( PDF ) Parecer CFE/CESu (n.639/1993)

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO

INTERESSADO/MANTENEDORA

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

ASSUNTO

Solicita Recredenciamento Curso de Pós-Graduação em Letras

RELATOR: SR.CONS. Pe.Laércio Dias de Moura,S.J.

PARECER N° 639-93

CÂMARA OU COMISSÃO

APROVADO EM 07/10/93

ESu

ROCESSON° 23038.003968/91

I - RELATÓRIO

0 Pró-Reitor de Pes

uisa e P

radua

da Pontifícia Univer

sidade Cat

lica do Rio Grande do Sul solicita a este Conselho a

renovação do

credenciamento do Curso de P

-Graduação em Le

tras, em nível de Mestrado e Doutorado, daquela Universidade.

"0 Curso de Pós-Graduação em Letras, nas áreas de Lingüística

licada e Teoria Liter

ia da Pontif

ia Universidade Cat

ica

do Rio Grande do sul

iniciou suas atividades em 1969

ofere

cendo 0 mestrado,

ue foi credenciado

elo Parecer n° 843/73

CFE

de 08 de

unho de 1973. Este credenciamento foi

sucessi

vamente

renovado conforme os Pareceres nos. 1.383/79 de 04 de

outubro de 1979 e 846/85

de 5 de dezembro de 1985

sendo

este último também credenciou 0 Doutorado, (iniciado em 1978)."

Com 0 objetivo de fornecer subsídios a este Conselho para o

amento do mérito da solicita

a CAPES or

anizou Relat

rio Técnico com base na

tima avalia

feita

or seus Consul

tores Científicos

referente aos anos de 1990/91

e foi a

sentado também 0 Relat

io da Comiss

Verificadora

com

osta

da Professora Dirce Corte Riedel,, daa UERJ, e do Prof

ssor

Nilton do Nascimento da UFMG

ue visitaram a institui

nos

dias 01 e 02 de julho de 1992.

Dos documentos apresentados emergem os seguintes dados:

I - Organização Acadêmica e Administrativa

1.1 Organização Acadêmica

"0 Curso de Pós-Graduação em Letras da PUC-RS oferece duas

áreas de concentraçã

: Lin

tica A

licada e Teoria da Litera

tura, nos níveis de Mestrado e Doutorado.

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Cada área de concentração apresenta, para os dois níveis, propostas cur-

riculares específicas, bem como opções de cursos de Especialização em al-

guns campos dos estudos da .linguagem.

Para se ter uma visão global da organização acadêmica do Curso é necessá-

rio considerar, além das propostas curriculares do Doutorado, do Mestrado

e da Especialização, alguns outros fatores que lhes asseguram as condi-

ções de realização, tais como o funcionamento de quatro centros de pes-

quisa,, de uma oficina de criação literária, e a existência de uma políti-

ca de extensão bem definida".

1.2 Especialização

"Os cursos de Especialização norteiam-se por um currículo restrito, orga-

nizado em função da especificidade da área a que se destinam, de modo a

possibilitar aos alunos o cumprimento dos 24 créditos exigidos. Estes

cursos visam a "formar" professores para a docência universitária e pes-

quisadores para a investigação científica, atendendo às necessidades se-

toriais e regionais com respeito às questões de linguagem em suas dife-

rentes manifestações. "Nesse sentido, o programa tem oferecido cursos que

titulam especialistas em: Lingüística Aplicada, Teoria da Literatura,

Lingüística Aplicada ao Ensino do Inglês, Teoria da Literatura Aplicada

ao Ensino, Literatura Infanto-Juvenil, Ortopedia Lingüística, Estrutura-

ção do Português, Patologia e Terapia da Comunicação Lingüística, Litera-

tura do Rio Grande do Sul, Ensino do Português, Lingüística Aplicada ao

Ensino da Língua Portuguesa, Leitura e Redação, Problemática da Leitura,

Literatura Brasileira, Lingüística Aplicada à Alfabetização, etc."

