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1-RELATÓRIO-
A Secretaria de Educação Superior do MEC encaminha a
este Conselho, para a devida apreciação, proposta de novo cur-
rículo mínimo para os cursos de Desenho Industrial e de Comuni
cação Visual.
Pela afinidade existente entre ambos os cursos, a Re
solução CFE 5/69 havia estabelecido simultaneamente, seus cur-
rículos mínimos obedecendo a um núcleo comum de matérias bási-
cas, seguido de conjuntos específicos de matérias profissionais
para cada curso respectivo.
De forma análoga, agora, a proposta encaminhada consi.
dera Desenho Industrial como curso, podendo apresentar duas ha-
bilitações específicas - Projeto do Produto e Programação Visual
Observa-se, nesse sentido, que a experiência acumula-
da no decorrer de quase vinte anos contribuiu para a sedimenta-
ção dos conceitos, muitas vezes controvertidos, de tal forma
que a alteração das denominações anteriormente aceitas para os
dois cursos passou a encontrar plena justificativa. De fato,
desde o início do primeiro curso de Desenho Industrial entre
nós, na Escola Superior de Desenho Industrial, no Rio de Janei-
ro, em 1962, foram se consolidando as conceituações e convergiri
do as opiniões para uma concepção mais homogênea das atividades
profissionais desenvolvidas no âmbito dessa importante área.
Assim, já em 1978, por iniciativa do antigo Departa-
mento de Assuntos Universitários do MEC, foi composto um grupo
de trabalho que elaborou uma proposta preliminar de novos currí.
culos mínimos, que foi em seguida apreciada por todas as insti-
SECRETARIA DE EDUCAÇÃOSUPERIOR/SESU - MEC
Proposta de Currículo Mínimo para o Curso de Desenho Industrial
RELATOR: SR. CONS. Jucundino da Silva Furtado
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tuiçoes acadêmicas e profissionais de Desenho Industrial em Seminá-
rio realizado emo Paulo sobre "Desenho Industrial e o Ensino".
Em seguida, foi constituída pelo DAU uma Comissão Especial para Es-
tudos do Currículo Mínimo de Desenho Industrial, que aprimorou a
proposta preliminar e procedeu à sua ampla discussão em 1979 no "12
Encontro Nacional de Desenho Industrial - I ENDI", realizado no Rio
de Janeiro. A nova proposta foi enviada em janeiro de 1980 a todas
as escolas e associações, para amplo debate e sugestões, tendo a
SESU então recebido integral apoio à proposta tal qual aprovada no
I ENDI.
Desde a apresentação da proposta preliminar houve concor-
dância geral com o esquema de estruturar-se o Curso de Desenho In-
dustrial com as duas habilitações - Projeto do Produto e Programa-
ção Visual. Reuniões posteriores realizadas em seqüência ao 12 ENDI
confirmaram essa posição. Particularmente o assunto foi considerado
em um relatório elaborado pelo Prof. Gustavo Amarante Bonfim, Coor-
denador da Comissão Especial para Estudos do Currículo Mínimo, para
a SESu, no qual é mencionado que "o desenvolvimento do curso em
duas habilitações atendeu à tendência já existente nos cursos de De
senho Industrial, onde a habilitação, ainda que informal, é fato co
mum na escolha do tema dos projetos de formatura, quando os alunos
optam por um tema em uma das duas áreas de concentração". Continua
ainda o mencionado relatório dizendo que "... as habilitações em
Projeto do Produto ou Programação Visual visam na prática a possibi
lidade de uma maior aprofundamento em cada uma das duas áreas, per-
mitindo ao aluno uma formação mais sólida, preparando-o para o mer-
cado de trabalho, sem contudo impedir que o mesmo se habilite nas
duas áreas se assim o desejar".
