1. ESTRUTURA DISCIPLINAR
Em primeiro lugar, foi observado que o projeto encaminhado ao
MEC, que recebeu parecer de aprovação, contava com um numero muito grande de
disciplinas, quiçá excessivo. Considerando uma carga total do curso de 4350 ho_
ras, número que pode ser considerado correto para um curso de Arquitetura e Ur
banismo em tempo integral, deve se notar que sua divisão em um numero muito
grande de disciplinas pulveriza as cargas e os conteúdos impedin"do o fluxo e a
integração do aprendizado.
Outro fator de multiplicação disciplinar prende-se ao fato de
que o projeto se apresentava estruturado de forma semestralizada. Quanto a isto
observa-se dois problemas fundamentais. 0 primeiro quanto ao ritmo dos vestibu
lares anuais contraposto a uma estrutura semestral, o que vem a gerar turmas
anuais em que os repetentes por disciplina são freqüentemente prejudicados pelo
nao oferecimento de disciplinas em semestres consecutivos. 0 segundo problema
se refere ao fluxo de conteúdos, que em estruturas de aprendizado que privile
giam o processo projetual como operador dos conhecimentos, o ritmo semestral se
mostra reduzido e, freqüentemente inibidor de uma recuperação mais abrangente
do aprendizado.
Foi proposto, portanto, uma estrutura prioritariamente anual
(se bem que comportando determinados conteúdos semestrais) o que levou a uma
nova caracterização da estrutura disciplinar. A anualização somada a um reagru
pamento dos conteúdos disciplinares cujo caráter consta do ementário, passou a
ter uma configuração tal como é mostrada no Quadro de Correspondências ( Anexos
Il e ll-A). Neste anexo se mostra ano a ano, a correspondência e equivalência -
das disciplinas conforme aparecem no parecer encaminhado ao MEC e na nova estru_
tura a ser posta em prática. Ao mesmo tempo, sao indicadas as cargas anuais, e
as correspondentes a cada semestre por disciplina e por termo.
0 objetivo desta reestruturação disciplinar tende, por um
lado, a diminuir o número de disciplinas ao mesmo tempo em que se amplia seu
tempo de amadurecimento (e, por conseguinte, de recuperação), e por outro Ia
do, tal como é mostrado pelo ementário anexo, a fixar conteúdos condizentes
com a estrutura curricular revesta.
2. ESTRUTURA DOS DEPARTAMENTOS
A analise da estrutura departamental enquanto organização de
disciplinas por departamentos, apresentada no projeto original encaminhado ao
MEC mostrou que determinadas disciplinas se encontravam manifestamente deslo
cadas, caso se considerasse uma lógica de áreas de conhecimento e produção de
ensino-aprendizado. Como exemplo podemos apontar disciplinas como Metodologia
Científica e Teoria da Arquitetura comparecendo no Departamento de Projeto ,
quando sua lógica as integra ao de Teoria e Historia. Da mesma forma, obser_
vamos que a seqüência de Plástica, ao invés de comparecer no Departamento de
Expressão, aparece integrada ao de Projeto. Outro exemplo está na seqüência
de Projeto de Edificação e Urbanismo alocada pelo projeto original no Depar
tamento de Expressão quando, por sua natureza deveria integrar-se ao Departa
mento de Projeto. Ainda, verificamos que Conforto Ambiental, de conteúdo emi-
nentemente tecnológico, comparecia no Departamento de Expressão quando deve
ria estar no de Tecnologia.