çáo de novos cursos de Ciências Contábeis sempre que a relação ins-
crições/vagas se situasse abaixo de quatro ou cinco.
Naquele parecer nº 306/86, procuramos esboçar um quadro do
ensino das Ciências Contábeis no Brasil e da recente evolução da
contabilidade com a ação governamental a impor modificações por via
legislativa, com muita celeridade e, por outro lado, tardando as
alterações nas estruturas dos cursos, impossibilitando a recicla gem
dos profissionais ou sua adequação aos requisitos técnicos que
passaram a ser exigidos no mercado de trabalho. Indicamos, com base
nos poucos estudos que foi possível reunir, o quanto se deplora no
Brasil.mais que a rapidez dessas mudanças, a forma de elaboração '
das normas; aqui, ao contrário de outros países, sem a maturação pe
la sociedade, sem a consulta aos segmentos interessados, os órgãos de
classe, as associações profissionais - que tão grande colaboração
poderiam trazer ao Estado regulador. Para muitos, o ensino da
Contabilidade se encontraria completamente defasado da realidade, ,
sendo fator relevante da inadequação dos profissionais ao mercado de
trabalho, ocorrendo, em consequência um desinteresse marcante, pela
profissão, por parte dos jovens universitários.
Mostrou-se não existir, no Brasil, uma comunidade acadêmi
ca desenvolvendo, em regime de tempo integral, programas de pesqui-
sa sobre temas contábeis, apontou—se a ausência de cursos de põs-
graduação em ciências Contábeis sem a possibilidade pois, de forma-
ção de docentes e pesquisadoras em contabilidade, acarretando uma
total estagnação do desenvolvimento do setor.
Quanto ao currículo, com sua total inflexibilidade e desa,
tualização, não ofereceria ao aluno as ferramentas necessárias para
o exercício da profissão.
Mesmo com a expansão da economia brasileira em 1985 e mes
mo considerando que mais possibilidades se abrirão no mercado de
trabalho para aqueles a que estarão afetos o controle patrimonial e
as finanças de empresas, de órgãos públicos e de entidades privadas
de fins não econômicos, ainda assim nos pareceu sensato perseve
rar" na mesma prudência dos anos recentes" deste Conselho com res -
peito aos cursos de Ciências Contábeis.
E fomos de parecer devesse a CAPLAN persistir em sua deci-
são anterior, de não admitir, em princípio, a criação de novos cur-
sos de Ciências Contábeis sempre a que a relação I/V se situasse a-
baixo de quatro, admitidas aquelas exceções fixadas, de quando se