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A 7 de maio de 1982, o Coordenador da Habilitação
de Engenharia Mecânica do Curso de Engenharia da UFRN, enca
minha of. n° 025/82 em atendimento ã diligência solicitada.
Em 5 de janeiro de 1982, através da Informação n°
003/82 da Coordenadoria de Ensino Superior/CESU/MEC, é suge
rido a este Conselho que o Processo baixe em diligência pa_
ra o atendimento de exigências, antes da apreciação final.
Pela Portaria n° 146, de 18 de novembro de 1981, da
Secretaria de Ensino Superior, foi designada Comissão Veri
ficadora para o Reconhecimento solicitado.
Foram designados os Professores Dr. HANS INGO WEBER
e o Dr. NIVALDO LEMOS CUPIM, ambos da Faculdade de Engenha
ria da Universidade Estadual de Campinas.
O Magnífico Reitor Prof. DIÓGENES DA CUNHA LIMA, da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte encaminha a es
te Conselho pedido de Reconhecimento da habilitação em En
genharia Mecânica - Área Mecânica do Curso de Engenharia ,
ministrado pelo Centro de Tecnologia daquela Universidade.
I - RELATÓRIO
NILSON PAULO
RECONHECIMENTO DA HABILITAÇÃO DE ENGENHARIA MECÂNICA-
ÃREA MECÂNICA - CURSO DE ENGENHARIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
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Muitos destes equipamentos tem origem no leste europeu e contam com
10 ou mais anos de vida.
A divisão dos laboratórios é feita em: Metrologia,Ener
gia, Oficina, Aço, Metalografia, Fluídos.
4 - Oficina:
Razoavelmente equipada para fins educacionais ê su
ficiente para serem ministradas as aulas práticas de processos de
fabricação. O ponto fraco neste caso ê a existência de um número in
suficiente de técnicos mecânicos que são na realidade imprescindí-
veis a uma oficina mecânica. A par destas existem diversas maquinas
do leste auropeu, normalmente de produção, como mandrilhadora, bro
quadeira, retificadora, plaina de mesa, torno revolver, balanceado-
ra, etc, das quais algumas estão instaladas. Consta que após a ins
talação completa das máquinas, procurar-se-ia chegar â comunidade,
colocando sua capacidade de produção ã disposição.
5 - Metrologia:
Ê um laboratório muito bem equipado, em bom estado
de conservação. Dispõe de um considerável potencial, sendo mais do
que suficiente ao que se julga necessário para um aluno de engenha-
ria mecânica.
6 - Energia:
Além de uma série de pequenos modelos, de acionamen
to elêtrico ou manual e que explicam características de circuitos -
hidráulicos, mecanismos, mecânica de automóveis, motores, etc, to
das as outras bancadas estão por instalar. Apenas uma bancada de en
saio de motores aparenta um bom grau de utilização. Há uma série de
equipamentos aparentemente recém chegados, em parte encaixotados em
parte colocados sobre bases de forma provisória. A instalação ele
trica não foi realizada conforme foi explicado pelo fato da rede
ser trifásica 380 V e os equipamentos serem trifásicos 220 V. Este
laboratório nas condições em que está não é suficiente, nem conveni
te ao que seria necessário para as aulas práticas em sistemas térmi
cos. Todavia, se tudo que existe estivesse operando, pode-se aceitar
o conjunto das experiências como o mínimo suficiente.
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7 - Fluidos:
Este laboratório ê totalmente incipiente constando basicamente de 2
equipamentos. Um operando e outro em instalação. A Universidade está
com pedido para aquisição de equipamentos adicio nais nesta área
junto ã FINEP. 0 que existe é insuficiente para mi nistrar aulas
práticas ,em Sistemas Fluidomecânicos.
8 - Aço:
Laboratório de ensaios de materiais, extraordinari amente bem
equipado com material do leste europeu, poderia atender todo o
Nordeste brasileiro. Ê mais do que suficiente para aulas prã ticas;
as máquinas operam e estão em bom estado de conservação.
