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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO
INTERESSADO/MANTENEDORA UF
Universidade Federal Fluminense
ASSUNTO:
Renovação de Credenciamento do Curso de Matemática a nível de Mestrado
RELATOR: SR. CONS. Pe.Laércio Dias de Moura,S.J.
P
ARECER N
°
CAMARÁ ou
COMISSÃO
APROVADO EM: 23001.002076/90-02
PROCESSO Nº
l . RELATÓRIO
0 Magnífico Reitor da Universidade Federal Fluminense, dirigiu-se ao Presiden-
te deste Conselho, a 6 de Agosto de 1992, encaminhando cópia do pedido de re
-
credenciamento do Curso de Pós
-
G
raduação em matemática, a nível de Mestrado,
solicitando que se anexasse o pedido ao processo n° 2300-1002076/90-02, que
tratava também do recredenciamento em questão.
0 Curso de Pós-Graduação em Matemática, em nível de Mestrado, oferecido pela
Universidade Federal Fluminense, teve início em 1969.
0 pedido de credenciamento do curso baixou em diligência por duas vezes, con-
forme Pareceres do CFE n
º
s
.2241/74, de 05 de fevereiro de 1973 e de 06 de fe
-
vereiro de 1974, respectivamente.
Atendidas as diligência, o curso teve seu credenciamento efetivado mediante o
Parecer nº 1.605/78, de 10 de maio de 1978, nas áreas de Matemática Aplicada,
Matemática Pura e Lógica Matemática.
Em julho de 1982 a Universidade Federal Fluminense solicitou a renovação do
credenciamento de seu curso de Pós
-
G
raduação em Matemática, nas três áreas, e
o Conselho Federal de Educação emitiu o Parecer nº 211/83, de 4 de maio de
1983, contrário ã renovação do credenciamento do cu
r
so e, recomendou à Insti
-
tuição observar "as deficiências apontadas nos Relatórios da CAPES e da Comis
-
são Verificadora, ou com base no Relatório anual 1981/1982 e nas novas obse
r
-
vações que tenham sido feitas, no final de 1982, pela Comissão de C
o
nsultores
Científicos da CAPES, e observada a Resolução n
º
5/83/, do CFE", a fim de, su
-
peradas tais deficiências, efetuar novo pedido de credenciamento do curso.
Tomadas as providências necessárias a Instituição solicita, novamente, a reno-
vação do credenciamento do Mestrado do Curso.
Foi constituída para a visita ao Curso Comissão constituída pelos Professores
Luquésio Petrola de Melo Jorge, da Universidade Federal do Ceará, e Plácido
Zoega Táboas, da Universidade de São Paulo.
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A visita se realizou nos dias 19 e 20 de Maio de 1992, sendo o Relatório apre-
sentado a 20 de agosto de 1992.
Do relatório da visita e dos demais elementos do processo ressaltam os seguin-
tes dados:
1- Nota a Comissão visitadora, no início do seu relatório, que "até recente-
mente, este curso vinha sofrendo críticas na comunidade matemática no que diz
respeito ã quantidade de sua produção científica, ã adequação de seu corpo do-
cente e ã estrutura administrativa/acadêmica. Como consequência, sua concei-
tuação na CAPES era muito baixa. Em 1991 foi realizada uma reforma total no
curso a qual foi aprovada na Resolução do Conselho de Ensino e Pesquisa n2s
26/91 e 27/91, de 08/05/91 da UFF. Essa reforma tocou em todos os pontos rela-
cionados acima, com uma sensível melhora de qualidade e atendendo ãs recomen-
dações e pareceres anteriores."
2- 0 elenco de disciplinas é organizado em três categorias:
(a) de nivelamento,
(b) obrigatórias e
(c) optativas
Na nova estrutura são obrigatórias seis disciplinas, sendo três básicas (Álge-
bra, Álgebra Linear e Geometria) e três complementares (Equações Diferenciais
Ordinárias, Geometria Diferencial e Variáveis Complexas). Os conteúdos progra-
máticos dessas disciplinas e os textos utilizados são iguais aos dos melhores
cursos do país, o do IMPA por exemplo.
Os especialistas remanescentes da antiga área de lógica compõem um grupo de
inteligência artificial isolado do novo mestrado. Foi feito um plano cuidadoso
de adaptação dos alunos antigos ao novo currículo.
3."0 Corpo Docente é composto por professores dos cinco Departamento do Insti-
tuto de Matemática cujos nomes foram aprovados no Colegiado e, em seguida,
credenciados pela Coordenadoria dos Cursos de Pós-Graduação da Pró-Reitoria de
Pesquisa e Pós-Graduação. Para tal credenciamento é necessário o título de
Doutor ou equivalente e o compromisso com a pesquisa e a formação acadêmica
dos estudantes. Esta estrutura está funcionando há dois anos com sucesso, per-
mitindo o fácil acesso do aluno ao pesquisador e ã própria estrutura adminis-
trativa, o que não ocorria antes."