Feita esta pequena digressão, necessária para melhor loca
lizar o assunto, deve ser mencionado que no encaminhamento da pro-
posta de novos currículos mínimos pela SESu a este Conselho, em fun
ção das pequenas discordancias apresentadas por algumas instituições
a apreciação geral finalizou com a seguinte manifestação: "Em face
do exposto, conclui-se que a proposta de currículo mínimo para o cur
so de Desenho Industrial, aprovada no I ENDI, embora com pequenas
modificações a serem compatibilizadas pelos especialistas sugeridos
na presente Informação, responde pelos anseios da área. Portanto, em
condições de ser encaminhado ao CFE para apreciação e posterior apro
vação".
As pequenas modificações mencionadas foram objeto de análi
se pelos especialistas sugeridos - Professor Itiro lida e Gustavo
Amarante Bonfim - mediante determinação deste Conselho. As manifes-
tações de ambos os especialistas foram no sentido de queo seriam
necessárias modificações no texto original do projeto, pois "as su-
gestões recebidas das instituições interessadas referem-se, quase
sempre, a aspectos formais e semânticos que no âmbito interno de ca
da instituição poderão ser compatibilizados, pela própria flexibili ,
dade existente na aplicação do currículo mínimo", e ainda "embora
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algumas instituições tenham demonstrado vivo interesse, enviando su
gestões à proposta curricular em debate, essa foi aprovada na assem
bléia do I Encontro Nacional de Desenho Industrial, cuja representa
tividadeo conhece paralelos na história do Desenho Industrial no
Brasil".
A comparação entre o currículo atualmente em vigor (Res.
5/69) e a proposta ora examinada pode ser feita através dos quadros
anexos.
Verifica-se inicialmente a preocupação válida em destacar
um conjunto comum de matérias básicas, de formação geral e mesmo al
gumas de formação profissional, para depois efetuar-se a bifurcação
do curso nas duas habilitações já consideradas.
Quanto às matérias de formação básica, foram incluídas
Matemática e Física Experimental, realmente necessárias para as pos
teriores aplicações. Meios de Representação Bidimensional e Tridi-
mensionalo novas matérias que resultaram da fusão das antigas
Desenho, Plástica, Expressão e Expressão em Superfície, Volume e
Movimento. Em princípio, aparentemente, foi essa uma síntese bastan
te feliz.
Quanto às matérias de formação geral, houve o desmembra-
mento da antiga Estudos Sociais e Econômicos e a introdução de Le-
gislação e Normas. Também essas alterações apresentam justificativa
em face do desenvolvimento sofrido pela área de Desenho Industrial
nos últimos tempos.
Na habilitação Projeto do Produto houve, de significativo,-
a introdução da matéria Sistemas Mecânicos, realmente indispensável,
e que tem como embasamento as matérias de formação básica já cita-
das - Matemática e Física Experimental.
Na habilitação Comunicação Visual houve, de significativo,
a introdução de Produção e Análise da Imagem, também necessária em
face do desenvolvimento do setor.
Foram, ainda, introduzidas em comum às duas habilitações,
as matérias Metodologia Visual e Ergonomia, aprimorando a formação
profissional nos dois setores.
Fica mantida na proposta de novo currículo mínimo o tempo
útil de 2.700 horas para as duas habilitações do curso, bem como o
tempo minimo de três ANOS E MEIO, e aumenta-se de seis para sete anos o
tempo total máximo previsto para sua integralização.
De acordo com nova orientação do CFE, já adotada quando da
apreciação, em 12 de setembro de 19 85, do prê-parecer deste Relator
relativo â reformulação do currículo mínimo do curso de Arquitetura
e Urbanismo, o anexo projeto de Resolução que consubstancia as
medidas propostas para fixação dos mínimos de conteúdo e duração
do curso de Desenho Industrial evita detalhamento especialmente
os relativos a ementas de matérias e a distribuição de cargas ho
rãrias.
Entretanto, a título de sugestão e para orientação
dos formuladores, pelas escolas, dos novos currículos plenos, apre
sentamos a seguir objetivos e ementas para as matérias do currícu-
lo mínimo, antecedidas de uma conceituacão profissional.*
CONCEITUAÇflO DO PROFISSIONAL EM DESENHO INDUSTRIAL
0 Desenhista Industrial é o profissional que
participa de projetos de produtos industriais atuando nas fa
de definição de necessidades, concepção e desenvolvimento do p
jeto, objetivando a adequação destes ãs necessidades do usuário
e ãs possibilidades de produção.