9 - Materiais Complementares:
Laboratório voltado ã engenharia civil que nucleia um pequeno
laboratório de dinâmica com alguns equipamentos do leste europeu,que
podem ser úteis na demonstração de fenómenos em aulas práticas de
vibrações mecânicas.
10 - Metalografia:
Este laboratório está razoavelmente bem equipado, suficiente para
atender todas as aulas práticas.
11 - Eletrotécnica:
Laboratório bem instalado com um número de experi ências e de
equipamentos suficientes para todas as aulas práticas necessárias.
12 - Química, Física:
Laboratórios de curso básico, são do tipo padrão já ministrando as
aulas inclusive para os outros cursos reconhecidos.
13 - Equipamento de Computação:
Está se substituindo o computador existente por
outro igual e mais novo. Trata-se de um Burroughs 3500. Para as ne
cessidades de atividades didáticas o acesso ao computador parece
conveniente.
14 - Instalações para Educação Fisica:
São adequadas e em quantidade suficiente (quadra,
piscina, campos de futebol).
15 - Objetivos da Habilitação do Curso:
A estruturação do currículo caracteriza um enge
nheiro com uma ampla formação básica na área mecânica que, no fi
nal de seu curso recebe informações adicionais, voltando-o para pro
blemas de produção e manutenção. Esta ênfase i extremamente coeren
te com a função regional da Universidade, e faz preparar o aluno
que se forma aos ramos industriais existentes, quais sejam a Indús
tria Mecânica, a Têxtil e a Extrativa.
16 - Currículo Pleno:
0 Currículo Pleno apresenta um total de 280 cré
ditos equivalentes a uma carga efetiva de 4.230 horas. Este total
de horas tem a seguinte distribuição de acordo com os teores de
Formação da Resolução 48/76:
Formação Básica (> 1.125 hs) 1.515 hs
Formação Geral (> 240 hs) 405 hs
Formação Profissional Geral
(> 705 hs) 1.365 hs
Formação Específica (> 600 hs) 705 hs
Complementação (até 930 hs) - mínimo 240 hs
TOTAL: (> 3.600 hs)
Tal distribuição, realizada pela UFRN, conforme
seu catálogo de cursos de 1981 e Processo n9 1.081/81 de 02.04.81,
de Reconhecimento do Curso de Engenharia Mecânica da UFRN ê compa
tivel com a Resolução 48/76.
No tocante as cargas horárias não se tem uma divi
são clara entre as aulas de "Exercícios" e as aulas "Práticas" ,
muito embora os limites mínimos de atividades de laboratório impos
tos pela Resolução 48/76 sejam atendidos. Sugere-se, portanto,que
na elaboração dos novos catálogos de cursos para os próximos anos
e em todos os documentos (programas, ementas, etc) em que consta
rem as divisões de carga horária das disciplinas, que a especifi
cação do número de aulas de "Exercícios" e "Práticas" seja total
mente clara.
No que se refere aos créditos, pré-requisitos, co-re
quisitos e ról das disciplinas optativas e facultativas observa-
se coeência e relativa flexibilidade para atender a interesses pes
soais, dentro do campo de disciplinas oferecidas.
17 - Adeguabilidade do Currículo:
O elenco das disciplinas de Formação Profissio
nal Específica e Complementares apresentam um número suficiente de
disciplinas para atender as ênfases em Produção e Manutenção. Além
disso, caso o aluno não esteja interessado em enfatizar as modali.
dades mencionadas, o elenco de disciplinas complementares permite
uma formação mais geral.
18 - Calendário Escolar:
È geral para a UFRN, impresso na forma de livre_
to e com ampla distribuição, atende todos os padrões desejados.
19 - Horários de Aula:
Os horários de aulas são semestrais, apresentam
distribuição de aulas por todos os dias da semana, com horas/aula
de 50 minutos cada, com total médio aproximado de aulas por dia i
gual a 6 (seis). Cada docente do Departamento de Engenharia Mecâni.
ca, responde em média por duas disciplinas semestrais, o que corres
ponde a um valor médio de 10 horas/aula por semana por docente,sen
do portanto satisfatório. O horário revela também uma divisão com
patível e satisfatória de turmas de aulas práticas. O oferecimento
das disciplinas em todos os semestres, com vestibular e matrícula
anuais, garante uma grande facilidade de compatibilizar as necessi
dades dos alunos com o problema do horário, pré e co-requisitos.
