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0 mestrado em exame foi inicialmente credenciado median te o
Parecer 1.333/80-CFE, no qual são consideradas cinco (5) áreas
de concentração, a saber: Geologia de Engenharia, Geologia
Económica, Petrologia, Geofísica.Estratigráfitíter e Paleontologia.
Todavia, a Comissão Verificadora assinala que, na documentação
"existente na Memória da PÓs-Graduação Brasileira, da CAPES, "as
denominações das áreas de concentração quase nunca foram obedeci^
das e, ao bel prazer de quem preencheu os diferentes Relatórios,
fala-se de áreas tais como Mineralogia e Petrologia, Geologia Ge_
ral e Paleontologia, Geotécnica, etc." Por outro lado, a UFRJ so
licita, no processo em epígrafe, "recredenciamento para.três (3)
áreas, assim denominadas: área 1 - Geologia e Petrologia de Ro
chas ígneas e Metamórficas e Minerali zações Associadas;
A solicitação feita parece refletir mudanças estruturais
profundas no programa de pós-graduação, em relação aos anos ante
riores, algumas delas já implantadas a partir de 1985. Por isso,
consideraremos neste estudo, principalmente, o bem organizado re_
latório dos peritos verificadores, que é do último trimestre de
1986.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro encaminha pedjL
do de renovação de credenciamento do curso de pós-graduação em
Geologia, com diferentes áreas de concentração. 0 processo con
tem o Relatório Técnico da CAPES, com base na avaliação refereri
te aos anos de 1983 e 1984, e o relatório da Comissão Verificado_
ra relativo á visita efetuada em setembro e outubro de 1986.
João Paulo do Valle Mendes
Renovação do Credenciamento do Curso de PÓs-Graduação em Geolo
gia, a nível de Mestrado, com áreas de concentração^ em Geologia
de Engenharia, Geologia das Bacias Sedimentares.-é Geologia das
Rochas ígneas, Metamórficas e Mineralizações^Associadas.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
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área 2 - Geologia de Engenharia e área 3 - Geologia das Bacias
Sedimentares No entendimento dos peritos verificadores, melhor seria
solicitar credenciamento para as áreas 1 e 3, já que se referem a
novos temas
0 Corpo Docente permanente, academicamente qualificado e
com título de Doutor, pelo menos, trabalhando em regime de tempo in
tegral na instituição, com ou sem dedicação exclusiva, e em condi
ções, portanto, de orientação de teses e dissertações, alcança 11
docentes para as três áreas. Além deles, são relacionados, como ori
entadores, 3 doutores, em regime de tempo integral, lotados em ou
tras unidades da UFRJ, um professor da USP e pesquisadores da DNPM,
Petrobrás e CBPF. São listados, também, 3 docentes portadores apenas
de especialização, 4 mestres e 3 doutores em regime de 20 horas de
trabalho. Deste quadro, salientam os verificadores, resulta que um
só professor orienta nove (9) alunos, um outro, apenas com especiali
zação, orienta sete (7) estudantes, condição idêntica a da própria
Coordenadora do curso, que acumula ainda as obrigações administrati
vas incluindo a execução de convénios. Situações semelhantes atingem
outros docentes, havendo um razoável número de orientadores não per
tecentes ao Departamento ou mesmo à UFRJ.
Das 3 áreas, a de Geologia de Engenharia -é a que desfruta
de um grupo de professores bem dimensionado para o número de matrícu
las, todos altamente qualificados para o ensino e orientação, sem de
pendência de visitantes. As demais áreas têm sérios problemas de so
brecarga de orientação de alunos, sendo que, na área 3, 2 professores
orientam 10 discentes cada um. (fls. 8 do relatório da C.V. e 42 do
processo).
Segundo os peritos verificadores, o processo de seleção
consiste em entrevista individual, análise de currículo, prova de in
gles e de cartas de recomendação. Sao oferecidas, anualmente, 20 va
gas para as 3 áreas, o que significa de 6 a 7 alunos novos para cada
uma, todos os anos. Os estudantes das áreas I e III revelaram sua de
saprovação pela não existência de provas formais de conhecimento da
área, alegando, ainda, a admissão de número de discentes superior à
oferta de ingressos. Por ocasião da verificação, 78 alunos estavam
matriculados, sendo 43 na área I, 11 na II e 24 na III.
