Todavia, apesar de todas as iniciativas, entraves
burocráticos, falta de infra-estrutura de apoio e outros problemas de
ordem conjuntural sempre procrastinaram quaisquer ações mais
sistemáticas e continuadas, que permitissem uma análise de desempenho
das IES brasileiras.
Neste contexto, surge a clássica pergunta: Por onde começar?
A nova resolução, que atualiza as normas de autorização e
reconhecimento de universidades, aprovada pelo Parecer nº 118/94, em
seu art. 24, estabelece, claramente: "0 Conselho Federal de Educação
dará início, a partir da aprovação desta Resolução, aos procedimentos
de renovação de reconhecimento das universidades, dando prioridade às
que foram criadas a partir da Res. CFE 03/83".
Na vigência da Res. 03/83, foram criadas, 27 universidades, pela
via do reconhecimento, e uma pela via da autorização,
posteriormente, reconhecida.
Estas 27 universidades são responsáveis por 10.19% das
matrículas no ensino superior brasileiro. No global, as universidades
brasileiras concentram, hoje, mais de 56% da matrícula universitária.
Este crescimento deu-se, sem dúvida, a partir do reconhecimento de
novas universidades, nos últimos quinze anos.
A expansão do número de universidades, reconhecidas a partir da
Década de oitenta, com nova metodologia, onde o que se desejava era a
prevalência dos aspectos qualitativos e pedagógicos sobre o
cartorial/formal, na análise dos processos, começa a preocupar a
todos os responsáveis pela condução do processo educacional. As
críticas, cada vez mais freqüentes, levantam dúvidas e
questionamentos quanto ao funcionamento real dessas universidades.
Alegam, alguns, que muitas cumpriram formal e burocraticamente as
exigências do CFE e, ao receberem o reconhecimento, abandonaram os