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- Relatório anual do Curso - 1986
- Relatório Técnico da CAPES - 1986-1986
- Cadastro da Produção Científica da Instituição - 1986
- Relatório da Comissão de Consultores - Maio de 1990
A presente análise se baseia nos dados e informações contidos na se-
guinte documentação:
Tendo em vista a solicitação acima mencionada, o Curso foi visitado
nos dias 29 e 30 de maio de 1990, pelos Professores Ricardo Tadeu Lo-
pes da COPPE/UFRJ Silvestre Paiano Sobrinho do CDTN/CNEN.
O Curso em questão iniciou suas atividades em, em nível de mestrado,
em 1977, passando a oferecer o doutorado em 1980, com área de concen-
tração em Tecnologia Nuclear. O Curso foi credenciado mediante o Pare-
cer-CFE Nº.489/81, Parecer este retificado, posteriormente, pelo Pare-
cer-CFE Nº.211/82.
O Reitor da Universidade de São Paulo-USP solicita o recredenciamento
do Curso de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear oferecido pelo Insti-
tuto de Pesquisas Energéticas e Nucleares da referida Instituição, com
áreas de concentração em Tecnologia Nuclear Básica (recredenciamento
de mestrado e doutorado), Reatores Nucleares de Potência e Tecnologia
de Combustível Nuclear (recredenciamento de mestrado) e em Reatores
Nucleares de Potência e Tecnologia de Combustível Nuclear (credencia-
mento de doutorado).
01. O PEDIDO:
I - RELATÓRIO
Pe. Ant
ô
n
io Geraldo Amaral Rosa
Solicita credenciamento e recredenciamento de áreas de concentração do Curso
de Tecnologia Nuclear oferecido pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e
Nucleareas-IPEN
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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02. ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA DO CURSO:
O Curso de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear está vinculado ao
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares-IPEN, situado na Cidade
Universitária da USP. O IPEN constitui uma autarquia estadual vinculada à Se-
cretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, associada para fins de
ensino à USP, mas gerido e mantido técnica e administrativamente pela Comissão
Nacional de Energia Nuclear.
A coordenação do Curso é feita através de uma Comissão de Pós-Graduação, reno-
vada periodicamente e que é integrada por pesquisadores do IPEN, encarregada
da administração do Curso. Suas decisões são homologadas pelo Conselho Delibe-
rativo do IPEN (do qual fazem parte professores da USP) o qual funciona como
uma Congregação.
As atividades do Programa estão organizadas em torno de duas áreas: Tecnologia
Nuclear Básica (CTN) e Reatores de Potência e Ciclo de Combustível Nuclear
(RNC).
O candidato ao Mestrado deve cursar, no mínimo, 60 créditos que, no regime a-
dotado pela Universidade correspondem, em média, a 05 ou 06 disciplinas. No
caso do Doutorado, são exigidos 80 créditos.
Na área CTN são listadas 12 disciplinas e na RNC 21 disciplinas entre as que
são oferecidas com maior frequência, ainda que do Manual oficial do Curso
conste um número maior delas.
A bibliografia constante das ementas das disciplinas é considerada como ade-
quada, notando-se, contudo, que há poucas obras datadas da década de 80. Con-
tudo, foi possível constatar, num exame de cerca de uma dezena de teses e dis-
sertações, uma boa frequência de citações a artigos técnicos da referida déca-
da. Observou-se, ainda, que os alunos são instados, pelos seus orientadores, a
cursar disciplinas de outros cursos de pós-graduação da USP o que é considera-
do como oportuno diante do leque de atividades desenvolvidas no IPEN.
03. CORPO DOCENTE:
O Quadro a seguir transcrito mostra a situação do quadro docente bem como a
distribuição dos mesmos pelas atividades de ensino e orientação, no período de
1983 a 1989. 0 número de docentes e/ou pesquisadores envolvidos com o programa
foi, praticamente, constante no período de 1983 a 1986, tendo subido no triê-
nio de 1987 a 1989.