20 - Diários de Classe e outros Registros de Aula;
Na amostragem de diários de classe escolhida foi
encontrado um registro regular de frequência, notas de avaliação
(obedecem um padrão em todas as disciplinas do Departamento),e con
teúdos ministrados. Verificou-se que existe uma compatibilição ra
zoável destes conteúdos com os planos de cursos ministrados.
21 - Estágios Supervisionados:
0 sistema de estágios está muito bem estruturado.
A obrigatoriedade ê definida pelo currículo, as empresas são cadas_
tra uma central dos estágios sendo visitadas periodicamente ,os
alunos recebem um orientador do corpo docente sendo realizado um
acompanhamento através de relatórios. O sistema implantado oferece
uma excelente impressão.
22 - Pesquisas Académicas e Aplicadas;
As atividades de pesquisa acadêmica e aplicada -
são, nesta data, bastante acanhadas. Envolvem apenas 20% do corpo
docente atual e uma minoria inexpressiva de alunos. Apresenta duas
linhas consistentes de pesquisa em andamento, na área de energia
(substituição do diesel por óleos vegetais em motores e obtenção -
do metano através de bio-massa).
Tem-se também, algumas experiências em desenvol
vimento na área de materiais e propriedades, que não caracterizam
uma linha de pesquisa propriamente dita. Em fase de consulta tem-
se uma proposta de pesquisa com solicitação de recursos em financi
adora nacional, em Energia Eólica, que em caso de aprovação, envol.
veria cerca de cinco docentes do Departamento de Engenharia Mecâni
ca, alguns alunos (ainda não previsto o número) e docentes de ou
tros departamentos, em especial de Engenharia Elétrica. Também em
fase de consulta tem-se uma proposta na área de Materiais e Propri
edades com linhas de abrangência em ferrosos (aços) e em ligas de
Alumínio.
Não existe qualquer tipo de intercâmbio entre a
Universidade e a empresa da região ou mais distantes que pudesse -
caracterizar pesquisa, muito embora a oficina mecânica, e os labo
ratórios de Materiais e Propriedades Mecânicas disponham de equipa
mentos suficientes para pesquisar e/ou prestar serviços ã comunida
de através de trabalhos de usinagem e ensaios mecânicos, respecti
vãmente.
23 - Extensão Cultural;
0 Departamento oferece alguns cursos de extensão
e/ou especialização e alguns ciclos de palestras, muito embora es
te número não seja significativamente alto. Por exemplo, alguns cur
sos oferecidos: Tratamento Térmico, Soldagem (ambos envolvendo em
presas das respectivas áreas), Metalografia e Motores de Combustão
Interna (por professores do próprio Departamento).
24 - Extensão Comunitária:
0 Departamento tem bolsistas no núcleo de labo
ratõrios, numa quantidade de um por laboratório em média, que atua
como um estagiário da unidade. Apresenta também um corpo de treze
monitores que dão auxílio na preparação de aulas práticas de labo-
ratórios e na elaboração e solução de listas de exercícios.
A Universidade tem alojamento gratuito a alunos
que não sejam moradores do próprio município, e a seleção dos mes
mos ê realizado através da Pró-Reitoria para Assuntos Académicos ,
com base na situação económica dos candidatos.
A assistência média-hospitalar ê franqueada aos
alunos através do Hospital das Clínicas e a assistência dentária a
través da Faculdade de Odontologia da própria Universidade, os
quais, além disso, dão assistência à toda a comunidade.
O "campus" possue Capela da Igreja Católica, cu
jo capelão responsável presta toda a assistência religiosa.
Apresenta também um restaurante cujo porte aten
de satisfatoriamente ã comunidade, o qual ê subvencionado pela Uni.
versidade. Existe um sistema de transporte de pessoal interno, per
tencente ã Universidade, todavia, o transporte para a cidade é fei
to por empresas não vinculadas ã mesma.
