Download PDF
ads:
0 curso de pós-graduação em Comunicação e Semiótica
nas áreas de Comunicação, Semiótica, Sistemas Intersemióticos
e Semiótica da Literatura em nível de mestrado da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, iniciou suas atividades
em 1º 70, com uma área de concentração do curso de Teoria Li
terária. 0 Credenciamento inicial foi aprovado pelo CFE pela
Parecer 383/73, de 15 de março de 1973 e foi renovado pe lo
Parecer 1258/7º, de 30 de agosto de 1979, no qual foram
feitas modificações na estrutura do curso de Teoria Literária,
que passou a chamar-se Comunicação 'e Semiótica.
A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo so-
licita ao CFE a renovação do credenciamento do curso nas 4
áreas acima citadas e credenciamento a nível de doutorado.
Com o objetivo de fornecer subsídios ao CFE para o julgamen-
to do mérito da solicitação, a CAPES organizou um detalhado
Relatório Técnico com base na última avaliação feita pelos
Consultores Científicos, referente ao ano de 1º 83. No entan-
to, a título de melhor informação ao CFE, esta anexada ao
pro cesso uma cópia do Relatório Anual do Curso referende ao
ano de 1984.
1•RELATÓRIO
Arnaldo Niskier
Renovação de credenciamento do Curso de Comunicação
e Semiótica a nível de mestrado et credenciamento a nível de
doutorado.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CAT
Ó
L
ICA DE S
Ã
O
PAULO
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Foi designada Comissão integrada pelos Profs. Eduardo
Pénuela Canizal, da USP e Regina Zilberman da PUC/RS, que visi
tou a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e apresentou
relatório,recomendando a renovação do credenciamento do mestrado
e o credenciamento do doutorado.
A avaliação da CAPES para os cursos enquadra-se no nível
"B+", tanto para o mestrado, como para o doutorado.
Do Relatório da Comissão o Relator destaca os seguintes
itens:
1. Organização Acadêmica e Administrativa
A) Estrutura curricular - Mestrado
0 curso de mestrado se organiza a partir de disciplinas
mais gerais e básicas; é numa etapa posterior que os mestrandos se
habilitam a um segundo modulo de estudos, quando obtém discipli -nas
mais específicas. 0 candidato completa seu percurso Acadêmico ao
frequentar a disciplina de Pesquisa, quando elabora seu proje to de
dissertação e prepara-se ã redação do trabalho de conclusão.
0 numero de disciplinas do Mestrado parece reduzido, com
títulos genéricos e abragentes. Em razão disto, tem-se a impres são
de que os alunos são levados a repetir disciplinas, a fim de
poder completar seus créditos.
Questionados os professores a respeito deste problema,
argumentaram que, embora o nome das disciplinas seja fixo, seus
programas variam anualmente, impedindo a repetição dos conteúdos.
A verificação deste fato é feita, através da consulta ao
memorial do estudante quando do exame de qualificação, pois é ali
que se registram não apenas as disciplinas frequentadas, mas tam-
bém seus programas e conteúdos. 0 emprego deste procedimento foi
confirmado pela consulta aos programas das disciplinas ministradas
nos últimos três anos, onde se verificam:
a) a variabilidade dos programas;
b) a adequação dos programas aos títulos das disciplinas e
aos objetivos do curso;
c) a atualidade dos temas e das bibliografias.
- Doutoramento:
0 curso de Doutoramento, que exige um total de 6 0 crédi
tos, tem uma estrutura diferente. Soma aos 30 créditos provenien
ads:
tes do Mestrado outros 30 originários de situações bem diversifi-
cadas :
- 06 créditos procedem da frequência a disciplinas de
preferência do próprio curso;
- 08 créditos procedem de atividades desempenhadas fora,
como docência universitária, apresentação de comunicações em reu-
niões cientificas, palestras às convites, etc.
- 06 créditos são atribuídos as atividades de pesquisa
desempenhadas pelo candidato.
- 10 créditos são atribuídos ã tese de Doutoramento.
Considerando estes fatos, a Comissão designada para ela
borar relatório de visita concluiu que:
- o elenco das disciplinas do Mestrado e do Doutoramento
ê adequado ã proposta do curso;
- os programas indicam que os professores estão atualiza
dos, oferecendo a melhor bibliografia disponível para seus alu-
nos; • .
