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A Universidade Federal de Viçosa encaminhou ao CFE pedido
de renovação de credenciamento do mestrado em Extensão Rural,
credenciado mediante o Parecer 40/80, de 24.01.80. 0 processo foi
redistribuído ao Relator em 10.10.1986.
Ao exame preliminar das peças que compõem o processo,
identificou-se conclusão conflitante entre o Relatório Técnico da
CAPES e o estudo da Comissão Verificadora, razão pela qual foi
expedido, em 03.11.1986, o DC 245/86, a fim de que a Universidade
Federal de Viçosa se manifestasse sobre os pontos questionados pelos
peritos verificadores quanto "aos objetivos do programa, ã estrutura
curricular, ao corpo docente, à produção científica e ao tempo médio
de titulação".
Em expediente encaminhado pelo Presidente do Conselho de
Pós-graduação, a instituição vem de responder, dentro do prazo , às
observações feitas pela Comissão Verificadora. E o faz, diga-se
desde logo, de maneira cabal, com documentação adequada relativa às
contestações que formula, deixando a matéria em condições de exame
definitivo.
Credenciado em 24.-01.1980, mediante o Parecer 40/80, o
programa apresenta um desempenho satisfatório, sendo considerado já
consolidado, com excelentes perspectivas de progresso.
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Paulo do Valle Mendes
Renovação de credenciamento do curso de pós-graduação em
Extensão Rural, em nível de Mestrado.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VI
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O corpo docente é de excelente dimensão, em relação ao
número de alunos e ao volume de disciplinas oferecidas. Sua titula-
ção, dizem os consultores da CAPES , "configura uma situação das
melhores". Todos os professores permanentes trabalham em regime de
dedicação exclusiva. No concernente à composição, a Comissão Veri-
ficadora e os consultores da CAPES formularam críticas quanto ao
que consideram uma excessiva concentração de economistas em detri-
mento de especialistas em Extensão Rural. Em resposta, a Universi-
dade afirma que uma análise mais acurada da questão "revela que tal
predomínio é mais aparente do que real, uma vez que não só diversos
professores da área de economia rural trabalham com temas de exten-
são rural, especialmente os referentes a bem-estar, política e pro-
dução, como têm na extensão rural a área de interesse como espe-
cializaçao". No quadro I, encaminhado esta assinalado o campo de
trabalho dos docentes, permitindo identificar a ênfase em questões
de extensão rural. Salienta, ainda, que "cada programa de pós-
graduação tem particularidades próprias, que funcionam como indi-
cadores de sua distribuição em relação a seus congêneres. Uma das
particularidades do Mestrado em Extensão Rural da UFU é a possibi-
lidade que oferece aos estudantes de examinar problemas da exten-
são sob o prisma econômico".
Em reforço ao comprometimento com as questões de extern."
são rural, a UFU comprova que, no biênio 84/85, os estudantes do
0 programa
cursaram 20 disciplinas, das quais onze (55%) exclusivas da
área de extensão rural, cinco (25%) da área de economia, e quatro
(20%). da área de metodologia e estatística. Além disso, salienta
a UFU , o número de alunos matriculados em disciplinas de economia
foi sempre reduzido. Concluindo, faz a comprovação de que, das 22
dissertações defendidas nos anos de 1984 e 1985, apenas quatro
(18,18%) foram orientadas por professor da área econômica.
A estrutura curricular é satisfatória e corresponde aos
objetivos do^eurso, quanto à adequação e coerência do conjunto de
disciplinas, segundo o Relatório Técnico da CAPES.
