( PDF ) Parecer CFE/CESu (n.508/1982)

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- Dimensão e Qualificação: "Tamanho e composi-

ção adequados. Qualificação excelente, vários

de seus professores sendo expoentes da antro-

pologia brasileira, reconhecidos internacio-

na1mente".

- Endogenia: "0 corpo docente tem formaçãodiver

1 - Corpo Docente

Com o objetivo de fornecer subsídios ao CFE para

julgamento do mérito do pedido, os Consultores Científicos da

CAPES organizaram um relatório técnico com as seguintes obser

vações:

0 programa de pós-g raduação em Antropologia da Uni_

versidade de Brasília teve início em 1972, com o curso em ní

vel de mestrado, mais tarde credenciado pelo CFE, através do

Parecer nº 3.292/76. No p r i m e i r o semestre de 1981, a institui_

ção deu i nício ao curso em nível de doutorado, so1icitando,em

seguida, seu credenciamento pelo CFE. Posteriormente, tendo em

vista o término do período de credenciamento do mestrado, a

universidade anexou ao processo de doutorado, o pedido de re_

novação de credenciamento de mestrado.

uciano

abral

uarte

Renovação do credenciamento,em nível de Mestrado, do Curso de

Pós-Graduação em Antropologia, área de concentração em Antro

pologia Social e credenciamento, em nível de Doutorado, do Cu_r

so de Pós-Graduação em Antropologia, área de concentração em

Antropologia

ocial e

ultural.

UNIVERSIDADE DE

RAS

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sificada, atendendo de modo correto às várias linhas de

pesquisa em andamento".

- Dedicação ao curso: "Adequada".

- Concentração na área: "Integral".

A relação dos professores com os respectivos "curricula

vitae" constituem o anexo I .

2- Orientação de Dissertações/Teses

- Dependência de orientadores em tempo parcial: "Não depende"

- Relação n? orientandos/n? orientadores: "Privilegiada. Há

espaço para aceitação de novos alunos".

3- Produção Científica Docente

- Publicações (qualidade, volume, regularidade): "Número

razoável de publicações de alto nível".

No período considerado, o corpo docente publicou 8 arti

gos em revistas nacionais e um artigo em revista inter-

nacional .

Em termos de volume, esta produção ocupa o 2]? lugar en tre

os cursos da área existentes no país.

4- Produção Científica Discente

- Dissertações/Teses: "No mestrado, dissertações de ótima

qualidade. No doutorado ainda não há produção".

No período considerado, foram defendidas 4 dissertações

cujos títulos podem ser encontrados no Relatório Anual

do Curso 1980/1981, anexo ao processo.

5- Atividades de Pesquisa

"As linhas de pesquisa em andamento são bem diversificadas e

estão refletidas na escolha das disciplinas ministradas no

período. Várias delas confirmam o papel destacado dos

professores na produção científica da área".

Quanto ao Corpo Discente informa a instituição que: "Exige-se

dos alunos da pós-qraduação tempo inteqral, oferecendo-1hes instalações

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na Universidade onde podem realizar suas atividades de estudos. Neste

sentido, o Programa tem sempre lutado, até agora com êxito, na oferta

de bolsas de estudo, condição necessária para que os alunos se voltem

integralmente para o curso".

Acrescenta a i nda que: "Desde seu infcio, o Curso já for

mou 32 Mestres em Antropologia Social , com o número equivalente de

disse rtacões" .

Os Consultores da CAPES deram ao curso o conceito

afirmando que "o curso de mestrado está consolidado e permite prever o

funcionamento do programa de doutorado de maneira sólida, eficiente e

de garantido padrio de excelência. Este é um dos cursos de ponta no país.

A produçio científica de seus docentes tem contribuído de um m£ do

d e c i s i v o para o desenvolvimento da Antropologia e o conhecimento da

realidade nacional. A sua consolidação estimulou a constituição de

outros centros de ensino e pesquisa no Brasil".