1.3 Centros de Pesquisa. Oficina de Criação Literária e Política de Ex

tensão

"Subordinados ao Curso de Pós-Graduação em Letras da PUC-RS, com o obje-

tivo de estimular as atividades de pesquisa, funcionam quatro centros de

pesquisa: Centro de Pesquisas Literárias, Centro de Pesquisas Lingüísti-

cas, Centro de Estudos sobre Aquisição e Aprendizagem da Linguagem, e

Centro de Estudos de Culturas de Língua Portuguesa. Tais centros envolvem

professores e alunos dé nível de pós-graduação, além de discentes de gra-

duação provenientes dos cursos de Letras e Comunicação Social da própria

Universidade.

Os quatro centros desenvolvem, através de vários projetos em execução,

diferentes linhas de pesquisa, definidas a partir de objetos de estudo

bem definidos.

0 Centro de Pesquisas Literárias organiza sua investigação científica em

torno de três focos: Literatura Infantil e Ensino, Literatura. Sul-Rio-

Grandense e Teoria da Literatura. ' O Centro de Pesquisas Lingüísticas

aborda questões relativas á teoria da linguagem e o ensino de língua por-

tuguesa, nos diferentes graus. O Centro de Estudos sobre a Aquisição e

Aprendizagem da Linguagem congrega pesquisadores interessados em realizar

estudos nas áreas de aquisição da língua materna e de segunda língua;

aprendizagem da língua materna e de línguas estrangeiras na escola; fono-

logia clínica; desvios da linguagem. Já o Centro de Estudos de Culturas

de Língua Portuguesa dedica-se à análise 'das literaturas de expressão

portuguesa, do ponto de vista da representação histórica e a uma avalia-

ção das possibilidades de estudo comparativo de diferentes sistemas lite-

rários.

Ainda integra o projeto da Pós-Graduação em Letras da PUC-RS uma Oficina

de Criação Literária com cento e vinte horas de duração, que, caracteri-

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zando-se também como uma atividade de extensão, acolhe, além de alunos da

PUC, candidatos de toda a comunidade.

Esta oficina, que tem por objetivo principal revelar e treinar novos ta-

lentos na escrita literária ficcional, serve como uma "escola de formação

de leitores privilegiados" e também como um lugar onde se pode testar a

aplicabilidade de recursos teóricos a produção de textos literários.

observa-se que a integração desta Pelos-registros de suas atividades

Oficina com o Curso de 'Pós-Graduação se dá, mais evidentemente, de três

formas: (a) pela participação de alunos do Curso na Oficina: ela é ofere-.

cida como disciplina para o Curso de Mestrado, contando dois créditos; (b)

pelo fato.de vários egressos da Oficina tornarem-se alunos regulares do

Curso; e (c) pelo fato de a Oficina possibilitar a verificação da

aplicabilidade de recursos teóricos delimitados no âmbito de pesquisas i

realizadas no projeto de Pós-Graduação".

1*4 Condições de efetivação do projeto acadêmico

A respeito, observa a Comissão que "como se pode notar pela descrição su-

mária que apresentamos acima, temos, de um lado, um projeto acadêmico

consistentemente definido, com condições de efetivação bem especificadas

no regimento. De outro, vemos asseguradas boas condições de efetivação do

referido projeto na articulação de atividades de ensino e pesquisa defi-

nidas e realizadas no âmbito dos Cursos (Especialização, Mestrado e Dou-

torado), nos Centros de Pesquisa, na Oficina de Criação Literária, no

Projeto de Extensão.

A articulação das atividades de ensino, pesquisa e extensão integram, en-

tre si, também os níveis da Especialização, do Mestrado e do Doutorado.

Nesta integração, tem um papel importante a definição e categorização das

disciplinas: de um lado, as dos cursos de Especialização, de outro as do

Mestrado e Doutorado; classificadas como básicas, do domínio específico,

do domínio conexo, eletivas e obrigatórias.

