem como a determinação do valor presente
líquido e da relação benefício/custo.
- Capacitação e extensão agroflorestal através de agentes paraflorestais:
para integrar o conhecimento tradicional dos seringueiros e os
conhecimentos técnicos, foram feitos treinamentos junto aos paraflorestais
e seringueiros com visitas técnicas às experiências de plantios de sistemas
agroflorestais no Estado.
413
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
3. EXTENSÃO E CAPACITAÇÃO
a. Difusão do conhecimento
Com as informações geradas, já à partir do primeiro ano, sobre o processo
de degradação e recuperação de pastos e roçados degradados e manejo de
florestas naturais, as ações de extensão e educação ambiental foram voltadas
para o repasse de conhecimentos técnicos e tecnologias do uso sustentável dos
recursos naturais, para seringueiros e produtores rurais. O repasse das
informações técnico-científicas se deram mediante realização de:
- Mini-cursos de 2O horas (incluindo práticas e visitas orientadas) para
pequenos e médios produtores rurais envolvendo os efeitos da degradação
florestal, formas de evitá-la e maneiras de recuperá-la.
- Treinamentos junto às comunidades extrativistas, envolvendo aspectos
de produção florestal não-madeireira e uso racional dos recursos naturais;
- Treinamentos junto aos produtores rurais, abordando, além dos aspectos
citados no ítem anterior, informações sobre Sistemas Agroflorestais com
aproveitamento de áreas com vegetação secundária;
- Palestras para grandes produtores e para o público em geral, com
informações sobre recuperação de roçados e pastagens degradadas, bem
como do manejo de florestas nativas.
Como material de apoio para os mini-cursos e treinamentos foram
confeccionados álbuns seriados e cartilhas, visando maior compreensão por
parte do público. Para as palestras (público mais urbano), foram projetados
slides e vídeos educativos. Foram elaborados jogos e calendários contendo
mensagens educativas e informações gerais, para distribuição junto aos
produtores. Foram divulgadas as informações geradas junto aos programas de
rádio locais e/ou regionais.
Foram produzidos 5 vídeos educativos com as informações geradas,
para posterior divulgação em eventos ligados à temática ambiental.
b. Capacitação multidisciplinar de profissionais
O Parque Zoobotânico tem como propósito desenvolver pesquisa
integrada, priorizando e responsabilizando-se pela capacitação de alunos e
professores, com abordagens integradas para pesquisa ambiental no Acre
(BROWN et al., 1995b). Todas as pesquisas contam com a participação de alunos
de vários departamentos da UFAC, trabalhando juntos para abordar questões
interdisciplinares. No início deste projeto, um total de onze alunos estavam
envolvidos nestes estudos, oriundos de três departamentos: Ciências Agrárias,
Ciências da Natureza e Geografia. Estes alunos foram tratados como profissionais
em formação e com responsabilidade para produção científica. Destes, oito são
co-autores em resumos submetidos para apresentação durante as reuniões da
414
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Sociedade Brasileira
de Cartografa (SBG) e Sociedade Brasileira da Ciência do Solo (SBCS) no ano de
1995. Sete destes alunos escreveram resumos específicos e são primeiros autores
nestes trabalhos. Este programa foi expandido, aumentando para 20 o número
de alunos de graduação dos diversos departamentos da UFAC, nos anos de
1996 a 1999.
Atualmente, três graduadas ex-bolsistas PIBIC/CNPq estão regularmente
matriculadas no Curso de Mestrado em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais,
da UFAC e, uma quarta encontra-se no Curso de Ecologia do INPA/AM. Outro
ex-bolsista, graduado, está trabalhando como pesquisador do projeto :
Suscetibilidade da floresta ao fogo. Espera-se que estas atividades tenham gerado
um amadurecimento profissional nestas pessoas e que tenham contribuído na
preparação para a pós-graduação.
c. Difusão do conhecimento para a sociedade organizada
A produção de informações geográficas do uso da terra em um raio de 50
km da capital Rio Branco teve implicações para sete municípios e para
gerenciamento de uma área florestada em processo de conversão. Existem neste
raio reservas extrativistas, dois projetos de colonização, grandes fazendas e
metade da população do Estado, além de duas estradas federais. Mapas temáticos
sobre o uso da terra e sua evolução com o tempo são ferramentas poderosas para
ilustrar os padrões atuais e extrapolações para o futuro. Foram desenvolvidos
seminários curtos para capacitar servidores públicos municipais e estaduais no
uso destes mapas e informações associadas para acompanhar a disseminação.