Nos dias 1 , 2 e 3 de setembro de 1 981 , o curso foi v_i_

sitado pelos professores O t ávio Guilherme Velho (Museu Naciona1/UFRJ) e

Peter Henry Fry (UNICAMP) . 0 programa de pôs -graduação em Antropolo

gia, em nível de doutorado, iniciou-se há apenas um semestre as suas

atividades. Assim, sendo, os resultados do seu funcionamento são red^

zidos. A Comissão, portanto, no que diz respeito especificamente ao

curso, concentrou sua atenção na proposta de doutorado e nos resultados

observáveis do seu mestrado.

Em síntese, quanto ao Doutorado, conclui a Comissão,

"não cabe a menor dúvida em propor o credenciamento , devido, basicame^ te

às seguintes considerações:

a) A Universidade de Brasília está solidamente i mp 1 a_n

tada e possui condições ímpares no país no que diz respeito a suas i ns_

talações (ressalte-se a qualidade da sua biblioteca central em funcio

namento 22 horas por dia, a existência plena de condições de trabalho

no local para os al unos, a natureza integrada do seu campu s , a presejn ça

de uma d inâmica editora universitária^ e as condições materiais de

trabalho dos seus docentes;

b) Apesar disso, a Universidade tem tido uma política

exemplarmente cautelosa no que diz respeito a implantação da põs-gra-

duação, que recomenda o atual pedido. Só existem hoje dois doutorados na

Universidade: o de Matemática e, agora, o de Antropologia; e

esse so

nente nove anos após o início do funcionamento do mestrado;

c) 0 corpo docente de Antropologia da UnB está segurameji te,

no seu conjunto, entre os três melhores do país. Conta com uma ex

periência de implantação e administraçio na põs-graduação que se es_

tende para além da UnB na experiência individual dos seus integrantes,

devendo-se ressaltar a presença de uma parte do núcleo fundador dopro

grama de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional (UFRJ) ,

inclusive o seu primeiro coordenador - Prof. Dr. Roberto Cardoso de 0

1 i ve i ra ;

d) o curso de pós-graduação em nível de mestrado encon-tra-

se consolidado, apresentando desempenho satisfatório nas condições

brasileiras;

Convém ressaltar também que o conteúdo das teses de me_s_

trado apresentadas até então reflete saudave1 mente o amplo s pect rum dos

objetos de estudo desenvolvidos pela Antropologia Social no Brasil.

Assim, as teses se endereçam ã problemática indígena, ao negro, is

condições económicas e simbólicas de uma série de comunidades de pes-

cadores e aos problemas do meio ambiente urbano;

e) A proposta está, no seu conjunto, bem estruturada, bu^_

cando campatibilizar, a partir da experiência adquirida, as exigências

legais com a maior flexibilidade possível, tendo como princípio dire-

tor a busca da excelência académica.

II - VOTO DO RELATOR

Em face do exposto, é o Relator de parecer favorável ã re_

novação do credenciamento, em nível de Mestrado, do curso de pós-gra-

duação em Antropologia, área de concentração em Antropologia Social; e

credenciamento, em nível de doutorado, do curso de põs-graduação em

Antropologia, área de concentração em Antropologia Social e Cultural,

pelo prazo de 5(cinco) anos.

MEC/CFE

III- CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Ensino Superior, 2º Grupo, acompanha o voto do

Relator.

Sala de sesões , em 06 de outubro de 1982

RELAÇÃO DOS PROFESSORES DA PÕS-GRADUAÇAO EM ANTROPOLOGIA

(MESTRADO E DOUTORADO)

ALCIDA RITA RAMOS

TITULO: Ph.D, University of Wisconsin, 1972.

ESPECIALIDADE: Etnologia Indígena (esp. Yanohama e Mayongong) , Rela

ções Interétnicas, Organização Social e Parentesco.

XOMERO DE HORAS DEDICADAS AO CURSO: Em condições normais, os pro

fessores em geral dedicam de 10 a 15 horas as atividades de gradua

ção e em torno de 25 a 30 horas ãs atividades de pós-graduação in

cluindo-se: ensino, orientação e pesquisa.