Esta organização do conjunto de disciplinas deixa clara a função de cada

disciplina, ou grupo de disciplinas, na efetivação do projeto de ensino, e

pesquisa do Programa. Assim, participando de atividades programadas na

Extensão, ou fazendo cursos de Especialização, o aluno já tem a possibi-

lidade de tomar contato com o seu futuro objeto de estudo no Mestrado e/

ou Doutorado, iniciando já seu treinamento para a realização de pesquisas.

Matriculando-se no Mestrado, ele irá instrumentalizar-se melhor para a

pesquisa e delimitar o seu objeto de estudo, nas disciplinas básicas e na

disciplina introdutória do domínio específico, que são obrigatórias. No

Seminário de Pesquisa, obrigatório, o aluno irá dar forma final ao seu

projeto de dissertação, que servirá de referência para a escolha que fará

das disciplinas eletivas. No Doutorado, irá compor o seu currículo de uma

maneira mais livre, levando em conta a natureza de seu projeto de tese. .

Na efetivação do projeto acadêmico do curso, os programas de.Extensão, a

Oficina de Criação Literária e os Centros de Pesquisa, além de serem fa-

tores importantes na organização interna da docência e da pesquisa, fun-

cionam como suportes da interação entre a pesquisa na instituição e as

necessidades da comunidade, e do intercâmbio com outros centros de pes-

quisa. "

1.5 Organização Administrativa

"O Curso de Pós-Graduação em Letras vincula-se ao Instituto de Letras e

Artes da PUC-RS. Ê administrado por um Coordenador e por uma Comissão de

Coordenação constituída por três docentes do Curso, indicados pelo pri-

meiro e nomeados pelo Diretor da Unidade a que está vinculado.

O Coordenador, que preside a Comissão Coordenadora, é indicado pelo Dire-

tor da Unidade, ouvido o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, e nomea-

do pelo_Reitor. Os mandatos do Coordenador e da Comissão Coordenadora têm

a duração de um ano, podendo ser prorrogados.

Pode-se constatar que, regimentalmente, a administração do Curso é defi-

nida de uma maneira muito simples. E, talvez esteja aí um dos motivos de

seu bom funcionamento: em relação a ela, não se apontou nenhum aspecto

negativo, nos contactos que realizamos com os alunos e com os docentes."

II — CORPO DOCENTE

1. Dimensão, Composição e Qualificação

"Para atender a uma clientela de 41 alunos de Doutorado e 73 de Mestrado,

O Curso conta com 19 Doutores, todos com tempo integral ou dedicação ex-

clusiva; um Mestre com tempo integral; e com 6 professores visitantes,

todos doutores.

Constata-se que, do ponto de vista quantitativo, a dimensão do Corpo Do-

cente em face do número de alunos pode ser- considerada adequada, desde

que se assegure uma racionalização do trabalho, a começar por uma boa

distribuição das tarefas docentes. Parece que este é o caso, uma vez que,

na reunião que fizemos com os alunos, não se apontou nenhum problema no

que se refere à oferta de disciplinas e à orientação de dissertações e

teses."

"Praticamente todos os docentes estão em regime de tempo integral ou de-

dicação exclusiva, não dependendo,'portanto, o Curso de professores visi-

tantes ou de colaboradores."

"Todos os professores do Curso são Doutores, com excessão de dois Mes-

tres."

Como nota a Comissão, "Como se pode constatar pelo que relatamos acima

nos tópicos relativos à composição, dimensão e qualificação do corpo do

cente, bem como no item concorrente à dedicação dos professores ao Curso,

o bom funcionamento do programa não se condiciona à participação dos pro

fessores visitantes que acolhe.

Note-se, no entanto, que a presença constante de professores visitantes

no programa certamente ê um dos fatores responsáveis pelo seu bom funcio

namento, por lhe permitir uma interação contínua com outros centros de

pesquisa."

2. Relação Orientando/Orientador

"A relação orientando/orientador é na média de cinco orientados por

orientador. Há, no entanto, sete orientadores com oito orientados cada

um, um com sete e outro com seis.