Como necessidades do usuário devem ser entendi
daso somente aquelas do indivíduo, mas também as do grupo so-
cial caracterizado pelos aspectos sõcio-economicos-culturais da
região geográfica de atuação do produto.
Como possibilidade de produção devem ser enteji
didas a adequação ãs limitações de matérias-primas, caracteristi
cas do parque industrial, disponibilidade deo de obra, dentro
do contexto geo-economico.
Na sua atuação, o desenhista industrial rela
ciona-se com profissionais de outras áreas do conhecimento, neces_
sitando, portanto, de uma formação mais abrangente de modo a dis
por de um repertório necessário que o conduza a uma i nteração pro
dutiva .
0 Desenho Industrial abrange duas habilitações
básicas: 0 Projeto de Produto e a Programação Visual. Estas duas
hábil itações pressupõem uma única postura metodológica que as in-
tegra na mesma área do saber.
Ao habilitado em Projeto do Produto cabe aten-
der, através do projeto de sistemas tridimensionais ,as necessidades
do usuário, em seu contexto material; ao habilitado em Programa
ção Visual cabe otimizar, através do projeto de sistemas visual
a relação que se estabelece entre o ser humano e a informação.
EMENTA . Estudo das Técnicas de Utilização de Matérias
Expressivos.Desenho de Observação, de Expres-
o e de Modelo Vivo, Geometria Descritiva e
Métodos de Perspectiva, Desenho Geométrico e
Desenho Técnico, Fotografia.
Objetivos: Matéria que visa desenvolver habilidade de ma
nipulação, expressão, registro, e transmissão
das idéias geradas pelo raciocínio espacial ,
por meio de sua correta representação bidimen
sional.
OBSERVAÇÕES: Esta matéria deve ser desenvolvida através da
prática de "atelier", estúdio e laboratório
fotografico.
4. MEIOS DE REPRESENTAÇÃO TRIDIMENSIONAL
EMENTA . Estudo das Técnicas de Utilização de Materiais
Expressivos, Construção e Teste de Modelos-
sicos, Transposição dos resultados para o modelo real.
Objetivos: Desenvolver a habilidade de construção de mode
los físicos para expressão, ensaios, simulação
e representação.
OBSERVAÇÕES: Matéria que deve:ser complementada com ativida
des nas Oficinas de Madeira, Metal e Modelagem,
atentando para os aspectos de seriação.
B) MATÉRIAS DE FORMAÇÃO GERAL (Comuns as habilitações de Projeto
do Produto e Programação Visual)
1. HISTORIA DA ARTE E DA TECNOLOGIA
EMENTA . História da Arte, História da Tecnologia, His-
tória do Desenho Industrial, História da Indus
trialização no Brasil.
' J
Objetivos: História da Arte deve fornecer elementos para
compreensão dos principais movimentos estéti-
cos, ligados ao Desenho Industrial, Historia
da Tecnologia dever ressaltar a interação en-
tre a inovação tecnológica e as transformações
da sociedade.
Historia do Desenho Industrial deve abranger
as principais correntes de pensamento e sua e
volução no Brasil .
História da Industrialização no Brasil deve
enfatizar os aspectos da evolução econômica ,
política e tecnológica.
2. NOÇÕES DE ECONOMIA
EMENTA , Noções de macroeconomia, Inf1ação e desenvolvimen
econômico. Noções de microeconomia. Estudo da
produção e do mercado. Custos Industriais.
Objetivos: Proporcionar conhecimentos básicos de Economia
Geral e Brasileira e, ao nível microeconÔmico.
o comportamento econômico das empresas.
OBSERVAÇÕES: Devem ser analisados os aspectos econômicos re
gionais e as suas interações com a sociedade
brasileira. No âmbito da empresa, devem ser fo
necidas noções de mercadologia, custos e admi-
nistração da produção,
3. CIÊNCIAS SOCIAIS
EMENTA . Antropologia cultural. Sociologia das relações
humanas, Psicologia da percepção.