DISCIPLINAS PELAS QUAIS É RESPONSÁVEL: Ecologia Cultural, Análise de

Sistemas Interétnicos, Analise de Comportamento ("decision-ma.

king"), Análise de Sistemas Cognitivos e Etnologia Sulamericana.

ATIVIDADES NO CURSO: ensino, orientação e pesquisa.

JÚLIO CEZAR MELATTI

TÍTULO: Dr., USP, 1970.

ESPECIALIDADE: Etnologia Indígena (esp. Jê e Pano), Análise de Mi^

tos, Estrutura Social, Historia da Antropologia, Análise de Ritos.

NUMERO DE HORAS DEDICADAS AO CURSO: Em condições normais, os pro

fessores em geral dedicam de 10 a 15 horas as atividades de gradua.

ção e em torno de 25 a 30 horas as atividades de põs-graduação in

cluindo-se: ensino, orientação e pesquisa.

DISCIPLINAS PELAS QUAIS Ê* RESPONSÁVEL: Tópicos Especiais em Etnolo

gia, Pesquisa Supervisionada, Antropologia Social Geral, Etnologia

Sulamericana e Etnologia Brasileira.

ATIVIDADES NO CURSO: ensino, orientação e pesquisa.

KLAAS AXEL ANTON WESSEL WOORTMAXX

TÍTULO: Ph.D., Harvard University, 1975.

ESPECIALIDADE: Antropologia Económica, Antropologia Urbana, SocÍ£

dades Camponesas e Nordeste do Brasil.

NÚMERO DE HORAS DEDICADAS AO CURSO: Em condições normais, os pro

fessores em geral dedicam de 10 a 15 horas as atividades de gradua

ção e em torno de 25 a 30 horas as atividades de põs-

graduação in cluindo-se: ensino, orientação e pesquisa.

DISCIPLINAS PELAS QUAIS E RESPONSÁVEL: Antropologia da Saúde, Socie

dades Camponesas, Campesinato e Capitalismo, Antropologia Urbana,

Antropologia Económica, Sistemas Mitológicos e Estudos Etnológicos

Especiais.

ATIVIDADES NO CURSO: ensino, orientação e pesquisa.

LIA ZANOTTA MACHADO

TITULO: Dr., USP, 1980.

ESPECIALIDADE: Antropologia das Sociedades Complexas, Antropologia

Urbana, Estudos de Representação, Analise de Sistemas Ideológicos,

Educação.

NÚMERO DE HORAS DEDICADAS AO CURSO: Em condições normais, os pro

fessores em geral dedicam de 10 a 15 horas as atividades de gradua

ção e em torno de 25 a 50 horas as atividades de pós-graduação in.

cluindo-se: ensino, orientação e pesquisa.

DISCIPLINAS PELAS QUAIS Ê RESPONSÁVEL: Tópicos Especiaisem Método

logia Antropológica, Tópicos Especiais em Antropologia das Sociedji

des Complexas, Antropologia das Sociedades Complexas, Tópicos Esp£

ciais em Problemas Sócio-Culturais e Analise Estruturalista: Siste_

mas Ideológicos.

ATIVIDADES NO CURSO: ensino, orientação, pesquisa e coordenação.

MARIZA GOMES E SOUZA PEIRANO

TÍTULO: Ph.D, Harvard University, 1980.

ESPECIALIDADE: Sistemas Simbólicos, Antropologia da Religião, Teo

ria Antropológica e Antropologia no Brasil.

NÚMERO DE HORAS DEDICADAS AO CURSO: Em condições normais, os prp_

fessores em gerai dedicam de 10 a 15 horas as atividades de gradua

ção e em torno de 25 a 30 horas as atividades de pós-graduação in

cluindo-se: ensino, orientação e pesquisa.

DISCIPLINAS PELAS QUAIS E RESPONSÁVEL: História da Antropologia: E_s

tudos Gerais, Mudança Sócio-Cultural, Métodos e Técnicas de Pesqui_

sa em Antropologia, Ritos Sociais e Análise Situacional.

ATIVIDADES NO CURSO: ensino, orientação e pesquisa.

MIREYA SUAREZ PE SOARES

TITULO: Ph.D, University o£ Cornell, 1979.

