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trecho são de 4,00 m, no período das águas altas, e de 1,50 m, no período de estiagem. Seu
baixo curso, numa extensão de 30 km, apresenta um calado de até 10,00 m e é freqüentado
por embarcações marítimas, que alcançam Oriximiná. É utilizado para o transporte de
bauxita e de carga geral.
Por sua vez, o rio Jari é navegável num estirão de 110 km, desde sua foz até a Cachoeira de
Santo António, no município de Laranjal do Jari (AP), apresentando uma profundidade
mínima de 4,00 m no período de águas altas e de 2,40 m, na época de estiagem. A produção
de celulose e caulim na região do Jari pode ser um fator de desenvolvimento da região e,
conseqüentemente, de intensificação da utilização do rio Jari para o transporte de carga.
Outros rios da região administrada pela AHIMOR também são navegáveis por pequenas
extensões, servindo principalmente para o transporte local de passageiros e de pequenas
cargas.
Já as principais hidrovias administradas pela AHIMOC na Região Hidrográfica Amazônica
são as hidrovias do Solimões e do Madeira. Além das hidrovias, os principais rios
navegáveis a serem considerados são Negro, Branco, Purus, Acre, Juruá, Japurá e Içá. Em
todos esses rios, é intenso o transporte hidroviário de subsistência, com o transporte de
pequenas cargas e passageiros, visto que para a grande maioria da população da região, esse
é o único modal de transporte disponível. O rio Solimões é de grande importância, também,
por propiciar a integração com outros países sul-americanos, no caso, o Peru e a Colômbia.
A Hidrovia do Solimões conta com uma extensão de 1.620 km e uma profundidade mínima
de 4,50 m., entre Manaus e a fronteira com o Peru. Quanto ao transporte de carga, essa
hidrovia é utilizada para a movimentação do petróleo e seus derivados, provenientes do
Campo de Urucu. Com a construção de um poliduto de 280 km de comprimento, ligando a
área de produção de Urucu até o Terminal Solimões, ao lado da cidade de Coari (AM), na
margem direita do rio Solimões, a produção de petróleo e GLP passou a ser escoada por
navios petroleiros, desde Coari até o Terminal de Petroleiros da Refinaria de Manaus,
distante cerca de 480 km. O rio Solimões, assim como o Amazonas, é francamente
navegável de sua foz até a cidade de Coari.
Já a Hidrovia do Madeira, possui uma extensão de 1.060 km, entre Porto Velho (RO) e sua
foz, na margem direita do rio Amazonas permitindo, mesmo na época de estiagem, a
navegação de grandes comboios, com até 18.000 t. A profundidade mínima é de 2,00 m,
ocorrendo no trecho entre Humaitá (AM) e Porto Velho. Na época de águas altas, sua
profundidade pode atingir até 30 m. Essa hidrovia vem se destacando pelo crescente
volume de grãos transportados, principalmente a soja produzida na região da Chapada dos
Parecis, no norte do Mato Grosso, que é escoada até o porto de Itacoatiara (AM), já no rio
Amazonas, para aí, ser embarcada rumo ao mercado externo. Além disso, conta com uma
embarcação fluviográfica para a periódica confecção de cartas náuticas digitalizadas que
permitem a navegação orientada por satélite, possibilitando o tráfego noturno, inclusive. O
rio Madeira apresenta 15 pontos críticos entre a cidade de Porto Velho e a foz do rio Beni, a
montante. Com a construção das Usinas Hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio, a
navegação será estendida até a foz do rio Beni. Caso sejam superados os pontos críticos na
região de Guajará-Mirim (RO), poderá ocorrer a interligação com os rios Mamoré e