lização, de leve tocada pelo Relator da indicação ora formulada.
A relevância dos problemas relacionados a conceitos, bases
teóricas, linhas metodológicas, operacionalização em geral da educa
ção comunitária não poderiam deixar de ter repercussão e guarida nes
te órgão maior da educação brasileira. A ele está cometida uma obri-
gação ,que pode e deve ser acionada: a de,promover estudos para subsidiar
Cremos que, na área de competências das Câmaras, poder-se-ao desenvolver
estudos até o mês de maio, marcando-se, desde já para junho, um
seminário com participação de educadores renomados e os resultados dos
estudos e do seminário poderiam ser levados ã publica. ção e
divulgação como elemento de estímulo e orientação aos decisórios dos
diferentes níveis de ensino.
Para tal, uma Comissão de Câmaras seria criada, de modo a
acompanhar os estudos e programar o seminário, cumprido o segundo
item das recomendações para um documento de experiências em execução
que seria, também, material de estudo no seminário.
O Conselheiro tocou um dos mais discutidos temas postos,
hoje, em relação a educação escolar.
Não há dúvida de que a escola ainda se apresenta como única
agência social capaz de oferecer ã população chamada "carente" estu
dos que lhe concedem oportunidades de acesso social. Sobre essa popu
lação, todavia, incidem as gravosas condições que dificultam o gozo
de tal benefício, entre elas: baixo poder de reivindicações, escolas
desprovidas de condições asseguradoras de qualidade do ensino - pro-
fessores mal qualificados, instalações físicas precárias, escassez de
materiais, currículo pouco centrado no desenvolvimento acadêmico, me-
nor número de horas de trabalho escolar. Acrescente-se o fato de que
essas populações são as que, via de regra,são invocadas para o que se
chama participação mas, que redunda em situar benefícios para escola a
custa do trabalho e do esforço das famílias. Desejo lembrar que DS
mutirões, por exemplo, não são propostos, geralmente, senão s nos
meios desprovidos de recursos. Junto ás populações de classe média e
alta, a ação do Poder Público se exercita sem exigência de participa
ção delas.
O chamar-se educação comunitária ê menos uma adjetivação' e,
mais, uma redundância, em nosso entender, se o conceito implícito na
expressão ê o de identificação da proposta escolar com as realidades
da comunidade a que a escola serve e a interação participativa entre
ambas para seu desenvolvimento. Toda educação, para ser legítima, nes