QUADRO DE DOCENTES
Período: 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989
Docentes:
75 83 83 80 105 102 112
Todos os docentes e/ou pesquisadores possuem o doutorado e têm larga experiên-
cia profissional. Com exceção de 28 docentes externos, todos os demais têm de-
dicação exclusiva no IPEN.
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dos os docentes e/ou pesquisadores possuem o doutorado e tem larga experiên-
profissional. Com exceção de 28 docentes externos, todos os demais tem de-
aicação exclusiva no IPEN.
DISTRIBUIÇÃO DE TAREFAS -
Período: 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989
Ativ. de Ensino:
Ativ. de Orien.:
—
06
29
30
11
34
25
44
26
57
24
69
E importante observar que, dadas as muitas atividades do IPEN, nem todos os
docentes e/ou pesquisadores enumerados no primeiro quadro participam das ati-
vidades do Curso. Assim sendo, não se pode tomar o índice docentes/alunos como
indicador de eficiência maior ou menor, uma vez que são muito diversificadas
e numerosas as atividades do Instituto.
04. CORPO DISCENTE:
O Quadro a seguir apresentado mostra a composição do corpo discente, segundo a
origem de área de graduação, evidenciando uma potencialidade da tecnologia nu-
clear que, talvez, seja única pela necessidade de agrupar profissionais de o-
rígens múltiplas e com diferentes experiências, exigindo um alto grau de
integração de diversas áreas de conhecimento.
ORIGEM DO CORPO DISCENTE DO CURSO
Ãrea de Concentração: Ãrea de Origem: Mestrado: Doutorado:
Tecnol. Nuclear Básica: Engenharia 32 06
Física
3
2
0
4
Química
1
0
0
1
Bilogia e Farmácia 02 01
Reat. de Potência-Ciclo Engenharia 06 06
do Combustível Nuclear: Física
4
2
1
1
Química 14 01
Biologia e Far
m
á
c
i
a
1
9
—
Geologia — 08
0 processo de seleção adotado pelo IPEN obedece a dois modos: parte dos alunos
é admitida através de um curso introdutório de Engenharia Nuclear. Outros can-
didatos submetem-se diretamente a um exame de capacitação por recomendação de
um dos pesquisadores do Instituto.
No período de 1983 a 1989 ingressaram no curso 163 alunos e foram defendidas
87 entre dissertações e teses de mestrado, sendo que somente em 1989 ocorreram
1/3 destas defesas.
No período de 1985 a 1989 o tempo médio necessário para a titulação variou de
03 a 05 anos no caso do mestrado e de 06 a 07 anos no caso do doutorado. De
entrevistas feitas com um grupo de alunos ficou evidenciado ser difícil a re-
dução destes prazos de titulação por razões tais como: necessidade de cursar
disciplinas complementares em outras unidades da USP, incompatibilidade de ho-
rários, dificuldades de natureza financeira no custeio de trabalhos experimen-
tais, panes nos equipamentos, etc. De parte dos próprios alunos deve ser des-
tacada a situação em que eles se encontram: quando integrantes do IPEN, dedi-
cam ao curso apenas um tempo parcial; quando bolsitas, suas bolsas expiram em
prazos muito curtos (de 24 a 30 meses).
O indicador de fluxo do curso (Nº. de titulados / Nº. de ingressados) se apre-
senta com decrescente de 1985 a 1988 (4,8; 0,6; 0,5; 0,3 respectivamente) com
ligeira retomada em 1989 (0,5). Ainda que os indicadores inferiores ã unidade
se devam, principalmente, a um crescente número de ingressos, a Coordenação do
Curso tem-se preocupado com um acompanhamento de cada aluno.