Outro seminário para prefeituras foi realizado, objetivando a divulgação
de tecnologias e conhecimentos gerados e promovendo interação entre elas,
culminando com a difusão dos resultados destas atividades a oito municípios
através de cursos de curta duração.
V – RESULTADOS
1. RECUPERAÇÃO DE PASTOS E ROÇADOS DEGRADADOS
a. Diagnóstico dos ecossistemas naturais e antrópicos num raio de 50 km
da cidade de Rio Branco.
* Cartilha: Mapa como ferramenta para gerenciar recursos naturais: um
guia passo-a-passo para populações tradicionais fazerem mapas usando
imagens de satélite (elaboradores: Andréa Alexandre, I. Foster Brown,
Hiromi Sassagawa e Eufran do Amaral).
* Cartilha: Como fazer medidas de campo: métodos práticos e de baixo
custo para fazer medidas de distância de campo - usando mãos e passos
calibrados” (elaboradores: A. Alexandre, I. Foster Brown e V. Gomes).
415
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
* 2 artigos científicos produzidos: “Secondary forests in western Amazônia:
significant sinks for carbon released from deforestation? (autores: C.
Salimon, I. F. Brown) submetido a Interciência e “Secondary Forest
Detection with Landsat TM images in western Amazônia, Acre-Brazil”
(autores: C. Salimon, I. F. Brown e T. Stone).
* Capítulo do livro: “Extractive Reserves and Participatory Research as
Factors in the Biogeochemistry of the Amazon Basin”. No prelo in: The
Biogeochemistry of the Amazon Basin and its Role in a Changing World (autores:
I. F. Brown, K. A. Kainck, A. S. Alechandre, and E. do Amaral).
* Resumo estendido aceito: Third International Symposium of
Environmental Geochemistry in Tropical Countries. 25-29 October 1999.
Nova Friburgo, RJ, Brasil. Land-Use and Global Environmental Change
in Southwestern Amazônia: Educational and Research Challenges for
Regional Universities. (autores: I.F. Brown, C. A. Llerena, B. M. G. Esteves,
M. F. A. Bigi, J. de S. Nogueira, and F. K. A. de Souza).
* Artigo “Large-scale impoverishment of Amazonian forests by logging
and fire”. Revista Nature, Vol.398. (autores: D. C. Nepstad, A. Veríssimo,
A. Alencar, C. Nobre, E. Lima, P. Lefebvre, P. Schlesinger, C. Potter, P.
Moutinho, E. Mendoza, M. Cochrane & V. Brooks).
* Resumo: 48
th
Annual Conference – March 23-26 1999. Patterns and
Processes of land use and Forest Change in the Amazon. “Capacitação de
populações tradicionais para manejo de recursos naturais: de imagens
de satélite a inventários florestais na Reserva Extrativista Chico Mendes,
Acre, Brasil”. (autores: A. Alechandre; I. F Brown).
* Cartilha: “Recomendações para extração de óleo de copaíba”.
(elaboradores: A. Leite; A. Alechandre; C.A. Campos; A. Oliveira; K. Choy;
R. Ruiz).
b. Avaliação das mudanças pedológicas e florísticas ocorridas em áreas piloto
* 3 resumos no 27º Congresso Brasileiro de Ciência do Solo: “Dinâmica de
propriedades químicas e físicas dos solos e de estoque de nutrientes no atual
sistema de uso da terra no Estado do Acre”; “ Distribuição do sistema radicular
da pupunheira e do cupuaçuzeiro em Sistema Agroflorestal na Amazônia
Ocidental”; ”Avaliação da Fertilidade do solo e recomendações de adubos
corretivos nas propriedades rurais do PED – Senador Guiomard”. (autores: E. F.
do Amaral e A. W. F. de Mello).
* Resumo apresentado na Reunião Anual da SBPC/1999: “ Uso do
levantamento de solos no sistema de capacidade de uso em nível da pequena
propriedade rural em um imóvel rural do projeto PED-MNA, Município de
Senador Guiomard, Acre, Brasil”. (autor: E. F. do Amaral).
c. Estudo de 30 espécies arbóreas tropicais (madeireiras, frutíferas e
leguminosas de usos múltiplos) objetivando seu uso na recuperação de
pastos e roçados degradados.