Desde o credenciamento, 35 dissertações foram defendidas,
sendo 15 da área II,que tem o melhor desempenho em relação ao número
de alunos. Da área III saíram 4 mestres e, os demais, da área I, que
detém quase 60% do alunado mas só titulou 45% dos concluintes.
• A produção científica é, em geral, boa, quantitativa e qua
litativamente. Na área I há uma publicação média de 15 trabalhos anu
almente, no último quinquénio. Nesta área
(
as linhas de pesquisa são
bem definidas e coerentes com os objetivos do programa. No concernen.
te à área II, a produção científica é "dinâmica e objetiva, sendo
elevado o nível das dissertações". No concernente à área III, a Co
missão Verificadora assinala que há uma linha de pesquisa claramente
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definida, intitulada "Estratigrafia das Bacias Sedimentares Brasilei
ras", com quatro (4) projetos distintos, coerentes com os fins do
programa. Já uma segunda linha, estaria melhor na Área II, com cujos
objetivos se vincula claramente.
Nos laboratórios da área I, "os equipamentos de maior por
te são de tecnologia já ultrapassada". Todavia, a existência de con
vênios parece assegurar seu reequipamento. Também há insuficiência
de periódicos.
já na área II as condições dos laboratórios e da bibliote
ca são bastantes boas. 0 mesmo não pôde a Comissão Verificadora as
segurar quanto à área III, uma vez que "durante a visita efetuada
não foi possível a verificação, in loco, da infraestrutura física da
referida área".
A estrutura curricular da área de Geologia de Engenharia
está consolidada, dizem os verificadores. 0 mesmo nao ocorre com a
área III, cuja proposta é satisfatória para o setor de Paleontologia
mas não para os estudos voltados à Litoestratigrafia e Sedimentolo
gia. Quanto à área I, está em implantação uma nova proposta, dificul
tada pela "falta de professores habilitados" para certas disciplinas.
De tudo o que se contém no relatório dos peritos verifica
dores, chega-se à conclusão de que a área de Geologia de Engenharia
é a que apresenta melhor desempenho, não registrando problemas de
monta. Necessita lutar com vistas a reduzir o tempo médio de titula,
ção.
Porém, no concernente às outras áreas, os reparos feitos
sobre laboratórios, relação orientando/orientador, estrutura curri
cular, e outros, assinalados pela Comissão Verificadora, estão a exi
gir demonstração cabal por parte da UFRJ quanto às providências ado-
tadas para a superação dos problemas,bem como de esclarecimentos in
dubitáveis sobre questões que não se acham muito nítidas no processo.
Não paira dúvida no concernente à importância e perspectivas desses
programas. Contudo, para que se consolidem efetivame.nte as altera
ções pretendidas, deve a instituição considerar o contido no Relató
rio da Comissão Verificadora, adotando as medidas para solução dos
problemas assinalados.
II - VOTO DO RELATOR
Considerado o exposto, o Relator vota pela imediata renova,
ção do credenciamento, durante o período de cinco (5) anos, do curso
de pós-graduação em Geologia da UFRJ, com área de concentração em
Geologia de Engenharia, em nível de Mestrado, retroagindo os efeitos
desta renovação ao término do credenciamento inicial. Quanto às ou
tras duas (2) áreas, fica a manifestação conclusiva deste Conselho
na dependência de providências a serem adotadas pela instituição.
III - CONCLUSÃO DA CÂMARA
A Camará de Ensino Superior, 1º Grupo, acompanha o voto
do Relator.
Sala das Sessões, em 6 de abril de 1987
IV - DECISÃO DO PLENÁRIO
O Plenário do Conselho Federal de Educação aprovou , por unanimidade, a
Conclusão da Câmara.
Sala Barretto Filho , em 07 DE 04 DE 1987.
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