05. PESQUISA E PRODUÇÃO CIENTÍFICA:
O IPEN ê uma Instituição maciçamente voltada para aplicações das radiações nu-
cleares e para a energia nuclear. As dissertações de mestrado e as teses de
doutorado são sempre inspiradas nos programas de pesquisa da Instituição. Em
1988 cerca de 50 membros do corpo de docente / pesquisadores produziram mais de
200 trabalhos técnicos (exclusive teses e dissertações). A Instituição como um
todo editou 342 documentos em 1988 e 979 no período de 1984 a 1988, o que
caracteriza um nítido aumento de produtividade que deve prosseguir, dado um
maior apoio institucional.
06. INFRAESTRUTURA FÍSICA:
O IPEN encontra-se devidamente aparelhado em termos de salas de aula e
auditórios. Os laboratórios do curso são os próprios laboratórios da
Instituto. A Comissão que visitou o Programa assinala a existência de
equipamentos modernos em algumas áreas, "...convivendo com equipamentos de 20
a 30 anos (em funcionamento) em outras, o que indica um louvável esforço de
manutenção e preservação do patrimônio."
Quanto aos recursos bibliográficos, é suficiente dizer que o IPEN dispõe de
60% da documentação específica do Centro de Informações Nucleares da Comissão
Nacional de Energia Nuclear.
07. INFRAESTRUTURA FINANCEIRA:
E quase que integralmente amparada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear
que paga os docentes e pesquisadores, custeia a quase totalidade dos projetos
de pesquisa, equipamentos, etc. Outras contribuições externas provêm do CNPq
CAPES, FAPESP e CODESP. Em 1988 as bolsas dadas por estas diversas institui-
ções somaram o total de 60 o que parecer ser de todo insuficiente se comparado
com o potencial do Curso.
08. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES:
A Comissão de Especialistas que visitou o Programa recomenda o credenciamento
e os recredenciamentos solicitados, apresentando, em benefício do Curso, as
seguintes recomendações:
a. Assegurar, no início do curso, a oferta de disciplinas que constituam a
base comum para todos os alunos que ingressam;
b. Que a Coordenação do Curso observe a evolução curricular de cada aluno no
sentido de verificar que sua área de concentração esteja bem caracterizada
ao fim do curso;
c. Que, apesar da qualidade constatada do curso, se proceda ao convite de pro-
fessores visitantes do país e do exterior, para ministrar algumas disciplinas
regulares, propiciando, assim, um impacto de natureza positiva no ní-
vel do ensino.
Em sua avaliação, a CAPES atribuiu ao Curso os seguintes conceitos: "A" no caso
do Mestrado e "B" no do Doutorado.
II - PARECER DO RELATOR:
Os dados, informações e avaliações contidos ao longo do presente Parecer levam
o Relator a votar favoravelmente a:
a. Credenciamento do Curso de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear oferecido no
nível de Doutorado na Área de Concentração em Reatores Nucleares de Potên
cia e Tecnologia do Combustível Nuclear. Os efeitos deste credenciamento
dizem respeito ao período de acompanhamento efetivado pela CAPES;
b. Recredenciamento do mesmo Curso oferecido em nível de Mestrado na mesma
Área de Concentração em Reatores Nucleares de Potência e Tecnologia do Com
bustível Nuclear. Os efeitos deste recredenciamento retroagem ao término do
período do credenciamento anterior;
c. Recredenciamento do mesmo Curso oferecido nos níveis de Mestrado e Doutora
do na Área de Concentração em Tecnologia Nuclear Básica. Os efeitos deste
recredenciamento retroagem ao término do período do credenciamento anterior.
III - CONCLUSÃO DA CÂMARA DE ENSINO SUPERIOR:
A Câmara de Ensino Superior acompanha o voto do Relator.
Sala das sessões, 01 de abril de 1991.
IV - DECISÃO DO PLENÁRIO
O Plenário do Conselho Federal de Educação aprovou, por unanimidade, a
Conclusão da Câmara.
Sala Barreto Filho, em 01 de abril de 1991.
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