416
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
* 3 resumos apresentados no II Congresso Brasileiro de Sistemas
Agroflorestais, Belém-PA, 1998: “Estacas de Erythrina verna para uso em
cercas vivas no Acre” (autores: T. Ludewigs, L.C. Menezes-Filho, A.C.
Leite, E.N. Pinto, R.F. da Silva, N.A. Brilhante, e A.C. Oliveira,; “Estudo
quantitativo da biomassa de 8 espécies de leguminosas arbóreas para
fins de uso como componentes agroflorestais” (autores: L.C. Menezes-
Filho, R.D. Recco, A. C. Leite, T. Ludewigs, N.A. Brilhante e A.C. Oliveira);
e “Estabilidade e Risco em Sistemas Agroflorestais: cacau-freijó-banana-
da-terra” (autores: T. Ludewigs, E. Somariba e O. Ramirez).
* 3 resumos apresentados no 4° Congresso de Ecologia do Brasil, Belém-
PA, 1998: “Comportamento fenológico de Cedrela odorata L. e Tabebuia
serratifolia (Vahl) Nichol no Vale do Acre”, (autores: O.C. Rigamonte-
Azevedo, N.M.C. de Paula e R. da R. Braga); “Fenologia de Aspidosperma
vargasii A.DC, Erythrina verna Velloso e Colubrina glandulosa Perk no Vale
do Acre”, (autores: N.T. Boufleuer, A.M.A. Oliveira, N.M.C. de Paula e C.E.
de Deus); “Produção de sementes de Mauritia flexuosa L.f. no Vale do Acre
- Brasil em condições in situ e ex situ”, (autores: N.M.C. de Paula, O.C.
Rigamonte–Azevedo, J.R. Oliveira e M.D.F. Santos).
* Publicação no jornal A Gazeta – Rio Branco : “Plantio de árvores madeireiras
em contorno : uma prática agroflorestal promissora para o Acre” – 13 de
junho de 1999. Autor: T. Ludewigs.
2. MANEJO DE FLORESTAS NATURAIS
a. Avaliação das espécies úteis para comunidades locais e regionais.
* 2 resumos apresentados no Congreso Internacional de Botânica, EUA,
1999: “Comparison of Known Palm Uses Among Indigenous and Folk
Communities in Western Amazonia”, (autores: M.T.V.A. Campos, C.
Ehringhaus); “Palm Slats or Timber Planks: A Quantitative Analysis of
Plants Use Change in the House Construction of Amazonian Rubber
Tapper”, (autores: C Ehringhaus, E. Barth, A. Torres).
* Artigo científico submetido: “Plant Virtues are in the Eyes of the Beholders:
A Comparison of Known Palm Uses Among Indigenous and Folk
Communities in Western Amazonia”, (autores: M.T.V.A.Campos, C.
Ehringhaus, N. Valeska e A. Guimarães).
Artigos científicos no prelo:
* SILVEIRA, M. Ecological Aspects of bambu – Dominated forest in South
Western Amazônia: An Etnocience Perspective. Revista Ecotropica (no
prelo, novembro)
* TOREZAN, J. M. D e SILVEIRA, M. Biomass of Guadua guegerbaueri
Pilger (Poaceae: Babusoideae) in bambu forest, South Western of Amazon.
Revista Ecotropica (no prelo, novembro).
* SILVEIRA, M. e TOREZAN, J. M. D. Ambientes de Bacia do Alto Jurua. In:
417
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
Enciclopédia de Floresta. Ed. Companhia das Letras/IBAMA (no prelo,
dezembro).
* DALY, D.C. e SILVEIRA, M. Aspectos Florísticos da Bacia do Alto Juruá:
História Botânica, Peculiaridades, Similaridades e Importância para
Conservação. (no prelo, dezembro).
b. Estudos básicos da ecologia de populações e tecnologia de sementes das
espécies prioritárias.
* Cartilha: “ Sementes Florestais”. (elaboradores: M. C. Almeida, J. L. Firmino
e L. C. de Oliveira.
* 1 resumo apresentado no 50º Congresso Nacional de Botânica, Blumenau
– SC, 1999: “Maturação Fisiológica de Sementes de Amarelão”, (autores:
J. L. Firmino e J. P. Silva)
* Artigo científico aceito: “Efeito da cobertura sobre a emergência e
desenvolvimento de plântulas de Aspidosperma vargasii A. DC. -
Apocynaceae”. Revista Brasileira de Sementes, (autores: J.L. Firmino e M.