As observações feitas pelos peritos verificadores merece-
ram, por parte da UFU, contestação já assinalada anteriormente , no
que diz respeito à predominância indiscutível de disciplinas da
área de extensão rural. A instituição acrescenta, ainda, em sua
resposta, que a reformulação da estrutura curricular tem sido ob-
jeto de reflexões, havendo, para o ano de 1986, alterações restri-
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tas "aos métodos quantitativos e ao estudo e análise crítica da
Extensão Rural no Brasil". Tal procedimento é a primeira tentativa
para criar uma disciplina que aborde os problemas filosóficos e
teóricos da Extensão Rural em países subdesenvolvidos. Salienta,
igualmente, o trabalho que vem desenvolvendo para criar disciplina
que envolva o estudo da Extensão sob a perspectiva educacional, não
apenas relativa à transmissão de informações, mas, fundamental-
mente, voltada à formação da consciência rural brasileira. Infeliz
mente, os mecanismos de contratação de pessoal nem sempre tornam
viáveis as pretensões da instituição, no prazo desejado.
As atividades de pesquisa são coerentes com os objetivas
do curso e natureza da área de concentração. Este o comentário dos
consultores da CAPES, Foram listados 7 linhas de pesquisa. A esse
propósito, a Universidade Federal de Viçosa, com base na estrutura
da pós-graduação na área, manifesta as razões pelas quais a maior
parte dos docentes se envolve nas atividades de ensino e de orien-
tação dos discentes, particularmente no referente ao preparo das
dissertações. Já quanto à produção científica discente, é muito
difícil, diz a instituição, possam os alunos publicar artigos ci-
entíficos, além de elaborar suas dissertações, dentro da realidade
do programa de bolsas vigente em nosso país. A UFU, através do
Departamento, vem discutindo, como possível solução, definir um
semestre livre de carga didática, a fim de que possa ser concedida
maior atenção a projetos vinculados às linhas de pesquisa do pro-
grama .
Os títulos de Mestre conferidos são apreciáveis. Somente
no biênio 84/85 foram titulados 22 alunos. A qualidade das disser-
tações é considerada boa pela CAPES. Quanto à procedência dos mes
trandos, dezesseis instituições diferentes estão envolvidas, ha-
vendo apenas 4 alunos ligados ao Sistema Brasileiro de Assistência
Técnica e Extensão Rural. Não procede, pois, a crítica dos ve-
rificadores de que o programa está vinculado ao SIBRATER, sendo de-
le dependente. Igualmente é improcedente, diz a Universidade, "a
afirmação de que apenas os que possuem vínculo têm prioridade de
seleção para a realização do Mestrado. Dos quarenta e seis estudan-
tes, 35% não têm vínculo empregatício".
Finalmente, a Coordenação do Curso deixa bem clara a fi-
losofia do Mestrado em Extensão Rural e os objetivos que persegue,
no sentido de desvendar o que a Extensão Rural "representa como
veículo e como instituição, em suas mais diversas modalidades, com
destaque para o estudo de seus condicionamentos e de suas consequên
cias para a sociedade".
No entender do Relator, a Universidade Federal de Viçosa
atendeu plenamente ao teor da diligência, esclarecendo todos os
pontos questionados pela Comissão Verificadora. Ao longo de 7
(sete) avaliações, quatro resultaram em coneito, duas em B e 1 em
C. 0 último Relatório Técnico da CAPES insere o programa na faixa
de conceito A.
Em anexo, relação do corpo docente e da estrutura do
curso.
VOTO DO RELATOR
II
À vista do exposto, o Relator vota pela renovação, duran-
te o período de cinco (5) anos, do credenciamento do curso de pós-
graduação em Extensão Rural, ministrado em nível de Mestrado pela
Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa-Minas Gerais. Os efeitos
desta renovação retroagem ao término do credenciamento anterior.
III - CONCLUSÃO DA CÂMARA
A câmara de Ensino Superior, 1- Grupo, subscreve o voto
do Relator.
Sala das Sessões, em 09 de março de 1987.
IV - DECISÃO DO PLENÁRIO
O Plenário do Conselho Federal de Educação aprovou , por unanimidade, a
Conclusão da Câmara.
Sala Barretto Filho , em 09 de 03
de 1987.
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