ESPECIALIDADE: Campesinato (Área Andina, Meso-América, Centro-

Oeste^ brasileiro), Antropologia Económica e Antropologia

Política.

NÚMERO DE HORAS DEDICADAS AO CURSO: Em condições normais, os pro

fessores em geral dedicam de 10 a 15 horas as atividades de gradua

ção e em torno de 25 a 30 horas as atividades de pós-graduação in

cluindo-se: ensino, orientação e pesquisa.

DISCIPLINAS PELAS QUAIS É RESPONSÁVEL: Sociedades Camponesas, Canpe

sinato e Capitalismo, Patronagem e Dependência e Tópicos Especiais

em Problemas Sócio-Culturais.

ATIVIDADES NO CURSO: ensino, orientação e pesquisa.

PETER LACKLAN SILVERIVOOD-COPE

TÍTULO: Ph.D, University of Cambridge, 1973.

ESPECIALIDADE: Antropologia da Religião, Sistemas Simbólicos, Orga

nização Social e Parentesco, Etnologia Sulamericana, Etnologia do

Sudeste da Ásia e Antropologia Política.

NÚMERO DE HORAS DEDICADAS AO CURSO: Em condições normais, os pro

fessores em geral dedicam de 10 a 15 horas as atividades de graduji

ção e em torno de 25 a 30 horas as atividades de põs-graduação in

cluindo-se: ensino, orientação e pesquisa.

DISCIPLINAS PELAS QUAIS É RESPONSÁVEL: Antropologia da Religião, An

tropologia Política, Análise de Sistemas Simbólicos e Etnologia de

Áreas Extra-Continentais.

ATIVIDADES NO CURSO: ensino, orientação e pesquisa.

ROBERTO CARDOSO DE OLIVEIRA

TÍTULO: Dr., USP, 1966

ESPECIALIDADE: Teoria Antropológica, Relações Interétnicas, SocieJa.

des Complexas, Etnologia Indígena (esp. Sul do Mato Grosso, Alto Rio

Solimões e Meseta Tarasca).

NÚMERO DE HORAS DEDICADAS AO CURSO: Em condições normais, os pro

fessores em geral dedicam de 10 a 15 horas as atividades de gradua.

ção e em torno de 25 a 30 horas as atividades de põs-

graduação,, incluindo-se: ensino, orientação e pesquisa.

' DISCIPLINAS PELAS QUAIS E" RESPONSÁVEL: Tópicos Especiais em Teo

rias Antropológicas, Indivíduo e Sociedade, História da Antropolo

gia: Tópicos Especiaisê Análise de Sistemas Interetnicos.

ATIVIDADES NO CURSO: ensino, orientação e pesquisa.

ROQUE DE BARROS LARAlA

TITULO: Dr., USP, 1972.

ESPECIALIDADE: Estrutura Social, Análise de Mitos, Relações

Intere^t nicas, Etnologia Indígena (esp. Asurini, Kaapor, Suruí e

Kamayurã).

NÚMERO DE HORAS DEDICADAS AO CURSO: Em condições normais, os pro

fessores em geral dedicam de 10 a 15 horas as atividades de

gradua. ção e em torno de 25 a 50 horas as atividades de põs-

graduação in cluindo-se: ensino, orientação e pesquisa.

DISCIPLINAS PELAS QUAIS E RESPONSÁVEL: Organização Social e Paren

tesco, Estudos Regionais e de Comunidade, Minorias "raciais" e na

cionais e Análise Estruturalista: Sistemas Sociais.

ATIVIDADES NO CURSO: ensino, orientação e pesquisa.

OBS: Neste programa a vinculação entre disciplinas e

professores ê flexível, visando uma maior circulação do Corpo

Docente. Assim a apresentação da relação de

responsabilidades entre professores e disciplinas não deve

ser entendida rigidamente.

IV - DECISÃO DO PLENÁRIO

O Plenário do Conselho Federal de Educação aprovou, por

unanimidade, a Conclusão da Câmara.

Sala Barretto Filho, em 04 de outubro de 1982.

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