C. Almeida).
* 2 resumos apresentados no 50° Congresso Nacional de Botânica,
Blumenau – SC, 1999: “Maturação e qualidade fisiológica de sementes de
Tabebuia serratifolia (Vahl) Nichol”, (autores: O.C. Rigamonte-Azevedo, J.L.
Firmino e N.M.C. de Paula); “Classificação de espécies tropicais
amazônicas em grupos sucessionais para geração de modelos de sistemas
agroflorestais com alta diversidade”, (autores: A.D. Souza, P.Y. Kageyama,
N.M.C. de Paula, D. Apude, O.C. Rigamonte-Azevedo, N.T. Boufleuer, R.
da Silva Oliveira e P.F. Albuquerque).
* 8 resumos apresentados no Seminário de Inicição Científica PIBIC/CNPq/
UFAC, Rio Branco-AC, 1999: “Estudos fenólogicos de três espécies
arbóreas: Hevea brasiliensis M. Arg. (seringueira), Cordia goeldiana Huber
(freijó) e Cordia alliodora R.F. Chaw (freijó preto)”, (autores: I.F. Bezerra,
A.M.A. Oliveira e N.M.C. de Paula); “Estudo fenológico de espécies
florestais da Amazônia: Bertholletia excelsa H. (Lecythidaceae), Chorisia
speciosa Sp. Hill. (Bombacaceae)”, (autores: R.C. Souza e A.M.A. Oliveira);
Avaliaçes fenológicas de quatro espécies arbóreas: Inga calantha Ducke
(Mimosaceae), Hymenaea parvifolia Huber, Hymenaea coubaril L. e Copaifera
multijuga Hayne (Caesalpiniaceae)”, (autores: S.C.B. Almeida e H.
Küchmeister); “Acompanhamento fenológico e duas espécies arbóreas:
Tetragastris altissima (Aublet) Swartz. (Burseraceae) e Carapa guianensis
Aublet (Melicaceae)”, (autores: A.C.C. Silva e H. Küchmeister); “Avaliaçes
fenológicas de duas espécies arbóreas: Apuleia leiocarpa (Vog.) Macbr
(Caesalpiniacae) e Dypterix ferrea Ducke (Fabaceae)”, (autores: D.L. Amaral
Junior e H. Küchmeister); “Quantificação biológica de recursos vegetais
úteis em área de terra firme na Reserva extrativista Chico Mendes”,
(autores: O. S. Torres e C. Ehringhaus); “ Quantificação biológica de
recursos vegetais em área de baixio na Reserva Extrativista Chico Mendes”,
(autores: E. Barth e C. Ehringhaus).
418
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
* 1 resumo apresentado no Congresso Internacional de Botânica em St Louis,
EUA, 1999: “The complementary role of euglossine bees in Geonoma-
pollination”, H. Küchmeister.
* Publicações em andamento: 2 artigos, “Calendário fenológico de espécies
florestais com interesse ecológico e econômico da Amazônia”, “Avaliação
da influência do clima sobre a biologia reprodutiva de Schizolobium
amazonicum Ducke e Tabernaemontana heterophyla Vahl” e 1 cartilha “Da
flor à muda”.
c. técnicas de manejo e enriquecimento de florestas naturais.
* 3 informativos das IAPs - Ilhas de Alta Produtividade(jun, ago e set).
* 2 trabalhos apresentados no Seminário/Workshop Seringueira na
Amazônia: “Situação Atual e Perspectivas: Ilhas de Alta Produtividade
(IAPs) - uma alternativa para plantio de seringueira no Acre” (autores:
Furtado, E.L., P. L. Kageyama, A. D. Souza, J.D. Costa) e “Ilhas de Alta
Produtividade: uma proposta de manejo neoextrativista” (autores: Souza,
A. D., P.Y.Kageyama, E.L. Furtado, F. Michellotti).
* 2 trabalhos apresentados em Seminário sobre Seringueira, Brasil, Belém-
PA, 1998: “Ilhas de Alta produtividade: uma proposta de manejo
neoextrativista”, (autores: A. D. Souza, P. Kageyama, E. Furtado, E.
Michellotti) e “Ilhas de Alta produtividade (IAP’s – uma alternativa para
o plantio de seringueira no Acre”, (autores: E. Furtado, P. Kageyama, A. D.
Souza, J. D. Costa).