Objetivos Em Antropologia Cultural devem ser enfatizados
os aspectos culturais da relação entre homem,
o meio e o objeto.
Em Sociologia, dar ênfase as relações existen-
tes na sociedade brasileira e fornecer elemen-
tos básicos de metodologia e técnica de pesqui
sa.
Em psicologia, deve-se enfocar o estudo da per
cepçao, incluindo a teoria da Gestalt. Motiv
ção e produtividade.
4. LEGISLAÇÃO E NORMAS
EMENTA . Campos e Formas de Atuação Profissional, Pro-
blemas Éticos e Jurídicos da Profissão, Órgãos
Normativos e Normalização Internacional de in-
teresse para a profissão.
Objetivos: Campos e Formas de Atuação Profissional, deve
orientar o aluno quanto as diversas possibili-
dades de atuação e organização profissional.
Problemas Éticos e Jurídicos da Profissão deve
abordar as questões referentes as responsabil
dades, implicações e conseqüências da atuação
profissional,
Órgãos Normativos e Normalização Internacional
deve proporcional conhecimentos básicos sobre
legislação órgãos normativos e propriedade in
dustrial relacionados com o Desenho Industrial.
r
-
OBSERVAÇÕES: Campos e Formas de Atuação Profissional deve
ser ministrada no início do curso, orientando
quanto a escolha da habilitação profissional;
C) MATÉRIAS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL-PROJETO DO PRODUTO
1. METODOLOGIA VISUAL
EMENTA . Estudo da Forma, Textura,r e Estrutura, Ele
mentos de Analise Gráfica.
Objetivos: Fornecer meios para a resolução sistemática de
problemas e utilização da forma, estrutura, no
plano e no espaço, aplicando os conhecimentos
adquiridos nas matérias Meios de Representação
Bidimensional e Meios de Representação Tridi
mens i onal .
OBSERVAÇÕES: Matéria que deve ser complementada com ativida-
des de "atelier", oficinas, laboratório fotogrã
fico e oficina gráfica.
2. TEORIA DA COMUNICAÇÃO
EMENTA . Semiologia, Processos de Comunicação e Teoria
da Informação, Veículos de Transmissão da Infor
mação.
Objetivos: Fornecer conceitos sobre a analise do signo e
do objeto, as teorias da comunicação e da infor
mação, e dos veículos de transmissão da infor-
mação, possibilitando a visão ampla das suas ca
racterísticas em relação ao desenvolvimento do
projeto e seu alcance social e econômico.
OBSERVAÇÕES: Em Semiologia dar ênfase ao estudo do objeto.
3. METODOLOGIA DO PROJETO
EMENTA . Técnicas de determinação de necessidades, Técni
ca de pesquisa e levantamento de dados, Identi-
ficação dos Meios Materiais e Instumentais do
Projeto , Técnicas de Criatividade, Técnica de
Gerência do Projeto , Métodos de Desenvolvimen-
to do Projeto.
Objetivos: Fornecer o instrumental para a definição, plane
jamento, acompanhamento e desenvolvimento do
projeto.
4. ERGONOMIA
EMENTA . Sistema Homem-Mãquina, Fisiologia do Trabalho ,
Antropometria e Biomecânica, Ambiente do Traba-
lho, Técnicas de Pesquisa.
Objetivos: Estudo e análise dos parâmetros,limitaçoes
* capacidades humanas nas relações operador-obje
to - usuário e os critérios para medida e avalia
ção. do desempenho do sistema homem-máquina-tra
balho-ambiente.
OBSERVAÇÕES: Matéria que deve ser complementada: com análi-
se ergonômica de produtos e com experimentos.
5- MATERIAIS INDUSTRIAIS
EMENTA . Elementos de ciência dos materiais. Tecnologia
dos materiais usuais em construção mecãnica(me
tais, cerâmica e polímeros). Resistência dos
materiais.
Objetivos: Analisar o comportamento físico e químico dos
principais materiais usados em construção me-
cânica .