"0 Corpo Docente sofreu uma renovação acentuada. Primeiro houve o desligamento
de 52,6% dos seus dezenove professores e, em seguida, uma adesão de oito novos
professores contratados, que representam 47,1% do corpo docente atual, consti
tuído de dezessete professores. Na prática, a renovação foi total. As novas
contratações criaram novas linhas de pesquisa ou reforçaram linhas antigas.
Somente um professor, representando cerca de 5,9% do corpo atual, não trabalha
em regime de dedicação exclusiva."
"Não existe dependência de professores visitantes ou convênios para o funcio-
namento do programa e a distribuição dos professores é equilibrada, não omi-
tindo áreas fundamentais da matemática."
"Ê importante registrar o compromisso do corpo docente com o curso, organizan-
do seminários, buscando intercâmbios, desenvolvendo programas de iniciação
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científica, procurando interferir também na qualidade do curso de graduação e
incentivando a oferta de cursos de reciclagem de professores, por parte de ou-
tros setores do Instituto. Essa disposição tem-se refletido no ânimo dos alu-
nos."
4. Corpo Discente
"A quantidade de alunos novos ê ainda pequena (somente três novos e dois rema-
nescentes do sistema antigo), o que corresponde a uma baixa relação orientan-
do/orientador."
"Existem doze estudantes do sistema antigo orientados por especialistas que
nao fazem parte do corpo docente, mas que tiveram seus nomes aprovados para
este fim. Isso ocorre porque esses alunos já estavam em fase de elaboração de
monografia e não fizeram opção pelo novo sistema, uma inevitável situação
transitória face ã mudanças implantadas."
"A Coordenação adotou uma política agressiva de divulgação do novo curso, in-
clusive com anúncios da seleção em jornais. Foram pré-selecionados vinte estu-
dantes que estão em fase de nivelamento. 0 desempenho no nivelamento, junta-
mente com duas cartas de recomendação e histórico escolar definirão a situação
de cada um. Embora o curso se localize em área próxima a outras pós-graduaçoes
bem desenvolvidas, como IMPA, UFRJ e PUC-Rio, tem sua própria área de influên-
cia que inclui a região de Niterói e o inferior fluminense."
"Com a reforma, um estudante deve concluir o curso de mestrado em trinta
meses, podendo ter uma prorrogação de seis meses. Os doze estudantes que
fizeram opção de continuar no esquema antigo formam um grupo ã parte que tem
se isolado; não foi possível entrevitá-los. Somente dois dos antigos estudan-
tes fizeram opção pelo novo esquema. Em todo esse processo, a atitude da Coor-
denação nos pareceu exemplar." 0 quadro abaixo esclarece a situação do corpo
discente:
Nivelamento Cursando Cursando Monografia Esperando
disciplinas disciplinas defesa
e Monografia
20 5 - 12 4
"Os demais tópicos do roteiro sugerido pela CAPES relativos ao corpo discente
(fluxo de alunos, tempo médio de titulação e destino dos egressos), não podem
ser analisados, face ao estágio ainda inicial dos alunos no novo esquema."
5. Pesquisa e Produção Científica
"Ainda não houve tempo suficiente para analisar a produção científica por li-
nhas de pesquisa. Entretanto, acreditamos no potencial do corpo docente atual
por sua experiência e currículo. Já se registra uma boa produção em geometria
algébrica e, em segundo plano, geometria diferencial e mecânica simplética,
que são linhas integradas ao curso desde a reforma e que deverão dar o padrão
neste novo ambiente de pesquisa. Há ainda uma significativa atividade de pes-
quisa na área de Topologia Diferencial e folheações."
"A inexistência de tempo hábil para a produção de monografias prejudica a aná-
lise desse ponto. No esquema adotado, as disciplinas obrigatórias dão a base
necessária ao estudante para o aprofundamento em uma linha de pesquisa, obtido
através de duas disciplinas eletivas. Esse procedimento aproxima o aluno ao
pesquisador, esquema que tem produzido bons resultados onde foi implantado,
formando um profissional conhecedor de uma linha de pesquisa, com vários exem-
plos de estudantes com resultados originais em suas monografias de mestrados,
o que nao ê comum em matemática. 0 corpo docente atual é capaz e a reforma
posta em prática merece nossa aprovação. Seus frutos virão na medida do apoio
das agências financiadoras."