Na verdade, temos muitos professores com um número elevado de orientan-

dos, o que, à primeira vista, poderia levantar dúvidas sobre a eficiência

do trabalho de orientação. No entanto, ao que parece, o fato de haver al-

guns orientandores com muitos orientandos não constitui um problema. Os

alunos mostram-se satisfeitos com a orientação que recebem. O fluxo de

alunos que terminam seu curso é bom.

3.A adequação da qualificação às áreas- do Curso

"A qualificação dos docentes os distribuem equilibradamente pelas duas

áreas de concentração do curso. Dos docentes efetivos do Curso, dois têm

uma formação que os qualifica a atuar nas duas áreas, nove atuam na área

da Lingüística Aplicada,; nove, na área de Teoria da Literatura. Dos pro-

fessores visitantes, quatro têm formação específica na área de Teoria da

Literatura, e dois na área da Lingüística."

4. Distribuição das atividades entre os Docentes

"A distribuição das atividades dos docentes entre ensino, orientação e

esquisa mostra-se bem equilibrada. Excetuando-se dois docentes, os de-

mais lecionam na Graduação e na pós-graduação. Todos, sem excessão,

dedicam-se a uma ou, no máximo duas pesquisas. Todos os doutores

encarregam-se da orientação de dissertações e/ou teses, que examinamos ê,

na média, muito boa. Tudo isto leva-nos a considerar a relação

orientando/orientador adequada, caracterizando-a como uma especificidade

do Curso, que, ao lado do trabalho de orientação, soube criar outros

mecanismos facilitado-res da produção científica, como os destacados no

item 1 deste relatório.

III - CORPO DISCENTE

São as seguintes as informações fornecidas pela Comissão Verificadora:

"O Programa oferece, anualmente, em cada área de concentração, quinze va-

gas para o Mestrado e cinco para o Doutorado".

"Os candidatos ao Mestrado poderiam ser divididos em três grupos: profes-

sores de Instituições de Ensino Superior de Porto Alegre; professores de

Instituições de ensino superior do interior do Rio Grande do Sul, e pro-

fessores de língua materna e estrangeira do sistema estadual público e

particular do primeiro e segundo graus. Há também candidatos provenientes

de instituições de ensino superior de outros Estados da Federação.

Os candidatos ao Doutorado são, na sua grande maioria, docentes de insti-

tutos de ensino superior do Rio Grande do Sul e de outros Estados da Fe-

deração. "

"No momento da solicitação de recredenciamento, os alunos do Doutorado se

distribuíam da seguinte maneira: seis alunos somente cursando discipli-

nas; quatorse cursando disciplinas e elaborando tese; 20 somente elabo-

rando tese; e um aguardando defesa de tese.

No Mestrado tínhamos a seguinte distribuição: vinte e sete alunos somente

cursando disciplinas; dezoito cursando disciplinas; dezoito cursando dis-

ciplinas e elaborando dissertação; vinte e seis somente elaborando dis-

sertações; e dois aguardando defesa de dissertação.

Seis alunos encontravam-se com matrícula trancada".

|o fluxo de alunos tem melhorado sensivelmente."Cortsiderem-se, por exem-

plo, os três últimos anos: em 1989, formaram-se quinze alunos do mestrado

e três do doutorado; em 1990, vinte do mestrado e seis do doutorado; em

1991, vinte e sete alunos defenderam suas dissertações e cinco, suas te-

ses."

"Não nos foram fornecidas statísticas sobre o tempo médio de titulação. O

tempo máximo é definido no regimento do Curso como sendo de três anos pa-

ra o Mestrado e quatro para o Doutorado, podendo o aluno solicitar pror-

rogação de sua permanência no Curso, por um prazo não superior a doze me-

ses."

"O Curso não forneceu informações sobre o destino dos alunos egressos.

Contudo, pela caracterização da clientela do programa, podemos supor que

a maioria dos egressos esteja se dedicando à pesquisa e à docência no

terceiro grau".

