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A POSIÇÃO BRASILEIRA
obstrucionista
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. À medida que as considerações de ordem ambiental
foram permeando de maneira crescente os debates técnicos e políticos
do projeto HPP, a partir das críticas de que foram alvo os primeiros
estudos de viabilidade, o próprio projeto técnico foi sofrendo redução
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.
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Barbara Maria Happe, op.cit., pp. 25 e 26.
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Ao subestimar os impactos ambientais de obras de engenharia de maior envergadura,
previa o Estudo da Internave intervenções do tipo expansão de curvas e decorracamento
de afloramentos rochosos, com vistas à abertura de canal de 50 m de largura e 3 m de
profundidade, indiscriminadamente ao longo de toda a Hidrovia. Conforme comentava
Jorge A. Fraga “uno de los objetivos del Proyecto es poner al río Paraguay en condiciones
de ser navegado con 10 pies, obra que podría tener gran incidencia en el futuro del
sistema”. FRAGA, JORGE. A. Exposição feita no painel Cuenca del Plata, Río de la
Plata e Hidrovía: tendencias geopolíticas y esfuerzos de integración, no âmbito do
Simpósio La Hidrovía Paraguay-Paraná, realizado na Escuela Nacional de Inteligencia,
Buenos Aires, nos dias 19, 20 e 21 de outubro de 1992. In: Revista de la Escuela
Nacional de Inteligencia. Secretaría de Inteligencia de Estado. República Argentina, Vol.
II, número 1, p. 118, Primer Cuatrimestre de 1993. Embora os estudos que se seguiram,
realizados pelo Consórcio HLBE e TGCC, tenham introduzido diferença de tratamento
para os trechos homogêneos Santa Fé/Assunção e Assunção/Corumbá, o Módulo B
referia-se ainda ao desenvolvimento de “un programa secuencial para proyectos de
mejoramiento de la navegación a mediano y largo plazo para toda la vía fluvial desde
el puerto de Nueva Palmira sobre el río Uruguay, al puerto interior de Cáceres, en
Brasil”. CCT (?). Términos de Referencia de los Estudios de Ingeniería y Plan de
Ejecución para la Hidrovía Paraguay-Paraná, desde el Puerto de Nueva Palmira a
Cáceres. Módulo B (obras de médio e longo prazos), encomendados ao Consórcio
HLBE. [S.l.] [199?]. p. 3. Continuava ainda esse programa seqüencial a contemplar, a
exemplo do projeto proposto pela Internave, obras estruturais de envergadura, como o
comprovam os termos de referência e as observações a seu respeito feitas pelo IBAMA
na ocasião em que se divulgaram os resultados daqueles estudos. “O projeto considera
extensas obras de engenharia fluvial, incluindo retificação de trechos de canal, dragagens,
derrocamento de leito e outras intervenções de caráter estrutural, para tornar 3.442 km
do rio em melhores condições de navegabilidade”. De acordo com os Termos de
Referência do Módulo B, “Los adelantos en la navegación que se considerarán en el
Módulo B incluyen dragado inicial, modificaciones a la alineación de los canales de
navegación, estabilización de canales, rectificación de la hidrovía y regularización de
los recursos hídricos y si se requiere, estructuras hidráulicas. (Cf. CCT (?). Términos
de Referencia de los Estudios de Ingeniería y Plan de Ejecución para la Hidrovía
Paraguay-Paraná, desde el Puerto de Nueva Palmira a Cáceres. Módulo B (obras de
médio e longo prazos), encomendados ao Consórcio HLBE. [S.l.] [199?]. p. 3). Ver em
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal.
Considerações sobre a Avaliação de Impacto Ambiental do Desenvolvimento da
Hidrovia Paraguai-Paraná. Brasília, [S.d.], p. 2). Consta como Anexo II da Ata Final
da 2ª Reunião da Comissão de Coordenação Técnica (CCT), realizada em Buenos
Aires, nos dias 24 e 25 de novembro de 1997.