3. EXTENSÃO E CAPACITAÇÃO
a. Difusão de conhecimentos e capacitação de produtores e público em
geral.
* Foram realizados 53 cursos de curta duração, totalizando 1450 horas de
aula e 32.695 pessoas-horas.
* 1.136 pessoas foram capacitadas em sistemas agroflorestais, ilhas de alta
produtividade, implantação de viveiros e produção de mudas, educação
ambiental e arborização, uso de GPS, mapeamento de recursos naturais,
uso de imagens de satélite e sensoriamento remoto, técnicas de coleta de
material botânico, armazenamento de sementes e planejamento
agroflorestal em 8 Municípios do Estado.
* Difusão dos conhecimentos gerados na pesquisa sobre uso do fogo no
Encontro de Universidades para Desenvolver um Programa de Mudanças
Globais Relacionadas ao Uso da Terra na Amazônia Sul-Ocidental, que
contou com a participação de 17 instituições de fomento, acadêmicas e de
pesquisa da Bolívia, Brasil, Perú e os Estados Unidos; bem como na
Reunião do Conselho Diretor da UNAMAZ – Associação de Universidades
Amazônicas atingindo 14 pessoas de 6 países(Bolívia, Colômbia,
419
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
Suriname, Guyana, Venezuela e Brasil). I.F. Brown, E. Mendoza.
* Apresentação do Trabalho sobre Capacitação de Populações Tradicionais
para Manejo de Recursos Naturais: de Imagens de Satélite e Inventários
Florestais na Reserva Extrativista Chico Mendes, Acre, Brasil. A.
Alechandre, e I.F. Brown, na Universidade de Florida, Gainesville, Florida
EUA. No Simpósio sobre o uso da floresta e da terra na Amazônia, 26 de
março.
* 2 palestras sobre Mudanças Globais e Desenvolvimento Sustentável em
dois estados: São Paulo e Rio de Janeiro.
b. Capacitação multidisciplinar de profissionais.
* Treinamento em “Gerenciamento e manejo de florestas: extração
madeireira de impacto reduzido”/FFT/Santarém/PA. Participante: Silvia
Brilhante.
Uma pessoa treinada em “Metodologia para determinação da
susceptibilidade ao fogo em floresta primária” IPAM-WHRC/
Paragominas/PA. Participante: Elsa Mendoza.
* Duas pessoas enviadas para a “Oficina sobre o plano de desenvolvimento
do Panaflora, Porto Velho,RO. Participantes: C. V. A. Gomes, A. S.
Alechandre.
* Participação no Curso Internacional de Técnicas de Herbário em Manaus,
Novembro de 1998. Participante: Daisy A. G. Pereira.
* Treinamento no Centro de Pesquisa de Wood Hole em Respiração do Solo
(fluxo de CO
2
) e sensoriamento remoto. Participante: Cleber Salimon
* Treinamento em “Utilização de Imagem de Satélite NOOA”, de 9-16 de
março, Lima/Peru. Participantes: A. Alechandre e E. Mendoza.
* Participação no Programa LEAD (Lideranças para o Desenvolvimento
Sustentado), Canadá (set/98) e China (out/98). Participante: Luís Menezes
Filho.
* Treinamento no Curso COSE-LBA, Manaus (12-25/out/98): Thomas
Ludewigs.
* Treinamento no Curso “Fluxo de CO
2
” de 14-26/jun, em Brasília: Elsa
Mendoza, Cleber Salimon e William Melo.
c. Difusão de conhecimento para Prefeituras e Governo estadual.
* Mobilização da população de Rio Branco no evento organizado pelo
Parque Zoobotânico, na praça Plácido de Castro, com participação de 8
entidades públicas do Estado, referente ao tema de “Uso do fogo: suas
conseqüências no Estado do Acre”, com participação de 3 escolas da rede
estadual. (mês de julho/99) E. Mendoza, F.C. M. de Lima, D. Selhorst, J.P.
Silva.
* 4 palestras sobre “Uso do fogo”, para professores da rede estadual.
* Interação com o Instituto do Meio Ambiente do Acre - IMAC, em várias
420
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
atividades como: previsão da fumaça durante a visita do presidente
Fernando Henrique Cardoso ao Acre (20 de agosto de 1999), uso dos
resultados da pesquisa sobre uso do fogo e assessoria no Zoneamento
Ecológico e Econômico do Estado do Acre.