IV - PESQUISA E PRODUÇÃO CIENTIFICA

1. Dos Docentes

"A definição e implementação das Linhas de pesquisa devem ser analisadas

no quadro da integração dos mecanismos criados pelo Programa para assegu-

rar suas condições de produção científica, a que nos referimos no item

1.2. e 1.3.

Como destacamos em 1.1.3. e 1.1.4 , é nos Centros de Pesquisa, subordina-

dos ao Curso de Pós-Graduação em Letras com o objetivo de estimular as

atividades de pesquisa, que se delineiam as linhas de trabalho a serem

seguidas".

1.1 Centro de Pesquisas Literárias

"O Centro de Pesquisas Literárias organiza sua investigação científica em

torno de três focos: Literatura Infantil e Ensino, Literatura Sul-Rio-

Grandense e Teoria da Literatura. E, a partir desta delimitação do seu.

objeto de estudo, define as linhas de pesquisa".

. 2 Centro de Pesquisas Lingüísticas

"No Centro de Pesquisas Lingüísticas, onde se abordam questões relativas

à "teoria da linguagem e o ensino da língua portuguesa" nos diferentes

graus, definem-se as seguintes linhas de pesquisa:

A - Lingüística Aplicada e Descrição de Línguas:

(a) Aspectos da fonologia do Português.

B - Lingüística Aplicada ao Ensino de Língua e Leitura:

C - Variação' Lingüística e Bilinguismo

D - Lingüística Computacional

E - Produção e Recepção do Código Escrito

1.3 - Centro de Estudos sobre Aquisição e Aprendizagem da Linguagem

Os pesquisadores do CEAAL caracterizam seu objeto de estudo, destacando-

lhe as seguintes facetas: a aquisição da língua materna e de segunda lín-

gua; a aprendizagem da língua materna e de línguas estrangeiras na esco-

la; fonologia clínica; desvios da linguagem. E, para a realização dos es-

tudos pretendidos, implementam as seguintes linhas de pesquisa, com seus

respectivos projetos:

A - Aquisição e Desenvolvimento da Linguagem:

B - 0 Social na Linguagem

1.4 - Centro de Estudos de Culturas de Lingua Portuguesa

"No Centro de Estudos de Culturas de Língua Portuguesa dedica-se à análi-

se das literaturas de expressão portuguesa, do ponto de vista da repre-

sentação histórica e a uma avaliação das possibilidades de estudo compa-

rativo de diferentes sistemas literários. No momento, trabalha-se com uma

linha de pesquisa:

2. Produção Cientifica

"A produção científica dos docentes do programa é extensa, significativa

e encontra-se divulgada em veículos especializados.

O próprio Curso, com a finalidade de divulgar sua produção cientifica,

edita regularmente três periódicos": as revistas Letras de Hoje, Brasil/

Brazil e o boletim Marco Zero.

Tivemos oportunidade de examinar vários exemplares dessas publicações, e

um número significativo de trabalhos dos docentes, que foram colocados à

nossa disposição. E pudemos constatar que a produção científica do Pro-

grama, além de atestar a eficácia das linhas de pesquisa e dos mecanismos

ativados em sua implementação, mostram-se altamente relevantes, contri-

buindo de maneira significativa para o progresso das áreas de conhecimen-

to privilegiadas pelo Curso.

2.1 Dos Discentes

Informa a Comissão: "Examinamos um número considerável de dissertações e

teses produzidas por alunos do Curso. Pudemos contatar que, admitindo-se

uma certa oscilação normal e esperada numa produção tão vasta, a qualida-

de dos trabalhos é realmente muito boa. Encontramos vários trabalhos que,

se tivessem uma maior divulgação, iriam realmente contribuir para um

avanço muito mais rápido das pesquisas na área de conhecimento que abor-

dam.

Pudemos constatar que, no seu conjunto, os trabalhos dos alunos atestam

não só a vitalidade das linhas de pesquisa, como também a eficácia de to-

do o Programa de Ensino e Pesquisa implementado pelo Curso.