Resistência dos materiais deve proporcionar o
conhecimento dos esforços que atuam nos mecanis_
mos e estruturas dos produtos industriais,além
de fornecer as bases de seu dimensionamento.
OBSERVAÇÕES: A matéria deve ser complementada com aulas prã_
ticas de metalografia e ensaio de materiais.
6. FABRICAÇÃO
Metrologia, Padronização, Acabamento Superfici
al. Processos de fabricação por fundição, con
formação e usinagem. Processos de tratamento
térmico . Programação e controle da produção e
de custos.
OBJETIVOS: Fornecer informações sobre os processos de trans
formação metalurgica,fundição e mecânica com usos e
limitações de cada processo e as suas implica-
ções no sistema produtivo.
7. SISTEMAS MECÂNICOS
EMENTA
OBJETIVOS: Sistemas Mecânicos deve proporcionar o conheci
mento das formas construtivas dos elementos de
maquinas e de dispositivos, objetivando uma vi-
o pratica de sua construção, levando em consi
deração os itens de fabricação, utilização e
confiabilidade.
8. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DO PRODUTO
EMENTA
ObjetiVOS
Pratica e Execução de Projeto do Produto.
Matéria que deve ser enfocada como linha mestra
do curso, aplicando os conhecimentos adquiridos
nas diversas matérias.
A prática projetual deve ocorrer em todas as e-
tapas do curso, abordando diversos tipos de pro
jetos e culminando em um Projeto Final de Gra-
duação,
OBSERVAÇÕES 0 aluno deverá ser solicitado tanto a resolver
temas propostos, como a propor temas de proje-
to, a partir de definições de necessidades do
usuário e da região, atentando sempre ã preser-
vação do meio ambiente.
D) MATÉRIAS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL - PROGRAMAÇÃO VISUAL
1. METODOLOGIA VISUAL (idêntica a habilitação em Projeto do Pro
duto)
OBSERVAÇÕES: Matéria a ser complementada com ativídades pra
ticas de oficina e visitas, enfatizando a utili
zação de recursos regionais.
3. METODOLOGIA DO PROJETO ( idêntica a habilitação em Projeto do
Produto)
4. ERGONOMIA (idêntica ã habilitação em Projeto do Produto)
5. MATERIAIS E PROCESSOS GRÁFICOS
EMENTA
Objetivos:
OBSERVAÇÕES
Materiais de impressão, gravação e suportes ,
Processos de Impressão e Gravação, Revestimen
tos e Acabamentos Industriais, Métodos de pia
nejamento, Controle e Custos da Produção.
Fornecer ao aluno conhecimentos tecnológicos
relativos aos materiais e aos processos do
projeto de sistemas visuais.
Matéria que deve enfatizar a utilização de re
cursos regionais e deve ser complementada com
palestras, estudos de casos e visitas.
6. PRODUÇÃO E ANALISE GRAFICA
EMENTA
Objetivos :
Processos Gráficos e Tipográficos. Acabamento
Grafico,Fotaprodução, Tipologia, Linguagem Gra
fica, Layout, Diagramação, Paginação e ArteN
nal .
Fornecer ao aluno conhecimentos de produção
gráfica, abrangendo todos os materiais passí
veis de impressão, seus processos e técnicas
específicas. Linguagem Grafica deve fornecer
elementos sobre composição gráfica e sua aná-
lise. Tipologia deve fornecer conhecimentos
históricos e formais de análise da famílias de
tipos, alem de propor exercícios que se basei
em no estudo tipolõgico. Layout ,Paginação, Dia
gramação e Arte Final constituem uma área emi-
nentemente prática, que deve ser complementada
na oficina gráfica.
2. TEORIA DA COMUNICAÇÃO (idêntica a habilitação em Projeto do
Produto)
OBSERVAÇÕES
Matéria que deve ser complementada com ativi
dade em laboratório fotográfico, oficina gra
fica, oficina de silk-screen.
7. PRODUÇÃO E ANALISE DA IMAGEM
EMENTA
Recursos e Linguagem de Fotografia, Cinema
Animação, Audiovisual e de Televisão.