* Interação com a Secretaria de Produção e Secretaria Executiva de Floresta
e Extrativismo, na capacitação dos técnicos destas entidades em uso de
GPS e mapeamento de recursos naturais, palestras sobre uso do fogo.
* I Seminário para as prefeituras com a finalidade de divulgar os
conhecimentos gerados e como resultado obteve-se maior interação com
as mesmas, conseguindo promover a difusão destes conhecimentos através
de cursos de curta duração para 8 municípios do Estado.
VI – IMPACTOS
1. IMPACTOS JUNTO À POPULAÇÃO/INSTITUIÇÃO ALVO
* 4 palestras sobre uso do fogo atingindo 50 agricultores, 20 técnicos e 22
professores da rede estadual.
* Apresentação dos resultados da pesquisa sobre uso do fogo, solicitada
por 3 instituições do Estado e ONG’s (IMAC, PESACRE e SEE), atingindo
50 pessoas.
* Consientização da população da cidade de Rio Branco sobre o uso do
fogo e suas consequências no meio ambiente no Estado do Acre,
mobilizando parte da população.
* Inclusão de 4 pesquisas no Programa do Governo Estadual: 1.“Ilhas de
Alta Produtividade”, 2.“Sistemas Agroflorestais”, 3.“Copaíba”,
4.“Exploração Madeireira”.
* 53 cursos de curta duração
* 1.136 participantes ( em 8 Municípios e dois Estados: PA e AM)
* 1.450 horas ministradas
* 32.695 pessoas-horas
* Interação com 19 instituições nacionais, internacionais, governamentais
e ONG’s
* Consultoria no “Proyecto Castañales” em Puerto Maldonado, Peru, sobre
Ecologia da polinização da castanheira ( Bertholletia escelsa HBK),
ensinando a metodologia de estudos da polinização. 1 semana,
capacitando 5 pessoas de outro país.
* Assessoria para o Governo Estadual: Definição de uma política de crédito
agrícola para os extrativistas; Definição da Política Florestal do Estado;
Elaboração da Agenda Positiva para o Acre; Zoneamento Econômico e
Ecológico do Estado; Grupo de trabalho para estruturação da Escola
Técnica da Floresta.
421
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
2. IMPACTOS CIENTÍFICOS E TECNOLÓGICOS
* Artigo “Large-scale impoverishment of Amazonian forests by logging
and fire” da Revista Nature sobre uso do fogo publicado e solicitado por
5 instituições (IMAC, IBAMA, SEE, UFAC e Corpo de Bombeiros) atingindo
40 pessoas. A nível internacional UNALM (Perú) e UAP (Bolivia),
atingindo 10 pessoas.
* Artigo sobre Efeito do Substrato e da Profundidade de Semeadura em
sementes de amarelão, submetido e aceito pela Revista Brasileira de
Sementes.
* 3 reuniões com líderes dos seringueiros, comunidade acadêmica da UFAC
e comunidade do Seringal Paumari do Município de Xapuri, sobre
Técnicas de sensoriamento remoto e sistema de informações geográficas
(SIG) para o estudo da ocupação do espaço físico e dos tipos florestais da
Reserva Extrativista Chico Mendes, Estado do Acre.
* Qualificação de recursos humanos:
Doutorandos:
1. Marcos Silveira – UnB
2. Nivia M. P. Fernandes - INPA
3. Cleber Salimon – CENA/USP
4. Marilene Almeida – UNESP/Rio Claro - SP
Mestrandos:
1. Hiromi Sassagawa - INPE (concluído em maio 99)
2. Marilene Almeida - UFAC (concluído em março de 99)
3. Silvia Brilhante - UFAC (em conclusão)
4. Andréa Alechandre - UFAC (em conclusão)
5. Elsa Mendoza - UFAC (iniciando)
6. Onofra Cleusa Rigamonte – UFAC (iniciando)
7. Neuza T. Boufleuer – UFAC ( iniciando)
8. Daisy Gomes - UFAC ( iniciando)
9. Atila Oliveira - INPA (para concluir em março de 2000)
10. Elektra Rocha – USP/São Carlos (iniciando)
* Apresentação dos resultados sobre impacto do uso da terra na Reunião
do Conselho Diretor da UNAMAZ – Associação de Universidades
Amazônicas. Atingindo 14 pessoas de 6 países (Bolívia, Colômbia,
Suriname, Guyana, Venezuela e Brasil).