0 aspecto do lazer fica por conta do Diretório A
cadêmico, e a Pró-Reitoria Acadêmica cede o espaço físico e as fa
cilidades necessárias.
25 - Corpo Docente:
O Departamento apresenta um corpo docente compôs
to de 34 professores com as seguintes características:
a) NÍVEL:
3 doutores 11
mestres 10
especialistas
10 colaboradores e/ou visitantes em fase de es
pecialização
b) DEDICAÇÃO:
13 dedicação exclusiva 20
dedicação integral (40 horas) 1
dedicação parcial (20 horas)
c) ACUMULAÇÃO DE CARGO:
Nenhum docente tem acumuladas atividades fora
do Departamento.
O corpo docente ê portanto consistente e atende
ãs especificações da Resolução 49/76. A nominata do corpo docente
encontra-se discriminada no Processo com as respectivas disciplinas
e seus responsáveis
26 - Corpo Discente:
Da entrevista com o corpo discente pode-se comen
tar que, de acordo com a Comissão Verificadora:
"a) De uma maneira geral os alunos estão satisfei.
tos com o currículo, com o desenvolvimento das
disciplinas, com as aulas práticas, com os cri
têrios do Departamento e com o corpo docente.
Particularmente, consideram que a cadeia de
pré-requisito é consistente e compatível com
horário das aulas, possibilitando grande fle
xibilidade aos alunos que eventualmente se a
trasam.
b) No caso particular dos alunos formados (primei
ra turma do Curso da UFRN) observou-se que a
grande maioria conseguiu estagiar em empresas
da região e encontraram ocupando cargos de En
genheiro Mecânico, ou engenheiro formado em ou
tros estados brasileiros, ou engenheiros civis
ou eletricistas suprindo a relativa deficiênci.
a do mercado.
c) Os alunos que realizaram estágios,sentiram res
paldo satisfatório na formação até então rece
bida na Universidade.
Em síntíLse, o corpo discente se manifestou satisfaz com o
curso de engenharia mecânica, e consideram que o mes mo vem evoluindo
não só em sua infraestrutura, mas principalmente -no seu corpo docente,
que tem-se aperfeiçoado ao longo deste perlo do de implantação e
reconhecimento".
Instalada em um prédio com todas as condições apa
rentes para ser uma boa biblioteca. Isto se refere a local para tra
balhar, consultar, acesso. No tocante a livros, a área de engenhará.
a mecânica praticamente limita-se a textos em língua portuguesa em
bora com um grande número de exemplares para cada texto. Há uma gran
de quanyidade de livros sendo adquiridos conforme solicitações fei
tas a livrarias e editoras.
No tocante a revistas técnicas elas simplesmente
inexistem na ãrea de engenharia mecânica. A Universidade está provi
denciando novas assinaturas ja para 1982"
Por solicitação do relator â Universidade,ficou
claro que as providências relativas para a aquisição de livros e perió-
dicos foram tomadas:
a) aquisição de 24 titulos especializados perfazendo
2 40 volumes;
b) aquisição de mais 04 titulos de periódicos estran-
geiros ;
c) assinatura de 05 outros titulos periódicos estran-
geiros com recursos da FINEP;
d) previstas para o corrente ano 500 titulos de li
vros nacionais e estrangeiros com recursos próprios e em caráter prio-
ritário.
II - VOTO DO RELATOR;
Face ao exposto, o Relator é de parecer que pode ser aprovado
o reconhecimento da Habilitação de Engenharia Mecânica, Ãrea Meca
nica, Curso de Engenharia, da Universidade Federal do Rio Grande -
do Norte.
III - CONCLUSÃO DA CAMARA:
A Câmara de Ensino Superior, 1° grupo, o voto
do Relator.
IV - DECISÃO DO PLENÁRIO
O Plenário do Conselho Federal de Educação aprovou, por maioria, a
Conclusão da Cântara.
Sala Barretto Filho, em 06 de agosto de 1982.
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