Objetivos :
Fornecer conhecimentos dos processos e materia
is envolvidos na criação da imagem, visando a
reprodução do projeto através destes veiculos,
assim como suas linguagens específicas.
OBSERVAÇÕES Matéria que deve ser complementada com ativida
des práticas, familiarizando o aluno com o uso
de instrumentos e equipamentos específicos.
8. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE PROGRAMAÇÃO VISUAL
EMENTA Pratica e Execução de Projetos de Programação
Visual .
Objetivos :
Matéria que deve ser enfocada como linha mes
trado curso, aplicando os conhecimentos adqui
ridos nas diversas matérias.
A pratica projetual deve ocorrer em todas
etapas do curso, abordando diversos tipos
projetos e culminando em um Projeto Final
Graduação.
OBSERVAÇÕES
0 aluno devera ser solicitado tanto a resolver
temas propostos, como a propor temas de proje
to a partir de definições de necessidades do
usuário e da região, atentando sempre a pre-
servação do meio-ambiente. Os projetos deverão
abranger diversos campos de atuação, incluindo
programação urbana e ambiental.
Conforme se poderá verificar no anexo Projeto de
Resolução, prevê-se que os novos currículos do curso de Desenho
Industrial entrarão em vigor a partir do ano letivo de 19 88, ca
bendo as instituições de ensino que já ministram o curso encami
nhar a apreciação do CFE, no decorrer dos anos de 19 86 e 19 8 7 os
seus novos currículos plenos.
II - VOTO DO RELATOR
Em face do exposto, o Relator ê favoravel a
fixação de novos mínimos de conteúdo e de duração do curso de
Desenho Industrial, com habilitações em Projeto do Produto e
em Programação Visual, nos termos do projeto de Resolução anexo
a este parecer.
Sala de Sessões em 8 de outubro de 19 86.
III- CONCLUSÃO DA COMISSÃO CENTRAL DE CURRÍCULOS
A Comissão Central de Currículos aprova o Parecer do Relator.
Sala das Sessões,em de novembro de 1986.
Presidente
Relator
MATÉRIAS DE FORMAÇÃO
GERAL
MATÉRIAS DE FORMAÇÃO
BÁSICA
PROPOSTA DO NOVO CURRÍCULO MÍNIMO
CURRÍCULO MÍNIMO EM VIGOR (RES. 5/69)
QUADRO COMPARATIVO N° 1
Legislação e Normas
Noções de Economia
. Ciências Sociais
Estudos Sociais e Econômicos
História da Arte e da Tecnologia
Estética e História das Artes e das Técnicas
Meios de Representação Tridimensional
Plástica (comum)
Expressão (só para D.I.)
Expressão em Superfície, Volume e Movi-
mento (só para C.V.)
Meios de Representação Bidimensional
Desenho (comum)
Expressão (só para D.I.)
Expressão em Superfície, Volume e Movi-
mento (só para C.V.)
Física Experimental
Matemática
Desenvolvimento do Projeto de Comunicação Visual
Planejamento: Projeto e Desenvolvimento
Produção e Analise da Imagem
Produção e Análise Gráfica
Análise Gráfica
Materiais e Processos Gráficos
Teoria da Técnica e dos Materiais
Desenvolvimento do Projeto do Produto
Projeto e seu Desenvolvimento
Sistemas Mecânicos
Fabricação
Teoria da Fabricação
Materiais Industriais
Materiais Expressivos e Técnicas de
Utilização
Ergonomia
Metodologia do Projeto
Projeto e seu Desenvolvimento (só para D.I
Planejamento: Projeto e Desenvolvimento
(só para C.V.)
Teoria da Comunicação
Ciências da Comunicação
PROPOSTA DO NOVO CURRÍCULO MÍNIMO
Metodologia Visual
CURRÍCULO MÍNIMO EM VIGOR (Res.5/69)
MATÉRIAS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
QUADRO COMPARATIVO N° 2
Habilitação
Programação Visual
Habilitação
Projeto do
Produto
Comuns
PROJETO RESOLUÇÃO N° DE DO C.F.E.