- há uma tendência à homologação dos programas,indicando
a afinidade teórica dos professores;
- pela mesma razão, o universo intelectual do curso é
mais cerrado, faltando maior pluralidade nos conteúdos dos pro-
gramas e investindo em áreas divergentes da Semiótica e da Teoria
da Comunicação;
- a estrutura do Mestrado não difere da organização usual
de Mestrados brasileiros: o maior número de créditos provêm das
disciplinas frequentadas, representando a dissertação cerca de
20% do total de créditos a serem obtidos;
- o Doutoramento tem uma organização mais flexível e original,
o que não apenas lhe dá maior dinamicidade, como também solu ciona
um dos problemas experimentados pelo curso, de que se falara mais
adiante: o reduzido número de professores compondo o corpo
docente.
B) Estrutura administrativa
0 curso conta com um coordenador, na condição de elemento
de ligação entre o corpo discente e o corpo docente e entre este
e a administração central.
0 colegiado conta com ativa representação discente, esco-
lhida por voto direto.
2 . Corpo Docente
Conforme relatório da Comissão, o curso de pós-graduação,
nos níveis de mestrado e Doutoramento, dispõe de 8 (oito) profes-
sores, todos com qualificação de Doutor. Considerando o numero
total de alunos inscritos no mestrado, o número de docentes pare-
ce pequeno, já que aquele soma cerca de 150 alunos, sendo que 30%
está em fase de orientação de dissertação.
Segundo o relatório da CAPES, foi listado um corpo docen
te permanente integrado por 6 professores, todos doutores, 5 tra
balhando na Instituição em regime de Tempo Integral e 1 em Tempo
Parcial. A divergência entre os dois relatórios é justificada pe-
la Comissão quando relata terem sido contratados novos professo
res, o que se confirma pelo fato de terem estado presentes na reu
nião daquela Comissão com os corpos docente e discente e serem
apresentados programas de novos professores, que não constavam do
relatório remetido ã CAPES em 1º 84.
Com relação a distribuição dos alunos entre os professores
orientadores, contatou-se que cerca de II% de alunos do Mes -trado e
28% do Doutorado, em fase de elaboração de dissertações fo ram
orientados por docentes em regime de Tempo Parcial.
0 aspecto mais problemático neste item e o elevado nume
ro de orientandos por orientador.
No Parecer 1.258/7º, aprovado em 30/8/7º, que renovou o
credenciamento no curso de pós-graduação em Comunicação e Semió-
tica, este Conselho já sugeria ã Instituição que reduzisse a cin
co o número de orientadores por orientados.
Na "Síntese das Avaliações Periódicas"-MEC/CAPES, a rela
ção orientando/orientador foi de:
Anos
1º 7º - media de 8 alunos por professor
1º 8 0 - Exagerada
1981 - relação adequada na media
1º 82 - Mestrado 7,9 orientandos/1 orientador
Doutorado 2,5 orientandos/orientador
1º 8 3 - Apenas 6 docentes permanentes, um deles em tempo
parcial, ministram 8 disciplinas para 84 alunos e
orientam os trabalhos de dissertação e tese de 34
orientadores. A relão professor/aluno cursando
disciplinas continua elevada.
3. Corpo Discente
Segundo o depoimento dos' estudantes, o processo inicial de
seleção do corpo discente não é muito rigoroso, a seleção fazen
do-se sobretudo durante o curso. A seleção ao doutoramento é que
parece mais rigorosa, principalmente porque o curso se deseja mui
to seletivo, de um lado, para alcançar a qualidade almejada, de
outro, para compensar o corpo docente reduzido.
A distribuição dos alunos ê, pode-se dizer, regular: o
número de ingressantes é alto, sendo que cerca de 30% dos matricu
lados esta em fase de elaboração de dissertação, o que sugere ser
a seleção efetivamente concretizada ao longo do curso.
Em dezembro de 1º 83, o curso contava com 116 alunos, 109
do mestrado e 7 do doutorado.
4. Pesquisa e Produção Científica
No ano de 1º 83, integrantes do corpo docente publicaram 5
livros no país e 1 no exterior, 21 artigos em revistas nacionais e 7
internacionais, 5 trabalhos em anais de Congresso nacionais e 30
outros trabalhos de interesse para a área. Foram também publicados
16 trabalhos considerados como produção técnica.