6. Infraestrutura Física e Financeira .
"0 espaço físico ê inadequado ao funcionamento da pós-graduação, bem como ao
do Instituto de Matemática. Salas de aula em número insuficiente, professores
e estudantes sem local apropriado ao trabalho, biblioteca sem espaço físico
para crescimento e atendimento. Laboratório de computação inexistente. Mesmo
os equipamentos mais simples de apoio ã área aplicada são precários. Há também
dificuldades para as secretarias funcionarem bem. Faltam copiadoras, material
de expediente, etc. A reitoria tem planos de deslocar o Núcleo de Processamen-
to de Dados para outro local e fazer uma reforma geral do prédio, melhorando
as condições de trabalho."
"0 acervo bibliográfico cresceu significativamente com a incorporação da bi-
blioteca do extinto Núcleo de Estudos e Pesquisas Científicas (NEPEC) do Rio
de Janeiro e com as doações das bibliotecas particulares dos professores Cons-
tantino M.de Barros e Armando Disas Tavares. Os periódicos não atendem a todas
as linhas de pesquisas e estão desatualizados, entretanto, essa deficiência é
parcialmente neutralizada pela utilização da biblioteca do IMPA."
"Quanto ã parte financeira, não há atualmente projetos sendo financiados.
Existe uma urgência de apoio dos órgãos financiadores para concretizar defini-
tivamente o ambiente de pesquisa recém criado. 0 curso carece de verbas para
intercâmbio, criação de laboratórios de computação matemática, adequação de
locais de trabalho, acervo bibliográfico, bolsas,etc."
7. Intercâmbio com outras Instituições e Cursos
"0 curso está bem integrado ao ambiente matemático nacional. Por razões ób-
vias, há um intercâmbio científico mais intenso com o IMPA, PUC-Rio e UFRJ,
mas é bastante nítida a participação na vida científica do país."
"0 corpo docente mantém importantes relações com outros centros do exterior,
notadamente da Espanha, França, Japão e Estados Unidos. Mantém um convênio com
o Consejo Superior de Investigaciones Científicas da Espanha, já em funciona-
mento."
8. A Comissão assim conclui o seu Relatório
"0 Curso deixa uma impressão fortemente favorável. Tendo passado recentemente
por uma drástica mudança, está estruturado de modo a fornecer uma boa formação
a estudantes que pretendam iniciar um programa de doutorado, bem como àqueles
que busquem implementar sua cultura matemática para melhor desempenho de suas
atividades profissionais. Sua existência é claramente necessária em sua área
geográfica de influência e está aparelhado, do ponto de vista de.recursos hu-
manos, para cumprir seu papel. Em nossa opinião, merece atenção especial das
entidades de apoio, no sentido de muni-lo de recursos para seus projetos de
ampliação e adequação da infraestrutura física."
"Considerando a circunstância específica do curso ter iniciado uma nova fase,
praticamente independente da experiência anterior, o processo em pauta se ca-
racteriza melhor como de credenciamento e não de sua renovação."
'Em vista do exposto, recomendamos enfaticamente o credenciamento do Mestrado em
Matemática da Universidade Federal Fluminense."
IV - DECISÃO DO PLENÁRIO
O Plenário do Conselho Federal de Educação aprovou, por unanimidade, a con-
clusão da Câmara.
Sala Barreto Filho, em 14 de 04
de 1993.
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO
DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO - CFE
FOLHA DE PRESENÇA REFERENTE A SESSÃO PLENÁRIA
DO DIA 14/04/1993, REALIZADA ÀS ...........HORAS
REUNIÃO ORDINÁRIA DE 1993.
II.PARECER E VOTO DO RELATOR
Tendo em consideração o relatório da Comisnão Verificadora e e recomendação final que
faz sou de parecer que este Concelho aprove a solicitação feita. Contudo, como e
fundamentalmente observado pela comissão
considerando a circunstância específica do curso ter iniciado uma nova
fase,praticamente independente da experiência an-terior, o processo em pauta se
caracteriza melhor como de credenciamento e não de sua renovação. Parece-me
pois mais consetâneo com a realidade
vivida pelo curso, que este conselho aprove o credenciamento do curso
de mestrado em Matemática da Universidade Federal
Fluminense, pelo período de cinco anos, a partir de 8 de maio
de 1991, data em que foi aprovada pelo Conselho
de Ensino e pesquisa da Universidade as Resoluçoes 26/91 e 27/91,
aprovandoa reforma total do curso.Deverá entretanto ficar ressalvado que
os alunos admitidosanterior entre áquela data têm validados os trabalhos
escolares por eles devidamente realizados. Parece-me importante também deixar
cosignado que devem ter especial consideração no pedido de credenciamento a ser
efetuado em 1996, as providências que a reitoria tem por plano realizar no
sentido desuprir as deficiências quanto a estrutura física e financeira
constantesno item 6 do relatório deste parecer.
III - DECISÃO DA CÂMARA
A câmara do ensino superior acompanha o voto do relator.
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