* Trabalho sobre Capacitação de Populações Tradicionais para Manejo de
Recursos Naturais: de Imagens de Satélite e Inventários Florestais na
Reserva Extrativista Chico Mendes, Acre, Brasil. A. Alechandre, e I.F.
Brown. Solicitado para apresentação na Universidade de Florida,
Gainesville, Florida EUA. No Simpósio sobre o uso da floresta e da terra
na Amazônia, 26 de março de 1999.
422
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
* 2 palestras ministradas sobre Mudanças Globais e Desenvolvimento
Sustentável em dois estados: São Paulo e Rio de Janeiro – I. F. Brown.
* Publicações Científicas:
- 4 cartilhas
- 1 capítulo “Extractive Reserves and Participatory Research as Factors
in the Biogeochemestry of the Amazon Basin”
- 3 informativos das IAPs – Ilhas de Alta Produtividade
- 46 resumos apresentados em Congressos
- 4 artigos em jornais locais
- 1 artigo escrito não submetido
- 3 artigos submetidos
- 1 artigo aceito
- 4 artigos no prelo até dezembro.
- 5 artigos publicados
3. OUTROS IMPACTOS
* Maior envolvimento de órgãos governamentais no planejamento de
ocupação e gestão de recursos naturais: Incorporação recente de 5 membros
de nossa equipe no Governo Estadual:
* Incorporação de 5 pessoas da equipe no Governo Estadual:
1. Silvia Helena Brilhante, Coordenadora do Projeto de Elaboração de
uma Política Florestal madeireira do Estado do Acre. Secretaria
Executiva de Floresta e Extrativismo (SEFE).
2. Arthur Leite,Coordenador do Programa de Desenvolvimento da
Cadeia Produtiva de produtos Florestais: Borracha e Castanha –
SEFE.
3. Alexandre Sousa Dias, Chefe de Departamento de Assentamentos
Extrativistas e Agroflorestais.
4. Carlos Edgard de Deus, Secretário Estadual de Ciência, Tecnologia e
Meio Ambiente, Diretor do Instituto do Meio Ambiente do Acre.
5. Luis Carlos de L. Meneses. Assessor na Secretaria Estadual de
Produção.
* Aumento da cooperação científica nacional e internacional: Encontro de
Universidades para Desenvolver um Programa de Mudanças Globais
relacionadas ao uso da terra na Amazônia Ocidental, participação de 17
instituições acadêmicas, de pesquisa e fomento de três países.
* Apresentação dos resultados das pesquisas sobre impacto do uso da terra
no Encontro de Universidades (Brasil, Peru e Bolivia) sobre Mudanças
Globais relacionadas ao uso da terra, surgindo como consequência a
Declaração de Rio Branco sobre Mudanças Globais, que faz recomendações
para o desenvolvimento das pesquisas nos três países, atingindo 33
pessoas de 17 instituições acadêmicas, de pesquisa e fomento dos três
países.
423
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
* Assessoria para o Instituto de Meio Ambiente (IMAC) para determinar a
origem da fumaça e preparação do material usado na reportagem no Jornal
Nacional 21/08/99.
VII - REFERÊNCIAS BILBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, V.C. Fenologia de Essências Florestais Amazônicas I.- Boletim do INPA.
Manaus-AM, (Pesquisas Florestais no. 04) 1970.
BROWER, J.E.; ZAR, J.H. Field & Laboratory methods for general ecology. 2a ed.,
W.C.B. Publishers. 266p. 1984.
BROWN, I.F.; NEPSTAD, D.C.; PIRES, I., LUZ, L.; ALECHANDRE, A. Carbon
storage and land-use in extractive reserves, Acre, Brazil. Environmental
Conservation 19(4): 307-315. 1992a.
BROWN, I.F., IRVINE D., MacDONALD, T.; GONZALES N.; BASTIDAS I.
Applications of geochemistry and training programs for indigenous land-
use planning in the Ecuadorian Amazon. Interciência 17(5):284-292. 1992b.
BROWN, I.F., MARTINELLI, L.A., THOMAS, W.W. MOREIRA, M.Z., FERREIRA,;
VICTORIA, R.A. Uncertainty in the biomass of Amazonian forests: an example
from Rondônia, Brazil. Forest Ecology and Management. 75: 175 – 189.1995a.
BROWN, I.F., TURCQ, B. ; ALECHANDRE A. Teaching concepts of accuracy,
precision, and opportunity cost in environmental sciences: arms, legs, and
significant figures. Ciência e Cultura. 47(1/2):41-44.1995b.