Foram defendidas em 1983, 6 dissertações de mestrado, si
tuando-se o tempo médio de titulação em torno de 63 meses, com va
riações de 43 a 112 meses. No doutorado foram defendidas 3 teses,
situando-se o tempo o médio de titulação em torno de 76 meses com
variações de 60 a 9º meses.
Os títulos e descrição sumária podem ser encontrados no
extrato do "Cadastro Geral da Produção Científica", em anexo ao
processo.
5. Infra-estrutura Física e Financeira
Na infra-estrutura parece residir o principal problema do
curso. Embora conte com uma boa biblioteca, destacando-se a linha
de periódicos (relação em anexo) e o sistema de informação e in
tercâmbio,segundo a Comissão Verificadora, o curso carece de:
- equipamento para desenvolver seus estudos no campo da
Semiótica aplicada: laboratório para edição de filmes e vídeos, sa
la de som e sala de projeção, filmadoras Super 8 e de vídeo, fil-
mes, vídeo cassetes ou cassetes para experiências e criações cole
tivas;
- salas individualizadas para os professores, visando ao
estudo e atendimento dos alunos;
- salas individualizadas de estudo para os alunos
Aparentemente, o problema deve-se ao alto custo de manuten
ção do curso, provavelmente o mais caro dos programas de pós-gra
duação daquela Universidade. Porem, o problema parece também re
sultado da falta de apoio financeiro por parte de agências exter-
nas, nacionais (estaduais ou federais) e internacionais. Em decor
rência, o curso sustenta-se financeiramente em duas fontes:
- a contribuição dos alunos via pagamento de matrícula e
créditos;
- a contribuição das agências que fornecem bolsistas, des
tacando-se os programas do PICD e CNPq, que sustentam cerca de
20 alunos no conjunto.
6. Intercambio com outras Instituições e Cursos
0 curso aceita estudantes de todas as regiões do territó
rio nacional e parece promover um bom intercâmbio internacional
por intermédio dos professores visitantes que aí atuam por certo
tempo. E recomendada a frequência a disciplinas não oferecidas pe
lo programa em outros cursos, sejam estes programas oferecidos pe
la própria Universidade ou fora dela. Ha indicações igualmente de
que recebam estudantes de outros cursos nas mesmas condições.
7. Principais Problemas e Perspectivas do Curso
0 curso apresenta duas grandes dificuldades:
a) o corpo docente, cuja dimensão não parece satisfatória em
relação à demanda de que é objeto.
b) a infra-estrutura de equipamentos e disponibilidades fí
sicas, já que a falta deles impede que o curso dê conta
de seus objetivos práticos em termos de trabalho semióti
co .
Em relação ao primeiro aspecto, verifica-se que a contra
tação de novos professores titulados pelo próprio programa pode
revelar a intenção de ampliar o numero de docentes e fazer frente
a demanda, ao mesmo tempo diminuindo o tempo de permanência, até
aqui longo, do pós-graduando no curso.
8. Considerações Finais
A regularidade na oferta de disciplinas, a demanda do
curso, o alto grau de carência na relação entre programa e pesqui
sas desenvolvidas, bem como o significativo acréscimo na
produção
docente e discente, mostram que o curso procurou corrigir algumas
falhas apontadas na avaliação anterior, configurando-o como em
progresso. Permanece, não obstante, a restrição quanto a relação
alunos matriculados/docentes, bem como quanto a relação orientan
do/orientador. Também, conforme elementos constantes no processo,
a infra-estrutura ainda deixa a desejar, sendo que algumas dessas
deficiências perduram desde a época do primeiro credenciamento
(ver item 5 do presente Relatório).
II - VOTO DO RELATOR
Diante de todo o exposto, o Relator vota no sentido de
que não seja concedido, de pronto, o novo recredenciamento do
Curso de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica, nível de
Mestrado , nem tampouco seja credenciado o curso de Doutorado, na
mesma área, da Pontifícia Universidade Católica de S. Paulo, até
que se comprove terem sido sanadas as. deficiências apontadas
pela Comissão Verificadora, e que foram destacadas no corpo do
Relatório acima.
É o voto do Relator.
III - CONCLUSÃO DA CÂMARA
A Câmara de Ensino Superior, 1º Grupo, acolhe o voto do
Relator.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo