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1 - RELAT
Ó
RI
O
Em ofício endereçado a este Conselho, o Reitor da PUC/RJ
solicita alteração dos prazos máximo e mínimo de conclusão do curso de
Tecnologo em Processamento de Dados. Entre os elemen tos constantes da
justificativa, podemos alinhar os seguintes:
1) Desde sua implantação, em 1973, foi impossível se guir a
sugestão do projeto 19, que aconselhava três períodos anuais(três trimestres
de 12 semanas); 2) Em 1977, a PUC/RJ rea lizou uma reavaliação do currículo
pleno do curso, com modificações academicas (ver anexo) que fixaram o prazo
mínimo em dois anos e meio, pela ne cessidade de um sistema de pré-
requisitos. que visava a preparar o aluno gradativamente para os estágios e
para atuar no mercado como profissional. Assim, um aluno com problemas de
ordem profissional ou familiar que não possa cursar o período de verão, e que
limite sua escolha de disciplinas no periodo regular, tem que ter em média 20
horas de aulas semanais para poder terminar o curso no tempo má cimo
permitido(4 anos), sem direito a nenhuma reprovação ou tranca mento de
matricula; 3) O alunado do curso mencionado vem mudando de perfil desde a sua
origem, sobretudo a partir de 1977, quando talvez nem 50% fossem profissionais
da área e há uma grande incidência de alunos mais imaturos. Cada aluno tem
que ter disponíveis
Arnaldo Niskie
r
Alteração dos prazos máximo e mínimo de conclusão do curso de
Tecnólogo em Processamento de Dados
Ponti
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ícia Universidade Cat
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ica do Rio de Janeiro
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3. - Voto do Relator
Em razão de todas estas considerações, o Relator vo
ta favoravelmente a extensão dos prazos minimo e máximo de integra
lização do Curso de Tecnologo em Processamento de Dados da PUC/RJ,
2 - Conclusão
Tendo em vista que o curso de Formação de Tecnólogos em
Processamento de Dados passa a necessitar hoje da introdução de
conteúdos curriculares mais amplos e de um aumento no tempo dedi cado
ao treinamento prático e ainda que o mercado de trabalho absorve os
alunos ainda durante o curso, impedindo-os de manter o ritmo de seus
requisitos curriculares; considerando ainda que a execução de
atividades era ambiente real de trabalho dmrante o cur so é altamente
desejável, profissional e academicamente o ainda a credibilidade da
instituição em causa, somos favoráveis a alteração pretendida.
pelo menos, para cada hora de aula, uma hora para estudo e uma ho ra
para exercícios no computador. Existe assim uma necessidade de 81
horas semanais para o aluno que pretenda terminar o curso em dois
anos e meio e de 60 horas semanais para o aluno que pretenda terminar
no tempo maximo(4 anos), o que torna a conclusão do curso impossível
para um grande número de bons alunos.
1 - RELAT
Ó
RI
O
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Brasília, 3 de maio de 1988
respectivamente para 3 e 6 anos.
A Câmara de Ensino Superior, 2º Grupo, acompanha o voto
do Relator.
1 - RELAT
Ó
RI
O
O Curso de Formação de Tecnólogos em Processamen
to de Dados da Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro vem solicitar o aumento de seus prazos mínimo e má
ximo. Solicita-se gue o prazo mínimo para conclusão do cur
so seja de 3 anos e o prazo máximo de 6 anos.
Apresentam-se a seguir os motivos:
1) Desde sua implantação, em 1973, foi impossível
seguir a sugestão do projeto 19, que aconselhava 3 períodos
anuais (3 trimestres de 12 semanas).
Aquele procedimento isolaria o curso do resto da
Universidade, impedindo os alunos de conviverem com seus
colegas de outras áreas em disciplinas de uso comum (Cultu
ra Religiosa, Estudo de Problemas Brasileiros, Educação Fí
sica, Ciências Jurídicas, Eletivas Culturais, etc), fugin
do do conceito fundamental de Universidade. Dividiu-se en
tão o ano em 3 períodos, sendo 2 regulares (de 90 dias de
aulas cada) e 1 de verão (30 dias de aula em que cada dis
ciplina teria o triplo da carga horária semanal).
Essa periodização impede que disciplinas com mai
or número de créditos sejam oferecidas fora dos períodos
regulares. Disciplinas das áreas de Linguagens e Técnicas
de Programação, Matemática e Estatística, Administração,
Sistemas de Computação, e Análise e Projeto de Sistemas nun
ca podem nem poderiam ser oferecidas no período de verão.
2) Como foi mencionado, o curso teve seu início
em 1973, e, a partir de 1977, houve a definição por parte
do CFE do currículo mínimo do Curso de Tecnólogo, Em 1978,
já com a experiência de 5 anos de curso, e tendo alunos a
tuando no mercado há dois anos e meio, como profissionais,
teve a PUC/RJ condições para uma reavaliação do currículo
pleno do curso, levando a modificações acadêmicas que fixa
ram o prazo mínimo em dois anos e meio, pela necessidade
de um sistema de pré-requisitos, que visava preparar o alu
no gradativamente para os Estágios e para atuar no mercado
como profissional.
Durante os anos seguintes foram feitas outras al
terações no conteúdo das disciplinas e incluídas novas dis
ciplinas, que atendiam a necessidade de excelência acadêmi
ca de alunos que iriam atuar no mercado já então mais exi
gente e complexo da Cidade do Rio de Janeiro, e às necessida
des de abranger novas tecnologias.
É apresentada nos quadros abaixo a evolução do nu
mero de créditos e horas aula do curso (quadro A) e das mo
dificações introduzidas no currículo pleno do curso, nas á
reas de Linguagens e Técnicas de Programação, Sistemas de
Computação, Análise e Projeto de Sistemas e Matemática e
Matemática e Estatística (Quadro B).
QUADRO A
ANO 1973 1978 1981 1987
CRÉDITOS
120 124 134 144
TOTAL DE
TORAS
1800 1890 2355 2385
QUADRO B
Comparação entre o currículo mínimo do Curso de
Formação de Tecnólogos em Processamento de Dados, e o cur
rículo Pleno da Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro, com a introdução de conteúdos curriculares mais am
plos.
Currículo Mínimo - Matéria nº 1
Linguagem e Técnicas de Programação
Linguagens do tipo Algol / Fortran / Cobol, algoritmos, do
cumentação, estruturas de informação, utilização de arqui
vos e técnicas especiais. Deverá ser dada ênfase especial à
utilização do computador com a realização de exercícios
práticos.
Linguagens e Técnicas e Técnicas de Programação I
Linguagens e Técnicas de Programação II
Linguagens e Técnicas de Programação IV Estrutura
de Informação Laboratório de Programação I
Laboratório de Programação II Tópicos Avançados
em Computação Tópicos Avançados em Programação
Novos Conteúdos Curriculares: Projeto de sistemas on-line u
tilizando linguagem COBOL / Metodologia e Aspectos Gerais da
Programação. Recursos complementares da Linguagem COBOL:
Comandos especiais, compactação, Report Writer, subrotinas,
Registros variáveis, ISAM, BSAM; BDAM e VSAM. / Estrutura de
Dados: Estruturas Primitivas. Estruturas em alocação sequen
cial: Pilhas, Filas e Deques. Estruturas em alocação enca
deada: Pilhas, Filas. Listas circulares. Listas duplamen te
encadeadas. Estruturas multiencadeadas. Matrizes espar sas.
Árvores: Árvores binárias, Árvores de busca, Árvores com
costura, Arvores B. Métodos de ordenação. Métodos de
Pesquisa. / Microprogramação / Programação Assembler / Proces
samento Gráfico / Lógica de Construção de Programas / Intro
dução ao MUMPS / Recursividade.
Currículo Mínimo - Matéria nº 1
Matemática e Estatística
Elementos de cálculo e álgebra linear, noções da Teoria das
probabilidades, estatística descritiva, inferência estatís
tica e análise da variância e da Regressão. Deverá ser da da
ênfase especial à utilização do computador no desenvolvi
mento de exercícios.
Currículo Pleno
Matemática para Computação I
Matemática para Computação II
Matemática para Computação III
Estatística
Novos Conteúdos : Relações binárias: ordem, indução, dígra
fos, árvores, equivalência, partições, Funções definidas in
dutivamente. Função injetora, sobrejetora, bijetora, fun ção
inversa, composição. Sequências. Contagem e Análise de
algoritmo: Técnicas de contagem, conjuntos finitos, cardi
nalidade. Permutações e combinações. Comportamento assinto
tico de funções. Dominação assintótica. Função ordem. O (1),
o (log n), o (n), o (n log n), o (n!). Análise de Al
goritmo.
Currículo Mínimo - Matéria nº 4
Sistemas de Computação
Funcionamento do computador, campos de aplicação, sistemas
operacionais e seus componentes, compiladores e utilitários,
tipos de processamento, programas utilitários, organização de
arquivos, métodos de processo, banco de dados, noções de
transmissão de dados.
Currículo Pleno
Organização de Computadores
Sistemas de Programação I
Linguagens e Técnicas de Programação III
Tópicos Avançados em Computação
Tópicos Avançados em Programação
Novos Conteúdos Curriculares:
Arquiteturas de Sistemas de Bancos de Dados. Esquema con
ceitual. Modelo de Entidades e Relacionamentos. Esquema
Quadro B (folha 4)
externo. Modelos terno. Modelos de Dados: hierárquico, rede e relacional. de Dados: hierárquico, rede e relacional.
Linguagens de manipulação de dados. Projeto lógico de Ban cos de
Dados: normalização e mapeamento. / Microinformáti ca, hardware e
software característicos, tendências, situa ção nacional / Sistema
Operacional UNIX, Linguagem C, apre sentação do CP/M. /Conceitos
de Sistemas Operacionais, Ge rência de Processador, Processos
concorrentes, Função e com ponentes de um sistema operacional,
Princípios de Avaliação de desempenho / Construção de
compiladores.
Currículo Mínimo - Matéria nº 5
Análise e Projeto de Sistemas de Processamento de Dados
Levantamento das necessidades, análise do sistema existente,
estudo de viabilidade, seleção de equipamento e de programas,
concepção do novo sistema, organização e métodos, projeto do
sistema (entrada, saída, arquivos), definição de programas,
simulação de implantação, manutenção e documentação.
Currículo Pleno
Introdução à Análise Análise e Projeto
de Sistemas I Análise e Projeto de
Sistemas II Análise e Projeto de
Sistemas III Seminário de Processamento
de Dados Tópicos Avançados em Computação
Novos Conteúdos: O meio profissional; formação de recursos
humanos. Política Nacional de Informática. Evolução da In
formática. Capacidade instalada no país. / Metodologias
Estruturadas. Dicionário de Dados e técnicas de especifi cação
de processos. / Segurança e Controle / Sistemas de Apoio a
Decisão / Avaliação de Recursos / Protótipos / Aná lise de Dados
/ Projeto de Arquivos / Sistemas de Controle de Processos.
Desde 1981, portanto, o curso, mesmo no tempo mé
dio de 2 anos e meio, exige que o aluno faça, pelo menos, em
cada período de verão, 30 horas semanais (10 créditos) e, em
média, 27 horas / aula semanais em cada período regular. Um
aluno com problemas de ordem profissional ou familiar que o
impeçam de cursar o período de verão, e que limitem sua esco
lha de disciplinas no período regular, tem que ter em média
20 horas de aula semanais para poder terminar o curso no tem
po máximo permitido (4 anos), sem direito a nenhuma reprova
ção ou trancamento de disciplina.