V - INFRAESTRUTURA FlSICA E FINANCEIRA

Segundo o relato da Comissão, "o Curso de Pós-Graduação em Letras da PUC-

RS possui instalações físicas invejáveis. Os professores todos dispõem de

gabinetes, onde podem receber seus orientandos. Há salas especiais para

reuniões de professores e/ou alunos, para trabalho em grupo, para traba-

lho individual. Existem salas especiais na biblioteca, que podem ser re-

quisitadas para trabalho individual ou em grupo.

As instalações da Secretaria e da Administração do Curso são amplas e bem

mobiliadas, possibilitando uma boa organização do apoio administrativo.

As salas de aula são amplas e arejadas.

A bibliotec, que dispõe de ótimas instalações e, segundo nos informaram

vários alunos, oferece um atendimento excelente, possui um acervo biblio-

gráfico muito bom, e atualizado, nas duas áreas de concentração.

"Como um programa de Mestrado e Doutorado recomendado pela CAPES/MEC, o

CPGL da PUC-RS tem sido beneficiado pelo CNPq e pela CAPES, através de

seu Programa de Demanda Social, com a concessão de cotas de bolsas de es-

tudo para os dois níveis.

par da sistemática de repasse de benefícios pela PUC-RS, o CPGL conta,

dinda, com as vantagens do Programa Institucional de Capacitação de Do-

centes (PUCD) da CAPES. Por essa via, os alunos que lecionam em institui-

ções de ensino superior habilitam-se a uma bolsa de estudos, através da

universidade de origem.

Além dessas modalidades, os professores pesquisadores do CPGL têm rece-

bido bolsas do CNPq para incremento às suas atividades de pesquisa, e

bolsas de iniciação científica, distribuídas entre graduandos que parti-

cipam dos projetos de pesquisa.

Outra modalidade de apoio usufruída pelo corpo docente do CPGL é a bolsa

de produtividade acadêmica da CAPES/MEC, que tem possibilitado a alguns

professores doutores se dedicarem'exclusivamente ao Programa".

VI - INTERCÂMBIO COM OUTRAS INSTITUIÇÕES E CURSOS

"Os docentes do CPGL/PUC-RS mantêm um contato permanente com pesquisado-

res de outros centros de pesquisa, atuando em bancas e comissões examina-

lores, participando de Congressos e eventos nacionais e internacionais,

promovendo conferências, encontros, seminários e cursos.

Além desse tipo de interação com outros centros de ensino e pesquisa, o

CPGL mantém convênios com diversas instituições."

A Comissão Verificadora, depois de afirmar estar certa "de que se trata

de um dos Programas de Pós-Graduação realmente bem sucedidos no Brasil; e

"verificado que o mesmo", tendo um projeto acadêmico consistentemente bem

definido, com condições de efetivação bem estabelecidas", e "vem reali-

zando um programa de ensino e pesquisa de excelente qualidade, contri-

buindo de forma significativa tanto para o progresso da pesquisa cientí-

fica na área das Ciências Humanas, quanto para a melhoria do ensino supe-

rior no país, é de parecer que o Curso deva ser credenciado.

No Relatório da CAPES é atribuído ao Curso o Conceito A- para o Mestrado

e para o Doutorado.

II - PARECER E VOTO DO RELATOR

Considerando os dados mencionados no Relatório, especialmente o Conceito

atribuído tanto ao Mestrado quanto ao Doutorado bem como o parecer favo-

rável da Comissão Verificadora, sou de parecer que se conceda a renovação

do credenciamento do Curso de Pós-Graduação em Letras, nas áreas de Lin-

güística Aplicada e Teoria Literária da Pontifícia Universidade Católica

do Rio Grande do Sul, nos níveis de Mestrado e Doutorado, pelo prazo de

cinco anos, retroagindo os efeitos desta renovação à data da expiração

dos credenciamentos anteriormente concedidos.

III - Conclusão da Câmara

A Câmara do Ensino Superior acompanha o voto do Relator

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