Fixa os mínimos de conteúdo e duração pa
ra Curso de Desanho Industrial e suas
habilitações em Projeto do Produto e Pro
gramação Visual.
Art. 1°-0 currículo mínimo do curso de Desenho Industrial se-
rá composto de matérias de formação básica, formação
geral e formação profissional.
Parágrafo 1°-0 curso de Desenho Industrial poderá ter habilita
çoes em Projeto do Produto e Programação Visual.
Parágrafo 2° - As duas habilitações previstas no parágrafo ante-
rior terão em comum as matérias de formação básica e
formação geral, mas diferem quanto as de formação pro-
fissional .
Art. 2° - As matérias de formação básica cobrirão os seguintes
campos :
1. Matematica
2. Física Experimental
3. Meios de Representação Bidimensional
4. Meios de Representação Tridimensional.
Art, 3° - As matérias de Formção Geral cobrirão os seguintes cam
pos :
1. Historia da Arte e da Tecnologia
2. Noções de Economia
3. Ciências Sociais
4, Legislação e Normas
Art. 4° - As,matérias de formação profissional para habilitação
em Projeto do Produto cobrirão os seguintes campos:
1 . Metodologi a Visual
2. Teoria da Comunicação
3. Metodologia do Projeto
4. Ergonomia
5. Materiais Industriais
6. Fabricação
7. Sistemas Mecânicos
8. Desenvolvimento do Projeto do Produto
Art. 5° - As matérias de formação profissional para habilitação
em Programação Visual cobrirão os seguintes campos:
1. Metodologia Visual
2. Teoria da Comunicação
3. Metodologia do Projeto
4. Ergonomia
5. Materiais e Processos Gráficos
6. Produção e Analise Grafica
7. Produção e Analise da Imagem
8. Desenvolvimento do Projeto de Comuni-
cação Visual
Art. 7° - A ordenação das matérias apresentadas nos artigos,
, 4° e 5°o representa sequéncia imposta na estru-
turação do currículo pleno, o qual poderá admitir inter
penetração entre as varias classes de matérias.
Art. 8° - Para a formulação do currículo pleno do curso, as mate
rias fixadas nos artigos,, 4° e 5° poderão ser
desdobradas em diciplinas,pelas instituições de ensi-
no, que acrescentarão outras,obrigatórias e optativas,
visando ao atendimento das necessidades locais e regio
nais .
Art. 9° - Os currículos plenos do curso de Desenho
o desenvolvidos no tempo útil de pelo menos 2.700 ho
ras didáticas, que deverão, ser integralizadas em tempo
total variável de 7 a 14 semestre letivos .
Parágrafo 1° - Para efeito de integralizaçao da carga horariao po
derao ser incluídas disciplinas exigidas por legisla-
çao especifica, alem aquelas ja exigidas pa
ra o de Estudo de Problemas Brasileiros e Educação-
sica.
Parágrafo 2° - Dentro da carga horária poderá ser pre
visto o estágio supervisionado,o podendo, porém,ser
computadas para integralização do tempo útil mínimo,as
que excedam a 20% do numero de horas fixadas para o
curso .
Art. - 0 novo currículo do curso de Desenho Industrial
vigência a partir do ano letivo de 1988
Parágrafo 19 - As instituições de ensino poderão fazer adaptações
curriculares a seu critério, sendo mantidas as exigên-
cias do currículo mínimo anterior para os alunos matri
culados antes de 1988,
Parágrafo 2° - No decorrer do ano de 1987 as instruções de
no encaminharão ã apreciação do Conselho de educação competente os planos curricu-
lares adaptados a esta Resolução, com as cargas horá-
rias das disciplinas.
Art. 10- Esta Resolução entra em vigor na data de sua publica-
ção no D.O.U. em substituição ã Resolução N° 5 do CFE
de 27.1969.
IV - DECISÃO DO PLENÁRIO
0 Plenario do Conselho Federal de Educação aprovou , por unanimidade, a
Conclusão da Camara.
Sala Barretto Filho , em 28 de 01 de 1987
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