3) O alunado
Desde sua implantação, vem mudando o alunado do
curso. No início (até 1977) havia, ao lado de alguns exce
lentes alunos que vinham diretamente do ensino médio e con
seguiam se formar com louvor, mais dois tipos característi
cos de alunos: os profissionais da área (programadores e o
peradores) que vinham fazer o curso para ter acesso à área
de analise em seus empregos, e alunos que já haviam tentado
com insucesso outros cursos, e que se dirigiam ao curso de
Tecnólogos atraídos por sua curta duração.
O resultado foi o seguinte: Os profissionais da
área, (mais de 50% do alunado), por sua experiência e matu
ridade, conseguiam, pelo menos em sua maioria, levar o cur
so a seu termo, apesar das dificuldades que um horário de 16
às 22 horas causava em suas vidas profissionais. Eram, no
entanto, profissionais com uma certa estabilidade em seus
empregos, dos quais recebiam estímulo e horas livres pa ra
frequentar o curso. A parte de exercícios práticos com a
utilização do computador podia ser feita em seus próprios
empregos.
Os excelentes alunos que vinham do ensino médio
(os poucos que tinham acesso à informação da existência do
curso), geralmente os primeiros colocados no vestibular, con
seguiam fazer o curso, com bastante dificuldade, pois a á
rea era completamente nova e desconhecida para eles. Mesmo
assim chegou-se a colocar no mercado alguns analistas com 18
ou 19 anos, que até hoje atuam com brilhantismo em empre sas
estatais (Caixa Económica, IBGE, Serpro, Eletrobrás, Ma
rinha, Proderj etc) ou particulares (VARIG, Banco Nacional,
Medidata, SPI, SPA, etc).
O terceiro tipo de aluno nao conseguiu levar a
bom termo o curso. No entanto, alguns desses alunos, ape
sar de terem abandonado o curso por impossibilidade de a
companhar os estudos, aproveitaram a oportunidade das dis
ciplinas de Linguagens e Técnicas de Programação dos pri
meiros períodos e atuam no mercado como programadores.
A partir de 1977 a situação se alterou. Talvez nem
50% dos alunos fossem profissionais da área, e a maio ria dos
alunos vinham diretamente do ensino médio. A cau sa disso
foi a divulgação maior da existência do curso (di vulgação
que não partiu da Universidade, mas do próprio mer cado) e
maior procura por alunos que completavam o ensino médio.
Atualmente a situação esta estabilizada. O curso passou a
atrair tipicamente o aluno recém saído do ensino médio, e, se
há 10% de profissionais da área em cada turma, isso é fruto
da tenacidade desses profissionais, tentando sucessivamente
vários vestibulares, até conseguir aprova ção e
classificação em concorrência com alunos com melhor formação,
disputando com outros 10 candidatos cada vaga (O Curso de
Formação de Tecnólogos em Processamento de Dados é o curso
com a maior relação candidato/vaga que tem a PUC) .
O curso tem, atualmente, alunos mais preparados e
com maior base em Matemática, mas, também, alunos mais i
maturos, num meio em que encontram colegas também imaturos.
Sua adaptação ao curso é mais difícil, e vê-se, não raro,
excelentes alunos sendo reprovados em disciplinas básicas
de primeiro período, especialmente nas primeiras discipli
nas das matérias Linguagens e Técnicas de Programação e
Sistemas de Computação (matérias básicas do Currículo Mini
mo)
A partir do 2º ou 3º período os alunos são esti
mulados a procurar estágios, pois o estágio profissionali
zante (diferenciado da disciplina Estágio Supervisionado
que o aluno só pode causar a partir do 4º período e depois
IV - DECISÃO DO PLENÁRIO
O Plenário do Conselho Federal de Educação aprovou , por unanimidade, a
Conclusão da Câmara.
Sala Barretto Filho , em 03 de 05 de 1988
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