CHEE, K. H. South american laef blight of Hevea Brasiliensis: spore dispersal of
Microcylus Ulei. Ann. Appl. of Bio., Cambridge, vol. 84: n2, p. 147 – 152. 1976.
KERSHAW, K.A. Quantitative and dynamic plant ecology. 2a ed. London, Edward
Amold. 308p. 1980.
KREBS, C.J. Ecological Methodology. New York, Haper Collins Publishers. 1989.
RODRIGUES, S.A., OLIVEIRA, A.C. de, MORAES, N.M., FRANÇA, V.M.,
SILVEIRA, M.; BROWN, I.F. Acúmulo de biomassa em florestas secundárias
no estado do Acre. Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Reunião
Anual 1995. São Luis. Anais. 1995.
SASSAGAWA, H.S.Y., OLIVEIRA, M. do S. S. de, GOMES, C.V. A., ALECHANDRE,
A.S.; BROWN, I.F. O uso do GPS em atividades de mapeamento com a
comunidade da Reserva Extrativista Chico Mendes, Acre. Congresso da
Sociedade Brasileira de Cartografia. 17. Anais. Salvador - BA. 1995a.
SASSAGAWA, H.S.Y., ALECHANDRE, A.S., BROWN, I.F., GOMES, C.V.A.,
Oliveira, M. do S. S. de; AQUINO, M.A. de. Mapeamento do uso da terra por
comunidades da Reserva Extrativista Chico Mendes, Acre. Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência. Reunião Anual 1995. São Luis. Anais.
1995b
SEPLAN. Secretária de Estado de Planejamento. Programa Estadual de
Zoneamento Ecológico-Econômico do Acre. Rio Branco: SEPLAN, 1993. 78 p.
SIMONS, A.J. & DUNSDON, A.J. Evaluation of the potencial for genetic
improvement of Gliricidia sepim. Oxford, Oxford Forestry Institute. 1992.
176p.
424
Alterações Biofísicas Associadas ao uso de
Atividades Agrícolas na Amazônia Oriental
EQUIPE
COMPOSIÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA ORIGINAL
Irving Foster Brown - PhD, U. Northwest, 1981
José Antônio Scarcello – MSc, UFF, Brasil, 1994
Luis Carlos de L. Meneses – Especialista, ESALQ, Brasil, 1993
Marilene de Campos Almeida - MSc, UFAC, Brasil, 1998
Juari Paulo da Silva – Tecnólogo, UFAC, Brasil, 1979
Marcos Silveira – MSc, UFPR, Brasil, 1993
Hiromi Suzana Y. Sassagawa – MSc, UFAC, Brasil, 1999
Nívia Maria de Paula Fernandes – MSc, INPA/FUA, Brasil, 1990
Lucimar de Araújo Ferreira – Especialista, UFAC, Brasil, 1994
Eufran Ferreira do Amaral – Especialista, UFAC, Brasil, 1993
Francisca Cristina M. de Lima – Especialista, UFMT, Brasil, 1993
EQUIPE TÉCNICA COMPLEMENTAR
Ana Maria Alves de Oliveira - Profª. Drª. PZ/UFAC
Andréa S. Alechandre – Especialista PZ/ UFAC
Silvia Brilhante – Graduada PZ/UFAC
Elsa Mendoza – Especialista IPAM/PZ/UFAC
Pedro Albuquerque Ferraz – Especialista PZ/UFAC
Alexandre D. Souza – Especialista PZ/UFAC
João L. Firmino – MSc. INPA/UFAC
Thomas Ludewigs – MSc. PZ/UFAC
Arthur Leite – Especialista PZ/UFAC
Paulo H. da Costa Andrade – Especialista PZ/UFAC
Nilson A. Brilhante – Técnico Agrícola PZ/UFAC
Débora Almeida – Graduada PZ/UFAC
Heike Küchmeiter – Dra. PZ/UFAC
Vilma Maria Bessa Lopes –MSc. PZ/UFAC
Christiane Ehringhaus – MSc. PZ/UFAC
Fabiana Peneireiro – MSc. PZ/UFAC
Cleber I. Salimon – MSc. PZ/UFAC
Elektra Rocha – Graduada PZ/UFAC
Daisy Gomes Pereira – Especialista PZ/UFAC
William Flores de Mello – Graduado PZ/UFAC
Carlos Edgar de Deus – MSc. PZ/UFAC
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo